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Grupo Brasília Educacional 
Direito 5° Período Turma: B 
Aluna: Geovana Gomes Gonçalves 
Prof.: Rodrigo Rocha 
Disciplina.: Procedimentos Especiais de Jurisdição Contenciosa e 
Voluntária. 
 
 
Trabalho: Ações Possessórias 
 
 As ações possessórias são aquelas que visam a assegurar a 
posse, independentemente de qual direito real lhe dado causa. 
Tais direitos reais são protegidos por meio das chamadas ações 
petitórias, ou seja, aquelas que tem a propriedade ou outro 
direito real como fundamento. Trata-se de ação de 
procedimento especial, abordada no novo CPC em seus artigos 
554 à 568, que nos traz as peculiaridades de cada umas das 
ações, bem como as características em comum. 
Quanto à natureza jurídica da posse, há dois 
entendimentos. Há quem considere a posse um fato e há quem 
sustenta que ela é um direito, sendo que esta última corrente, 
parece a mais acertada, pois posse é protegida juridicamente 
(através dos interditos possessórios), assim como todos os 
direitos. Também se discute a sua natureza do direito real ou 
pessoal. Há quem diga que é direito pessoal por não constar do 
rol de direitos reais do art. 1.225 do Código Civil e há quem 
sustente que é o direito real por conter todas as características 
inerentes aos direitos desta natureza, como oponibilidade erga 
omnes, sujeito passivo indeterminado e objetivo determinado, e 
continuar a ser tratada no art. 95 do CPC como direito real, 
sendo a melhor posição. 
As ações possessórias são instrumentos que devem ser 
utilizados por possuidores que tem sua posso turbada, esbulhada 
ou ameaçada e estão dispostas a partir do Art. 554 do CPC. São 
as formas de assegurar o direito à posse de um bem em caso de 
lesão possessória de esbulho, turbação ou ameaça por ato de 
outrem. As ações possessórias tem o objetivo assegurar a posse 
de um bem. 
As ações possessórias objetivam a tutela jurídica da posse, 
seja de bens móveis ou imóveis. Nas referidas ações não se 
pleiteia a propriedade, mas sim a efetiva posse daquele que 
detém e, ainda, quem possivelmente ofendeu o direito daquele, 
devendo o mesmo ser restituído ao seu devido titular. 
A propositura de uma ação possessória no lugar de outra 
não acarreta a invalidade do processo devido ao princípio da 
fungibilidade das ações possessórias. Assim, o juiz pode conceder 
medida diferente da postulada. Nesse sentido, dispõe o art. 920 
do Código de Processo Civil. Ambas as ações possessórias 
possuem identidade de procedimento, e a utilização da via 
processual inadequada não acarretará a falta de interesse de 
agir. Deve ser ressaltado que, se no curso da ação, o possuidor 
verificar que houve modificação no estado de sua posse, como, 
por exemplo, a ameaça transformar-se em esbulho, poderá o 
demandante justificar a mudança do pedido, sem que disto 
decorra alteração do objeto da ação que continuará sendo a 
proteção possessória. 
O art. 924 do Código de Processo Civil determina a 
utilização do procedimento especial para as ações possessórias 
de força nova, e a observância do procedimento ordinário nas 
ações possessórias de força velha. Desse modo, peculiar é o 
procedimento nas ações possessórias de força nova, já que para 
as ações propostas após ano e dia o procedimento será o 
ordinário. Nas ações possessórias intentadas dentro de ano e dia 
a petição inicial deverá conter todos os requisitos, devendo 
especificar a posse do autor, sua duração e seu objeto, a 
turbação ou esbulho imputados ao réu e a data da moléstia à 
posse. Poderá haver a cumulação com os pedidos de condenação 
do demandado ao pagamento de indenização por perdas e 
danos, de cominação de pena para o caso de nova turbação ou 
esbulho, e de condenação ao desfazimento de construção ou 
plantação feita em detrimento de sua posse (art. 921 do CPC) . 
Assim, afasta-se a incidência do disposto no art. 292 do CPC. 
Estando devidamente instruída a petição inicial, deverá o juiz 
deferir, sem ouvir o réu, a medida liminar, devendo em cinco 
dias o autor promover a citação do réu. Em caso contrário, 
designará audiência de justificação em que apenas o autor 
poderá produzir provas, devendo o réu ser citado para participar 
da audiência (art. 928 do CPC). O prazo para o demandado 
oferecer resposta conta-se da data em que for intimado sobre a 
decisão da liminar, seguindo-se a partir daí, em ambos os casos, 
o procedimento ordinário. Na contestação, o demandado poderá 
formular pedido de proteção possessória e de indenização em 
seu favor, não havendo necessidade da propositura da 
reconvenção (art. 922 do CPC). 
A medida liminar possui dois requisitos. Um, de ordem 
temporal, sendo necessário que a ação possessória tenha sido 
ajuizada até um ano e um dia depois da turbação ou esbulho. 
Ultrapassado esse prazo, a demanda será de força velha, não 
sendo aplicável o art. 928 do CPC, não sendo possível o 
deferimento dessa liminar. O segundo requisito é a 
probabilidade da existência do direito deduzido pelo 
demandante em juízo. Assim, a cognição a ser exercida para a 
verificação acerca do cabimento da liminar é de natureza 
sumária, a medida tem caráter antecipatório, mas os seus 
requisitos não se identificam com os previstos para a tutela 
antecipada do art. 273 do CPC. Quanto ao cabimento da 
antecipação dos efeitos da tutela nas ações possessórias de força 
velha, há três correntes. Uma que sustenta o cabimento 
somente na hipótese prevista no art. 273, II do CPC (abuso de 
direito de defesa). E outra que sustenta o cabimento nas 
hipóteses previstas nos incisos I e II do art. 273 do CPC, sendo 
que, no inciso I, em casos excepcionais, quando a situação de 
perigo tenha surgido após o decurso do prazo de ano e dia da 
turbação ou do esbulho. Uma terceira corrente admite a tutela 
antecipada sem qualquer ressalva. Deve ser ressaltado que 
contra as pessoas jurídicas de direito público não será deferida a 
liminar sem prévia audiência dos respectivos representantes 
judiciais (art. 928, parágrafo único, do CPC). 
A manutenção é a ação adequada para a tutela da posse 
contra a turbação. É a ação do possuidor direto que fica 
impossibilitado de exercer tranquilamente a sua posse por ato 
de outrem. Assim, quando não houver perda da posse, mas 
apenas uma limitação, a ação cabível será de manutenção de 
posse. Também encontra previsão legal no art. 926 do CPC e no 
art. 1.210 do CC. A Reintegração de Posse é a ação adequada 
para proteção da posse quando há esbulho, ou seja, a perda total 
da posse molestada injustamente. Assim, é um interdito de 
recuperação da posse perdida e a ação tem cabimento quando o 
possuidor é esbulhado através de violência, clandestinidade ou 
precariedade. Está prevista no art. 926 do CPC e no art. 1.210 do 
CC. 
O Interdito Proibitório trata-se de tutela inibitória, isto é, 
de demanda preventiva, quando ainda não ocorreu a moléstia à 
posse do demandante, existindo apenas ameaça iminente de 
esbulho ou turbação. Difere das outras duas ações que visam a 
proteger uma posse violada. Está prevista no art. 932 do CPC. É o 
tipo adequado de ação possessória quando ainda não houve 
agressão à posse, mas tão somente ameaça; tem certas 
peculiaridades, que o distinguem das demais, pois seu caráter é 
preventivo, não repressivo. O autor não pedirá ao juiz a 
expedição de mandado possessório, mas a fixação de uma multa 
suficientemente amedrontadora, que desanime o réu de 
perpetrar a agressão que ele ameaça realizar. A ameaça que dá 
ensejo ao interdito proibitório é a séria, que provoque temor 
fundado, de agressão injusta à posse. Por isso, cumpre ao autor 
descrevê-la, na inicial, com precisão. O procedimento, quando a 
ameaça tenha ocorrido há menos de ano e dia, é o das ações de 
força nova. O juiz poderá conceder a liminar, de plano ou após a 
audiência de justificação. A diferença é que a liminar não será 
para reprimir alguma agressão realizada, mas para fixar a multa 
na qual o réu incorrerá caso transformea ameaça em ação. 
Deferida a liminar, caso o réu cometa a turbação ou o 
esbulho, haverá duas consequências: Por força do princípio da 
fungibilidade, o juiz, ao final, concederá ao autor a reintegração 
ou manutenção de posse; O réu incorrerá na multa, que poderá 
ser executada nos mesmos autos, após o trânsito em julgado da 
sentença. Não é possível executar a multa desde logo, dado o 
seu caráter provisório. É indispensável que a liminar seja 
confirmada por sentença ou acórdão, contra o qual não caiba 
mais recurso com efeito suspensivo. 
Citado o réu, este poderá apresentar resposta no prazo de 
15 dias ou quedar-se inerte, hipótese em que se aplicam os 
efeitos da revelia. A partir da manifestação do réu ou 
reconhecimento de sua revelia, o procedimento passa a seguir o 
rito ordinário, nos termos do art. 931, do CPC. Optando por 
apresentar resposta, o réu poderá oferecer contestação, 
exceções instrumentais ou reconvenção. No mérito, o réu, de 
regra, alegará que o ator a preenche os requisitos contemplados 
no art. 927 do CPC (a posse anterior, a turbação, o esbulho ou 
ameaça, a data do ato, a continuação ou perda da posse em 
virtude da moléstia). Também no procedimento especial das 
possessórias vige o princípio da eventualidade, bem como o ônus 
da impugnação especificada. Nesse diapasão, poderá o réu 
alegar e provar que o ato espoliativo foi perpetrado há mais de 
ano e dia, fato que ocasionará a revogação da liminar. É 
perfeitamente possível, também nas lides possessórias, a 
alegação de usucapião como matéria de defesa. Isso porque a 
Súmula 237 do STF, ao permitir a alegação de usucapião como 
matéria de defesa, não restringe o seu emprego ao âmbito das 
ações petitórias. A alegação da usucapião na contestação tem o 
único escopo de afastar a pretensão possessória do réu, não 
podendo falar em sentença declaratória do domínio. Devido à 
natureza dúplice das ações possessórias, o réu poderá, em sede 
de contestação, demandar proteção possessória e indenização 
pelos prejuízos resultantes da suposta moléstia perpetrada pelo 
autor. 
Legitimidade Ativa é quem pode promover ação 
possessória é o possuidor (direto ou indireto, natural ou civil, 
justo ou injusto) que alega ter sido esbulhado, turbado ou 
ameaçado. O proprietário não terá legitimidade, a menos que 
também seja possuidor. Em caso de morte, a legitimidade 
passará a seus herdeiros e sucessores, a quem a posse se 
transmite de pleno direito (art. 1207 do CC). Mas a ação 
possessória poderá ser ajuizada tanto pelo espólio (caso não 
tenha ainda havido partilha de bens), representado pelo 
inventariante, quanto pelos herdeiros individualmente. Em caso 
de sucessão entre vivos, por cessão dos direitos possessórios, o 
cessionário terá legitimidade para defender a posse, já que a ele 
é facultado unir a sua posse à de seus antecessores (art. 1289, 2ª 
parte). 
Legitimidade Passiva é quem perpetrou a agressão à posse, 
a quem se imputa a qualidade de autor do esbulho, turbação ou 
ameaça. Se tiver falecido, do espólio ou herdeiros. Se tiver 
havido transferência a terceiros, a vítima só poderá valer-se da 
ação possessória com sucesso, se eles tiverem recebido a coisa 
de má-fé. É o que o art. 1212 do CC estabelece: O possuidor 
pode intentar a ação de esbulho, ou a de indenização, contra o 
terceiro, que recebeu a coisa esbulhada sabendo que o era. Se o 
esbulhador transfere a posse da coisa a um terceiro de boa-fé, 
que a recebeu ignorando o vício que a contaminava, a vítima do 
esbulho não poderá ajuizar a ação possessória com sucesso. Se 
ela for proprietária, deverá valer-se da ação reivindicatória 
contra o terceiro de boa-fé, mas, se tiver apenas posse, não 
conseguirá reavê-la. Poderá somente postular reparação de 
danos em face do esbulhador. 
Ao julgar procedente o pedido principal, a sentença faz 
nascer obrigação de dar ou entregar coisa. Ao conceder tutela 
específica, o juiz fixará prazo para a reintegração da posse, que, 
uma vez desobedecido, enseja expedição de mandado de busca 
apreensão ou manutenção ou reintegração na posse, conforme 
tratar-se de coisa móvel ou imóvel. Relativamente ao pedido 
sucessivo de indenização por perdas e danos, a sentença de 
procedência dará origem à obrigação de pagar quantia, também 
exigível nos próprios autos, do que não mais se difere da tutela 
possessória. Entretanto, a efetivação da tutela condenatória 
revela algumas diferenças, especialmente no que tange à 
impugnação e excussão patrimonial. Transitada em julgado a 
sentença e não cumprida voluntariamente a obrigação, o credor 
elaborará memória de cálculo e requererá a intimação do 
devedor para efetuar o pagamento no prazo de quinze dias. Na 
hipótese de quitação integral, expedir-se-á mandado de 
penhora. Feita a penhora, pode o devedor opor impugnação ao 
cumprimento da sentença. Não oposta impugnação ou sendo 
esta rejeitada, o incidente de cumprimento da sentença 
prossegue com o praceamento dos bens e pagamento do credor. 
Havendo pedido de desfazimento de construção, a sentença de 
procedência será cumprida por meio do procedimento traçado 
pelo art. 461 do CPC, que contempla a tutela especifica das 
obrigações de fazer, muito semelhante ao regime de 
cumprimento das obrigações de dar coisa. Por se revelar 
objetivamente complexa, a sentença proferida nos autos da ação 
possessória passará por diversos regimes de cumprimento, 
dependendo da natureza dos pedidos cumulados na inicial. Em 
face da decisão, cabe apelação em ambos os efeitos, que serão 
determinados dependendo do conteúdo da sentença. Se der 
pela improcedência do pedido, incidirão os efeitos devolutivo e 
suspensivo. Se, todavia, julgar procedente o pleito, confirmando 
a liminar, terá efeito meramente devolutivo.

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