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Exame Neurológico Básico NERVOS CRANIANOS VII-XII PAR docx

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HABILIDADES CLÍNICAS – SEMIOLOGIA NEUROLÓGICA BÁSICA AULA 7 
NERVOS CRANIANOS VII-XII PAR 
NERVO FACIAL (VII PAR) 
 Nervo sensitivo e motor 
IMPORTANTE PARA: 
 Motricidade da face 
 Hemiface direita e esquerda 
 Mímica facial 
 Responsável pela sensibilidade dos 2/3 da 
língua (sensibilidade gustativa) por meio do 
ramo periférico – nervo intermédio de 
Wrisberg 
 Inervação parassimpática: 
- Glândulas lacrimais 
- Glândulas salivares, submandibulares e sublinguais 
- Inervação do nervo intermédio 
 Musculatura do tímpano 
 – Nervo corda do tímpano (músculo estapédio) 
confere estabilidade e impede vibrações anômalas da 
membrana timpânica. 
 Reflexos profundos: 
- Orbiculares dos olhos (nasopalpebral) 
- Orbiculares da boca 
 Reflexos superficiais: 
- Córneo-palpebral: 
Via aferente: nervo trigêmeo 
Via eferente: nervo facial (inerva o m. orbicular dos 
olhos – fechamento e abertura dos olhos). 
OBS: não confundir como m. elevador da pálpebra 
(nervo oculomotor) 
- Palmo-mentual: reflexo primitivo 
SINAL DE BELL: PARALISIA FACIAL PERIFÉRICA 
- Abertura e fechamento dos olhos (no lado paralisado 
o globo ocular sobe e a esclerótica fica aparente). 
 O lado anormal dos olhos não fecha (lado 
oftálmico) 
 Há excesso de lagrimação (epífora) 
 Movimento reflexo palpebral fisiológico 
(porém com a deficiência no fechamento da 
pálpebra) 
SINAL DE CHVOSTEK 
 Aparece na hipocalcemia 
- Pesquisado na percussão do arco zigomático da face: 
Há espasmos ipsilateral após a percurssão. 
AVALIAÇÃO INICIAL 
 Inspeção do paciente estático 
- Observar assimetrias da face 
- Pede-se para: fechar os olhos, fazer movimentos na 
face (olhar para cima, fazer careta), inflar as 
bochechas (testa a força do m. bucinador), sorrir, 
assobiar, fazer “bico”, abertura da boca forçando a 
mandíbula para baixo (contraindo do m. platisma - 
pescoço) entre outros. 
PARALISIA FACIAL PERIFÉRICA 
 Toda a hemiface fica comprometida (região 
ipsilateral à lesão). 
 Não há movimentação na face 
 Tônus fica enfraquecido 
 Desvio de comissura para o lado afetado 
PARALISIA FACIAL CENTRAL 
 Apenas da porção inferior da face (pois o 
andar superior é inervado por nervos de 
ambos os hemisférios cerebrais). 
 Sempre do lado contralateral à lesão 
 Causa mais comum: AVE 
 Desvio de comissura labial para o lado não 
afetado 
NERVO VESTIBULOCOCLEAR (VIII PAR) 
 Cuidade auditiva (porção coclear/auditiva) 
 Percepção aérea do som – estímulos sonoros 
junto ao ouvido externo com oclusão do lado 
não examinado. 
PROVA DE RINNE 
 Testa a percepção óssea do som 
 Diapasão na região retroauricular 
 Pede-se para o paciente relatar até onde 
consegue identificar o som (avaliando a 
distância) 
 Pessoa normal: prova de Rinne positiva 
 Caso a condução óssea do som seja maior que 
a condução aérea do mesmo, temos prova de 
Rinne negativa (possui alteração). 
PROVA DE WEBER 
 Som se lateraliza de maneira igual para os 
dois lados da orelha (vibração de um diapasão 
no centro do crânio). 
 Se lateralizar para um lado há surdez ou 
hipoacusia. 
 Alteração na condução aérea do som (algo 
obstruindo a entrada do som) 
 Pode haver ainda um problema de condução 
do nervo. 
NERVO GLOSSOFARÍNGEO (IX PAR) 
RESPONSÁVEL PELA: 
 Sensibilidade do 1/3 posterior da língua 
 Inspeção estática da cavidade oral 
 Posição da úvula e do palato mole 
REALIZAÇÃO DO EXAME: 
 Face posterior (inspeção estática): primeira 
visualizada inicialmente. 
 Face posterior (inspeção dinâmica): pede-se 
para o paciente falar a vogal “a” ou “e”; 
verifica-se o deslocamento da parede faríngea 
– se é simétrica ou assimétrica. 
 Reflexos faríngeos (ou do vômito): 
estimulação do 1/3 posterior da 
língua/faringe – sinais fisiológicos: 
- Reflexo de vômito 
- Elevação do palato mole 
- Abaixamento da língua 
SINAL DA CORTINA DE VERNET – RAFE MEDIANA 
 Exteriorização do sinal da cortina 
 
NERVO VAGO (X PAR) 
 Simetria ou assimetria do véu palatino 
 Reflexo veupalatino (toca-se o palato mole) 
 Reflexo/ânsia do vômito (aferente IX e 
eferente X) 
 Toca-se na parede posterior da faringe 
(elevação do palato) 
 Disfonia: Dificuldade na emissão de sons 
(nervo vago possui um ramo denominado 
laríngeo recorrente – inerva as cordas vocais). 
 Disfagia: Dificuldade na deglutição. 
NERVO ACESSÓRIO (XI PAR) 
 Inerva na porção espinal, os M. 
esternocleidomastóideo e o trapézio. 
 Inspeção de atrofias, diminuição de força 
 Esternocleidomastóideo: rotação da cabeça 
lateralmente (oferecendo resistência). 
 Trapézio: movimento de elevação dos ombros 
(oferecendo resistência) 
NERVO HIPOGLOSSO (XII PAR) 
 Inerva a musculatura intrínseca e extrínseca 
da língua. 
 Nervo motor 
 Abertura da cavidade oral e projeção da 
língua 
 Inspeção estática e dinâmica (motilidade da 
língua – tanto dentro quanto fora da cavidade 
oral). 
 Língua normal: não desvia, não 
atrofia/fasciculações (movimentos 
ondulatórios da língua ausentes – 
comprometimento bilateral da língua – 
doença ELA), não desvia, mantém os tônus. 
 Pode-se fazer a palpação da língua, caso 
necessário (paciente se queixa de algo ou 
temos alguma outra suspeita). 
 Verificação de paralisia da hemi-língua: 
- No interior da cavidade bucal: a língua desvia para o 
lado contralateral à lesão. 
- No exterior da cavidade (projetada para fora): a 
língua desvia para o mesmo lado em que ocorreu a 
lesão.

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