Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 Mama�: um� introduçã� à anatomi� As mamas são as estruturas mais proeminentes da parede anterior do tórax, sendo geralmente mais desenvolvidas em pessoas com ovários (importante incluir os homens transgêneros). As mamas localizam-se anteriormente aos músculos peitoral maior e serrátil anterior. Elas possuem os seguintes limites anatômicos: ➥ a segunda costela, superiormente; ➥ linha medial ou borda esternal, lateralmente; ➥ linha axilar anterior, lateralmente; ➥ sulco inframamário, inferiormente. Além desses limites anatômicos, deve-se considerar o processo axilar ou cauda de Spence que se limita ao andar inferior da axila. As mamas são formadas por tecido glandular e por tecido fibroso de sustentação que estão dispostos sobre uma matriz adiposa, juntamente com vasos sanguíneos, linfáticos e nervos. As glândulas mamárias estão localizadas na tela subcutânea e sobre os músculos peitoral maior e peitoral menor. Na parte cutânea, identifica-se a aréola e a papila mamária (também chamada de mamilo). Na parte mais proeminente da mama está a papila mamária, circundada por uma área cutânea pigmentada circular, a aréola. As aréolas da mama contêm muitas glândulas sebáceas, tubérculos de Morgagni, que aumentam durante a gravidez - denominados então de tubérculos de Montgomery - e secretam uma substância oleosa, que atua como um lubrificante protetor para a aréola e a papila. Cada ducto tem uma parte dilatada, situada profundamente à aréola, o seio lactífero, na qual uma pequena gotícula de leite se acumula ou permanece na lactante. Vão se dividindo - formando dúctulos - até chegarem nos ácinos (células secretoras de leite) terminais (seu conjunto é denominado lóbulo). A vascularização das mamas se dá por meio das artérias subclávia (torácica interna ou mamária interna), axilar (torácica lateral ou mamária externa) e intercostais. O mamilo contém abundantes terminações nervosas sensoriais, incluindo os corpos de Ru�ni e os corpúsculos de Krause. Ao nascer, consiste apenas em ductos lactíferos, não havendo ácinos. Na puberdade, sob a influência dos estrogênios, os ductos ramificam- se, aparecendo em suas extremidades pequenas massas celulares que são ácinos potenciais. Os seguintes hormônios contribuem para a variação da morfologia das mamas: ➥proliferação epitelial: gonadotrofinas hipofisárias (hormônios foliculestimulante [FSH] e luteinizante [LH]), estrogênio secretado pelos folículos de Graaf ovarianos. ➥ dilatação ductal: progesterona. ➥ durante a gravidez, há aumento ductular, lobular e alveolar: estrogênio, progesterona, lactogênio placentário, prolactina e gonadotrofina coriônica humana (hCG). ➥ lactação após o parto: a prolactina, que estava sendo inibida, é liberada. Redução do estrogênio, a progesterona e do hormônio lactogênio placentário. Após a menopausa, ocorre a involução de epitélio e estroma mamários, sendo gradativamente substituídos por tecido adiposo. 2 Figura 1. Visão lateral e corte sagital das mamas. DRAKE, 2011. Figura 2. Vista anterior e vista lateral da mama. PUTZ, R.; PABST, R., 2002. 3 Estági� d� Tanner A escala de Tanner (ou estágios de Tanner) é uma avaliação da maturação sexual através do desenvolvimento físico de crianças, adolescentes e adultos. Os estágios do desenvolvimento da mama são descritos como estágios 1 a 5 de Tanner: ➟ M-1: Mamas pré-púberes; apenas elevação do mamilo. ➟ M-2: Brotos mamários; elevação da mama e do mamilo; aumento do diâmetro da aréola. ➟ M-3: Maior aumento da aréola, sem distinção de seus contornos. ➟ M-4: Projeção da aréola e do mamilo, formando um segundo monte. ➟ M-5: Mamas adultas, apenas com projeção do mamilo. Figura 3. Estágios do desenvolvimento das mamas. VILAR, 2016. 4 Quadrante� da� mama� Para fins clínicos, as mamas são divididas em quatro quadrantes, por meio de duas linhas que se cruzam ao nível da papila mamária, uma na direção vertical e outra, na horizontal. A aréola é usada como ponto de referência, o que possibilita uma localização mais precisa (distância em centímetros do “achado semiológico” em relação à aréola). Os quadrantes são: ● QSL: quadrante superior lateral ou QSE: quadrante superior externo; ● QSM: quadrante superior media ou QSI: quadrante superior internol; ● QIL: quadrante inferior lateral ou QIE: quadrante inferior externo; ● QIM: quadrante inferior medial ou QII: quadrante inferior interno. Figura 4. Quadrantes mamários. MOORE, 2019. 5 Anamnes� Durante a entrevista clínica é importante ressaltar que se deve pesquisar o histórico do paciente. Isso inclui: idade, cor, naturalidade, idade da menarca, número de gravidezes, partos, abortamentos e idade do primeiro parto. Anotando-se, também, a queixa principal e duração, a história pregressa da doença atual, o interrogatório sobre os diversos sistemas (interrogatório sintomatológico), antecedentes familiares de câncer de mama, ovário e tuba uterina. Os antecedentes de doenças prévias ou atuais, tais como: hipertensão arterial, diabetes, cardiopatias, pneumopatias e tromboembolismo também devem ser registrados. História de cirurgias prévias de neoplasias e estéticas da mama, o uso de medicamentos que podem causar galactorreia e outros sintomas mamários são importantes fatores para se pesquisar. A utilização de bebidas alcoólicas, tabagismo, etilismo, atividade física, alimentação e uso de terapia hormonal também deve ser analisada. Sinai� � sintoma� A dor mamária, o derrame papilar e o nódulo são as manifestações clínicas mais comuns. Dor mamária: ela também pode ser chamada de mastodinia ou mastalgia. Ela é localizada na topografia da mama e geralmente aparece na menacme (período entre a primeira menstruação e a última). Normalmente desaparece após a menopausa. A dor mamária pode ser classificada em: ➥ Acíclica: ela não tem relação com o ciclo menstrual e costuma ser unilateral e bem localizada. Pode ser causada por cistos, mastites, traumas, tromboflebite superficial (doença de Mondor), entre outros. ➥ Cíclica: ela varia de intensidade de acordo com o ciclo menstrual, é bilateral e difusa. Geralmente se intensifica na última semana do ciclo menstrual e melhora com a menstruação. ➥ Extramamária: ela possui origem fora da mama. Alguns exemplos de condições que podem causá-la: costocondrite (síndrome de Tietze), neurites, traumas e fraturas de costela, gastrite, entre outras. A dor também pode ser classificada de acordo com a sua intensidade: ➥ Leve: não interfere na qualidade de vida. ➥ Moderada: interfere na qualidade de vida, mas não nas atividades diárias. ➥ Intensa: interfere nas atividades diárias e na qualidade de vida. Derrame papilar: pode ser chamado de também chamado de secreção, fluxo ou descarga mamilar. Pode ser decorrente de causa mamária ou extramamária. Pode ocorrer em qualquer pessoa e se classifica em: ➥ Galactorreia: a secreção é leitosa, bilateral, multiductal, fora do ciclo grávido puerperal e, geralmente, causada pelo aumento da prolactina produzida por tumores hipofisários ou uso de medicamentos e drogas ilícitas (cocaína). ➥ Derrame fisiológico: a secreção é multiductal, bilateral, provocada ou espontânea, de cor amarela, esverdeada ou escura, geralmente causada pela manipulação mamilar ou ectasia ductal. ➥ Derrame patológico: a secreção é unilateral, uniductal, espontânea, persistente e de coloração cristalina (água de rocha), serosa ou hemática. Geralmente é causada por papiloma ductal ou carcinoma mamário. 6 Nódulos mamários: devem ser registrados quanto à localização (uni ou bilateral), tamanho, crescimento (rápido, progressivo ou estacionário), consistência, mobilidade e sensibilidade. A observação de eritema (rubor) pode indicar uma inflamação local benigna ou invasão linfática superficial por uma neoplasia. A estimulação tátil da região, inclusive durante o exame da mama, deixa o mamilo menor, mais firme e mais ereto, enquanto a aréola fica franzida e enrugada. Esses reflexos da musculatura lisa são normais e não devem ser confundidos com sinais de doença mamária. �am� Físic� Inspeção estáticaA paciente deve estar sentada, com os membros superiores dispostos ao longo do tronco, de forma paralela, vestindo um avental ou algo que permita abrir pela frente. Durante a inspeção estática, observa-se pele, contorno, forma, volume e simetria glandular, pigmentação da aréola, aspecto da papila, presença de abaulamentos ou de retrações, circulação venosa e presença de sinais flogísticos (edema e rubor). A retração da papila, quando recente, é sinal de alerta para o câncer. A aréola deve ser cuidadosamente examinada, pesquisando eczema, dermatite de contato e doença de Paget, que é um tipo de câncer de mama. Pode-se classificar as mamas quanto à forma: – Globosa: o diâmetro ântero-posterior é igual à metade do diâmetro da base. – Periforme ou cônica: o diâmetro anteroposterior é igual ao diâmetro da base. – Discoide ou plana: o diâmetro anteroposterior é menor do que a metade do diâmetro da base. – Pendente: o arco do círculo inferior ultrapassa a base de implantação em mais de 2,5 cm. Quanto ao mamilo, é possível caracterizá-lo da seguinte maneira: – Protruso: mamilo eutrófico, saliente, apresentando ângulo de 90º em relação à junção mamilo-areolar. – Semiprotruso: mamilo geralmente curto, que apresenta protrusão relativa ao estímulo tátil e ângulo superior a 90º. – Pseudoumbilicado ou pseudoinvertido: apresenta-se invaginado à inspeção; porém, ao estímulo, apresenta protrusão, voltando em seguida à posição original; esse tipo de mamilo dificulta e até impede a amamentação. – Umbilicado ou invertido: apresenta-se invaginado em repouso, permanecendo assim após estímulo; apresenta aderência interna que impede a sua eversão. – Hipertrófico: mamilo de tamanho aumentado, protruso, com borda em formato que lembra um cogumelo, mais frequente na raça negra. Inspeção dinâmica É necessário solicita r à paciente que eleve os braços acima da cabeça e, após, que pressione as asas dos ossos ilíacos, colocando as mãos na cintura e fazendo compressão, com o intuito de tornar mais evidentes as retrações e assimetrias. Na puberdade, com frequência são encontradas assimetrias fisiológicas sem significado clínico. Eleve cada mama, quando necessário, para observar as alterações de cor e textura nas faces inferior e lateral. As mamas são da cor da pele circundante, e as formações venosas são as mesmas em ambos os lados. A presença de erupções ou ulcerações nas mamas ou nos mamilos não é fisiológico. 7 Observe qualquer sinal de sangramento ou secreção proveniente do mamilo. Uma secreção transparente amarelada 2 dias após o parto é comum. A presença de inflamação ou massa causa uma diferença de tamanho não é comum. Palpação dos linfonodos Os linfonodos são melhores avaliados com o paciente sentado de frente com o examinador. Com a mão espalmada (a mão direita examina o lado esquerdo da paciente e vice-versa), faz-se a palpação deslizante do oco axilar e de suas proximidades. As fossas supra e infraclaviculares e as axilas são palpadas com as pontas dos dedos. A presença de linfonodos palpáveis, móveis e fibroelásticos não representa sinal de suspeição. Linfonodos axilares aumentados, endurecidos, fixos e coalescentes são indicativos de metástase de carcinoma de mama, linfomas ou outros tipos de neoplasias malignas. Figura 5. Palpação dos linfonodos. PORTO, 2019. Palpação mamária Ela pode ser executada através de duas técnicas: ➥ Técnica de Velpeaux - utiliza-se a região palmar dos dedos. ➥ Técnica de Bloodgood - são utilizadas as falanges distais, semelhante ao tocar de um piano. A paciente deve estar em decúbito dorsal com as mãos apoiadas atrás da cabeça e os braços bem abertos, levemente fletidos. A palpação deve ser feita delicadamente, partindo -se da região subareolar e estendendo- se até as regiões paraesternais, infraclaviculares e axilares (prolongamento axilar da mama). No início, a palpação deve ser executada com leve pressão, a fim de permitir a detecção de nódulos superficiais, e, em seguida, com mais vigor, procurando nódulos profundos. Deve-se fazer a palpação mamária de forma sistemática usando uma das seguintes maneiras: ➥ técnica vertical, na qual os dedos se movimentam para cima e para baixo dentro de cada quadrante; ➥ em sentido horário ou anti-horário, formando pequenos círculos concêntricos com os dedos posicionados ao longo de cada quadrante e da cauda; ➥ palpando a partir do centro da mama de forma radial, retornando à aréola para iniciar cada série. 8 Palpe quaisquer massas anormais para determinar a localização em relação aos quadrantes, o diâmetro em centímetros, a forma (p. ex., redonda ou discoide), a consistência (mole, firme ou dura), a sensibilidade, a mobilidade e o caráter distintivo (limites definidos ou não definidos) da massa. As lesões cancerosas são duras, fixas, não sensíveis, de formato irregular e normalmente unilaterais. Expressão mamilar Terminada a palpação, faz-se uma delicada pressão no nível da aréola e da papila, identificando as características da secreção como coloração. Ela pode ser: ➥ Serosa: líquido claro e fluido; ➥ Serossanguinolenta: líquido aquoso rosado; ➥ Purulenta: líquido espesso, amarelado; ➥ Situação normal (gravidez ou lactação); ➥ Colostro: líquido claro e turvo; ➥ Secreção láctea: leite. Geralmente os derrames papilares contendo sangue, sero- hemáticos ou cristalinos em água de rocha levantam a suspeita de neoplasia (papiloma ou carcinoma) e devem ser investigados com biópsia excisional. Figura 6. Métodos da palpação mamária. POTTER, 2017. Mamas de homens cisgêneros Deve-se inspecionar a parede do tórax observando a superfície da pele e quaisquer protuberâncias ou inchaços. Palpa-se a região do mamilo para qualquer protuberância ou aumento tecidual (ela deve parecer homogênea e sem nenhum nódulo). Alguns homens desenvolvem ginecomastia, que nada mais é que uma proliferação palpável de tecido glandular normal, ou pseudoginecomastia, que consiste em acúmulo da gordura subareolar. As causas de ginecomastia incluem aumento dos níveis de estrogênio, diminuição dos níveis de testosterona e efeitos colaterais de alguns medicamentos. Auto�am� d� mam� O câncer de mama é a neoplasia maligna mais prevalente entre as populações femininas e é responsável pelo segundo maior número de mortes relacionadas ao câncer em mulheres americanas. Qualquer avaliação do autoexame das mamas deve incluir que a literatura médica atual não suporta a eficácia da prática e que a implementação geral é desencorajada pela maioria das sociedades e academias médicas. Dentre os danos associados ao procedimento, incluíam-se: imagens frívolas, biópsias desnecessárias e danos "psicológicos" relacionados a resultados falso-positivos. A resistência ao abandono da prática está enraizada na alta incidência de câncer de mama, experiências anedóticas positivas relatadas por pacientes e profissionais e a intenção de empoderar as mulheres por meio do autodiagnóstico. Sugere-se que tais iniciativas têm utilidade possível em países de poucos recursos, onde o acesso generalizado à mamografia é limitado. Uma grande responsabilidade para as enfermeiros é ensinar aos pacientes comportamentos de saúde como o autoexame das mamas (AEM). Ao orientar as mulheres, 9 deve-se explicar os benefícios e as limitações do autoexame de mama (AEM). A triagem deve ocorrer idealmente ao final da menstruação da paciente. Se a paciente estiver amenorreica (sem menstruação mensal), o exame deve ser realizado no mesmo dia selecionado a cada mês. O único equipamento necessário para realizar um autoexame abrangente das mamas é um espelho independente ou fixado na parede para realizar a inspeção visual. Um travesseiro pode ser usado para apoiar as costas ou o ombro durante a parte supina e tátil do procedimento. Em decúbito dorsal, coloca-se o braço direito por trás da cabeça e examina-se a mama direita. Utiliza-se a polpa dos segundo, terceiro e quarto dedos para palpar e sentir alguma alteração (caroços, massas, nódulos) fazendo movimentos circulares sobrepostos em três diferentes níveis de pressão.Explora-se a área em torno da mama com movimentos para cima e para baixo a partir de uma linha imaginária traçada da axila até o meio do osso do tórax (esterno ou osso do peito). Repita o autoexame na mama esquerda, colocando o braço esquerdo por trás da cabeça e refazendo as técnicas de palpação. Em pé diante de um espelho com as mãos pressionando firmemente os quadris para baixo, o paciente deve olhar para a suas mamas, observando quaisquer alterações de tamanho, forma, contorno, presença de depressões, vermelhidão ou descamação do mamilo ou do tecido mamário. Finalmente, sentado ou de pé, deve-se examinar cada axila com o braço ligeiramente levantado para que possa sentir facilmente quaisquer caroços ou alterações nessa área. Figura 7. Técnica de palpação da mama. JARVIS, 2018. Figura 8. Autoexame de mama. POTTER, 2020. Figura 9. Inspeção da mama dinâmica. JARVIS, 2018. 10 Grup� vulnerávei� par� � câncer d� mam� O aumento da idade e o nascimento do sexo feminino são os fatores de risco mais fortes para o câncer de mama. Potencialmente fatores modificáveis associados ao aumento do risco entre mulheres incluem ganho de peso após os 18 anos e/ou estar acima do peso ou obeso; terapia hormonal da menopausa (combinação estrogênio e progesterona), anteriormente referido como terapia de reposição hormonal; consumo de álcool; e inatividade física. Amamentação por pelo menos um ano diminui o risco. Fatores não modificáveis que aumentam o risco incluir uma história pessoal ou familiar de câncer de mama: certas condições benignas da mama, como atípicas hiperplasia; história de CDIS ou carcinoma lobular em local (LCIS); alta densidade do tecido mamário (a quantidade de tecido glandular e conjuntivo em relação ao tecido adiposo medido em uma mamografia); radiação de alta dose para no peito antes dos 30 anos de idade (por exemplo, para tratamento de linfoma); e mutações genéticas herdadas na mama genes de suscetibilidade ao câncer (por exemplo, BRCA1 ou BRCA2). BRCA1 ou mutações BRCA2 são mais comuns entre as pessoas com história familiar de mama, ovário e/ou algum outros cânceres. Fatores reprodutivos e hormonais que aumento do risco incluem uma longa história menstrual (períodos menstruais que começam cedo e/ou terminam tarde na vida); não ter filhos ou ter filhos após os 30 anos; altos níveis naturais de estrogênio ou testosterona; e uso recente de anticoncepcionais hormonais. �am� físic� par� paciente� qu� s� submetera� à mastectomi� Mesmo em pacientes com mastectomia profilática bilateral, o risco de câncer não é completamente abolido. A incapacidade da mastectomia subcutânea em remover todo o tecido glandular é uma grande limitação, particularmente em indivíduos de alto risco nos quais qualquer tecido mamário residual tem potencial neoplásico significativo. Deve-se inspecionar a cicatriz da mastectomia e a axila cuidadosamente à procura de massa, nodularidade incomum ou manifestações de inflamação ou infecção. Pode haver linfedema na região axilar e no braço, decorrente de drenagem linfática interrompida pela cirurgia. Deve-se palpar a cicatriz com cuidado – esses tecidos podem ser incomumente sensíveis à palpação ou compressão. Além disso, palpa-se o tecido mamário e as linhas de incisão ao redor do implante ou reconstrução mamária. 11 Referência� American Cancer Society. Cancer Facts & Figures 2022. Atlanta: American Cancer Society; 2022. Barros, Alba Lucia Bottura Leite de. Anamnese e exame físico: avaliação diagnóstica de enfermagem no adulto. – 3. ed. – Porto Alegre: Artmed, 2016. Bickley, Lynn S. Szilagyi, Peter G. Bates, propedêutica médica. - 12. ed. - Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2018. Hinkle, Janice L. et al. Brunner & Suddarth : tratado de enfermagem médico-cirúrgica. - 14. ed. - Rio de Janeiro : Guanabara Koogan, 2020. Jarvis, Carolyn. Guia de exame físico para enfermagem. – 7. ed. – Rio de Janeiro: Elsevier, 2016. Moore, Keith L., Dalley, Arthur F., Agur, Anne M. R. Anatomia orientada para a clínica. - 8. ed. - Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2019. Porto, Celmo Celeno. Semiologia médica. - 8. ed. Rio de Janeiro : Guanabara Koogan, 2019. Potter, Patricia A. Perry, Anne Gri�n. Fundamentos da enfermagem. - 9. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2017. Putz, R.; Pabst, R. Sobotta, Atlas de Anatomia Humana. Vol. 1 e 2. 22 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002. 12
Compartilhar