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Resumão PRÉ-NATAL DE BAIXO RISCO Material produzido por Larissa Oliveira @enflarissaoliveira Oii, pessoal!! Sou a Larissa, Enfermeira e também concurseira. Compartilho a rotina de estudos no Instagram @enflarissaoliveira e elaborei esse resumão sobre PRÉ-NATAL DE BAIXO RISCO e INTERPRETAÇÃO DOS EXAMES LABORATORIAIS E CONDUTAS, a fim de facilitar nossos estudos e contribuir também na nossa prática, com os principais assuntos e informações que são abordados em provas de Concursos e Residências, bem como na assistência ao pré-natal. Espero contribuir com seu estudo e desejo que sigamos firmes em busca dos nossos objetivos. Se você chegou até aqui, o primeiro passo já foi dado. NÃO DESISTA! Material produzido por @enflarissaoliveira 1 Material produzido por @enflarissaoliveira 2 Pas��� p��a � P�é-Nat�� �� Qu�l��a�� n� A�e�ção Bási�� 1° PASSO: Iniciar o pré-natal na Atenção Primária à Saúde até a 12ª semana de gestação (captação precoce). 2° PASSO: Garantir os recursos humanos, físicos, materiais e técnicos necessários à atenção pré-natal. 3° PASSO: Toda gestante deve ter assegurado a solicitação, realização e avaliação em termo oportuno do resultado dos exames preconizados no atendimento pré-natal. 4° PASSO: Promover a escuta ativa da gestante e de seus(suas) acompanhantes, considerando aspectos intelectuais, emocionais, sociais e culturais e não somente um cuidado biológico: "rodas de gestantes". 5° PASSO: Garantir o transporte público gratuito da gestante para o atendimento pré-natal, quando necessário. 6° PASSO: É direito do(a) parceiro(a) ser cuidado (realização de consultas, exames e ter acesso a informações) antes, durante e depois da gestação: "pré-natal do(a) parceiro(a)". 7° PASSO: Garantir o acesso à unidade de referência especializada, caso seja necessário. 8° PASSO: Estimular e informar sobre os benefícios do parto fisiológico, incluindo a elaboração do "Plano de Parto". 9° PASSO: Toda gestante tem direito de conhecer e visitar previamente o serviço de saúde no qual irá dar à luz. 10° PASSO: As mulheres devem conhecer e exercer os direitos garantidos por lei no período gravídico-puerperal. Material produzido por @enflarissaoliveira 3 Di�g�ós�i�� d� G�a��d�� O Teste Imunológico de Gravidez (TIG), que se trata da dosagem de Gonadotrofina Coriônica Humana ( HCG), é considerado o mais sensível e confiável. O atraso menstrual for superior a 12 semanas, o diagnóstico de gravidez poderá ser feito pelo exame clínico e torna-se desnecessária a solicitação do TIG. Queixas principais: Atraso menstrual Fadiga Mastalgia Aumento da frequência urinária Enjoos/vômitos matinais. Material produzido por @enflarissaoliveira 4 Sin��� �e Pr����ção ● Atraso menstrual; ● Manifestações clínicas: ● Modificações anatômicas: Material produzido por @enflarissaoliveira 5 Sin��� �e Pr����il����e ● Sangramento vaginal discreto pela implantação do óvulo no útero; ● Amolecimento da cérvice uterina, com posterior aumento do seu volume; ● Istmo do útero com consistência amolecida ao toque vaginal; ● Paredes vaginais aumentadas, com aumento da vascularização; ● Percepção da pulsação arterial no fundo de saco arterial ao toque vaginal; ● Abaulamento da região onde houve a nidação (assimetria); ● Abaulamento do útero gravídico ao toque do fundo de saco vaginal; ● Positividade da fração beta do HCG no soro materno a partir do 8º ou 9º dia após a fertilização. Material produzido por @enflarissaoliveira 6 Beta HCG Valores do βHCG Sin��� �e C�r���a ● Presença dos batimentos cardíacos fetais (BCF) pelo sonar a partir de 12 semanas pelo Pinard a partir de 20 semanas ● Percepção dos movimentos fetais (de 18 a 20 semanas); ● Ultrassonografia: o saco gestacional pode ser observado por via transvaginal com apenas 4 a 5 semanas gestacionais e a atividade cardíaca é a primeira manifestação do embrião com 6 semanas gestacionais. Material produzido por @enflarissaoliveira 7 Cla���fic�ção d� R���o ��s���i�n�� Fatores de risco que permitem a realização do pré-natal pela equipe de atenção básica. Fatores relacionados às características individuais e às condições sociodemográficas desfavoráveis: ➔ Idade menor do que 15 e maior do que 35 anos; ➔Ocupação: esforço físico excessivo, carga horária extensa, rotatividade de horário, exposição a agentes físicos, químicos e biológicos, estresse; ➔Situação familiar insegura e não aceitação da gravidez, principalmente em se tratando de adolescente; ➔Situação conjugal insegura; ➔Baixa escolaridade (menor do que 5 anos de estudo regular); ➔Condições ambientais desfavoráveis; ➔Altura menor do que 1,45m; ➔ IMC que evidencie baixo peso, sobrepeso ou obesidade. Material produzido por @enflarissaoliveira 8 Fatores relacionados à história reprodutiva anterior: ➔ o Recém-nascido com restrição de crescimento, pré-termo ou malformado; ➔Macrossomia fetal; ➔Síndromes hemorrágicas ou hipertensivas; ➔ Intervalo interpartal menor do que dois anos ou maior do que cinco anos; ➔Nuliparidade e multiparidade (5 ou mais partos); ➔Cirurgia uterina anterior; ➔3 ou mais cesarianas. Fatores relacionados à gravidez atual: ➔Ganho ponderal inadequado; ➔ Infecção urinária; ➔Anemia. Material produzido por @enflarissaoliveira 9 Fatores de risco que podem indicar encaminhamento ao prénatal de alto risco Fatores relacionados às condições prévias: ➔Cardiopatias; ➔Pneumopatias graves (incluindo asma brônquica); ➔Nefropatias graves (como insuficiência renal crônica e em casos de transplantados); ➔Endocrinopatias (especialmente diabetes mellitus, hipotireoidismo e hipertireoidismo); ➔Doenças hematológicas (inclusive doença falciforme e talassemia); ➔Hipertensão arterial crônica e/ou caso de paciente que faça uso de anti-hipertensivo (PA>140/90mmHg antes de 20 semanas de Idade Gestacional - IG); ➔Doenças neurológicas (como epilepsia); ➔Doenças psiquiátricas que necessitam de acompanhamento (psicoses, depressão grave etc.); ➔Doenças autoimunes (lúpus eritematoso sistêmico, outras colagenoses); ➔Alterações genéticas maternas; ➔Antecedente de trombose venosa profunda ou embolia pulmonar; Material produzido por @enflarissaoliveira 10 ➔Ginecopatias (malformação uterina, miomatose, tumores anexiais e outras); ➔Portadoras de doenças infecciosas como hepatites, toxoplasmose, infecção pelo HIV, sífilis terciária (USG com malformação fetal) e outras ISTs (condiloma); ➔Hanseníase; ➔Tuberculose; ➔Dependência de drogas lícitas ou ilícitas; ➔Qualquer patologia clínica que necessite de acompanhamento especializado. Fatores relacionados à história reprodutiva anterior: ➔Morte intrauterina ou perinatal em gestação anterior, principalmente se for de causa desconhecida; ➔História prévia de doença hipertensiva da gestação, com mau resultado obstétrico e/ou perinatal; ➔Abortamento habitual; ➔Esterilidade/infertilidade. Fatores relacionados à gravidez atual: ➔Restrição do crescimento intrauterino; ➔Polidrâmnio ou oligoidrâmnio; Material produzido por @enflarissaoliveira 11 ➔Gemelaridade; ➔Malformações fetais ou arritmia fetal; ➔Distúrbios hipertensivos da gestação (hipertensão crônica preexistente, hipertensão gestacional ou transitória); ➔Anemia grave ou não responsiva a 30-60 dias de tratamento com sulfato ferroso; ➔Portadoras de doenças infecciosas como hepatites, toxoplasmose, infecção pelo HIV, sífilis terciária (USG com malformação fetal) e outras DSTs (condiloma); ➔ Infecções como a rubéola e a citomegalovirose adquiridas na gestação atual; ➔Proteinúria; ➔Diabetes mellitus gestacional; ➔Desnutrição materna severa; ➔Obesidade mórbida ou baixo peso (encaminhar a gestante para avaliação nutricional); ➔NIC III (encaminhar a gestante ao oncologista); ➔Alta suspeita clínica de câncer de mama ou mamografia com Bi-rads III ou mais (encaminhar a gestante ao oncologista); ➔Adolescentes com fatores de risco psicossocial. Material produzido por @enflarissaoliveira 12 Cal���ári� �� Co�s����s O totalde consultas deverá ser de, no mínimo, 6, com acompanhamento intercalado entre médico e enfermeiro. Exames de Rotina 1ª consulta ou 1º trimestre: Material produzido por @enflarissaoliveira 13 2º trimestre: 3º trimestre: Material produzido por @enflarissaoliveira 14 1º trimestre: entre 11 e 14 semanas. 2º trimestre: entre 20 e 24 semanas. 3º trimestre: entre 32 e 36 semanas. 1º trimestre: ➔Viabilidade ➔ Idade Gestacional ➔Determinação da corionicidade em gemelar ➔TN (Translucência Nucal) 2º Segundo trimestre: ➔Morfologia fetal 3º Terceiro trimestre: ➔Crescimento ➔Placenta ➔Vitalidade Material produzido por @enflarissaoliveira 15 Cál�u�� d� I�a�� G�s�a���na� (IG) Quando a data da última menstruação (DUM) é conhecida e certa: Uso do calendário: some o número de dias do intervalo entre a DUM e a data da consulta, dividindo o total por sete (resultado em semanas); Material produzido por @enflarissaoliveira 16 Uso de disco (gestograma): colocar a seta sobre o dia e o mês correspondentes ao primeiro dia e mês do último ciclo menstrual e observar o número de semanas indicado no dia e mês da consulta atual. Quando a data da última menstruação é desconhecida, mas se conhece o período do mês em que ela ocorreu: Início do mês, considera-se data dia: 05 Meio do mês, considera-se data dia: 15 Fim do mês, considera-se datas dia: 25 Quando a data e o período da última menstruação são desconhecidos: Quando a data e o período do mês não forem conhecidos, a idade gestacional e a data provável do parto serão, inicialmente, determinadas por aproximação, basicamente pela medida da altura do fundo do útero e pelo toque vaginal, e informações sobre início dos movimentos fetais (18 e 20 semanas). Material produzido por @enflarissaoliveira 17 Pode-se utilizar a altura uterina e o toque vaginal, considerando-se os seguintes parâmetros: Até a 6ª semana, não ocorre alteração do tamanho uterino; Na 8ª semana, o útero corresponde ao dobro do tamanho normal; Na 10ª semana, o útero corresponde a três vezes o tamanho habitual; Na 12ª semana, o útero enche a pelve, de modo que é palpável na sínfise púbica; Na 16ª semana, o fundo uterino encontra-se entre a sínfise púbica e a cicatriz umbilical; Na 20ª semana, o fundo do útero encontra-se na altura da cicatriz umbilical; A partir da 20ª semana, existe relação direta entre as semanas da gestação e a medida da altura uterina. Porém, este parâmetro torna-se menos fiel a partir da 30ª semana de idade gestacional. A situação fetal transversa reduz a medida de altura uterina e pode falsear a relação com a IG. Material produzido por @enflarissaoliveira 18 Dat� ����áve� �� P�r�o (D��) Regra de Naegele Em relação ao mês e ano (pode ser calculado de duas formas). DUM entre janeiro e março: soma-se + 9 ao mesmo mês e permanece o mesmo ano. DUM entre abril e dezembro: subtrai-se - 3 do mês e soma mais 1 ano. Material produzido por @enflarissaoliveira 19 Quando a soma dos dias ultrapassarem a quantidade de dias que tem em um mês, o número excedente pula para o próximo mês. Material produzido por @enflarissaoliveira 20 Pal��ção Ob��ét�i�� Manobras de Leopold Objetivos: ➔ Identificar o crescimento fetal; ➔Diagnosticar os desvios da normalidade a partir da relação entre a altura uterina e a idade gestacional; ➔ Identificar a situação e a apresentação fetal. Material produzido por @enflarissaoliveira 21 Situação Fetal O feto pode estar em situação longitudinal (mais comum) ou transversa. (OBS.:) A situação transversa reduz a medida de altura uterina, podendo falsear sua relação com a idade gestacional. Apresentação Fetal Cefálica Pélvica Córmica Material produzido por @enflarissaoliveira 22 Med��� �a Al���� Ute���� Posicione a gestante em decúbito dorsal, com o abdome descoberto; Delimite a borda superior da sínfise púbica e o fundo uterino; Por meio da palpação, procure corrigir a comum dextroversão uterina; Fixe a extremidade inicial (0 cm) da fita métrica, flexível e não extensível, na borda superior da sínfise púbica com uma das mãos, passando-a entre os dedos indicador e médio. Deslize a fita métrica entre os dedos indicador e médio da outra mão até alcançar o fundo do útero com a margem cubital da mesma mão; Proceda à leitura quando a borda cubital da mão atingir o fundo uterino; Anote a medida (em centímetros) na ficha e no cartão e marque o ponto na curva da altura uterina. Material produzido por @enflarissaoliveira 23 Aus���t� �o� B�t��e�t�� C��di����a�s Deve ser realizada com sonar, após 12 semanas de gestação ou com Pinard, após 20 semanas. De acordo com o Caderno de Atenção Básica Atenção ao Pré-Natal de Baixo Risco (2012), é considerada normal a frequência cardíaca fetal entre 120 a 160 batimentos por minuto. De acordo com o Protocolo da Atenção Básica - Saúde das Mulheres (2016), é considerada normal a frequência cardíaca fetal entre 110 a 160 batimentos por minuto. Material produzido por @enflarissaoliveira 24 Ava���ção d� ���ad� ���ri����al � �� �an�� de ���� ge���c�o��� Cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC) pela fórmula: Calcule a idade gestacional em semanas. Obs.: Quando necessário, arredonde a semana gestacional da seguinte forma: 1, 2, 3 dias, considere o número de semanas completas; e 4, 5, 6 dias, considere a semana seguinte. Ex.: Gestante com 12 semanas e 2 dias = 12 semanas; Gestante com 12 semanas e 5 dias = 13 semanas. Classifique o estado nutricional (EN) da gestante, segundo o IMC, por semana gestacional, da seguinte forma: Baixo peso Adequado De acordo com a seguinte tabela. Sobrepeso Obesidade Material produzido por @enflarissaoliveira 25 Material produzido por @enflarissaoliveira 26 O excesso de peso materno é fator de risco para: Diabetes gestacional; Aumento da pressão arterial; Outros problemas circulatórios. Além disso, está relacionado ao: Material produzido por @enflarissaoliveira 27 Imu����ção HISTÓRICO VACINAL CONDUTA NA GESTAÇÃO Em gestantes não vacinadas e/ou histórico vacinal desconhecido. 2 doses de dT, em qualquer IG, respeitar intervalo de 60 dias ou no mínimo 30 dias entre elas. 1 dose de dTpa, preferencialmente entre 27ª e 36ª semana de gestação (Respeitar intervalo entre as doses). Em gestantes com vacinação incompleta. Completar esquema conforme o número de doses faltantes, sendo 1 dose de dTpa, preferencialmente entre a 27ª e 36ª semana de gestação. Previamente vacinada, com pelo menos 3 doses de dT. 1 dose de dTpa preferencialmente entre a 27ª e 36ª semana de gestação. Material produzido por @enflarissaoliveira 28 Gestante com: ● Esquema vacinal desconhecido; ● Não vacinada; ● HBsAg (-) e Anti-HBs < 10. 3 doses, no esquema 0 - 1 - 6 meses. (Primeira dose após a 14ª semana de gestação). ● Esquema incompleto (1 ou 2 doses): Deve-se completar o esquema. ● Esquema completo: Não se deve vaciná-las. Dose única anual. Em qualquer período gestacional. Material produzido por @enflarissaoliveira 29 Tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) Não vacinar na gestação. Pode ser aplicada no puerpério e durante a amamentação. HPV Não vacinar na gestação. Se a mulher tiver iniciado o esquema antes da gestação, suspendê-lo até puerpério. Pode ser aplicada no puerpério e durante a amamentação. Varicela (catapora) Não vacinar na gestação. Pode ser aplicada no puerpério e durante a amamentação. Dengue Não vacinar na gestação. A vacina é contraindicada em mulheres soronegativas que estejam amamentando e imunodeprimidas. Material produzido por @enflarissaoliveira 30 Sup����n�o� Ácido Fólico: Indicado para a prevenção de defeitos do tubo neural e alterações na divisão celular, especialmente; Fonte: Vegetais folhosos verdes, frutas cítricas, alimentos integrais, legumes, bife de fígado Comprimido 5mg, VO/dia; Uso indicado durante 60 a 90 dias antes da concepção e durante o primeiro trimestre de gestação. Ferro:Indicado para tratamento e profilaxia de anemia e prevenção do nascimento pré-termo; Fonte: Carnes, miúdos, gema de ovo, leguminosas, vegetais verde-escuros 40mg de ferro elementar/dia; Recomenda-se ingerir a medicação antes das refeições; Evitar o consumo, na mesma refeição ou horário próximo ao suplemento de ferro, de alimentos ricos em cálcio, café, chá (reduzem a biodisponibilidade do ferro). A suplementação de ferro deve ser mantida no pós-parto e no pós-aborto por 3 meses. Material produzido por @enflarissaoliveira 31 Vitamina A: Indicada para prevenção de prematuridade, retardo do crescimento intrauterino, baixo peso, descolamento placentário e mortalidade materna. Fonte: Leite, fígado, gema de ovo, vegetais folhosos verdes (espinafre, couve, beldroega, bertalha e mostarda), Vegetais amarelos (abóbora e cenoura), Frutas amarelo-alaranjadas (manga, caju, goiaba, mamão e caqui), óleos e frutas oleaginosas (buriti, pupunha, dendê e pequi). Toda puérpera no pós-parto imediato, ainda na maternidade, deve receber uma megadose de 200.000 UI de vitamina A (1 cápsula VO), garantindo, assim, reposição dos níveis de retinol da mãe e níveis adequados de vitamina A no leite materno até que o bebê atinja os 6 meses de idade, diminuindo o risco de deficiência dessa vitamina entre as crianças amamentadas. Cálcio: Manutenção esquelética e função cardíaca. Fonte: Leite e derivados, vegetais e os feijões contêm pequenas quantidades e sua biodisponibilidade é reduzida. (O consumo de café, chá-mate e chá-preto diminui a biodisponibilidade de cálcio). Material produzido por @enflarissaoliveira 32 Vitamina D: Necessário para formação esquelética do feto Fonte: Atum, sardinha, gema de ovos, óleo de peixe, salmão e fígado. Exposição solar regular. Vitamina C: Estimula melhor a absorção do ferro e reduz o risco de anemia materna. Fonte: Frutas (laranja, limão, caju, acerola, mexerica/tangerina, mamão, goiaba, morango), tomate, brócolis. A necessidade de vitamina C aumenta em até duas vezes em mulheres fumantes, fumantes passivas, que fazem uso de drogas, consumo significativo de álcool e uso regular de aspirinas. Material produzido por @enflarissaoliveira 33 In�e�p����ção d�� E��me� L���ra����a�s � Con����s Hemoglobina e Hematócrito: Hemoglobina > 11 g/dl – Normal. Hemoglobina entre 8 e 11 g/dl – Anemia leve a moderada. Hemoglobina < 8 g/dl – Anemia grave. ● Se anemia presente, tratar e acompanhar hemoglobina após 30 e 60 dias, conforme descrito no Fluxograma. Material produzido por @enflarissaoliveira 34 Eletroforese de hemoglobina:* HbAA: sem doença falciforme; HbAS: heterozigose para hemoglobina S ou traço falciforme, sem doença falciforme; HbAC: heterozigose para hemoglobina C, sem doença falciforme; HbA com variante qualquer: sem doença falciforme; HbSS ou HbSC: doença falciforme. Conduta: As gestantes com traço falciforme devem receber informações e orientações genéticas pela equipe de Atenção Básica. As gestantes diagnosticadas com doença falciforme devem ser encaminhadas ao serviço de referência (pré-natal de alto risco, hematologista ou outra oferta que a rede de saúde ofertar). * Por conta do alto grau de miscigenação da população brasileira, todas as gestantes devem ser rastreadas para doença falciforme, conforme Nota Técnica nº 035/2011/CGSH/DAE/SAS/MS da Rede Cegonha. Material produzido por @enflarissaoliveira 35 Tipo sanguíneo e fator Rh: A(+), B(+), AB(+), O(+): tipo sanguíneo + fator Rh positivo. A(-), B(-), AB(-), O(-): tipo sanguíneo + fator Rh negativo. Conduta: Se o fator Rh for negativo e o pai desconhecido ou pai com fator Rh positivo, realizar exame de Coombs indireto. Antecedente de hidropsia fetal ou neonatal, independentemente do Rh, realizar exame de Coombs indireto. Coombs indireto : Coombs indireto positivo: gestante sensibilizada. Referenciar ao alto risco. Coombs indireto negativo: gestante não sensibilizada. Repetir exame de 4/4 semanas; Imunoglobulina anti-D pós-parto, se o RN for Rh positivo e Coombs direto for negativo e após abortamento, gestação ectópica, gestação molar, sangramento vaginal ou após procedimentos invasivos (biópsia de vilo, amniocentese, cordocentese), se mãe Rh (-) e pai Rh (+). Material produzido por @enflarissaoliveira 36 Glicemia em Jejum e Teste de Tolerância à Glicose: No diagnóstico de DMG, orientar medidas de prevenção primária e referir ao alto risco, mantendo o acompanhamento na UBS. Material produzido por @enflarissaoliveira 37 Urina tipo I: Leucocitúria: presença acima de 10.000 células por ml ou cinco células por campo. Hematúria: presença acima de 10.000 células por ml ou de três a cinco hemácias por campo. Proteinúria: alterado > 10 mg/dl. Presença de outros elementos: não necessitam de condutas especiais. Conduta: Leucocitúria: realizar urocultura para confirmar se há ITU. Caso não esteja disponível a urocultura, tratar empiricamente. Cilindrúria, hematúria sem ITU ou sangramento genital e proteinúria maciça ou dois exames seguidos com traços, passar por avaliação médica e, caso necessário, referir ao pré-natal de alto risco. Na presença de traços de proteinúria: repetir em 15 dias; caso se mantenha, encaminhar a gestante ao pré-natal de alto risco. Na presença de traços de proteinúria e hipertensão e/ou edema, ou proteinúria maciça: é necessário referir a gestante ao pré-natal de alto risco. Na presença de pielonefrite, referir imediatamente à maternidade; se ITU refratária ou de repetição, referir ao pré-natal de alto risco. Material produzido por @enflarissaoliveira 38 Urocultura e antibiograma Urocultura negativa: < 100.000 unidades formadoras de colônias por mL (UFC/mL). Urocultura positiva: > 100.000 UFC/mL. Antibiograma: indica os antibióticos que podem ser utilizados no tratamento. Antibióticos de escolha no tratamento da bacteriúria assintomática e ITU não complicada em gestantes: ● Nitrofurantoína (100 mg), uma cáp., de 6/6 horas, por 10 dias (evitar após a 36ª semana de gestação); ● Cefalexina (500 mg), uma cáp., de 6/6 horas, por 7 a 10 dias; ● Amoxicilina-clavulanato (500 mg), uma cáp., de 8/8 horas, por 7 a 10 dias Sintomas de infecção do trato urinário (ITU): dor ao urinar; dor suprapúbica; urgência miccional; aumento da frequência urinária; nictúria; estrangúria; presença de sangramento visível na urina. Sintomas sistêmicos: febre; taquicardia; calafrios; náuseas; vômitos; dor lombar, com sinal de giordano positivo; dor abdominal. Material produzido por @enflarissaoliveira 39 Teste rápido de proteinúria Indicado para mulheres com hipertensão na gravidez. Ausência: < 10 mg/dl (valor normal). Traços: entre 10 e 30 mg/dl. (+) 30 mg/dl. (++) 40 a 100 mg/dl. (+++) 150 a 350 mg/dl. (++++) > 500 mg/dl. OBS.: A presença de proteinúria (+) ou mais deve ser seguida de uma determinação de proteinúria de 24 horas, sendo um dos sinais para diagnóstico de pré-eclâmpsia. Material produzido por @enflarissaoliveira 40 Teste rápido para sífilis ou VDRL - Com a instituição do tratamento correto, o teste não treponêmico (VDRL) tende a se negativar em 6 a 12 meses, podendo, no entanto, permanecer com títulos baixos por longos períodos de tempo ou até por toda a vida; é o que se denomina memória ou cicatriz sorológica da sífilis. Material produzido por @enflarissaoliveira 41 Teste rápido para HIV e sorologia (anti HIV I e II) Teste rápido não reagente: normal. Teste rápido reagente e sorologia positiva: confirmar HIV positivo. Nos casos de gestantes já sabidamente HIV positiva ou em uso de antirretroviral, encaminhar para acompanhamento em serviço de pré-natal de alto risco e Serviço de Atendimento Especializado (SAE) e atentar para a prevenção de transmissão vertical. As gestantes HIV positivas devem ser orientadas a não amamentar. Material produzido por @enflarissaoliveira 42 Sorologia hepatite B (HBsAg) HBsAg não reagente: normal. HBsAg reagente: solicitar HBeAg e transaminases (ALT/TGP e AST/TGO). Conduta:- Fazer aconselhamento pré e pós-teste. - HBsAg reagente e HBeAg reagentes: deve ser encaminhada ao serviço de referência para gestação de alto risco. - HBsAg não reagente: se esquema vacinal desconhecido ou incompleto, indicar vacina após 1º trimestre. Toda gestante HBsAg não reagente deve receber a vacina para hepatite B ou ter seu calendário completado, independentemente da idade. Material produzido por @enflarissaoliveira 43 Toxoplasmose IgG e IgM Material produzido por @enflarissaoliveira 44 REFERÊNCIAS Protocolos da Atenção Básica: Saúde das Mulheres (2016) Cadernos de Atenção Básica - Atenção ao pré-natal de baixo risco (2012) Ultrassom no Pré-Natal - Mãe Paranaense Calendário de Vacinação Gestante - Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm - 2021-2022) Material produzido por @enflarissaoliveira 45 ATENÇÃO! O conteúdo deste material é de uso EXCLUSIVO! É expressamente proibido seu repasse, reprodução ou comercialização. A violação dos direitos sobre este material constitui CRIME passível de PENALIZAÇÃO de acordo com o Código Penal Brasileiro. Material produzido por @enflarissaoliveira 46
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