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DISCIPLINA: PRODUÇÃO DE HORTALIÇAS 
PROFESSORA: Abadia dos Reis Nascimento (Reizinha)
NOME: IGOR GABRIEL SCHMIDT SIQUEIRA TURMA A (X) OU B ( ) 
DOENÇAS E PRAGAS DO TOMATEIRO
Relatório para estudo: De cada doença citar de forma resumida: Sintoma; transmissão e medidas de controle.
1 FÚNGICAS:
1.1 Pinta preta ou queima (Alternaria solani)
-Sintomas: Iniciam normalmente nas folhas mais baixas e velhas da planta, onde surgem pequenas manchas escuras, depois estas crescem, adquirindo um formato ovoide delimitado pelas nervuras da folha, nos pecíolos e caules os sintomas são semelhantes;
-Transmissão: Ocorre tanto pelo surgimento de lesões novas como pela expansão das mais velha, que podem coalescer, atingindo uma área considerável da folha através do vento, semente e inoculo presente no solo;
-Controle: Deve-se pulverizar preventivamente com os fungicidas registrados:
Recomenda-se: Incorporar os restos culturais imediatamente após a última colheita, e fazer rotação de cultura com gramíneas, utilizar variedades resistentes, utilizar sementes sadias e preparar bem o solo com aração profunda. 
1.2 Requeima (Phytophthora infestans)
-Sintomas: São manchas pequenas, irregulares, de cor pardo-escura que em condições de temperatura entre 15 a 25°C e umidade elevada aumentam rapidamente tornando-se escuras, amarronzadas ou pretas, delimitando-se com o tecido sadio por uma estreita faixa de tecido encharcado e descolorido. Em estágio mais avançado causa necrose dos tecidos e morte dos folíolos. Sob condições de alta umidade, as frutificações do fungo apresentam um crescimento esbranquiçado na face inferior da folha.
-Controle: Uso de variedades resistentes é a melhor forma de controle. Para a instalação de campos de produção de tomate deve-se: evitar áreas sujeitas a períodos prolongados de alta umidade, adquirir material sadio, evitar plantios sucessivos numa mesma área, realizar um bom preparo do solo, com a eliminação de restos culturais anteriores, evitar adubação nitrogenada em excesso, eliminar hospedeiras alternativas próximas ao campo de produção, evitar plantios muito adensados e realizar manejo adequado da irrigação de modo a diminuir o molhamento foliar.
1.3 Septoriose: (Septoria lycopersici)
- Sintoma: Manchas circulares, com bordas escurecidas e centro cor de palha no qual podem ser visualizados pontuações escuras.
- Transmissão: As principais fontes de inoculo do patógeno são as sementes, soqueiras, restos de cultura, estacas já utilizadas em lavouras anteriores.
- Medidas de controle: Emprego de fungicidas de contato ou sistêmicos; evitar irrigações frequentes, quando for por aspersão; rotação de culturas; destruir os restos culturais logo após a colheita; evitar plantios próximos a lavouras mais velhas ou infectadas; fazer adubação balanceada; permitir bom arejamento entre as plantas;
1.3 Murcha de fusarium (Fusarium oxysporum f. sp. lycopersici)
-Sintomas: Amarelecimento das folhas mais velhas, principalmente nas plantas em início de frutificação, progredindo para as folhas mais novas, normalmente seguido de murcha da planta, nas horas mais quentes do dia. Escurecimento dos tecidos vasculares infectados é mais intenso na base do caule é uma característica marcante, embora não exclusiva da doença;
-Transmissão: A doença é favorecida por temperaturas altas e solos ácidos e arenosos. O fungo pode ser transmitido pela semente, sendo este o modo mais eficiente de disseminação a longas distancias;
-Controle: A única medida segura e eficiente de controle é o emprego de variedades resistentes. No entanto, outras medidas de controle devem ser empregadas em conjunto. Entre estas destacam-se:  rotação de cultura por três a cinco anos com o plantio de gramíneas, tratamento das sementes com tiofanato metílico ou tiabendazol, plantio em áreas indenes, plantio de variedades e híbridos resistentes.
1.4 Murcha de veticillium (Verticillium dahliae)
-Sintomas: O sintoma inicial desta doença é a murcha suave e parcial da planta nas horas mais quentes do dia. As folhas mais velhas ficam amareladas e necrosadas nas bordas, em forma de "V" invertido. Os frutos ficam pequenos e mal formados. Na região do colo do caule, ocorre leve necrose vascular
-Transmissão: O fungo penetra no tecido vascular da planta através das radículas ou feridas na casca, uma vez dentro da planta ou da arvore, eles crescem e bloqueiam o transporte de agua e nutrientes resultando em murcha e decomposição das partes aéreas.
-Controle: Evite o plantio em áreas com histórico recente da doença, o ideal é efetuar o plantio em solos leves e drenados. Além disso, evite o plantio em baixadas ou áreas sujeitas ao acúmulo de umidade. Condições de elevada umidade facilitam a dispersão da doença. Evite também a irrigação excessiva. Faça a limpeza e desinfestação dos implementos agrícolas e a limpeza e higienização de bandejas com solução à base de cloro. Utilize mudas e/ou sementes sadias no plantio.
1.5 Mofo branco (Sclerotinia sclerotiorum)
-Sintomas: Os sintomas iniciais do ataque do fungo são lesões encharcadas nos órgãos afetados. Como as flores são a porta de entrada mais comum, essas, ao caírem sobre as folhas, possibilitam a disseminação do fungo dentro da planta. O fungo produz sob as áreas atacadas uma grande massa de micélio branco, de aspecto cotonoso, característica marcante da doença.
-Transmissão: Em condições favoráveis, os escleródios caídos ao solo germinam e desenvolvem então sobre a superfície do solo os chamados apotécios. Esses produzem ascopóros que são liberados no ar e são responsáveis pela infecção das plantas. Já a transmissão por semente pode ocorrer tanto através do micélio dormente, ou por escleródios misturadas com as sementes.
-Controle: Em geral, as medidas de prevenção do mofo branco são: Uso de sementes sadias e certificadas (Conhecer a procedência da semente), Incremento de micro-organismos no solo como o Trichoderma spp., Cobertura do solo com Brachiaria, visando uma barreira física à germinação dos escleródios presentes no solo, Rotação de cultura com gramíneas, Uso de fungicidas em tratamento de sementes (TS) e parte aérea registrados para a cultura
1.6 Oídio (Oidiopsis sicula)
-Sintomas: O sintoma típico do oídio é uma camada esbranquiçada ou cinza de micélio e esporos (conídios) pulverulentos que pode cobrir toda a parte aérea da planta ou se apresentar com pequenas áreas arredondadas sobre as folhas. A coloração branca do fungo sobre as folhas, com o passar do tempo, muda para castanho-acinzentada.As folhas secam e caem prematuramente
-Transmissão: Sob condições severas, a doença também causa disseminação dos propágulos se dá facilmente pelo vento e a infecção pode ocorrer em qualquer estádio de desenvolvimento da planta, porém, é mais visível por ocasião do início da floração. As plantas das bordas da lavoura, com um ambiente mais ventilado acabam por apresentar níveis mais altos de infecção. Quanto mais cedo iniciar a infecção, maior será o efeito da doença sobre o rendimento.
-Controle: O uso de cultivares resistentes é reconhecido como a prática de manejo mais eficiente para esta doença. Porém, diversas cultivares que eram resistentes tornaram-se suscetíveis, demonstrando a variabilidade do fungo.
1.7 Antracnose (Colletotrichum phomoides)
-Sintomas: Os sintomas da antracnose são lesões são circulares ou ovaladas, deprimidas, bronzeadas ou escuras, úmidas e concêntricas, quase sempre recobertas por uma esporulação de coloração rosa ou alaranjada. As lesões podem ocorrer isoladas ou em grupos que podem se unir quando existir o inóculo na área e a condição climática for favorável ao desenvolvimento do patógeno. 
-Controle: As sementes devem ser limpas, livres do patógeno e adequadamente tratadas. As plantações não podem ser muito adensadas, e os sulcos devem ser orientados no sentido da circulação dos ventos. Após a colheita, os restos de cultura devem ser retirados do campo e queimados ou enterrados. Em campos com persistência da doença, deve-se realizar rotações de cultura com uma espécie não-hospedeiradurante no mínimo um ano. Realizar irrigação por gotejamento ou infiltração, e evitar a irrigação por aspersão. Deve-se evitar também adubação excessiva com nitrogênio. Realizar vistorias periódicas no campo e eliminar os frutos e plantas com sintomas assim que sejam detectados.
2 DOENÇAS BACTERIANAS:
2.1 Mancha bacteriana (Xanthomonas campestris pv. Vesicatoria)
-Sintomas: A bactéria pode ocorrer em todos os estágios de desenvolvimento da planta. Em mudas no canteiro, causa queda dos cotilédones e das folhas e retardamento no crescimento.
Nas folhas são observadas pequenas manchas, com halos amarelos estreitos, distribuídas na superfície da folha. Na berinjela, essas manchas raramente coalescem. Em casos severos pode causar desfolha
Nos frutos, as lesões são irregulares, esbranquiçadas, deprimidas e com presença de halos pardo-escuros. Essas lesões podem atingir os tecidos internos do fruto, infectando as sementes.
-Transmissão: O transporte e a transmissão de bactérias do complexo Xanthomonas vesicatoria pelas sementes de tomate é um dos principais mecanismos de sobrevivência e disseminação do patógeno para novas áreas.
-Controle: Para o plantio é indispensável o uso de sementes e mudas sadias e de boa qualidade, assim como máquinas e equipamentos limpos. A irrigação deve ser manejada de modo a não favorecer presença de água livre sobre as plantas. Deve-se realizar rotação de cultura com espécies não hospedeiras por 1 a 2 anos.
Em sementes do próprio campo pode ser realizado tratamento térmico em água na temperatura de 48 - 52ºC por 2 a 5 minutos. A aplicação de fungicidas cúpricos em caso de ocorrência no campo é outra possibilidade de controle.
2.2 Pinta bacteriana (Pseudomonas syringae pv tomato)
-Sintomas: A bactéria  Pseudomonas syringae pv. tomato ocorre em todas as idades em todos os órgãos da parte aérea da planta.
Nas folhas, causa lesões necróticas, circulares ou irregulares, de coloração pardo escura a preta na fase abaxial dos folíolos. Estas manchas apresentam um grande halo amarelado, principalmente em folíolos em desenvolvimento. Em condições favoráveis a doença desenvolve-se das  folhas mais velhas para as folhas mais novas. Com a evolução da doença, as lesões coalescem, causando o secamento das folíolos.
-Os frutos também apresentam lesões necróticas, circulares ou irregulares, de coloração pardo-escura a preta, circundadas por um halo amarelado. Os sintomas da pinta-bacteriana diferem da mancha-bacteriana, principalmente pelos sintomas nos frutos, na pinta-bacteriana, as lesões são menores, mais escuras, mais lisas e superficiais.
O caule e os pendúculos apresentam manchas escuras, provocando queda de flores e frutos.
-Controle: Plantar somente mudas sadias, produzidas a partir de sementes de boa qualidade. Fazer rotação de cultura com outras culturas que não sejam hospedeiras. Evitar plantios próximos a lavouras de tomate mais velhas. Realizar o manejo correto da irrigação do modo a evitar o excesso de água. Vale a pena salientar que a irrigação por aspersão favorece a disseminação da doença.
-Há vários cultivares resistentes, nos quais a resistência é conferida pelo gene dominante Pto. Esta é a medida de controle mais econômica e eficiente.
O uso de fungicidas cúpricos e eventualmente antibióticos pode ser feito quando são utilizados cultivares não resistentes.
2.3 Murchadeira ou murcha bacteriana (Ralstonia solanacearum) 
-Sintomas: O sintoma mais típico da murcha bacteriana do tomateiro é a murcha da planta de cima para baixo, que é resultante da interrupção parcial ou total do fluxo de água desde as raízes até o topo da planta. Ao infectar a planta, a bactéria se aloja nos vasos condutores de água (xilema). Sob condições favoráveis à doença (cultivar suscetível e ambiente quente e úmido), a bactéria
-Transmissão: A murcha bacteriana é favorecida por alta temperatura e alta umidade do solo. Por isso, ocorre com maior intensidade durante os cultivos de verão chuvoso. Em cultivos irrigados, canos e gotejadores com vazamento proporcionam molhamento excessivo do solo, onde aparecem focos de plantas murchas.
-Controle: Recomenda-se o uso de produtos registrados para a cultura
2.4 Cancro bacteriano (Clavibacter michiganensis)
-Sintomas: Geralmente manifestada em tomateiros com infecção localizada é o encharcamento seguido de necrose, a queima das folhas, que se inicia normalmente pelas bordas, cancros de 1 a 2 mm de diâmetro de centro suberoso, manchas marrom-claras no pedúnculo. Os frutos apresentam lesões circulares, brancas, de 1 a 3 mm de diâmetro, que se rompem formando um tecido suberificado no centro com um halo esbranquiçado. Este sintoma é conhecido como "olho-de-passarinho". Com a infecção sistêmica, pode ocorrer murcha em somente um lado da planta ou nos folíolos em um lado da folha, as formação de cancros no caule e descoloração vascular.
-Transmissão: A penetração da bactéria no tomateiro ocorre através de aberturas naturais, pêlos radiculares e de ferimentos, sendo que a colonização localizada é favorecida por épocas chuvosas.
-A disseminação da bactéria a longas distâncias ocorre através de sementes contaminadas e caixas de colheita, enquanto que a curtas distâncias, pela ação das chuvas, água de irrigação e principalmente nos tratos culturais do tomateiro, como a desbrota, a capina, a amarração, o desbaste, em estacas de tutoramento infectadas e outras operações.
-Controle: Para o controle do cancro bacteriano do tomateiro são recomendadas várias práticas culturais, como o plantio de mudas sadias, o uso de cultivares resistentes, evitar irrigação por aspersão em excesso, escolher solos com boa drenagem, eliminar restos culturais, fazer rotação de culturas com gramíneas por pelo menos um ano, tratar estacas de tutoramento, mourões, bandejas de semeadura e arames e realizar tratamento de sementes
2.5 Podridão mole ou talo oco (Erwinia spp.)
-Sintomas:  Os sintomas típicos da doença são a murcha generalizada da planta e o apodrecimento fétido do caule e "cabeça". Ocorre murcha após a obstrução e destruição dos vasos vasculares do caule, que impedem a subida da água até as folhas. A bactéria penetra através das raízes e dos ferimentos no caule, provocando o apodrecimento dos tecidos internos infectados, tornando-os moles, com odor muito desagradável, e o talo fica completamente oco. Os sintomas aparecem durante os períodos chuvosos, quando a "cabeça" permanece molhada por vários dias, então apodrece, tornando-se negra e com odor muito desagradável.
-Transmissão: A água contaminada é o mais eficiente veículo de disseminação da doença, embora ela possa também ser transmitida por insetos, por gotículas de água em aerosol, por equipamentos, por animais e por operários durante a desbrota e a amarração das plantas.
-Controle: O controle deve ser preventivo, com escolha de local e época de plantios. As plantas não devem ser manuseadas enquanto molhadas e a desbrota deve ser feita enquanto os brotos são pequenos.
3 DOENÇAS FISIOLÓGICAS
3.1 Murcha osmótica
-É uma anormalidade causada por excesso de sais, tais como potássio, nitrogênio, magnésio e outros. O sintoma ocorre do ápice para a base, havendo perda de água pela planta por osmose em função da grande quantidade de sais. Tendo sido iniciada a murcha da planta, recomenda-se fazer uma irrigação pesada para lixiviar os sais.
3.2 Queda de flores (abortamento de flores)
-É uma doença causada por estresse climático em função de temperatura muito elevadas (principalmente noturna) e umidade muito elevada, principalmente se houver presença de ventos.
-A deficiência de fósforo ou o excesso de nitrogênio também podem causar o abortamento das flores.
-Como medidas de controle sugerem-se uma adubação equilibrada, bem como evitar o plantio em épocas muito quentes.
3.3 Podridão apical
-Também conhecida como Fundo preto, é causada pela deficiência de cálcio, desequilíbrio hídrico (falta de água) e excesso de sais. Para o controle da podridão apical
-Recomenda-se:
· calagem adequada, mediante análise química de solo;
· umidadedo solo satisfatória;
· adubações de cobertura parceladas, evitando a concentração elevada de sais de nitrogênio e potássio, pois isto evita a inibição da absorção de cálcio;
· utilizar cultivares mais tolerantes à deficiência de cálcio.
3.4 Rachaduras do fruto
-A causa está associada ao desbalanceamento hídrico, bem como as variações bruscas de temperatura. A falta de água durante o período de formação do fruto faz com que o mesmo paralise seu crescimento. A posterior disponibilidade de água faz com que o fruto retome seu crescimento, porém, a película não acompanha sua rápida expansão e se rompe.
-Evitar variações no teor de umidade do solo é a principal prática de controle.
3.5 Queima pelo sol (escaldadura)
-A escaldadura solar no tomate consiste em manchas amarelas ou brancas que se tornam profundas, com aparência de papel, como resultado de exposição direta à luz solar. 
-Uma nutrição equilibrada, principalmente com nitrogênio e potássio, assegura um bom dossel vegetal, reduzindo a exposição dos frutos à luz solar.
3.6 Lóculo aberto
-A deficiência de boro é a principal causa deste distúrbio. O sintoma é uma rachadura profunda no fruto, provocando uma grande deformação. As cultivares do Grupo Salada são mais suscetíveis à ocorrência desta anomalia.O controle é feito preventivamente com o uso de bórax no solo, por ocasião do plantio misturado com outros adubos.
3.7 Ombro verde
-Este distúrbio ocorre com maior incidência em algumas cultivares, em detrimento a outras. O desequilíbrio nutricional, como o excesso de nitrogênio e deficiência de potássio contribui para o aparecimento desta doença. O sintoma é um esverdeamento do fruto na região do pedúnculo.
3.8 Enrolamento das folhas
-O distúrbio fisiológico do enrolamento das folhas ocorre devido ao estresse ambiental. A umidade excessiva e os altos níveis de nitrogênio são as principais causas de deformação foliar, além de calor, condições de seca, podas intensas, danos às raízes e choque ao transplantar
4 PRAGAS
4.1 Pulgões – Macrosiphum euphorbiae; Myzus persicae 
-Os pulgões são mais importantes no início do cultivo do tomate por transmitirem viroses como Amarelo baixeiro, Topo amarelo, Mosaico comum, os pulgões ocorrem principalmente em épocas secas. São pequenos em média 4mm, podem ser de coloração verde clara, amarelados ou avermelhada.
-Quando estão adultos alguns possuem asas e outros não. Apesar de pequenos, conseguimos vê-los facilmente pois vivem agrupados e agarrados aos brotos e folhas jovens da planta e as plantas atacadas apresentam as folhas encarquilhadas e amarelecidas.
4.2 Moscas brancas – Bemisia tabaci raça B
-A mosca branca possui cerca de 0,8mm de comprimento, dotados de 4 asas membranosas de cor branca. A fêmea adulta coloca seus ovos na parte de baixo das folhas, a sua forma jovem é conhecida como ninfa, e de cor clara quase transparente. Elas andam pela folha até acharem o melhor lugar para fixarem e se alimentar.
-A mosca branca é importante no início do cultivo do tomate pelo mesmo motivo dos tripes e pulgões, pois a mosca branca também transmite vírus às plantas de tomate. Entretanto, a mosca branca não é uma mosca e sim parente dos pulgões, são insetos sugadores de seiva, por isto eles transmitem vírus.
-Um outro sério problema, é quando ocorre alta infestação de mosca branca na lavoura de tomate, pois esta praga injeta toxinas na planta ocorrendo uma desordem fisiológica na planta, podendo ocorrer o amadurecimento desigual dos frutos.
4.2 Diptera: Minadora: Liriomyza trifolii
-O seu adulto é uma pequena mosca de coloração preta com pontuações amarelas. Os adultos podem chegar a 2mm de comprimento, colocam seus ovos no interior das folhas do tomateiro, as larvas da mosca minadora são brancas e não possuem patas. Também não possuem cabeça visível tendo aspecto de um verme pequeno, podendo ser assim facilmente diferenciadas das demais minadoras.
-Para de alimentarem da folha, as larvas formam uma mina serpenteada, bem visível. Quando este inseto está quase deixando de ser larva, eles saem das minas e formam uma pupa na superfície da folha. Da colocação do ovo na folha até o completo desenvolvimento do inseto podem-se passar 30 dias. Os danos causados é basicamente devido a destruição do parênquima foliar com conseqüente secamento das folhas. Sua ocorrência é maior durante o período de seca prolongada
4.3 Thysanoptera: Tripes: Frankliniella spp. e Thips palmi
-Os adultos são pequenos insetos de corpo alongado com cerca de 3 mm de comprimento e cor marrom escura, possuem alta mobilidade na planta. As asas são franjadas e aprecem apenas nos insetos adultos. A sua forma jovem e adulta alimenta-se exclusivamente da seiva das plantas, para isso usam o aparelho bucal picador-raspador. 
Em épocas quentes e secas o ataque desse inseto pode ser mais severo, se isso acontecer o produtor corre o risco de perder até 50% da produção. Quando jovem, ou seja, ninfa, são de cor amareladas e vivem e se alimentam nas flores, brotações e folhas
-Os danos causados podem se observados facilmente sendo caracterizado por pontuações brancas que surgem nos pontos de alimentação do inseto. Sintomas do ataque de tripes em hortaliças começa com o aparecimento de pontuações oxidadas devido ao dano mecânico da alimentação do inseto, e com o tempo essa lesão vai tomando forma de folha seca, amarronzada devido a proliferação do vírus, o tripes transmite a doença virótica conhecida como “Vira cabeça do tomateiro”, com isso, as folhas do tomateiro ficam arroxeadas ou bronzeadas, o ponteiro fica virado para baixo, ocorre nanismo na plana e lesões necróticas nas hastes do tomateiro, também os frutos maduros ficam com lesões concêntricas.
4.4 Traça-do-tomateiro -Tuta absoluta 
-São pequenas mariposas com 1cm de comprimento, que apesar de viverem apenas uma semana trazem muitos prejuízos aos produtores de tomate, os adultos são de cor marrom, cinza ou prateado e possuem alto potencial reprodutivo. Ocorre durante todo o ano, especialmente no período mais seco, quase desaparecendo em períodos chuvosos. São insetos que se locomovem ao entardecer ou amanhecer. Durante o dia ficam escondidos nas folhagens. cada fêmea podem gerar até 260 ovos. De cada ovo sai uma lagartinha que penetra nas folhas e caules das plantas fazendo galerias ou minas para se alimentarem e completarem seu desenvolvimento até a fase de pupa.
-Assim que nascem, essas lagartinha de coloração branca ou verde penetram nos ponteiros da planta onde permanecem em média por 9 dias até transformarem em pupa onde ficarão por mais 10 dias até que finalmente fique adulta e dará inicio a outro ciclo de vida.
-Quando essa praga penetra no ápice do ponteiro, ela interfere no crescimento na planta, e surgem ramos laterais que não são desejáveis. Esse problema é ainda mais grave em mudas, por isso precisamos preocupar com o controle já no viveiro, ou seja, mudas tem que ser produzidas em viveiros telados, não somente devido ao ataque de minadores de folhas, mas também para evitar os transmissores de viroses.
4.5 Broca pequena do fruto (Neoleucinodes elegantalis)
-Estas pequenas mariposas são consideradas um dos principais problemas para a cultura do tomate por causarem prejuízos diretamente no produto comercializado.
-O ataque da praga começa quando as fêmeas fertilizadas colocam seus ovos nas bases dos frutos, precisamente debaixo do cálice da flor. Ao eclodir os ovos, as larvas imediatamente perfuram o fruto, deixando uma cicatriz de entrada, mediante a qual se reconhece que o fruto está atacado pela praga. A larva permanece alimentando-se dentro do fruto e quando se aproxima da fase de pupa, sai empupando no solo, deixando no local uma ferida que permitirá a entrada de microorganismos patógenos no fruto. No Brasil a broca-pequena é responsável por uma perda média de 45% da produção nacional, chegando a atingir 100% em algumas regiões.
-Controle, uso de inseticida biológico a base de Bacillus thuringiensis.
4.6 Brocas-grandes-do-fruto Spodoptera eridania
-Inicialmente as espécies de Spodopteramantêm-se agrupadas raspando o parênquima das folhas e com o passar dos estágios distribui-se pelas plantas do tomateiro podendo atacar diferentes partes da cultura, danificando folhas, flores, ramos e frutos.
-Quando grandes, as lagartas, podem cortar mudas recém-transplantadas, diminuindo o estande e em muitos casos obrigando um novo transplante de mudas. Na fase reprodutiva da cultura estas lagartas podem perfurar os frutos, depreciando-os. Neste caso, são conhecidas dentro do complexo de pragas do tomateiro como brocas grandes.
-Recomenda-se no controle da praga a utilização de produtos com características de seletividade aos inimigos naturais e de baixa toxicidade.
5 Vírus
5.1 Viroses do complexo do vira-cabeça do tomateiro
- Sintoma: Plantas ficam menores, com as folhas arroxeadas e com o broto superior deformado, virado para o lado, às vezes com pontos necróticos. Os frutos ficam deformados e manchados de marrom, onde é comum aparecerem anéis mais claros. Os sintomas são mais severos quando a planta é atacada mais nova, podendo comprometer totalmente a produção. 
- Transmissão: Na natureza, a disseminação das espécies de tospovírus entre plantas é mediada por tripés.
- Medidas de controle: Deve ser feito visando proteger as mudas, através da combinação de barreiras físicas (telados) e a aplicação de inseticidas para o controle de tripes em plantas jovens no campo. Deve ser evitado o plantio de tomate próximo a culturas hospedeiras de tripes, como alho, cebola, ervilha e cultivos mais velhos de tomate. Existem cultivares resistentes, principalmente para processamento industrial.
5.2 Risca do tomateiro e mosaico (Potyvirus)
-Duas espécies de potyvirus infectam o tomateiro: uma estirpe do vírus Y da batata (Potato virus Y – PVY) e o mosaico amarelo do pimentão (Pepper yellow mosaic virus – PepYMV). A transmissão desses vírus se dá por meio de várias espécies de pulgões ou afídeos através de picadas de prova (transmissão não persistente); portanto, a transmissão do vírus ocorre em segundos. As formas aladas são mais importantes, epidemiologicamente, do que as formas ápteras.
-As infecções após a floração são menos danosas. O sintoma do PVY no tomateiro manifesta-se como mosaico e necrose generalizada das nervuras das folhas, ficando a planta com aparência de pinheiro de Natal. O PepYMV induz mosaico e deformação foliar.
5.3 Topo-amarelo e Amarelo-baixeiro
-Essas doenças são causadas por vírus de um mesmo grupo (Luteovirus), ao qual também pertence o vírus-do-enrolamento-da-folha da batata. A doença topo-amarelo caracteriza-se pela presença de folíolos pequenos, com bordas amareladas e enroladas para cima, assemelhando-se a pequenas colheres. As plantas com amarelo-baixeiro apresentam as folhas de baixo geralmente amareladas e cloróticas. A transmissão é exclusivamente por pulgão, que, uma vez tendo adquirido o vírus, pode transmiti-lo por toda a vida, de modo persistente. A ocorrência dessas viroses é esporádica, mas surtos epidêmicos podem ocorrer.
5.4 Geminiviroses
-No Brasil, sem dúvida são os vírus que mais causam danos econômicos à cultura do tomate. Na última década, surtos epidêmicos de geminiviroses passaram a ocorrer em todas as regiões produtoras de tomate do Brasil, associados à introdução, no País, do novo biótipo de mosca branca, Bemisia tabaci biótipo B, também referida como B. argentifolii. Sendo a mosca branca um vetor muito móvel e com amplo círculo de hospedeiros, uma grande diversidade de espécies de geminivírus que estavam restritas às ervas daninhas migraram para o tomateiro. No presente, pelo menos seis novas espécies de geminivírus já estão relatadas no tomateiro, mas sua distinção no campo por meio de sintomatologia é impossível. 
-Em geral, os sintomas manifestam-se como clorose das nervuras, a partir da base da folha, seguido de mosaico amarelo, rugosidade e até mesmo enrolamento das folhas. 
-Quando a infecção é precoce, as perdas são totais e o controle é muito difícil, em razão da alta população de mosca branca presente no campo. A transmissão do vírus pela mosca branca é do tipo persistente ou circulativa, isto é, uma vez adquirido o vírus, a mosca passa a transmiti-lo por toda a sua vida.

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