AULA3HORTALICASEINTERACAOCOM O AMBIENTE

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HORTALIÇAS
E INTERAÇÕES 
COM AMBIENTE
O comportamento das diferentes hortaliças depende 
do:
-Genótipo
-Ambiente: -temperatura
-termoperiodicidade
-intensidade luminosa
-fotoperíodo (nº de horas de luz)
-fertilidade do solo
-adubação
-altitude x latitude
-água e estresse hídrico
-umidade relativa
-Interações genótipo x ambiente (respostas diferenciais 
de genótipos aos diferentes ambientes).
PRINCIPAIS FATORES AMBIENTAIS
TEMPERATURA
cada espécie tem sua faixa de temperatura mais favorável 
à : germinação, emergência, crescimento e produção. 
(tabela livro)
Diferentes cultivares de uma mesma espécie podem 
responder de maneira bastante diferente à temperatura.
Cenoura -de verão: cv. Brasília
-de inverno: cv. Nantes
Couve-flor -de verão: Piracicaba Precoce, Shiromaru I e 
II, Verona, Ijaci
-de inverno: Teresópolis Gigante, São 
Joaquim.
alface: -de verão: Regina- 71, Elisa
-de inverno: White Boston
Pode-se classificar as hortaliças por exigência de 
temperatura (ver livro do Filgueira slide à seguir).
Termoperiodicidade = variação de temperatura entre o 
dia e a noite.
Necessário para a boa produção de algumas culturas
*Tomate, *batata
CLIMA FRIO CLIMA AMENO CLIMA QUENTE
Acelga verdadeira Abobrinha italiana Abóbora rasteira
Aipo (salsão) Agrião d’água Batata-doce
alcachofra alface berinjela
alho almeirão cará
Alho-porró batata chuchu
aspargo cenoura coentro
beterraba chicória Espinnafre-neozelandês
cebola Moranga híbrida Feijão-de-corda (caupi)
cebolinha rúcula Feijão-lima (fava)
brócolis salsa inhame
Couve-de-bruxelas jiló
Couve-flor melancia
couve melão
Couve rábano Milho-doce
... Milho-verde
mmoranga
pepino
pimenta
pimentão
quiabo
taioba
LUZ
– luminosidade
Luminosidade
Falta de luminosidade (intensidade luminosa) causa:
estiolamento
predisposição à doenças
menor pegamento (no caso de mudas)
Boa luminosidade:
boa fotossíntese
boa produção em qualidade e quantidade:
Ex.: melão do Nordeste
Batata nas regiões de altitude
Resposta fotoperiódica
Fotoperiodismo – é a capacidade de um organismo de 
detectar o comprimento do dia, isto torna possível para 
um evento ocorrer em um determinado momento do ano, 
permitindo deste modo uma resposta sazonal.
A classificação das plantas de acordo com a sua resposta 
fotoperiódica tem a ver com o florescimento, embora 
muitos outros aspectos do desenvolvimento das plantas 
tem a ver com o comprimento do dia (bulbificação em 
cebola e alho). As duas principais categorias de respostas 
fotoperiódicas são dias curtos e dias longos:
Plantas de dias curtos: florescem apenas em dias curtos.
Plantas de dias longos: florescem apenas em dias longos.
- A distinção entre os dois tipos de respostas 
fotoperiódicas é determinado pelo comprimento crítico 
do dia, que nas plantas de dias curtos devem ser inferior 
ao comprimento crítico e nas de dias longos devem ser 
superior.
nº de horas de luz
depende de : 
-latitude 
- época (estação do ano)
Norte e Nordeste – proximidade da linha do equador: 
aproximadamente 12 horas de luz durante todo o ano.
Rio Grande do Sul: - inverno: 10 horas de luz por dia
verão: 14 horas de luz por dia
Hortaliças sensíveis à fotoperíodo:
alho e cebola: exige nº mín. de horas de luz para 
bulbificar.
De acordo com este mínimo (fotoperíodo crítico), as 
cultivares de cebola podem ser mais ou menos tardias, e 
podem não ser plantadas em determinadas épocas e 
regiões.
Exemplos:
Cebola “Pira-Ouro”: Dias curtos (fotoperíodo 
crítico 12 horas): adaptada a SP.
Cebola “Pira- Norte”: dias intermediários 
(fotoperíodo crítico entre 13,5 a 14 hs): plantada no RS.
Cebolas européias e argentinas: dias longos 
(fotoperíodo crítico superior a 14 hs): não formam 
bulbos no Brasil.
ÁGUA
As hortaliças pertencem ao grupo cultural mais exigente 
em água (H2O: mais de 90% do peso fresco das espécies 
olerícolas).
Irrigação é pratica comum.
Ponto de murcha permanente (0% de H2O disponível 
(obs.: 0% de água disponível não quer dizer 0% de teor 
de H2O no solo)
ÁGUA DISPONÍVEL
Capacidade de campo (100% de H2O disponível (teor 
máximo que o solo pode reter, antes de iniciar-se a perda 
de H2O livre).
EXIGÊNCIA CRESCENTE DE ÁGUA(hidratação)
EXIGÊNCIA CRESCENTE DE ÁGUA (quantidade)
Obs.: Em geral para as hortaliças a H2O disponível não 
deve ficar abaixo de 60%.
Excesso de água: 
 falta de aeração nas raízes o que ocasiona
 doenças (especialmente bacterioses)
 distúrbios fisiológicos
 morte das plantas
Hortaliça
tuberosa
Hortaliça 
de fruto
Hortaliça 
herbácea
-há períodos críticos onde a falta de água ocasiona queda 
pronunciada da produtividade:
alface: antes da colheita
batata: floração e tuberização
melão/melancia: florescimento à colheita
tomate: florescimento e desenvolvimento de frutos
As necessidades de água variam de cultura para 
cultura e durante as fases de uma mesma cultura.
INTERAÇÕES GENÓTIPO POR AMBIENTES
As interações genótipos por ambientes existem quando 
as respostas das diferentes cultivares nos diferentes 
ambientes não são análogas (ou iguais).
a) Ausência de interação genótipo x ambiente
- fácil de recomendar a melhor cultivar.
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Ambientes
culivar 1
cultivar 2
A1 A2
INTERAÇÕES GENÓTIPO POR AMBIENTES
b) Há interação genótipo x ambiente (retas não 
paralelas), mas ela é simples.
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Ambientes
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INTERAÇÕES GENÓTIPO POR AMBIENTES
c) Há interação genótipo x ambiente complexa.
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Ambientes
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MEIOS DE ATENUAR AS INTERAÇÕES 
GENÓTIPO X AMBIENTE
a) Identificar ou criar cultivares específicas para cada 
ambiente.
Em muitas espécies olerícolas, normalmente de clima 
ameno ou frio, foram criadas cultivares adaptadas ao 
verão.
Ex.: alface: - tradicionalmente de inverno. Ex.: cv. White 
Boston
Cultivares de verão: Brasil, Regina, Elisa.
Couve-flor: -de inverno: cv. Teresópolis Precoce, 
Teresópolis Gigante
- de verão: Piracicaba Precoce, híbridos...
b) Zoneamento ecológico
São agrupados ambientes ecológicamente semelhantes 
em sub-regiões dentro das quais a interação passa a não 
ser significativa.
 formalmente não é empregado no Brasil para 
hortaliças; mas informalmente é bastante utilizado.
Ex.: cebola e tomate industrial: - no Norte de Minas 
(Vale do São Francisco), adotaram-se de início as 
recomendações do Nordeste.
c) Identificação de cultivares com maior estabilidade fenotípicas
ESTAÇÃO DO ANO
Cultivar Verão inverno Meia estação 
(verão/outono)
Couve-flor de
verão Piracicaba
precoce
Boa cabeça “buttoning” e
florescimento
“buttoning” e
florescimento
Couve-flor de
inverno
Terezópolis
gigante
Não forma cabeça
ou forma cabeça de
má qualidade
Cabeça excelente Cabeça de má
qualidade
Couve-flor híbrida
de verão
Piracicaba x
Teresópolis (ou
similares)
Cabeça excelente Cabeça pequena e
florescimento
Cabeça excelente
Repolho de
inverno tradicional
Não forma cabeça Forma cabeça Forma cabeça
Repolho híbrido
de verão (Master)
Forma cabeça Pode florescer Forma cabeça
Repolhos híbridos
japoneses atuais
Formam cabeça Formam cabeça Formam cabeça
O melhoramento genético, através de novas cultivares 
híbridas ou não, tem contribuído para melhor adaptação 
das hortaliças aos mais diversos ambientes.