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ABERTURA PROBLEMA 1 - AAS

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ABERTURA PROBLEMA 1
· OBJETIVOS 
1. Elucidar a história de saúde pública no Brasil, no contexto político, econômico, social e epidemiológico.
· BERTOLLI FILHO, C. História da saúde pública no Brasil. 4. ed. São Paulo-SP: Ática, 2003/2008. 71 p.
· BITTENCOURT, Isaiane Santos; VILELA, Alba Benemérita Alves; NUNES, Emanuelle Caires Dias A. Políticas públicas de saúde no Brasil: evolução histórica. Enfermagem Brasil, v. 10, n. 2, p. 131-136, 2011.
· No período colonial brasileiro, devido aos conflitos entre os portugueses e os indígenas, não havia muitas oportunidades para médicos vindos de fora do brasil para trabalharem aqui, tanto que os portugueses criaram o cargo de físico-mor e cirurgião-mor que foram os que ficaram encarregados da saúde da população. E não era só por conta desses conflitos que dificultavam cada vez mais a vinda de médicos pra cá, porque além de tudo isso estava acontecendo também epidemias consideradas graves naquela época, que não se tinham conhecimento, então nesse contexto o Brasil se tornava um país insalubre somando ainda o salário baixo que os médicos recebiam, pois a economia não estava estabilizada. 
· Fazendo uma associação com o caso de dona cida, temos também a questão da desigualdade social e da falta de informação para a população mais humilde. Porque naquela época, muitas pessoas não conseguiam realmente pagar uma consulta particular com o médico e muitas vezes evitavam os tratamentos, sendo na maioria das vezes realizados com sangrias e purgantes e procuravam por alternativas mais acessíveis e naturais, que entra a questão de medicamentos feitos por indígenas e curandeiros.
· Como surgiram epidemias sérias durante esse período, com a vinda da corte real para o Brasil, foram criadas as primeiras escolas de medicina, que foram a do RJ (1813) e a da BA (1815) porque era mais do que necessário a especialização e estudo para frear o avanço da doença e do número de mortes. Em 1829 teve uma tentativa de controle das medidas de higiene pela instancia médica, mas essa medida se tornou pouco eficaz. Então, em 1889 veio a Proclamação da república com o intuito de modernizar o território brasileiro.
· Aos poucos um novo tipo de conhecimento e aprendizado foi ganhando força no Brasil, dessa vez o foco não era totalmente só na doença mas sim no estudo dela e na forma de prevenção da mesma. Com isso surgiu-se uma nova esfera científica que ficou conhecida como saúde pública, sendo um direito fundamental de todo e qualquer ser humano e a epidemiologia uma de suas disciplinas básicas. Mas como o sistema como um todo teve que se reorganizar para aderir a esse novo conceito/conhecimento, acabou ocorrendo uma desorganização dos serviços de saúde e novas ondas epidémicas surgiram. Entre elas, por volta dos anos 1890 e 1900, tivemos surtos de Varíola (doença infecciosa altamente contagiosa causada pelo vírus pertencente ao gênero Orthopoxvírus, que pode ser transmitido através de gotículas de saliva ou de espirro, por exemplo. Ao entrar no organismo, esse vírus cresce e se multiplica dentro das células, levando ao aparecimento de sintomas como febre alta, dores no corpo, vômitos intensos e aparecimento de bolhas na pele – não tem cura e pode levar o paciente a óbito)., febre amarela (doença infecciosa grave, causada por vírus e transmitida pelo vetor que é o mosquito Aedes aegypti - o mesmo da dengue-), peste bubônica (causada pela bactéria Yersinia pestis, sendo uma doença de contágio pela secreção de outro indivíduo ou contágio por via respiratória e encontrada em pulgas de ratos contaminados – tratamento com antibiótico), febre tifoide (doença bacteriana causada pela Salmonella ou pelo contato direto com objetos de uso pessoal dos infectados) e cólera (doença bacteriana considerada aguda, transmitida pela contaminação fecal-oral ou pela ingestão de água e alimentos contaminados) que chegaram a matar milhões de pessoas.
· 1889-1930: Tivemos o período da República velha em que a economia era baseada na cafeicultura e os lucros obtidos com essa atividade estimulava a industrialização das cidades, aumentando principalmente o número de emigrantes. E com esse desenvolvimento econômico houve uma melhora significativa nos portos, principalmente nas condições sanitárias para evitar que novas epidemias explodissem. Nesse mesmo período, as autoridades paulistas da época determinaram que somente os médicos que possuíam diplomas poderiam cuidar da saúde da população e qualquer um que tentasse curar os enfermos mais pobres seria punido.
· Em 1892: foram criados os laboratórios acteriológico, Vacinogênico e de Análises Clínicas e Farmacêuticas. Ampliados logo depois, transformaram-se, respectivamente, nos institutos Butantã, Biológico e Bacteriológico (este último mais tarde denominado Instituto Adolfo Lutz)
· A cidade do RJ foi a principal porta de entrada para novas ações médicas no Brasil.
· 1904: Ocorreu a revolta da vacina, na cidade do RJ. Sua motivação foi a insatisfação da população com a campanha de vacinação obrigatória contra a varíola implantada na cidade por meio de Oswaldo Cruz e o não conhecimento da composição e qualidade do material empregado na imunização. Apenas os indivíduos que comprovassem ser vacinados conseguiriam contratos de trabalho, matrículas em escolas, certidões de casamento, autorização para viagens etc. Impressionado e desgastado com os acontecimentos, o governo revogou a obrigatoriedade da vacina, tornando-a opcional para todos os cidadãos. Definida como "o mais indomável movimento popular ocorrido no Rio de Janeiro", a revolta exigiu que o Estado e a medicina buscassem outras formas de relacionamento com a sociedade.
· 1923: A lei Eloy Chaves cria as caixas de aposentadorias e pensões (CAP) que foram criadas para garantir proteção na velhice e na doença. Com o passar do tempo e a pressão popular, GV decidiu ampliar o atendimento para outras categorias profissionais, que passam a se chamar de IAPs (Institutos de aposentadorias e pensões). 
· 1930-1945: Em 1930 instituiu-se o estado novo de Getúlio Vargas. Nesse período o cenário era marcado pela crise do café e a saúde pública se encontrava sob responsabilidade do Ministério da Educação e da Saúde Pública. Esse novo ministério determinou uma remodelação dos serviços sanitários no país, em que o setor de saúde tinha o compromisso de zelar pelo bem-estar sanitário da população. Mas, um problema em tudo isso foi que quem passou a comandar e tomar decisões foram os políticos e burocratas, deixando os médicos excluídos de diversas decisões sanitárias, porque qualquer opinião dos médicos que fosse contrária, eles acusavam de tendência comunista.
· Surgimento das teorias modernas com Pasteur (Pasteur sugeriu que a teoria dos germes, era a real causa da doença e com isso surgiu a pausterização, nomeada em sua homenagem, que visa esterelizar o leite, matando microorganismos patogenicos. Depois de pasteur, a medicina adotou o conceito de esterilização e tudo foi esterilizado desde então) e Claude Bernard (Os primeiros trabalhos mais importantes de Claude Bernard foram em fisiologia da digestão, particularmente sobre o papel do pâncreas exócrino, do suco gástrico e dos intestinos. O estudo do metabolismo também foi um dos seus principais campos de pesquisa, tendo Bernard contribuido poderosamente para a compreensão do mecanismo da glicogênese no fígado)
· Para muitos, as doenças eram a grande causa da pobreza brasileira, tanto que o escritor Monteiro Lobato criou o Jeca Tatu que era caracterizado como um homem fraco, desanimado, em que suas enfermidades lhe impediam de participar no esforço de fazer o país prosperar e progredir. Além também dessa desigualdade, uma parte da população acreditava que essa baixa produtividade se dava devido a qualidade da “raça” brasileira, dando ênfase no que chamamos de eugenia (Ciência que estuda as características raciais dos grupos humanos. No inicio do século, afirmava que os brancos eram os mais perfeitos representantes da espécie humana; as demais raças teriam alguma dose de"inferioridade biológica").
· A Constituição de 1934 incorporou algumas garantias ao operariado, tais como a assistência médica, a licença remunerada à gestante trabalhadora e a jornada de trabalho de oito horas. Nos anos seguintes, outros benefícios, como o salário mínimo, foram incluídos na legislação trabalhista, culminando com o estabelecimento em 1943 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Pela CLT, tornavam-se definitivamente obrigatórios o pagamento do salário mínimo, a indenização aos acidentados, o tratamento médico aos doentes, o pagamento de horas extras, as férias remuneradas, etc. a todos os operários portadores de carteira de trabalho.
· No ano de 1945 vargas é deposto e o país passa por um processo de redemocratização com eleições diretas, pluripartidarismo e liberdade de atuação da imprensa. Nesse contexto, a década de 50 foi marcada por manifestações nacionalistas que visava um progresso econômico. 
· Em 1953 foi criado o Ministério da Saúde, mas nessa época a organização da assistência à saúde ainda era repleta por um forte clientelismo, troca de votos, então o ministério acabou falhando em sua atuação. 
· Um fenômeno que interferia na política de saúde era o clientelismo, em que os líderes políticos trocavam ambulâncias, leitos, profissionais, vacina por votos ou apoio nas épocas eleitorais, mesma situação apresentada no caso de dona cida em que ela fala que infelizmente não conhece ninguém que tenha algum cargo político para facilitar o atendimento dela.
· Em 1964 com a ditadura militar houve uma diminuição das verbas para a saúde pública por causa do aumento com outros gastos como o ministério dos militares, transporte, indústria e comércio.
· Em 1966 tivemos a criação do INPS, que era um Instituto Nacional de Previdência Social, dirigido por políticos e que deveria tratar dos doentes enquanto o Ministério da Saúde deveria (pelo menos em teoria) elaborar e executar programas sanitários. Ou seja, antigamente quem mais administrava a saúde pública no brasil eram os próprios políticos, não o ministério encarregado por isso. O INPS então começou a firmar convênios com hospitais utilizando o setor privado para poder atender os trabalhadores, mas, como os valores pagos a esse programa eram baixos o projeto acabou enfraquecendo.
· Em 1974 ocorre um surto de meningite que estimula a vacinação em massa da população até o ano de 1977
· Em 1975 tivemos a criação do Sistema Nacional de Saúde, que visava diminuir os custos excessivos, fiscalizar os serviços oferecidos e tornar mais eficazes as ações de saúde em todo país.
· Por causa do descontrole financeiro e a crise gerada após a falência do regime militar, houve uma nova estrutura política nos anos 80/90. Com toda essa incerteza, a sociedade começou a se mobilizar exigindo liberdade, democracia e eleições diretas. No ano de 1988 a nova constituição entrou em vigor em que foi estabelecido no artigo 196 que a saúde é um direito de todos e dever do Estado, garantindo que visem redução de riscos de doença e outros agravos, além do acesso universal e igualitário.
· No ano de 1989 nasceu o Movimento Sanitarista com as propostas da ABRASCO (associação brasileira de pós-graduação em saúde coletiva) e do CEBES (centro brasileiro de estudos da saúde) que tinham como foco lutar pela universalidade e igualdade à saúde. A importância desse princípio repercutiu nos trabalhos da Assembléia Constituinte. Após os inevitáveis confrontos com os lobbies patrocinados pelos empresários que Iucravam com a falência da saúde pública, a redação final da Constituição promulgada em 1988 incluiu a maior parte das propostas das organizações populares e de especialistas na área da saúde.
· Tanto que na VII conferência nacional de saúde foram discutidas pontos como conceito ampliado da saúde; reconhecimento da saúde como direito; criação do Sistema Único de Saúde; participação popular; constituição e ampliação do orçamento da saúde. Com toda discussão e com o intuito de efetivar tais propostas houve a criação do Suds ( sistema unificado e descentralizado de saúde – que deveria construir uma rede hierarquizada, regionalizada em que as entidades filantrópicas teriam papel auxiliar no funcionamento do Suds), e ficou mais conhecido como um modelo de transição para o SUS. 
· No período de 1989 a 2002, conhecido como o período pós-constituinte, o País apresenta um estado econômico instável por causa da inflação e, nesse período, foi possível iniciar a implantação do SUS e aperfeiçoar os instrumentos legais de gestão do mesmo. Mas para concretizar esses instrumentos foram necessárias normas que visavam cumprir suas diretrizes e princípios. 
· Epidemia: aparecimento e difusão rápida e passageira de uma doença - infecto-contagiosa ou não - que atinge um grande número de pessoas ao mesmo tempo.
2. Explicar o processo da Reforma Sanitária e a sua importância.
· PAIM, J.S. Reforma Sanitária Brasileira contribuição para a compreensão e crítica. Salvador: Edufba, Rio de Janeiro: Fiocruz, 2008. 356p.
· PAIM, Jairnilson Silva. A reforma sanitária brasileira e o CEBES. Centro Brasileiro de Estudos de Saúde. p. 1-14 2012.
· Esteve dentro do contexto do regime militar
· Teve como marco o início da década de 70
· A expressão foi usada pois havia uma necessidade de mudar a forma como a saúde pública era tratada no Brasil
· Antes do SUS a saúde era direito de quem tinha carteira assinada 
· No ano de 1989 ocorre então à eleição e a democracia é reinstaurada. Com novos ares políticos, a população começou a lutar pelos seus direitos e melhores condições de vida e assim surgiram movimentos sociais que buscavam reorganizar a assistência à saúde. Nesse contexto nasceu o Movimento Sanitarista com as propostas da ABRASCO (associação brasileira de pós-graduação em saúde coletiva) e do CEBES (centro brasileiro de estudos da saúde) que tinham como foco lutar pela universalidade e igualdade à saúde. A importância desse princípio repercutiu nos trabalhos da Assembléia Constituinte. Após os inevitáveis confrontos com os lobbies patrocinados pelos empresários que Iucravam com a falência da saúde pública, a redação final da Constituição promulgada em 1988 incluiu a maior parte das propostas das organizações populares e de especialistas na área da saúde.
· Tanto que na VII conferência nacional de saúde foram discutidas pontos como conceito ampliado da saúde; reconhecimento da saúde como direito; criação do Sistema Único de Saúde; participação popular; constituição e ampliação do orçamento da saúde. Com toda discussão e com o intuito de efetivar tais propostas houve a criação do Suds (sistema unificado e descentralizado de saúde – que deveria construir uma rede hierarquizada, regionalizada em que as entidades filantrópicas teriam papel auxiliar no funcionamento do Suds), e ficou mais conhecido como um modelo de transição para o SUS. 
· No período de 1989 a 2002, conhecido como o período pós-constituinte, o País apresenta um estado econômico instável por causa da inflação e, nesse período, foi possível iniciar a implantação do SUS e aperfeiçoar os instrumentos legais de gestão do mesmo. Mas para concretizar esses instrumentos foram necessárias normas que visavam cumprir suas diretrizes e princípios. 
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· Como figura importante neste processo a gente teve o sanitarista Sérgio Arouca que foi um dos principais teóricos e líderes do chamado "movimento sanitarista", que mudou o tratamento da saúde pública no Brasil. A consagração do movimento veio com a Constituição de 1988, quando a saúde se tornou um direito inalienável de todos os cidadãos, como está escrito na Carta Magna: "A saúde é direito de todos e dever do Estado".
· A RSB, enquanto projeto, pode ser definida como uma reforma social de caráter geral, tendo como horizonte a mudança no modo de vida. Está centrada em aspectos como: democratização da saúde, do Estado e seus aparelhos e da sociedade. Portanto, a Reforma Sanitária não se reduz ao SUS. A sua concepção e formulação, também, transcendem às políticas estatais porquese trata de um projeto de reforma social. 
· Cuidar da saúde da população é algo que vai além de tratar enfermidades. Garantir o saneamento básico, elaborar ações para a prevenção de doenças e criar medidas para evitar e tratar epidemias, são algumas das funções atribuídas aos sanitaristas, assim como a manutenção do Sistema Único de Saúde (SUS). E para garantir que pessoas não fiquem doentes é preciso, antes de tudo, cuidar do ambiente em que vivem, com medidas que beneficiem a população como um todo
3. Caracterizar o processo de criação do SUS e seus princípios (doutrinários e organizativos), enfatizando sua importância na saúde pública.
· BRASIL. Sistema Único de Saúde. Conselho Nacional de Secretários de Saúde. Brasília: CONASS, 2011. 291 p. (Coleção Para Entender a Gestão do SUS 2011, n. 1).
· MATTA, G. Princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde. In: Políticas de saúde: organização e operacionalização do Sistema Único de Saúde. 2007. p. 61-80. Disponível em:http://pesquisa.bvs.br/brasil/resource/pt/sus-18062
· No período de 1989 a 2002, conhecido como o período pós-constituinte, o País apresenta um estado econômico instável por causa da inflação e, nesse período, foi possível iniciar a implantação do SUS e aperfeiçoar os instrumentos legais de gestão do mesmo. Mas para concretizar esses instrumentos foram necessárias normas que visavam cumprir suas diretrizes e princípios. 
· Foi com a Constituição Federal de 1988 que tivemos a criação do Sistema Único de Saúde (SUS), reconhecendo a saúde como um direito a ser assegurado pelo Estado e pautado pelos princípios de universalidade, equidade, integralidade e organizado de maneira descentralizada, hierarquizada e com participação da população. O SUS é constituído pelo conjunto das ações e de serviços de saúde sob gestão pública e atua em todo o território nacional, com direção única em cada esfera de governo. 
· Pela constituição devemos entender que o Estado não é apenas o governo federal, mas por ser considerado poder público ele abrange a União, os estados, o DF e o municípios. A Lei n. 8.080/90 (BRASIL, 1990) dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes. A primeira lei orgânica do SUS detalha objetivos e atribuições, princípios e diretrizes, a organização, direção e gestão. Em seu artigo 196 cita que “a saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação” e com isso fica definida a universalidade da cobertura do Sistema Único de Saúde.
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· Logo em seguida, a lei n.8.142 dispões sobre a participação da comunidade na gestão do SUS e sobre as transferências intergovernamentais de recursos financeiros; além de estabelecer que a Conferência Nacional de Saúde (CNS) fosse realizada a cada quatro anos. Com isso estava criado o arcabouço jurídico do SUS. Além das leis orgânicas, o processo de implantação foi orientado pelas Normas Operacionais do SUS. Tais normas definiram critérios para que estados e municípios se habilitassem a receber repasses de recursos do Fundo Nacional de Saúde para seus respectivos fundos de saúde. Desde o início do processo de implantação do SUS, foram publicadas as seguintes Normas Operacionais Básicas: NOB-SUS 01/91, NOB-SUS 01/92, NOB-SUS 01/93 e NOB-SUS 01/96 e entre os objetivos dessas normas podemos destacar: induzir e estimular mudanças no SUS; aprofundar e reorientar a implementação do SUS; definir objetivos estratégicos, prioridades, diretrizes e movimentos tático-operacionais; regular as relações entre seus gestores; normatizar o SUS. 
· O SUS consolidou-se, ao longo de duas décadas, como a maior política de Estado do País, promotor de inclusão e justiça social. Fruto de uma permanente construção coletiva, nele se manifesta o melhor da tradição política brasileira: o diálogo, a composição e a busca do acordo. Pelo princípio da universalidade, todos os brasileiros têm direito aos serviços do SUS, e esse acesso universal, em nenhuma circunstância, pode ser restringido. O SUS deve ofertar, a todos os brasileiros, um conjunto de serviços sanitários e socialmente necessários, com base em protocolos clínicos e diretrizes terapêuticas. O Brasil é reconhecido internacionalmente como uma referência no setor da saúde por causa dessas e outras iniciativas do modelo de saúde brasileiro. O setor deve ser visto ainda, como um espaço de produção, desenvolvimento, criação de empregos e de riqueza para a nação e como fator imprescindível ao desenvolvimento.
· A NOB-96 não só estabelece as funções e responsabilidades de cada esfera de governo como determina o desenho de reorientação do modelo assistencial brasileiro.
· Universalidade: todo cidadão tem direito à saúde e acesso a todos os serviços públicos de saúde. Além disso, o governo tem o dever de prover assistência à saúde igualitária para todos.
· Integralidade: todas as pessoas devem ser atendidas desde as necessidades básicas, de forma integral. A integralidade trabalha em todo o ciclo vital do ser humano, do nascimento até a morte. Esse princípio foca na prevenção e reabilitação da saúde. É preciso ter ações preventivas antes de o ser humano adoecer e precisar de cuidados médicos.
· Equidade: toda pessoa é igual perante o SUS. Contudo, esse princípio não significa prover os mesmos serviços de saúde para todos, pois o atendimento deve ser realizado de acordo com a necessidade de cada um
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· Desde o início do processo de implantação do SUS, foram publicadas as seguintes Normas Operacionais Básicas: NOB-SUS 01/91, NOB-SUS 01/92, NOB-SUS 01/93 e NOB-SUS 01/96 e entre os objetivos dessas normas podemos destacar: induzir e estimular mudanças no SUS; aprofundar e reorientar a implementação do SUS; definir objetivos estratégicos, prioridades, diretrizes e movimentos tático-operacionais; regular as relações entre seus gestores; normatizar o SUS
· Os determinantes sociais da saúde estão relacionados às condições em que uma pessoa vive e trabalha. Também podem ser considerados os fatores sociais, econômicos, culturais, étnicos/raciais, psicológicos e comportamentais que influenciam a ocorrência de problemas de saúde e fatores de risco à população, tais como moradia, alimentação, escolaridade, renda e emprego.

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