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DISTÓCIAS DO PARTO 
AULA 4 – GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA 
São anormalidades no desenrolar do trabalho de parto. 
O parto eutócico é um parto que anda tudo bem, tem 
evolução boa e o desfecho é um parto normal que é 
preservado o bem-estar fetal e materno. 
A distócia é quando acontece algum problema ao 
desencadear do trabalho de parto e parto, causada por três 
formas: força contrátil, trajeto e objeto. 
Força contrátil é ação uterina que pode estar aumentada 
ou diminuída. 
O trajeto que é de partes moles e partes duras e partes 
ósseas – tem a ver com a mãe. 
E o objeto que tem a ver com o bebê. 
Se não resolvida a tempo por profissionais capacitado pode 
gerar complicações maternas e fetais. 
COMPLICAÇÕES QUE ENCONTRAMOS NA 
DISTÓCIA 
COMPLICAÇÕES MATERNAS: 
♥ Hemorragia pós-parto 
♥ Fístula retovaginal 
♥ Diátese de sínfise (que pode levar a neuropatia 
femoral). É muito difícil essa correção, a paciente 
tem que ficar fazendo fisioterapia o resto da vida. 
♥ Lacerações ou episiotomias de 3° ou 4° graus 
♥ Ruptura uterina 
♥ Endometrite 
COMPLICAÇÕES FETAIS: 
♥ Paralisisa do plexo braquial 
♥ Fratura de clavícula 
♥ Morte fetal 
♥ Asfixia perinatal (dano neurológico permanente) – 
Usuária de droga como cocaína ou crack. 
♥ Fratura do úmero 
♥ Morte neonatal 
ANORMALIDADES NA FRÇA CONTRÁTIL 
(DISTÓCIA FUNCIONAL) 
Quais são os fatores influenciadores na distócia funcional, 
que é a distocia de força contrátil: 
♥ Nulíparas: 37% em gestações de baixo risco. 
Podem ter a primeira fase do TP mais arrastado. 
♥ Utilização de citocina de forma indiscriminada 
Pode causar distócia de força contrátil e pode causar tanto 
uma hipocistólia quanto hipercistolia. 
O trabalho de parto é mediado pelos receptores da 
ocitocina que é liberada no organismo materno. Se colocar 
essa ocitocina e a mãe já tem, vai saturar aqueles 
receptores. 
Inicialmente, aumenta demais as contrações, fazendo uma 
taquicistólia e pode desencadear um sofrimento fetal ou 
até batimentos fetais não tranquilazores. 
Pode saturar tanto os receptores de ocitocina que eles 
passam a não responder mais a ocitocina endógena quanto 
a exógena. Aí que acontece a hipocistólia. – distócia de 
força contrátil no sentido de hipo atividade e 
funcionalidade. 
E aí essa mulher que estava em um TP evoluindo 
naturalmente bem, pode ter distócia e evoluir para 
cesariana. 
♥ Estado emocional da parturiente 
Hoje em dia, sabemos que o estado emocional da gestante 
também tem envolvimento. 
Como uma gestante que não aceita de jeito nenhum 
trabalho de parto ou que tem alguém na família que 
colocou muito medo é um fator de distócia funcional. 
A DISTÓCIA FUNCIONAL PODE SER POR: 
♥ Distócia por hipoatividade: primaria ou secundária 
A primaria é mais comum em primigesta e pode ser 
secundária quando a paciente já entrou no trabalho de 
parto, com contrações efetivas e de repente deu uma 
parada, diminuída na atividade uterina. 
♥ Distócia por hiperatividade: sem obstrução ou com 
obstrução 
Quando temos uma obstrução óssea ou de parte mole, o 
útero começa a responder contraindo mais para expulsar 
aquele feto. A consequência é sofrimento fetal. 
Ou as vezes tem causas que não são por obstrução que 
podem acontecer essa hiperatividade, como um 
deslcolamento pré-maturo de placenta, infecção. 
♥ Distócia por hipertonia – 
Quando o tônus uterino está aumentado. Quando ele está 
muito contraído o tempo todo. Pode ser Polissistolia 
(contrai muito), superdistensão (muita quantidade de 
liquido, o bebê grande, gestação gemelar) ou deslocamento 
prematuro da placenta. A causa mais comum é o 
descolamento de placenta que é uma urgência obstétrica. 
♥ Distócia por dilatação. 
ANORMALIDADES DO TRAJETO 
♥ Distócias ósseas 
♥ Distócias de partes moles 
DISTÓCIAS DE PARTES ÓSSEAS 
Anormalidades na forma, dimensão ou inclinação da pelve 
que dificultam ou impossibilitam o parto vaginal 
Podem ocorrer no estreito superior, médio e/ou inferior da 
bacia da mãe. 
FORMAS DE AVALIAÇÃO: pelvimetria, radiografia 
simples, ressonância magnética (pouco praticado hoje em 
dia porque a gente sabe que o crânio fetal tem estruturas 
maleáveis, se adapta a pelve materna). 
Atenção: durante o trabalho de parto, o polo cefálico sofre 
moldagem que promove redução de seus diâmetros na 
pelve materna. Então não tem porque ficar indicando a 
pelvimetria de rotina. É ilusão falar que a mãe tem pelve 
estreita e não indicar parto normal. 
 
Essa imagem mostra a moldagem do crânio fetal, o que é 
normal, faz parte do trabalho de parto. O nome disso bossa 
serosanguinolenta. Isso é que no trabalho de parto, o bebê 
sofreu a moldagem e houve um pequeno hematoma, não 
doi, o neném não chora. A maioria dos partos normais 
principalmente em primegesta a cabeça vai estar mais 
alongada. O hematoma é no couro cabeludo 
 
Esse não é igual ao outro. No outro, a gente percebe que 
não tem uma divisão fechando o crânio e de repente tem 
uma bola, é continuo. 
Esse é diferente. A gente vê o formado do crânio querendo 
arredondar, de repente vem um abaulamento. Não é 
avermelhado. 
Nessa foto, fica assim porque é abaixo do periostio. É 
geralmente de parto que sofreu mais intervenção que 
precisou usar vacoestrator, mais prolongado ou que 
precisou forçar a passagem súbita da cabeça do neném. 
Esse é mais problemático, pode ser que o bebê tenha que 
ficar internado pelo tamanho da hemorragia. Pode demorar 
até meses para melhorar. – cefalo hematoma. 
 
A bossa é bem no subcutâneo, no couro cabeludo. Não 
vemos o crânio querendo fechar e de repente um 
abaulamento. 
O cefalohematoma é no periósteo, é dolor. 
No subdural é muito temido porque não forma nenhum 
abaulamento, mas a criança fica sonolenta, com 
rebaixamento do nível de consciência. 
ANORMALIDADES DO ESTREITO SUPERIOR 
→ Avaliar diâmetro anteroposterior (>10 cm). Se for 
maior que 10 cm, essa paciente tem uma pelve 
boa para passagem do estreito superior. 
→ Como avaliar o diâmetro anteroposterior? Calcular 
a conjugata diagonalis (toque vaginal na paciente), 
sibtrair 1,5 cm para obter a conjugata vera 
obstétrica. 
→ Como é identificado no trabalho de parto? 
Apresentação alta apesar das contrações 
eficientes. Não tem distocia de contração, mas faz 
distocia porque o neném ta com a cabeça lá em 
cima. 
Esse cálculo não é feito rotineiramente. É quando o 
trabalho de parto evolui bem e a cabeça não desce. 
 
No toque vaginal, vai por tras do colo e tenta tocar o 
promontório. 
Pode ocorrer de não conseguir tocar o promontório e isso 
significa que a paciente tem uma pelve larga, boa, assim 
tem certeza que vai dar mais de 10 cm. 
ANORMALIDAES DO ESTREITO MÉDIO 
Há presença de insinuação da apresentação fetal, 
moldagem do polo cefálico (bossa) e contrações uterinas 
efetivas. No toque vaginal a gente já sente que a aquela 
cabeça tá na altura das espinhas isquiáticas ou um pouco 
abaixo. 
Não precisa de indicar cesariana, é apenas uma moldagem. 
Não há progresso do trabalho de parto, não passa disso. 
Associados a parto prolongado. 
Como fazer a medida? A paciente deitada com as pernas 
em flexão, mede-se o diâmetro transverso (bi-isquiático). 
Como? Diâmetro bituberoso deve ser maior que 9,5. 
É entre a nádega e a coxa, um osso. É a prominência do 
tuberoso, mede o diâmetro entre um e outro. 
É muito difícil ter essa distócia. 
 
Em pacientes obesas, é mais difícil. 
ANORMALIDADES DO ESTREITO INFERIOR 
→ Geralmente associadas com a anormalidade do 
estreito médio 
→ Diâmetro bituberoso < 8 cm. A bacia é 
extremamente desfavorável e provavelmente a 
cabeça não vai passar ali. 
DISTÓCIAS DE PARTE ÓSSEA 
→ Anormalidades do colo, vagina e vulva 
→ Colo: pode ser um colo longo (colo hipertrófico) 
que atrapalha no trabalho de parto porque tem 
muita contração, esse colo não diminui. 
Estenose por algum procedimento, o colo fica 
rígido e não dilata. 
Edema cervical por múltiplos toques. Na maioria 
das vezes, o edema cervicalnão é impedimento. 
Mas faz com que esse parto seja um pouco mais 
arrastado. 
→ Vagina: septos transversais (tem que ser retirado 
antes da gravidez, se não for, não tem como 
aquele feto passar – ou faz incisão ou cesariana) e 
longitudinais (diminuem a circunferência da 
vagina, adaptação e acomodação). 
→ Vulva: veias varicosas, estenose vulvar, condiloma 
acuminado extenso (contraindica o parto normal) 
→ Tumores prévios: miomas, carcinoma de colo, 
tumores de ovário. 
 
 
O mioma pode atrapalhar. Nessa foto A não tem obstrução, 
mas se o mioma estiver na frente da apresentação fetal, 
não consegue passar. Esse é o mesmo princípio dos 
tumores ovarianos, tem aderência. 
ANORMALDADES DO OBJETO 
DISTÓCIAS DE OMBRO/ESPÁDUAS 
→ Ocorre com maior frequência em fetos maiores de 
4000g ou macrossomia fetal 
→ Ocorre também em fetos menores pórem em 
situações que há desproporção entre objeto e 
trajeto 
→ Associado a obesidade materna, pós-datismo e 
diabetes mellitus gestacional (principal). 
A paciente com diabetes acumula muita gordura no 
diâmetro biacomial e faz a impactação dos ombros na pelve 
materna. 
Por definição, a distócia do ombro é a impactação do 
ombro fetal na pelve materna. 
 
Se for até 4kg, se fizer as manobras corretas, na maioria das 
vezes, retira o feto. Quando é maior que 4kg, já indica 
cesariana. 
A paciente que não tem diabetes, a chance é muito 
pequena. Também depende se ela é primigesta, da posição 
do parto. 
Os partos em posição vertical favorecem mais a pelve dá 
uma maior abertura e a mãe tem um alivio maior da dor e 
parto menos distocicos. 
Por isso que hoje em dia faz com menos frequência os 
partos em litotonia dorsal ou posição ginecológica. 
A posição ginecológica fecha a pelve e pode dar mais 
distócias. 
 
Nessa foto, um bebê macrossômico, a gente vê o diâmetro 
biacomial são grandes. E esse ombro com o braço fica 
impactado no púbis materno. 
 
O mais comum é distócia do ombro anterior (em relação a 
mãe). Existe também a do ombro posterior, mas ele é mais 
fácil de ser liberado. 
SINAL DA TARTARUGA: esse neném fica assim, só com a 
cabeça para fora, não consegue visualizar o queixo, as 
bochechas ficam esmagadas. 
Não é indicado fazer força porque pode fazer lesão de plexo 
braquial, o ombro está preso lá em cima. 
Complicações da distócia de ombros: 
→ Complicações fetais: lesão do plexo braquial, 
fratura da clavícula e úmero, óbito intraparto ou 
neonatal. Principalmente se não tiver a retirada 
rápida desse ombro e do neném. 
→ Complicações maternas: lacerações do canal de 
parto, atonia uterina com hemorragia (o útero que 
está descascado com o neném muito grande, não 
consegue contrair), disjunção da sínfise púbica e 
rotura uterina. 
A correção da distócia de ombros deve ter por princípios: 
→ Aumentar o diâmetro anterior-posterior da pelve 
materna 
→ Diminuir o diâmetro biacromial do feto 
→ Alterar as relações entre a pelve materna e o 
biacrominal fetal 
→ Atenção: a tração do polo cefálico e/ou pressão 
fúndica (manobra de Kristeller) é proscrita, pois 
causará aumento da impactação dos ombros. 
A litotomia ou posição ginecológica fecha mais a pelve da 
mãe. Dar preferência a posição vertical ou até de 4 apoios. 
A banheira ajuda na analgesia do parto e na dilatação do 
colo, na descida do neném. 
Pode usar a banqueta vertical também hoje em dia. 
Assistência à distócia de ombro: o que fazer primeiro? 
→ Manter a calma e chamar ajuda – equipe de 2 
obstetras, enfermagem de apoio, neonatologista e 
anestesiologista. 
→ Informar a paciente a necessidade da realização de 
manobras para retirada do bebê 
→ Conhecer os passos do manejo para liberação dos 
ombros 
→ Partir sempre da manobra menos para a mais 
invasiva. 
 
O ALSO ainda considera os partos feitos em litotomia e a 
SAIDA em vertical. 
 
Tira a paciente da banqueta, pede para ela agachar mais, 
faz uma pressão suprapubica. 
→ Manobra de rubin II: tentar rodar o ombro que 
está impactado em direção a ventro fetal, como se 
fosse uma flexão dos ombros do feto. 
→ Manobra de Wood: flexao dos ombros posteriores 
→ Manobra de parafuso invertido: em vez de fazer a 
flexao para o ventre, tentar fazer a hiperflexao 
posterior. 
Primeiramente, pensar nas manobras maternas antes de 
fazer a manobra invasiva no feto que pode causar lesoes. 
 
Hiperflexão das coxas (McRoberts) + Rubin que é a pressao 
suprapubica. 
 
Quando a gente faz a hiperflexão da coxa, aumenta o 
diametro da pelve. A mesma coisa se a paciente aumentar 
o agachamento. 
Manobra de Gaskin ou 4 apoios: mudança dos ombros em 
relacao a litotomia. Se o obstetra não estiver acostumado a 
trabalhar dessa maneira, o ideal é ele fazer como ultima 
posição de tentativa. 
 
Esses movimentos com a perna e a pelve, ajudam a 
deslocar o nenem. 
 
Entra com a mão no dorso fetal, ombro fetal anterior e 
empurra, uma flexao dos ombros de forma que 
conseguimoes desempactar do púbis. 
Wood: tenta fazer uma continuação da de Rubin II. 
A reversa ou parafuso invertido: 
Depois que desempactar esses ombros, manobra de 
Jacquemier: introduz a mão no ombro posterior, puxa esse 
ombro. 
 
Esse aqui normalmente sai sempre. 
 
 
Clidotomia: fratura intencional da clavicula do nenem. A 
Zavanelli não é utilzada. 
 
 
 
	complicações que encontramos na distócia
	anormalidades na frça contrátil (DIstócia funcional)
	anormalidades do trajeto
	distócias de partes ósseas
	distócias de parte óssea
	anormaldades do objeto

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