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Aparelho GENITAL MASCULINO ANAMNESE Recém-nascido: Ambiguidade sexual, hidrocele, criptorquidias, balanopostites, torção do cordão espermático e fimose. Puberdade e Adulto jovem: ISTs. Adulto (40 anos): CA peniano, hidrocele secundária, prostatovesiculite ou priapismo. Idoso (60 anos): Hiperplasia nodular benigna. Idoso (70-80 anos): CA de próstata e bexiga. Patologias relacionadas ao trabalho: Carcinoma escrotal: limpadores de chaminés (piche e alcatrão). Distúrbios espermatogênicos: forneiros, padeiros e técnicos RX. PRINCIPAIS SINAIS E SINTOMAS DOR Disúria: Possíveis causas: inflamação do trato urinário, estenose uretral ou estenose do meato externo. Dor testicular: É local (orquite traumática ou infecciosa) ou pode ser referida (litíase ureteral). Dor prostática, perineal ou lombossacra: Prostatite ou CA de próstata. Dor epididimária: Local ou referida no quadrante inferior abdome. Raramente pode irradiar para o ângulo costo-vertebral ipsilateral. HEMATÚRIA Hematúria inicial: (Primeiro jato da urina) Próstata ou uretra. Hematúria terminal dolorosa: (No final do jato). HBP ou CA bexiga. Hematúria total: Acima da bexiga: ureter ou rim. Dando tempo para o sangue se misturar com a urina. Hematúria idiopática: ALTERAÇÕES MICCIONAIS Disúria: Polaciúria: Nictúria: Noctúria: Incontinência de urgência/paradoxal/transbordamento: Dificuldade para iniciar o jato e gotejamento terminal constante. Alterações do jato urinário: Franco, lento ou fino. Hesitação, esforço para urinar e diminuição da força e calibre do jato: Uropatias obstrutivas infravesicais. RETENÇÃO URINÁRIA Incapacidade de esvaziar a bexiga: completa ou incompleta. Completa: Não elimina nenhuma quantidade de urina. Geralmente é aguda = dolorosa. Incompleta: Permanência de certa quantidade de urina na bexiga após o término da micção. Paciente refere polaciúria. Geralmente é crônica (não dolorosa): Com ou sem distensão. Bexiga palpável na região suprapúbica bexigoma. PRIAPISMO Ereção persistente, prolongada e dolorosa do pênis (sem desejo sexual). Mecanismo vascular. Causas: Neurogênica, infecciosa, traumática ou hematológica. Consequências: Lesões dos corpos cavernosos comprometimento da ereção. HEMOSPERMIA Presença de sangue no esperma discretamente ou intensamente. Causas: CA próstata ou vesículas seminais. Cirrose hepática. Discrasias sanguíneas. Inflamação da próstata e/ou vesículas seminais. Litíase prostática. Hiperplasia benigna prostática. Pós-coito prolongado (não patológica). CORRIMENTO URETRAL Presença de secreção no meato da uretra. Causas: Uretrite e prostatite. Corrimento purulento: uretrite gonocócica. Corrimento esbranquiçado com “gota matinal”: Prostatite. Uretrite não gonocócica. Uretrite traumática. Corrimento uretral serossanguinolento: Estreitamento uretral. Câncer de uretra. Corpo estranho da uretra. DISTÚRBIOS SEXUAIS Disfunção erétil ou impotência sexual. Ejaculação precoce. Ausência de ejaculação. Anorgasmia. Diminuição ou ausência da libido. Dispareunia: dor durante a relação sexual. EXAME FÍSICO Paciente de pé ou em decúbito dorsal. EXAME DO PÊNIS Inspeção: Anomalias congênitas: agenesia, duplicação, macro e micropênis, hipospádia, epispádia e fimose. Palpação: Retrair completamente prepúcio. Áreas endurecidas: processos inflamatórios ou cálculos. Meato uretral externo: Compressão anteroposterior da glande entre os dedos indicador e polegar. Diâmetro normal do meato uretral externo (8mm). EXAME DA BOLSA ESCROTAL Características da pele, consistência, formato, contorno. Aspectos vasculares: varicoceles (formações cirsóides). Massas escrotais e sinais flogísticos. EXAME DOS TESTÍCULOS Forma: ovóide. Tamanho: 25ml. Superfície: lisa. Contornos: regulares. Consistência: elástica. EXAME DOS EPIDÍDIMOS Localizados na borda posterossuperior dos testículos. Na palpação é possível identificar cabeça, corpo e cauda do epidídimo. Manobra de Chevassu: Palpação dos epidídimos entre os dedos indicador e polegar. Deslizar os dedos ao longo de ambas as faces do testículo. EXAME DOS CANAIS DEFERENTES Palpação: ponto de junção na cauda epididimária até o orifício externo do anel inguinal. EXAMES DOS CORDÕES ESPERMÁTICOS Palpação. Transiluminação da bolsa escrotal: Cordão espessado e doloroso: funiculite. Hidrocele, lesão cística e espermatocele. TOQUE RETAL Posição: Lateral esquerda (posição de Sims). Genupeitoral. Decúbito dorsal. Estruturas: Parede anterior: próstata. Paredes laterais. Parede posterior: sacro. EXAME DA PRÓSTATA Próstata normal: Palpável na parede anterior do reto. Como uma estrutura em forma de coração/pera invertida Base voltada para cima e vértice para baixo. Tamanho de castanha grande regular. Simétrica, depressível (elástica) e com a superfície lisa. Discretamente móvel. O sulco mediano separa os lobos laterais. MANOBRAS ESPECIAIS TRANSILUMINAÇÃO Investiga alteração intraescrotal. Foco luminoso incide no escroto pósteroanteriormente. Transiluminação positiva: importante sinal diagnóstico de hidrocele vaginal. Os raios luminosos não atravessam os testículos e nem lesões sólidas (inflamatórias, infecciosas e não infecciosas ou neoplásicas). MÉTODO DE KUNSTADTER Paciente de pé, localizar o testículo distópico. Dedo indicador homônimo no orifício inguinal externo + dedo polegar sobre a região inguinal. Movimente o polegar para baixo, visando prender o testículo entre os dois dedos. Criptorquia verdadeira: não é possível tracionar completamente o testículo para o interior da bolsa escrotal. Pseudocriptorquia (testículo migratório): testículo facilmente recolocado no interior da bolsa escrotal. DOENÇAS DO PÊNIS FIMOSE Fimose: prepúcio não pode ser retraído. Parafimose: estrangulamento do pênis por um anel fibrótico. BALANOPOSTITE Inflamação da glande e prepúcio. Causas: alergias, infecções e higiene precária. TUMORES Lesões neoplásicas e não-neoplásicas. Condiloma (HPV). HIPOSPÁDIA E EPISPÁDIA Hipospádia: meato uretral externo na face ventral do pênis. A urina do bebe escorre para as pernas. Epispádia: meato uretral externo na face dorsal do pênis. A urina do bebe escorre para a barriga. DOENÇAS DO TESTÍCULO Anorquia: Ausência congênita de testículos. Poliorquia: > 2 testículos. Distopias testiculares: Criptorquidia e ectopia. Hidrocele: Acúmulo de líquido seroso no interior da túnica vaginal testicular. Ou acúmulo de líquido seroso nas bainhas do funículo espermático. Hiperprodução ou reabsorção diminuída. Torção testicular: Acidente vascular. Pode causar isquemia, atrofia e gangrena. Orquite: Neoplasia: DISTOPIAS TESTICULARES HIDROCELE Acúmulo de líquido seroso no interior da túnica vaginal testicular. Ou acúmulo de líquido seroso nas bainhas do funículo espermático. Hiperprodução ou reabsorção diminuída. Transiluminação positiva: importante sinal diagnóstico da hidrocele vaginal. ESCROTO AGUDO Causas: Torção testicular intravaginal ou extravaginal (torção do cordão espermático). Orquiepididimite aguda. Inspeção: Pele escrotal avermelhada, quente, edemaciada, tumefação escrotal e testículo doloroso. Diagnósticos diferenciais: Torção testicular, torção do apêndica testicular, traumatismo, hérnia inguinoescrotal encarcerada, orquiepididimite ou Síndrome de Fournier. Doenças do epidídimo Espermatocele: Formaçãocística intra-escrotal. Resultante da obstrução dos túbulos epididimários responsáveis pelo transporte dos espermatozoides. Orquite aguda Geralmente viral, mais frequentemente o vírus da parotidite (Caxumba). Outras causas: sífilis, tuberculose e granulomas. Prevalência: Adolescentes e adultos jovens. Quadro clínico: Surge 3 a 4 dias após parotidite com edema. Dor testicular aguda e eritema escrotal associado. Febre alta. Epididimite aguda Etiologia: ISTs: Chlamydia trachomatis, Micoplasmas e Neisseria gonorrhoeae. Bactérias gram negativas: E.coli, P.mirabilis, klebsiella. Prevalência: Adultos jovens. Quadro clínico: Aumento da sensibilidade do epidídimo. Dor que pode irradiar para o cordão espermático, abdome ou flanco homolateral. Secreção ou prurido uretral. Disúria. Torção testicular Doenças do cordão espermático Varicocele Dilatação ou tortuosidade das veias do cordão espermático. Mais comum na puberdade. Idiopáticas. Primárias ou secundárias (neoplasias renais, hidronefrose, neoplasias retroperitoniais). Doenças da próstata Dor prostática Secundária à inflamação. Edema e distensão da cápsula prostática. Local: abdome inferior, inguinal, perineal, lombossacral e/ou retal. Frequentemente associada à sintomas urinários irritativos. Pode causar retenção urinária aguda. Hiperplasia benigna da próstata Crescimento do epitélio prostático periuretral lente e gradativo que causa estreitamento da uretra prostática. Sintomas irritativos (fase de compensação). Sintomas obstrutivos (fase de descompensação). Complicações da HPB: Retenção urinária aguda, ITU, prostatite, litíase vesical, falência do detrusor, IRA e IRC, hematúria. Diagnóstico: História clínica + questionário I-PSS. Toque retal. Exames laboratoriais: PSA, EAS, ureia e creatinina. Antígeno específico da próstata (psa) Câncer de próstata Prostatite Doenças da próstata ao toque retal
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