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ESTOMATOLOGIA - exame clínico

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Aluna: Marina Andrade Lima Almeida 
5º período – Odontologia – noturno 
 
Paciente chega na clínica com uma doença, ordem a se seguir: 1- História 
natural da doença; 2- exame clínico; 3- exames complementares; 4- outros 
métodos especiais de diagnóstico. 
 
EXAME CLÍNICO 
O exame clínico é dividido em duas etapas, uma subjetiva, a anamnese, na qual o paciente 
relatará sua percepção sobre os sinais e sintomas, e a etapa objetiva, o exame físico, onde o 
profissional irá descrever detalhadamente os sinais e pesquisará os sintomas relatados pelo 
paciente. 
Fazer a classificação do risco! 
Tentar reduzir o estresse do paciente ao máximo. 
 
ANAMNESE 
Para melhor organização, a anamnese é dividida nas seguintes partes: 
1. IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE 
Nome, idade, sexo, cor, estado civil, profissão atual e ocupações anteriores, local de trabalho, 
naturalidade, residência. 
2. QUEIXA PRINCIPAL 
Deve-se anotar o motivo que levou o paciente a procurar o profissional com as palavras do 
paciente de maneira breve. 
Sinal/sintoma guia: vai ser o mais salientado pelo paciente, aquilo que ele mais chamou atenção, 
vai ser a base para a construção da história da doença atual. 
Perguntar quando começou, se foi de maneira súbita ou gradativa, se é constante, há quanto 
tempo está presente, qual a intensidade, seja da dor ou dos aspectos. Além disso, perguntar se 
o paciente tentou fazer algo quanto a situação, se tentou algum tratamento, se mexeu no local. 
Se houver e se possível, pedir para o paciente indicar o grau da dor de 0 a 10. 
3. HISTÓRIA DA DOENÇA ATUAL 
É a parte principal da anamnese. Costuma ser fundamental para se chegar ao diagnóstico. 
História da queixa principal em narrativa cronológica e clara. 
Faz-se: Caracterização da sintomatologia: percepção, periodicidade, frequência, 
alívio/exacerbação e agravamentos, desenvolvimento: evolução até o presente, tratamentos e 
seus resultados, exames complementares realizados e seus resultados, estado atual da doença. 
4. HISTÓRIA MÉDICA 
Atual e pregressa. Deve-se questionar: Doenças comuns na infância, vacinas, procedimentos 
cirúrgicos e internações prévias, transfusão de sangue, uso de medicamentos, alergias, 
traumatismos, última consulta ao médico. 
5. ANTECEDENTES FAMILIARES 
Anotar os antecedentes familiares dignos de nota. 
6. HÁBITOS E VÍCIOS 
Anotar o tipo de hábito e/ou vício, há quanto tempo o paciente apresenta este hábito e/ou vício 
e a frequência ao longo do dia. 
7. CONDIÇÕES SOCIOECONÔMICAS E CULTURAIS DO PACIENTE 
Anotar se o paciente é de uma socialização pequena, quais as condições de moradia e vivência 
da pessoa. 
 
 CLASSIFICAÇÃO DOS SINTOMAS: 
Sintoma comum: comum a todos os estados mórbidos. 
Sintoma patognomônico: típico e definidor. 
Sintoma anatômico: determina o local do sintoma, sua irradiação e profundidade. 
Sintoma reflexo: sintoma se reflete para locais próximos do sítio primário. 
 
EXAME FÍSICO 
Observar os aspectos de anormalidade e normalidade. 
1. RECURSOS SEMIOTÉCNICOS 
1.1. Inspeção: O profissional utiliza-se da visão. A inspeção inicia-se no momento que o paciente 
entra no consultório, momento em que o cirurgião-dentista deve observar se já há alguma 
alteração visível, como dificuldade da marcha, assimetrias corporais, manchas e/ou lesões de 
pele entre outros. O profissional deve procurar, perceber e distinguir as alterações de cor, 
textura, superfície, contorno e tamanho, além de reconhecer as variações do aspecto normal da 
boca. 
1.2. Palpação: Corresponde ao tato e à pressão realizados numa determinada área. O tato 
fornece dados sobre a porção superficial e a pressão, sobre a porção profunda bem como sua 
consistência e temperatura local. 
1.3. Percussão: Corresponde a golpes controlados e rápidos em determinada estrutura, 
podendo ser realizada com os dedos ou algum instrumento, por exemplo, o uso da percussão 
com o cabo do espelho para confirmação do diagnóstico de pulpite. 
1.4. Auscultação: Utiliza-se o sentido da audição. Este sentido pode ser ampliado com o emprego 
do estetoscópio. É utilizado, na Odontologia, na ausculta de ruídos da articulação 
temporomandibular. 
1.5. Olfação: É pouco utilizada, sendo realizada através do olfato. Exemplos: hálito cetônico em 
pacientes diabéticos descompensados, hálito com cheiro de urina nos pacientes com uremia, o 
cheiro mais intenso de pus infectado por bactérias anaeróbias e a halitose por si só, que pode 
apresentar diferentes causas. 
 
2. EXAME FÍSICO GERAL 
Avalia desde o estado geral, marcha e nível de consciência, aspectos culturais, emocionais e até 
o biótipo do paciente. 
3. EXAME FÍSICO LOCAL 
Examina-se as estruturas da cabeça e do pescoço. Através de manobras, avaliam-se os sinais 
presentes. 
3.1. Exame físico extrabucal: 
• Cabeça • Nariz • Olhos • Ouvidos • Pescoço • ATM 
3.2. Exame físico intrabucal: 
Inclui o exame dos tecidos moles (lábios, palato, orofaringe e língua) e dos tecidos ósseos 
(maxila, mandíbula, rebordo alveolar e dentes) bucais. Observar coloração, inflamação, 
ulceração, tumefação, formação de fístulas, entre outros. É essencial que o profissional siga uma 
sistemática de exame físico intrabucal, sem alterar a ordem de análise dos sítios anatômicos de 
acordo com a queixa principal do paciente. Desta forma, dificilmente o cirurgião-dentista se 
deixará influenciar pelas hipóteses do paciente além de detectar eventuais alterações em outras 
localizações. 
 
COMO DESCREVER UMA ALTERAÇÃO? 
1- Localização 
2- Lesão fundamental relacionada, se houver 
3- Dados da inspeção 
4- Dados da palpação 
 
 Lesão fundamental: lesões que acometem a pele e a mucosa oral, e podem se 
apresentar de diversas formas. É de extrema importância que o clínico saiba identificar 
e esteja familiarizado com as características delas. 
 
 
EXAMES COMPLEMENTARES 
Os exames complementares podem ser requeridos para ajudar a chegar ao diagnóstico 
final. Ás vezes servem como método para confirmar o diagnóstico, ás vezes para 
descartar uma outra hipótese. Servem também para avaliar o prognóstico, guiar as 
alternativas terapêuticas, a fim de que o profissional saiba qual o melhor tratamento a 
se seguir. Além disso, ainda servem para se fazer uma avaliação em seguimento 
populacional. 
Existem várias modalidades de exames: 
1) Hematológicos: Utiliza-se o sangue como material de estudo. Ex.: hemograma e 
coagulograma. Existem os testes bioquímicos, onde se dosam as mais diversas 
substâncias, como as eletrolíticas, não eletrolíticas, as enzimas. Existem as 
reações sorológicas, as quais vão procurar alterações mais específicas de uma 
determinada condição. Existem também os antiobiogramas, os quais vão indicar 
qual é o antibiótico mais recomendado para um tratamento. 
2) Exames de Imagem: Podem ser radioativos e não radioativos. Eles vão 
proporcionar o diagnóstico por imagem, a partir das características radiográficas 
que indicam certas lesões. 
3) Biópsia: Procedimento diagnóstico que consiste na remoção de um fragmento 
de tecido vivo para estudo microscópico das alterações eventualmente 
presentes. Existem alguns tipos de biópsia, dentre eles estão: Citologia 
esfoliativa (raspagem da lesão para coletar células superficiais), biópsia 
excisional (onde se remove toda a lesão para encaminhamento ao exame 
histopatológico) e a biópsia incisional (remoção de uma porção pequena e 
representativa da lesão para análise microscópica). 
 
REFERÊNCIAS 
Aula: https://drive.google.com/file/d/1UCXKVfrkKzCwlRnnXAQGCmiAOOpJsfSs/view 
Roteiros de aulas da disciplina de estomatologia, UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA: 
http://sgcd.foa.unesp.br/home/departamentos/dppc/estomatologia/roteiro-de-aula-
estomato.pdf 
 
https://drive.google.com/file/d/1UCXKVfrkKzCwlRnnXAQGCmiAOOpJsfSs/view
http://sgcd.foa.unesp.br/home/departamentos/dppc/estomatologia/roteiro-de-aula-estomato.pdf
http://sgcd.foa.unesp.br/home/departamentos/dppc/estomatologia/roteiro-de-aula-estomato.pdf

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