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TÓPICOS ESPECIAIS PROF: MARCKSON SANTOS UNIDADE 3 POLÍTICAS PÚBLICAS POLÍTICAS PÚBLICAS: EDUCAÇÃO TÓPICO 1 01 / 76 O termo política possui várias definições, as quais denotam a organização e o estudo das ações a serem realizadas para o bem-estar da população. Percebemos que a política é algo complexo, mas que se bem administrado ou exercido, poderá ter efeitos positivos junto à população. 2 POLÍTICA PÚBLICA ATUAL 159 Unid 3 Tópico 1 02 / 76 “A política sempre está ligada ao exercício do poder em sociedade, seja em nível individual, quando se trata das ações de comando, seja em nível coletivo, quando um grupo (ou toda sociedade) exerce o controle das relações de poder em uma sociedade” (SANTOS, 2012, p. 2). Assim, as políticas públicas são de responsabilidade do Estado, com base em organismos políticos e entidades da sociedade civil, que derivam de normatizações, ou seja, se estabelece um processo de tomada de decisões – nossa legislação. 2 POLÍTICA PÚBLICA ATUAL 159 Unid 3 Tópico 1 03 / 76 Os atores que permitem discussões sobre um determinado problema da sociedade são: a sociedade civil organizada; os servidores públicos e os políticos. Com base nesses argumentos, a educação no contexto brasileiro está prevista, é regida (legislada) por normas jurídicas que compelem os cidadãos e o poder público a cumpri-las. 2 POLÍTICA PÚBLICA ATUAL 160 Unid 3 Tópico 1 04 / 76 Outro documento importante são os Parâmetros Curriculares Nacionais. Sua história começa a partir da década de 1980, com as mudanças econômicas e sociais de nível mundial e a abertura da política nacional. A partir desse momento, as discussões políticas passaram a privilegiar o tema da democracia. Com base nesse tema, as reflexões propiciaram a instauração e consolidação de um governo e de um regime democrático. 2 POLÍTICA PÚBLICA ATUAL 165 Unid 3 Tópico 1 05 / 76 TÓPICO 2 POLÍTICA PÚBLICA DE SAÚDE 07 / 76 Temos como conceito de saúde, segundo a Organização Mundial de Saúde (USP, 2015, s.p.): “Saúde é um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não consiste apenas na ausência de doença ou de enfermidade”. Essa concepção de saúde induz a novas condutas quanto à promoção de saúde e prevenção de doenças. O indivíduo é inserido numa rede de cuidados permanentes, visando maior qualidade de vida, mesmo que aconteça a doença. A vida mais saudável demanda novos hábitos, que incluem a alimentação adequada, lazer, convívio social, esportes e atividade física como práticas diárias. 2 CONCEITO DE SAÚDE 179 Unid 3 Tópico 2 08 / 76 A transformação social, a partir da saúde, busca incutir nas pessoas atitudes frente a fatores de influência negativa, por exemplo, a mídia com a demasiada publicidade de produtos alimentícios industrializados, que não trazem benefícios à saúde e contribuem para a obesidade e sobrepeso; ou ainda, o álcool e cigarro, que levam a problemas comportamentais e afetam a família. 2 CONCEITO DE SAÚDE 180 Unid 3 Tópico 2 08 / 76 180 Unid 3 Tópico 2 10 / 76 Além dos problemas decorrentes da vida moderna que afetam a saúde da população, temos ainda doenças epidemiológicas como dengue, malária e tuberculose, por exemplo, e que causam a morte de milhões de pessoas no mundo todo e são decorrentes da miséria, da precariedade no abastecimento de água potável, do saneamento básico e pela falta de acesso aos serviços públicos de saúde e educação. A globalização fortaleceu esse processo de disseminação de doenças ao redor do mundo, principalmente pelo contingente de populações imigratórias. 2 CONCEITO DE SAÚDE 181 Unid 3 Tópico 2 11 / 76 A Constituição da República Federativa de 1988 dispõe em seu art. 196: “A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação”. No Brasil, temos um sistema de saúde garantido pela Constituição Federal, que se constitui no Sistema Único de Saúde – SUS. 3 SAÚDE: DIREITO DE TODOS E DEVER DO ESTADO 182 Unid 3 Tópico 2 12 / 76 Posteriormente, em 1990, foi promulgada a Lei Orgânica do SUS, com as Leis nº 8.080 e nº 8.142, que têm como base de sustentação os princípios norteadores do Sistema Único de Saúde brasileiro: • Princípio da Universalidade; • Princípio da Integralidade; • Princípio da Igualdade. 3 SAÚDE: DIREITO DE TODOS E DEVER DO ESTADO 183 Unid 3 Tópico 2 13 / 76 A Rede de Atenção à Saúde (RAS) atua a partir da Unidade Básica de Saúde ou USF – Unidade de Saúde da Família, onde inicia o trabalho junto à comunidade. As consultas são realizadas pelo médico generalista e, se for necessário, encaminha aos médicos especialistas que integram o setor de atenção secundária. A Unidade Básica de Saúde realiza os atendimentos em nível de atenção primária “[...] enfatizando a função resolutiva dos cuidados primários sobre os problemas mais comuns de saúde e a partir do qual se realiza e coordena o cuidado em todos os pontos de atenção” (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2010, p. 4 apud ZETZSCHE, 2014, p. 32). 4 AS REDES DE ATENÇÃO EM SAÚDE 183 Unid 3 Tópico 2 14 / 76 No setor de atenção secundária, adentramos em Policlínicas de especialidades, Ambulatórios e Centros de Atenção Psicossocial (CAPS). Do setor terciário fazem parte os hospitais especializados, Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs), Centros de Hemodiálise, entre outros. Os encaminhamentos feitos aos usuários são formais, por meio de referências e contrarreferências, que são os registros das consultas e procedimentos utilizados pelos médicos e agentes de saúde. 4 AS REDES DE ATENÇÃO EM SAÚDE 184 Unid 3 Tópico 2 15 / 76 Diariamente, o SUS presta atendimento a milhares de usuários que furtivamente adoecem, necessitando de intervenção médica, realização de exames, cirurgias e internações em hospitais; são considerados atendimentos de problema agudo, pois quando solucionado, o paciente é liberado. Para o atendimento de gestantes ou usuários de drogas, álcool e/ou portadores de doenças sexualmente transmissíveis, que necessitam de acompanhamento, é requerido o agendamento da consulta. 5 DIVERSOS ATENDIMENTOS EM SAÚDE 184 Unid 3 Tópico 2 16 / 76 5 DIVERSOS ATENDIMENTOS EM SAÚDE 5.1 POLÍTICAS DE SAÚDE E PROGRAMAS ESPECÍFICOS Pela complexidade de atuação do SUS em todo o território nacional, criaram-se políticas nacionais para o combate de doenças e prevenção em saúde, coordenadas pelo Ministério da Saúde e operacionalizadas em programas específicos no combate a doenças. (Vide QUADRO 7 – página 187-188). 184 Unid 3 Tópico 2 17 / 76 HABITAÇÃO E SANEAMENTO 18 / 76 TÓPICO 3 O direito à moradia passou a ser tratado constitucionalmente como um dos direitos do trabalhador. A Constituição de 1988, no seu artigo 7º, ao apresentar os direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, estabelece em seu inciso IV que o salário-mínimo deve atender às necessidades vitais básicas do trabalhador e de sua família, entre as quais se inclui o direito à moradia. A Emenda Constitucional nº 26/2000, contudo, veio expandir esse direito, alterando a redação do artigo 6º da Constituição Federal, o qual originalmente tutelava o direito social, um tipo de direito fundamental. Nesta expansão, com a educação, a saúde, o trabalho, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, acresce-se o direito à moradia, incluindo-o dentre os direitos sociais a serem fomentados pelo Estado para a coletividade. 2 DIREITO À MORADIA 196 Unid 3 Tópico 3 19 / 76 Quanto ao conceito de moradia, Costa (2007) a define como uma das principais necessidades básicas do ser humano e está ligada à disponibilidade de trabalho, lazer e livre circulação. A moradia representao abrigo, o lar em família. Mesmo sendo um direito de todos, o direito à moradia se configura como um dos principais problemas da sociedade atual, visto que nem todos contam com uma moradia digna. Costa (2007) complementa apontando que o aumento de concentração de pessoas no meio urbano pede por políticas voltadas à disponibilização de habitações dignas, de maneira ampla e regular, para assim suprir as demandas encontradas em várias cidades do mundo, em especial, nas cidades brasileiras. 2 DIREITO À MORADIA 196 Unid 3 Tópico 3 20 / 76 Foi durante a década de 1970, no governo da ditadura militar, que foram criados o Banco Nacional da Habitação (BNH) e o Serviço Federal de Habitação e Urbanismo (SERFHAU), tendo por objetivo estimular a indústria e atender às necessidades habitacionais. No entanto, esse processo atendeu, em especial, às classes média e alta, deixando de lado as mais carentes. Depois, na década de 1980, o Brasil enfrentou um crescimento muito abaixo do esperado, acompanhado do crescimento das dívidas externa e interna. Grande parte dos trabalhadores, sem ter qualificação especializada e carente de atendimento aos serviços básicos do Estado, como o direito à moradia, sofreu com a revolução microeletrônica, o que gerou o fechamento de vários postos de trabalho (ZANLUCA, 2011). 2 DIREITO À MORADIA 196 Unid 3 Tópico 3 21 / 76 Diretamente ligadas ao aprofundamento da cidadania no Brasil, a institucionalização e a gestão dos serviços de saneamento evidenciam não só a difusão no território nacional das várias esferas de competência política que administram esses serviços, como, principalmente, a espacialização das diversas formas de manifestação dos movimentos locais reivindicando o acesso ao saneamento e/ou à melhoria dos serviços. 3 SANEAMENTO 196 Unid 3 Tópico 3 22 / 76 A política pública de saneamento básico foi promulgada através da Lei n° 11.445, de 5 de janeiro de 2007, que estabeleceu diretrizes nacionais para esta área em específico. Sob os efeitos desta lei, considera-se saneamento como o conjunto de serviços, infraestruturas e instalações operacionais de abastecimento de água potável, esgotamento sanitário, limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos, drenagem e manejo das águas pluviais urbanas. Alochio (2007) define cada um desses conjuntos de serviços da seguinte maneira: 4 SANEAMENTO BÁSICO 196 Unid 3 Tópico 3 23 / 76 a) quanto ao abastecimento de água potável b) quanto ao esgotamento sanitário; c) quanto à limpeza urbana e ao manejo de resíduos sólidos; d) quanto à drenagem e manejo das águas pluviais urbanas. Assim, o saneamento básico busca fornecer qualidade de vida para o crescimento sustentável e a promoção da saúde humana. “Dessa forma, a universalização do acesso aos serviços de água e de esgoto é um objetivo legítimo das políticas públicas porque tem impactos importantes sobre a saúde, o ambiente e a cidadania” (GALVÃO-JÚNIOR, 2009 apud PELLIZZETTI, 2010, p. 144). 4 SANEAMENTO BÁSICO 196 Unid 3 Tópico 3 24 / 76 Toda água a ser consumida precisa ser tratada, pois a saúde do ser humano é o seu bem maior, e o consumo e uso inadequados de água causam sérios problemas à saúde do homem. Pode parecer estranho, porém há situações nas quais encontramos doenças infecciosas trazidas pela água até quando a usamos para higienizar os ambientes, bem como no preparo dos alimentos. São doenças causadas por agentes microbianos e agentes químicos. Pode-se contrair essas doenças na ingestão da água ou por algum alimento já contaminado. As doenças relacionadas com a água são: • Cólera. • Febre tifoide. • Disenteria bacilar. • Hepatite infecciosa. 5 PRECARIZAÇÃO DO SANEAMENTO BÁSICO 196 Unid 3 Tópico 3 25 / 76 Toda água a ser consumida precisa ser tratada, pois a saúde do ser humano é o seu bem maior, e o consumo e uso inadequados de água causam sérios problemas à saúde do homem. Pode parecer estranho, porém há situações nas quais encontramos doenças infecciosas trazidas pela água até quando a usamos para higienizar os ambientes, bem como no preparo dos alimentos. São doenças causadas por agentes microbianos e agentes químicos. Pode-se contrair essas doenças na ingestão da água ou por algum alimento já contaminado. As doenças relacionadas com a água são: • Cólera. • Febre tifoide. • Disenteria bacilar. • Hepatite infecciosa. 5 PRECARIZAÇÃO DO SANEAMENTO BÁSICO 196 Unid 3 Tópico 3 26 / 76 A Política Nacional de Saneamento Básico dá as diretrizes necessárias para o cumprimento das atividades nos quatro eixos do saneamento. Para alguns desses serviços também já foram criadas políticas nacionais específicas, que visam delimitar ainda mais as práticas que deverão nortear as ações nesses âmbitos. Uma delas é a Política Nacional de Resíduos Sólidos, sendo esta instituída pela Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010, e que representa um marco histórico na evolução das diretrizes do saneamento básico brasileiro. Quanto ao plano municipal de gestão integrada de resíduos sólidos, é importante ressaltar que, conforme a legislação da política de resíduos, é condição para que o Distrito Federal e os municípios possam ter acesso aos recursos da União, ou por ela controlados. 6 AVANÇOS NO SANEAMENTO 196 Unid 3 Tópico 3 27 / 76 TRANSPORTES E SEGURANÇA TÓPICO 4 28 / 76 2 CLASSIFICAÇÃO DOS TRANSPORTES 2.1 TERRESTRES Os transportes terrestres são os mais essenciais para o ser humano, pois através deles o homem pode se locomover tanto para locais com pouca distância, como para grandes distâncias, bem como transportar cargas. Podemos classificar os transportes terrestres em: rodoviários, ferroviários e dutoviários. 219 Unid 3 Tópico 4 29 / 76 219 Unid 3 Tópico 4 30 / 76 2 CLASSIFICAÇÃO DOS TRANSPORTES 2.2 AQUAVIÁRIOS De acordo com Novaes (2004, p.151), “o transporte aquaviário, como sua denominação indica, envolve todos os tipos de transportes efetuados sobre a água. Inclui o transporte fluvial, lacustre e o transporte marítimo”. O fluvial é um transporte aquaviário, realizado em barcos ou balsas, que se movimentam sobre os rios. 221 Unid 3 Tópico 4 31 / 76 221 Unid 3 Tópico 4 32 / 76 2 CLASSIFICAÇÃO DOS TRANSPORTES 2.3 AÉREO É o meio de transporte mais rápido do planeta, sendo mais comum em aviões e helicópteros, mas também pode ser feito em balões. É eficaz para o transporte de passageiros, porém, em razão dos elevados custos, não é o mais adequado para o transporte de cargas pesadas. 221 Unid 3 Tópico 4 33 / 76 221 Unid 3 Tópico 4 34 / 76 A infraestrutura de uma localidade é composta por um conjunto de programas e ações que possam proporcionar condições de bem-estar social e de desenvolvimento econômico. Uma dessas ações é o serviço de transporte, que, conforme estudamos, é essencial para o deslocamento de pessoas e cargas. Para o desenvolvimento da infraestrutura dos transportes, no Brasil, existe o Ministério dos Transportes, que é o órgão da administração pública federal que gerencia a política nacional de transportes (ferroviário, rodoviário e aquaviário), bem como participa da coordenação dos transportes aeroviários e serviços portuários. 35 / 76 3 INFRAESTRUTURA Tópico 4 224 Unid 3 POLÍTICAS PÚBLICAS DE SEGURANÇA EM ÂMBITO NACIONAL TÓPICO 5 36 / 76 A segurança pública, nesse contexto, tem passado por uma mudança importante de referencial. Tem deixado de ser vista como um problema restrito do Estado, das instituições criminais e do direito. O novo referencial tem apontado para uma nova visão da segurança como espaço de participação comunitária (pública, mas não apenas estatal), que afeta a outras áreas de governo (social e não apenas criminal), sendo ligada a uma abordagem que concilia diversas disciplinas (particularmente das Ciências Humanas) e como problema de ordem regional ou global. 2 A SEGURANÇA PÚBLICAE AS CONTRIBUIÇÕES COMUNITÁRIAS 231 Unid 3 Tópico 5 37 / 76 A violência letal, a superlotação dos presídios, rebeliões e mortes, os horrores vividos pelos jovens em instituições como a Febem, o virtual abandono das instituições manicomiais sem a contrapartida de um atendimento ambulatorial, o desalento e a descrença nas medidas de recuperação dos presos e de cura dos esquecidos dos manicômios judiciários, a tortura em delegacias de polícia e a eterna lentidão e alheamento das autoridades judiciárias são faces terríveis que apontam para uma crise de longa data em nosso sistema criminal. 3 SEGURANÇA PÚBLICA E JUSTIÇA CRIMINAL 232 Unid 3 Tópico 5 38 / 76 O crime é uma coisa muito séria para ser deixada apenas nas mãos de policiais, advogados ou juízes, pois envolve dimensões que exigem a combinação de várias instâncias sob o encargo do Estado e, sobretudo, a mobilização de forças importantes na sociedade. O fenômeno da criminalidade urbana violenta não é distribuído aleatoriamente pela área urbana, mas está localizado em alguns poucos grupos e locais (SHERMAN, 1997). Daí não haver combate efetivo ao crime que não leve em conta a recuperação das áreas degradadas pela violência nos grandes centros urbanos. 4 SEGURANÇA PÚBLICA E O PAPEL DO ESTADO 232 Unid 3 Tópico 5 39 / 76 VIDA RURAL, URBANA E ECOLOGIA TÓPICO 6 40 / 76 Urbano tem origem no latim urbanus, que significa “pertencente à cidade”. Segundo o Dicionário Web (2009-2017, s.p.), “urbano é tudo aquilo que está relacionado com a vida na cidade e com os indivíduos que nela habitam, por oposição a rural, que é relativo ao campo e ao interior”. Repare que o rural e o urbano mexem com a vida, com o modo de vida das pessoas, da qualidade de vida. Vemos então que o urbano se formou a partir do rural, e criou tal separação, dicotomia e função. O antagonismo de um mesmo espaço só pode ser percebido no entendimento do que é, e qual a relação deste com o homem e com outros espaços. 2 VIDA URBANA 241 Unid 3 Tópico 6 41 / 76 Segundo o IBGE (2013), a cidade é a parte de um lugar localizada na malha urbana, dentro do perímetro urbano. O senso comum aponta a vida urbana como uma vida por vezes estressante, conturbada, rápida, desordenada, barulhenta, em detrimento da vida rural, pacata, silenciosa, aprazível. Para melhor caracterizar a vida urbana, recorremos ao IBGE, que classifica as cidades pelo número de edificações/habitantes: 2 VIDA URBANA 241 Unid 3 Tópico 6 42 / 76 • Cidade pequena, de até 50.000 habitantes. • Cidade média-pequena, de 50.000 a 100.000 habitantes. • Cidade média, de 100.000 a 300.000 habitantes. • Cidade média-grande, de 300.000 a 500.000 habitantes. • Cidade grande, com mais de 500.000 habitantes. 2 VIDA URBANA 241 Unid 3 Tópico 6 43 / 76 Há termos empregados não necessariamente à parte urbana de um município, mas sim à malha urbana ou economia: • Cidade global: grandes centros econômicos. São divididos em alfa, beta e gama. • Metrópole: principal cidade dentre várias que ocupam o mesmo perímetro. • Megacidade: cidade ou região com mais de 10.000.000 de habitantes. • Megalópole: conjunto de várias metrópoles e cidades grandes. 2 VIDA URBANA 241 Unid 3 Tópico 6 44 / 76 Para definir o termo “rural”, devemos recorrer à sua origem, vinda do latim “rural, is”. Segundo o Dicionário Web (2009-2017, s.p.), “é um adjetivo que corresponde ao que pertence ou relativo ao campo” (um terreno extenso que se encontra fora das regiões mais povoadas e são terras de cultivo). É exatamente o oposto do que conhecemos como zona urbana, de cidades. 3 VIDA RURAL 241 Unid 3 Tópico 6 45 / 76 Para Balsadi (2001), o meio rural é então uma entidade socioeconômica em um espaço geográfico com quatro componentes básicos: • Um território • Uma população • Um conjunto de assentamentos • Um conjunto de instituições públicas e privadas 3 VIDA RURAL 241 Unid 3 Tópico 6 46 / 76 O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2008) define zona rural como o contrário da zona urbana. São regiões não urbanizadas ou destinadas à limitação do crescimento urbano, utilizadas em atividades agropecuárias, agroindustriais, extrativismo, silvicultura e conservação ambiental. Atualmente, muitas das áreas rurais estão protegidas como área de conservação, terras indígenas, turismo rural. Zona rural (campo) é o oposto de zona urbana (região destinada a habitação, trabalho e outras funções básicas da população), ou seja, quando comparada à zona urbana, a zona rural é, muitas vezes, caracterizada como carente e precária. 3 VIDA RURAL 241 Unid 3 Tópico 6 47 / 76 A diferença entre o rural e o urbano é cada vez menos importante. Pode-se dizer que o rural hoje só pode ser entendido como um ‘continuum’ do urbano do ponto de vista espacial; do ponto de vista da organização da atividade econômica, as cidades não podem mais ser identificadas apenas com a atividade industrial, nem os campos com a agricultura e a pecuária; e, do ponto de vista social, a organização do trabalho na cidade se parece cada vez mais com a do campo e vice-versa. 4 SEMELHANÇAS OU DIFERENÇAS 241 Unid 3 Tópico 6 48 / 76 Com a inserção das novas atividades no campo, sobretudo as não agrícolas, que vêm crescendo também no Brasil, diminui a supremacia das atividades agrícolas no meio rural. Essas mudanças advêm do contínuo declínio da capacidade da agricultura de manter e gerar postos de trabalho, além do crescimento de atividades geradoras de ocupações rurais não agrícolas. Essas atividades não agrícolas fazem com que o rural assuma novas funções. Entre as “novas funções” do campo que ganham cada vez mais destaque estão as atividades de lazer, como o turismo em área rural, segundas residências e aposentadorias rurais. 4 SEMELHANÇAS OU DIFERENÇAS 241 Unid 3 Tópico 6 49 / 76 Ecologia ou eco-logia, do grego oikos = “casa” e logos = “estudo”; literalmente significa o estudo da casa. Que casa? Nossa única casa, o planeta Terra (ODUM; BARRET, 2008). Nossa casa, a Terra, é formada por vários ecossistemas complexos que apenas existem porque estão interligados e inter-relacionados, ou seja, não podem viver isoladamente. Quais são esses ecossistemas? Fazem parte dos ecossistemas os fatores bióticos e abióticos. Os fatores bióticos são os que possuem vida, tais como: vegetais, animais, fungos, protozoários, algas e bactérias que interagem e se sustentam mutuamente. Os fatores abióticos são: água, solo, ar, rochas. 5 ECOLOGIA 241 Unid 3 Tópico 6 50 / 76 Os estudos geológicos indicam que o planeta Terra tem idade aproximada de 4,5 bilhões de anos. O surgimento da vida ocorreu 1 bilhão de anos depois, ou seja, há 3,5 bilhões de anos. A espécie humana iniciou sua evolução entre 2 e 3 milhões de anos (ODUM; BARRET, 2008). Entretanto, a humanidade viveu todo este tempo em harmonia com todos os animais e ecossistemas, domesticando alguns, matando outros para sobrevivência; mas jamais exterminando espécies inteiras como tem ocorrido nas últimas décadas. 5 ECOLOGIA 241 Unid 3 Tópico 6 51 / 76 Segundo Odum e Barret (2008, p. 19), “um sistema ecológico ou ecossistema é qualquer unidade que inclui todos os organismos (a comunidade biótica) em uma dada área, interagindo com o ambiente físico de modo que um fluxo de energia leve a estruturas bióticas claramente definidas e à ciclagem de materiais entre componentes vivos e não vivos”. O termo sistema é entendido como componentes regularmente interativos e interdependentes formando um todo unificado. 6 ECOSSISTEMA 241 Unid 3 Tópico 6 52 / 76 • Espécie • Organismo • População • Comunidade • Ecossistema ou sistema ecológico • Hábitat • Biótopo 6 ECOSSISTEMA 6.1 ORGANIZAÇÃO DOS SERES VIVOS • Nicho ecológico • Ecótono • Biosfera 241 Unid 3 Tópico 6 53 / 76 6 ECOSSISTEMA 6.1 ORGANIZAÇÃO DOS SERES VIVOS A ecologiatem a função de ensinar, por exemplo, que a retirada de recursos naturais do planeta para suprir as necessidades de sobrevivência de mais de 7 bilhões de habitantes está ultrapassando a capacidade da natureza de repor o que é tirado. Florestas estão desaparecendo, rios secando, chuvas cada vez mais escassas, secas prolongadas. Um ecossistema se alimenta de entradas e saídas, ou seja, uma floresta recebe a luz solar das chuvas e os nutrientes da Terra; em contrapartida, esta sustenta a vida de milhares ou milhões de espécies vivas, plantas, animais, incluindo a humana, fornece oxigênio, ajuda a regular o regime de chuvas etc. 241 Unid 3 Tópico 6 54 / 76 6 ECOSSISTEMA 6.2 EXEMPLOS DE ECOSSISTEMAS Um lago, rio, pântano, floresta, bacia hidrográfica, ou mesmo um cultivo abandonado constituem um ecossistema. A questão é como estudar tais ecossistemas e compreender a ecologia. Para Odum e Barret (2008, p. 26), “um modo de estudar ecologia é observar uma pequena lagoa e um cultivo abandonado onde as características básicas dos ecossistemas podem ser examinadas de maneira adequada – e a natureza dos ecossistemas aquáticos e terrestres pode ser contrastada”. 241 Unid 3 Tópico 6 55 / 76 6 ECOSSISTEMA 6.3 DIVERSIDADE DO ECOSSISTEMA A diversidade do ecossistema pode ocorrer por vários fatores. Entre os mais importantes estão: diversidade genética; diversidade das espécies; diversidade de hábitat e diversidade dos processos funcionais que mantêm os sistemas complexos (ODUM; BARRET, 2008). 241 Unid 3 Tópico 6 56 / 76 7 OS GRANDES BIOMAS 7.1 FATORES QUE DETERMINAM OS BIOMAS O clima, influenciado pela latitude e altitude, é o fator mais importante para determinar um bioma. Além disso, fatores como regime hídrico e solo são outros elementos que influenciam ou determinam a formação do bioma em determinada região geográfica. Os biomas se desenvolvem em ambientes como: planícies, planaltos, campos, praias, montanhas e desertos. Estes podem ser florestas, campos, campina, pântanos, mangues etc. As florestas podem ser equatoriais, tropicais e temperadas. 241 Unid 3 Tópico 6 57 / 76 7 OS GRANDES BIOMAS 7.1 FATORES QUE DETERMINAM OS BIOMAS Sobre esses biomas a civilização se estabeleceu e criou raízes, extraindo os recursos naturais necessários à sobrevivência. Cidades, rodovias, portos e aeroportos foram construídos, muitos dos biomas foram totalmente destruídos ou existem apenas fragmentos, como a Mata Atlântica brasileira, da qual hoje restam apenas 7% das áreas originalmente ocupadas por este bioma. A devastação sobre os biomas e recursos naturais é tão intensa que a ONU criou o conceito de desenvolvimento sustentável, ou seja, atender às necessidades da geração presente, sem comprometer a capacidade das gerações futuras. 241 Unid 3 Tópico 6 58 / 76 MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL TÓPICO 7 59 / 76 À medida que a população mundial aumenta, cresce também sua capacidade de intervir na natureza na busca de satisfazer suas necessidades e desejos crescentes. Paralelo ao fato, surgem conflitos e tensões quanto ao uso do espaço e dos recursos. Recurso é qualquer coisa que podemos obter do meio ambiente para satisfazer nossas necessidades e demandas. Em geral, são classificados como: - Renováveis (ar, água, solo, floresta), desde que não os utilizemos mais rapidamente do que a natureza possa renová-los. -Não renováveis (cobre, petróleo, carvão), que somente se tornam úteis após passarem por processos de engenharia tecnológica, por exemplo, o petróleo, que se converte em gasolina, óleo para aquecimento e outros produtos (MILLER; SPOOLMAN, 2012). 2 QUESTÕES AMBIENTAIS – UMA REFLEXÃO SOCIOAMBIENTAL 259 Unid 3 Tópico 7 60 / 76 Nesse contexto, chamamos de produção sustentável a maior taxa em que podemos utilizar um recurso renovável indefinidamente sem reduzir sua oferta. Dentre os recursos não renováveis está o petróleo, que ameaça se tornar escasso. E não somente esse recurso vem se destacando na economia mundial, mas também as florestas: se em tempos atrás se retirava uma árvore, hoje retiram-se centenas por dia. Havia poucas famílias consumindo pouca quantidade de água e produzindo poucos detritos. 2 QUESTÕES AMBIENTAIS – UMA REFLEXÃO SOCIOAMBIENTAL 260 Unid 3 Tópico 7 61 / 76 Como resultado de tudo isso, temos a degradação ambiental, com perdas da biodiversidade, da vida animal e vegetal, tanto terrícolas quanto aquáticas. E a essa degradação ainda se somam as consequências, como: a poluição das águas, o empobrecimento e até desertificação do solo, as alterações no clima, a poluição do ar, a crescente violência nos centros urbanos, entre tantas outras. Entretanto, o modelo econômico que gera riqueza e renda muitas vezes é contraditório, pois não impede o aumento da miséria e da fome (MILLER; SPOOLMAN, 2012). 2 QUESTÕES AMBIENTAIS – UMA REFLEXÃO SOCIOAMBIENTAL 260 Unid 3 Tópico 7 62 / 76 3 SUSTENTABILIDADE: SURGIMENTO 3.1 RELATÓRIO BRUNDTLAND OU “NOSSO FUTURO COMUM” A Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento recomendou que se criasse uma nova declaração universal sobre a proteção ambiental e o desenvolvimento sustentável. De tal forma, esse documento foi elaborado e intitulado Relatório Brundtland, também conhecido como “Nosso Futuro Comum”. O relatório trouxe à comunidade global o conceito de desenvolvimento sustentável e delineou medidas propostas para integrar a questão ambiental e o desenvolvimento econômico (CMMAD, 1991). Dentre as medidas propostas no Relatório podemos citar: 263 Unid 3 Tópico 7 63 / 76 263 Unid 3 Tópico 7 64 / 76 3 SUSTENTABILIDADE: SURGIMENTO 3.2 AGENDA 21 A “Agenda 21” criada pela Cúpula da Terra, organizada pela ONU em 1992, é utilizada no mundo todo para nortear discussões de políticas públicas e também para ser um “guia para o planejamento de ações locais que fomentem um processo de transição para a sustentabilidade”, conforme relatado pela ONU. Além das questões ambientais e suas problemáticas, a Agenda 21 inclui outros importantes assuntos, tais como: a pobreza e a dívida externa dos países em desenvolvimento; padrões insustentáveis de produção e consumo; pressões demográficas e a estrutura da economia internacional. 263 Unid 3 Tópico 7 64 / 76 3 SUSTENTABILIDADE: SURGIMENTO 3.3 CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL – RIO+20 A Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, também conhecida como Rio+20, foi realizada em junho de 2012, no Rio de Janeiro, e teve como temas principais: • A economia verde no contexto do desenvolvimento econômico sustentável e da erradicação da pobreza. • A estrutura institucional para o desenvolvimento sustentável. 264 Unid 3 Tópico 7 65 / 76 4 SUSTENTABILIDADE: CONCEITUAÇÃO 4.1 OS PILARES DA SUSTENTABILIDADE • Sustentabilidade econômica • Sustentabilidade social • Sustentabilidade ecológica e ambiental • Sustentabilidade espacial ou geográfica ou territorial • Sustentabilidade cultural • Sustentabilidade política 266 Unid 3 Tópico 7 67 / 76 Dentre algumas ferramentas e organismos internacionais e as normas brasileiras que auxiliam as organizações a desenharem seu caminho para o desenvolvimento sustentável, temos as seguintes (vide FIGURA 61 na página 268). 5 AS FERRAMENTAS PARA A GESTÃO SUSTENTÁVEL 267 Unid 3 Tópico 7 68 / 76 5 AS FERRAMENTAS PARA A GESTÃO SUSTENTÁVEL 5.1 PACTO GLOBAL O Pacto Global adotou dez princípios universais, derivados dos direitos humanos, dos direitos do trabalho e do conceito de sustentabilidade, que fazem parte da Declaração Universal de Direitos Humanos, da Declaração da Organização Internacional do Trabalho, da Declaração do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (1992) e de Copenhague (2004). Os dez princípios do Pacto Global constam na figura a seguir. 268 Unid 3 Tópico 7 69 / 76 269 Unid3 Tópico 7 70 / 76 5 AS FERRAMENTAS PARA A GESTÃO SUSTENTÁVEL 5.2 OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO DO MILÊNIO - ODM É uma ferramenta estabelecida na forma de um documento que estabelece um conjunto de oito objetivos (Figura 50), 18 metas e 48 indicadores para o desenvolvimento e a erradicação da pobreza em todos os países do mundo. Esses devem ser cumpridos até 2015, conforme definido pelos países membros da ONU no ano de 2000 (LOUETTE, 2007). 269 Unid 3 Tópico 7 71 / 76 269 Unid 3 Tópico 7 72 / 76 5 AS FERRAMENTAS PARA A GESTÃO SUSTENTÁVEL 5.2 OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO DO MILÊNIO - ODM Entre os dias 25 e 27 de setembro de 2015, mais de 150 líderes mundiais se reuniram na sede da ONU, em Nova York, para estabelecerem 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Estes objetivos são ilustrados na figura a seguir. 269 Unid 3 Tópico 7 73 / 76 269 Unid 3 Tópico 7 74 / 76 5 AS FERRAMENTAS PARA A GESTÃO SUSTENTÁVEL 5.3 PROTOCOLO DE KYOTO O tratado originou-se em Toronto em 1988, seguido pelo IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas) e culminou com a Convenção Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança Climática (UNFCCC) na Rio-92. O objetivo do Protocolo de Kyoto é obrigar os países desenvolvidos a reduzirem a quantidade de gases poluentes com metas de curto, médio e longo prazo (LOUETTE, 2007). 270 Unid 3 Tópico 7 75 / 76 5 AS FERRAMENTAS PARA A GESTÃO SUSTENTÁVEL 5.4 ABNT NBR 14064 – INVENTÁRIO DE EMISSÕES DE GASES DE EFEITO ESTUFA A ABNT NBR ISO 14064 é uma série de normas que estabelecem diretrizes e procedimentos para ações, a saber: • Projetos MDL: Mecanismo de Desenvolvimento Limpo. •Inventários de emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE): documento que relata as fontes e sumidouros de gases de efeito estufa e quantifica-os em uma organização. Projetos de redução de emissões de gases e a verificação e gestão dos GEE. 271 Unid 3 Tópico 7 76 / 76
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