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UNIVERSIDADE VIRTUAL DO ESTADO DE SÃO PAULO PROJETO INTEGRADOR PARA PEDAGOGIA V 1802966 – ADRIANA BORDIN SILVA 1803476 – BRUNA LETÍCIA PAIXÃO 1801643 – JOE PETERSON DE QUEIROZ 1804005 – SIBELE APARECIDA DE ALMEIDA 1803262 – PATRICIA VILAS BOAS 1811025 – TAMARYS MAIARA PAULINO A ARTE ATRAVÉS DA EDUCAÇÃO INFANTIL MINEIROS DO TIETÊ - SP 2020 UNIVERSIDADE VIRTUAL DO ESTADO DE SÃO PAULO A ARTE ATRAVÉS DA EDUCAÇÃO INFANTIL Relatório Técnico - Científico apresentado na disciplina de Projeto Integrador para o curso de licenciatura em pedagogia da Universidade Virtual do Estado de São Paulo (UNIVESP). MINEIROS DO TIETÊ - SP 2020 SILVA, Adriana Bordin; PAIXÃO, Bruna Letícia; QUEIROZ, JoePeterson; ALMEIDA, Sibele Aparecida: VILAS BOAS, Patrícia; PAULINO, Tamarys Maiara. A ARTE ATRAVÉS DA EDUCAÇÃO INFANTIL. 00f. Relatório Técnico-Científico (Licenciatura em Pedagogia) – Universidade Virtual do Estado de São Paulo. Tutora: Renata | Polo: Mineiros do Tietê, 2020. RESUMO O presente trabalho tem por objetivo apresentar meios de ensino, considerando em especial as disciplinas “Educação e Cultura Corporal : Fundamentos e Práticas” e “Educação em Espaços Não Formais”, aplicando tais ensinamentos às práticas de ensino para crianças da faixa etária de seis a sete anos, no intuito de trabalhar não apenas o ensino na sala de aula, mas também de mostrar às crianças novas maneiras aprender, levando-as para uma busca da arte e do aprendizado fora da escola, lançando mão não somente do ensino formal, mas também informal e não-formal. Escolhemos para este Projeto Integrador um artista, como inspiração, além de “base” para o ensino, sendo este o pintor brasileiro Romero Britto, conhecido mundialmente por sua arte. PALAVRAS-CHAVE: Aprender, Arte, Educação, Ensino. ABSTRACT The present work aims to present ways of teaching, considering especially the disciplines "Education and Corporal Culture : Fundamentals and Practices" and "Education in Non- Formal Spaces", applying such teachings to teaching practices for children aged six to seven years old, in order to work not only teaching in the classroom, but also to show children new ways of learning, taking them to a search for art and learning outside of school, using not only formal, but also informal and non-formal. For this Integrator Project we chose an artist, as inspiration, as well as a “basis” for teaching, this being the Brazilian painter Romero Britto, known worldwide for his art. KEY WORDS: Art, Education, Learning, Teaching. SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO............................................................................................1 2. DESENVOLVIMENTO..............................................................................2 2.1 problemas e objetivos ................................................................................2 2.2 justificativa..................................................................................................3 2.3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.............................................................3 2.3.1 Atividades lúdicas na sala de aula..........................................................3 2.3.2 A Arte na aprendizagem.........................................................................5 2.3.3 O uso da tecnologia no ensino.................................................................8 2.3.4 A contação de história como forma educativa.....................................10 2.4 aplicação das disciplinas estudadas no projeto integrador....................11 2.5 metodologia................................................................................................13 2.6 considerações finais...................................................................................13 REFERÊNCIAS..............................................................................................15 1 1. INTRODUÇÃO Estamos vivendo em um mundo dominado pelas tecnologias, que se fazem cada vez mais presentes no cotidiano infantil. As histórias e livros estão sendo deixados de lado diante desse novo contexto, uma realidade em que se torna um grande desafio para ser superado pelos educadores, que ficam com a missão de fazerem com que as crianças se interessem, ou seja, tomem gosto pela leitura. Ao mesmo tempo é necessário compreender esses avanços tecnológicos e possibilitar aos indivíduos meios para que possam transitar nesse universo, de modo que, a tecnologia e a leitura caminhem lado a lado. A contação de histórias na educação infantil e nos anos iniciais do ensino fundamental é muito importante pois, ativa a curiosidade, estimula a imaginação, desenvolve a autonomia. O ato de contar histórias instrui, socializa e diverte as crianças, sendo uma ferramenta lúdica que realça o interesse pela leitura, ajuda no desenvolvimento psicológico e moral, amplia o vocabulário e o mundo de ideias, desenvolvendo a linguagem, o pensamento, trabalhando também a atenção, a memória e a reflexão. Além disso, desperta a sensibilidade, a descoberta da identidade, adapta as crianças ao meio em que vivem, assim como desenvolve funções cognitivas para o pensamento como o raciocínio lógico e a comparação, por exemplo. Esse trabalho tem como principal objetivo mostrar a importância da contação da história para o bom desenvolvimento da criança, não só em espaços formais de ensino, mas também em espaços não formais, utilizando meios tecnológicos. Com base nos estudos realizados, iremos investigar a importância das histórias, assim como sua relação com a aprendizagem e dessa forma apresentar de maneira lúdica a história do artista Romero Britto, bem como suas respectivas obras. 2 2. DESENVOLVIMENTO 2.1 Problemas e objetivos Problema O ensino de artes nas escolas é um tema muito profundo, pois embora tenha no currículo uma constatação de suma importância no processo de ensino e aprendizagem, há questões obstantes para sua efetivação para uma maneira mais vasta em sala de aula. É evidente a indecisão de alguns professores em trabalhar de acordo com a orientação dos Parâmetros Curriculares Nacionais de Artes, em sua ampla área e englobando Artes Visuais, Teatro, Música e dança. Entre outros aspectos, é questionado falhas na formação acadêmica e falta de especialização em áreas tão diversas. De modo geral, por causa dessa dificuldade, ainda hoje as aulas de Arte não passam dos cadernos e, por consequência, são repetidos padrões comuns, onde a descoberta de diferentes categorias de conteúdos de Arte, tão significativos para o desenvolvimento humano, é abandonado. A elaboração deste trabalho propõe-se responder a uma pergunta proposta e que servem como referência e reflexão sobre a Arte na Educação, sendo ele: De que modo o Professor pode transformar as aulas de Arte mais prazerosa e significativa na formação do aluno? Essa questão não tem o intuito de proporcionar apenas uma pesquisa sob uma concepção crítica, considerando as aulas de Artes como uma problemática para o educador, mas sim como uma dificuldade a ser superada. Objetivo O objetivo deste trabalho é possibilitar uma reflexão sobre a presença de possibilidades artísticas que, de fato, podem ser analisadas, a fim de levar o estudante a lançar um novo olhar, tanto para as aulas de Artes, como para a arte da vida. Um dos meios mais amplo de transmitir conhecimento às crianças e estimular a imaginação delas é a contação de histórias. Essa é uma prática muito importante de ser usada nas escolas, principalmente na educação infantil, já que incentiva a criatividade e possibilita diversasformas de expressão e de interação entre eles q. Em sala de aula, é possível mudar o espaço, contar histórias em círculos e criar um ambiente agradável para os alunos ficarem confortáveis e atentos ao que é dito e há possibilidade do professor levá-los para outros locais para que a história contato flua de uma maneira diferente. Para entender melhor o processo do ensino de Arte nas escolas, o presente trabalho tem como mostrar, que a criatividade do professor deve ser explorada para o processo de construção do 3 conhecimento do aluno, que vai além das aulas de desenhos. Com isso, o educando começa a apreciar o trabalho artístico, identificando e interpretando suas características, seja ela através de vídeos, filmes, internet ou até mesmo observar no seu cotidiano. 2.2. Justificativa O hábito de ouvir e contar histórias está presente na vida do homem há muito tempo, esse processo pode ser identificado e observado, por exemplo, na doutrina cristã, onde Jesus a aproximadamente dois mil anos atrás ensinava seus discípulos e seguidores por meio de histórias e parábolas, de modo que a compreensão fosse atingida de maneira fácil e didática, onde todos independentemente dos conhecimentos que possuíam entendiam a mensagem.Com o passar do tempo à produção de livros e textos foi intensificada, diante de tal fato a contação de história obteve um grande reforço e auxilio didático, que possibilitou o desempenho de um trabalho rico em detalhes e informações que mexem com o imaginário das crianças introduzindo assim a vontade de realizar atividades diversas apresentadas nas histórias. A escola apresenta-se como principal espaço para o desenvolvimento destas habilidades através do contato frequente com diversas situações, buscando o prazer em ouvir e contar histórias, desenvolvendo assim o senso crítico e a autonomia individual do aluno. Desta forma, busca-se através deste Projeto Integrador proporcionar à Escola diferentes vivências no hábito da leitura. 2. 3. Fundamentação teórica 2.3.1 Atividades lúdicas na sala de aula. O lúdico vem do latim ludus e significa brincar. Nesse universo das brincadeiras estão inclusos os jogos, brinquedos, brincadeiras e divertimentos, todo aquele que brinca, que joga e se diverte, faz algo ou alguma coisa, desfruta do prazer recompensador de fazer e criar. Amarilha diz que: “Na verdade, a atividade lúdica é uma forma de o indivíduo relacionar-se com a coletividade e consigo mesmo.” (AMARILHA, 1997, p. 88). 4 O lúdico é bem mais amplo, não se trata apenas do ato de brincar, estão inseridos nesse contexto o ato de ler, a apropriação da literatura como forma natural de descoberta, os objetos, os sons, os movimentos, os espaços, as cores, as figuras e as pessoas. Segundo Amarilha: "Ao transformar essas imagens em expressão, pela linguagem verbal, entra na composição literária o elemento prazeroso. Esse componente gerador de prazer advém sobretudo da natureza lúdica da linguagem" (AMARILHA, 1997, p. 27). As atividades lúdicas se constituem de atividades primárias, que trazem grandes benefícios para vários pontos de vista: físico, intelectual, psíquico, cognitivo, moral, social, afetivo, emocional, estético, pedagógico, cultural e artístico. Acrescentam-se também os benefícios fisiológicos e psicossociais, e os relacionados à saúde, ao desenvolvimento motor, à formação do caráter, à cooperação, à tolerância, ao senso social; ao rendimento acadêmico; ao desenvolvimento de funções mentais como a atenção, a memória, o raciocínio e ao desenvolvimento da linguagem em suas diversas possibilidades. (MIRANDA, 2002.) LORENZETTO (2001, p. 53) relata que "o comportamento desencadeado pelas atividades lúdicas é uma forma de estimular a expressividade". Algumas relações entre a expressividade, o lúdico e a arte possuem uma carga afetivo- emocional, capaz de interferir de forma positiva na criança, transformando sua forma de pensar e agir, resgatando-lhes o que antes era indiferente e reconstruindo novas realidades, uma espécie de estilo pessoal, manifestado por meio de seus movimentos, posições e atitudes, percebe-se uma ligação entre o lúdico, a expressividade, a arte e a educação. Faz-se necessário que o educador busque criar novos métodos de ensino que visem despertar a curiosidade da criança, para que ajude assim a sua produção de conhecimento. É necessário também que o educador use a sua capacidade criativa para motivar e estimular a aprendizagem tendo como meta o respeito a individualidade de cada uma das crianças respeitando suas especificidades. A função da educação lúdica é garantir ao educador mecanismos de ação para mudar os rumos da educação tornando-a um caminho apaixonante onde o interesse, a curiosidade, a inspiração e a experimentação, sejam a inspiração do fazer educativo. Alves (2008) defende: É brincando que a gente se educa e aprende. Alguns, ouvindo isso, pensam que quero tornar a educação coisa fácil. Coitados! Não sabem o que brincar! Brinquedo fácil não tem graça. Brinquedo para ser brinquedo tem de ter um desafio. (ALVES, 2008, p.42) 5 2.3.2 A Arte na aprendizagem Arte é um campo de conhecimento que engloba a atividade artística em suas diversas modalidades de expressão, e em manifestações plásticas, cênicas, musicais e literárias. Segundo Vygotsky (2012) Arte é uma área de conhecimento indispensável para a formação humana e para a humanização do indivíduo. Através da Arte o homem criou e continua criando diferentes maneiras de expressar suas emoções e sua compreensão da realidade. Estas criações artísticas fazem parte da produção cultural da humanidade e se apresenta em diferentes períodos de formas e conteúdos distintos. Vygotsky (2008) vê na Arte a junção de todas as manifestações do processo de desenvolvimento humano, tais como: os sentimentos, as emoções e as experiências acumuladas e vivenciadas ao longo dessa formação humana. Sua preocupação com a Arte não está fundamentada numa questão moral, mas em uma social e cognitiva, de forma que a Arte não tem como objetivo relacionar as emoções estéticas com as várias formas de comportamento moral. Isso porque a Arte é criada de um produto complexo que carrega em si próprio os elementos marcantes do processo histórico e cultural de uma determinada realidade humana. Só será possível o desenvolvimento humano pela Arte quando ela for dialética, ou seja, pelo processo de superação do velho para o novo, pois a Arte modifica o comportamento do ser humano. Para ele, a Arte é uma produção social mesmo quando uma pessoa a produz individualmente, pois, o social não se trata do coletivo, da multidão, mas mesmo quando há apenas uma pessoa com suas experiências e emoções o social está presente, porque o homem é a soma de todas as manifestações do indivíduo em si: A arte é a técnica social da emoção, uma ferramenta da sociedade que traz os aspectos mais íntimos e pessoais de nosso ser para o círculo de vida social (VYGOTSKY, 2008, p. 304). Vásquez (1978) enfoca a Arte como promotora do desenvolvimento humano, afirmando que ela tem a função de comunicação entre os seres humanos, no qual o indivíduo manifesta a leitura que faz da realidade externa a ele, ao mesmo tempo, manifesta esta realidade após ter feito nova releitura dela. A obra de arte é um objeto por meio do qual o sujeito se expressa, se exterioriza e reconhece a si mesmo. A esta concepção de arte só se pode chegar quando se viu na 6 objetivação do ser humano uma necessidade que a arte, diferentemente do trabalho alienado, satisfaz positivamente. A devida apropriação do universo da arte faz com que o homem se auto reconheça, cumprindo uma alta função no processo de humanização do próprio homem (VÁSQUEZ, 1978, p. 56). Nascemos num mundo culturalmente produtivo no qual somos influenciadosdesde cedo na formação do nosso senso estético. Nossa proximidade com a Arte desde o nascimento é o que nós possibilitará oportunidades de escolhas e preferências por esta ou aquela cor, por obras artísticas especificas, por um determinado estilo musical, ou movimentos de dança, ou por outras tantas formas de fazer Arte. A importância do contato com a Arte desde cedo, ressalta que a aprendizagem deve receber uma atenção especial, partindo da explicitação do que seja Arte e do fato de sua presença no ensino, como cita Ferraz (1993): Desde a infância, tanto as crianças como nós, professores, interagimos com as manifestações culturais de nossa ambiência e vamos aprendendo a demonstrar nosso prazer e gosto, por exemplo, por imagens, músicas, falas, movimentos, histórias, jogos e informações com os quais nos comunicamos na vida cotidiana... Gradativamente, vamos dando forma às nossas maneiras de admirar, de gostar, de julgar, de apreciar – e também de fazer – as diferentes manifestações culturais de nosso grupo social e, dentre elas, as obras de arte. É por isso que mesmo sem o saber vamos nos educando esteticamente, no convívio com as pessoas e as coisas (FERRAZ, 1993, p. 16-17). Já Santos (2006) destaca a importância da Arte com um bem universal, que tem como fundamento expressar e comunicar de forma bem objetiva a história social, uma forma comunicativa no sentido de conhecer um dado cultural e histórico que foi moldado por uma cultura especifica: A arte é um bem mundial considerado patrimônio cultural da humanidade, pois, através da comunicação e expressão plástica, musical, dramática e literária, o homem deixou a sua história registrada através dos tempos. A arte também é uma linguagem e, como tal, tem uma simbologia própria. Esta 5 linguagem simbólica comunica significados a respeito do 7 mundo. São representações materiais, intelectuais e emocionais que caracterizam uma sociedade ou um grupo social. Ao decodificar e entender esta linguagem pode-se compreender o modo de vida, o sistema de valores, as tradições e crenças de um povo (SANTOS, 2006, p. 7). Quanto mais cedo a criança tiver contato com a Arte com a sua simbologia e seus materiais, mais rapidamente ela dominará essa linguagem artística. Para Santos (2006) é tarefa da escola, " (...) oferecer mecanismos que agucem a percepção, a imaginação e a criatividade, como também, criar um ambiente acolhedor e rico em materiais que envolvam as técnicas (...)" (p. 7). Barbosa (2012) fala que é preciso alfabetizar para a leitura da imagem e que a produção artística auxilia a criança a compreendê-la, independentemente de ser Arte ou não, na leitura atribuímos um sentido que ressoa significados em nós, caracteriza-se pela interpretação que cada um faz de uma determinada obra. A produção de arte faz a criança pensar, inteligentemente acerca da criação de imagens visuais, mas somente a produção não é suficiente para a leitura e o julgamento de qualidade das imagens produzidas por artistas ou do mundo cotidiano que nos cerca. (BARBOSA, 2012, p. 35). A releitura não tem como objetivo ser uma cópia de uma obra estudada, mas sim uma reflexão da mesma, porém com um novo olhar, um olhar que estão interpretando ao mesmo tempo sem perder a marca do autor. Para Cavalcanti (1995): Quando as crianças fazem uma releitura, colocam nela muitas questões conversadas durante a leitura, ou uma questão que chamou mais sua atenção, mostrando, ao realizar essa atividade, que é possível cada um se posicionar de uma maneira, pois a reflexão ocorre individualmente e nesse sentido o trabalho é de criação. (CAVALCANTI, 1995, p. 46). As crianças têm grande interesse por produções artísticas que apresentem cores vibrantes, linhas, traços, pontos e temas que se assemelhem ao mundo infantil, Rossi (1995) fala que: Para a criança o primeiro estágio interessam a cor e o tema. Tanto faz se a imagem é figurativa ou abstrata, desde que tenha cores luminosas, nítidas e abundantes. (ROSSI, 1995, p. 27). 8 A Arte se manifesta com a mesma vivacidade do desenho infantil, pois ela se caracteriza pelo lúdico e pela expressão, sendo assim a criança consegue de uma forma única e peculiar perceber e interpretar o universo que apresenta as obras artísticas. É fundamental no desenvolvimento infantil o contato com diversas formas de arte. Segundo Vigotsky (2009) : (...)" quanto mais veja, ouça, e experimente, quanto mais aprenda e assimile, quanto mais elementos reais disponha em sua experiência, quanto mais será considerável e produtiva a imaginação infantil", dessa forma poderemos ampliar experiências e a capacidade criativa das crianças. Com esse entendimento é que baseamos nosso trabalho na releitura, na visão infantil das obras de Arte de Romero Brito. Um artista brasileiro, natural de Recife, consagrado mundialmente por seu estilo alegre e colorido, e por apresentar uma arte diferente da clássica tradicional, é considerado um artista pop. 2.3.3 O uso da tecnologia no ensino A tecnologia está presente em vários locais do dia a dia, mas no campo educacional podemos observar que ela está cada vez mais forte. Os alunos em sua maioria estão se tornando mais modernos e procuraram buscar seus conhecimentos através de seus celulares, computadores, tablet entre outros. A tecnologia foi gradualmente integrada na educação ao longo dos anos, sendo hoje uma das melhores formas de transmitir conhecimentos e informações aos alunos. Os alunos não precisam mais usar livros didáticos antigos e desatualizados, pois há milhões de materiais didáticos digitais e online disponíveis hoje. As tecnologias agregaram o interesse de pais, alunos e professores, de forma a deixar as aulas mais motivadoras, criativas e interessantes. Além disso, a tecnologia oferece formas mais práticas, lúdicas, interativas e dinâmicas de explicar um conteúdo, envolvendo e dando autonomia aos estudantes. Segundo Tajra (2000): A importância da utilização da tecnologia computacional na área educacional é indiscutível e necessária, seja no sentido pedagógico, seja no sentido social. Não cabe mais à escola preparar o aluno apenas nas habilidades de linguística e lógica-matemática, apresentar o conhecimento dividido em partes, fazer do professoro grande detentor de todo o conhecimento e valorizar apenas a memorização. Hoje, com o novo conceito de inteligência, em que podemos desenvolver 9 as pessoas em suas diversas habilidades, o computador aparece num momento bastante oportuno, inclusive para facilitar o desenvolvimento dessas habilidades – lógica- matemática, linguística, interpessoal, intrapessoal, espacial, musical, corpo-cenestésica, naturista e pictórica. (TAJRA, 2000, p. 59). Atualmente com o avanço da pandemia do novo Corona vírus, o COVID-19, houve a suspensão temporária das aulas da rede de ensino. E as escolas tiveram que se adaptar e buscar novas alternativas e estratégias de ensino para manter seus alunos engajados. A partir da modernização de espaços, ferramentas e práticas educacionais, profissionais da educação estão trabalhando por uma transformação cada vez mais profunda e efetiva no processo de ensino e aprendizagem. Através do desenvolvimento de um plano de aulas remotas. Os alunos hoje se comunicam com desenvoltura no meio digital, às vezes mais do que seus pais e professores. A interação nesses espaços tem muito a acrescentar à prática pedagógica para o desenvolvimento do plano de aulas remotas. As ferramentas e plataformas para isso são abundantes. A seguir alguns meios de comunicação remota que as escolas estão usando com os alunos: WhatsApp: Utilização para conversas individuais, em grupos ou através de listas de transmissão; Google Hangout Meets: Plataforma de webconferência para até 100 pessoas ao mesmo tempo; Skype: Plataformade comunicação para uma quantidade reduzida de pessoas; Google Forms: Criação de avaliação, simulados e provas para resolução no formato digital; Microsoft Teams: Trabalhe em equipe usando chat, compartilhando arquivos e fazendo chamadas com vídeo. O professor disponibiliza aos alunos exercícios e vídeo aulas de determinado tema, sempre conectados a um dos capítulos trabalhados no livro didático. https://www.whatsapp.com/ https://gsuite.google.com.br/intl/pt-BR/products/meet/ https://www.skype.com/pt-br/ https://www.google.com/forms/about/ https://products.office.com/pt-br/microsoft-teams/free 10 2.3.4 A contação de história como forma educativa A contação de histórias é uma prática muito antiga, antes mesmo da escrita ser inventada, já havia o costume de utilizar o conto oral como instrumento de transmissão de conhecimento. Através dessa tradição oral muitas sociedades conseguiram preservar a sua cultura, deixando um rico legado de saberes, crenças e tradições, pois cada geração tinha o dever de contar as histórias para as gerações seguintes (PATRINI, 2005). O conto oral é uma das mais antigas formas de expressão. E a voz constitui o mais antigo meio de transmissão. Graças à voz, o conto é difundido no mundo inteiro, preenche diferentes funções, dando conselhos, estabelecendo normas e valores, atentando os desejos sonhados e imaginados, levando às regiões mais longínquas a sabedoria dos homens experimentados (PATRINI, 2005, p.118). A família é a primeira e principal fonte de histórias. No ambiente familiar, ouvimos nossas primeiras histórias, é o primeiro contato da criança com o texto oral. É, através desse texto, que se tem uma das mais ricas formas de apresentar outros contextos e o passo inicial para a “leitura de mundo” (FREIRE, 1989). “[...] como é importante para a formação de qualquer criança ouvir muitas, muitas histórias... escutá-las é o início da aprendizagem para ser leitor, e ser leitor é ter um caminho absolutamente infinito de descoberta e de compreensão do mundo [...]". (ABRAMOVICH, 1997, p.16). Na escola, a contação de história apresenta as crianças ao universo da narrativa sendo um poderoso instrumento para promover o gosto e hábito à leitura, o desenvolvimento da imaginação, a capacidade de escutar e dar sequência lógica aos fatos e a ampliação do vocabulário. 11 Cada conto narrado pode despertar na criança o desejo de ensinar e aprender novos conhecimentos, através de diferentes reações e significados, cada criança tem seu jeito único de perceber o mundo, pois as mesmas vivenciam ambientes e situações diversas fora da escola e terão muitas contribuições a oferecer durante a interpretação da história narrada, através de desenhos, brincadeiras, jogos, entre outros. Por fim, a atividade de contar histórias pode trazer novos elementos para a sala de aula, colaborando, assim, para a promoção de uma educação saudável, rica em descobertas e aprendizados e marcada pela nossa sábia tradição de ouvir e contar histórias. 2.4. Aplicação das disciplinas estudadas no Projeto Integrador Disciplina: Educação e Cultura Corporal: Fundamentos e Práticas. A Educação Física no Brasil passou por várias fases para poder ser reconhecida como ela é hoje, foi um processo de transformação que ocorreu ao longo do tempo, afinal de contas não paramos no espaço, e muitas coisas vão mudando e muito ainda vai mudar e isso é inevitável, portanto, é imprescindível que todo professor de educação física conheça-a, pois tem todo um histórico de colaboração que devemos considerar importante para a atual educação física estudadas nas escolas, para que se faça uma reflexão do contexto atual e corrigir muitos erros ainda cometidos por muitos profissionais. Hoje a Educação Física é entendida como uma área de conhecimento da Cultura Corporal de movimento e deve cuidar do corpo não como algo mecânico, visando apenas o desenvolvimento do aspecto físico, independentemente dos demais, como era anteriormente, décadas atrás, mas sim na perspectiva de sua relação com os outros sistemas: o mental, o emocional, o estético, o religioso entre outros. A mesma deve ser compreendida como uma disciplina que introduz e integra o aluno na Cultura Corporal do movimento, alinhando-se aos objetivos educacionais, facilitando e promovendo a educação do corpo e do movimento para a diversidade, formando o cidadão que vai reproduzi- la e transformá-la, instrumentalizando-o para usufruir dos jogos, dos esportes, das danças, das lutas e das ginásticas em benefício de sua qualidade de vida e consequentemente contribuindo com o desenvolvimento do indivíduo nas demais disciplinas, porque, se o ser humano possui uma prática de atividade física saudável, poderá contribuir para o desenvolvimento moral, social 12 e cultural através da interação com seus pares, o que permite o aluno desenvolver valores como respeito mútuo, confiança e muitas outras características fundamentais para o desenvolvimento integral do indivíduo. Sendo assim, se faz necessário mostrar planos de ensino inclusivo e participativo para ultrapassar o histórico da educação física, que, embora estejamos em pleno século XXI, ainda adota-se em muitos momentos a seletividade do indivíduo em aptos ou inaptos devido não dominar determinado gesto motor ou por afinidade ou não afinidade a determinada modalidade esportiva, levando alguns alunos a se auto excluírem por não dominar especifico gesto mecânico do movimento. É essencial que gestores escolares proporcionem oportunidade para que todos tenham ascensão ao conhecimento da cultura corporal, como um agrupamento de informação indispensável para o desenvolvimento e exercício da cidadania de forma democrática. Mesmo que a Educação Física partilhe e evidencie a prática esportiva, muitos professores acabaram esquecendo a ciência e experiência dos métodos produzidos ao longo da história da humanidade, pelo fato de encontrarmos educadores descomprometidos e enraizados em determinadas atividades de caráter excludente. A Educação Física é um importante instrumento para a formação e a inclusão social do educando, é uma disciplina que permite trabalhar o esporte educacional com vistas ao exercício da cidadania através de todos os benefícios que o esporte traz aos seus praticantes. Disciplina: Educação em Espaços Não-Formais. A educação não formal é aquela que ocorre fora do sistema formal de ensino, sendo complementar a este. É um processo organizado, mas geralmente os resultados de aprendizagem não são avaliados formalmente. A educação não formal tem como objetivo resgatar de forma efetiva, valores essenciais para a formação de cidadãos protagonistas de sua própria vida, trazendo para eles a prática da cidadania, apreensão social, profissionalização, reforço escolar, dimensão sociocultural, entre outros. O profissional da educação que trabalha espaços não formais deve estar ciente da importância de proporcionar conhecimentos que levem a população a uma melhoria em sua qualidade de vida e autoestima, capacitando–os para sua atuação nos mais diversos espaços na sociedade. A educação não formal possui como uma de suas características a possibilidade de utilizar espaços diferentes daqueles utilizados pela educação formal. Trabalhar em espaços não formais pode ser um desafio para os pedagogos, professores e profissionais da área de educação, porém, mesmo não sendo uma prática como a educação escolar, isto não impede o profissional de utilizar de didáticas, metodologias, fazer planejamentos, e possuir embasamento teórico e 13 competências para assumir uma pedagogia social. São exemplos de espaços de educação não formal as bibliotecas, museus, clubes de ciências, zoológicos, jardins botânicos e planetários. 2.5. Metodologia A obra será apresentada à crianças com faixa etáriade 6 e 7 anos. Será realizada em uma escola pública, porém com passeios para desenvolvimento de algumas atividades ao ar livre, em uma praça, no pátio da escola e em outros lugares quando assim verificado o clima e outros. Coletânea de material virtual sobre Romero Britto para atividades escolares, em especifico para educação infantil. https://www.youtube.com/watch?v=FNrwdpn560A. Fazer leitura de imagem. (Impressão das obras do artista). Apresentar uma obra a cada aula. Desenvolver a imaginação, criatividade, atenção, concentração, expressão artística, percepção visual Pinturas com mãos, dedos e outros instrumentos como pincel e pedaço de esponja. Pinturas em telas, releituras. Utilizar materiais recicláveis como caixas de papelão, jornal, revistas, tampinhas, de garrafas pet, garrafa pet, pratos descartáveis, para reproduzir trabalhos do autor. 2.6 considerações finais Portanto, entende-se que o desenvolvimento infantil está diretamente relacionado com interações vivenciadas pelas crianças, sendo assim a contação de histórias na Educação Infantil e Ensino Fundamental I é de extrema importância na vida desses alunos. Além disso, a contação de história permite o contato das crianças com o uso real da escrita, levando-as a conhecerem novas palavras, usarem a imaginação, desenvolverem a oralidade, a criatividade e o pensamento crítico, auxiliando na construção da identidade do educando, seja esta pessoal ou cultural, melhorando seus relacionamentos afetivos e abrindo espaço para novas aprendizagens. Com esse trabalho, espera-se o surgimento do interesse nos professores de contar cada vez mais histórias e utilizar-se de espaços não formais de ensino. Contudo, considerando a relevância da contação de história e o fato dela proporcionar o desenvolvimento de diversas funções na vida da criança e a real importância das contribuições https://www.youtube.com/watch?v=FNrwdpn560A 14 do professor nesse processo, está proposta está aberta a continuidade com novos enfoques e possíveis adaptações em que o docente julgar necessário. 15 REFERÊNCIAS ABRAMOVICH, F. Literatura infantil: gostosuras e bobices. 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