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8 Bioquímica Hepática

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Fígado
Anatomia 
O fígado atua como glândula entre o trato digestório e a circulação. 
 
Composição 
o Hepatócitos 
o Sistema de ductos biliares 
o Rico em suplementos sanguíneos (arterial e venoso) 
 
Existem testes enzimáticos e testes de função hepática. 
 
Diagnóstico 
É mensurado dois grupos de enzimas séricas para chegar a um diagnóstico 
1. Aquelas que aparecem na alteração da permeabilidade da membrana celular ou necrose 
2. Aquelas que aparecem na colestase 
 
Existem algumas enzimas inespecíficas, ou seja, além do fígado, elas podem aparecer em outros 
tecidos, sem a necessidade de estar identificando uma lesão hepática (ex: AST; DHL). 
 
Muitas enzimas localizam-se no fígado, mas as que estão em altas concentrações são utilizadas 
para um diagnóstico. 
 
Teste de Lesão Hepática 
Mede o transporte de ânions orgânicos, como a bilirrubina 
 
São testes bioquímicos que informam a capacidade de metabolização de carboidratos, lipídeos, 
proteínas, NH3 e ácido úrico. 
 
É indicado para: 
o Diagnóstico e prognóstico de doenças hepáticas primárias, como hepatite viral, necroses 
tóxicas, hepatite crônica 
o Diagnóstico e prognóstico de alterações hepáticas secundárias 
o Diferenciação das icterícias hemolíticas, colestases intra ou extra hepáticas 
o Prognóstico das alterações hepáticas durante terapias com drogas hepatotóxicas 
o Existem enzimas inespecíficas, que podem aparecer em outros tecidos além do fígado, ex: 
AST, DHL 
 
 
 
 
 
 
 
 
ENZIMAS DE NECROSE CELULAR - integridade hepática 
Arginase 
Não usa na rotina 
o Catalisa hidrólise da L-arginase em L-ornitina, e ureia 
o Existem dois tipos de arginase (I e II). 
A arginase I é a Liver Type 
A arginase II está localizada em vários tecidos (cérebro, medula, rins, intestino delgado e 
glândulas mamárias) 
 
É encontrada precocemente no plasma de animais com necrose hepática. Especifica para 
hepatócito de cão, mas não é comum na rotina. Usa normalmente juntamente com o ALT para ter 
uma ideia do prognóstico em necrose hepática. 
 
Durante uma lesão hepática, o retorno dos níveis normais ocorre em torno de 3 dias (antes que o 
ALT). Quando a atividade desta enzima está alta e progressiva, o diagnóstico é ruim. 
 
Valor normal: 0- 14 UI / L 
 
ALT (alamina aminotransferase) 
Antigamente conhecido como TGP 
 
O citoplasma dos hepatócitos é rico em ALT. É especifico para hepatócito de cão e gato e sua 
elevação significa dano celular hepático. 
 
Após injuria hepática, seu nível sobe, atingindo um pico em 3-4 dias, e após o pico ele diminui a 
níveis normais entre 10-14 dias 
 
Pode encontrar ALT no tecido cardíaco ou renal, mas sua quantidade é 1/4 - 1/10 do fígado 
 
Conservação 
o 1 dia a 20ºC 
o 1 semana a 0 e -4ºC 
 
Deve-se evitar lipemia e hemólise. 
O ALT pode estar alto no plasma, mas o animal poderá estar em fase de recuperação, ao contrário 
da arginase. 
 
Causas do Aumento do ALT 
o Hepatite infecciosa aguda e crônica 
o Hepatite tóxica 
o Trauma hepático severo 
o Pancreatite aguda 
o Choque – levando a hipóxia 
o Neoplasia 
o Amiloidose 
o Drogas (anticonvulsivantes, glicocorticoides, mebendazol) 
 
AST 
Conhecida antigamente como TGO 
Ocorre em vários tecidos, como musculo esquelético e cardíaco 
 
Usado para diagnosticar alterações musculares 
 
Causas do Aumento 
o Lesões hepáticas 
o Lesões cardíacas 
o Lesões musculares 
Deve sempre realizar mais de um exame 
 
AST x ALT - necrose 
Quando ocorre um aumento grande de AST associado a um aumento de ALT, é sugerido um dano 
celular severo. Pode acontecer um aumento maior na atividade do AST, principalmente em felinos. 
 
Aumentos moderados dos níveis em um paciente ictérico após uma agressão aguda no fígado 
sugerem um dano hepático severo, com poucos hepatócitos viáveis e regenerados. 
 
Nas doenças hepáticas crônicas em estágio final (cirrose), os níveis de ALT e AST podem estar 
normais ou discretamente elevados (fruto da diminuição da massa hepática) 
 
Na espécie humana, 60-65% do AST é mitocondrial, e o resto se encontra no citosol. Estudos 
demonstraram que há a necessidade de um dano celular severo para liberar AST mitocondrial. No 
caso de alteração de permeabilidade de parede, há um aumento maior no ALT do que no AST. 
 
Quando ocorre um grande aumento de AST associado a um aumento de ALT, sugere um dano 
celular severo – pode ocorrer principalmente em felinos, mas é incomum 
 
Os níveis de AST decaem mais rápido devido a sua meia vida ser mais curta. 
 
Aumentos moderados dos níveis de ALT e AST em um paciente ictérico após uma agressão aguda 
ao fígado, com um decréscimo rápido destas enzimas séricas sugere dano hepático severo com 
poucos hepatócitos viáveis e regenerados. 
 
Ornitina Carbamiltransferase (OCT) 
Boa para diagnostico de necrose hepática, em todas espécies 
 
Pouco utilizada devido sua dificuldade técnica 
 
Sorbitol Dehidrogenase (SDH) 
Enzima de alta atividade no fígado e nos rins (ação <50%) 
 
Enzima instável e de pouco uso, sendo bom indicador de lesão hepática no cão 
 
 
ENZIMAS DE COLESTASE 
Colestase: acontece quando tem processo no ducto hepático (enzimas ductais – dentro do ducto)) 
 
GGT – gama glutamil transferase 
Encontrado no fígado e nos túbulos renais, mas pode aparecer no pâncreas e intestino delgado 
também. 
 
Sua atividade aumenta em lesões hepáticas e obstruções biliares 
 
Relação GGT:ALT é muito usada para distinguir doença do ducto biliar da lesão hepatocelular 
 
Tem um valor de diagnostico maior em felinos, devido a sua meia vida ser maior que a da FAL 
 
FAL – fosfatase alcalina 
Isoenzimas: 
o Hepática (ductos e hepatócitos) 
o Ossos (osteoblastos) 
o Intestino 
o Rins 
o Placenta, e esteroide induzida 
 
No cão existe uma isoenzima derivada do fígado, chamada FAL esteroide induzida, ou seja, essa 
isoenzima aparece na presença dos esteroides. É ausente em gatos. 
O aumento de FAL é típico de colestase intra e extra hepática. Seu nível pode estar elevado no 
caso de necrose hepática 
 
Usa soro ou plasma com heparina, pois o EDTA e o oxalato inibem a FAL. É estável por 7 dias (0 
– 4ºC) e estável em 30 dias (-20ºC). A hemólise não afeta o resultado. 
 
Um experimento produziu necrose hepática em cães: ALT e FAL aumentadas no primeiro dia, 
enquanto a GGT não estava elevada. 
 
Obstrução do ducto biliar: a GGT e FAL estavam aumentadas, com discreto aumento das 
enzimas que indicam necrose com exceção da arginase. 
 
Arginase (necrose) e GGT (colestase) são as enzimas de eleição, de maior especificidade na 
avaliação, ou seja, GGT = obstrução; Arginase = necrose 
 
Enzima Tardia 
Sua vida média o felino é de 6 horas e em cães é de 30 dias. É uma enzima usada com restrição. 
 
Causas do Aumento: 
o Obstrução biliar 
o Esteroides 
o Crescimento 
o Doenças ósseas 
o Neoplasias 
o Drogas (anticonvulsivantes, barbitúricos, mebendazol) 
o Septicemia 
o Regeneração e necrose hepática 
o Gestação em felinos 
o Degeneração gordurosa 
 
Bilirrubinas 
Origem 
Quebra das hemáceas (mioglobina) 
 
Ciclo 
No catabolismo do heme a bilirrubina ocorre no baço e no fígado. 
 
 
 
Valores de Referência 
o Cão: 0,1 – 0,6 mg/dl (1,7 – 1 umol/l) 
o Gato: 0,12 – 0,3 mg/dl (2 - 5 umol/l) 
 
BT (bilirrubina total) = BD (bilirrubina indireta) + BI (bilirrubina indireta) 
 
Ambas as formas possuem a cor amarelo-alaranjado, que em quantidade suficiente dão uma 
coloração as mucosas aparentes denominada icterícia. 
A BT plasmática nos animais é <0,5mg/dl, e grande parte da bilirrubina é encontrada sob a forma 
de BI 
 
A icterícia é evidente quando a BT gira em torno de 2-3 mg/dl, e é classificada em 
o Hemolítica 
o Hepatocelular 
o Obstrutiva 
 
Grande parte da bilirrubina é encontrada na forma de BI (raramente não está ligada a albumina): 
o Níveis de albumina baixo 
o Competição entre BIcom a tiroxina, salicilatos, sulfonamidicos, cortisol, diazepam e outros 
com sítios de ligação 
o BI muito aumentada (>20mg/dl) 
 
Acurácia do Método 
Valores falsamente elevados podem ser resultados da hemólise e lipemia da amostra. 
 
A hemólise e a lipemia afetam o resultado: 
o Usar tubo âmbar 
o Estável entre 0 - 4ºC ou por 3 meses protegido da luz. Não é estável em temperatura 
ambiente. 
 
Causas do Aumento 
 
Livre 
o Excesso de produção 
o Defeito na captura de BI pelos hepatócitos Defeitos nos 
o Defeito na conjugação de BI hepatócitos 
Conjugada (colestase) 
o Defeito na excreção da BD 
o Obstrução no fluxo biliar devido a edema de células hepáticas nos processos inflamatórios 
o Obstrução do fluxo devido a bloqueio ou compressão do ducto biliar 
 
Ex de aumento de BI: doenças auto-imunes; hemólise; absorção de grande quantidade de 
hematoma ou hemorragias internas; patologias tóxicas do fígado 
 
Ex de aumento de BD: obstrução biliar; patologias tóxicas e infecciosas do fígado; trauma; 
desordens mieloproliferativas (acúmulo de células nos sinusóides hepáticos, causando atrofia dos 
hepatócitos); 
 
Ex de aumento de BD e BI: diminuição da função hepatocelular (alterações crônicas – 20 a 60% é 
BD); obstrução (geralmente é intra hepático, quando é extra hepático a BD aumenta mais); após 
alguns dias de hemólise 
 
Causas da Diminuição 
o Doenças crônicas onde há mielo depressão na formação de glóbulos vermelhos com anemia 
 
Ocorre em casos de: 
o Infecção ou inflamação crônica 
o Neoplasia maligna 
o Fase final da doença renal 
 
Prova Da Bromosulftaleína 
Essa droga é injetada no animal e removida pelo fígado (semelhante com a bilirrubina) 
 
A diminuição e excreção indicam uma redução na função hepática (hipoalbuminemia) 
 
Causas do Aumento 
o Diminuição da função hepática 
o Diminuição do fluxo hepático 
o Obstrução biliar 
o Obesidade 
o Ascite 
o Drogas ligadas a albumina 
 
Diminuição 
o Hipoalbuminemia 
 
Albumina 
Mensura função hepática, pois o fígado sintetiza albumina 
 
Responsável também pela pressão oncótica, pressão responsável pelas proteínas. 
Se tem uma diminuição da pressão oncótica, o animal apresenta

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