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Fígado Anatomia O fígado atua como glândula entre o trato digestório e a circulação. Composição o Hepatócitos o Sistema de ductos biliares o Rico em suplementos sanguíneos (arterial e venoso) Existem testes enzimáticos e testes de função hepática. Diagnóstico É mensurado dois grupos de enzimas séricas para chegar a um diagnóstico 1. Aquelas que aparecem na alteração da permeabilidade da membrana celular ou necrose 2. Aquelas que aparecem na colestase Existem algumas enzimas inespecíficas, ou seja, além do fígado, elas podem aparecer em outros tecidos, sem a necessidade de estar identificando uma lesão hepática (ex: AST; DHL). Muitas enzimas localizam-se no fígado, mas as que estão em altas concentrações são utilizadas para um diagnóstico. Teste de Lesão Hepática Mede o transporte de ânions orgânicos, como a bilirrubina São testes bioquímicos que informam a capacidade de metabolização de carboidratos, lipídeos, proteínas, NH3 e ácido úrico. É indicado para: o Diagnóstico e prognóstico de doenças hepáticas primárias, como hepatite viral, necroses tóxicas, hepatite crônica o Diagnóstico e prognóstico de alterações hepáticas secundárias o Diferenciação das icterícias hemolíticas, colestases intra ou extra hepáticas o Prognóstico das alterações hepáticas durante terapias com drogas hepatotóxicas o Existem enzimas inespecíficas, que podem aparecer em outros tecidos além do fígado, ex: AST, DHL ENZIMAS DE NECROSE CELULAR - integridade hepática Arginase Não usa na rotina o Catalisa hidrólise da L-arginase em L-ornitina, e ureia o Existem dois tipos de arginase (I e II). A arginase I é a Liver Type A arginase II está localizada em vários tecidos (cérebro, medula, rins, intestino delgado e glândulas mamárias) É encontrada precocemente no plasma de animais com necrose hepática. Especifica para hepatócito de cão, mas não é comum na rotina. Usa normalmente juntamente com o ALT para ter uma ideia do prognóstico em necrose hepática. Durante uma lesão hepática, o retorno dos níveis normais ocorre em torno de 3 dias (antes que o ALT). Quando a atividade desta enzima está alta e progressiva, o diagnóstico é ruim. Valor normal: 0- 14 UI / L ALT (alamina aminotransferase) Antigamente conhecido como TGP O citoplasma dos hepatócitos é rico em ALT. É especifico para hepatócito de cão e gato e sua elevação significa dano celular hepático. Após injuria hepática, seu nível sobe, atingindo um pico em 3-4 dias, e após o pico ele diminui a níveis normais entre 10-14 dias Pode encontrar ALT no tecido cardíaco ou renal, mas sua quantidade é 1/4 - 1/10 do fígado Conservação o 1 dia a 20ºC o 1 semana a 0 e -4ºC Deve-se evitar lipemia e hemólise. O ALT pode estar alto no plasma, mas o animal poderá estar em fase de recuperação, ao contrário da arginase. Causas do Aumento do ALT o Hepatite infecciosa aguda e crônica o Hepatite tóxica o Trauma hepático severo o Pancreatite aguda o Choque – levando a hipóxia o Neoplasia o Amiloidose o Drogas (anticonvulsivantes, glicocorticoides, mebendazol) AST Conhecida antigamente como TGO Ocorre em vários tecidos, como musculo esquelético e cardíaco Usado para diagnosticar alterações musculares Causas do Aumento o Lesões hepáticas o Lesões cardíacas o Lesões musculares Deve sempre realizar mais de um exame AST x ALT - necrose Quando ocorre um aumento grande de AST associado a um aumento de ALT, é sugerido um dano celular severo. Pode acontecer um aumento maior na atividade do AST, principalmente em felinos. Aumentos moderados dos níveis em um paciente ictérico após uma agressão aguda no fígado sugerem um dano hepático severo, com poucos hepatócitos viáveis e regenerados. Nas doenças hepáticas crônicas em estágio final (cirrose), os níveis de ALT e AST podem estar normais ou discretamente elevados (fruto da diminuição da massa hepática) Na espécie humana, 60-65% do AST é mitocondrial, e o resto se encontra no citosol. Estudos demonstraram que há a necessidade de um dano celular severo para liberar AST mitocondrial. No caso de alteração de permeabilidade de parede, há um aumento maior no ALT do que no AST. Quando ocorre um grande aumento de AST associado a um aumento de ALT, sugere um dano celular severo – pode ocorrer principalmente em felinos, mas é incomum Os níveis de AST decaem mais rápido devido a sua meia vida ser mais curta. Aumentos moderados dos níveis de ALT e AST em um paciente ictérico após uma agressão aguda ao fígado, com um decréscimo rápido destas enzimas séricas sugere dano hepático severo com poucos hepatócitos viáveis e regenerados. Ornitina Carbamiltransferase (OCT) Boa para diagnostico de necrose hepática, em todas espécies Pouco utilizada devido sua dificuldade técnica Sorbitol Dehidrogenase (SDH) Enzima de alta atividade no fígado e nos rins (ação <50%) Enzima instável e de pouco uso, sendo bom indicador de lesão hepática no cão ENZIMAS DE COLESTASE Colestase: acontece quando tem processo no ducto hepático (enzimas ductais – dentro do ducto)) GGT – gama glutamil transferase Encontrado no fígado e nos túbulos renais, mas pode aparecer no pâncreas e intestino delgado também. Sua atividade aumenta em lesões hepáticas e obstruções biliares Relação GGT:ALT é muito usada para distinguir doença do ducto biliar da lesão hepatocelular Tem um valor de diagnostico maior em felinos, devido a sua meia vida ser maior que a da FAL FAL – fosfatase alcalina Isoenzimas: o Hepática (ductos e hepatócitos) o Ossos (osteoblastos) o Intestino o Rins o Placenta, e esteroide induzida No cão existe uma isoenzima derivada do fígado, chamada FAL esteroide induzida, ou seja, essa isoenzima aparece na presença dos esteroides. É ausente em gatos. O aumento de FAL é típico de colestase intra e extra hepática. Seu nível pode estar elevado no caso de necrose hepática Usa soro ou plasma com heparina, pois o EDTA e o oxalato inibem a FAL. É estável por 7 dias (0 – 4ºC) e estável em 30 dias (-20ºC). A hemólise não afeta o resultado. Um experimento produziu necrose hepática em cães: ALT e FAL aumentadas no primeiro dia, enquanto a GGT não estava elevada. Obstrução do ducto biliar: a GGT e FAL estavam aumentadas, com discreto aumento das enzimas que indicam necrose com exceção da arginase. Arginase (necrose) e GGT (colestase) são as enzimas de eleição, de maior especificidade na avaliação, ou seja, GGT = obstrução; Arginase = necrose Enzima Tardia Sua vida média o felino é de 6 horas e em cães é de 30 dias. É uma enzima usada com restrição. Causas do Aumento: o Obstrução biliar o Esteroides o Crescimento o Doenças ósseas o Neoplasias o Drogas (anticonvulsivantes, barbitúricos, mebendazol) o Septicemia o Regeneração e necrose hepática o Gestação em felinos o Degeneração gordurosa Bilirrubinas Origem Quebra das hemáceas (mioglobina) Ciclo No catabolismo do heme a bilirrubina ocorre no baço e no fígado. Valores de Referência o Cão: 0,1 – 0,6 mg/dl (1,7 – 1 umol/l) o Gato: 0,12 – 0,3 mg/dl (2 - 5 umol/l) BT (bilirrubina total) = BD (bilirrubina indireta) + BI (bilirrubina indireta) Ambas as formas possuem a cor amarelo-alaranjado, que em quantidade suficiente dão uma coloração as mucosas aparentes denominada icterícia. A BT plasmática nos animais é <0,5mg/dl, e grande parte da bilirrubina é encontrada sob a forma de BI A icterícia é evidente quando a BT gira em torno de 2-3 mg/dl, e é classificada em o Hemolítica o Hepatocelular o Obstrutiva Grande parte da bilirrubina é encontrada na forma de BI (raramente não está ligada a albumina): o Níveis de albumina baixo o Competição entre BIcom a tiroxina, salicilatos, sulfonamidicos, cortisol, diazepam e outros com sítios de ligação o BI muito aumentada (>20mg/dl) Acurácia do Método Valores falsamente elevados podem ser resultados da hemólise e lipemia da amostra. A hemólise e a lipemia afetam o resultado: o Usar tubo âmbar o Estável entre 0 - 4ºC ou por 3 meses protegido da luz. Não é estável em temperatura ambiente. Causas do Aumento Livre o Excesso de produção o Defeito na captura de BI pelos hepatócitos Defeitos nos o Defeito na conjugação de BI hepatócitos Conjugada (colestase) o Defeito na excreção da BD o Obstrução no fluxo biliar devido a edema de células hepáticas nos processos inflamatórios o Obstrução do fluxo devido a bloqueio ou compressão do ducto biliar Ex de aumento de BI: doenças auto-imunes; hemólise; absorção de grande quantidade de hematoma ou hemorragias internas; patologias tóxicas do fígado Ex de aumento de BD: obstrução biliar; patologias tóxicas e infecciosas do fígado; trauma; desordens mieloproliferativas (acúmulo de células nos sinusóides hepáticos, causando atrofia dos hepatócitos); Ex de aumento de BD e BI: diminuição da função hepatocelular (alterações crônicas – 20 a 60% é BD); obstrução (geralmente é intra hepático, quando é extra hepático a BD aumenta mais); após alguns dias de hemólise Causas da Diminuição o Doenças crônicas onde há mielo depressão na formação de glóbulos vermelhos com anemia Ocorre em casos de: o Infecção ou inflamação crônica o Neoplasia maligna o Fase final da doença renal Prova Da Bromosulftaleína Essa droga é injetada no animal e removida pelo fígado (semelhante com a bilirrubina) A diminuição e excreção indicam uma redução na função hepática (hipoalbuminemia) Causas do Aumento o Diminuição da função hepática o Diminuição do fluxo hepático o Obstrução biliar o Obesidade o Ascite o Drogas ligadas a albumina Diminuição o Hipoalbuminemia Albumina Mensura função hepática, pois o fígado sintetiza albumina Responsável também pela pressão oncótica, pressão responsável pelas proteínas. Se tem uma diminuição da pressão oncótica, o animal apresenta
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