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@samanthastudies_ ~Fígado~ INTRODUÇÃO Paciente com fígado alterado não deve tomar soro glicosado. Os exames laboratoriais são frequentemente utilizados para detectar disfunção hepática ou alterações da circulação êntero-hepática e direcionar a abordagem diagnóstica subsequente. Auxiliam na identificação do tipo de distúrbio hepático, avaliar a gravidade e o curso da doença ou resposta ao tratamento. OS EXAMES ROTINEIRAMENTE EMPREGADOS : A determinação da atividade sérica de enzimas hepáticas Testes que avaliam a capacidade de síntese ou metabolismo hepático Testes que avaliam a excreção de pigmentos orgânicos e corantes exógenos. ALGUMAS FUNÇÕES: O fígado tem papel central no metabolismo e na desintoxicação do organismo. Doenças sistêmicas ou de outros órgãos podem ocasionar disfunção hepática secundária e elevação dessas enzimas no sangue. A alanina aminotransferase, por exemplo, serve para a avaliação da integridade do hepatócito, e não uma função específica do fígado. OS DISTÚRBIOS EXTRA-HEPÁTICOS QUE PODEM CAUSAR TESTES ANORMAIS SÃO: Anemia hemolítica Diabetes mellitus Doença inflamatória intestinal Esplenite Hemoparasitas Hiperadrenocorticismo Hiperlipidemia Hiperadrenocorticismo Hipotireoidismo Infecções bacterianas Insuficiência cardíaca Má nutrição Pancreatite SEPSE: É comum observar aumento de enzimas hepáticas em indivíduos assintomáticos. Uma série de fatores pode ser responsável por essa elevação: idade, medicações e até mesmo raça. Por exemplo, sabe-se que cães da raça Scottish terrier têm valores de fosfatase alcalina maiores do que cães de outras raças. Prestar atenção nas particularidades das raças quando for avaliar o resultado dos exames. ENZIMAS DE EXTRAVASAMENTO | AMINOTRANSFERASE A alanina aminotransferase (ALT; anteriormente chamada de transaminase glutâmico-pirúvica ou TGP) e a aspartato aminotransferase (AST; anteriormente chamada de transaminase glutâmico- oxalacética ou TGO) são chamadas de enzimas de extravasamento. Pois o aumento da atividade sérica dessas enzimas está associado ao aumento da @samanthastudies_ permeabilidade ou à destruição da membrana celular do hepatócito. Por esse motivo, são consideradas enzimas marcadoras de necrose. É importante prestar atenção nos marcadores de necrose para evitar realizar cirurgias, já que pode levar o paciente a óbito. Só realizar cirurgias de pacientes com TGO, TGP alterados em caso de vida ou morte. Sempre tomar decisões juntamente ao tutor e explicar os riscos. ALT É uma enzima de meia-vida intermediária (2,5 dias), encontrada no citosol dos hepatócitos. O aumento da sua atividade sérica é um indício de necrose hepática. Os aumentos marcantes ocorrem nos quadros de hepatites agudas e neoplasias hepáticas primárias. Aumentos moderados são observados nos processos infecciosos e aumentos discretos, ou mesmos valores normais, podem estar associados a doenças hepáticas graves Como cirrose, devido à redução do número de hepatócitos viáveis para produção da enzima. Aumentos discretos também são observados em doenças vasculares Desvios portosistemicos, doenças vasculares ou degenerativas e congestão hepática. Prestar atenção na meia vida da enzima para fazer o pedido na hora correta. Não pode apenas dosar o TGO e TGP, é preciso investigar mais o fígado, até mesmo com diagnóstico por imagem AST É uma enzima de meia-vida curta (12 h), encontrada nos hepatócitos, no citosol e também dentro de mitocôndrias. O aumento da atividade sérica da AST pode estar associado à lesão hepática mais grave, pois sua liberação na circulação em quantidades apreciáveis é sugestiva de destruição de organelas intracelulares, não somente o aumento da permeabilidade da membrana do hepatócito. Para avaliar a funcionalidade do fígado pode solicitar ALT e AST, sabendo que a meia vida deles é diferente, e sabendo também que o AST é um marcador mais importante, já que avalia a permeabilidade e a destruição das organelas intracelulares, principalmente a mitocôndria. AST está presente também no músculo esquelético estriado e miocárdio. Portanto, o aumento da atividade sérica da AST pode ocorrer em doenças musculares, especialmente o catabolismo proteico causado por doenças hepáticas como a lipidose hepática felina. Se um felino fez jejum para uma cirurgia, o ALT e AST vão sair alterados devido ao catabolismo, então o fígado não está ruim, e isso é um reflexo do jejum e não um problema hepático. É preciso saber identificar a origem da alteração. Nos quadros de necrose hepática, o padrão esperado é que o aumento da ALT seja, proporcionalmente, superior ao aumento da AST. Na avaliação do paciente com suspeita de doença hepática, essas enzimas devem ser interpretadas em conjunto. A dosagem concomitante da creatinoquinase (CK), um indicador específico de catabolismo muscular, pode ser útil na interpretação da relação ALT- AST, principalmente em felinos. Para evitar falso diagnostico de lesão hepática, se dosa creatinoquinase. Se ela der alterada, provavelmente é lesão muscular. Caso contrário provavelmente é lesão hepática. @samanthastudies_ Não há correlação entre a magnitude do aumento dessas enzimas e o prognóstico. A redução da atividade sérica dessas enzimas pode levar dias após a recuperação de uma lesão aguda. A redução, porém, não necessariamente implica recuperação: pode ocorrer nos quadros em que a destruição maciça do fígado não deixou hepatócitos viáveis para sua produção. ENZIMAS DE INDUÇÃO A fosfatase alcalina (FA) e a gamaglutamiltransferase (GGT) são chamadas de enzimas de indução, pois, diferentemente da ALT e da AST, seu aumento na circulação é induzido por alterações dos canalículos biliares (FA) ou ductos biliares (GGT). Por isso, essas enzimas são consideradas marcadores de colestase, pois o aumento de sua atividade sérica ocorre em distúrbios que causam acúmulo de bile em parênquima hepático. Se um paciente estiver com fosfatase alcalina alterada ele está apto para cirurgia, porque o problema está na bile, e não diretamente no fígado. Mas é preciso ter cuidado e acompanhar de perto. Embora rotineiramente empregada, a FA não é uma enzima específica hepática, pode ser encontrada em outros tecidos, como osso, intestino e rins. O cão ainda produz uma FA induzida por corticoides (endógenos ou exógenos). A mensuração da atividade sérica da FA representa a quantidade de FA total, ou seja, a FA hepática, a óssea e, no cão, a induzida por corticoides, que são as que têm a meia vida mais prolongada e as mais importantes clinicamente. O aumento da atividade sérica da FA ocorre em quadros de colestase intra ou extrahepática, inflamação das vias biliares e doenças infiltrativas do fígado (p. ex., neoplasia metastática). Nesses casos, a hiperbilirrubinemia deve estar associada. Aumentos marcantes da FA podem ocorrer em doenças degenerativas do fígado (hepatopatias vacuolares), hipercortisolismo (hiperadrenocorticismo canino) e doenças ósseas (p. ex., osteossarcoma). Nesses casos, o aumento da atividade sérica da FA não está associado à hiperbilirrubinemia, característica dos processos colestáticos. TESTE PARA AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE DE SÍNTESE HEPATOCELULAR ALBUMINA O fígado produz praticamente toda a albumina do organismo. A diminuição da albumina plasmática pode ser decorrente de diminuição da síntese hepática, o que ocorre geralmente nas doenças hepáticas crônicas. Entretanto, a hipoalbuminemia ocorre em inúmeras outras doenças, de origem não hepática, portanto não é específica de doença hepática. A albumina complementa, mas não é específica. A albumina deve ser interpretada sempre em conjunto das proteínas totais. Em geral, nas doenças hepáticas crônicas, há tendência das proteínas totais normaisapesar da hipoalbuminemia, em decorrência da hipergamaglobulinemia. Proteína total alterada, albumina deu normal, a albumina pode ter dado resultado errado. O paciente pode ter uma hemoparasitose associada. Paciente pode ter discretas hepatogenias. @samanthastudies_ GLICOSE O fígado desempenha papel central no metabolismo da glicose. Durante os períodos de jejum, a glicemia é mantida dentro dos valores normais pela neoglicogênese hepática. Em cães com doenças hepáticas agudas, pode ocorrer hipoglicemia, que é considerada um fator de mau prognóstico em cães com hepatopatias crônicas. Alterações glicogênicas não são necessariamente diabetes, podem ser alterações no pâncreas. A glicose é quebrada no fígado, então alterações no fígado também podem dar problemas glicogênicos. Sempre que o paciente tiver suspeita de doenças endócrinas, o fígado deve ser avaliado antes de fechar o diagnóstico. A mensuração da glicemia em pacientes hepatopatas deve ser realizada sempre antes da realização de tratamento com glicose parenteral. Felinos com lipidose hepática, por exemplo, muitas vezes estão hiperglicêmicos e a suplementação dos fluidos com glicose pode causar ou agravar outros distúrbios, como a hipopotassemia. Se o paciente tiver lesão hepática e não conseguir quebrar a glicose, ela vai se acumular no sangue, se der mais glicose o paciente pode falecer. Não é indicado assumir que todo paciente hepatopata tem hipoglicemia. O fígado consegue compensar o corpo com até 80% dos hepatócitos comprometidos. AMÔNIA A principal indicação da dosagem de amônia é sustentar o diagnóstico de encefalopatia hepática. Embora a patogenia da encefalopatia hepática não esteja completamente elucidada, acredita-se que a amônia seja uma das principais neurotoxinas envolvidas. URÉIA PLASMÁTICA Embora a dosagem da ureia plasmática seja mais comumente empregada para avaliação do sistema renal, sua inclusão no perfil bioquímico de pacientes com hepatopatias é recomendada, principalmente se houver suspeita de encefalopatia hepática. A ureia é produzida no fígado, no ciclo da ureia, a partir da amônia. Em doenças hepáticas graves, como necrose hepática aguda e cirrose ou desvios portosistemicos, a amônia não é transformada em ureia. Valores baixos de ureia podem, portanto, ser indícios de hiperamoninemia. Vários fatores influenciam os valores da ureia plasmática Função renal, aporte dietético de proteínas e hidratação do paciente. A mensuração da ureia não é um teste específico para hepatopatias FATORES DE COAGULAÇÃO SANGUÍNEA O fígado produz a maior parte dos fatores de coagulação. A capacidade de síntese desses fatores só é diminuída em quadros graves. Coagulopatias decorrentes da diminuição da produção desses fatores são mais @samanthastudies_ comumente observadas em cães com cirrose. Algumas parasitoses atrapalham os fatores de coagulação. Entretanto, o clínico deve estar ciente de que outros fatores podem causar coagulopatias em cães e gatos com hepatopatias, principalmente deficiência de vitamina K em animais com distúrbios colestáticos. A vitamina K é lipossolúvel e sua absorção no intestino depende da emulsificação da gordura dietética pela bile. Tomar cuidado com administração de vitamina K, porque ela tem um tempo para agir, então não usar em casos de emergência, só para segundo momento. Não adianta utilizar vitamina K e não fornecer alimento com gordura, porque a gordura ajuda na absorção da vitamina K. PIGMENTOS: BILIRRUBINA A bilirrubina é o produto da degradação do heme, o qual é resultado da degradação da hemoglobina, derivada, principalmente, de hemácias senescentes, mas também de hemoglobina livre e citocromos. Quando a hemoglobina é destruída, ela libera bilirrubina. Frequentemente empregada na avaliação de pacientes com hepatopatias. Muitas vezes, o valor inicial da bilirrubina não é importante para o estabelecimento do diagnóstico, porém a comparação com dosagens subsequentes pode ser útil no monitoramento do curso da doença e no tratamento. O aumento da concentração da bilirrubina no sangue pode ocorrer, basicamente, por 3 motivos: 1: Aumento da destruição de hemácias, decorrente, principalmente, de doenças hemolíticas. Nesse caso, a icterícia é chamada de pré-hepática e ocorre, predominantemente, o aumento da bilirrubina não conjugada. O aumento da concentração da bilirrubina no sangue pode ocorrer, basicamente, por: 2: colestase intra-hepática, decorrente de doenças hepáticas. Nesse caso a icterícia é chamada de hepática e ocorre, predominantemente, o aumento da bilirrubina conjugada. 3: Obstrução do ducto biliar. Nesse caso, a icterícia é chamada de pós-hepática e ocorre, predominantemente, o aumento da bilirrubina conjugada. PIGMENTO: ÁCIDOS BILIARES Os ácidos biliares são sintetizados a partir do colesterol e excretados na bile. A bile é armazenada temporariamente na vesícula biliar e eliminada no intestino delgado. Os ácidos biliares predominantes na bile dos mamíferos são os ácidos cólico e quenodesoxicólico. No intestino, sua principal função é emulsificar gorduras dietéticas para facilitar sua digestão pelas lipases e posterior absorção. A principal indicação da determinação de ácidos biliares é a suspeita de desvios portossistêmicos. Nesses casos, embora o fígado seja capaz de captar, sintetizar e excretar os ácidos biliares, a circulação êntero-hepática está alterada. Ultrassonografia serve para identificar desvio portosistemicos. So precisa operar s eo paciente está descompensado. DOENÇAS HEPÁTICAS: ALTERAÇÕES CIRCULATÓRIAS CONGESTÃO PASSIVA CRÔNICA @samanthastudies_ A congestão passiva crônica ocorre pelo comprometimento do fluxo venoso do fígado, particularmente comum em cães idosos e geralmente associada a insuficiência cardíaca direita ou obstrução e compressão da veia cava caudal. Macroscopicamente: aumento do fígado com os bordos hepáticos arredondados. Durante a cirurgia, não se pode perder a oportunidade de olhar a aparência de todos os órgãos para avaliar rapidamente as estruturas. DESVIO PORTOSSISTÊMICO Os desvios portossistêmicos congênitos são canais vasculares anômalos que permitem o desvio do sangue do sistema portal diretamente para a circulação venosa sistêmica, sem passar pela detoxificação e pela metabolização hepática. Pode ter localização intra-hepática, comum em cães de raças grandes pela falha do fechamento do ducto venoso ao nascimento, ou extra-hepática, com acometimento preferencial em raças pequenas por anastomoses da veia porta. DOENÇAS HEPÁTICAS: ALTERAÇÕES DAS VIAS BILIARES E VESÍCULAS COLESTASE É resultante de comprometimento do fluxo biliar e consequente acúmulo de pigmentos biliares no tecido hepático, conferindo-lhe uma coloração esverdeada. A colestase pode ser intra-hepática, comum em diversas doenças primárias do fígado, ou extra-hepática, associada às obstruções ou às compressões dos ductos biliares. MUCOCELE A mucocele da vesícula biliar é caracterizada por hiperplasia do epitélio e aumento na produção de muco, sendo considerada atualmente uma das principais causas de doença biliar extra-hepática em cães. Eventualmente, sua expansão progressiva causa necrose isquêmica, ruptura, peritonite biliar e infecções oportunistas da vesícula biliar. Acumulo de “areia” na vesícula. Os sintomas iniciais são inespecíficos e incluem anorexia, êmese, poliúria e polidipsia. No exame físico, a maioria apresenta dor ou distensão abdominal, principalmente se houver ruptura da vesícula biliar. Casos e apendicite. A icterícia é comum, mas pode não estar presente. Não existe sinal clinico especifico patognomônico. A etiologia permanece desconhecida. A mucocele ocorre mais comumente em animais com mais de 6 anos de idade. Não há predisposição sexual e aparentementehá incidência maior em Shetland Sheepdogs, Cocker Spaniels e Schnauzers miniaturas. Demonstrou-se também maior predisposição em animais com hiperadrenocorticismo e hipotireoidismo já que podem apresentar hiperlipidemia, causando predisposição. A lama biliar é o espessamento da bile devido ao excesso de absorção de água ou secreção de mucina por ela mesma e pode ser observada, à ultrassonografia, como acúmulo de material isoecogênico ou hiperecogênico dentro da vesícula biliar. O ultrassonografista caracteriza como “lama biliar”. O tratamento geralmente é cirúrgico, mas pode ser clínico, dependendo da condição do paciente, dos resultados dos exames laboratoriais, das alterações ultrassonográficas e da presença ou não de ruptura e peritonite. @samanthastudies_ De maneira geral, pacientes com sintomas clínicos brandos e alterações laboratoriais de pouca magnitude podem ser tratados com coleréticos, antibióticos, nutracêuticos e dieta, desde que sejam monitorados por ultrassonografia para persistência do aumento da vesícula biliar e peritonite. Nos demais casos, recomendasse a colecistectomia devido ao risco de ruptura da vesícula biliar e peritonite. Isso pode ser secundário, então não recorrer diretamente a cirurgia, por isso precisa investigar antes da cirurgia. DOENÇAS HEPÁTICAS: PARÊNQUIMA Doenças metabólicas e de acúmulo HEPATOPATIA VACUOLAR A hepatopatia vacuolar é um distúrbio hepático comum tipicamente associado ao hipercortisolismo. Essa alteração é geralmente ocasionada por quantidades excessivas de glicocorticoides endógenos ou exógenos. O acúmulo excessivo de vacúolos lipídicosnos hepatócitos é denominado esteatose, secundário a diversas alterações no metabolismo de lipídios. HEPATITES AGUDAS Etiologias: Agentes infecciosos (bactérias, vírus ou protozoários) Químicos (medicamentos, plantas ou toxinas). As hepatites agudas são caracterizadas por inflamação, necrose e apoptose hepatocelular e, geralmente, apresentam distribuição difusa pelo fígado. Os tipos celulares presentes nos infiltrados inflamatórios variam de acordo com a etiologia, a resposta do paciente, a fase e a duração da lesão. HEPATITES CRÔNICAS Caracterizada como uma lesão persistente, de natureza inflamatória, associada a aumento da atividade sérica de aminotransferases (ALT e aspartato aminotransferase [AST]) por 4 meses ou mais. Mais de 4 meses é considerada crônica. Etiologias: microrganismos, toxinas e fármacos, reações imunomediadas e alterações metabólicas associadas a determinadas raças. Não precisa ser necessariamente um veneno, sendo até mesmo intoxicação por remédio. O parâmetro básico para avaliação e classificação das hepatites crônicas baseia-se em seus aspectos anatomopatológicos. A biopsia hepática ainda é considerada o padrão-ouro no diagnóstico. Assim como na avaliação prognóstica e no monitoramento terapêutico das hepatites crônicas CIRROSE É a manifestação mais comum entre as doenças inflamatórias crônicas no fígado de cães, apresentando maior taxa de mortalidade e pior prognóstico. A etiologia refere-se aos processos agressivos e contínuos de diversas naturezas, promovendo inflamação, necrose hepatocelular e reação de cicatrização crônica. O fígado vai começar apresentar fibrose violenta devido a lesão nos hepatócitos. O prognostico é de reservado a ruim. De maneira geral, qualquer doença hepática crônica pode originar a cirrose ou a doença terminal do fígado. @samanthastudies_ A hipertensão portal é considerada a complicação clínica mais importante da cirrose, sendo diretamente responsável pelo desenvolvimento de ascite e desvios do sangue portal na circulação sistêmica. Alterações cardíacas sobrecarregam o fígado, causando ascite. Geralmente está associada à formação de desvios portossistêmicos adquiridos. DOENÇAS HEPÁTICAS: ALTERAÇÕES PROLIFERATIVAS E NEOPLÁSICAS HIPERPLASIA NODULAR Lesão hepática que comumente acomete cães idosos. Não é considerada uma lesão pré- neoplásica. A etiologia ainda permanece desconhecida. É importante diferenciar a hiperplasia nodular dos nódulos regenerativos, os quais ocorrem na cirrose em resposta à lesão hepática e estão acompanhados de intensa fibrose tecidual e outros marcadores histológicos das hepatites crônicas. NEOPLASIAS HEPATOCELULARES Em cães são classificadas como adenomas ou carcinomas hepatocelulares (CHC). A etiologia ainda não está precisamente estabelecida. Porém causas potenciais, como aflatoxinas, nitrosaminas e componentes radioativos, já foram relatadas em estudos experimentais e achados espontâneos. O ADENOMA HEPATOCELUL AR É uma neoplasia benigna que afeta cães idosos Descrito geralmente como massas solitárias não encapsuladas, de crescimento expansivo e com compressão do parênquima adjacente NEOPLASIAS HEPATOCELULARES Os carcinomas hepatocelulares são neoplasias malignas que acometem cães idosos, porém a predileção sexual ainda é controversa. Os tumores trabeculares são os mais comuns em cães, nos quais predominam cordões de hepatócitos com 5 a 10 células de espessura. Na macroscopia, o CHC apresenta-se como massivo, difuso ou nodular, podendo acometer um ou mais lobos hepáticos. Investigar sempre pulmão e cérebro. NEOPLASIAS COLANGIOCELULARES Os adenomas colangiocelulares ou colangiomas ou adenomas biliares acometem cães idosos, mas são extremamente raros e apresentam- se como massas solitárias, bem delimitadas e com crescimento expansivo. Neoplasias malignas. As metástases ocorrem em 60 a 88% dos casos. Os locais mais frequentes incluem os linfonodos, os pulmões e a cavidade peritoneal, ocorrendo em vias linfática e sanguínea e por implantação, respectivamente. Histologicamente: formados por estruturas glandulares com epitélio cuboide e moderada reação estromal. NEOPLASIAS DIVERSAS Neoplasias mesenquimais, vasculares ou hematopoéticas também já foram descritas em cães. Leiomiossarcoma, hemangiossarcoma e linfomas. Alguns tumores emergem do fígado com menos frequência e são vistos mais comumente de forma multicêntrica. hemangiossarcoma e o linfoma. METÁSTASES HEPÁTICAS @samanthastudies_ Neoplasias hepáticas metastáticas são aproximadamente três vezes mais comuns do que as neoplasias hepáticas primárias. Frequentemente, as metástases hepáticas relatadas são provenientes de neoplasias de glândula mamária, baço, adrenal, pâncreas, ossos e pulmões. A distinção entre as neoplasias primárias ou metastáticas é essencial para que seja aplicado o procedimento terapêutico mais adequado, assim como a determinação do prognóstico de cada paciente. EXAMES PRÉ-CIRURGICOS PARA SOLICITAR: Alt Fosfatase alcalina Se der alterado investigar
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