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PSICONEUROIMUNOLOGIA Psiconeuroimunologia estuda as relações entre: Estressores psicossociais, Emoções, Sistemas neuro imunológicos: Organizam a resposta adaptativa ao estresse Pode-se dividir as investigações que analisaram a relação entre os fatores psicológicos e a saúde e/ou a eficiência imunológica em quatro grupos: 1. Estudo do efeito do stress em contexto naturalista anos oitenta Janice Estudou os efeito do stress na época dos exames escolares sobre o funcionamento imunológico de universitários Após férias existe uma diminuição da atividade dos linfócitos, aumento da circulação de anticorpos e cura lenta de feridas após biópsias. Quanto mais stress menor produção de anticorpo , indicador de capacidade imunológica diminuída Verifica-se uma relação entre o nível de stress e a contração da doença, diminuição da resistência à contração da doença em pessoas que experienciaram mais stress 2. Estudo do efeito do stress em contexto laboratorial Nessas situações altera o número e a função de um grande número de células do sistema imunológico, diminuindo a imunocompetência 3. Estudo do efeito das características da personalidade sobre o funcionamento do sistema imunológico A tendência para o desânimo Estilo pessimista: Piora funcionamento do sistema imunológico Característica de personalidade mais estudada tem sido a repressão/negação Os sujeitos introvertidos são mais susceptíveis de contrair infecções respiratórias superiores após uma exposição viral 4. Estudo do efeito do suporte social sobre o sistema imunológico A longevidade está relacionada com a pertença a grupos sociais fortes As pessoas com mais suporte são mais saudáveis, têm menos probabilidade de ficar emocionalmente perturbados e de ficar fisicamente doentes O efeito do isolamento social em termos de saúde é comparável ao efeito de outros fatores de risco como: Fumar Pressão sanguínea Atividade física Obesidade Lipídios no sangue(colesterol e triglicerídeos) As relações interpessoais positivas estão relacionadas com menores níveis de hormonas de stress (ex.: cortisol, catecolaminas), melhor resposta do sistema imunológico e diminuição do risco de contrair vários tipos de infecção Acontecimentos de vida, construção de significados e saúde Alguns autores como: ● Horowitz (1986), Janoff-Bulman (1989) e Silver, Boon e Stones (1983) Defenderam que as experiências traumáticas são uma ameaça aos esquemas com que a pessoa organiza o mundo e a si próprio ● Em razão das suas crenças básicas sobre a existência de um mundo previsível e a sua dignidade e eficácia como participante da sociedade ● Bower, Kemeny, Taylor e Fahey (1998) sugerem que pensar/elaborar sobre um acontecimento estressante pode aumentar o sentido de mestria e a probabilidade de a pessoa sentir que tem controlo sobre a sua vida, aumentando a auto-estima ● Para estes autores encontrar um significado positivo para as experiências difíceis é um dos resultados potenciais deste processamento ● Exemplos da construção de significados: Redefinição das prioridades para a vida e das relações interpessoais Maior apreciação pela fragilidade e preciosidade da vida ● A ideia de que esta construção de significado aumenta a adaptação psicológica encontrando um efeito sobre a saúde: os sujeitos que reorganizaram a vida e perceberam benefícios do fato de terem sido vítimas de um ataque cardíaco (mudando os seus valores e filosofia de vida) revelaram menos probabilidade de ter um novo ataque e diminuíram a morbilidade ● As experiências: A capacidade de dar um significado positivo à experiência parece estar relacionada > Efeitos positivos a nível da saúde, Sistema imunológico ● Pensar e elaborar individualmente os significados dos acontecimentos traumáticos seja uma dimensão importante ou mesmo suficiente para alguns sujeitos, é na respostas fisiológicas e emoções podem ser melhor articuladas e integradas ● A forma mais natural de dar sentido e integrar os acontecimentos de vida é através da utilização da linguagem e da partilha com outros ● Falar pode ser a forma mais natural de lidar com uma experiência traumática Situações em que por razões relacionadas com o tipo de experiência vivida ou o contexto interpessoal, o sujeito não encontra condições para falar Alguns traumas dificultam a partilha por causarem embaraço, humilhação, vergonha ou mesmo culpa ao próprio sujeito ● Pode ainda acontecer que devido ao sofrimento associado à experiência, ser inibida uma vez que o sujeito não se sente capaz de lidar com as suas próprias emoções. Não facilita porque a pessoa antecipa crítica ou punição por parte dos outros ou há dificuldade em encontrar pessoas disponíveis para ouvir > Situações de desastres naturais em que toda a comunidade é afetada e cada um está a tentar lidar com o seu próprio sofrimento Pode acarretar em uma inibição que pode ser prolongada, durando meses ou mesmo anos ● Não falar aumenta a interferência cognitiva, as pessoas que não podem falar pensam mais vezes, sonham mais e mantém o trauma mais tempo ativo A investigação demostrou mesmo que se se pedir a alguém para inibir um pensamento ele torna-se mais frequente e a concentração diminui ● A relação entre inibição e perturbação física A inibição exige trabalho fisiológico e está associada ao aumento da atividade do sistema nervoso autônomo como o aumento da condutividade da pele, activação do snc nas regiões do septo e hipocampo e ativação nas áreas corticais Quando a inibição ocorre tempo muito longos, conduz a mais episódios de doença e dificuldades imunológicas Segundo Klüber Ross o paciente passa por 5 estágios de aceitação do adoecimento e da morte : 1º ESTÁGIO NEGAÇÃO E ISOLAMENTO ● Ao receber o diagnóstico de forma abrupta ou prematuramente. ● A negação é utilizada por quase todos os pacientes nos primeiros estágios da doença ou logo após sua constatação, mas recupera-se gradualmente. Aos poucos se desprenderá da sua negação e se utilizará de mecanismos de defesa menos radicais. ● A negação funciona como um para-choque depois de notícias inesperadas deixando que o paciente se recupere com o tempo. A aceitação é uma defesa temporária, sendo logo substituída por uma aceitação parcial. 2º ESTÁGIO A RAIVA ● É destilada para todos e para qualquer pessoa, basta aproximar-se; A família, por não compreender a raiva do paciente, começa afastar-se, levando-o a ter mais raiva por se sentir abandonado. ● A família não sabe o que o paciente está pensando, como está sendo difícil passar por essa modificação : sua nova condição, já não tem mais uma vida como era antes de receber o diagnóstico; ● Os familiares, em vez de tentar conversar sobre o assunto, de tentar ajudar de amenizar esse sofrimento, deixam o paciente aos cuidados da equipe de enfermagem e médicos; 3º ESTÁGIO BARGANHA ● É uma tentativa de adiamento de estabelecer uma “meta” autoimposta; ● Psicologicamente as promessas podem estar associadas a uma culpa desconhecida, seria bom se as observações feitas por pacientes não fossem menosprezados pela equipe; Para essa compreensão do paciente, é importante a abordagem interdisciplinar 4º ESTÁGIO DEPRESSÃO Há dois tipos: ● 1) Depressão reativa: o paciente vai em busca de sua vida, vai colaborar para obter melhores resultados com o tratamento; ● 2) Depressão preparatória: geralmente é silenciosa, momento em que paciente entra em contato com problema e chega à conclusão da necessidade de enfrentá-lo e aceitá-lo para obter uma melhor qualidade de vida, pois o paciente conseguiu superar suas angústias e ansiedades. 5º ESTÁGIO ACEITAÇÃO ● O paciente não sentirá mais depressão e nem raiva quanto à sua situação, pensando mais em si e como continuará levando sua vida; ● Ospacientes transitam entre um estágio e outro. Psicoterapia ● constitui uma forma de realizar as tarefas de modo a diminuir as consequências negativas: Pode ser concebida como forma de acelerar o processo de lidar com as experiências negativas ● Prevenir os potenciais efeitos nefastos de uma determinada experiência Efeitos da Psicoterapia podem ser tão importantes ao nível do bem estar psicológico como físico
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