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Fecundação ao período fetal Fecundação Mulheres A fecundação acontece no meio do ciclo menstrual (na primeira metade os folículos estão em processo de amadurecimento). O folículo de Graaf explode (antro sai para trompas) e libera o ovócito secundário, o qual é liberado nas trompas. O que sobrar desse folículo, vai produzir estrógeno e progesterona para preparar o endométrio para receber o embrião. Esse processo de fecundação vai acontecer na região da ampola das trompas, musculatura lisa das trompas se contraia e faz com que fimbrias venham para cima do ovário, acoplando-o e favorecendo que ele vá realmente para dentro. As trompas tem epitéio simples cilíndrico ciliado, fundamental para favorecer o processo de fecundação, ajudando o espermatozóide a chegar até o ovócito II. Depois que o zigoto se forma, cílios auxiliam muito seu deslocamento até o útero. Discinesia ciliar primária: São indivíduos que por questões genéticas tem alteração na dineína (proteína dos cílios), que faz com que cílios sejam imóveis. Vai ter problemas respiratórios na infância por cílios não conseguirem filtrar, já na idade adulta, cílios da trompa também não são móveis, aumentando as chances de ocorrer uma gravidez ectópica, já que cílios não vão conseguir jogar embrião para o útero, processo de implantação pode se dar na trompa (não é 100% das mulheres, pois motilidade das trompas pode permitir uma gravidez normal). Nos homens, causa infertilidade sempre, pois o espermatozoide não tem flagelo móvel, não conseguindo chegar até o óvulo. A síndrome de Kartagener acontece quando o paciente tem Discinesia ciliar primária e o citus inversos (quando os órgãos estão para o lado contrário, que pode ser total ou parcial), já que os cílios que vão direcionar a posição dos órgãos na embriogenêse. Mittelschmerz = dor do meio, a dor do processo de ovulação do folículo de Graaf. Junto com isso, aumento da temperatura corpórea (0,5º) e secreção vaginal viscosa. Homens Nos homens, os túbulos seminíferos desembocam na rede testes, depois vem os ductos eferentes que os conduzem até o epidídimo, onde eles vão amadurecer e ser armazenados. Na ejaculação, vem através dos ductos deferentes até serem eliminados pela uretra peniana. O epidídimo é formado por vários túbulos, seu epitélio é pseudoestratificado com estereocílios, no seu meio, tem diversos espermatozoides, onde recebem glicoproteínas que os deixem imóveis para não perder energia no aparelho reprodutor feminino. Quando ele chegar no ambiente ácido da vagina, ele passa pelo processo de decapacitação para se tornar móvel novamente. Processo de ejaculação: 1º= emissão: no testículo, os espermatozoides estão sendo produzidos, os ductos eferentes e epidídimo onde são armazenados e sofrem maturação. Depois, o sêmen é enviado dos ductos deferentes para os ductos ejaculatórios e segue pela porção prostática da uretra. Espermatozoides passam pelos ductos deferentes, vão por dentro da vesícula seminal e perto da próstata, onde recebem adição de mais líquidos e ejaculação propriamente dita. 2º= ejaculação: ocorre o fechamento do esfíncter da bexiga, contração dos músculos uretral e bulboesponjosos. Sêmen é expelido. Esse sêmen tem aproximadamente de 200 a 600 milhões de espermatozoides, os quais são depositados na vagina com ambiente ácido. Enzima vesículas e logo após liberação do sêmen vai coagula-lo e fazer com que ele permaneça na vagina por 30 minutos e eles vão começar a ter motilidade novamente (perdendo as glicoproteínas que estavam ligadas neles), tentando nadar em direção ao ovócito (= processo de capacitação) para fazer reação acrossômica. Etapas da fecundação • Atração do gameta masculino pelo feminino, vários espermatozoides chegam até o ovócito secundário (que tem corona radiata e zona pelúcida). Já estão totalmente móveis e vão tentar passar pela corona radiata, vários conseguem; • Passagem do espermatozoide através da corona radiata; • Penetração da zona pelúcida, espécie específica (somente espermatozoides da mesma espécie conseguem ser reconhecidos) = Reação acrossômica (acrossomo tem enzimas proteolíticas que degradam a zona pelúcida, tocando na membrana do ovócito e fazendo mudança conformacional elétrica (despolarização) nela. Isso acaba culminando na conformação da zona pelúcida, que fica rígida e impede que outros espermatozoides a penetrem.; • Reação de Zona: inibição da polispermia (apenas 1 espermatozoide vai fecundar o ovócito). Se for fecundado por mais de um, vai ocorrer a poliploidia, que resulta no aborto natural; • Fusão das membranas dos gametas; • Término da segunda divisão meiótica do ovócito (estimulada pelo espermatozóide) (estava na metáfase da meiose II) e formação do pronúcleo feminino (vira óvulo) e segundo corpúsculo polar; • Formação do prónúcleo masculino + fusão dos 2 núcleos; • Preparação para a primeira mitose, teremos primeiro zigoto. Zigoto já começa sua viagem através das trompas em direção ao útero. Etapas mitose Cllivagem: não tem crescimento da célula como um todo (zona pelúcida rígida impede), se crescer demais ela vai trancar no meio do caminho e não vai chegar até o útero. É fundamental que seja uma divisão celular sem crescimento do todo, até formar a mórula; Mórula: conjunto de células totipotentes, os blastômeros, com capacidade total de diferenciação e regeneração. Ela vai crescendo até que algumas células começam a se comprometer como embrioblasto (formarão o embrião propriamente dito), outras como trofoblasto. (formarão anexos embrionários). Processo de cavitação inicia no meio, algumas células ficam por fora, outras por dentro, formando blastocisto; Blastocisto: ocorre entre 4-5 dias e esse conjunto de células já está chegando no útero. Zona pelúcida começa a ficar velha e com furos quando cavidade está se formando no centro (cavitação), e é pela zona por onde o conjunto de células que estavam apertadas saem e crescem. Fazendo com que células de fora do trofoblasto comecem a invadir o endométrio, as sincíciotrofoblastos= início do processo de implantação por secreção de enzimas que abrem uma extensão nas células do endométrio; Implantação: Formação do sincíciotrofoblasto pelas células do trofoblasto leva a produção do HCG, que vai estimular corpo lúteo a continuar sendo corpo lúteo e produzindo estrógeno e progesterona para manter o endométrio e a gestação. Se o nível de HCG for baixo, esse corpo lúteo passa a ser corpo albicans, diminuindo níveis hormonais e culminando na descamação do endométrio – sem gestação. Outra parte dos trofoblasto vai formar também os citotrofoblastos, responsáveis por formar vilosidades que formarão a placenta. Embrioblasto é dividido em hipoembrioblasto e embrioblasto em função da posição. Anticoncepção Existem diversos métodos de anticoncepção, tais como: • Métodos comportamentais ou naturais, que seria o método de tabelinha (funciona apenas se indivíduo se conhecer muito bem); • Métodos de barreira, como camisinha; • Métodos hormonais, pílula feminina, que não estimula o FSH= folículos não amadurecem (níveis constantes de estrógeno e progesterona), mulher não ovula; • Dispositivos intrauterinos (DIU), colocado no útero para gerar processo inflamatório e impeça a implantação. DIU hormonal também interfere no processo de ovulação; • Métodos cirúrgicos: vasectomia (corte dos ductos deferentes, produz espermatozoides, mas eles não vão para o sêmen) e laqueadura. (corte das trompas, mulher tem produção de folículos e hormônios, mas espermatozoide não consegue chegar); • Contracepção oral de emergência: pílula do dia seguinte, a qual é uma grande quantidade de hormônios que varia de acordo com a situação que a mulher se encontra; ela impede ovulação, modifica contraçãodas trompas impedindo fecundação, impede nidação. Conforme pessoa vai usando essa pílula, sua eficiência diminui. Infertilidade Feminina: Se dá principalmente por: Fator tubário: Tudo que interrompa as trompas. Endometriose: Excesso de endométrio em locais inadequados como trompas, intestino (endométrio tem camada basal e funcional, a qual vai se formar a cada ciclo menstrual. A mulher que tem endometriose tem excesso de endométrio, dando cólicas fortíssimas). Problemas de ovulação: Ovários policísticos (não consegue ovular), problemas de amadurecimento dos folículos. Masculina: Se dá principalmente por: Produção anormal de espermatozoides: Espermatozoides vão ter defeitos; Varicocele: Varizes nos testículos que podem levar a má vascularização destes; Má função testicular: Por questões hormonais; Problemas obstrutivos: Obstrução nos ductos deferentes. Técnicas de reprodução Assistida Feitas em função da dificuldade de engravidar, tem crescido muito nos últimos tempos. • Coito programado, que se acompanha amadurecimento dos folículos através de ultrassonografias. Quando ele estiver pronto para ser liberado, ela tem relações sexuais; • Inseminação intrauterina (IIU), que também se faz ultrassonografia seriada e pede para homem coletar seu sêmen quando mulher ovular. Na clínica de fertilização, se coloca dentro da vagina; • Fecundação in vitro (FIV). Se pega ovócito e sêmen do homem com espermatozoide móvel e se coloca em tubo de ensaio para ocorrer fecundação, na placa de petry.. Na fase de blastocisto, se pode tirar uma de suas células totipotentes e fazer análise para procurar síndromes. Depois desse processo, se implanta embrião no útero; • Injeção intracitoplasmática de espermatozoide (ICSI). Se coleta o óvulo da mulher e se usa agulha de sucção para segurá-lo e furar com agulha e se coloca espermatozoide dentro do óvulo. Só é feito em casos onde a contagem de espermatozoides é baixa; Segunda semana de desenvolvimento Semana do processo de implantação, que inicia no fim da primeira semana, e da formação do Disco Bilaminar; Ocorre a formação de estruturas extra-embrionárias: • Cavidade amniótica; • Âmnio; • Saco vitelino; • Saco coriônico; • Pedículo do embrião Implantação: Sinciciotrofoblasto vai invadindo totalmente o endométrio, podendo gerar um leve sangramento, células vão crescendo e se desenvolvendo, produzindo HCG (proporcional a quantidade de sinciciotrofoblastos). Endométrio precisa se preparar para a recepção, logo suas células sofrem apoptose (células deciduais, preparadas para isso), elas tinham acumulado grande quantidade de glicogênio e derramam-no durante a apoptose, as células também vão formar uma barreira para limitar essa invasão do endométrio e proteger o embrião do sistema imune. Existem microvilosidades das células endometriais para garantir a aderência do blastocisto e diversos outros fatores que também auxiliam essa reação decidual: moléculas de adesão, citocinas, Fatores de Crescimento, genes homeobox, metalopreoinases A implantação no endométrio vai ocorrer na porção superior e de trás do corpo do útero. Se a placenta fica na saída do colo do útero, podemos ter placenta prévia. Nunca pode ter parto natural, pois placenta não pode sair antes do bebê. Tem grande chance de descolamento prematuro, que pode gerar a morte do bebê por ser sua fonte de oxigênio. Formação do disco bilaminar Células do embrioblasto vão se comprometer com 2 tipos de células: Epiblasto, para cima, representadas geralmente de azuis. Composto por um conjunto de células colunares altas adjacentes à cavidade amniótica. Origina o âmnio, assoalho cavidade amniótica (surge pelo processo de cavitação nas células do epiblasto) Hipoblasto, mais para baixo, é um conjunto de pequenas células cubóides adjacentes à cavidade blastocística. Origina membrana exocelômica, mesoderma extra- embrionário e teto da cavidade exocelômica. Ao mesmo tempo que epiblasto sofre cavitação, células do hipoblasto vão crescer e vão formando a membrana exocelômica para proteção. Como sinciciotrofoblasto está crescendo muito, um mesoderma começa a crescer, em proporções diferentes, formando cavidade extra-embrionária (membrana de Heuser está se separando da membrana do blastocisto). Cavidade que se formou se chama saco vitelínico. Conforme ocorrem mudanças no trofoblasto e no endométrio, o mesoderma extraembrionário aumenta e aparecem espaços celômicos extraembrionários isolados dentro dele. Esses espaços rapidamente se fundem e formam uma grande cavidade isolada, o celoma extraembrionário. Espaço coriônico/ saco gestacional: onde está implantado o embrião, o que se visualiza na ultrassonografia Ao mesmo tempo, início da placenta está se formando, o córion. Córion = mesoderma extra-embrionário + cito + sinciciotrofoblasto.. O final da segunda semana é marcado pelo aparecimento das vilosidades coriônicas primárias. As vilosidades formam colunas com revestimentos sinciciais. As extensões celulares crescem para dentro do sinciciotrofoblasto. Acredita- se que o crescimento dessas extensões seja induzido pelo mesoderma somático extraembrionário subjacente. As projeções celulares formam as vilosidades coriônicas primárias, que são o primeiro estágio de desenvolvimento das vilosidades coriônicas da placenta (órgão fetomaternal de troca metabólica entre o embrião e a mãe). O mesoderma somático extraembrionário e as duas camadas do trofoblasto formam o córion (membrana fetal mais externa), que forma a parede do saco coriônico. O embrião, o saco amniótico e a vesícula umbilical estão suspensos dentro desse saco. O celoma extraembrionário é o primórdio da cavidade coriônica Produção de HCG Estimulado pelo sinciciotrofoblasto. Mantém o corpo lúteo, responsável pela produção de estrógeno e progesterona para manter a gestação. Placa pré-cordal: Estrutura que da forma para embrião, sinaliza parte cefálica e parte caudal. É o local futuro da cavidade bucal (membrana bucofaríngea) e importante organizador da região da cabeça. Em uma das extremidades das células do hipoblasto, as células cúbicas se tornam cilíndricas, isso que vai marcar a placa pré-cordal. Normalmente na parte oposta a região cefálica, temos o pedículo do embrião = região que segura o embrião no saco gestacional, no futuro vira cordão umbilical.. Anormalidades: • Gravidez ectópica (outro local que não o útero, geralmente é tubária e não pode prosseguir); • Mola hidatiforme = tumores benignos, se forma pelo óvulo anucleado que foi fecundado por espermatozoide e essa estrutura tem todo desenvolvimento do trofoblasto, invade o endométrio mas não forma o embrioblasto, não forma disco bilaminar, podendo dar falso positivo de gravidez pois HCG vai estar alto. Precisa se diagnosticada e interrompida para não evoluir para um tumor maligno. Imunidade materna Existe toda uma mudança para que imunidade aceite a invasão que aconteceu, mulher passa a ter imunidade mais humoral, mediada por anticorpos, do contrário embrião seria visto como corpo estranho. Terceira semana de desenvolvimento Ocorre a gastrulação (3 folhetos embrionários), formação da notocorda (vai formar coluna vertebral) e o desenvolvimento do Tubo Neural. Além disso, acontece a formação do Celoma intraembrionário, somitos (originam sistema esquelético) e sistema cardiovascular primitivo. É a partir da terceira semana que a mulher tem o atraso menstrual e que se pode confirmar a gravidez. Gastrulação Formação dos três folhetos embrionários: Ectoderma, Mesoderma e Endoderma. Esses folhetos embrionários, vão originar todos os tecidos do nosso organismo, logo aqui inicia o processo de diferenciação e comprometimento dessas células. Na gastrulação,inicia também a morfogênese (embrião começa a ter forma). Todo o processo de gastrulação tem origem a partir da linha primitiva. Linha primitiva: surge com 15 dias, inicia-se a partir de um espessamento, no plano mediano da face dorsal do epiblasto. No final da quarta semana ela desaparece. Nó primitivo Fosseta primitiva; Linha primitiva Sulco primitivo. Quando a linha primitiva não desaparece por completo, podem ocorrer patogenias, como o Teratoma Sacrococcígeo, o qual é um frequente tumor em recém-nascidos (maior incidência em meninas), tem células pluripotentes e tem diversas formas de apresentação (se for mais interno, pode levar a outras malformações). Células do epiblasto vão migrar pelo nó e pelo sulco e vão ocupar o espaço que está ali dentro (empurrando as células do hipoblasto), originando o endoderma; o mesoderma (entre o que ele formou e o que ele empurrou) também será formado. As células que não migrarem vão originar o ectoderma. Embrião começa a ter forma: parte cefálica, caudal, dorsal e ventral (já tem plano médio lateral). Na parte cefálica, vai começar o desenvolvimento da membrana buco faríngea e na parte caudal vai ter o desenvolvimento da membrana cloacal. Membrana bucofaríngea: local onde vai ter encontro do ectoderma com o endoderma sem mesoderma; (por forma da boca temos a pele, tecido epitelial queratinizado, a qual se encontra com tecido epitelial não queratinizado dentro da boca.). Membrana cloacal: local onde vai ter encontro do ectoderma com o endoderma sem mesoderma. Mesoderma: • Tecidos conjuntivos; • Músculos; • Sistema cardiovascular; • Sistema reprodutor. Endoderma: • Revestimento do sistema respiratório e digestivo; • Internamente fígado; • Pâncreas. Ectoderma: • Sistema nervoso; • Epiderme e anexos da pele. Formação da notocorda Ela é fundamental pois vai dar nosso eixo central, ela é formada a partir das células do epiblasto que migraram pelo nó e que foram em direção a membrana bucofaríngea, formando estrutura de sustentação. Processo Notocordal vai originar o Canal Notocordal, o qual forma a Placa Notocordal Notocorda. Formação da notocorda começa a estimular formação do Tubo Neural no ectoderma. Desenvolvimento da notocorda: • Se estende da membrana bucofaríngea ao nó primitivo; • Define eixo primitivo do embrião, servindo como base para esqueleto axial (coluna vertebral); • Indica o local dos futuros corpos vertebrais; • Funciona como indutor primário do embrião; • Parte da notocorda degenera quando os corpos vertebrais se formam, persistindo somente como núcleo pulposo nas vértebras. Ao mesmo tempo, já inicia um comprometimento das células do mesoderma na área cardiogênica. Formação do tubo neural A formação da Notocorda, induz ao desenvolvimento da placa neural, a qual vai virar sulco neural. Esse, por sua vez, vai se transformar em pregas neurais que vão culminar no desenvolvimento do Tubo Neural. No 21º dia, as pregas da região média do embrião fundem-se (do meio para fora) em direção a região cefálica e caudal, formando o tubo neural, as pregas permanecem abertas e formam o neuróporo anterior e posterior. É nesse momento que é necessário administrar o uso de ácido fólico pelas gestantes, já que a falta deste pode colaborar para o não fechamento do tubo neural. Correlações clínicas por defeitos no fechamento no Tubo Neural: • Espinha bífida (parte caudal); • Meroanencefalia. (na parte cefálica). Não forma nem a calota craniana, líquido amniótico vai matando células do sistema nervoso; Cristas neurais Começa junto ao tubo neural, mas depois se separa e vai migrar por diversas partes dentro do corpo do embrião, formando: • Sistema nervoso periférico = • Gânglios espinhais e do sistema autônomo; • Melanócitos, células gliais, bainha de mielina; • Células da medula da adrenal; • Componentes esqueléticos e musculares da cabeça. (má formação da face pode ser causada por falhas na migração da crista neural) • Tronco de saída do coração; Correlação clínica: Síndrome de Treacher Collins: doença genética relacionada com a migração das cristas neurais, geralmente provoca diversos problemas no arco faríngeo. Desenvolvimento dos somitos Mesoderma lateral: Sistema circulatório; Mesoderma intermediário: Sistema genito-urinário; Mesoderma paraxial: Somitos Musculatura esquelética Mesoderma axial = notocorda. Os somitos começam a aparecer no 21º dia, são segmentados e surgem 3 pares a cada 24h. Servem como um modelo para dizer idade do embrião. Originam: • Esqueleto, exceto crânio; • Músculos da cabeça, músculo estriado esquelético (tronco e membros); • Derme da pele; • Tecido conjuntivo. Correlação clínica: Sirenomelia: relacionada à formação do mesoderma ou problemas vasculares. O recém- nascido apresenta fusão dos membros inferiores, agnesia de genitália externa, ânus imperfurado e defeitos dos membros superiores. É uma doença VACTERL Desenvolvimento do celoma intra- embrionário Vai acontecer no mesoderma da placa lateral, na porção mais externa, começa a formação de uma cavidade, a qual vai originar as cavidades do nosso corpo (coração, pulmão e abdominal). No início, ela é uma cavidade única, mas com o desenvolvimento dos órgãos ela se divide nessas 3. • Cavidade Pericárdia; • Cavidades Pleurais; • Cavidade Peritoneal. Também tem formação da Esplancnopleura (mesoderma + endoderma), a qual vai formar a camada visceral dos órgãos – esplâncnica; já a união mesoderma + ectoderma vai originar a Somatopleura, que vai formar a capada parietal – somática, dos órgãos. Desenvolvimento inicial do sistema vascular Início da vasculogênese, o primeiro processo que é o desenvolvimento a partir de angioblastos do mesoderma que vão levar ao desenvolvimento de pequenos vasos com células sanguíneas primitivas que vão estimular os primeiros vasos sanguíneos a se unirem, formando o processo de angiogênese. Desenvolvimento do sistema cardiovascular É o primeiro sistema de órgãos que alcança um estado funcional. Inicia por 2 vasos (tubos cardiacos) que se unem, com 21 dias ele já começa a pulsar. Todo desenvolvimento do embrião depende desse coraçãozinho continuar a bater Desenvolvimento das vilosidades coriônicas Ao mesmo tempo que coração está se desenvolvendo, tem início o estabelecimento da placenta. Elas se desenvolvem em 3 níveis: primária (quase nada de vasos, por fora células do sincíciotrofoblasto e por dentro do citotrofoblasto), secundária (por fora sincíciotrofoblasto, citotrofoblasto dentro +mesoderma) e terciária (por fora sincíciotrofoblasto, citotrofoblasto dentro, mesoderma e vasos sanguíneos). Considerações clínicas Mola Hidatiforme: todo processo de implantação ocorre, mas dentro embrião não se formou. Ela pode surgir por ovócito anucleado que foi fecundado por espermatozoide que não levou ao desenvolvimento do embrião, mas de toda a estrutura. Pode evoluir para um tumor chamado Coriocarcinoma. Se faz dosagem de HCG, vai estar confirmando gravidez. Organogênese Vai da 4ª a 8ª semana de desenvolvimento. É nesse momento que o primórdio de todos os órgãos vai se formar. Quando esse processo ocorre, o embrião vai ter em torno de 5cm e inicia o período fetal. Fases do desenvolvimento embrionário: • Crescimento • Morfogênese (começa a ter forma); • Diferenciação (a partir dos 3 folhetos embrionários); Controle do desenvolvimento embrionário: O desenvolvimento é um processo de crescimento e de aumento da complexidade estrutural e funcional. É resultado da interação entre tecidos, nesse processo que ocorre a indução e o início da organogênese. Dobramento do embriãoO estabelecimento da forma do embrião ocorre devido ao seu rápido crescimento (principalmente do encéfalo e da medula espinal). O tubo neural do ectoderma vai crescer mais rápido do que estrutura do endoderma, logo embrião começa a dobrar no sentido cefalo-caudal e lateral. O coração assume sua localização, o âmnio vai envolver o embrião e a região ventral vai ficar menor, o saco vitelino vai diminuir. • Ocorre a transformação de um ser trilaminar achatado em um ser tubular; • Dobramento ventral das extremidades do embrião produz pregas cefálica e caudal em regiões opostas; • Nas membranas bucofaríngea e cloacal ocorre encontro do ectoderma com o endoderma; • No interior do endoderma, se forma o intestino primitivo; • Região umbilical, do saco vitelino, fica cada vez menor, vai colaborar para formação do cordão umbilical; • Ocorre deslocamento ventral dessas extremidades, enquanto o embrião se alonga cefálica e caudalmente. derivados da ectoderme Ectoderme superficial: • Epiderme da pele; • Glândulas sudoríparas, sebáceas e mamárias; • Unhas e pelos; • Esmalte dentário; • Glândulas lacrimais; • Conjuntiva • Meato acústico externo; • Epitélio oral e nasal; • Hipófise anterior; • Orelha interna; • Lente do olho. Órgãos derivados do tubo neural • Sistema nervoso central; • Neurônios somatomotores, branquiomotores e autonômicos pré-sinápticos; • Retina/nervos ópticos; • Hipófise posterior. Órgãos derivados da crista neural • Neurônios sensitivos periféricos e neurônios autonômicos pós-sinápticos; • Todos os gânglios; • Células da medula da adrenal; • Melanócitos; • Osso, cartilagem e tecido conjuntivo da cabeça e do pescoço. Âmnio: forma bolsa protetora ao redor do feto. Derivados da mesoderme Notocorda: forma núcleo pulposo de um disco intervertebral; • Induz neurulação (formação do tubo neural). Somitos: • Músculo estriado esquelético; • Osso; • Tecido conjuntivo, dura - máter. Mesoderme intermediário: • Gônadas; • Rins e ureteres; • Útero e tubas uterinas; • Porção superior da vagina; • Ductos deferentes, epidídimos e túbulos relacionados; • Vesículas seminais e ductos ejaculatórios; Placa mesodérmica lateral: • Derme, ventral; • Fáscia superficial e tecidos relacionados (Ventral); • Ossos e tecidos conjuntivos dos membros; • Pleura e peritônio; • Estroma do tecido conjuntivo do trato gastrointestinal. Mesoderme cardiogênico: • Coração; • Pericárdio. Derivados da endoderme Endoderme do tubo intestinal: • Trato gastrointestinal (enterócitos); • Glândulas mucosas do trato gastrointestinal; • Parênquima dos órgãos fígado e pâncreas; • Revestimento das vias aéreas (laringe, traqueia e arvore brônquica); • Glândula tireoide.; • Tonsilas. Cloaca: • Reto e canal anal; • Bexiga, uretra e glândulas relacionadas; • Vestíbulo; • Parte inferior da vagina. Bolsas faríngeas: • Tuba auditiva e epitélio da orelha média; • Criptas das tonsilas palatinas; • Glândula tímica; • Glândulas paratireoides; • Células C da glândula tireoide. Saco vitelino: • Produção das células sanguíneas embrionárias; • Comprimido dentro do cordão umbilical, depois desaparece. Alantoide: • Produção das células sanguíneas embrionárias; • Úraco fibroso e vestigial; • Parte presente no cordão umbilical desaparece. 4ªsemana - 22 a 28 dias Ocorrem grandes mudanças na forma do corpo, é a mais crítica de todas: • 4 a 12 somitos; • Tubo neural aberto nos neuroporos caudal e rostral. Se formam também: • Estomodeu; • Coração na cavidade pericárdica; • Intestino anterior; • Intestino posterior. Nos 24 dias, temos os 2 arcos faríngeos (estruturas com formato de arco posicionadas na nossa face, fundamentais para formação do rosto e do pescoço) visíveis: Primeiro arco: mandibular; Segundo arco: hioídeo. Nos 26 dias, se enxerga os 3 arcos faríngeos: Primeiro arco: mandibular, subdividido em 2, a proeminência maxilar e a proeminência mandibular + gânglio trigeminal; Segundo arco: hioídeo. Terceiro arco faríngeo Nos 28 dias, se enxerga os 4 arcos faríngeos: Primeiro arco: mandibular, formado pelo processo maxilar e o processo mandibular + gânglio trigeminal. Membrana entre os processos se rompe e forma o Estomodeu (primórdio da boca); Segundo arco: hioídeo. Terceiro arco faríngeo Quarto arco faríngeo 5 semana Poucas mudanças na forma do corpo. • Rápido crescimento da cabeça e proeminências faciais; • Brotos dos membros superiores tem forma de remos e o dos membros inferiores tem forma de nadadeiras; • Face bem grudada a eminência cardíaca; • Desenvolvimento das cristas mesonéfricas. 6 semana Embriões com respostas reflexas ao toque e movimentos espontâneos • Estruturas dos arcos faríngeos estão ficando mais nítidas, saliências auriculares começam a se desenvolver; • Placóide óptico mais desenvolvido; • Raios digitais que mostram desenvolvimento dos dedos; • Olhos pigmentados; • Desenvolvimento do cordão umbilical, que é muito proeminente; A cabeça é muito maior que o tronco e está encurvada sobre a grande proeminência cardíaca. Os intestinos penetram na pele proximal do cordão umbilical (hérnia umbilical fisiológica) pois a cavidade abdominal é muito pequena para acomodar o rápido crescimento do intestino. Ocorre também o inicio do desenvolvimento do cotovelo. 7 semana Ocorrem modificações consideráveis dos membros. • Aparecimento de chanfraduras entre os raios digitais das placas das mãos com separação parcial dos futuros dedos; • Placenta cada vez mais desenvolvida; • Comunicação entre o intestino e o saco vitelínico é um ducto estreito; • Início do processo de ossificação dos membros superiores. 8 semana Ocorrem os primeiros movimentos voluntários dos membros. Momento em que as estruturas vão ser finalizadas e embrião vai ser nitidamente humano. • Embrião não tão encurvado; • Formação do plexo vascular do couro cabeludo; • Orelha bem mais desenvolvida, mas com implantação baixa; • No final da 8ª semana, dedos estão totalmente desenvolvidos; • Eminência caudal curta. Malformações Defeito no fechamento da parede lateral dos membros e parede corporal = embrião na hora do dobramento, fez isso de maneira ineficiente, logo parte de estruturas abdominais que deveria ser interna, fica para fora. Gastrosquise = no momento de fechar a região do cordão umbilical, ocorre defeito na linha media, logo parte do intestino fica projetado para o lado de fora. Onfalocele = ocorre quando o intestino fica para dentro do cordão Extrofia de bexiga e ectopia córdis também são decorrentes de defeitos na linha média.. Imagens fetos 5ª semana 1a. Processo maxilar 1b. Processo mandibular 2. Segundo arco faríngeo 3. Terceiro arco faríngeo 4. Quarto arco faríngeo 5. Somitos 6. Broto membros superiores 7. Ventrículo cardíaco esquerdo 8. Átrio cardíaco esquerdo 9. Pedículo embrião 10. Eminência caudal 6ª semana 1. Cordão umbilical com hérnia 2. Fenda nasal 3. Placóides ópticos pigmentados 4. Meato acústico externo 5. Saliências auriculares 6. Formação de/zonas interdigitais 7ª semana 1. Proeminência cardíaca 2. Sulco nasolacrimal 3. Meato acústico externo 4. Raios digitais mãos 5. Raios digitais pés 6. Primórdio pálpebra 1. Proeminência do fígado 2. Primórdio da pálpebra 3. Olho 4. Canal auditivo 5. Cotovelo 6. Dedos das mãos 7. Dedos dos pés 8. Endireitamento do tronco 9. Plexovascular do couro cabeludo 10. Flexão cervical 8ª semana 1.1. Cordão umbilical com hérnia fisiológica 2. Nariz 3. Plexo vascular/couro cabeludo 4. Ouvido 5. Cotovelo 6. Dedos das/mãos 7. Joelho 8. e 9 dedos dos pés bemdesenvolvidos 10. Eminência caudal/curta. Período fetal Vai da 9ª semana até o nascimento. • Maturação dos tecidos e órgãos (já tem todos os órgãos); • Rápido crescimento do corpo; • Diminuição relativa do crescimento da cabeça em comparação com o resto do corpo (que antes era dividido em metade cabeça, metade corpo); • Surgimento do lanugo, penugem fundamental para proteger pele do bebê em contato com líquido amniótico. Verniz caseoso (resto de células mortas e produtos de glândulas sebáceas) também protege do líquido. Durante o período fetal: 9a a 38a semana, ele cresce 10 vezes, sendo esse crescimento muito visualizável: • 9ª semana = comprimento (CRL) 5cm; • 38ª semana = comprimento (CRL) 50cm. Relação da cabeça com o corpo: passa a ser proporcional, e não mais metade cabeça, metade corpo. No final da gestação, fica ¼ cabeça, restante corpo. Estimativa da idade fetal: Medidas básicas feitas através do ultrassom, importante para conferir saúde do bebê = Cumprimento Crânio – nádega (CRL). Medida da altura com os órgãos é mais difícil de ser feita em ultrassonografia. A partir do 2º trimestre: • Diâmetro biparietal (DBP, cabeça entre saliências parietais); • Diâmetro da cabeça entre as duas saliências parietais.; • Circunferência da cabeça; • Circunferência abdominal; • Comprimento do fêmur; • Comprimento do pé Medida vértice crânio – calcanhar: é a medida da altura, feita após o nascimento. Na ultrassonografia é difícil de ser feita, não é muito utilizada. início 3 mês – 9 a 10 semanas • A cabeça constitui metade do CRL (crânio - nádega) do feto; • Face larga, nariz não está muito bem desenvolvido; • Olhos separados; • Orelhas com implantação baixa; • Pálpebras ainda estão fundidas, é possível visualizar a pigmentação do olho, pálpebra é muito fininha; • Membros inferiores curtos; • Eritropoiese (formação das células sanguíneas) no fígado (que passa a produzi-las, é bem grande durante o período fetal); • Formação da urina, rim. (9ª - 12ª). Metade do 3 mÊs – 11 a 12 semanas • Eritropoiese vai para o baço; • Início da ossificação (para quase todos os ossos, pequenos moldes de cartilagem); • Olhos se deslocam para parte ventral da face; • Orelhas situam-se próximo de sua posição definitiva; • Membros inferiores menos desenvolvidos que os superiores; • Cordão umbilical ainda mostra uma intumescência, causada pela herniação das alças intestinais (mas ele retorna ao lugar na cavidade abdominal com 12 semanas); • Crânio não tem contorno liso normal; • Dedos bem desenvolvidos; • Pele fina, vasos sanguíneos subjacentes; • Características sexuais bem definidas. 4 mÊs – 13 a 16 semanas • Crescimento rápido; • Diminui o tamanho da cabeça em relação ao corpo; • Membros inferiores mais compridos; • Movimento coordenado de todos os membros, visível no ultrassom, a mãe não percebe pois são muito suaves; • Ossificação ativa do esqueleto fetal; • Olhos na posição anterior da face, eram bem lateralizados, e se movimentam lentamente; • Nariz está se desenvolvendo; • Presença de cabelos no couro cabeludo; • Orelhas próximas a sua posição definitiva em função do crescimento da face; • Ovários diferenciados com ovogônias; • Reconhecimento da genitália externa entre 12-14 semanas. 5 mês – 17 a 20 semanas • Crescimento mais lento, o CRL é de 15cm, no final do 5º mês ainda pesa menos de 500g; • A pele está coberta pelo verniz caseoso, substância gordurosa que protege a pele (de envelhecimento e rachaduras), e é produzido pela glândula sebácea + células mortas da epiderme; • Está coberto por lanugo, para manter a verniz caseosa junto a pele; • Sobrancelhas e o cabelo da cabeça são visíveis. (mas isso é muito variável, bebês podem nascer carecas); • Formação do tecido adiposo pardo (faz manutenção da temperatura corpórea, produz calor); • Testículos iniciam a descida, estão se desenvolvendo na região das gônadas, mas ainda estão na cavidade abdominal; • Ovogônias se diferenciam em ovócito 1; • Pele ainda é fina por falta de gordura subcutânea; • A mãe percebe os movimentos do feto = em torno de 147 dias + - 15 dias. 6 mês – 21 a 25 semanas • Ocorre ganho substancial de peso; • Apresenta pele avermelhada e tem aparência enrugada pela falta de conjuntivo subjacente; • Na 24ª sem. inicia a produção de surfactante, o qual é um tensoativo presente no pulmão para impedir o colabamento dos alvéolos (produzido pelos pneumócitos tipo 2); feto não tem como sobreviver sem isso pois as trocas gasosas não acontecem. Em riscos de partos prematuros, a mãe precisa utilizar os corticoides, os quais estimulam a produção de surfactantes; • Síndrome da Membrana Hialina ou Síndrome da angústia respiratória (SAR) = quando não ocorre a produção de surfactantes. Sem surfactantes, o saco alveolar colapsa. Uma pressão 10 vezes maior do que o normal é necessária para ele ser reinflado. O surfactante pulmonar reduz a tensão superficial da água que reveste a superfície do saco alveolar, prevenindo o colapso; • Unhas nos dedos das mãos; • Se nascer nessa fase vai precisar de cuidados intensivos para sobreviver. 7 mÊs – 26 a 29 semanas Tem um CRL de 25cm, pesa 1.100g, é capaz de sobreviver se for prematuro. • Pálpebras abertas Unhas dos dedos dos pés se tornam visíveis; • O tecido adiposo pardo representa 3,5% do peso corporal; • Na 28ª semana a medula óssea torna-se o principal produtor de sangue; • Pode sobreviver e tem mais chance fetos de maior peso; • Feto de 7 meses tem contornos bem arredondados como resultado da deposição de gordura subcutânea. Notar a torcedura do cordão umbilical. 8 mês – 30 a 34 semanas • Reflexo pupilar pode ser induzido; • A gordura parda é 8% do peso corporal.; • Desaparecem as rugas da pele e o lanugo da face; • Geralmente sobrevive quando nasce nesse período. 9 mÊs – 35 a 38 semanas O crânio apresenta a maior circunferência do corpo e vai se tornando semelhante a do abdômen. O CRL é em torno de 36cm e o CHL é 50cm O peso varia entre 3.000 - 3.400g. • As características sexuais são evidentes; • Os testículos deverão estar no escroto A pele conserva o verniz caseoso. Só apresenta lanugo na região interescapular; • As unhas das mãos ultrapassam as pontas dos dedos; • Apresenta preensão palmar (aperta dedinhos); • Com 37 semanas o tamanho do pé é um pouco maior que do fêmur – confirma idade fetal. Data provável do parto Contar 3 meses para trás, a partir do primeiro dia do último período menstrual e acrescentar 1 ano e 7 dias. Exemplo: Primeiro dia do UPMN = 24 de maio 2012. Subtrai 3 meses = 24 fevereiro 2012. Adicione 1 ano e 7 dias. DPP = 01 março 2013. 266 dias ou 38 semanas após a fecundação 280 dias ou 40 semanas após ao último período menstrual. Fatores que influenciam no crescimento fetal Gases e nutrientes provenientes da mãe passam livremente pela membrana placentária. = glicose, aminoácidos. • RN normal - 2500 a 4000g; • BPA (baixo peso ao Nascer); • PIG = pequeno para idade gestacional; Restrição do crescimento fetal (RCF): • Insuficiência placentária, placenta não bem desenvolvida; • Gestações múltiplas, geralmente são menores; • Doenças infecciosas; • Anomalias cardiovasculares; • Nutrição materna inadequada; • Hormônios; • Teratógenos; • Fatores genéticos; • Álcool e drogas. Avaliação do estado do feto Perinatologia, é um diagnóstico pré-natal Ultrassonografia para checar estado da gestação. • Morfológica 1º trimestre (11 a 13+6 semanas), feita para medir diversas partes e conferir se há anormalidades, chance de síndromes; • Morfológica 2º trimestre (18-23 semanas). • Amostragem de vilosidade coriônica - 10 a 12semanas se tem suspeita de anomalia durante as morfológicas, feita com ultrassonografia com inserção de cateter (pega pedaço da vilosidade coriônica e leva para análise); • Amniocentese - 15 a 20 ml - 15 a 18 semana, se tem suspeita de anomalia durante as morfológicas. Faz ultrassonografia, insere agulha e pega um pouco de líquido amniótico, envia para análise para confirmar presença de síndrome. Dosagem no soro • Dosagem de alfafetoproteína. Quando um feto apresenta um defeito do tubo neural aberto, a concentração de AFP provavelmente também estará mais alta do que o normal no soro materno. A concentração de AFP no soro materno é mais baixa do que o normal quando o feto apresenta síndrome de Down (trissomia do 21), síndrome de Edwards (trissomia do 18), ou outros defeitos cromossômicos.; • Beta-hCG livre (marcadores de índice de chance de síndrome); • PAPP-A (marcadores de índice de chance de síndrome); Feto polidrâmnio: é um feto que está sob líquido amniótico excessivo. As causas mais comuns são: malformações fetais, gestação múltipla, diabetes materno, anemia fetal, etc. Suas principais consequências são: contrações prematuras, ruptura prematura das membranas, má posição fetal, comprometimento respiratório, prolapso do cordão umbilical, descolamento prematuro da placenta., morte fetal. Diabetes materna: pode causar um bebê macrossômico (+ de 4kg); a mulher fica com uma quantidade maior que o normal de açúcar no sangue, hiperglicêmica, e passa a glicose em excesso para o feto via cordão umbilical. Com o corte do cordão umbilical, ao nascimento, o bebê pode ficar hipoglicêmico devido à alta taxa de insulina produzida. Tecidos extraembrionárias Âmnio: é responsável por envolver o embrião/feto. • Fina camada constituída de células ectodérmicas extraembrionárias; • Envolvida por camada mesodérmica extraembrionária não vascularizada; • Formação e renovação do líquido amniótico (transparente, se forma por difusão da pele antes de 20 semanas e se renova depois disso); • Membrana é bem rígida, é muito resistente; • Utilidades médicas da membrana amniótica: quando feto nasce, tem funções anti- inflamatórias. Polidrâmnio: aumento do líquido amniótico. Todas as condições que interrompem a ingestão de líquido amniótico, como defeitos no tubo neural (anencefalia), gestações múltiplas, extrofia tráquio-esofágica. Algumas faixas, bridas, da membrana pode se romper e se enrolar em algumas estruturas dos fetos, podendo levar a morte/sequelas; Oligoidrâmnio: diminuição do líquido amniótico, pode ser causado por furo na membrana, mãe vai perdendo líquido aos poucos. Também pode ser causado por agenesia renal bilateral (pois se for unilateral o outro rim já consegue produzir urina); Síndrome da brida amniótica: pode acontecer por conta da membrana que se desgruda, envolvendo partes do feto e causando anomalias. Saco vitelino: vesícula umbilical. • Função primordial = fonte de nutrição (ácido fólico, vitaminas A, B12 e E); • Formado de Endoderma revestido externamente por mesoderma extraembrionário bem vascularizado (primordial para o desenvolvimento da vascularização do embrião); • Ilhotas sanguíneas (primeiras células sanguíneas); • Células germinativas primordiais; • Contribui para a formação do cordão umbilical e vasos deste; • Divertículo de Meckel, útlimo pedaço do intestino que retorna para cavidade abdominal. Alantoide • Surge na 3ª semana como uma evaginação ventral do intestino posterior; • Revestida internamente de endoderme; • Contribui para o desenvolvimento do arco circulatório umbilical; • Forma o Úraco (entre cordão e a bexiga) – ligamento umbilical mediano. Em algumas crianças, úraco persiste e pode sair urina pelo umbigo; Córion: está em volta do âmnio, é uma camada composta por trofoblasto e mesoderma extraembrionário. • Córion liso, parte que vai fiando mais grudada com o âmnio; • Córion frondoso ou viloso, é o que desenvolve cada vez mais vascularização, é ele que forma a placenta. Placenta É o local de troca de nutriente e gases entre a mãe e o feto. É o único órgão com 2 genomas: • Porção fetal = Córion; • Porção materna = endométrio, Decídua (pode ser Basal, que realmente forma a placenta; Capsular que envolve o âmnio; ou Parietal, que envolve todo resto do endométrio. Espaço interviloso: artérias espiraladas da mãe vão jogar o sangue Capa citotrofoblástica: por ela se dá a troca de nutrientes. Cordão umbilical tem 2 veias, que trazem o sangue até a placenta, entrando na vilosidade coriônica. Pelas artérias espiraladas, mãe jorra sangue no espaço interviloso. Assim se dá as trocas pela capa citotrofoblástica, que separa o sangue da mãe e o do feto. Placenta exerce função de pulmão para o feto. Pressão nas artérias espiraladas é fundamental para que as trocas aconteçam de fato entre a mãe e o feto. Placenta madura: • Sinciciotrofoblasto fino; • Vasos do feto muito próximos a capa citotrofoblástica (trocas bem mais intensas); • Capilares fetais bem próximos; • Citotrofoblasto (pouco, quase inapartente); • Lâmina basal (endotélio); • Endotélio Capilar. Funções: troca de substâncias através da placenta Difícil acesso: Hormônios proteicos (insulina por exemplo) e Anticorpos IgM. • Síntese e secreção de hormônios placentários, tais como: HCG, Progesterona, Estrogênios (glândula adrenal do feto), Somatotrofina coriônica (lactogênio placentário humano, semelhante ao hormônio do crescimento que estimula lactação e crescimento do feto, Tireotrofina coriônica e Corticotrofina coriônica (estimulam a mudança da vascularização sanguínea da mãe para se adaptar a gestação. Imunologia da placenta: placenta é o que controla a invasão e a resposta do corpo da mãe. • Hiperestimulação antigênica, o feto começa a liberar células dele mesmo na corrente da mãe, logo algumas células placentárias vão invadindo e vão apresenta-las para mãe (fazendo com que ela não reaja); • Diminuição da expressão MHC+ (complexo maior de histocompatibilidade) barreira decidual, pega antígenos próprios e apresenta para fora da célula para sistema imune responder, logo células deciduais da região tem pouco MHC (interação é fraca entre essas células e sistema imunológico); • Sistema imunológico da mãe paralisado pela grande quantidade de estrógeno e progesterona, garantindo que não tenha grande resposta imune na região da placenta. Condições patológicas da placenta: • Locais de implantação anormal, deveria ser na parte superior, anterior ou posterior: • Placenta prévia, quando placenta está muito próxima a saída, é marginal. Tem grande chance de ter descolamento de placenta, ocasionando sangramento. Em casos graves, é necessária a realização de cesareana; • Anomalias gerais da placenta, como placenta velamentar (cordão umbilical sai de uma ponta); • Mola hidatiforme = gestação sem feto, mas toda estrutura da placenta está presente (surge através de óvulo anucleado); • Coriocarcinoma (tumor). Cordão umbilical Saco vitelínico e alantoide contribuem para seu desenvolvimento. É composto, inicialmente, por uma veia e duas artérias. Ao seu redor, tem Geleia de Wharton, um tecido conjuntivo mucoso, importante para manter vasos íntegros, impedindo sua ruptura. Cordão é bem longo, pode eventualmente dar giros ocasionando nó (pode levar a morte do feto). No início é bastante largo. Depois veias se fusionam (ficando apenas 1 veia) + duas artérias. Cordões muito longos podem trazer riscos, pois eles têm a tendência de se enrolarem ao redor do feto ou de sofrer prolapso. Cordões muito curtos podem levar à separação prematura da placenta da parede do útero durante o nascimento. Membranas extraembrionárias em gravidezmúltipla • Cada blastocisto se implantou em um local do útero, logo, cada um deles vai ter sua placenta, seu âmnio e seu córion. Gêmeos são totalmente separados; • Placentas com comunicação, mas cada feto tem seu córion e seu âmnio; • Córion comum, um único blastocisto com 2 embrioblastos, se forma uma placenta única mas cada um tem seu âmnio (ocorre só em fetos homozigóticos); • Fetos unidos por uma placenta única, um córion único e um âmnio único. É nessa condição que pode ocorrer fetos siameses, extremamente rara. Feto papiráceo = feto que morre pois o outro feto na gestação recebe todos os nutrientes. Ele fica seco. Desenvolvimento dos Sistemas Sistema esquelético Durante a formação desse sistema, ocorre o desenvolvimento das cartilagens, dos ossos e o desenvolvimento do esqueleto (axial, crânio e esqueleto apendicular). SOMITOS São estruturas segmentadas que vão se formando ao longo da coluna vertebral, muito importantes para o desenvolvimento de todo o esqueleto axial. ele se diferencia em algumas estruturas: Esclerótomo- vértebras e costelas; Dermomiótomo- miótomo (parte muscular, formação dos músculos) e dermátomo (parte de tecido conjuntivo, colabora para formação da derme). FORMAÇÃO DAS CARTILAGENS E DOS OSSOS Células mesenquimais migratórias e não diferenciadas sofrem condensação em regiões específicas e depois se diferenciam em condroblastos ou osteoblastos dando origem ao sistema esquelético em desenvolvimento. HISTOGÊNESE DA CARTILAGEM Inicia com o mesênquima, cujas células tem abundante mec. elas começam a se condensar e se diferenciam em condroblastos, os quais começam a produzir a matriz e ficam envoltos por ela. Nessa etapa, passam a ser chamados de condrócitos que, com passar do tempo, fazem divisão mitótica, formando os ninhos isogênicos. Quando ela já está formada, o pericôndrio auxilia no seu crescimento fornecendo os condroblastos necessários. HISTOGÊNESE DO OSSO Tem dois tipos de ossificação: Endocondral: primeira forma cartilagem hialina, que vai sendo ossificada aos poucos. Ocorre principalmente nos ossos longos e curtos. Pequena peça cartilagem está cheia de condrócitos, que começam a sofrer hipertrofia, culminando na redução matriz cartilaginosa (tabiques finos). Depois disso, inicia a calcificação da matriz cartilaginosa e a apoptose condrócitos. Se dá uma invasão dos capilares sanguíneos, que trazem para cartilagem as células progenitoras, que originam os osteoblastos, que originam os osteócitos, que formam o osso e a medula óssea. Intramembranosa: parte de um tecido mesenquimal, que vai ser ossificado sem presença de cartilagem (deposição de tecido ósseo sobre o tecido conjuntivo primitivo). Encontrada principalmente nossos ossos frontal e parietal, parte occipital, temporal e maxilar, clavícula, ossos curtos e ossos longos em espessura. Células do tecido conjuntivo precursoras se condensam formando blastema ósseo. Daí, os osteoblastos começam secretando a matriz e passam a ser osteócitos. Tecído ósseo é formado aos poucos na forma de espícula. A região do mesênquima que não calcifica diferenciam se em periósteo e endósteo. Epífise ainda está totalmente cartilaginosa, só se visualiza diáfise. Controle molecular: células mesenquimais adquirem a N caderina, que faz com que elas se tornem células com maior condensação e adesão. Depois disso, elas começam a expressar determinadas proteínas que vão fazendo com que elas se comprometam com uma linhagem; ou vão para uma pré-cartilagem (podendo ir para cartilagem permanente expressando o gene Sox-9 ou para cartilagem temporária, expressando outras proteínas); se forem para diferenciação intramembranosa, já começam a expressar osteopontina, osteocalcina e vão formar o tecido ósseo. DESENVOLVIMENTO DO ESQUELETO Pode ser desenvolvido em Esqueleto Axial e Esqueleto Apendicular. Esqueleto Axial: derivado dos esclerótomos dos somitos (que vai migrando em volta do tubo neural e da notocorda para formar vértebra, formando molde de cartilagem que ossifica). Para formação das vértebras, esse somito vai formar uma região menos condensada e uma mais condensada (entre cada um desses somitos tem um vaso). A região mais condensada posterior de um somito vai se fundir com a região menos condensada anterior do somito adjacente, formando vértebra (nervo passa entre elas). As partes que não se fundiram vão auxiliar na formação dos discos intervertebrais. Existem 7 vértebras cervicais, mas 8 nervos. Formato entre as vértebras é diferente em função da diferente atuação dos genes HOX, fundamentais para formação do nosso esqueleto (para cada vértebra tem uma expressão diferente para determinada morfologia). Exceção é o esterno, que é derivado do mesoderma da placa lateral. O crânio, é mais complexo, derivado do mesoderma local e das células da Crista Neural. Ácido retinóico é fundamental para determinar a expressão dos genes HOX. Se pessoa estiver tomando medicamento derivado desse ácido, como Roacutan, pode alterar concentração dele no organismo e não expressar genes corretamente. Esqueleto Apendicular: derivado do mesoderma da placa lateral. DESENVOLVIMENTO DAS VÉRTEBRAS Ossificação começa no período embrionário (moldes de cartilagem se formam nesse período, centros primários de ossificação vão surgindo ao longo do período fetal) e termina aos 25 anos. Ao nascimento, cada vértebra consiste em 3 partes ósseas conectadas por cartilagem. DESENVOLVIMENTO DAS COSTELAS São um “prolongamento” das vértebras. Durante o período embrionário, o processo é todo cartilaginoso, enquanto no período fetal o processo é de ossificação. Existe uma região (frontal) que demora muito mais para ossificar, sendo que alguns autores dizem que ela nunca deixa de ser cartilagem. DESENVOLVIMENTO DO ESTERNO Faz parte do esqueleto axial, mas sua origem é derivada do mesoderma da placa lateral. Se forma como um molde de pequenas estruturas cartilaginosas, as faixas esternais, e ao longo do dobramento do embrião essas vão se fundir e começa a formação dos centros primários de ossificação. Na ectopia cordis, essas faixas não conseguem se fusionar e o esterno não se forma corretamente, deixando o coração para o lado de fora. MALFORMAÇÕES CONGÊNITAS NAS VÉRTEBRAS E NAS COSTELAS • Espondilolistese (mas maioria acontece por acidente, é quando uma vértebra invade o espaço da outra e acaba quebrando ela); • Escoliose congênita = somitos não migram corretamente e vértebra é malformada; • Cordoma = tumor derivado da notocorda, por algum motivo ela não se degenera; • Costelas acessórias = pessoas com costelas a mais ou a menos, relacionado com a expressão dos genes HOX; • Fechamento defeituoso da coluna vertebral (relacionado com a concentração de ácido fólico ❖ Espinha bífida oculta = condição mais frequente, menos agressivo, parte da vértebra do indivíduo não foi desenvolvida, geralmente criança tem tufo de cabelo na região da espinha bífida); ❖ Meningocele = parte da meninge forma cisto, que pode levar a diversas consequências (como hidrocefalia) sem necessariamente atingir a medula; ❖ Meningomielocele = caso mais grave, parte da medula está dentro do cisto junto com a meninge; ❖ Mieloesquise – raquisquisi = não tem meninge, muita dificuldade motora . DESENVOLVIMENTO DO CRÂNIO O crânio se desenvolve a partir do mesênquima ao redor do encéfalo em desenvolvimento. Mesênquima derivado: • Crista neural (frontal); • Mesoderma paraxial (somitômeros); • Mesoderma da placa lateral. Podemos dividir o crânio em 2 situações: Neurocrânio – caixaprotetora: • Parte formado de região cartilaginosa (ossificação endocontral); • Parte com ossificação intramembranoso Víscerocrânio – esqueleto da face: • Parte formado de região cartilaginosa (ossificação endocontral); • Parte com ossificação intramembranoso. NEUROCRÂNIO Cartilaginoso: ossificação endocondral = base do crânio, etmóide, esfenóide, parte dos temporais e parte do occipital. Sequência geralmente começa no occipital. A notocorda vai servir como base para formação des estruturas cartilaginosas. Obs.: itens de mesma cor são correspondentes (um forma o outro); Membranoso: ossificação intramembranosa ocorre do mesênquima dos lados e na região superior do encéfalo- (Calvária- Abóboda craniana). Engloba os Óssos Chatos- (frontais, parietais, escamas dos temporais e parte occipital). Espaço existente entre os ossos em formação = Suturas, Tecido conjuntivo denso, articulações fibrosas Importante durante o Parto. Fontanela (popularmente denominada moleira), espaço macio e membranoso que separa os ossos do crânio dos recém-nascidos (permitem diminuir um pouco a circunferência do crânio na hora do parto). Recém-nascido tem 6 fontanelas. Obs.: fechamento delas está representado por cores. VÍSCEROCRÂNIO Cartilagem de Meckel não serve para formação direta da mandíbula, só serve como uma base (ao redor dela vai ter ossificação intramembranosa). MALFORMAÇÕES CONGÊNITAS NO CRÂNIO • Fechamento defeituoso da abóboda craniana ❖ Craniosquise; ❖ Meningocele; ❖ Meningoencefalocele; ❖ Meningo-hidro-encefalocele; • Craniodiostose – acompanhada de cleidodisostose = quando tem um defeito no fechamento das suturas cranianas, cabeça cresce mais do que o normal. Cleidodisostose é uma diminuição da clavícula, tem impressão que cabeça é ainda maior. • Craniossinostose = fechamento prematuro das suturas, podendo prejudicar o parto e o crescimento do encéfalo, fica mais alongado; • Escafocefalia = defeito do fechamento prematuro na sutura sagital, crânio cresce no sentido ventral-dorsal, fica mais alongado; • Braquiocefalia = defeito do fechamento prematuro na sutura coronal, alongado para cima; • Plagiocefalia. = defeito do fechamento prematuro na sutura coronal em só um dos lados, crânio é assimétrico, cresce mais de um lado do que do outro. DESENVOLVIMENTO DO ESQUELETO APENDICULAR Cinturas peitoral e pélvica e nos ossos dos membros. Processo inicia durante a 5ª semana. Ocorre ossificação endocondral (clavícula é a exceção, ossificação é intramembranosa), que se estende ao longo do período. fetal. Origem é a partir do mesoderma da placa lateral. Crista ectodérmica apical vai sinalizar o mesoderma a se diferenciar, se alongar e formar os moldes cartilaginosos (também puxa a parte de inervação e musculatura). Ossificação: No final do período fetal/pós nascimento, começa a formação dos centros secundários de ossificação, nas epífises, e, com isso, começa a surgir os discos de crescimento (importantes para o crescimento do osso em largura). A ossificação inicia nos ossos longos durante a 8ª semana➔ Centros 1ª ossificação. Centros 2ª de ossificação = joelho, tíbia e fêmur. ANORMALIDADES RELACIONADA AO SISTEMA ESQUELÉTICO GENERALIZADAS • Acondroplásia- nanismo = gene FGFR3 (membros encurtados e corpo normal); ❖ Nanismo hipofisário (falta de hormônio de crescimento, não tem alterações esqueléticas); • Hiperpituarismo- gigantismo ou acromegalia➔ excesso do hormônio do crescimento; • Osteogenesis imperfecta (síndrome dos ossos de vidro); • Osteopetrose (Doença de Albers-Schonberg, osso excessivamente rígido). . Embriologia do Sistema muscular Tipos de Tecido Muscular O músculo estriado esquelético tem fibras bastante alongadas, núcleos na periferia dessa fibra, tem estrias (organização dos sarcômeros alinhados) e sua contração é forte, rápida e voluntária. Já o músculo cardíaco, não tem sua fibra tão alongada, ela é filamentar ramificada e o núcleo, geralmente único, é central. Além disso, possui os discos intercalares que fazem adesão célula-célula e sua contração é forte, rápida, contínua e involuntária. Por fim, o músculo liso tem uma fibra filamentar, estrutura bem menor em relação as outras e tem apenas um núcleo central. Não possui estrias e sua contração é fraca, lenta e involuntária. CARACTERÍSTICAS HISTOLÓGICAS DAS FIBRAS MUSCULARES Histogênese Células mesenquimais (com características de células mais separadas com abundante MEC)➔Premioblastos (primeira diferenciação, células que começam a se alongar)➔ Mioblastos (apresentam algumas fibras contráteis). Daí, esses vão se diferenciando e formam a fibra muscular. Desenvolvimento A musculatura esquelética se deriva totalmente do Mesoderma Paraxial (que fica adjacente a notocorda), também pode ser chamado de Somitos (do ponto da notocorda para baixo – músculos esqueléticos) e Somitômeros (do ponto da notocorda para cima – músculos da região da face). Somitos começam a sofrer epitelização e formam o Esclerótomo e o Dermatomiótomo (ao mesmo tempo que embrião está iniciando seus dobramentos). Esclerótomo vai formar as vértebras e o Dermatomomiótomo vai formar o Dermátomo e o Miótomo, sendo esse último responsável pela formação dos músculos. REPRESENTAÇÃO Origem da musculatura estriada esquelética Região dos somitos sofre o processo de epitelização: 1. Esclerótomos; 2. Dermátomo; 3. Miótomo Tem borda dorsomedial, que pode ser conhecida como Pares Epaxiais. Na outra extremidade, tem a borda venterolateral, conhecida como Pares Hipaxiais. Algumas das células da borda venterolateral também migram, via fronteira somítica lateral, para a camada parietal adjacente do mesoderma da placa lateral, formando a parede abdominal, músculos infra-hioides e músculos dos membros. O resto do Miótomo, Pares Epaxiais, forma os músculos do dorso, da cintura escapular e os músculos intercostais. Tudo regulado pela expressão gênica. DERMOMIÓTOMO Miótomo➔ Mioblastos (céluas musculares primordiais). Dermátomo➔ Forma a derme (Fibroblastos). Notocorda expressa determinados genes, sob influência do tubo neural, e estimula desenvolvimento dos Esclerótomos (e formar as vértebras). Região do Tubo Neural vai produzir o WNT, que estimula o MYF5, um dos genes precursores dos músculos epaxiais. Estimula também o PAX3, relacionado com desenvolvimento da derme. O ectoderma adjacente, junto com o mesoderma intermediário, estimula a produção do MYOD, para que esse adquira a característica para migrar via fronteira somítica lateral e formar os músculos mais laterais do organismo. Eventos moleculares envolvidos na direrenciação dos somitos: alguns genes estimulam e outros bloqueiam o desenvolvimento das estruturas. DERMATOMIÓTOMO EXPERIMENTOS QUE COMPROVAM A ORIGEM DA MUSCULATURA O experimento consiste em fazer uma retirada dos somitos do pintinho em desenvolvimento e substituir por um enxerto de codorna. Daí, se acompanhou o que a estrutura foi capaz de formar, concluindo que essa estrutura contribui para o desenvolvimento da musculatura e das vértebras. INERVAÇÃO DOS MÚSCULOS Sempre junto com a migração dos músculos, migra a inervação. Cada miótomo recebe sua inervação de nervos espinhais derivados do mesmo segmento de células musculare.s. Ramos primários dorsais estará com os músculos epaxiais e os ramos primários ventrais, que migrará junto aos músculos hipoaxiais. MÚSCULOS DOS MEMBROS FASES DA DIFERENCIAÇÃO DO MÚSCUL ESQUELÉTICO Célula mesenquimal precursora começa a se alongar e produzir alguns filamentos de actina e miosina. Daí, células seguem crescendo e passam a se fusionar,um mioblasto com o outro, formando uma célula muito longa com núcleos que sintetizam cada vez mais actina e miosina (que vão empurrando os núcleos para a periferia – por isso essa é a morfologia do musculo esquelético). Células satélites ficam adjacentes para que, se houver necessidade, auxiliam no acréscimo de actina e miosina. Miostatina é um gene que regula o crescimento do músculo. O músculo estriado esquelético não sofre Hiperplasia (aumento de células, mas sim Hipertrofia, que é um estímulo para o aumento da quantidade de actina e miosina, aumentando o tamanho da fibra. DESENVOLVIMENTO DO TENDÃO Os tendões são derivados do esclerótomo adjacente ao miótomo (Sindetomos) ou do mesoderma da placa lateral, regulado pelo fator de transcrição Scleraxis. Tendão é responsável por ligar o músculo ao osso. Malformações congênitas • Hipotonia congênita (que geralmente não tem explicação, indivíduo simplesmente tem tônus muscular mais fraco); • Agenesia muscular (pode acontecer em diversos músculos, podendo ocasionar consequências graves, como a Síndrome do abdome em ameixa seca = musculatura do abdome não se desenvolve); • Anomalias de forma e de posição; • Distrofia muscular = alterações genéticas que levam a defeitos na progressão muscular; • Sequência de Poland (sindactilia – fusão dos dedos, braquidactilia – encurtamento dos dedos e ausência de peitoral). Nas mulheres, mama fica bastante deslocada e mamilo não é bem desenvolvido. DISTROFIA MUSCULAR DE DUSCHENNE Ligada ao cromossomo X, geralmente afeta indivíduos do sexo masculino. Proteína afetada é a distrofina. SÍNDROME DE DEPRUNE BELLY É uma tríade: • Deficiência ou ausência de musculatura da parede abdominal; • Criptorquidismo bilateral; • Malformação do trato urinário. ARTROGRIPOSE Condição marcada pela ausência de alguns músculos, um desenvolvimento inadequado desses. Criança costuma ter hipodesenvolvimento associado as articulações defeituosas, nasce cheia de contraturas. TORCICOLO CONGÊNITO Geralmente associado a problemas no parto, não tem nada a ver com o torcicolo comum, é uma situação na qual indivíduo fica com o pescoço para o lado e é de difícil correção. Músculo cardíaco Células do mesoderma pré- cardíaco estão bem aderidas, acabam desenvolvendo sistema de comunicação avançado através dos discos intercalares (quando uma célula contrai, a outra contrai também). Elas vão se organizando, dividindo e se fusionando, mas não mais do que duas (núcleo único ou duplo; sempre central). Ao redor do núcleo, actina e miosina vão se desenvolvendo. Derivado do mesoderma esplâncnico o que circunda o tubo cardíaco endotelial. • Discos intercalares; • Fibras de Purkinje- condução do coraçãomiofibrilas distribuídas irregularmente; • Mioblastos se aderem e posteriormente formam discos intercalares característicos. Musculatura lisa Células são bem menores, é derivada de: Mesoderma esplâncnico = parede do trato gastrointestinal, útero e vasos. Mesoderma das células da crista neural (mesênquima local) = músculos da pupila, glândulas mamárias e sudoríparas. Embriologia Sistema Tegumentar O sistema Composto por nossa pele e estruturas anexas (pelos, glândulas sebáceas/sudoríparas/mamárias, dentes, unhas). A pele é o maior órgão do corpo, reveste toda nossa estrutura. Temos bem na porção superior a Epiderme (composta por tecido epitelial estratificado pavimentoso queratinizado), Derme (tecido conjuntivo frouxo e denso não modelado) e Hipoderme (tecido conjuntivo frouxo e tecido adiposo – panículo de gordura). Também temos glândula sudorípara (tubular enovelada), pelos, vasos sanguíneos, receptores sensitivos e glândulas sebáceas (produtoras de gordura). Origem A pele tem origem a partir de uma interação entre a ectoderme (epiderme) e o mesoderma subjacente (derme e hipoderme). Nesse processo, um tecido interage com o outro (= interação epitélio-mesênquima). O somito começa a se diferenciar em partes específicas, entre elas, o dermátomo responsável pela formação da derme. Desenvolvimento da pele 4 SEMANAS: pele é um mesoderma e ectoderma de superfície (tecido simples cúbico). • Troca de nutriente (não é nenhuma barreira, nutrição do embrião ocorre livremente por ela). 7 SEMANAS: a interação epitélio-mesênquima, leva a formação de uma periderme (camada a mais da derme, que forma células achatadas pavimentosas, deixa de ser tecido simples). Mesoderma passa a se chamar mesênquima. • Ectoderme evolui para camada basal (germinativa), que prolifera e gera Periderma; • Mesoderma vira Mesênquima; • Inicia a angiogênese (alguns vasos sanguíneos). 11 SEMANAS: a pele começa a ficar estratificada, Periderme continua com células achatadas na superfície. Cristas epidérmicas começam a se formar (derme e epiderme interagindo, importantes para boa adesão entre tecido epitelial e conjuntivo. Formam impressão digital e linhas das mãos). Começam a aparecer fibras colágenas e elásticas, migração dos melanoblastos (derivados das células da crista neural, se diferenciam em melanócitos e conferem cor da pele e cabelo). 21 SEMANAS: melanócitos se posicionando no local correto, começa a produzir melanina. • Periderme começa a formar o estrato córneo (células sofrem apoptose e formam queratina da pele). É possível visualizar todas as camadas da pele, mas ela é muito delicada (estrato germinativo origina os outros estratos; • Pele começa a se diferenciar mostrando o tecido conjuntivo frouxo e o denso não modelado; • Começa a sofrer descamação, originando vernix caseoso (proteção que envolve o bebe, produto das glândulas sebáceas junto a descamação); • Não tem mais trocas de nutrientes (cordão umbilical bem estabelecido. DETERMINAÇÃO DO TIPO DE PELE A derme determina a diferenciação da epiderme. Existe interação epitélio-mesênquima. Experimento: Mesoderma adjacente que é responsável pela determinação. CAMADAS DA EPIDERME Camada basal (ligada a lâmina basal, cheia de integrinas para conferir adesão. Sofrem mitose e vão subindo as camadas, acumulando grânulos e perdendo os desmossomos). • Espinhosa; • Granulosa; • Córnea = células que sofreram apoptose que formam a queratina. DESENVOLVIMENTO DA IMPRESSÃO DIGITAL Aproximadamente nas 6 semanas, começam a se desenvolver os Coxins Volares, estruturas/saquinhos que acumulam líquido em várias partes da mão e sola do pé (sofrem influência genética e do meio que o bebê está vivendo). Irmãos podem ter impressões digitais parecidas, mas não idênticas, cada um tocou dentro de algo dentro durante a gestação (mesmo gêmeos idênticos). As cristas dérmicas que determinam a impressão digital e nossas linhas. Prega simiesca = prega palmar única, relacionada com indivíduos sindrômicos. CÉLULAS IMIGRANTES DA EPIDERME Melanoblastos originam os Melanócitos, derivados da Crista Neural. Melanócitos produzem a Tirosina que, a partir da enzima Tirosinase, converte a Tirosina em Melanina (geralmente Albinos tem deficiência na Tirosinase). Células de Langerhans: derivadas de precursores da medula óssea, fazem fagocitose; Células de Merkel: células derivadas ad Crista Neural, se ligam a receptores de neurônios e conferem sensibilidade a pele. Pele Fina: • Todo corpo; • Folículos pilosos; • Músculos eretores dos pelos; • Glândulas sebáceas; • Glândulas sudoríparas. Grossa: • Palma das mãos e sola dos pés; • Não tem folículos pilosos; • Maior quantidade de queratina; • Glândulas sudoríparas. DESENVOLVIMENTO DOS PELOS Invaginação da epiderme paradentro da derme, acontece por volta da 9ª semana. Com 20 semanas, já são evidentes e se chamam de Lanugo (tem em toda pele, ajuda na aderência do vernix caseoso). Algumas crianças nascem com pouco pelo e outras com muito. O cabelo tem um padrão espiral no feto. Algumas patologias estão envolvidas no padrão não espiral do feto, entre elas: • Dicéfalo (cérebro dobrado); • Microcefalia grave. DESENVOLVIMENTO DAS GLÂNDULAS SUDORÍPARAS Invaginação da ectoderme que vai crescendo por volta da 16ª – 20ª semana. Células mioepiteliais liberam o produto quando necessário. GLÂNDULAS MAMÁRIAS Se desenvolvem a partir das cristas mamárias, ocorre por volta das 4 semanas, são cristas espessadas de ectoderme na região axilar até a inguinal (cristas de Wolff). São um tipo modificado e especializado de glândula sudorípara. Cristas se condensam na região superior e formam duas mamas. Desenvolvimento pós natal Criança nasce com mama pouco desenvolvida, vai crescendo ao longo da vida. Meninas na puberdade tem o crescimento das mamas influenciado pelos hormônios, mas só completa desenvolvimento na amamentação. Alguns homens apresentam Ginecomastia, que é o crescimento anormal das mamas (pode ser isolada ou associada a outras síndromes). ALTERAÇÕES NO DESENVOLVIMENTO DAS MAMAS: Politelia = ocorre de 0,2 – 5,6% população, são mamilos acessórios (problema na condensação as cristas, sobram resquícios delas). Polimastia = mamas acessórias na região axilar. Desenvolvimento das unhas Inicio = 10 semanas, formando placa ungueal que começa a crescer. As mãos precedem os pés em 4 semanas e as unhas atingem as pontas dos dedos de 32 a 36 semanas. Se não atingem a ponta é um indício de prematuridade. Alterações sistema tegumentar PIEBALDISMO Tufo de cabelo branco, pode estar nos olhos (pode ser isolado ou associado a Síndrome de Waardenburg). Síndrome de Waardenburg = porção de cabelo branco, íris heterocromáticas e surdez. ALBINISMO Doença autossômica recessiva, resultado do pigmento da pele (não produz melanina por ausência da Tirosinase). Vitiligo: não é alteração do tecido tegumentar, é auto- imune, surge aos poucos. Importante não confundir. ICTIOSE Queratinização excessiva da pele. O mais grave é o feto Arlequim, nasce com queratinização tão excessiva que pele vai rasgando à medida que bebê se mexe. ALOPÉCIA Ausência ou perda de pelos do couro cabeludo. HIPERTRICOSE Excesso de pelos em regiões onde geralmente não se teria tanto. DISPLASIA ECTODÉRMICA Genética, é defeito em toda a pele e seus anexos, afeta mais os meninos. Indivíduo tem: • Hipotricose; • Hipohidrose; • Hipodontia; • Anodontia; • Alterações nas glândulas mucosas e sebáceas; • Ausência de Glândulas Sudoríparas (fundamentais para manutenção da temperatura do corpo). Desenvolvimento dos dentes Os dentes primários são decíduos, os secundários são permanentes. Já começam a se desenvolver com 6 semanas, invaginação do ectoderma no mesênquima, que forma lâmina dentária, broto do dente vai se desenvolvendo até ficar permanente. Forma saco dentário, papila dentária. Esmalte é tecido mais rígido do corpo e deriva de ectoderma (as outras partes do dente derivam de mesoderma).