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Fecundação ao período fetal 
Fecundação 
Mulheres 
A fecundação acontece no meio do ciclo menstrual (na 
primeira metade os folículos estão em processo de 
amadurecimento). O folículo de Graaf explode (antro sai 
para trompas) e libera o ovócito secundário, o qual é 
liberado nas trompas. O que sobrar desse folículo, vai 
produzir estrógeno e progesterona para preparar o 
endométrio para receber o embrião. Esse processo de 
fecundação vai acontecer na região da ampola das 
trompas, musculatura lisa das trompas se contraia e faz 
com que fimbrias venham para cima do ovário, 
acoplando-o e favorecendo que ele vá realmente para 
dentro. As trompas tem epitéio simples cilíndrico ciliado, 
fundamental para favorecer o processo de fecundação, 
ajudando o espermatozóide a chegar até o ovócito II. 
Depois que o zigoto se forma, cílios auxiliam muito seu 
deslocamento até o útero. 
Discinesia ciliar primária: São indivíduos que por questões 
genéticas tem alteração na dineína (proteína dos cílios), 
que faz com que cílios sejam imóveis. Vai ter problemas 
respiratórios na infância por cílios não conseguirem filtrar, 
já na idade adulta, cílios da trompa também não são 
móveis, aumentando as chances de ocorrer uma 
gravidez ectópica, já que cílios não vão conseguir jogar 
embrião para o útero, processo de implantação pode se 
dar na trompa (não é 100% das mulheres, pois motilidade 
das trompas pode permitir uma gravidez normal). Nos 
homens, causa infertilidade sempre, pois o 
espermatozoide não tem flagelo móvel, não conseguindo 
chegar até o óvulo. A síndrome de Kartagener acontece 
quando o paciente tem Discinesia ciliar primária e o citus 
inversos (quando os órgãos estão para o lado contrário, 
que pode ser total ou parcial), já que os cílios que vão 
direcionar a posição dos órgãos na embriogenêse. 
Mittelschmerz = dor do meio, a dor do processo de 
ovulação do folículo de Graaf. Junto com isso, aumento 
da temperatura corpórea (0,5º) e secreção vaginal 
viscosa. 
Homens 
Nos homens, os túbulos seminíferos desembocam na 
rede testes, depois vem os ductos eferentes que os 
conduzem até o epidídimo, onde eles vão amadurecer e 
ser armazenados. Na ejaculação, vem através dos ductos 
deferentes até serem eliminados pela uretra peniana. O 
epidídimo é formado por vários túbulos, seu epitélio é 
pseudoestratificado com estereocílios, no seu meio, tem 
diversos espermatozoides, onde recebem glicoproteínas 
que os deixem imóveis para não perder energia no 
aparelho reprodutor feminino. Quando ele chegar no 
ambiente ácido da vagina, ele passa pelo processo de 
decapacitação para se tornar móvel novamente. 
Processo de ejaculação: 
1º= emissão: no testículo, os espermatozoides estão 
sendo produzidos, os ductos eferentes e epidídimo onde 
são armazenados e sofrem maturação. Depois, o sêmen 
é enviado dos ductos deferentes para os ductos 
ejaculatórios e segue pela porção prostática da uretra. 
Espermatozoides passam pelos ductos deferentes, vão 
por dentro da vesícula seminal e perto da próstata, onde 
recebem adição de mais líquidos e ejaculação 
propriamente dita. 
2º= ejaculação: ocorre o fechamento do esfíncter da 
bexiga, contração dos músculos uretral e 
bulboesponjosos. Sêmen é expelido. Esse sêmen tem 
aproximadamente de 200 a 600 milhões de 
espermatozoides, os quais são depositados na vagina 
com ambiente ácido. Enzima vesículas e logo após 
liberação do sêmen vai coagula-lo e fazer com que ele 
permaneça na vagina por 30 minutos e eles vão 
começar a ter motilidade novamente (perdendo as 
glicoproteínas que estavam ligadas neles), tentando nadar 
em direção ao ovócito (= processo de capacitação) para 
fazer reação acrossômica. 
 
Etapas da fecundação 
• Atração do gameta masculino pelo feminino, 
vários espermatozoides chegam até o ovócito 
secundário (que tem corona radiata e zona 
pelúcida). Já estão totalmente móveis e vão 
tentar passar pela corona radiata, vários 
conseguem; 
• Passagem do espermatozoide através da corona 
radiata; 
• Penetração da zona pelúcida, espécie específica 
(somente espermatozoides da mesma espécie 
conseguem ser reconhecidos) = Reação 
acrossômica (acrossomo tem enzimas 
proteolíticas que degradam a zona pelúcida, 
tocando na membrana do ovócito e fazendo 
mudança conformacional elétrica 
(despolarização) nela. Isso acaba culminando na 
conformação da zona pelúcida, que fica rígida e 
impede que outros espermatozoides a 
penetrem.; 
• Reação de Zona: inibição da polispermia (apenas 
1 espermatozoide vai fecundar o ovócito). Se for 
fecundado por mais de um, vai ocorrer a 
poliploidia, que resulta no aborto natural; 
• Fusão das membranas dos gametas; 
• Término da segunda divisão meiótica do ovócito 
(estimulada pelo espermatozóide) (estava na 
metáfase da meiose II) e formação do pronúcleo 
feminino (vira óvulo) e segundo corpúsculo polar; 
• Formação do prónúcleo masculino + fusão dos 
2 núcleos; 
• Preparação para a primeira mitose, teremos 
primeiro zigoto. Zigoto já começa sua viagem 
através das trompas em direção ao útero. 
Etapas mitose 
Cllivagem: não tem crescimento da célula como um todo 
(zona pelúcida rígida impede), se crescer demais ela vai 
trancar no meio do caminho e não vai chegar até o útero. 
É fundamental que seja uma divisão celular sem 
crescimento do todo, até formar a mórula; 
Mórula: conjunto de células totipotentes, os blastômeros, 
com capacidade total de diferenciação e regeneração. 
Ela vai crescendo até que algumas células começam a 
se comprometer como embrioblasto (formarão o 
embrião propriamente dito), outras como trofoblasto. 
(formarão anexos embrionários). Processo de cavitação 
inicia no meio, algumas células ficam por fora, outras por 
dentro, formando blastocisto; 
Blastocisto: ocorre entre 4-5 dias e esse conjunto de 
células já está chegando no útero. Zona pelúcida começa 
a ficar velha e com furos quando cavidade está se 
formando no centro (cavitação), e é pela zona por onde 
o conjunto de células que estavam apertadas saem e 
crescem. Fazendo com que células de fora do trofoblasto 
comecem a invadir o endométrio, as sincíciotrofoblastos= 
início do processo de implantação por secreção de 
enzimas que abrem uma extensão nas células do 
endométrio; 
Implantação: Formação do sincíciotrofoblasto pelas 
células do trofoblasto leva a produção do HCG, que vai 
estimular corpo lúteo a continuar sendo corpo lúteo e 
produzindo estrógeno e progesterona para manter o 
endométrio e a gestação. Se o nível de HCG for baixo, 
esse corpo lúteo passa a ser corpo albicans, diminuindo 
níveis hormonais e culminando na descamação do 
endométrio – sem gestação. Outra parte dos trofoblasto 
vai formar também os citotrofoblastos, responsáveis por 
formar vilosidades que formarão a placenta. Embrioblasto 
é dividido em hipoembrioblasto e embrioblasto em 
função da posição. 
Anticoncepção 
Existem diversos métodos de anticoncepção, tais como: 
• Métodos comportamentais ou naturais, que seria 
o método de tabelinha (funciona apenas se 
indivíduo se conhecer muito bem); 
• Métodos de barreira, como camisinha; 
• Métodos hormonais, pílula feminina, que não 
estimula o FSH= folículos não amadurecem 
(níveis constantes de estrógeno e 
progesterona), mulher não ovula; 
• Dispositivos intrauterinos (DIU), colocado no útero 
para gerar processo inflamatório e impeça a 
implantação. DIU hormonal também interfere no 
processo de ovulação; 
• Métodos cirúrgicos: vasectomia (corte dos 
ductos deferentes, produz espermatozoides, 
mas eles não vão para o sêmen) e laqueadura. 
(corte das trompas, mulher tem produção de 
folículos e hormônios, mas espermatozoide não 
consegue chegar); 
• Contracepção oral de emergência: pílula do dia 
seguinte, a qual é uma grande quantidade de 
hormônios que varia de acordo com a situação 
que a mulher se encontra; ela impede ovulação, 
modifica contraçãodas trompas impedindo 
fecundação, impede nidação. Conforme pessoa 
vai usando essa pílula, sua eficiência diminui. 
Infertilidade 
Feminina: Se dá principalmente por: 
Fator tubário: Tudo que interrompa as trompas. 
Endometriose: Excesso de endométrio em locais 
inadequados como trompas, intestino (endométrio tem 
camada basal e funcional, a qual vai se formar a cada ciclo 
menstrual. A mulher que tem endometriose tem excesso 
de endométrio, dando cólicas fortíssimas). 
Problemas de ovulação: Ovários policísticos (não 
consegue ovular), problemas de amadurecimento dos 
folículos. 
Masculina: Se dá principalmente por: 
Produção anormal de espermatozoides: 
Espermatozoides vão ter defeitos; 
Varicocele: Varizes nos testículos que podem levar a má 
vascularização destes; 
Má função testicular: Por questões hormonais; 
Problemas obstrutivos: Obstrução nos ductos deferentes. 
Técnicas de reprodução Assistida 
Feitas em função da dificuldade de engravidar, tem 
crescido muito nos últimos tempos. 
• Coito programado, que se acompanha 
amadurecimento dos folículos através de 
ultrassonografias. Quando ele estiver pronto para 
ser liberado, ela tem relações sexuais; 
• Inseminação intrauterina (IIU), que também se faz 
ultrassonografia seriada e pede para homem 
coletar seu sêmen quando mulher ovular. Na 
clínica de fertilização, se coloca dentro da vagina; 
• Fecundação in vitro (FIV). Se pega ovócito e 
sêmen do homem com espermatozoide móvel 
e se coloca em tubo de ensaio para ocorrer 
fecundação, na placa de petry.. Na fase de 
blastocisto, se pode tirar uma de suas células 
totipotentes e fazer análise para procurar 
síndromes. Depois desse processo, se implanta 
embrião no útero; 
• Injeção intracitoplasmática de espermatozoide 
(ICSI). Se coleta o óvulo da mulher e se usa 
agulha de sucção para segurá-lo e furar com 
agulha e se coloca espermatozoide dentro do 
óvulo. Só é feito em casos onde a contagem de 
espermatozoides é baixa; 
Segunda semana de desenvolvimento 
Semana do processo de implantação, que inicia no fim 
da primeira semana, e da formação do Disco Bilaminar; 
Ocorre a formação de estruturas extra-embrionárias: 
• Cavidade amniótica; 
• Âmnio; 
• Saco vitelino; 
• Saco coriônico; 
• Pedículo do embrião 
Implantação: 
Sinciciotrofoblasto vai invadindo totalmente o endométrio, 
podendo gerar um leve sangramento, células vão 
crescendo e se desenvolvendo, produzindo HCG 
(proporcional a quantidade de sinciciotrofoblastos). 
Endométrio precisa se preparar para a recepção, logo 
suas células sofrem apoptose (células deciduais, 
preparadas para isso), elas tinham acumulado grande 
quantidade de glicogênio e derramam-no durante a 
apoptose, as células também vão formar uma barreira 
para limitar essa invasão do endométrio e proteger o 
embrião do sistema imune. 
 
Existem microvilosidades das células endometriais para 
garantir a aderência do blastocisto e diversos outros 
fatores que também auxiliam essa reação decidual: 
moléculas de adesão, citocinas, Fatores de Crescimento, 
genes homeobox, metalopreoinases 
A implantação no endométrio vai ocorrer na porção 
superior e de trás do corpo do útero. 
Se a placenta fica na saída do colo do útero, podemos 
ter placenta prévia. Nunca pode ter parto natural, pois 
placenta não pode sair antes do bebê. Tem grande 
chance de descolamento prematuro, que pode gerar a 
morte do bebê por ser sua fonte de oxigênio. 
 
Formação do disco bilaminar 
Células do embrioblasto vão se comprometer com 2 
tipos de células: 
 
Epiblasto, para cima, representadas geralmente de azuis. 
Composto por um conjunto de células colunares altas 
adjacentes à cavidade amniótica. Origina o âmnio, 
assoalho cavidade amniótica (surge pelo processo de 
cavitação nas células do epiblasto) 
 
Hipoblasto, mais para baixo, é um conjunto de pequenas 
células cubóides adjacentes à cavidade blastocística. 
Origina membrana exocelômica, mesoderma extra-
embrionário e teto da cavidade exocelômica. Ao mesmo 
tempo que epiblasto sofre cavitação, células do 
hipoblasto vão crescer e vão formando a membrana 
exocelômica para proteção. 
Como sinciciotrofoblasto está crescendo muito, um 
mesoderma começa a 
crescer, em 
proporções diferentes, 
formando cavidade 
extra-embrionária 
(membrana de Heuser 
está se separando da membrana do blastocisto). Cavidade 
que se formou se chama saco vitelínico. Conforme 
ocorrem mudanças no trofoblasto e no endométrio, o 
mesoderma extraembrionário aumenta e 
aparecem espaços celômicos extraembrionários isolados 
dentro dele. Esses espaços rapidamente se fundem e 
formam uma grande cavidade isolada, o celoma 
extraembrionário. 
 
Espaço coriônico/ saco 
gestacional: onde está 
implantado o embrião, o que 
se visualiza na 
ultrassonografia 
Ao mesmo tempo, início da 
placenta está se formando, o 
córion. Córion = mesoderma 
extra-embrionário + cito + 
sinciciotrofoblasto.. 
O final da segunda semana é marcado pelo aparecimento 
das vilosidades coriônicas primárias. As vilosidades 
formam colunas com revestimentos sinciciais. As 
extensões celulares crescem para dentro do 
sinciciotrofoblasto. Acredita- se que o crescimento dessas 
extensões seja induzido pelo mesoderma somático 
extraembrionário subjacente. As projeções celulares 
formam as vilosidades coriônicas primárias, que são o 
primeiro estágio de desenvolvimento das vilosidades 
coriônicas da placenta (órgão fetomaternal de troca 
metabólica entre o embrião e a mãe). 
O mesoderma somático extraembrionário e as duas 
camadas do trofoblasto formam o córion (membrana 
fetal mais externa), que forma a parede do saco coriônico. 
O embrião, o saco amniótico e a vesícula umbilical estão 
suspensos dentro desse saco. O celoma 
extraembrionário é o primórdio da cavidade coriônica 
Produção de HCG 
Estimulado pelo sinciciotrofoblasto. 
Mantém o corpo lúteo, responsável 
pela produção de estrógeno e 
progesterona para manter a 
gestação. 
Placa pré-cordal: 
Estrutura que da forma para embrião, sinaliza parte 
cefálica e parte caudal. É o local futuro da cavidade bucal 
(membrana bucofaríngea) e importante organizador da 
região da cabeça. Em uma das extremidades das células 
do hipoblasto, as células cúbicas se tornam cilíndricas, isso 
que vai marcar a placa pré-cordal. Normalmente na parte 
oposta a região cefálica, temos o pedículo do embrião = 
região que segura o embrião no saco gestacional, no 
futuro vira cordão umbilical.. 
 
Anormalidades: 
• Gravidez ectópica (outro local que não o útero, 
geralmente é tubária e não pode prosseguir); 
• Mola hidatiforme = tumores benignos, se forma 
pelo óvulo anucleado que foi fecundado por 
espermatozoide e essa estrutura tem todo 
desenvolvimento do trofoblasto, invade o 
endométrio mas não forma o embrioblasto, não 
forma disco bilaminar, podendo dar falso positivo 
de gravidez pois HCG vai estar alto. Precisa se 
diagnosticada e interrompida para não evoluir 
para um tumor maligno. 
Imunidade materna 
Existe toda uma mudança para que imunidade aceite a 
invasão que aconteceu, mulher passa a ter imunidade 
mais humoral, mediada por anticorpos, do contrário 
embrião seria visto como corpo estranho. 
Terceira semana de desenvolvimento 
Ocorre a gastrulação (3 folhetos embrionários), 
formação da notocorda (vai formar coluna vertebral) e o 
desenvolvimento do Tubo Neural. Além disso, acontece 
a formação do Celoma intraembrionário, somitos 
(originam sistema esquelético) e sistema cardiovascular 
primitivo. É a partir da terceira semana que a mulher tem 
o atraso menstrual e que se pode confirmar a gravidez. 
Gastrulação 
Formação dos três folhetos 
embrionários: Ectoderma, 
Mesoderma e Endoderma. Esses 
folhetos embrionários, vão 
originar todos os tecidos do nosso organismo, logo aqui 
inicia o processo de diferenciação e comprometimento 
dessas células. Na gastrulação,inicia também a 
morfogênese (embrião começa a ter forma). Todo o 
processo de gastrulação tem origem a partir da linha 
primitiva. 
 
 
 
Linha primitiva: surge com 15 dias, inicia-se a partir de um 
espessamento, no plano 
mediano da face dorsal do 
epiblasto. No final da quarta 
semana ela desaparece. 
Nó primitivo Fosseta primitiva; 
Linha primitiva Sulco primitivo. 
Quando a linha primitiva não desaparece por completo, 
podem ocorrer patogenias, como o 
Teratoma Sacrococcígeo, o qual é um 
frequente tumor em recém-nascidos 
(maior incidência em meninas), tem 
células pluripotentes e tem diversas formas de 
apresentação (se for mais interno, pode levar a outras 
malformações). 
Células do epiblasto vão migrar pelo nó e pelo sulco e 
vão ocupar o espaço que está ali dentro (empurrando 
as células do hipoblasto), originando o endoderma; o 
mesoderma (entre o que ele formou e o que ele 
empurrou) também será formado. As células que não 
migrarem vão originar o ectoderma. Embrião começa a 
ter forma: parte cefálica, caudal, dorsal e ventral (já tem 
plano médio lateral). Na parte cefálica, vai começar o 
desenvolvimento da membrana buco faríngea e na parte 
caudal vai ter o desenvolvimento da membrana cloacal. 
Membrana bucofaríngea: local onde vai ter encontro do 
ectoderma com o endoderma sem mesoderma; (por 
forma da boca temos a pele, tecido epitelial queratinizado, 
a qual se encontra com tecido epitelial não queratinizado 
dentro da boca.). 
Membrana cloacal: local onde vai ter encontro do 
ectoderma com o endoderma sem mesoderma. 
 
Mesoderma: 
• Tecidos conjuntivos; 
• Músculos; 
• Sistema cardiovascular; 
• Sistema reprodutor. 
 
Endoderma: 
• Revestimento do sistema respiratório e digestivo; 
• Internamente fígado; 
• Pâncreas. 
 
 
Ectoderma: 
• Sistema nervoso; 
• Epiderme e anexos da pele. 
 
 
 
Formação da notocorda 
Ela é fundamental pois vai dar 
nosso eixo central, ela é 
formada a partir das células 
do epiblasto que migraram 
pelo nó e que foram em direção a membrana 
bucofaríngea, formando estrutura de sustentação. 
Processo Notocordal vai originar o Canal Notocordal, o 
qual forma a Placa Notocordal Notocorda. Formação 
da notocorda começa a estimular formação do Tubo 
Neural no ectoderma. 
 
Desenvolvimento da notocorda: 
• Se estende da membrana bucofaríngea ao nó 
primitivo; 
• Define eixo primitivo do embrião, servindo como 
base para esqueleto axial (coluna vertebral); 
• Indica o local dos futuros corpos vertebrais; 
• Funciona como indutor primário do embrião; 
• Parte da notocorda degenera quando os corpos 
vertebrais se formam, persistindo somente 
como núcleo pulposo nas vértebras. 
Ao mesmo tempo, já inicia um comprometimento das 
células do mesoderma na área cardiogênica. 
Formação do tubo neural 
A formação da Notocorda, 
induz ao desenvolvimento da 
placa neural, a qual vai virar 
sulco neural. Esse, por sua vez, 
vai se transformar em pregas 
neurais que vão culminar no desenvolvimento do Tubo 
Neural. No 21º dia, as pregas da região média do embrião 
fundem-se (do meio para fora) em direção a região 
cefálica e caudal, formando o tubo neural, as pregas 
permanecem abertas e formam o neuróporo anterior e 
posterior. É nesse momento que é necessário 
administrar o uso de ácido fólico pelas gestantes, já que 
a falta deste pode colaborar para o não fechamento do 
tubo neural. 
Correlações clínicas por defeitos no fechamento no 
Tubo Neural: 
 
 
• Espinha bífida (parte caudal); 
• Meroanencefalia. (na parte cefálica). Não forma 
nem a calota craniana, líquido amniótico vai 
matando células do sistema nervoso; 
Cristas neurais 
Começa junto ao tubo 
neural, mas depois se 
separa e vai migrar por 
diversas partes dentro do 
corpo do embrião, 
formando: 
• Sistema nervoso periférico = 
• Gânglios espinhais e do sistema autônomo; 
• Melanócitos, células gliais, bainha de mielina; 
• Células da medula da adrenal; 
• Componentes esqueléticos e musculares da 
cabeça. (má formação da face pode ser causada 
por falhas na migração da crista neural) 
• Tronco de saída do coração; 
Correlação clínica: 
Síndrome de Treacher Collins: doença genética 
relacionada com a migração das cristas neurais, 
geralmente provoca diversos problemas no arco 
faríngeo. 
 
 
Desenvolvimento dos somitos 
 
Mesoderma lateral: Sistema circulatório; 
Mesoderma intermediário: Sistema genito-urinário; 
Mesoderma paraxial: Somitos Musculatura esquelética 
Mesoderma axial = notocorda. 
Os somitos começam a aparecer no 21º 
dia, são segmentados e surgem 3 pares 
a cada 24h. Servem como um modelo 
para dizer idade do embrião. Originam: 
• Esqueleto, exceto crânio; 
• Músculos da cabeça, músculo estriado 
esquelético (tronco e membros); 
• Derme da pele; 
• Tecido conjuntivo. 
Correlação clínica: 
Sirenomelia: relacionada à formação do mesoderma ou 
problemas vasculares. O recém-
nascido apresenta fusão dos 
membros inferiores, agnesia de 
genitália externa, ânus imperfurado e defeitos dos 
membros superiores. É uma doença VACTERL 
Desenvolvimento do celoma intra-
embrionário 
Vai acontecer no mesoderma da placa lateral, na porção 
mais externa, começa a formação de uma cavidade, a 
qual vai originar as cavidades do nosso corpo (coração, 
pulmão e abdominal). No início, ela é uma cavidade única, 
mas com o 
desenvolvimento 
dos órgãos ela se 
divide nessas 3. 
 
• Cavidade Pericárdia; 
• Cavidades Pleurais; 
• Cavidade Peritoneal. 
Também tem formação da Esplancnopleura 
(mesoderma + endoderma), a qual vai formar a camada 
visceral dos órgãos – esplâncnica; já a união mesoderma 
+ ectoderma vai originar a Somatopleura, que vai formar 
a capada parietal – somática, dos órgãos. 
Desenvolvimento inicial do sistema 
vascular 
Início da vasculogênese, o primeiro 
processo que é o desenvolvimento 
a partir de angioblastos do 
mesoderma que vão levar ao 
desenvolvimento de pequenos 
vasos com células sanguíneas 
primitivas que vão estimular os 
primeiros vasos sanguíneos a se 
unirem, formando o processo de angiogênese. 
Desenvolvimento do sistema 
cardiovascular 
É o primeiro sistema de órgãos que 
alcança um estado funcional. Inicia por 2 
vasos (tubos cardiacos) que se unem, 
com 21 dias ele já começa a pulsar. 
Todo desenvolvimento do embrião 
depende desse coraçãozinho continuar 
a bater 
 
Desenvolvimento das vilosidades 
coriônicas 
Ao mesmo tempo que coração está se desenvolvendo, 
tem início o estabelecimento da placenta. Elas se 
desenvolvem em 3 níveis: primária (quase nada de vasos, 
por fora células do sincíciotrofoblasto e por dentro do 
citotrofoblasto), secundária (por fora sincíciotrofoblasto, 
citotrofoblasto dentro +mesoderma) e terciária (por fora 
sincíciotrofoblasto, citotrofoblasto dentro, mesoderma e 
vasos sanguíneos). 
 
Considerações clínicas 
Mola Hidatiforme: todo processo de implantação ocorre, 
mas dentro embrião não se formou. Ela pode surgir por 
ovócito anucleado que foi fecundado por 
espermatozoide que não levou ao desenvolvimento do 
embrião, mas de toda a estrutura. Pode evoluir para um 
tumor chamado Coriocarcinoma. Se faz dosagem de 
HCG, vai estar confirmando gravidez. 
Organogênese 
Vai da 4ª a 8ª semana de desenvolvimento. É nesse 
momento que o primórdio de todos os órgãos vai se 
formar. Quando esse processo ocorre, o embrião vai ter 
em torno de 5cm e inicia o período fetal. 
Fases do desenvolvimento embrionário: 
• Crescimento 
• Morfogênese (começa a ter forma); 
• Diferenciação (a partir dos 3 folhetos 
embrionários); 
Controle do desenvolvimento embrionário: O 
desenvolvimento é um processo de crescimento e de 
aumento da complexidade estrutural e funcional. É 
resultado da interação entre tecidos, nesse processo que 
ocorre a indução e o início da organogênese. 
Dobramento do embriãoO estabelecimento da forma do embrião ocorre devido 
ao seu rápido crescimento (principalmente do encéfalo 
e da medula 
espinal). O 
tubo neural 
do 
ectoderma 
vai crescer 
mais rápido do que estrutura do endoderma, logo 
embrião começa a dobrar no sentido cefalo-caudal e 
lateral. O coração assume sua localização, o âmnio vai 
envolver o embrião e a região ventral vai ficar menor, o 
saco vitelino vai diminuir. 
• Ocorre a transformação de um ser trilaminar 
achatado em um ser tubular; 
• Dobramento ventral das extremidades do 
embrião produz pregas cefálica e caudal em 
regiões opostas; 
• Nas membranas bucofaríngea e cloacal ocorre 
encontro do ectoderma com o endoderma; 
• No interior do endoderma, se forma o intestino 
primitivo; 
• Região umbilical, do saco vitelino, fica cada vez 
menor, vai colaborar para formação do cordão 
umbilical; 
• Ocorre deslocamento ventral dessas 
extremidades, enquanto o embrião se alonga 
cefálica e caudalmente. 
derivados da ectoderme 
Ectoderme superficial: 
• Epiderme da pele; 
• Glândulas sudoríparas, sebáceas e mamárias; 
• Unhas e pelos; 
• Esmalte dentário; 
• Glândulas lacrimais; 
• Conjuntiva 
• Meato acústico externo; 
• Epitélio oral e nasal; 
• Hipófise anterior; 
• Orelha interna; 
• Lente do olho. 
Órgãos derivados do tubo neural 
• Sistema nervoso central; 
• Neurônios somatomotores, branquiomotores e 
autonômicos pré-sinápticos; 
• Retina/nervos ópticos; 
• Hipófise posterior. 
Órgãos derivados da crista neural 
• Neurônios sensitivos periféricos e neurônios 
autonômicos pós-sinápticos; 
• Todos os gânglios; 
• Células da medula da adrenal; 
• Melanócitos; 
• Osso, cartilagem e tecido conjuntivo da cabeça 
e do pescoço. 
Âmnio: forma bolsa protetora ao redor do feto. 
Derivados da mesoderme 
Notocorda: forma núcleo pulposo de um disco 
intervertebral; 
• Induz neurulação (formação do tubo neural). 
Somitos: 
• Músculo estriado esquelético; 
• Osso; 
• Tecido conjuntivo, dura - máter. 
Mesoderme intermediário: 
• Gônadas; 
• Rins e ureteres; 
• Útero e tubas uterinas; 
• Porção superior da vagina; 
• Ductos deferentes, epidídimos e túbulos 
relacionados; 
• Vesículas seminais e ductos ejaculatórios; 
Placa mesodérmica lateral: 
• Derme, ventral; 
• Fáscia superficial e tecidos relacionados (Ventral); 
• Ossos e tecidos conjuntivos dos membros; 
• Pleura e peritônio; 
• Estroma do tecido conjuntivo do trato 
gastrointestinal. 
Mesoderme cardiogênico: 
• Coração; 
• Pericárdio. 
 
 
Derivados da endoderme 
Endoderme do tubo intestinal: 
• Trato gastrointestinal (enterócitos); 
• Glândulas mucosas do trato gastrointestinal; 
• Parênquima dos órgãos fígado e pâncreas; 
• Revestimento das vias aéreas (laringe, traqueia e 
arvore brônquica); 
• Glândula tireoide.; 
• Tonsilas. 
Cloaca: 
• Reto e canal anal; 
• Bexiga, uretra e glândulas relacionadas; 
• Vestíbulo; 
• Parte inferior da vagina. 
Bolsas faríngeas: 
• Tuba auditiva e epitélio da orelha média; 
• Criptas das tonsilas palatinas; 
• Glândula tímica; 
• Glândulas paratireoides; 
• Células C da glândula tireoide. 
Saco vitelino: 
• Produção das células sanguíneas embrionárias; 
• Comprimido dentro do cordão umbilical, depois 
desaparece. 
Alantoide: 
• Produção das células sanguíneas embrionárias; 
• Úraco fibroso e vestigial; 
• Parte presente no cordão umbilical desaparece. 
 
4ªsemana - 22 a 28 dias 
Ocorrem grandes mudanças na forma do corpo, é a mais 
crítica de todas: 
• 4 a 12 somitos; 
• Tubo neural aberto nos neuroporos caudal e 
rostral. 
Se formam também: 
• Estomodeu; 
• Coração na cavidade pericárdica; 
• Intestino anterior; 
• Intestino posterior. 
Nos 24 dias, temos os 2 arcos faríngeos (estruturas com 
formato de arco posicionadas na nossa face, 
fundamentais para formação do rosto e do pescoço) 
visíveis: 
Primeiro arco: mandibular; 
Segundo arco: hioídeo. 
Nos 26 dias, se enxerga os 3 arcos faríngeos: 
Primeiro arco: mandibular, subdividido em 2, a 
proeminência maxilar e a proeminência mandibular + 
gânglio trigeminal; 
Segundo arco: hioídeo. 
Terceiro arco faríngeo 
Nos 28 dias, se enxerga os 4 arcos faríngeos: 
Primeiro arco: mandibular, formado pelo processo maxilar 
e o processo mandibular + gânglio trigeminal. Membrana 
entre os processos se rompe e forma o Estomodeu 
(primórdio da boca); 
Segundo arco: hioídeo. 
Terceiro arco faríngeo 
Quarto arco faríngeo 
 
5 semana 
Poucas mudanças na forma do corpo. 
• Rápido crescimento da cabeça e proeminências 
faciais; 
• Brotos dos membros superiores tem forma de 
remos e o dos membros inferiores tem forma 
de nadadeiras; 
• Face bem grudada a eminência cardíaca; 
• Desenvolvimento das cristas mesonéfricas. 
 
6 semana 
Embriões com respostas reflexas ao toque e 
movimentos espontâneos 
• Estruturas dos arcos faríngeos estão ficando 
mais nítidas, saliências auriculares começam a se 
desenvolver; 
• Placóide óptico mais desenvolvido; 
• Raios digitais que mostram desenvolvimento dos 
dedos; 
• Olhos pigmentados; 
• Desenvolvimento do cordão umbilical, que é 
muito proeminente; 
A cabeça é muito maior que o tronco e está encurvada 
sobre a grande proeminência cardíaca. Os intestinos 
penetram na pele proximal do cordão umbilical (hérnia 
umbilical fisiológica) pois a cavidade abdominal é muito 
pequena para acomodar o rápido crescimento do 
intestino. Ocorre também o inicio do desenvolvimento do 
cotovelo. 
 
7 semana 
Ocorrem modificações consideráveis dos membros. 
• Aparecimento de chanfraduras entre os raios 
digitais das placas das mãos com separação 
parcial dos futuros dedos; 
• Placenta cada vez mais desenvolvida; 
• Comunicação entre o intestino e o saco 
vitelínico é um ducto estreito; 
• Início do processo de ossificação dos membros 
superiores. 
 
8 semana 
Ocorrem os primeiros movimentos voluntários dos 
membros. Momento em que as estruturas vão ser 
finalizadas e embrião vai ser nitidamente humano. 
• Embrião não tão encurvado; 
• Formação do plexo vascular do couro cabeludo; 
• Orelha bem mais desenvolvida, mas com 
implantação baixa; 
• No final da 8ª semana, dedos estão totalmente 
desenvolvidos; 
• Eminência caudal curta. 
 
Malformações 
 
 
Defeito no fechamento da parede lateral dos membros 
e parede corporal = embrião na hora do dobramento, 
fez isso de maneira ineficiente, logo parte de estruturas 
abdominais que deveria ser interna, fica para fora. 
Gastrosquise = no momento de fechar a região do 
cordão umbilical, ocorre defeito na linha media, logo parte 
do intestino fica projetado para o lado de fora. 
Onfalocele = ocorre quando o intestino fica para dentro 
do cordão 
Extrofia de bexiga e ectopia córdis também são 
decorrentes de defeitos na linha média.. 
Imagens fetos 
5ª semana 
1a. Processo maxilar 
1b. Processo mandibular 
2. Segundo arco 
faríngeo 
3. Terceiro arco faríngeo 
4. Quarto arco faríngeo 
5. Somitos 
6. Broto membros superiores 
7. Ventrículo cardíaco esquerdo 
8. Átrio cardíaco esquerdo 
9. Pedículo embrião 
10. Eminência caudal 
 
 
6ª semana 
1. Cordão umbilical 
com hérnia 
2. Fenda nasal 
3. Placóides ópticos 
pigmentados 
4. Meato acústico externo 
5. Saliências auriculares 
6. Formação de/zonas interdigitais 
7ª semana 
1. Proeminência 
cardíaca 
2. Sulco nasolacrimal 
3. Meato acústico 
externo 
4. Raios digitais mãos 
5. Raios digitais pés 
6. Primórdio pálpebra 
1. Proeminência do 
fígado 
2. Primórdio da 
pálpebra 
3. Olho 
4. Canal auditivo 
5. Cotovelo 
6. Dedos das mãos 
7. Dedos dos pés 
8. Endireitamento do tronco 
9. Plexovascular do couro cabeludo 
10. Flexão cervical 
8ª semana 
1.1. Cordão umbilical 
com hérnia 
fisiológica 
2. Nariz 
3. Plexo vascular/couro cabeludo 
4. Ouvido 
5. Cotovelo 
6. Dedos das/mãos 
7. Joelho 
8. e 9 dedos dos pés bemdesenvolvidos 
10. Eminência caudal/curta. 
Período fetal 
Vai da 9ª semana até o nascimento. 
• Maturação dos tecidos e órgãos 
(já tem todos os órgãos); 
• Rápido crescimento do corpo; 
• Diminuição relativa do 
crescimento da cabeça em comparação com o 
resto do corpo (que antes era dividido em 
metade cabeça, metade corpo); 
• Surgimento do lanugo, penugem fundamental 
para proteger pele do bebê em contato com 
líquido amniótico. Verniz caseoso (resto de 
células mortas e produtos de glândulas 
sebáceas) também protege do líquido. 
Durante o período fetal: 9a a 38a semana, ele cresce 10 
vezes, sendo esse crescimento muito visualizável: 
• 9ª semana = comprimento (CRL) 5cm; 
• 38ª semana = comprimento (CRL) 50cm. 
Relação da cabeça com o corpo: passa a ser 
proporcional, e não mais metade cabeça, metade corpo. 
No final da gestação, fica ¼ cabeça, restante corpo. 
Estimativa da idade fetal: Medidas básicas feitas através 
do ultrassom, importante para conferir saúde do bebê = 
Cumprimento Crânio – nádega (CRL). Medida da altura 
com os órgãos é mais difícil de ser feita em 
ultrassonografia. 
 
 
A partir do 2º trimestre: 
• Diâmetro biparietal (DBP, cabeça entre saliências 
parietais); 
• Diâmetro da cabeça entre as duas saliências 
parietais.; 
• Circunferência da cabeça; 
• Circunferência abdominal; 
• Comprimento do fêmur; 
• Comprimento do pé 
Medida vértice crânio – calcanhar: é a medida da altura, 
feita após o nascimento. Na ultrassonografia é difícil de 
ser feita, não é 
muito utilizada. 
 
 
início 3 mês – 9 a 10 semanas 
• A cabeça constitui 
metade do CRL (crânio - nádega) 
do feto; 
• Face larga, nariz não 
está muito bem desenvolvido; 
• Olhos separados; 
• Orelhas com implantação baixa; 
• Pálpebras ainda estão fundidas, é possível 
visualizar a pigmentação do olho, pálpebra é 
muito fininha; 
• Membros inferiores curtos; 
• Eritropoiese (formação das células sanguíneas) 
no fígado (que passa a produzi-las, é bem 
grande durante o período fetal); 
• Formação da urina, rim. (9ª - 12ª). 
Metade do 3 mÊs – 11 a 12 semanas 
• Eritropoiese vai para o baço; 
• Início da ossificação (para quase 
todos os ossos, pequenos moldes de 
cartilagem); 
• Olhos se deslocam para parte ventral da face; 
• Orelhas situam-se próximo de sua posição 
definitiva; 
• Membros inferiores menos desenvolvidos que 
os superiores; 
• Cordão umbilical ainda mostra uma 
intumescência, causada pela herniação das alças 
intestinais (mas ele retorna ao lugar na cavidade 
abdominal com 12 semanas); 
• Crânio não tem contorno liso normal; 
• Dedos bem desenvolvidos; 
• Pele fina, vasos sanguíneos subjacentes; 
• Características sexuais bem definidas. 
4 mÊs – 13 a 16 semanas 
• Crescimento rápido; 
• Diminui o tamanho da cabeça 
em relação ao corpo; 
• Membros inferiores mais 
compridos; 
• Movimento coordenado de todos os membros, 
visível no ultrassom, a mãe não percebe pois 
são muito suaves; 
• Ossificação ativa do esqueleto fetal; 
• Olhos na posição anterior da face, eram bem 
lateralizados, e se movimentam lentamente; 
• Nariz está se desenvolvendo; 
• Presença de cabelos no couro cabeludo; 
• Orelhas próximas a sua posição definitiva em 
função do crescimento da face; 
• Ovários diferenciados com ovogônias; 
• Reconhecimento da genitália externa entre 12-14 
semanas. 
 
 
5 mês – 17 a 20 semanas 
• Crescimento mais lento, 
o CRL é de 15cm, no final do 5º 
mês ainda pesa menos de 
500g; 
• A pele está coberta pelo verniz caseoso, 
substância gordurosa que protege a pele (de 
envelhecimento e rachaduras), e é produzido 
pela glândula sebácea + células mortas da 
epiderme; 
• Está coberto por lanugo, para manter a verniz 
caseosa junto a pele; 
• Sobrancelhas e o cabelo da cabeça são visíveis. 
(mas isso é muito variável, bebês podem nascer 
carecas); 
• Formação do tecido adiposo pardo (faz 
manutenção da temperatura corpórea, produz 
calor); 
• Testículos iniciam a descida, estão se 
desenvolvendo na região das gônadas, mas ainda 
estão na cavidade abdominal; 
• Ovogônias se diferenciam em ovócito 1; 
• Pele ainda é fina por falta de gordura 
subcutânea; 
• A mãe percebe os movimentos do feto = em 
torno de 147 dias + - 15 dias. 
6 mês – 21 a 25 semanas 
• Ocorre ganho substancial de 
peso; 
• Apresenta pele avermelhada e 
tem aparência enrugada pela falta 
de conjuntivo subjacente; 
• Na 24ª sem. inicia a produção de surfactante, o 
qual é um tensoativo presente no pulmão para 
impedir o colabamento dos alvéolos (produzido 
pelos pneumócitos tipo 2); feto não tem como 
sobreviver sem isso pois as trocas gasosas não 
acontecem. Em riscos de partos prematuros, a 
mãe precisa utilizar os corticoides, os quais 
estimulam a produção de surfactantes; 
• Síndrome da Membrana Hialina ou Síndrome da 
angústia respiratória (SAR) = quando não ocorre 
a produção de surfactantes. Sem surfactantes, o 
saco alveolar colapsa. Uma pressão 10 vezes 
maior do que o normal é necessária para ele ser 
reinflado. O surfactante pulmonar reduz a tensão 
superficial da água que reveste a superfície do 
saco alveolar, prevenindo o colapso; 
• Unhas nos dedos das mãos; 
• Se nascer nessa fase vai precisar de cuidados 
intensivos para sobreviver. 
7 mÊs – 26 a 29 semanas 
Tem um CRL de 25cm, pesa 1.100g, 
é capaz de sobreviver se for 
prematuro. 
• Pálpebras abertas Unhas dos 
dedos dos pés se tornam visíveis; 
• O tecido adiposo pardo representa 3,5% do 
peso corporal; 
• Na 28ª semana a medula óssea torna-se o 
principal produtor de sangue; 
• Pode sobreviver e tem mais chance fetos de 
maior peso; 
• Feto de 7 meses tem contornos bem 
arredondados como resultado da deposição de 
gordura subcutânea. Notar a torcedura do 
cordão umbilical. 
8 mês – 30 a 34 semanas 
• Reflexo pupilar pode ser 
induzido; 
• A gordura parda é 8% do peso 
corporal.; 
• Desaparecem as rugas da pele 
e o lanugo da face; 
• Geralmente sobrevive quando nasce nesse 
período. 
9 mÊs – 35 a 38 semanas 
O crânio apresenta a maior 
circunferência do corpo e vai se 
tornando semelhante a do 
abdômen. O CRL é em torno de 
36cm e o CHL é 50cm O peso 
varia entre 3.000 - 3.400g. 
• As características sexuais são evidentes; 
• Os testículos deverão estar no escroto A pele 
conserva o verniz caseoso. Só apresenta lanugo 
na região interescapular; 
• As unhas das mãos ultrapassam as pontas dos 
dedos; 
• Apresenta preensão palmar (aperta dedinhos); 
• Com 37 semanas o tamanho do pé é um pouco 
maior que do fêmur – confirma idade fetal. 
Data provável do parto 
Contar 3 meses para trás, a partir do primeiro dia do 
último período menstrual e acrescentar 1 ano e 7 dias. 
Exemplo: Primeiro dia do UPMN = 24 de maio 2012. 
Subtrai 3 meses = 24 fevereiro 2012. Adicione 1 ano e 7 
dias. DPP = 01 março 2013. 266 dias ou 38 semanas após 
a fecundação 280 dias ou 40 semanas após ao último 
período menstrual. 
Fatores que influenciam no 
crescimento fetal 
Gases e nutrientes provenientes da mãe passam 
livremente pela membrana placentária. = glicose, 
aminoácidos. 
• RN normal - 2500 a 4000g; 
• BPA (baixo peso ao Nascer); 
• PIG = pequeno para idade gestacional; 
Restrição do crescimento fetal (RCF): 
• Insuficiência placentária, placenta não bem 
desenvolvida; 
• Gestações múltiplas, geralmente são menores; 
• Doenças infecciosas; 
• Anomalias cardiovasculares; 
• Nutrição materna inadequada; 
• Hormônios; 
• Teratógenos; 
• Fatores genéticos; 
• Álcool e drogas. 
Avaliação do estado do feto 
Perinatologia, é um diagnóstico pré-natal 
Ultrassonografia para checar estado da gestação. 
• Morfológica 1º trimestre (11 a 13+6 semanas), feita 
para medir diversas partes e conferir se há 
anormalidades, chance de síndromes; 
• Morfológica 2º trimestre (18-23 semanas). 
• Amostragem de vilosidade coriônica - 10 a 12semanas se tem suspeita de anomalia durante as 
morfológicas, feita com ultrassonografia com 
inserção de cateter (pega pedaço da vilosidade 
coriônica e leva para análise); 
• Amniocentese - 15 a 20 ml - 15 a 18 semana, se 
tem suspeita de anomalia durante as 
morfológicas. Faz ultrassonografia, insere agulha 
e pega um pouco de líquido amniótico, envia 
para análise para confirmar presença de 
síndrome. 
 
Dosagem no soro 
• Dosagem de alfafetoproteína. Quando um feto 
apresenta um defeito do tubo neural aberto, a 
concentração de AFP provavelmente também 
estará mais alta do que o normal no soro 
materno. A concentração de AFP no soro 
materno é mais baixa do que o normal quando 
o feto apresenta síndrome de Down (trissomia 
do 21), síndrome de Edwards (trissomia do 18), ou 
outros defeitos cromossômicos.; 
• Beta-hCG livre (marcadores de índice de chance 
de síndrome); 
• PAPP-A (marcadores de índice de chance de 
síndrome); 
Feto polidrâmnio: é um feto que está sob líquido 
amniótico excessivo. As causas mais comuns são: 
malformações fetais, gestação múltipla, diabetes 
materno, anemia fetal, etc. Suas principais consequências 
são: contrações prematuras, ruptura prematura das 
membranas, má posição fetal, comprometimento 
respiratório, prolapso do cordão umbilical, descolamento 
prematuro da placenta., morte fetal. 
Diabetes materna: pode causar um bebê macrossômico 
(+ de 4kg); a mulher fica com uma quantidade maior que 
o normal de açúcar no sangue, hiperglicêmica, e passa a 
glicose em excesso para o feto via cordão umbilical. Com 
o corte do cordão umbilical, ao nascimento, o bebê pode 
ficar hipoglicêmico devido à alta taxa de insulina produzida. 
Tecidos extraembrionárias 
Âmnio: é responsável por envolver o embrião/feto. 
• Fina camada constituída 
de células ectodérmicas 
extraembrionárias; 
• Envolvida por camada 
mesodérmica extraembrionária 
não vascularizada; 
• Formação e renovação do líquido amniótico 
(transparente, se forma por difusão da pele 
antes de 20 semanas e se renova depois disso); 
• Membrana é bem rígida, é muito resistente; 
• Utilidades médicas da membrana amniótica: 
quando feto nasce, tem funções anti-
inflamatórias. 
Polidrâmnio: aumento do líquido amniótico. Todas as 
condições que interrompem a ingestão de líquido 
amniótico, como defeitos no tubo neural (anencefalia), 
gestações múltiplas, extrofia tráquio-esofágica. Algumas 
faixas, bridas, da membrana pode se romper e se enrolar 
em algumas estruturas dos fetos, podendo levar a 
morte/sequelas; 
Oligoidrâmnio: diminuição do líquido amniótico, pode ser 
causado por furo na membrana, mãe vai perdendo 
líquido aos poucos. Também pode ser causado por 
agenesia renal bilateral (pois se for unilateral o outro rim 
já consegue produzir urina); 
Síndrome da brida amniótica: pode acontecer por conta 
da membrana que se desgruda, 
envolvendo partes do feto e 
causando anomalias. 
 
Saco vitelino: vesícula umbilical. 
• Função primordial = fonte de 
nutrição (ácido fólico, vitaminas A, 
B12 e E); 
• Formado de Endoderma 
revestido externamente por 
mesoderma extraembrionário bem 
vascularizado (primordial para o 
desenvolvimento da vascularização do embrião); 
• Ilhotas sanguíneas (primeiras células sanguíneas); 
• Células germinativas primordiais; 
• Contribui para a formação do cordão umbilical e 
vasos deste; 
• Divertículo de Meckel, útlimo pedaço do 
intestino que retorna para cavidade abdominal. 
Alantoide 
• Surge na 3ª semana como uma evaginação 
ventral do intestino posterior; 
• Revestida internamente de endoderme; 
• Contribui para o 
desenvolvimento do arco 
circulatório umbilical; 
• Forma o Úraco (entre 
cordão e a bexiga) – ligamento 
umbilical mediano. Em algumas crianças, úraco 
persiste e pode sair urina pelo umbigo; 
Córion: está em volta do âmnio, é uma camada 
composta por trofoblasto e mesoderma 
extraembrionário. 
• Córion liso, parte que 
vai fiando mais grudada 
com o âmnio; 
• Córion frondoso ou 
viloso, é o que desenvolve cada vez mais 
vascularização, é ele que forma a placenta. 
Placenta 
É o local de troca de nutriente e gases entre a mãe e o 
feto. É o único órgão com 2 genomas: 
• Porção fetal = Córion; 
• Porção materna = endométrio, Decídua (pode 
ser Basal, que realmente forma a placenta; 
Capsular que envolve o âmnio; ou Parietal, que 
envolve todo resto do endométrio. 
 
 
 
 
Espaço interviloso: artérias espiraladas da mãe vão jogar 
o sangue 
Capa citotrofoblástica: por ela se dá a troca de nutrientes. 
Cordão umbilical tem 2 veias, que trazem o sangue até 
a placenta, entrando na vilosidade coriônica. Pelas artérias 
espiraladas, mãe jorra sangue no espaço interviloso. 
Assim se dá as trocas pela capa citotrofoblástica, que 
separa o sangue da mãe e o do feto. Placenta exerce 
função de pulmão para o feto. 
Pressão nas artérias espiraladas é fundamental para que 
as trocas aconteçam de fato entre a mãe e o feto. 
 
 
 
 
Placenta madura: 
• Sinciciotrofoblasto fino; 
• Vasos do feto muito próximos a capa 
citotrofoblástica (trocas bem mais intensas); 
• Capilares fetais bem próximos; 
• Citotrofoblasto (pouco, quase inapartente); 
• Lâmina basal (endotélio); 
• Endotélio Capilar. 
Funções: troca de substâncias através da placenta 
Difícil acesso: 
Hormônios proteicos 
(insulina por exemplo) 
e Anticorpos IgM. 
 
 
 
• Síntese e secreção de hormônios placentários, 
tais como: HCG, Progesterona, Estrogênios 
(glândula adrenal do feto), Somatotrofina 
coriônica (lactogênio placentário humano, 
semelhante ao hormônio do crescimento que 
estimula lactação e crescimento do feto, 
Tireotrofina coriônica e Corticotrofina coriônica 
(estimulam a mudança da vascularização 
sanguínea da mãe para se adaptar a gestação. 
Imunologia da placenta: placenta é o que controla a 
invasão e a resposta do corpo da mãe. 
• Hiperestimulação antigênica, o feto começa a 
liberar células dele mesmo na corrente da mãe, 
logo algumas células placentárias vão invadindo 
e vão apresenta-las para mãe (fazendo com que 
ela não reaja); 
• Diminuição da expressão MHC+ (complexo 
maior de histocompatibilidade) barreira decidual, 
pega antígenos próprios e apresenta para fora 
da célula para sistema imune responder, logo 
células deciduais da região tem pouco MHC 
(interação é fraca entre essas células e sistema 
imunológico); 
• Sistema imunológico da mãe paralisado pela 
grande quantidade de estrógeno e 
progesterona, garantindo que não tenha grande 
resposta imune na região da placenta. 
 
Condições patológicas da placenta: 
• Locais de implantação anormal, deveria ser na 
parte superior, anterior ou posterior: 
• Placenta prévia, quando placenta está muito 
próxima a saída, é marginal. Tem grande chance 
de ter descolamento de placenta, ocasionando 
sangramento. Em casos graves, é necessária a 
realização de cesareana; 
• Anomalias gerais da placenta, como placenta 
velamentar (cordão umbilical sai de uma ponta); 
• Mola hidatiforme = gestação sem feto, mas toda 
estrutura da placenta está presente (surge 
através de óvulo anucleado); 
• Coriocarcinoma (tumor). 
Cordão umbilical 
Saco vitelínico e alantoide contribuem para seu 
desenvolvimento. É composto, inicialmente, por uma veia 
e duas artérias. Ao seu redor, tem Geleia de Wharton, 
um tecido conjuntivo mucoso, importante para manter 
vasos íntegros, impedindo sua ruptura. Cordão é bem 
longo, pode eventualmente dar giros ocasionando nó 
(pode levar a morte do feto). No início é bastante largo. 
Depois veias se fusionam (ficando apenas 1 veia) + duas 
artérias. 
Cordões muito longos podem trazer riscos, pois eles têm 
a tendência de se enrolarem ao redor do feto ou de 
sofrer prolapso. Cordões muito curtos podem levar à 
separação prematura da placenta da parede do útero 
durante o nascimento. 
Membranas extraembrionárias em 
gravidezmúltipla 
• Cada blastocisto se implantou em um local do 
útero, logo, cada um deles vai ter sua placenta, 
seu âmnio e seu córion. Gêmeos são totalmente 
separados; 
• Placentas com comunicação, mas cada feto tem 
seu córion e seu âmnio; 
• Córion comum, um único blastocisto com 2 
embrioblastos, se forma uma placenta única mas 
cada um tem seu âmnio (ocorre só em fetos 
homozigóticos); 
• Fetos unidos por uma placenta única, um córion 
único e um âmnio único. É nessa condição que 
pode ocorrer fetos siameses, extremamente 
rara. 
 
 
 
 
Feto papiráceo = feto que morre pois o outro feto na 
gestação recebe todos os nutrientes. Ele fica seco. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Desenvolvimento dos Sistemas 
Sistema esquelético 
Durante a formação desse sistema, ocorre o 
desenvolvimento das cartilagens, dos ossos e o 
desenvolvimento do esqueleto (axial, crânio e esqueleto 
apendicular). 
SOMITOS 
São estruturas segmentadas que vão se formando ao 
longo da coluna vertebral, muito importantes para o 
desenvolvimento de todo o esqueleto axial. ele se 
diferencia em algumas estruturas: 
Esclerótomo- vértebras e costelas; 
Dermomiótomo- miótomo (parte muscular, formação 
dos músculos) e dermátomo (parte de tecido conjuntivo, 
colabora para formação da derme). 
 
FORMAÇÃO DAS CARTILAGENS E DOS 
OSSOS 
Células mesenquimais migratórias e não diferenciadas 
sofrem condensação em regiões específicas e depois se 
diferenciam em condroblastos ou osteoblastos dando 
origem ao sistema esquelético em desenvolvimento. 
HISTOGÊNESE DA CARTILAGEM 
Inicia com o mesênquima, cujas células tem abundante 
mec. elas 
começam a se 
condensar e se 
diferenciam em 
condroblastos, os 
quais começam a 
produzir a matriz e ficam envoltos por ela. Nessa etapa, 
passam a ser chamados de condrócitos que, com passar 
do tempo, fazem divisão mitótica, formando os ninhos 
isogênicos. Quando ela já está formada, o pericôndrio 
auxilia no seu crescimento fornecendo os condroblastos 
necessários. 
HISTOGÊNESE DO OSSO 
Tem dois tipos de ossificação: 
Endocondral: primeira forma cartilagem hialina, que vai 
sendo ossificada aos poucos. 
Ocorre principalmente nos ossos 
longos e curtos. Pequena peça 
cartilagem está cheia de 
condrócitos, que começam a sofrer 
hipertrofia, culminando na redução 
matriz cartilaginosa (tabiques finos). 
Depois disso, inicia a calcificação da 
matriz cartilaginosa e a apoptose 
condrócitos. Se dá uma invasão dos capilares sanguíneos, 
que trazem para cartilagem 
as células progenitoras, que 
originam os osteoblastos, que originam os osteócitos, que 
formam o osso e a medula óssea. 
Intramembranosa: parte de um tecido mesenquimal, que 
vai ser 
ossificado 
sem 
presença 
de 
cartilagem 
(deposição 
de tecido 
ósseo 
sobre o 
tecido 
conjuntivo primitivo). Encontrada principalmente nossos 
ossos frontal e parietal, parte occipital, temporal e maxilar, 
clavícula, ossos curtos e ossos longos em espessura. 
Células do tecido conjuntivo precursoras se condensam 
formando blastema ósseo. Daí, os osteoblastos começam 
secretando a matriz e passam a ser osteócitos. Tecído 
ósseo é formado aos poucos na forma de espícula. A 
região do mesênquima que não calcifica diferenciam se 
em periósteo e endósteo. 
Epífise ainda 
está totalmente 
cartilaginosa, só 
se visualiza 
diáfise. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Controle molecular: células mesenquimais adquirem a N 
caderina, que faz com que elas se tornem células com 
maior condensação e adesão. Depois disso, elas 
começam a expressar determinadas proteínas que vão 
fazendo com que elas se comprometam com uma 
linhagem; ou vão para uma pré-cartilagem (podendo ir 
para cartilagem permanente expressando o gene Sox-9 
ou para cartilagem temporária, expressando outras 
proteínas); se forem para diferenciação 
intramembranosa, já começam a expressar 
osteopontina, osteocalcina e vão formar o tecido ósseo. 
DESENVOLVIMENTO DO ESQUELETO 
Pode ser desenvolvido em Esqueleto Axial e Esqueleto 
Apendicular. 
 
Esqueleto Axial: derivado dos esclerótomos dos somitos 
(que vai 
migrando 
em volta 
do tubo 
neural e da 
notocorda 
para formar 
vértebra, formando 
molde de cartilagem 
que ossifica). Para 
formação das 
vértebras, esse somito vai formar uma região menos 
condensada e uma mais condensada (entre cada um 
desses somitos tem um vaso). A região mais condensada 
posterior de um somito vai se fundir com a região menos 
condensada anterior do somito adjacente, formando 
vértebra (nervo passa entre elas). As partes que não se 
fundiram vão auxiliar na formação dos discos 
intervertebrais. Existem 7 vértebras cervicais, mas 8 
nervos. Formato entre as vértebras é diferente em 
função da diferente atuação dos genes HOX, 
fundamentais para formação do nosso esqueleto (para 
cada vértebra tem uma expressão diferente para 
determinada morfologia). Exceção é o esterno, que é 
derivado do mesoderma da placa lateral. O crânio, é mais 
complexo, derivado do mesoderma local e das células da 
Crista Neural. 
 
Ácido retinóico é fundamental para determinar a 
expressão dos genes HOX. Se pessoa estiver tomando 
medicamento derivado desse ácido, como Roacutan, 
pode alterar concentração dele no organismo e não 
expressar genes corretamente. 
Esqueleto Apendicular: derivado do mesoderma da placa 
lateral. 
DESENVOLVIMENTO DAS VÉRTEBRAS 
Ossificação começa no período 
embrionário (moldes de cartilagem 
se formam nesse período, centros 
primários de ossificação vão surgindo ao longo do 
período fetal) e termina aos 25 anos. Ao nascimento, 
cada vértebra consiste em 3 partes ósseas conectadas 
por cartilagem. 
 
 
DESENVOLVIMENTO DAS COSTELAS 
São um “prolongamento” das vértebras. Durante o 
período embrionário, o processo 
é todo cartilaginoso, enquanto no 
período fetal o processo é de 
ossificação. Existe uma região 
(frontal) que demora muito mais 
para ossificar, sendo que alguns 
autores dizem que ela nunca deixa de ser cartilagem. 
DESENVOLVIMENTO DO ESTERNO 
Faz parte do esqueleto axial, mas sua origem é derivada 
do mesoderma da placa lateral. Se 
forma como um molde de 
pequenas estruturas cartilaginosas, 
as faixas esternais, e ao longo do 
dobramento do embrião essas vão se fundir e começa 
a formação dos centros primários de ossificação. Na 
ectopia cordis, essas faixas não conseguem se fusionar 
e o esterno não se forma corretamente, deixando o 
coração para o lado de fora. 
MALFORMAÇÕES CONGÊNITAS NAS 
VÉRTEBRAS E NAS COSTELAS 
• Espondilolistese (mas maioria acontece por 
acidente, é quando uma vértebra invade o 
espaço da outra e acaba quebrando ela); 
• Escoliose congênita = somitos não migram 
corretamente e vértebra é malformada; 
• Cordoma = tumor derivado da notocorda, por 
algum motivo ela não se degenera; 
• Costelas acessórias = pessoas com costelas a 
mais ou a menos, relacionado com a expressão 
dos genes HOX; 
• Fechamento defeituoso da coluna vertebral 
(relacionado com a concentração de ácido fólico 
❖ Espinha bífida oculta = condição mais 
frequente, menos agressivo, parte da 
vértebra do indivíduo não foi 
desenvolvida, geralmente criança tem 
tufo de cabelo na região da espinha 
bífida); 
❖ Meningocele = parte da meninge forma 
cisto, que pode levar a diversas 
consequências (como hidrocefalia) sem 
necessariamente atingir a medula; 
❖ Meningomielocele = caso mais grave, 
parte da medula está dentro do cisto 
junto com a meninge; 
❖ Mieloesquise – raquisquisi = não tem 
meninge, muita dificuldade motora 
 
. 
 
DESENVOLVIMENTO DO CRÂNIO 
O crânio se desenvolve a partir do mesênquima ao redor 
do encéfalo em desenvolvimento. 
Mesênquima derivado: 
• Crista neural (frontal); 
• Mesoderma paraxial 
(somitômeros); 
• Mesoderma da placa 
lateral. 
Podemos dividir o crânio em 2 situações: 
 
 
 
Neurocrânio – caixaprotetora: 
• Parte formado de região cartilaginosa 
(ossificação endocontral); 
• Parte com ossificação intramembranoso 
Víscerocrânio – esqueleto da face: 
• Parte formado de região cartilaginosa 
(ossificação endocontral); 
• Parte com ossificação intramembranoso. 
NEUROCRÂNIO 
Cartilaginoso: ossificação endocondral = base do crânio, 
etmóide, esfenóide, 
parte dos 
temporais e parte 
do occipital. Sequência geralmente começa no occipital. 
 
A notocorda vai servir como base para formação des 
estruturas cartilaginosas. 
Obs.: itens de mesma cor são correspondentes (um 
forma o outro); 
Membranoso: ossificação intramembranosa ocorre do 
mesênquima dos lados e na 
região superior do encéfalo- 
(Calvária- Abóboda craniana). 
Engloba os Óssos Chatos- 
(frontais, parietais, escamas dos temporais e parte 
occipital). Espaço existente entre os ossos em formação 
= Suturas, Tecido conjuntivo denso, articulações fibrosas 
Importante durante o Parto. 
Fontanela (popularmente 
denominada moleira), 
espaço macio e 
membranoso que separa 
os ossos do crânio dos recém-nascidos (permitem 
diminuir um pouco a circunferência do crânio na hora do 
parto). Recém-nascido tem 6 fontanelas. 
 Obs.: 
fechamento delas está representado por cores. 
VÍSCEROCRÂNIO 
 
Cartilagem de Meckel não serve para formação direta 
da mandíbula, só serve como uma base (ao redor dela 
vai ter ossificação intramembranosa). 
 
MALFORMAÇÕES CONGÊNITAS NO CRÂNIO 
• Fechamento defeituoso da abóboda craniana 
❖ Craniosquise; 
❖ Meningocele; 
❖ Meningoencefalocele; 
❖ Meningo-hidro-encefalocele; 
• Craniodiostose – acompanhada de 
cleidodisostose = quando tem um 
defeito no fechamento das suturas 
cranianas, cabeça cresce mais do 
que o normal. Cleidodisostose é 
uma diminuição da clavícula, tem 
impressão que cabeça é ainda 
maior. 
• Craniossinostose = fechamento prematuro das 
suturas, podendo prejudicar o parto e o 
crescimento 
do encéfalo, 
fica mais 
alongado; 
• Escafocefalia = defeito do fechamento 
prematuro na sutura sagital, crânio cresce no 
sentido ventral-dorsal, fica mais alongado; 
• Braquiocefalia = defeito do fechamento 
prematuro na sutura coronal, alongado para 
cima; 
• Plagiocefalia. = defeito do fechamento prematuro 
na sutura coronal em só um dos lados, crânio é 
assimétrico, cresce mais de um lado do que do 
outro. 
DESENVOLVIMENTO DO ESQUELETO 
APENDICULAR 
Cinturas peitoral e pélvica e nos ossos dos membros. 
Processo inicia durante a 5ª semana. 
Ocorre ossificação endocondral (clavícula 
é a exceção, ossificação é 
intramembranosa), que se estende ao 
longo do período. fetal. Origem é a partir 
do mesoderma da placa lateral. 
Crista ectodérmica apical vai sinalizar o mesoderma a se 
diferenciar, se 
alongar e formar 
os moldes 
cartilaginosos 
(também puxa a 
parte de 
inervação e musculatura). 
Ossificação: 
 No final do período 
fetal/pós nascimento, 
começa a formação 
dos centros 
secundários de ossificação, nas epífises, e, com isso, 
começa a surgir os discos de crescimento (importantes 
para o crescimento do osso em largura). 
A ossificação inicia nos ossos 
longos durante a 8ª semana➔ 
Centros 1ª ossificação. 
Centros 2ª de ossificação = joelho, 
tíbia e fêmur. 
 
ANORMALIDADES RELACIONADA AO 
SISTEMA ESQUELÉTICO GENERALIZADAS 
• Acondroplásia- nanismo = gene FGFR3 
(membros encurtados e corpo normal); 
❖ Nanismo hipofisário (falta de hormônio 
de crescimento, não tem alterações 
esqueléticas); 
• Hiperpituarismo- gigantismo ou acromegalia➔ 
excesso do hormônio do crescimento; 
• Osteogenesis imperfecta (síndrome dos ossos 
de vidro); 
• Osteopetrose (Doença de Albers-Schonberg, 
osso excessivamente rígido). 
 
 
 
 
. 
 
Embriologia do Sistema muscular 
Tipos de Tecido Muscular 
O músculo estriado 
esquelético tem 
fibras bastante 
alongadas, núcleos 
na periferia dessa 
fibra, tem estrias (organização dos sarcômeros alinhados) 
e sua contração é forte, rápida e voluntária. Já o músculo 
cardíaco, não tem sua fibra tão alongada, ela é filamentar 
ramificada e o núcleo, geralmente único, é central. Além 
disso, possui os discos intercalares que fazem adesão 
célula-célula e sua contração é forte, rápida, contínua e 
involuntária. Por fim, o músculo liso tem uma fibra 
filamentar, estrutura bem menor em relação as outras e 
tem apenas um núcleo central. Não possui estrias e sua 
contração é fraca, lenta e involuntária. 
CARACTERÍSTICAS HISTOLÓGICAS DAS 
FIBRAS MUSCULARES 
 
 
 
 
Histogênese 
Células mesenquimais (com características de células 
mais separadas com abundante MEC)➔Premioblastos 
(primeira diferenciação, células que começam a se 
alongar)➔ Mioblastos (apresentam algumas fibras 
contráteis). Daí, esses vão se diferenciando e formam a 
fibra muscular. 
 
Desenvolvimento 
A musculatura 
esquelética se deriva 
totalmente do 
Mesoderma Paraxial 
(que fica adjacente a 
notocorda), também pode ser chamado de Somitos (do 
ponto da notocorda para baixo – músculos esqueléticos) 
e Somitômeros (do ponto da notocorda para cima – 
músculos da região da face). 
Somitos 
começam a 
sofrer 
epitelização e 
formam o 
Esclerótomo e 
o Dermatomiótomo (ao mesmo tempo que embrião 
está iniciando seus dobramentos). Esclerótomo vai formar 
as vértebras e o Dermatomomiótomo vai formar o 
Dermátomo e o Miótomo, sendo esse último 
responsável pela formação dos músculos. 
REPRESENTAÇÃO 
 
Origem da musculatura estriada 
esquelética 
Região dos somitos sofre o processo de epitelização: 
1. Esclerótomos; 
2. Dermátomo; 
3. Miótomo 
Tem borda 
dorsomedial, que 
pode ser conhecida 
como Pares 
Epaxiais. Na outra extremidade, tem a borda 
venterolateral, conhecida como Pares Hipaxiais. Algumas 
das células da borda venterolateral também migram, via 
fronteira somítica lateral, para a camada parietal adjacente 
do mesoderma da placa lateral, formando a parede 
abdominal, músculos infra-hioides e músculos dos 
membros. O resto do Miótomo, Pares Epaxiais, forma os 
músculos do dorso, da cintura escapular e os músculos 
intercostais. Tudo regulado pela expressão gênica. 
DERMOMIÓTOMO 
Miótomo➔ Mioblastos (céluas musculares primordiais). 
Dermátomo➔ Forma a derme (Fibroblastos). 
 
Notocorda expressa 
determinados genes, 
sob influência do tubo 
neural, e estimula 
desenvolvimento dos 
Esclerótomos (e 
formar as vértebras). Região do Tubo Neural vai produzir 
o WNT, que estimula o MYF5, um dos genes 
precursores dos músculos epaxiais. Estimula também o 
PAX3, relacionado com desenvolvimento da derme. O 
ectoderma adjacente, junto com o mesoderma 
intermediário, estimula a produção do MYOD, para que 
esse adquira a característica para migrar via fronteira 
somítica lateral e formar os músculos mais laterais do 
organismo. 
Eventos moleculares envolvidos na direrenciação dos 
somitos: alguns genes estimulam e outros bloqueiam o 
desenvolvimento das estruturas. 
 
DERMATOMIÓTOMO 
 
 
EXPERIMENTOS QUE COMPROVAM A ORIGEM 
DA MUSCULATURA 
 O experimento 
consiste em fazer 
uma retirada dos 
somitos do pintinho 
em desenvolvimento 
e substituir por um 
enxerto de codorna. Daí, se acompanhou o que a 
estrutura foi capaz de formar, concluindo que essa 
estrutura contribui para o desenvolvimento da 
musculatura e das vértebras. 
INERVAÇÃO DOS MÚSCULOS 
Sempre junto com a 
migração dos músculos, 
migra a inervação. Cada 
miótomo recebe sua 
inervação de nervos 
espinhais derivados do mesmo segmento de células 
musculare.s. Ramos primários dorsais estará com os 
músculos epaxiais e os ramos primários ventrais, que 
migrará junto aos músculos hipoaxiais. 
MÚSCULOS DOS MEMBROS 
 
FASES DA DIFERENCIAÇÃO DO MÚSCUL 
ESQUELÉTICO 
Célula mesenquimal precursora começa a se alongar e 
produzir alguns filamentos de actina e miosina. Daí, células 
seguem crescendo e passam a se fusionar,um mioblasto 
com o outro, formando uma célula muito longa com 
núcleos que sintetizam 
cada vez mais actina e 
miosina (que vão 
empurrando os núcleos 
para a periferia – por isso 
essa é a morfologia do 
musculo esquelético). 
Células satélites ficam 
adjacentes para que, se houver necessidade, auxiliam no 
acréscimo de actina e miosina. 
Miostatina é um gene que regula o crescimento do 
músculo. 
 O músculo estriado 
esquelético não sofre 
Hiperplasia (aumento de 
células, mas sim 
Hipertrofia, que é um estímulo para o aumento da 
quantidade de actina e miosina, aumentando o tamanho 
da fibra. 
DESENVOLVIMENTO DO TENDÃO 
Os tendões 
são derivados 
do 
esclerótomo adjacente ao miótomo (Sindetomos) ou do 
mesoderma da placa lateral, regulado pelo fator de 
transcrição Scleraxis. Tendão é responsável por ligar o 
músculo ao osso. 
Malformações congênitas 
• Hipotonia congênita (que geralmente não tem 
explicação, indivíduo simplesmente tem tônus 
muscular mais fraco); 
• Agenesia muscular (pode acontecer em 
diversos músculos, podendo ocasionar 
consequências 
graves, como a 
Síndrome do 
abdome em ameixa 
seca = musculatura do abdome não se 
desenvolve); 
• Anomalias de forma e de posição; 
• Distrofia muscular = alterações genéticas que 
levam a defeitos na progressão muscular; 
• Sequência de Poland 
(sindactilia – fusão dos dedos, 
braquidactilia – encurtamento 
dos dedos e ausência de 
peitoral). Nas mulheres, mama 
fica bastante deslocada e 
mamilo não é bem desenvolvido. 
DISTROFIA MUSCULAR DE DUSCHENNE 
Ligada ao cromossomo X, geralmente afeta 
indivíduos do sexo masculino. Proteína afetada é a 
distrofina. 
 
SÍNDROME DE DEPRUNE BELLY 
É uma tríade: 
• Deficiência ou ausência 
de musculatura da parede 
abdominal; 
• Criptorquidismo bilateral; 
• Malformação do trato urinário. 
ARTROGRIPOSE 
Condição marcada pela ausência de 
alguns músculos, um desenvolvimento 
inadequado desses. Criança costuma 
ter hipodesenvolvimento associado as 
articulações defeituosas, nasce cheia 
de contraturas. 
TORCICOLO CONGÊNITO 
Geralmente associado a 
problemas no parto, não tem 
nada a ver com o torcicolo 
comum, é uma situação na qual 
indivíduo fica com o pescoço para o lado e é de difícil 
correção. 
Músculo cardíaco 
Células do 
mesoderma pré-
cardíaco estão 
bem aderidas, 
acabam 
desenvolvendo 
sistema de 
comunicação avançado através dos discos intercalares 
(quando uma célula contrai, a outra contrai também). Elas 
vão se organizando, dividindo e se fusionando, mas não 
mais do que duas (núcleo único ou duplo; sempre 
central). Ao redor do núcleo, actina e miosina vão se 
desenvolvendo. 
Derivado do mesoderma esplâncnico o que circunda o 
tubo cardíaco endotelial. 
• Discos intercalares; 
• Fibras de Purkinje- condução do 
coraçãomiofibrilas distribuídas irregularmente; 
• Mioblastos se aderem e posteriormente formam 
discos intercalares característicos. 
Musculatura lisa 
Células são bem menores, é derivada de: 
Mesoderma esplâncnico = parede do trato 
gastrointestinal, útero e vasos. 
Mesoderma das células da crista neural (mesênquima 
local) = músculos da pupila, glândulas mamárias e 
sudoríparas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Embriologia Sistema Tegumentar 
O sistema 
Composto por nossa pele e estruturas anexas (pelos, 
glândulas sebáceas/sudoríparas/mamárias, dentes, unhas). 
A pele é o 
maior órgão do 
corpo, reveste 
toda nossa 
estrutura. 
Temos bem na porção superior a Epiderme (composta 
por tecido epitelial estratificado pavimentoso 
queratinizado), Derme (tecido conjuntivo frouxo e denso 
não modelado) e Hipoderme (tecido conjuntivo frouxo e 
tecido adiposo – panículo de gordura). Também temos 
glândula sudorípara (tubular enovelada), pelos, vasos 
sanguíneos, receptores sensitivos e glândulas sebáceas 
(produtoras de gordura). 
Origem 
A pele tem 
origem a partir de 
uma interação 
entre a 
ectoderme 
(epiderme) e o mesoderma subjacente (derme e 
hipoderme). Nesse processo, um tecido interage com o 
outro (= interação epitélio-mesênquima). O somito 
começa a se diferenciar em partes específicas, entre 
elas, o dermátomo responsável pela formação da derme. 
Desenvolvimento da pele 
4 SEMANAS: pele é um mesoderma e ectoderma de 
superfície (tecido simples cúbico). 
 
• Troca de nutriente (não é nenhuma barreira, 
nutrição do embrião ocorre livremente por ela). 
7 SEMANAS: a interação epitélio-mesênquima, leva a 
formação de uma periderme (camada a mais da derme, 
que forma células achatadas pavimentosas, deixa de ser 
tecido simples). Mesoderma passa a se chamar 
mesênquima. 
• Ectoderme evolui para camada basal 
(germinativa), que prolifera e gera Periderma; 
• Mesoderma vira Mesênquima; 
• Inicia a angiogênese (alguns vasos sanguíneos). 
11 SEMANAS: a pele começa a ficar estratificada, 
Periderme continua com 
células achatadas na 
superfície. Cristas 
epidérmicas começam a 
se formar (derme e epiderme interagindo, importantes 
para boa adesão entre tecido epitelial e conjuntivo. 
Formam impressão digital e linhas das mãos). Começam 
a aparecer fibras colágenas e elásticas, migração dos 
melanoblastos (derivados das células da crista neural, se 
diferenciam em melanócitos e conferem cor da pele e 
cabelo). 
 
21 SEMANAS: melanócitos se posicionando no local 
correto, começa a produzir 
melanina. 
• Periderme começa a 
formar o estrato córneo (células sofrem 
apoptose e formam queratina da pele). É 
possível visualizar todas as camadas da pele, mas 
ela é muito delicada (estrato germinativo origina 
os outros estratos; 
• Pele começa a se diferenciar mostrando o tecido 
conjuntivo frouxo e o denso não modelado; 
• Começa a sofrer descamação, originando vernix 
caseoso (proteção que envolve o bebe, produto 
das glândulas sebáceas junto a descamação); 
• Não tem mais trocas de nutrientes (cordão 
umbilical bem estabelecido. 
DETERMINAÇÃO DO TIPO DE PELE 
A derme determina a diferenciação da epiderme. Existe 
interação epitélio-mesênquima. Experimento: 
Mesoderma adjacente 
que é responsável pela 
determinação. 
 
 
CAMADAS DA EPIDERME 
Camada basal (ligada a 
lâmina basal, cheia de 
integrinas para conferir 
adesão. Sofrem mitose e 
vão subindo as camadas, 
acumulando grânulos e 
perdendo os desmossomos). 
• Espinhosa; 
• Granulosa; 
• Córnea = células que sofreram apoptose que 
formam a queratina. 
DESENVOLVIMENTO DA IMPRESSÃO DIGITAL 
Aproximadamente 
nas 6 semanas, 
começam a se 
desenvolver os 
Coxins Volares, 
estruturas/saquinhos que acumulam líquido em várias 
partes da mão e sola do pé (sofrem influência genética 
e do meio que o bebê está vivendo). Irmãos podem ter 
impressões digitais parecidas, mas não idênticas, cada um 
tocou dentro de algo dentro durante a gestação (mesmo 
gêmeos idênticos). As cristas dérmicas que determinam 
a impressão digital e nossas linhas. 
Prega simiesca = prega palmar 
única, relacionada com indivíduos 
sindrômicos. 
CÉLULAS IMIGRANTES DA EPIDERME 
Melanoblastos originam os Melanócitos, derivados da 
Crista Neural. Melanócitos produzem a Tirosina que, a 
partir da enzima Tirosinase, converte a Tirosina em 
Melanina 
(geralmente 
Albinos tem 
deficiência 
na Tirosinase). 
Células de Langerhans: derivadas de precursores da 
medula óssea, fazem fagocitose; 
Células de Merkel: células derivadas ad Crista Neural, se 
ligam a receptores de neurônios e conferem sensibilidade 
a pele. 
 
 
Pele 
Fina: 
• Todo corpo; 
• Folículos pilosos; 
• Músculos eretores dos pelos; 
• Glândulas sebáceas; 
• Glândulas sudoríparas. 
Grossa: 
• Palma das mãos e sola dos pés; 
• Não tem folículos pilosos; 
• Maior quantidade de queratina; 
• Glândulas sudoríparas. 
 
DESENVOLVIMENTO DOS PELOS 
Invaginação da epiderme paradentro da derme, 
acontece por volta da 9ª 
semana. Com 20 
semanas, já são 
evidentes e se chamam 
de Lanugo (tem em 
toda pele, ajuda na 
aderência do vernix 
caseoso). Algumas crianças nascem com pouco pelo e 
outras com muito. 
O cabelo tem um padrão espiral no feto. 
 
Algumas patologias estão envolvidas no padrão não 
espiral do feto, entre elas: 
• Dicéfalo (cérebro dobrado); 
• Microcefalia grave. 
DESENVOLVIMENTO DAS GLÂNDULAS 
SUDORÍPARAS 
Invaginação da ectoderme que vai crescendo por volta 
da 16ª – 20ª semana. Células mioepiteliais liberam o 
produto quando necessário. 
 
GLÂNDULAS MAMÁRIAS 
Se desenvolvem a partir das cristas mamárias, ocorre 
por volta das 4 
semanas, são 
cristas espessadas 
de ectoderme na 
região axilar até a 
inguinal (cristas de 
Wolff). São um 
tipo modificado e especializado de glândula sudorípara. 
Cristas se condensam na região superior e formam duas 
mamas. 
Desenvolvimento pós natal 
Criança nasce com mama pouco desenvolvida, vai 
crescendo ao longo da vida. Meninas na puberdade tem 
o crescimento das mamas influenciado pelos hormônios, 
mas só completa desenvolvimento na amamentação. 
Alguns homens apresentam Ginecomastia, que é o 
crescimento 
anormal das 
mamas (pode ser 
isolada ou 
associada a outras 
síndromes). 
ALTERAÇÕES NO DESENVOLVIMENTO DAS 
MAMAS: 
Politelia = ocorre de 0,2 
– 5,6% população, são 
mamilos acessórios 
(problema na 
condensação as cristas, sobram resquícios delas). 
 
Polimastia = mamas 
acessórias na região 
axilar. 
Desenvolvimento das unhas 
Inicio = 10 semanas, formando placa ungueal que começa 
a crescer. As mãos precedem os pés em 4 semanas e 
as unhas 
atingem as 
pontas dos 
dedos de 32 a 36 semanas. Se não atingem a ponta é 
um indício de prematuridade. 
Alterações sistema tegumentar 
PIEBALDISMO 
Tufo de cabelo branco, pode estar 
nos olhos (pode ser isolado ou 
associado a Síndrome de 
Waardenburg). 
Síndrome de Waardenburg = porção de cabelo branco, 
íris heterocromáticas e surdez. 
ALBINISMO 
Doença autossômica recessiva, resultado do pigmento da 
pele (não produz melanina por ausência da Tirosinase). 
Vitiligo: não é alteração do tecido tegumentar, é auto-
imune, surge aos poucos. Importante não confundir. 
ICTIOSE 
Queratinização excessiva da pele. O mais grave é o feto 
Arlequim, nasce com queratinização tão 
excessiva que pele vai rasgando à 
medida que bebê se mexe. 
 
ALOPÉCIA 
Ausência ou perda de pelos do couro cabeludo. 
HIPERTRICOSE 
Excesso de pelos em regiões onde 
geralmente não se teria tanto. 
 
DISPLASIA ECTODÉRMICA 
Genética, é defeito em toda a 
pele e seus anexos, afeta mais os 
meninos. Indivíduo tem: 
• Hipotricose; 
• Hipohidrose; 
• Hipodontia; 
• Anodontia; 
• Alterações nas glândulas mucosas e sebáceas; 
• Ausência de Glândulas Sudoríparas 
(fundamentais para manutenção da temperatura 
do corpo). 
 
Desenvolvimento dos dentes 
Os dentes primários são decíduos, os secundários são 
permanentes. 
Já começam 
a se 
desenvolver 
com 6 
semanas, invaginação do ectoderma no mesênquima, 
que forma lâmina dentária, broto do dente vai se 
desenvolvendo até ficar permanente. Forma saco 
dentário, papila dentária. Esmalte é tecido mais rígido do 
corpo e deriva de ectoderma (as outras partes do dente 
derivam de mesoderma).

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