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CENTRO EDUCACIONAL UNIFICADO – CEU PIMENTAS Arquiteto: Mário Biselli Amauri Júnior Gomes Da Silva R.A.: D4765J-6 Teoria e História da Arquitetura e do Urbanismo – THAU Arquitetura I Professor Mário Caldeira Entrega: 05/04/2018 Identificação do Projeto Nome do Projeto: Centro Educacional Unificado (CEU) – Pimentas Arquitetura: Mário Biselli Local: Pimentas, Guarulhos - SP Início do projeto: 2008 Conclusão da obra: 2010 Área do terreno: 30.780 m² Área construída: 16.000 m² Biografia do Autor: Mario Biselli (São Paulo, São Paulo, 1961). Arquiteto, urbanista e professor. Em 1985, forma-se na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Presbiteriana Mackenzie, em São Paulo. Em sociedade com seu colega de graduação Artur Katchborian (1958), funda o escritório Biselli Katchborian Arquitetos Associados em 1987. Sua atividade como professor inicia-se no Departamento de Projeto do Centro Universitário Belas Artes de São Paulo em 1992. Biselli também faz parte do corpo docente do Departamento de Projeto na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Presbiteriana Mackenzie em 1999. O primeiro projeto de Mario Biselli é a Residência RCBF (1989), Curitiba. Após várias participações em concursos públicos de projeto por mais de uma década, em 2000, Biselli recebe o primeiro prêmio por sua proposta para a estação ferroviária no Rio de Janeiro. Na proposta para o terminal de passageiros do Aeroporto Hercílio Luz, Florianópolis, esses arcos treliçados metálicos se posicionam transversalmente sobre o eixo longitudinal e se multiplicam (totalizando onze arcos). Tal estratégia de explicitação da estrutura metálica tira proveito estético da tecnologia empregada – o que aproxima Mario Biselli à tendência arquitetônica high tech, em voga internacionalmente no fim do século XX. Já no projeto para o Terminal 3 do Aeroporto Internacional de Guarulhos, os arcos metálicos são incorporados à espessura do grande teto curvo. Tornam-se visíveis quando a luz natural atravessa a pele translúcida que os recobre. Na arquitetura de Biselli, o pragmatismo perpassa a demanda e o desenvolvimento dos projetos e transfigura-se esteticamente: “A arquitetura produzida pelo escritório fundamenta-se no estabelecimento de um partido forte como diretriz fundadora do projeto, articulada a uma abordagem sistêmica ao longo de todo o processo de desenvolvimento”. A atuação acadêmica de Mario Biselli está na sua atividade docente e em uma pesquisa sobre a consciência do ofício arquitetônico. Em um artigo, Biselli defende que “o projeto de arquitetura, embora circundado de problemas técnicos e profundamente vinculado ao uso, é por natureza um processo criativo avesso a enquadramentos, formatações, metodologias ou fórmulas”. Permanece, portanto, e como desde sempre, aberto à infinita inovação. https://www.galeriadaarquitetura.com.br/consultores-projetistas/103970/biselli-e-katchborian-arquitetos-associados/ Desenhos Técnicos http://vitruvius.com.br/revistas/read/projetos/10.119/3695 http://vitruvius.com.br/revistas/read/projetos/10.119/3695 http://vitruvius.com.br/revistas/read/projetos/10.119/3695 http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/resenhasonline/13.148/5134 Vazio central e praças internas Aberturas em Sheds Placa metálica e entrada principal Todas as fotos dessa página: https://www.archdaily.com.br/br/01-26029/ceu-pimentas- biselli-mais-katchborian-arquitetos https://www.archdaily.com.br/br/01-26029/ceu-pimentas-biselli-mais-katchborian-arquitetos https://www.archdaily.com.br/br/01-26029/ceu-pimentas-biselli-mais-katchborian-arquitetos Análise Gráfica 1. Elementos / volumes que compõe o projeto O projeto CEU de Mário Bisseli é feito por poucos elementos, tendo como foco a circulação interna e externa e a ventilação cruzada (natural). É composto por seis blocos (ambientes fechados retangulares), que são salas de multiuso, auditórios, biblioteca, restaurantes e administração. As áreas de lazer são quadras poliesportivas, um ginásio e piscinas externas. Entre os blocos foi projetado um vazio (ou um pátio) coberto, que possui praças, gramados, árvores e lugares para encontros. No dia em que visitei o projeto, notei que a administração local utiliza esse espaço para feiras, exposições e até eventos e rodas culturais (o que com certeza foi algo planejado pelo autor). Esse espaço central é coberto e protegido por uma única placa metálica de 250M de comprimento e 30M de largura que simplesmente é o destaque do projeto segundo Bisseli. Chamou-me muita atenção esse elemento, pelo fato dela ser projetada apenas para cobrir esse espaço central, não havendo necessidade de ser “teto” para os blocos retangulares, sendo mais interessante a visualização nítida disso, já que os blocos são paralelos á cobertura metálica, mas não fazem a mesma linha que ele, um de seus lados ficam desalinhados. 2. Circulação principal interna O ponto forte do projeto, ao meu ponto de vista, são as circulações internas e suas ligações com todos os ambientes, incluindo também os externos. É aplausível como o arquiteto pensou nos percursos sugeridos para a locomoção entre os ambientes: Quando entrei no edifício pela entrada principal, a primeira coisa que pude observar foi a escada e a rampa que ficam logo na entrada, elas ligam o térreo com o super mezanino e as salas (prático para quem irá apenas visitar o segundo piso); Ao se aproximar das escadas o desejo de ter uma visão do segundo piso foi inevitável, já que o mezanino é uma plataforma que escorre pelas laterais direita e esquerda, podendo ver todo espaço central e tudo que está acontecendo (por um minuto pensei que é fácil localizar uma pessoa através do mezanino), ter essa vista foi uma jogada de mestre; Todo trajeto pelo centro do edifício (o que Bisseli chama de “Vazio Central) é marcado pela presença de “praças” (sim, praças com árvores e gramado), com um leve desnível a baixo do nível do térreo (isso me trouxe a opção de parar e descansar). Esse vazio central liga a entrada do CEU com todos os ambientes ao longo do corredor linear, tendo em uma de suas laterais fechamentos em Sheds e algumas aberturas par circulação com as áreas externas; Essas aberturas laterais para fachada oeste tem uma ótima iluminação natural pela manhã até por volta das 14h:00. Isso me deu a leve impressão de que a insolação foi projetada apenas para a área das piscinas, já que as janelas dos blocos do lado leste só tem insolação no final da tarde; As circulações verticais são marcadas por rampas e escadas. Tive a oportunidade de observar que esse tipo de circulação é bem discreto, já que foi projetada apenas na entrada do CEU e de uma forma “única” para acesso aos ambientes sobre o térreo; Notei que a ideia do arquiteto para esse projeto era diferenciar o ambiente interno, para que não caísse no comum ambiente escolar da comunidade. 3. Relação com o entrono e impacto na região Ao redor do CEU Pimentas está localizada a Universidade federal de São Paulo – Campus Guarulhos (UNIFESP), um terreno com área vegetativa, o Teatro Adamastor Pimentas. O que já pude observar que a localidade (ou a rua) é marcada por espaços educacionais e culturais. Em frente à entrada principal do CEU possui um condomínio residencial com edifícios de 6 andares, e uma empresa, o que não interfere na insolação da fachada sul já que os edifícios estão em uma ótima distância da entrada. Da entrada principal é possui ver a entrada desse condomínio e a portaria da empresa. O mais interessante é que mesmo entrando no CEU a certa distancia ainda é possível ver o condomínio já que o vão de entradaé aberto. Já na fachada oeste é possível ter uma vista ampla. Podemos ver a avenida principal da localidade, esta, preenchida de comércios e de um terminal Urbano de ônibus Municipais e Intermunicipais. Também podemos ver um prédio de 6 andares que é o Hospital Municipal Pimentas. A vista é ótima, e através dela pude compreender um pouco mais do que é o CEU no grande Distrito Pimentas e suas comunidades, pois observando bem da vista oeste notei que não existe se quer uma área de lazer e de educação (não é possível ver escolas estaduais ou municipais). O lado oeste é aonde esta localizada as piscinas e a entrada do Ginásio, Bisseli foi bem inteligente em usar essa área para as piscinas. Verifiquei que é a maior incidência do Sol durante o dia. Na fachada leste temos as janelas dos blocos que são usados como as salas e auditórios, elas se encontram em vista com as janelas da UNIFESP. Os edifícios tem alturas semelhantes (2 andares) e observado se um ângulo externo pode ser confundidos como uma única instituição/local. O impacto do Centro Educacional Unificado na região é de grande satisfação, já que o distrito é composto por 37 bairros sendo o distrito mais populoso da Cidade de Guarulhos, tendo as comunidades com mais adversidade de espaço, lazer e educação (o distrito do Taboão é bem menor que o distrito Pimentas, composto por 8 bairros e possui um CEU, 5 praças, 2 quadras poliesportivas, sendo uma comunidade com mais acessibilidade a educação, lazer, comércios, etc) e com mais índice de violência e pobreza. O CEU trouxe atividades para as comunidades, e ao visita-lo percebi que talvez seja o local preferido de jovens e adolescentes da região e de regiões vizinhas, já que a procura por atividades e cursos, e a movimentação de pessoas é constante o dia inteiro. Bibliografia https://www.archdaily.com.br https://www.galeriadaarquitetura.com.br Google imagens https://www.archdaily.com.br/ https://www.galeriadaarquitetura.com.br/
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