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Organização pedagógica: Autores: Revisores: Diagramadores: Coordenação de Arte: Conceito da Capa: Ilustração: Assistência pedagógica: Ana Luiza Ângelo Rodrigues. Alex Romero Lima, Amílcar Ximenes de Albuquerque Júnior, Francisca Flávia Mendes Lêda, Francisco Hércules Silva Bezerra, Márcia Farias Mourão Soares e Patrícia Carvalho Lima(in memorian). Aline Dayane Barreto Veloso, Flávio Willame Sousa Moreira, Keylane Maria Costa Barbosa e Liziane Carvalho Sousa de Paiva. Bruno Wanderson de Sousa Silva, Cássio Rafael da Costa Borges, Ítalo Guimarães de Oliveira Damasceno, Jairon Rodrigues de Sousa, Kelly Viana de Carvalho, Joseane Nascimento Silva, Luciano Aires Granja e William Henrique de Moura e Silva. Eduardo Moraes. Leonardo S. Santtos e Gustavo Mascarenhas Alves do Bonfim. Gustavo Mascarenhas Alves do Bonfim. FICHA CATALOGRÁFICA L732s Lima, Alex Romero Sistema CEV de ensino: ensino médio 2º ano. / Alex Romero Lima (coordenador). – 3.ed. – Teresina: CEV Sistema de Ensino Ativo e Editora, 2021. 264p.il. – (Coleção Sistema CEV de ensino; Linguagens, códigos e suas tecnologias). 3º Bimestre/Livro professor ISBN 978-65-5911-037-7 1. Linguagens, códigos e suas tecnologias. 2. Tecnologias da informação. 3. Comunicação. I. Título. CDD 407 Elaborada por Adriana Luiza de Sousa Varão – CRB – 3/1493 TODOS OS DIREITOS RESERVADOS À EDITORA CEV Alex Romero Lima. SUMÁRIO LÍNGUA PORTUGUESA SINTAXE DE REGÊNCIA I ................................................................................................................ 7 1.1 REGÊNCIA NOMINAL ............................................................................................................. 7 1.2 REGÊNCIA VERBAL ................................................................................................................ 7 SINTAXE DE REGÊNCIA II: CRASE ...................................................................................................19 2.1 O FENÔMENO DA CRASE - DEFINIÇÃO ....................................................................................19 2.2 ASPECTOS LINGUÍSTICOS - CRASE ........................................................................................20 A MORFOSSINTAXE DOS VOCABULÁRIOS QUE, SE E COMO ...............................................................31 3.1 O VOCÁBULO “QUE” E SUAS CLASSIFICAÇÕES .............................................................................33 3.2 O VOCÁBULO “SE” E SUAS CLASSIFICAÇÕES ..................................................................................35 3.3 O VOCÁBULO “COMO” E SUAS CLASSIFICAÇÕES .....................................................................37 SINTAXE DE COLOCAÇÃO PRONOMINAL .........................................................................................47 4.1 O PRONOMES OBLÍQUOS ÁTONOS DA LÍNGUA PORTUGUESA ..................................................47 4.2 COLOCAÇÃO PRONOMINAL COM FORMAS VERBAIS COMPOSTAS ............................................50 REDAÇÃO A ARTICULAÇÃO NO TEXTO DISSERTATIVO-ARGUMENTATIVO ..........................................................67 1.1 O QUE É COESÃO TEXTUAL .....................................................................................................................67 1.2 TIPOS DE COESÃO .................................................................................................................................68 1.3 VERIFICAÇÃO DA APRENDIZAGEM ...........................................................................................................70 1.4 ATIVIDADE DE FIXAÇÃO .........................................................................................................................70 COESÃO NO ENEM E SUAS ESPECIFICIDADES ..................................................................................75 2.1 A COMPETÊNCIA 4 NO ENEM ..................................................................................................................75 2.2 A ESTRUTURAÇÃO E A COESÃO DOS TEXTOS NO ENEM .............................................................................78 2.3 ATIVIDADES DE FIXAÇÃO .......................................................................................................................81 AS DIFICULDADES DA COESÃO NO PLANO GRAMATICAL ...................................................................85 3.1 O USO DOS PRONOMES .........................................................................................................................85 3.2 OUTROS RECURSOS COESIVOS ...............................................................................................................87 3.3 PARALELISMO SINTÁTICO E SEMÂNTICO .................................................................................................87 3.4 ATIVIDADES DE FIXAÇÃO ........................................................................................................................88 COMPETÊNCIA 1 - PONTUAÇÃO PARTE 2 ........................................................................................92 4.1 PONTO .................................................................................................................................................92 4.2 PONTO E VÍRGULA ................................................................................................................................92 4.3 DOIS PONTOS .......................................................................................................................................92 4.4 TRAVESSÃO ..........................................................................................................................................93 4.5 PARÊNTESES ........................................................................................................................................93 4.6 ASPAS ..................................................................................................................................................93 4.7 VERIFICAÇÃO DA APRENDIZAGEM .......................................................................................................... 94 LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS SUMÁRIO LITERATURA GERAÇÃO DE 1930 - PROSA NEORREALISTA ....................................................................................99 1.1 A BAHIA SOB O OLHAR DE JORGE AMADO ..............................................................................................100 1.2 RACHEL DE QUEIROZ E GRACILIANO RAMOS: O DRAMA DA SECA .............................................................102 1.3 A HISTORICIDADE NOS ROMANCES DE JOSÉ LINS E DE VERÍSSIMO ..........................................................109 O MODERNISMO DE 45 E A PROSA PÓS-MODERNA ........................................................................... 126 2.1 GUIMARÃES ROSA E O REGIONALISMO UNIVERSAL ...................................................................................126 2.2 A ABORDAGEM PSICOLÓGICA DE CLARICE LISPECTOR ............................................................................130 2.3 A TEMÁTICA FANTÁSTICA DE LYGIA FAGUNDES TELES E JOÃO UBALDO RIBEIRO ........................................134 2.4 A LITERATURA BRUTAL DE DALTON TREVISAN E RUBEM FONSECA ...........................................................137 LÍNGUA INGLESA CAPÍTULO 1 .............................................................................................................................. 153 1.1 REPORTED SPEECH .............................................................................................................................153 1.2 CONJUNCTION ...................................................................................................................................156 CAPÍTULO 2 .............................................................................................................................. 165 2.1 INDEFINITE PRONOUN ........................................................................................................................1652.2 PREPOSITIONS ...................................................................................................................................167 2.3 PHRASAL VERBS ................................................................................................................................. 170 LÍNGUA ESPANHOLA ¿QUIÉN ES RIGOBERTA MENCHÚ? ................................................................................................ 181 1.1 LAS PREPOSICIONES .............................................................................................................................182 1.2 CURIOSIDAD DE LA LENGUA ................................................................................................................183 LA NOCHE DE LOS LAPICES ......................................................................................................... 188 2.1 LOS PRONOMBRES DE COMPLEMENTO .................................................................................................188 2.2 CURIOSIDAD DE LA LENGUA I ...............................................................................................................190 ARTE ARTE COMO PARTE DE NÓS ......................................................................................................... 199 1.1 NOSSO LUGAR NA ARTE E A ARTE COMO AÇÃO .......................................................................................199 1.2 INTERVENÇÃO E OUTRAS HABILIDADES ARTÍSTICAS ......................................................................................202 1.3 A MÚSICA, A DANÇA E AS DESCOBERTAS SENSORIAIS .............................................................................207 PROCESSOS ARTÍSTICOS ............................................................................................................ 221 2.1 O IMPROVISO COMO MEIO DE EXPRESSÃO.............................................................................................222 2.2 O CAMPO AMPLIADO DO CORPO NA ARTE ..............................................................................................226 2.3 OS PROCESSOS TRANSFORMADORES DA ALQUIMIA NA ARTE ..................................................................229 PROVOCAÇÕES DA ARTE ............................................................................................................. 240 3.1 A ARTE PROPOSITORA NA TROCA ENTRE ARTISTA E PÚBLICO .................................................................240 3.2 AS CORES NA HISTÓRIA DA ARTE ..........................................................................................................245 3 3 A R T E LIVRO DO PROFESSOR A ÁREA DE LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS A Base Nacional Comum Curricular da área de Linguagens e suas Tecnologias busca consolidar e ampliar as aprendizagens previstas na BNCC do Ensino Fundamental nos componentes de Língua Portuguesa, Arte, Educação Física e Língua Inglesa – observada a garantia dos direitos linguísticos aos diferentes povos e grupos sociais brasileiros. Para tanto, prevê que os estudantes desenvolvam competências e habilidades que lhes possibilitem mobilizar e articular conhecimentos desses componentes simultaneamente a dimensões socioemocionais, em situações de aprendizagem que lhes sejam significativas e relevantes para sua formação integral. (...) A Arte, enquanto área do conhecimento humano, contribui para o desenvolvimento da autonomia reflexiva, criativa e expressiva dos estudantes, por meio da conexão entre o pensamento, a sensibilidade, a intuição e a ludicidade. Ela é, também, propulsora da ampliação do conhecimento do sujeito sobre si, o outro e o mundo compartilhado. É na aprendizagem, na pesquisa e no fazer artístico que as percepções e compreensões do mundo se ampliam e se interconectam, em uma perspectiva crítica, sensível e poética em relação à vida, que permite aos sujeitos estar abertos às percepções e experiências, mediante a capacidade de imaginar e ressignificar os cotidianos e rotinas. A proposta de progressão das aprendizagens no Ensino Médio prevê o aprofundamento na pesquisa e no desenvolvimento de processos de criação autorais nas linguagens das artes visuais, do audiovisual, da dança, do teatro, das artes circenses e da música. Além de propor que os estudantes explorem, de maneira específica, cada uma dessas linguagens, as competências e habilidades definidas preveem a exploração das possíveis conexões e intersecções entre essas linguagens, de modo a considerar as novas tecnologias, como internet e multimídia, e seus espaços de compartilhamento e convívio. Um ambiente propício para o engajamento dos estudantes em processos criativos deve permitir a incorporação de estudos, pesquisas e referências estéticas, poéticas, sociais, culturais e políticas para a criação de projetos artísticos individuais, coletivos e colaborativos, capazes de gerar processos de transformação, crescimento e reelaboração de poéticas individuais e coletivas. Além disso, possibilita a constituição de um espaço em que as pessoas sejam respeitadas em seus modos de ser e pertencer culturalmente, e estimuladas a compreender e acolher as diferenças e a pluralidade de formas de existência. Esses processos podem emergir de temas norteadores, interesses e inquietações, e ter, como referência, manifestações populares, tradicionais, modernas, urbanas e contemporâneas. No decorrer desses processos, os estudantes podem também relacionar, de forma crítica e problematizadora, os modos como as manifestações artísticas e culturais se apresentam na contemporaneidade, estabelecendo relações entre arte, mídia, política, mercado e consumo. Podem, assim, aprimorar sua capacidade de elaboração de análises em relação às produções estéticas que observam/vivenciam e criam. O trabalho com a Arte no Ensino Médio deve promover o entrelaçamento de culturas e saberes, possibilitando aos estudantes o acesso e a interação com as distintas manifestações culturais populares presentes na sua comunidade. O mesmo deve ocorrer com outras manifestações presentes nos centros culturais, museus e outros espaços, de modo a propiciar o exercício da crítica, da apreciação e da fruição de exposições, concertos, apresentações musicais e de dança, filmes, peças de teatro, poemas e obras literárias, entre outros, garantindo o respeito e a valorização das diversas culturas presentes na formação da sociedade brasileira, especialmente as de matrizes indígena e africana. Nesse sentido, é fundamental que os estudantes possam assumir o papel de protagonistas como apreciadores e como artistas, criadores e curadores, de modo consciente, ético, crítico e autônomo, em saraus, performances, intervenções, happenings, produções em videoarte, animações, web arte e outras manifestações e/ou eventos artísticos e culturais, a ser realizados na escola e em outros locais. Assim, devem poder fazer uso de materiais, instrumentos e recursos convencionais, alternativos e digitais, em diferentes meios e tecnologias. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br. Acesso em: 10 dez. 2019. ENEM - MATRIZ DE REFERÊNCIA DE LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS Competência de área 4 - Compreender a arte como saber cultural e estético gerador de significação e integrador da organização do mundo e da própria identidade. H12 - Reconhecer diferentes funções da arte, do trabalho da produção dos artistas em seus meios culturais. H13 - Analisar as diversas produções artísticas como meio de explicar diferentes culturas, padrões de beleza e preconceitos. H14 - Reconhecer o valor da diversidade artística e das inter-relações de elementos que se apresentam nas manifestações de vários grupos sociais e étnicos. 44 A R T E ATIVIDADE DE FIXAÇÃO 1) A arte pública insere-se na Arte Contemporânea como um dos movimentos que se utiliza da técnica da instalação e pode também aproveitar-se da performance. Volta-se parao espaço, seja ele urbano, da galeria, do museu ou da natureza, o que a faz facilmente acessível à população, visando modificar o ambiente e abordar questões sociais. 2) Diferentemente da performance, o happening é uma ação mais espontânea e com a participa ção do público. 3) A utilização de espaços públicos como estações de metrô e muros da cidade é uma marca da arte do Grafite. Trata-se de um movimento de arte contemporânea que faz críticas à sociedade de forma engajada abordando temas políticos e sociais e muita criatividade, além de colorir espaços outrora degradados. 4) A Land Art é um movimento artístico de forte engajamento social e ambiental que contesta a visão de arte separada do ambiente. Sendo assim, entendem que a própria natureza deve integrar uma obra de arte em si, despertando um olhar mais sensível do observador. A instalação “550 cadeiras empilhadas entre dois edifícios da cidade” suscita uma reflexão sobre o descarte de materiais usados no nosso cotidiano e que são jogados na natureza sem nenhum cuidado. A reflexão, a observação da realidade e o questionamento do cotidiano são marcas da arte contemporânea presentes nessa obra. 5) As partituras gregorianas são feitas em esquema de tetragrama, com quatro linhas, em vez do atual pentagrama presente nas partituras de hoje. QUESTÕES COMPLEMENTARES 1) A COMENTÁRIO: A música é uma forma de arte de caráter universal e capaz de interdisciplinarizar com outras áreas de conhecimento e outras formas artísticas. Dentre os conceitos possíveis para a música, encontra-se a ideia de combinação de som e silêncio. 2) E COMENTÁRIO: A experiência de John Cage consistia na ideia de que a música também é composta por silêncio. Esse caráter experimental não foi compreendido por grande parte do público nessa instalação artística. 3) A COMENTÁRIO: As três formas artísticas contemporâneas – Land Art, Performance e o Happening – propõem um caráter reflexivo do papel da arte, do artista e do público. Este pode ter contato com essas formas por meio de fotografia e vídeo no caso das duas primeiras e participar ativamente no caso da última. 4) A COMENTÁRIO: A arte contemporânea ou pós-moderna surge para ora questionar as manifestações artísticas anteriores, ora para retomá-las com inovações. Há rupturas formais, ideológicas, temáticas e a quebra de barreiras entre o espaço do museu e a arte pública realizada em espaços abertos. Além disso, o corpo e outros elementos sonoros e visuais são mesclados aos tradicionais suportes artísticos. 5) B COMENTÁRIO: As intervenções urbanas se apropriam do espaço como fundamental para realização da obra para, assim, fazer um questionamento sobre a insti- tucionalização da arte pelos museus. Dessa forma, dialoga com esses espaços buscando ressignificar o viés artístico. A Land Art, através das intervenções promove uma discussão sobre a relação do homem com o ambiente e questiona o espaço privado do museu como único meio de propagar a arte. LIVRO DO PROFESSOR - ARTE COMO PARTE DE NÓS 5 5 6) A COMENTÁRIO: No trecho: “Estão ligadas aos aspectos religiosos, festas, lendas, fatos históricos, acontecimentos do cotidiano e brincadeiras.”, percebe- se a ideia de que a dança folclórica é a representação da cultura e da tradição de diversas regiões, refletindo o modo daquele povo expressar-se no mundo. 7) D COMENTÁRIO: A convivência com diversas manifestações ou formas artísticas propicia uma cultura rica. Todos os povos, de alguma maneira, tiveram contribuições de culturas distintas das suas, o que proporciona fusão e assimilação de novas produções artísticas que enriquecem o seu patrimônio. No caso da dança, uma atividade corporal que permite inúmeras modalidades e estilos, a diversidade é mais comum por conta da rápida disseminação das práticas corporais. 8) D COMENTÁRIO: A música é composta de elementos formais importantes para a sua composição e execução. Destacam-se as seguintes propriedades: a intensidade, o timbre, a altura melódico-har mônica, a densidade e a duração. 9) C COMENTÁRIO: Frans Krajcberg utilizou-se de materiais da própria natureza com o objetivo de chamar a atenção do público para as questões ambientais. Dentre as vertentes que se enquadram na sua obra está a Land Art, movimento artístico que se materializa em espaços abertos e grandes. 10) C COMENTÁRIO: As duas formas artísticas, mesmo separadas por séculos, expressam as visões de mundo do artista em um dado contexto. A semelhança entre as duas imagens é, justamente, a reprodução de crenças e valores de determinadas épocas. Dessa forma, a letra C está correta. 11) C COMENTÁRIO: Uma das grandes marcas dos movimentos artísticos modernos era apresentar novidades nas formas e temáticas abordadas. A originalidade era um meio de criticar o passado clássico e apontar novos rumos para os artistas do século XX e XXI. 12) E COMENTÁRIO: O som apresenta quatro propriedades básicas: intensidade, timbre, altura e duração. No caso apresentado, supõe-se que os adultos conversam em tom amistoso e as crianças gritam, sendo assim, as intensidades são diferentes. A voz de uma criança é mais aguda que a de um adulto, por isso, possui maior frequência. Outra característica que difere as vozes de adultos e crianças é o timbre. Os formatos das ondas são característicos, de modo que, ao ouvir as vezes, pode-se facilmente fazer a distinção entre a voz de um adulto e de uma criança. 13) A COMENTÁRIO: A obra “Parangolé” de Hélio Oiticica precisava do corpo e do seu movimento para exercer sua estética e mensagem, o que implica a participação do público. Por isso, enquadra-se na modalidade de happening. Neste, o artista começa com um plano de ação no qual o público é conduzido a uma relação interativa com o acontecimento artístico. Isto não se passa no espaço fechado de uma galeria, mas em locais públicos de uma cidade, onde o artista subitamente aparece com a sua performance. 14) B COMENTÁRIO: A arte urbana tem essa preocupação em disseminar os valores e chamar a atenção para as desigualdades sociais. Como se trata se uma arte pública, por conta da sua instalação em espaços públicos, de alguma forma apresenta uma intervenção nesse local, o que modifica a paisagem circundante, de modo permanente ou temporário. LIVRO DO PROFESSOR 66 ARTE | LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS 15) E COMENTÁRIO: Uma das características da performance é o seu caráter provocativo que aguça a reflexão e a discussão sobre temas do cotidiano. O artista Flávio de Resende Carvalho trouxe a exposição do corpo, de modo a provocar os parâmetros vigentes da época, sobretudo criticando as classificações de gênero, além de inovar o quesito de moda. 16) D COMENTÁRIO: As obras contemporâneas apresentadas pertencem, respectivamente, aos seguintes artistas: Robert Smithson, Yves Klein, Banksy, Michael Heizer e Richard Serra. As obras I, IV e V são representantes da Land Art. A II é exemplo da arte performática, enquanto a III é um grafite. 17) C COMENTÁRIO: A performance exemplif icada através da linguagem verbal (texto) e da linguagem corporal promovem a discussão e a reflexão sobre uma socioeconômica vinculada às características de identidade, de território e do código. 18) A COMENTÁRIO: A instalação “Dengo”, do artista brasileiro Ernesto Neto, um grande teto contínuo de crochê, dividido em espaços de convívio e visitação por estruturas que pendem do teto, tem por principal característica convidar os espectadores a uma relação lúdica e interativa com a obra. Estes devem percorrê-la para descobrir novas paisagens e ambientes em um exercício de experimentação sensorial, como inclusive parecem estar fazendo as crianças na fotografia. Cabe destacar, no entanto, que também são características da obra, ainda que secundárias, a presença de obstáculos no espaço exposto e o uso de técnicas artesanais como o crochê. 19) C COMENTÁRIO: Umaquestão do Enem que compara formas artísticas distintas: o grafite e uma letra musical do RAP. Juntas com a dança Hip Hop, essas modalidades são oriundas das periferias dos grandes centros urbanos e focam na temática social. No texto I, a imagem de um homem com o rosto tampado e em uma posição de confronto que parece estar prestes a atirar um objeto contra algo ou alguém, alude a quem joga bombas em manifestações. Entretanto, essa percepção é desconstruída ao percebermos que o homem na foto segura flores, no intuito de atirá-las, como se estivesse oferecendo paz e amor, trazendo uma conotação positiva. Já no texto II, o rap de MV Bill denuncia as desigualdades sociais e a falta de oportunidades; os dois textos refletem contra a indiferença e reforçam a resistência contra a injustiça social. 20) A COMENTÁRIO: A arte contemporânea de Jaime Prades traz uma reflexão sobre a responsabilidade com a ecologia, isso ocorre através da demonstração dos danos do desmatamento em forma de “árvore”, obra que, poeticamente, retorna a madeira para seu lugar de origem. Temos um exemplo de função utilitarista da arte, na qual o foco do artista é impactar o espectador levando-o a uma reflexão sobre algo do cotidiano. 21) E COMENTÁRIO: A dança é uma prática corporal que alegoriza as transformações socioculturais de um espaço ou região em um determinado intervalo de tempo. Por meio da dança, são resgatados elementos da memória nacional que ajudam a compreender a identidade de um povo. 22) A COMENTÁRIO: Enquanto uma manifestação artística corporal relevante, a dança popular proporciona o conhecimento da identidade cultural de um povo, bem como permite a interação entre pessoas de mesmos ou diferentes costumes. 7 7 23) D COMENTÁRIO: Do texto proposto infere-se a opinião de que o grafite é expressão artística reconhecida internacionalmente e de relevância nos meios urbanos contemporâneos. Essa modalidade artística contemporânea também é relevante por conta da proposição de engajamento social e de instigar a reflexão sobre os temas da atualidade. 24) C COMENTÁRIO: Uma das ver tentes da ar te contemporânea é o diálogo proposto entre obra, artista e público. Essa obra de Regina Silveira é um exemplo site-especific, pois foi projetada e cons truída exatamente para aquele lugar, considerando-se todas as suas particularidades. Sendo assim, os itens I e III estão corretos. 25) A COMENTÁRIO: O movimento Land Art difere de outros estilos artísticos não só por usar materiais oriundos da natureza a fim de propor uma reflexão social e ambiental, mas também por necessitar de grandes espaços, pois se refere ao tipo de arte em que o terreno natural que, em vez de prover o ambiente para uma obra de arte, é ele próprio trabalhado de modo a integrar-se à obra. 26) D COMENTÁRIO: A dança é uma modalidade artística corporal na qual os movimentos que compõem a coreografia são variados e se recriam de acordo com a cultura, o período histórico e o contexto histórico- social inserido. Ressalte-se que a linguagem corporal usada como base para a dança por ser ensaiada com a poeticidade do movimento ou mesmo improvisada, o que reforça seu caráter criativo e dinâmico. 27) D COMENTÁRIO: O grafite já é considerado uma forma de arte e, como tal, conseguiu o seu reconhecimento junto à crítica e à sociedade. No entanto, a pichação é encarada como uma contravenção que não atingiu uma organização artística reconhecida. O texto aborda que o grafite já é uma arte presente no cotidiano, enquanto os pichadores criticam o lado mercadológico dessa modalidade de pintura mural urbana. 28) D COMENTÁRIO: Marina Abramovic é uma das artistas que mais realizou a arte da performance, quase sempre com desafios perigosos, cujo uso do corpo é fundamental. Esse trabalho citado no texto foi no Museu de Arte Moderna de Nova York em 2010, onde a artista e o público se aproximam, sugerindo o rompimento e o distanciamento existentes entre o povo e arte. 29) B COMENTÁRIO: Dentro das propostas da arte contemporânea está a de causar um impacto no espectador. Seja para chamar a atenção deste para um tema social e político, seja para a discussão do papel da arte na sociedade. A intervenção de Doris Salcedo modifica o espaço da galeria a fim de instigar a percepção sobre um tema relevante na atualidade: a imigração. 30) D COMENTÁRIO: Os itens I, II e III estão corretos. Já o item IV está errado, pois embora o conceito de instalação seja mais recente do que o de pintura, isso não implica num sentido evolutivo. Na contemporaneidade, a pintura convive com todas as demais possibilidades de produção. O tempo e as novas tecnologias implicaram em possibilidades mais amplas de produção, circulação e recepção da arte e este processo não é excludente. LIVRO DO PROFESSOR 88 A R T E ATIVIDADE DE FIXAÇÃO 1) Teatro de improviso, espontâneo ou de improvisação. 2) A Naturalista, o Simbo lismo, o Expressionismo alemão, o Teatro Épico e o Teatro da Crueldade. 3) Destacam-se o Teatro do Oprimido (fundado por Au gusto Boal) e Doutores da Alegria. Este, de forma improvisada, realiza suas ações sociais e culturais gratuitas em centros médicos a fim de amenizar o sofrimento dos pacientes, especialmente das crianças. Aquele, de viés social e político, utiliza jogos teatrais, incluindo o espectador como uma parte integrante e ativa na composição cênica. 4) Na performance e no happening, o corpo é o objeto e o instrumento usado para a produção artística. Chama-se a atenção para questões relevantes do cotidiano que envolvam temas atemporais como a dor, a violência, o esforço físico, visando causar grande impacto e reflexão nos espectadores. 5) O conhecimento do corpo humano propiciou aos renascentistas o uso do detalhismo e a busca da perfeição ao trabalhar com aspectos simétricos envolvendo veias, rostos, expressões faciais. Ao dissecarem os cadáveres para estudar o corpo humano, entenderam melhor como ele funciona e como é sua composição, cores e formas. São os chamados estudos anatômicos. QUESTÕES COMPLEMENTARES 1) A COMENTÁRIO: Para que a forma artística teatral se realize faz-se necessários uma estrutura pautada nos seguintes elementos: coxia ou bastidor – refere-se a um espaço onde os atores aguardam para entrar em cena; camarim – consiste em uma divisão do teatro usado para a preparação dos atores; cenário – o espaço onde os elementos visuais são alocados para a apresentação da peça teatral; figurino – trata-se do vestuário ou traje utilizado pela personagem, sendo que é função do figurinista preparar tais roupas. 2) A COMENTÁRIO: As obras tridimensionais, dentre elas o teatro, possuem três dimensões: altura, largura e profundidade. Podem ser geométricas e apreciadas de qualquer ângulo ou perspectiva, diferentemente das obras de arte bidimensionais, que só podem ser vistas de frente. 3) A COMENTÁRIO: O olho humano é composto por várias estruturas que garantem nossa capacidade de visão. Quando estamos diante das artes visuais, a luz e a cor são determinantes para entender a obra de arte. A luz, movida por frequências de comprimentos de ondas, nos permite perceber as cores. No caso da questão que fala de uma ilustração realista, o natural é a nossa visão buscar a parte mais brilhante e, dessa forma, será considerada o primeiro plano da obra. 4) C COMENTÁRIO: A pintura a óleo é uma técnica tradicional na pintura e teria surgido no final da Idade Média, sendo que vários artistas no período gótico a utilizaram. Os pintores renascentistas aprimoraram o uso da técnica na qual os óleos secativos são os aglutinantes e o mais comum empregado pelos artistas é de linhaça. LIVRO DO PROFESSOR - PROCESSOS ARTÍSTICOS 9 9 5) B COMENTÁRIO: A Body Art é uma forma artística contemporânea pautada na expressão e linguagem corporal, ou seja, o corpo é o principal suporte para a realização da manifestação artística. Algumas modalidadescomo a performance e o happening depende do corpo para a sua realização. 6) C COMENTÁRIO: A percepção óptica de um objeto, mes- mo que de um ponto, a menor unidade perceptiva, se dá em relação a uma dimensão com menos definição que chamamos de fundo. 7) B COMENTÁRIO: O aglutinante é um pigmento que pode ser utilizado para se fazer qual quer tipo de tinta visando melhorar a sua qualidade e o tempo de secagem. O aglutinante da tinta a óleo é o óleo de linhaça, o da têmpera é a gema de ovo, o da tinta acrílica é material adesivo acrílico e o aglutinante da aquarela é uma solução de borracha. 8) C COMENTÁRIO: A técnica de utilização da têmpera é utilizada desde a Antiguidade por egípcios, gregos e romanos, sendo aperfeiçoada durante a Idade Média. Ela é obtida através da mistura de um corante ou pigmento a um aglutinante, tendo na gema do ovo diluído em água, uma das mais antigas. A secagem é rápida e, depois de seca, a pintura apresenta um brilho característico e muito resistente. 9) E COMENTÁRIO: As formas de arte vão incorporando novas técnicas e materiais ao longo do tempo. Já no século XIX, o teatro começou a inserir novas abordagens e recursos que alteraram o fazer teatral. Elementos usados no cinema, que surgia como uma forma de arte dinâmica e empolgante junto ao público, seriam também usados nas salas de teatro, como por exemplo, iluminação, sonoplastia, cenografia, dentre outros. 10) B COMENTÁRIO: Formas artísticas como a dança, o teatro e a performance, usam do improviso como recurso artístico para expressar situações cotidianas, criar novas experiências, explorar potencialidades dos artistas. No caso específico da dança, o professor pode utilizar o improviso como um meio de dar a liberdade poética, motora e expressiva ao aluno. 11) D COMENTÁRIO: Uma das características marcantes do Teatro do Oprimido, elaborado por Augusto Boal na década de 1970, é a inclusão do espectador como uma quarta parede do palco, um ser participativo, atuante da composição cênica. 12) D COMENTÁRIO: As duas imagens refletem o uso do corpo – Body Art – como meio de expressão artística. Enquanto na primeira temos o exemplo da pintura corporal indígena que indica uma simbologia de ordem ritualística, na segunda a artista performática Marina Abramovic realiza uma performance polêmica e questionadora. Os dois primeiros itens estão corretos e o terceiro errado, pois não se tratam de quadros vivos e sim de uma performance corporal. 13) D COMENTÁRIO: A dança é uma expressão artística que permite experimentar e apreciar os movimentos em diferentes contextos, cultivando a percepção, o imaginário, a capacidade de simbolizar e o repertório corporal. A maneira como se usa o corpo seguindo movimentos previamente estabelecidos (coreografia) ou improvisados (dança livre) pode realizar-se com ou sem a música. 14) B COMENTÁRIO: A Body Art é a utilização do corpo como suporte para a expressão do sujeito na arte. Está presente na performance, no happening, no teatro, na dança. No caso dos dois textos, caracteriza-se como o suporte necessário para a realização da expressão artística. LIVRO DO PROFESSOR 1010 ARTE | LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS 15) C COMENTÁRIO: O texto de Afrânio Coutinho aborda o gênero dramático, cujo destaque é o diálogo entre as personagens. O espetáculo teatral é uma composição literária, cujo texto dramático possui uma estrutura específica, sendo caracterizado de maneira geral pela forma como é contado (pela ação e diálogo dos personagens, e não por um narrador), e não por seu conteúdo, que pode ser oriundo de diversas fontes. Portanto, a letra C está correta. 16) E COMENTÁRIO: A Commedia dell’arte ou comédia do improviso, era uma forma teatral que utilizava máscaras, músicas e cantos, além de personagens fixos como o Pantaleão, o Arlequim, a Scaramouche, a Pulcinella, o Pierrot e a Colombina. O humor, a comicidade, a dança, os temas humanistas mesclavam-se ao improviso e dinamismo das personagens. 17) A COMENTÁRIO: No primeiro período do texto, a autora e diretora norte-americana expressa a opinião de que todo o relacionamento de grupo requer total participação individual para que o resultado seja satisfatório e valha a pena. Posteriormente, explica que, no teatro da improvisação, o trabalho individual está atrelado a todas as outras pessoas, o que pressupõe a necessidade de um trabalho em equipe que inclua as diferenças e semelhanças dos atores de maneira a experienciar o teatro sem amarras ou julgamentos. 18) E COMENTÁRIO: A Commedia dell’arte existiu desde o século XVI na Europa, mas somente no século XVIII esse fazer teatral passou a adotar tal denominação. Esse tipo de comédia se caracterizava pela criação coletiva de atores que elaboravam espetáculos improvisados e apresentavam personagens tipificados que marcaram a história do teatro ocidental. Dentre as personagens de destaque estão o Arlequim, a Colombina e o Pierrot. 19) B COMENTÁRIO: A linguagem corporal é uma forma não verbal de comunicação. No texto, a autora apresenta o fato de que o ator deve demonstrar sua atuação por todo o seu corpo e não somente por expressões faciais. Dessa forma, a mímica corporal é o meio de expressão do artista para com o público. 20) A COMENTÁRIO: O coreógrafo americano, Merce Cunningham, já foi chamado de “Einstein da dança”, pois inovou os passos do Balé no qual o dançarino não se deslocava mais em função do centro da cena e sim ele passara a ser o protagonista. Sua proposta inovadora pautava na ideia de dança livre da relação com a música, cenário ou qualquer narrativa. 21) B COMENTÁRIO: A Body Art é a arte do corpo e designa uma vertente da arte contemporânea que o toma como meio de expressão e/ou matéria para a realização dos trabalhos, associando-se frequentemente ao happening e à performance. Normalmente, o corpo do artista é o suporte para realizar intervenções, de modo geral, associadas à violência, à dor e ao esforço físico. 22) A COMENTÁRIO: O teatro é uma forma de arte na qual se realiza exercícios de expressão corporal, de improviso, de pesquisa sobre o contexto em que vive e de desenvolvimento de habilidades físicas. Para Stanislávski, o ator deve viver com o máximo de intensidade possível o seu persona gem, estudando e treinando as ações físicas. 23) D COMENTÁRIO: A percepção da cor é um fenômeno fisiológico que depende da captação de luz e da sua interpretação pelo cérebro. Portanto, temos um fenômeno de caráter subjetivo e individual, pois com as cores podemos criar sensações psicológicas. 1111 24) B COMENTÁRIO: Dentre os vários tipos de teatro que surgiam no Modernismo, destaca-se o Teatro Fórum no qual a cena representada, quando atinge seu clímax, apresenta uma revolução ao propor um diálogo direto dos atores com o público proporcionando a resolução da problemática por meio de ações cênicas. Assim, o espectador experimenta o papel ativo na peça. 25) B COMENTÁRIO: O texto de apoio fala que o treinamento [“o dançarino já preparou toda a sensação antes”] leva ao esvaziamento do eu [“é o seu corpo que está dizendo algo, não é você”] do dançarino e à expressão de algo que ultrapassa a consciência e a intencionalidade do artista [“quando o ator está nesse momento de desistir, é nesse momento que ele deve continuar, é nesse momento que chega algo para quem está assistindo”]. Dessa forma, a alternativa correta é a B. 26) C COMENTÁRIO: Deve-se considerar que os dramas tratados pelo autor em “O pagador de promessas” são de ordem universal – intolerância religiosa, preconceito, pureza dos fiéis e o sincretismo – e estão ambientados num cenário pitoresco (Bahia). Sendo assim, a alternativa correta é a C. 27) E COMENTÁRIO: A dança é uma forma artística de linguagem corporal de caráter universal e que expressa distintas identidades culturais. Os movimentos são elaborados de maneira inteligente e observa-se a apropriaçãoda linguagem musical, visual, verbal e interpessoal. Os itens I, III e V estão corretos. O item II está errado, pois o contexto que envolve a dança traz influências externas importantes. Já o item IV apresenta erro quando afirma que não há divergência nos movimentos corporais de uma cultura para outra, já que trata-se de uma forma de arte bastante identitária. 28) A COMENTÁRIO: O teatro é capaz de agregar outras formas de linguagens artísticas e, por isso, sua composição e análise exige conhecimento profundo. A linguagem teatral necessita de alguns elementos muito importantes na concretização da manifestação artística como o figurino, o cenário, a iluminação, a sonoplastia, a maquiagem, dentre outros. 29) D COMENTÁRIO: Augusto Boal, com seu Teatro do Oprimido, desenvolveu uma linguagem teatral inovadora e engajada, a fim de possibilitar ao espectador uma visão crítica da sua própria realidade. São trabalhados temas do cotidiano com uma linguagem simples onde, por meio do jogo teatral, o indivíduo (ator e espectador) pode interagir, de forma interpretativa e reflexiva, com a situação vivida. 30) A COMENTÁRIO: Bertolt Brecht, dramaturgo modernista, foi um exemplo de artista engajado em causas sociais e políticas. Para ele, o trabalho do ator era de realizar uma interpretação política e, principalmente, de uma definição clara da condição social da personagem, tendo como apoio recursos auxiliares como a narração e os gestos, em um método chamado de teoria do distanciamento. LIVRO DO PROFESSOR 1212 A R T E ATIVIDADE DE FIXAÇÃO 1) 1) Sugestão de resposta: Espera-se que o aluno compreenda o papel da arte como propositora de reflexão e questionamento sobre a realidade e seu cotidiano. Temas sociais, políticos, ambientais e humanos são abordados a partir da arte moderna e, especialmente, na arte contemporânea. 2) Os artistas, a partir da primeira metade do sécu lo XX passaram a aproximar a arte da vida e do público. Dessa forma, houve uma modificação do papel do espectador, que deixa um papel passivo e contemplativo e passa a ser atuante da obra. O mecanismo das artes propositoras é o de interação da arte com o público e vice-versa, instigando a reflexão sobre o cotidiano. É isso que ocorre nas performances de Marina Abra movic. 3) A proposta de ambos é suscitar uma reflexão sobre o conceito e o papel da arte no cotidiano das pessoas. 4) Sugestão de resposta: Espera-se que o aluno observe o fato de como as cores causam um impacto em nosso olhar. São impactos no emocional e no psicológico, direcionando nossas ações, pois a cor carrega significados simbólicos, e também tradicionais, por conta de sua construção ao longo de muitas gerações. O nosso cotidiano está imerso em cores, seja nas propagandas que assistimos nos filmes, na TV, no vestuário, enfim, o mundo colorido faz parte da realidade. 5) A pintura perpassa uma atmosfera inquietante nos elementos e cores apresentados. A tela divide-se em tons quentes e frios: o frio das cores azul e verde e o quente do amarelo e vermelho. Apesar de parecer uma cena onde o quarto possa expressar a tranquilidade, a obra sugere a solidão do artista. O lilás das paredes perpassa uma ideia de marasmo, o vermelho suscita o sentimento marcante, o laranja dos móveis contrasta com o restante do ambiente e o verde das janelas pode representar a natureza externa impedida de penetrar no quarto triste e desolador. QUESTÕES COMPLEMENTARES 1) E COMENTÁRIO: A peça “Fonte” é uma das realizações mais expressivas do Dadaísmo, no contexto das vanguardas europeias que surgiram no início do século XX. Essa obra representa uma ruptura em relação ao paradigma tradicional da arte, ao descontextualizar o objeto de seu ambiente convencional e buscar uma nova linguagem em relação “às convenções artísticas então vigentes”. 2) E COMENTÁRIO: Com o círculo cromático se organiza e se esque matiza as cores em suas variadas combinações. Através dele, artistas, publicitários, designers, carnavalescos e outros profissionais que trabalham com a linguagem das cores conseguem criar efeitos diversos e atingir o público de muitas maneiras. 3) A COMENTÁRIO: O museu Inhotim fica localizado na cidade de Brumadinho em Minas Gerais e é considerado o maior museu a céu aberto do Mundo. Uma das propostas do espaço é a integração entre arte e botânica visando explorar as potencialidades interativas com o espectador. 4) B COMENTÁRIO: As performances e happenings, atividades artísticas pautadas na linguagem corporal, apresentam características próximas ao teatro, pois as expressões não verbais, os gestos e os movimentos são necessários para a execução da modalidade. 5) B COMENTÁRIO: A junção de duas cores primárias formam três cores secundárias: verde (azul e amarelo), laranja (amarelo e vermelho) e roxo ou violeta (vermelho e azul). As cores terciárias surgem da mistura de uma cor primária e outra secundária. LIVRO DO PROFESSOR - PROVOC AÇÕES DA ARTE 1313 6) D COMENTÁRIO: Maurice de Vlaminck fez parte de um grupo artístico bastante heterogêneo – o Fauvismo. Este movimento moderno pregava o uso de cores fortes (especialmente as puras), formas simplificadas e intensidade nas pinceladas. 7) C COMENTÁRIO: Como uma proposta de arte pública e de intervenção, o vídeo mapping usa recursos tecnológicos para aproximar o espectador da arte de forma criativa e dinâmica. 8) B COMENTÁRIO: O Fauvismo é um movimento artístico moderno que surgiu na França trazendo um novo conceito de uso das cores puras, aliado a uma temática simples e emocional. 9) D COMENTÁRIO: As cores quentes perpassam a sensação de calor, pois são associadas ao sol, ao fogo e ao sangue. Do ponto de vista psicológico, os tons quentes estimulam a alegria, entusiasmo e vivacidade, trazendo energia e disposição. 10) A COMENTÁRIO: Para os fauvistas “Criar, em arte, não tem relação com o intelecto e nem com sentimentos, mas com os impulsos do instinto”. Trabalharam composições ordenadas em formas simples. Em oposição ao Cubismo, que explorava cada objeto a partir de vários pontos de vista, o artista fauvista optava pela frontalidade das figuras e o uso de cores puras e vibrantes. 11) A COMENTÁRIO: Marcel Duchamp foi um dos grandes nomes da vanguarda dadaísta e propôs uma reflexão sobre o que é a arte e o seu papel na crítica especializada. Criou os chamados Ready-mades – objetos do cotidiano que são ressignificados para promover uma discussão sobre os conceitos artísticos. 12) D COMENTÁRIO: A Instalação foi incorporada ao vocabulário das artes visuais na década de 1960, designando assemblage ou ambiente construído em espaços de galerias e museus. A Arte Conceitual promove uma reflexão sobre a ideia de arte, ao mesmo tempo em que incentiva a interação público x arte. 13) E COMENTÁRIO: A notícia trata de uma ferramenta tecnológica que permite a visualização (ainda que parcial) do acervo: “O Google Art é uma ferramenta on-line que permite a visitação virtual […] cada museu escolheu uma única obra de arte de seu acervo para ser fotografada com câmeras de altíssima resolução, ou gigapixel. As imagens contêm cerca de sete bilhões de pixels, o que significa que é mais de mil vezes detalhada do que uma foto de câmera digital comum”. 14) B COMENTÁRIO: Na instalação da artista Marilá Dardot, o público participa de modo ativo, compondo palavras e sentenças, a partir das letras-vaso distribuídas no campo. 15) B COMENTÁRIO: O elemento “cama” é trabalhado de uma forma insólita, visto que sofre um deslocamento de seu espaço habitual para um espaço inusitado, fazendo-o perder sua funcionalidade. Há o uso do recurso usado pelos dadaístas – Ready-mades – que ressignifica objetos do cotidiano propondo um diálogo com o espectador. 16) C COMENTÁRIO: Anita Malfatti, modernista brasileira, produziu obras com forte influência da vanguarda europeia denominada Expressionismo. LIVRO DO PROFESSOR1414 ARTE | LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS 17) D COMENTÁRIO: Yayoi Kusama (1929) é uma artista plástica japonesa que trabalha sob influências do Minimalismo, da Pop Art, do Surrealismo e do Expressionismo abstrato. Ela utiliza diversos materiais e técnicas em suas obras (colagens, esculturas, pinturas, performances), tendo como foco a interação com o público por meio da instalação. 18) A COMENTÁRIO: O texto B permite concluir informações importantes sobre a obra “Metaesquema I”. As linguagens geométricas fizeram parte de movimentos como o Concretismo. Mas o acerto da questão depende também da capacidade do candidato em estabelecer as relações necessárias entre a obra e sua apreciação crítica. 19) C COMENTÁRIO: As cores desempenham um papel relevante no contexto da História da Arte. Carregam significados simbólicos de acordo com a cultura, contexto e intenção artística. Ao impactar o nosso olhar, afetam o emocional e o psicológico. 20) D COMENTÁRIO: Marcel Duchamp, uma das maiores figuras da vanguarda dadaísta, inovou ao trazer questionamentos sobre a interpretação da obra artística criticando seus processos de feitura, contrapondo as marcas de uma arte formal e erudita com as concepções modernas. 21) A COMENTÁRIO: Anita Malfatti estudou na Europa e trouxe as inovações vanguardistas para as duas exposições que fez por aqui. A segunda, em 1917, gerou uma grande polêmica com o escritor Monteiro Lobato que criticou severamente a concepção moderna da artista. Os artistas modernistas, principalmente em sua primeira geração, buscaram criar uma arte em que valorizasse a cultura brasileira libertando-se de normas acadêmicas europeias, destacando as cores e os temas nacionais. 22) B COMENTÁRIO: Edvard Munch, artista moderno expressionista, apresentou em sua obra intensa subjetividade ao manifestar o mundo interior (obscuridade, angústia, desespero, dor...), potencializando uma carga dramática com cores fortes e distorção das linhas. 23) C COMENTÁRIO: A Arte, dentre algumas funções existentes, pode desempenhar um papel de reflexão crítica e engajamento social num dado momento histórico e político no qual está inserido. É o caso dessa obra de Cildo Meirelles criada em um contexto de regime civil-militar no Brasil e que questiona um tema importante para a época. A ideia era aproximar a discussão social e política do espectador e esse trabalho obteve êxito nessa proposta. 24) D COMENTÁRIO: A Estética Relacional articula-se com diferentes abordagens dos discursos emergentes sobre a arte contemporânea na atualidade. A performance em análise demonstra a interatividade da artista com o público em um espaço fora do museu ou ambiente privado a fim de reiterar o diálogo. 25) B COMENTÁRIO: O estilo não é uma noção útil apenas para as artes plásticas, mas para a arte em geral. Observa-se que a autora não afirma que não se deve mais trabalhar com a noção de estilo. Destaque-se ainda que estilo ou gênero na arte referem-se aos vários tipos e não à arte de tipo figurativo. A arte contemporânea apresentou diversas correntes e linguagens que questionaram as formas, os valores e os conceitos aplicados nos movimentos artísticos anteriores. 1515 26) B COMENTÁRIO: Uma das características mais importantes da Arte Contemporânea é o diálogo da obra e do artista com o público a fim de aproximá-lo com o mundo da arte. O movimento neoconcreto reagiu ao Concretismo que tratava a linguagem artística como algo racional, geométrico e distante de qualquer relação de subjetividade. Dessa forma, o Neoconcretismo trouxe a experiência sensorial e a interação do espectador com o objeto artístico. Sendo assim, os itens I e II estão corretos. 27) E COMENTÁRIO: Constituída por retratos de anônimos, a obra de Flemming mostra algo da personalidade única de cada indivíduo por trás da formalidade um tanto homogeneizante dos retratos para documentos. Ao mesmo tempo, apresenta um quadro diversificado de tipos humanos, sugerindo a percepção da diversidade. Assim, pode-se dizer que ela tematiza a identidade e a alteridade (item II). Além disso, ao abordar indivíduos comuns, ela permite um sentimento de pertencimento do cidadão em relação ao transporte e ao espaço públicos, muitas vezes vistos como apenas um ambiente de mera locomoção e passagem, apartado dos indivíduos (item III). Ademais, a grande dimensão dos retratos, os contrastes e o uso da transparência resultam em forte impacto visual, dialogando com o ambiente exterior. Por fim, é possível ler aspectos políticos na obra na maneira como, por exemplo, ela faz pensar na necessidade de humanizar os espaços públicos, bem como na questão da individualidade nas sociedades de massa (item IV). 28) D COMENTÁRIO: A relação espectador/objeto de arte na contemporaneidade é o tema da questão. O artista faz a crítica aos espaços institucionais da arte como legitimadores e promotores dela. A instalação tem caráter paradoxal na medida em que a própria “vida” do espaço (seu funcionamento) possibilitaria sua destruição. 29) A COMENTÁRIO: O grafite, enquanto arte pública e de rua, visa transmitir uma determinada mensagem, geralmente com um tom questionador sobre a nossa vida, sociedade e cotidiano. Nesse caso, os Gêmeos abordaram o tema do preconceito para com os muçulmanos provocando a discussão e a interação da arte com o espectador. 30) D COMENTÁRIO: O Ready-made foi uma criação de Marcel Duchamp – artista dadaísta – que propunha o uso de objetos do cotidiano associado a uma expressão e intenção artística. Tal recurso foi utilizado em movimentos da arte contemporânea como a Pop Art, a Arte Povera e a Arte Conceitual. A obra de Cildo Meireles apresenta uma crítica social e política usando o recurso dadaísta com a intenção de despertar no espectador uma reflexão sobre a realidade. LIVRO DO PROFESSOR ANOTAÇÃO 199199 A R T E A RTE COMO PA RTE DE NÓS I N T R O D U Ç Ã O KAPOOR, Anish. Portal das Nuvens. Chicago. A arte possui inúmeras significações, dependendo do contexto a qual está inserida. Da Antiguidade aos dias atuais, ela foi alterada de artigo, meramente ornamental e decorativo, para agente social ativo na sociedade, que tem o poder de conectar o pensamento do artista ao do espectador. De toda forma, a arte, quando em contato com o público, sempre afeta, mesmo que involuntariamente, o vulgo, apesar de nem toda manifestação artística visar relacionar-se com o ambiente ou as pessoas. Podemos perceber que a arte está aberta ao debate, conversando com o ambiente e a população, mesmo quando assume um caráter controverso, a ponto de mudar a maneira como as pessoas lidam com o espaço. Notamos a presença da arte em lugares abertos, como praças ou locais fechados, como shoppings e estações de transporte público. Alguns autores como John Beardsley (1981), defendem a ideia de que a arte não é um elemento isolado da sociedade, mas faz parte da mesma, refletindo os pensamentos e aspira- ções daquela comunidade, como acontece por exemplo, no grafite, na performance e no sticker art. Desde as últimas décadas do século XX até o presente momento, esta relação vem mudando e sendo problematizada. O local onde a arte é apresentada sai do museu e do teatro para o espaço urbano ou a natureza selvagem, mostrando que os materiais não são mais apenas a tinta, o mármore e o carvão. Surgem movimentos que tratam da questão complexa da acessibilidade da obra de arte e o papel do artista como parte da obra ou como a própria obra, com a ocorrência das performances e happenings. O corpo do artista, o corpo/espaço da natureza, rua e outros espaços públicos se tornam parte de uma experimentação que visa repensar a relação do homem com o meio em que vive e como esse meio pode ser instrumento de expressão, seja na dança, na música, na instalação e na pintura. O espaço comunitário confere caráter democrático à arte na medida em que esta passa a estaracessível a todos. Re pr od uç ão 1.1. NOSSO LUGAR NA ARTE E A ARTE COMO AÇÃO Ainda no século XX, por volta da década de 1970, nos Estados Unidos, os artistas começaram a explorar novas ma- neiras de utilizar o espaço comum. Surgem problematizações a respeito da ambiguidade sobre o que é público e o que não é e isso, consequentemente, reflete no campo da arte. A partir de então alguns movimentos novos foram criados, como a performance, o happening, os coletivos de artistas que, integrando arte visual com outras linguagens, fazem novos discursos críticos sobre as questões sociais que atingem o mundo em que vivemos, inserindo a arte na esfera pública da sociedade. Performance KUSAMA, Yayoi. Obsessão Infinita, 2014. Instituto Tomie Ohtake, São Paulo. Na segunda metade do séc. XX surge a performance. O termo performance vem do latim formare, fazer, dar forma. É uma modalidade artística que flerta com as artes cênicas, a música e as artes plásticas e possui caráter efêmero. É uma ação planejada previamente em detalhes pelo artista, e pode ocorrer em locais fechados, abertos, privados ou públicos. Se não estivermos presentes durante a sua realização só podere- mos obter seus registros, por meio de fotos ou vídeos . Ainda assim, perde-se parte da potência da performance, que tem como ponto forte o público, o contexto e o tempo de sua execução. Por isso, não é possível visitar uma performance a qualquer momento, como fazemos com uma exposição de pintura. A performance é um acontecimento com data e local determinados para começar e terminar. A manifestação da performance pode existir motivada pelo público, bem como ser produzida para o público que a assiste. Mesmo que os espectadores não participem ativamente na execução da performance, se o público não existisse não haveria motivo para a realização da performance. Os artistas performers trazem questões pertinentes à sua época, visan- do gerar reflexão dos espectadores e com eles travar uma relação de troca. 01 CAPÍTULO 200200 ARTE | LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS CURIOSIDADE A arte da performance sofreu influência, mesmo que indireta, do Dadaísmo. Para o dada, o gesto interessa mais do que a obra, prenunciando o que estava por vir. “O gesto mais do que a obra é o que interessa ao dadá: e o gesto pode ser feito em qualquer direção do costume, da política, da arte, das relações. Uma única coisa importa: que este gesto seja sempre uma provocação contra o chamado bom senso, contra a moral, contra as regras, contra a lei. Portanto, o escândalo é o instrumento preferido pelos dadaístas que se exprimem" (DE MICHELI, 2004, p.135) Artistas como Yves Klein (1928-1962), Joseph Beuys (1921-1986), Orlan (1947), entre outros, realizaram interes- santes trabalhos performáticos, cada um abordando uma temática diferente, mas sempre tendo como ponto em comum questões que atingem o coletivo, como por exemplo questões de gênero, as relações humanas, a imigração, os padrões de beleza e de comportamento, os sistemas econômicos e não apenas suas preferências individuais e subjetivas. QUESTÃO COMENTADA (CEV-2019) A arte pública dentro da arte contemporânea deve ser vista como uma arte que se volta para o A) movimento. B) espaço. C) sentimento. D) dinheiro. E) espírito. COMENTÁRIO: A arte pública dentro do contexto da arte contemporânea se volta para o espaço, seja ele urbano, da galeria, do museu ou da natureza. É uma modalidade artística facilmente acessível à população, visando modificar o ambiente e abordar questões sociais. Opção B. Registro da performance na abertura da exposição Antropometrias da época azul, 1960. Paris. Registro da performance na abertura da exposição Antropometrias da época azul, 1960. Paris. Na abertura da exposição Antropometrias da Época Azul, Yves Klein pinta o corpo de 3 modelos de azul enquanto uma orquestra toca uma sinfonia de uma nota durante 20 minutos, a Monotone-Silence, cuja composição é do próprio artista. As modelos têm seus corpos nus pintados, como se fossem pincéis vivos, e o resultado são as imagens impressas de seus corpos em uma grande tela, como podemos observar nas imagens acima. Registro da performance I like America and America likes me, 1974. O artista alemão Joseph Beyus, em Eu gosto da América e a América gosta de mim, realizou uma performance que durou 3 dias. Durante este tempo o artista desembarcou nos Estados Unidos envolto em um cobertor de feltro, sem tocar em solo americano e permaneceu por 8 horas diárias dentro de um quarto assim, recebendo jornais que lhe eram entregues a cada dia, possuindo apenas uma bengala e acompanhado de um coiote vivo. Ao término da performance, Beyus saiu do quarto e do país exatamente como chegou: envolto no cobertor e sem tocar em solo americano. Foi um trabalho pensado para trazer questões sobre a situação dos imigrantes na América e a tomada do território dos índios nativos americanos. Re pr od uç ão Re pr od uç ão 201201 A RTE COMO PA RTE DE NÓS Happening Registro da performance Solo for Violin Simultaneous, 1964, de Ben Vautier and Alison Knowles. O termo happening surgiu na década de 1950 nos Estados Unidos, criado pelo americano Allan Kaprow. Apesar de ser parecido e muitas vezes confundido com a performance, o happening é uma ação mais espontânea e com a participa- ção do público, que teve como uns de seus maiores artistas John Cage (1912-1992), Allan Kapprow (1927-2006), Wolf Vostell (1932-1998) e George Maciunas (1931-1978), um dos fundadores do grupo Fluxus. PESQUISA O campo da performance e do happening são muito amplos. Que tal pesquisar um artista brasileiro que realize ou tenha realizado alguma dessas modalidades artísticas? Traga para a sala de aula, informações como os temas que seu artista escolhido aborda, sua história e trabalhos importantes. E no Brasil? Nosso país também tem importantes artistas no cenário da arte contemporânea, como Flavio de Carvalho (1899- 1973), Berna Reale (1965), Paulo Nazareth (1977), Wagner Schwartz (1972), dentre muitos outros representando a área do happening e da performance em nossa história da arte. Uma ação performática no ano de 2009 que despertou muita curiosidade e atenção foi executada pela artista Berna Reale no mercado Ver-o-Peso, na cidade de Belém, quando colocou sobre seu corpo nu deitado sobre uma mesa, diversos pedaços de carne crua, passando a tarde toda exposta, desde aos olhares curiosos da população circulante, até aos urubus que sobrevoavam e rodeavam seu corpo. Re pr od uç ão REALE, Berna, Quando todos calam, 2009. Registro da performance realizada no mercado Ver-o-Peso, Belém. ATIVIDADE DE FIXAÇÃO 1) (CEV-2019) Cite três características da arte pública que surgiu na década de 1970 nos EUA e hoje é uma das correntes artísticas contemporâneas presentes no mundo todo. 2) (CEV) Sabemos que a performance e o happening, enquanto movimentos artísticos pautados no uso do corpo, apresentam semelhanças na execução de seus processos. No entanto, qual a principal diferença entre os dois estilos contemporâneos? Re pr od uç ão 202202 ARTE | LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS 1.2. INTERVENÇÃO E OUTRAS HABILIDADES ARTÍSTICAS NETO, Ernesto. Gaia Mãe Árvore, 2018. Crochê. Estação central de Zurique. Como vimos na aula anterior, o artista se apropria do espaço fora dos museus e galerias como um campo ampliado para a realização da arte. Infelizmente fazia-se distinção, mesmo que sutil, entre uma “arte séria”, localizada dentro dos museus e galerias e outra “popular”, menos importante. A partir da década de 1960 alguns grupos começam a surgir reavaliando essa divisão, inserindo, intervindo e/ou modificando diretamente o espaço público, onde as obras, muitas vezes feitas com ma- teriais não convencionais estarão localizadas. As intervenções são ações diretas do artista no espaço, relacionando a obra como público e o meio em que é colocada e transformando-a em uma duração a ser experimentada. Street art e Graffiti O artista Keith Haring em ação. Re pr od uç ão Re pr od uç ão O graffiti ou grafite é, talvez, a modalidade artística mais antiga que existe se considerarmos a ideia de pintura mural, pois tal expressão foi trabalhada na arte pré-histórica via pintura rupestre. Sua manifestação contemporânea liga-se à cidade de Nova York a partir do final da década de 1970. Ocupou espaços públicos com pintura em lugares como estações de metrô e muros da cidade, na busca em descons- truir a elitização da arte e fazer críticas à sociedade. A arte de rua é altamente engajada em temas políticos e sociais. Apesar de esta linguagem ter sido perseguida e vista como vandalismo, nomes como Jean-Michel Basquiat (1960 - 1988), Keith Haring (1958 – 1990) e Banksy tornaram-se grandes sucessos, fazendo parte de exposições por todo o mundo até hoje. Outros artistas do grafite são os brasileiros Kobra (1975), os irmãos Os Gêmeos (1974), a mineira Criola (1990) e o carioca Wallace Pato. BASQUIAT, Jean-Michel. Flexível, 1984. Acrílico e crayon sobre madeira. O grafite, para o escritor Norman Mailler, é “uma rebelião tribal contra a opressora civilização industrial”. Trata-se de um movimento cultural que integra a Cultura Hip Hop ao lado do estilo musical Rap e a dança Hip Hop constituindo uma ligação muito forte com as periferias das grandes cidades. Cabe uma distinção importante do grafite em relação à pichação, pois esta é considerada uma contravenção, ainda que hoje alguns críticos de arte já promovam uma discussão sobre o seu potencial valor artístico. Re pr od uç ão 203203 Os grafiteiros fazem comumente uso de duas técnicas: spray art (uso de spray, em geral de modo rápido, utilizando formas ou palavras simples e breves) e o stencil art (feita a partir de um cartão no qual as formas recortadas são preenchidas com o spray de tinta). KOBRA, Eduardo. Mural Etnias: todos somos um, 2016. Rio de Janeiro, Brasil. “É um mural para falar sobre a união dos povos. Fala justamente da importância de deixar de lado as diferenças religiosas e as diferenças políticas; de evitar os conflitos, e de realmente buscar a união dos povos”, afirmou o grafiteiro. A RTE COMO PA RTE DE NÓS CURIOSIDADE BANKSY. Garota com balão, 2002.Londres. Muitos grafiteiros escondem sua real identidade, seja para se proteger das autoridades, visto que o graffiti, por ocupar espaços públicos sem autorização por vezes é visto como uma ação ilegal, seja para poder realizar seu trabalho sem ser incomodado. Um desses artistas anônimos e, paradoxalmente, famosos, é o Banksy, grafiteiro supostamente britânico que realiza trabalhos de teor ácido e irônico com stencil. Seu sucesso é tamanho que galeristas chegaram ao ponto de retirar muros das ruas para leiloar e expor em salões de arte. Nos últimos anos o artista tem realizado trabalhos que criticam exatamente o comportamento ganancioso de galerias e colecionadores que se apropriam de uma arte que critica justamente o sistema econômico e fechado de galerias. BANKSY. Re pr od uç ão Re pr od uç ão “Nesta quarta-feira, 6, um misterioso desenho foi deixado no Hospital da Universidade de Southampton, no sul da Inglaterra. Na imagem, um menino brinca com uma enfermeira vestida de super-heroína, enquanto bonecos do Batman e do Homem-Aranha aguardam no cesto ao lado. A obra, já emoldurada e pendurada na parede do hospital, é uma homenagem aos profissionais do Serviço Nacional de Saúde (NHS) da Inglaterra, por sua ação durante a pandemia do novo coronavírus”. Disponível em: https://veja.abril.com.br. Acesso em: 15 maio. 2020. Há também artistas que realizam trabalhos nas ruas utili- zando outras técnicas, como os cartazes de lambe-lambe e os stickers, adesivos. Land Art AMADOR, Andres. Colossal,2012. Areia molhada. Dimensões não especificadas. A Land Art ou Earth Art, como também é conhecida surgiu no contexto da conscientização ambiental da década de 1960 como mais uma das tentativas em repensar a apropriação do espaço público e experimentar novos temas e materiais. Esta modalidade compreende esculturas, intervenções, monumentos de tamanho monumental que sejam feitos na natureza com os próprios materiais dela. Aqui o tipo de espaço público se altera, pois já não se trata de um cenário urbano. Re pr od uç ão 204204 ARTE | LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS Ela contesta a visão que separa a arte do ambiente, tornan- do a própria natureza a obra em si através de um olhar mais sensível aos elementos da natureza. Tem como característica a efemeridade; corre o risco de sofrer interferências, na maior parte das vezes do próprio meio que, com o tempo, ao se modificar também modifica a obra. Um exemplo é a Spiral Jetty, de Robert Smithson, que ficou por anos submersa na água e só reapareceu décadas depois. SMITHSON, Robert. Spiral Jetty, 1970. Pedras, cristais de sal, água e terra. Utah. Dimensões variáveis. Da mesma maneira que a performance e o happening, a land art é grande aliada da fotografia como maneira de docu- mentar e prolongar a vida dos trabalhos. Graças a ela muitas obras podem ser acessadas por nós por meio de registros fotográficos. Muitas das obras já não existem fisicamente há décadas, ou não são de fácil acesso à visitação. GOLDSWORTHY, Andy. O muro de Storm King, 1997. Storm King Wall é um muro seco serpentino, com 2.278 pés de comprimento, feito de 1.579 toneladas de pedras de campo. Disponível em: https://collections.stormking.org. Acesso em: 15 maio. 2020 (adaptado). Outras intervenções urbanas Apesar de não possuir o caráter ecológico da land art, podemos elencar alguns artistas que atuam no cenário urbano com traços similares ao do movimento, com a apropriação do espaço como a obra e o questionamento sobre a insti- tucionalização da arte pelos museus. Alguns exemplos são Re pr od uç ão Re pr od uç ão Christo (1935), Jeanne-Claude (1935), Gordon Matta-Clark (1943 – 1978), Richard Serra (1938), Olafur Eliasson (1967), que realizam trabalhos relacionando o espaço da obra de arte com o espaço de uso comum. Matta-Clark, formado em arquitetura, realizou uma série de intervenções em construções abandonadas nos Estados Unidos, com cortes e deslocamentos. Definia seu trabalho como “anarquitetura”. MATTA-CLARK, Gordon. Splitting, 1974. CHRISTO e JEANNE-CLAUDE. Reichstag Embrulhado,1955. Tecido drapeado. Berlim, Alemanha. Dimensões variáveis. O casal Christo (1937) e Jeanne-Claude (1937 - 2009) cau- saram grande impacto em Berlim ao empacotar, literalmente, todo o prédio do parlamento alemão. A dupla é conhecida por realizar empacotamentos de grandes construções por todo o mundo, mantendo a forma básica dos prédios e objetos. Já Richard Serra causou polêmica com sua escultura Arco Inclinado, em Nova York. A obra, uma grande placa de aço com mais de 3 metros de altura foi colocada em diagonal na Federal Plaza, bloqueando a visão do outro lado, assim como o caminho, e obrigando as pessoas que por ali passavam a alterar suas rotas. Este lugar, que até então não tinha muita importância, era só um meio de passagem de um lugar para o outro em meio à agitação urbana, foi ressignificado pelos cidadãos que estiveram em contato com a escultura, e não pelo artista. Ao obrigá-los a mudar suas trajetórias, o “Arco Inclinado” fez com que eles percebessem a espacialidade do lugar e sua importância, como também atuassem como colaboradores da realização da obra, que mais do que uma escultura também foi uma instalação no espaço coletivo. Re pr od uç ão Re pr od uç ão 205205 SERRA, Richard. Arco inclinado,1981. Aço. 366Cmx 3751 cm. Federal Plaza, New York. Esta obra é um site-especific, isto é, foi projetada e construída exatamente para aquele lugar, considerando-se todas as suas particularidades. Logo, Richard Serra, sabia que seutrabalho geraria comentários. Dada a polêmica em torno do transtorno da locomoção dos pedestres na praça a escultura foi retirada de lá 4 anos depois de sua inaugu- ração. Como foi planejada exatamente para aquele local, ao ser retirada de lá o artista não permitiu que a obra fosse exposta em outro lugar. DESAFIO Realize um trabalho de instalação ou intervenção em sua escola com toda a turma e o professor. Observe o espaço onde você estuda, as particularidades de cada sala, o que pode ser explorado e o cotidiano de quem passa por ali. Reflita em conjunto como atuar neste local de maneira criativa. Pesquise outros artistas, inclusive brasileiros, que façam intervenções urbanas para ajudar na composição deste trabalho. Artistas como o brasileiro Ernesto Neto (1964) e o islan- dês-dinamarquês Olafur Eliasson (1967) realizam instalações artísticas em espaços fechados e públicos, como estações de trem e galerias de arte, respectivamente. Re pr od uç ão ELIASSON, Olafur. The Weather Project, 2003. Instalação com luzes. Tate Modern, Londres. Eliasson, ao invés de levar a arte para fora do museu trouxe o sol para dentro da galeria Tate, na fria e cinzenta Londres. A instalação The Weather Project, composta de luzes que simulam a presença do sol atraiu inúmeras pessoas. Muitos até mesmo levavam cangas para deitar e apenas aproveitar a experiência, com amigos ou sozinho, de estar em contato com a natureza. Aqui é interessante perceber como a obra criou uma nova relação do público com a instituição de arte. Por interagir com a obra as pessoas podem dialogar mais com elas e as outras, refletindo sobre a natureza e a cultura através de ex- periências subjetivas. “A simplicidade da forma não significa necessaria- mente a simplicidade da experiência. ” Robert Morris, artista de Land Art. (Graham-dixon,Andrew – Publifolha. Arte: o guia visual definitivo.) KONRADS, Cornelia. Funileiros, 2016. A obra, na verdade, é o cenário para uma peça de teatro e possui várias facetas. Com tapetes de musgo, janelas de folhagens, trilhas e mais, a instalação convida quem está assistindo a interagir com a história e com a natureza. Disponível em: https://www.bol.uol.com.br. Acesso em: 15 maio. 2020. Re pr od uç ão Re pr od uç ão A RTE COMO PA RTE DE NÓS 206206 ARTE | LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS Ernesto Neto utiliza materiais simples como as linhas de crochê para criar grandiosas instalações em que o público também pode interagir, como em Gaia Mãe Árvore, feita em 2018 em uma estação de trem de Zurique, na Suíça. A instalação é uma grande árvore de cerca de 20 metros de altura feita de crochê. Há um espaço no interior da árvore para as pessoas conviverem, com bancos, música e aromas de especiarias. É uma imersão em um outro ambiente. NETO, Ernesto. Gaia Mãe Árvore,2018 (interior) Instalação. Dimensões variáveis. Zurique. QUESTÃO COMENTADA NETO, Ernesto. O bicho suspenso na paisagem, 2011. Fio de crochê. Dimensões variáveis. (CEV-2019) A obra intitulada O bicho suspenso na paisagem (2012), do artista Ernesto Neto é um exemplo de A) pintura. B) instalação. C) graffiti. D) arquitetura. E) escultura. COMENTÁRIO: a obra é uma instalação, é um trabalho feito para interagir com o espaço onde foi inserido e gerar novas experiências na vida de quem passa por ali. Opção B. Re pr od uç ão Re pr od uç ão ATIVIDADE DE FIXAÇÃO 3) (CEV) Cite duas características do grafite exemplo de “arte de rua pública” comum nos grandes centros urbanos. 4) (CEV-2020) O termo em inglês Land Art refere-se a um movimento artístico que tem o intuito de fundir arte e natureza. As obras desse estilo contemporâneo existem durante algum tempo e contam basicamente com o registro fotográfico ou vídeo para chegar ao grande público. Observe a obra a seguir:Gordon Matta Clark. SALCEDO, Doris. 550 cadeiras empilhadas entre dois edifícios da cidade, 2002. Instalação realizada na cidade de Istambul, Turquia. Quais as possibilidades de compreensão que essa instalação associada aos aspectos da Land Art podem nos despertar? Obs.: lembrem-se das propostas da arte contemporânea. 207207 1.3. A MÚSICA, A DANÇA E AS DESCOBERTAS SENSORIAIS A música e a dança são expressões artísticas muito antigas existentes desde que encontramos os primeiros registros em pinturas rupestres de vida humana. Estas duas modalidades artísticas, talvez um pouco mais que a pintura e escultura, estiveram, desde o início, travando uma troca direta com o público. Ao longo de milênios essas linguagens mantiveram-se presentes na história do homem, porém algumas mudanças e desenvolvimentos ocorreram com o passar do tempo. Grafias sonoras e estrutura musical Para que a música e a dança aconteçam é necessário que se entenda a existência de algumas propriedades do som que possibilitam a ocorrência dessas artes, tais como a duração rítmica, a intensidade, o timbre e a altura melódico-har- mônica, que indicam se o som é mais grave ou mais agudo. O som se manifesta por meio de frequências de ondas sonoras. Isto significa que o som, independente da altura ou da duração, possui uma sequência de impulsos e repousos. Ele não pode existir sem o silêncio, pois se fosse um sinal sonoro sem alteração não poderia ser distinguido pela nossa audição. Portanto, o silêncio, de certa maneira, é parte do som. Esquema representando frequências sonoras diferentes. Além das propriedades do som, é importante ressaltar que a música pode ser escrita com símbolos das notas musicais, são as partituras. Inclusive é por meio da grafia musical, que compositores como os do canto gregoriano escreviam e os músicos podiam tocar suas notas. Esta escrita hoje em dia é universal, podendo ser escrita em um determinado lugar e entendida perfeitamente por outro músico de outro. Na partitura, composta por um esquema de cinco linhas e quatro espaços, chamado pentagrama ou pauta musical, as notas são escritas, como na imagem abaixo. Re pr od uç ão Partitura do Concerto Brandengurg, de Johann Sebastian Bach. Há ainda outros elementos importantes na partitura, além das linhas, espaços e símbolos musicais. Também é preciso entender as melodias e os compassos. Observe as imagens a seguir: Re pr od uç ão Re pr od uç ão Re pr od uç ão A RTE COMO PA RTE DE NÓS 208208 ARTE | LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS Canto gregoriano O canto gregoriano surgiu na Idade Média, no século IV, e foi instaurado pelo papa São Gregório Magno, como canto oficial da Igreja Católica. Cantado a uma só voz e com uma única melodia, conta com o auxílio de um órgão ou harmônico nos cantos e possui ritmo livre. É parecido com cantos da Antiguidade, com a diferença que agora possui forte caráter religioso. As primeiras partituras, tais como as conhecemos hoje, foram desenvolvidas neste período medieval, com a diferença de que as partituras gregorianas são feitas em esquema de tetragrama, com quatro linhas, em vez do atual pentagrama. Partitura do canto gregoriano Hodie Christus Natus Est, Antífona do dia do Natal. “Hoje o Cristo nasceu, hoje apareceu o Salvador, hoje na terra cantam os anjos, alegram-se os arcanjos, hoje exaltam os justos dizendo: Glória a Deus nas alturas, aleluia!” CURIOSIDADE A música e a dança tradicional indiana são bastante complexas e repletas de detalhes. As notas musicais, por exemplo, possuem 7 swaras, ou notas principais que são chamados de Shadja, Rishabh, Gandhar, Madhyam, Pancham ,Dhaivat e Nishad formando a escala básica Sapta (sete). Porém, há mais 5 outros swaras secundários, totalizando 12 notas. Além dos swaras, existem também os Srutis, as 22 divisões que os indianos distinguem dentro de apenas uma oitava, que no ocidente é o intervalo entre uma nota musical e outra com a metade ou o dobro de sua frequência. Ou seja, onde nossos ouvidos captam um intervalo os indianos conseguem captar 22! Re pr od uç ão Experimente ouvir uma
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