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2 ano Livro professor ARTE Livro 3 2021

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Organização pedagógica:
Autores:
Revisores:
Diagramadores:
Coordenação de Arte:
Conceito da Capa:
Ilustração: 
Assistência pedagógica: Ana Luiza Ângelo Rodrigues.
Alex Romero Lima, Amílcar Ximenes de Albuquerque Júnior,
Francisca Flávia Mendes Lêda, Francisco Hércules Silva Bezerra, 
Márcia Farias Mourão Soares e Patrícia Carvalho Lima(in memorian).
Aline Dayane Barreto Veloso, Flávio Willame Sousa Moreira,
Keylane Maria Costa Barbosa e Liziane Carvalho Sousa de Paiva.
Bruno Wanderson de Sousa Silva, Cássio Rafael da Costa Borges,
Ítalo Guimarães de Oliveira Damasceno, Jairon Rodrigues de Sousa,
Kelly Viana de Carvalho, Joseane Nascimento Silva,
Luciano Aires Granja e William Henrique de Moura e Silva.
Eduardo Moraes.
Leonardo S. Santtos e Gustavo Mascarenhas Alves do Bonfim.
Gustavo Mascarenhas Alves do Bonfim.
FICHA CATALOGRÁFICA
L732s Lima, Alex Romero
Sistema CEV de ensino: ensino médio 2º ano. /
Alex Romero Lima (coordenador). – 3.ed. – Teresina: CEV Sistema de 
Ensino Ativo e Editora, 2021.
264p.il. – (Coleção Sistema CEV de ensino; Linguagens, códigos e suas 
tecnologias).
3º Bimestre/Livro professor
ISBN 978-65-5911-037-7
1. Linguagens, códigos e suas tecnologias.
2. Tecnologias da informação. 3. Comunicação.
I. Título.
CDD 407
Elaborada por Adriana Luiza de Sousa Varão – CRB – 3/1493
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS À EDITORA CEV
Alex Romero Lima.
SUMÁRIO
LÍNGUA PORTUGUESA
SINTAXE DE REGÊNCIA I ................................................................................................................ 7
1.1 REGÊNCIA NOMINAL ............................................................................................................. 7
1.2 REGÊNCIA VERBAL ................................................................................................................ 7
SINTAXE DE REGÊNCIA II: CRASE ...................................................................................................19
2.1 O FENÔMENO DA CRASE - DEFINIÇÃO ....................................................................................19
2.2 ASPECTOS LINGUÍSTICOS - CRASE ........................................................................................20
A MORFOSSINTAXE DOS VOCABULÁRIOS QUE, SE E COMO ...............................................................31
3.1 O VOCÁBULO “QUE” E SUAS CLASSIFICAÇÕES .............................................................................33
3.2 O VOCÁBULO “SE” E SUAS CLASSIFICAÇÕES ..................................................................................35
3.3 O VOCÁBULO “COMO” E SUAS CLASSIFICAÇÕES .....................................................................37
SINTAXE DE COLOCAÇÃO PRONOMINAL .........................................................................................47
4.1 O PRONOMES OBLÍQUOS ÁTONOS DA LÍNGUA PORTUGUESA ..................................................47
4.2 COLOCAÇÃO PRONOMINAL COM FORMAS VERBAIS COMPOSTAS ............................................50
REDAÇÃO
A ARTICULAÇÃO NO TEXTO DISSERTATIVO-ARGUMENTATIVO ..........................................................67
1.1 O QUE É COESÃO TEXTUAL .....................................................................................................................67
1.2 TIPOS DE COESÃO .................................................................................................................................68
1.3 VERIFICAÇÃO DA APRENDIZAGEM ...........................................................................................................70
1.4 ATIVIDADE DE FIXAÇÃO .........................................................................................................................70
COESÃO NO ENEM E SUAS ESPECIFICIDADES ..................................................................................75
2.1 A COMPETÊNCIA 4 NO ENEM ..................................................................................................................75
2.2 A ESTRUTURAÇÃO E A COESÃO DOS TEXTOS NO ENEM .............................................................................78
2.3 ATIVIDADES DE FIXAÇÃO .......................................................................................................................81
AS DIFICULDADES DA COESÃO NO PLANO GRAMATICAL ...................................................................85
3.1 O USO DOS PRONOMES .........................................................................................................................85
3.2 OUTROS RECURSOS COESIVOS ...............................................................................................................87
3.3 PARALELISMO SINTÁTICO E SEMÂNTICO .................................................................................................87
3.4 ATIVIDADES DE FIXAÇÃO ........................................................................................................................88
COMPETÊNCIA 1 - PONTUAÇÃO PARTE 2 ........................................................................................92
4.1 PONTO .................................................................................................................................................92
4.2 PONTO E VÍRGULA ................................................................................................................................92
4.3 DOIS PONTOS .......................................................................................................................................92
4.4 TRAVESSÃO ..........................................................................................................................................93
4.5 PARÊNTESES ........................................................................................................................................93
4.6 ASPAS ..................................................................................................................................................93
4.7 VERIFICAÇÃO DA APRENDIZAGEM .......................................................................................................... 94
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
SUMÁRIO
LITERATURA
GERAÇÃO DE 1930 - PROSA NEORREALISTA ....................................................................................99
1.1 A BAHIA SOB O OLHAR DE JORGE AMADO ..............................................................................................100
1.2 RACHEL DE QUEIROZ E GRACILIANO RAMOS: O DRAMA DA SECA .............................................................102
1.3 A HISTORICIDADE NOS ROMANCES DE JOSÉ LINS E DE VERÍSSIMO ..........................................................109
O MODERNISMO DE 45 E A PROSA PÓS-MODERNA ........................................................................... 126
2.1 GUIMARÃES ROSA E O REGIONALISMO UNIVERSAL ...................................................................................126
2.2 A ABORDAGEM PSICOLÓGICA DE CLARICE LISPECTOR ............................................................................130
2.3 A TEMÁTICA FANTÁSTICA DE LYGIA FAGUNDES TELES E JOÃO UBALDO RIBEIRO ........................................134
2.4 A LITERATURA BRUTAL DE DALTON TREVISAN E RUBEM FONSECA ...........................................................137
LÍNGUA INGLESA
CAPÍTULO 1 .............................................................................................................................. 153
1.1 REPORTED SPEECH .............................................................................................................................153
1.2 CONJUNCTION ...................................................................................................................................156
CAPÍTULO 2 .............................................................................................................................. 165
2.1 INDEFINITE PRONOUN ........................................................................................................................1652.2 PREPOSITIONS ...................................................................................................................................167
2.3 PHRASAL VERBS ................................................................................................................................. 170
LÍNGUA ESPANHOLA
¿QUIÉN ES RIGOBERTA MENCHÚ? ................................................................................................ 181
1.1 LAS PREPOSICIONES .............................................................................................................................182
1.2 CURIOSIDAD DE LA LENGUA ................................................................................................................183
LA NOCHE DE LOS LAPICES ......................................................................................................... 188
2.1 LOS PRONOMBRES DE COMPLEMENTO .................................................................................................188
2.2 CURIOSIDAD DE LA LENGUA I ...............................................................................................................190
ARTE
ARTE COMO PARTE DE NÓS ......................................................................................................... 199
1.1 NOSSO LUGAR NA ARTE E A ARTE COMO AÇÃO .......................................................................................199
1.2 INTERVENÇÃO E OUTRAS HABILIDADES ARTÍSTICAS ......................................................................................202
1.3 A MÚSICA, A DANÇA E AS DESCOBERTAS SENSORIAIS .............................................................................207
PROCESSOS ARTÍSTICOS ............................................................................................................ 221
2.1 O IMPROVISO COMO MEIO DE EXPRESSÃO.............................................................................................222
2.2 O CAMPO AMPLIADO DO CORPO NA ARTE ..............................................................................................226
2.3 OS PROCESSOS TRANSFORMADORES DA ALQUIMIA NA ARTE ..................................................................229
PROVOCAÇÕES DA ARTE ............................................................................................................. 240
3.1 A ARTE PROPOSITORA NA TROCA ENTRE ARTISTA E PÚBLICO .................................................................240
3.2 AS CORES NA HISTÓRIA DA ARTE ..........................................................................................................245
3 3
A R T E
LIVRO DO PROFESSOR
A ÁREA DE LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
A Base Nacional Comum Curricular da área de Linguagens e suas Tecnologias busca consolidar e ampliar as 
aprendizagens previstas na BNCC do Ensino Fundamental nos componentes de Língua Portuguesa, Arte, Educação Física e 
Língua Inglesa – observada a garantia dos direitos linguísticos aos diferentes povos e grupos sociais brasileiros. Para tanto, 
prevê que os estudantes desenvolvam competências e habilidades que lhes possibilitem mobilizar e articular conhecimentos 
desses componentes simultaneamente a dimensões socioemocionais, em situações de aprendizagem que lhes sejam 
significativas e relevantes para sua formação integral. (...)
A Arte, enquanto área do conhecimento humano, contribui para o desenvolvimento da autonomia reflexiva, criativa 
e expressiva dos estudantes, por meio da conexão entre o pensamento, a sensibilidade, a intuição e a ludicidade. Ela é, 
também, propulsora da ampliação do conhecimento do sujeito sobre si, o outro e o mundo compartilhado. É na aprendizagem, 
na pesquisa e no fazer artístico que as percepções e compreensões do mundo se ampliam e se interconectam, em uma 
perspectiva crítica, sensível e poética em relação à vida, que permite aos sujeitos estar abertos às percepções e experiências, 
mediante a capacidade de imaginar e ressignificar os cotidianos e rotinas.
A proposta de progressão das aprendizagens no Ensino Médio prevê o aprofundamento na pesquisa e no 
desenvolvimento de processos de criação autorais nas linguagens das artes visuais, do audiovisual, da dança, do teatro, das 
artes circenses e da música. Além de propor que os estudantes explorem, de maneira específica, cada uma dessas linguagens, 
as competências e habilidades definidas preveem a exploração das possíveis conexões e intersecções entre essas linguagens, 
de modo a considerar as novas tecnologias, como internet e multimídia, e seus espaços de compartilhamento e convívio.
Um ambiente propício para o engajamento dos estudantes em processos criativos deve permitir a incorporação de 
estudos, pesquisas e referências estéticas, poéticas, sociais, culturais e políticas para a criação de projetos artísticos individuais, 
coletivos e colaborativos, capazes de gerar processos de transformação, crescimento e reelaboração de poéticas individuais e 
coletivas. Além disso, possibilita a constituição de um espaço em que as pessoas sejam respeitadas em seus modos de ser e 
pertencer culturalmente, e estimuladas a compreender e acolher as diferenças e a pluralidade de formas de existência. Esses 
processos podem emergir de temas norteadores, interesses e inquietações, e ter, como referência, manifestações populares, 
tradicionais, modernas, urbanas e contemporâneas. 
No decorrer desses processos, os estudantes podem também relacionar, de forma crítica e problematizadora, os 
modos como as manifestações artísticas e culturais se apresentam na contemporaneidade, estabelecendo relações entre 
arte, mídia, política, mercado e consumo. Podem, assim, aprimorar sua capacidade de elaboração de análises em relação às 
produções estéticas que observam/vivenciam e criam.
O trabalho com a Arte no Ensino Médio deve promover o entrelaçamento de culturas e saberes, possibilitando aos 
estudantes o acesso e a interação com as distintas manifestações culturais populares presentes na sua comunidade. O mesmo 
deve ocorrer com outras manifestações presentes nos centros culturais, museus e outros espaços, de modo a propiciar o 
exercício da crítica, da apreciação e da fruição de exposições, concertos, apresentações musicais e de dança, filmes, peças 
de teatro, poemas e obras literárias, entre outros, garantindo o respeito e a valorização das diversas culturas presentes na 
formação da sociedade brasileira, especialmente as de matrizes indígena e africana. 
Nesse sentido, é fundamental que os estudantes possam assumir o papel de protagonistas como apreciadores e 
como artistas, criadores e curadores, de modo consciente, ético, crítico e autônomo, em saraus, performances, intervenções, 
happenings, produções em videoarte, animações, web arte e outras manifestações e/ou eventos artísticos e culturais, a ser 
realizados na escola e em outros locais. Assim, devem poder fazer uso de materiais, instrumentos e recursos convencionais, 
alternativos e digitais, em diferentes meios e tecnologias.
Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br. Acesso em: 10 dez. 2019.
ENEM - MATRIZ DE REFERÊNCIA DE LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS 
TECNOLOGIAS 
Competência de área 4 - Compreender a arte como saber cultural e estético gerador de significação e integrador da 
organização do mundo e da própria identidade. 
H12 - Reconhecer diferentes funções da arte, do trabalho da produção dos artistas em seus meios culturais. 
H13 - Analisar as diversas produções artísticas como meio de explicar diferentes culturas, padrões de beleza e preconceitos. 
H14 - Reconhecer o valor da diversidade artística e das inter-relações de elementos que se apresentam nas manifestações de 
vários grupos sociais e étnicos. 
44
A R T E
ATIVIDADE DE FIXAÇÃO
1) 
A arte pública insere-se na Arte Contemporânea 
como um dos movimentos que se utiliza da técnica da 
instalação e pode também aproveitar-se da performance. 
Volta-se parao espaço, seja ele urbano, da galeria, do 
museu ou da natureza, o que a faz facilmente acessível 
à população, visando modificar o ambiente e abordar 
questões sociais.
2) 
Diferentemente da performance, o happening é uma 
ação mais espontânea e com a participa ção do público.
3) 
A utilização de espaços públicos como estações de 
metrô e muros da cidade é uma marca da arte do Grafite. 
Trata-se de um movimento de arte contemporânea que 
faz críticas à sociedade de forma engajada abordando 
temas políticos e sociais e muita criatividade, além 
de colorir espaços outrora degradados.
4) 
A Land Art é um movimento artístico de forte 
engajamento social e ambiental que contesta a visão 
de arte separada do ambiente. Sendo assim, entendem 
que a própria natureza deve integrar uma obra de 
arte em si, despertando um olhar mais sensível do 
observador. A instalação “550 cadeiras empilhadas entre 
dois edifícios da cidade” suscita uma reflexão sobre 
o descarte de materiais usados no nosso cotidiano e 
que são jogados na natureza sem nenhum cuidado. A 
reflexão, a observação da realidade e o questionamento 
do cotidiano são marcas da arte contemporânea 
presentes nessa obra.
5) 
As partituras gregorianas são feitas em esquema 
de tetragrama, com quatro linhas, em vez do atual 
pentagrama presente nas partituras de hoje.
QUESTÕES COMPLEMENTARES
1) A
COMENTÁRIO: A música é uma forma de arte de caráter 
universal e capaz de interdisciplinarizar com outras áreas 
de conhecimento e outras formas artísticas. Dentre os 
conceitos possíveis para a música, encontra-se a ideia 
de combinação de som e silêncio.
2) E
COMENTÁRIO: A experiência de John Cage consistia na 
ideia de que a música também é composta por silêncio. 
Esse caráter experimental não foi compreendido por 
grande parte do público nessa instalação artística.
3) A
COMENTÁRIO: As três formas artísticas contemporâneas 
– Land Art, Performance e o Happening – propõem 
um caráter reflexivo do papel da arte, do artista e do 
público. Este pode ter contato com essas formas por 
meio de fotografia e vídeo no caso das duas primeiras 
e participar ativamente no caso da última.
4) A
COMENTÁRIO: A arte contemporânea ou pós-moderna 
surge para ora questionar as manifestações artísticas 
anteriores, ora para retomá-las com inovações. Há 
rupturas formais, ideológicas, temáticas e a quebra 
de barreiras entre o espaço do museu e a arte pública 
realizada em espaços abertos. Além disso, o corpo e 
outros elementos sonoros e visuais são mesclados aos 
tradicionais suportes artísticos.
5) B
COMENTÁRIO: As intervenções urbanas se apropriam 
do espaço como fundamental para realização da obra 
para, assim, fazer um questionamento sobre a insti-
tucionalização da arte pelos museus. Dessa forma, 
dialoga com esses espaços buscando ressignificar o 
viés artístico. A Land Art, através das intervenções 
promove uma discussão sobre a relação do homem 
com o ambiente e questiona o espaço privado do museu 
como único meio de propagar a arte.
LIVRO DO PROFESSOR - ARTE COMO PARTE DE NÓS
5 5
6) A
COMENTÁRIO: No trecho: “Estão ligadas aos 
aspectos religiosos, festas, lendas, fatos históricos, 
acontecimentos do cotidiano e brincadeiras.”, percebe-
se a ideia de que a dança folclórica é a representação 
da cultura e da tradição de diversas regiões, refletindo 
o modo daquele povo expressar-se no mundo.
7) D
COMENTÁRIO: A convivência com diversas 
manifestações ou formas artísticas propicia uma cultura 
rica. Todos os povos, de alguma maneira, tiveram 
contribuições de culturas distintas das suas, o que 
proporciona fusão e assimilação de novas produções 
artísticas que enriquecem o seu patrimônio. No caso da 
dança, uma atividade corporal que permite inúmeras 
modalidades e estilos, a diversidade é mais comum por 
conta da rápida disseminação das práticas corporais.
8) D
COMENTÁRIO: A música é composta de elementos 
formais importantes para a sua composição e execução. 
Destacam-se as seguintes propriedades: a intensidade, 
o timbre, a altura melódico-har mônica, a densidade e 
a duração.
9) C
COMENTÁRIO: Frans Krajcberg utilizou-se de materiais 
da própria natureza com o objetivo de chamar a atenção 
do público para as questões ambientais. Dentre as 
vertentes que se enquadram na sua obra está a Land 
Art, movimento artístico que se materializa em espaços 
abertos e grandes.
10) C
COMENTÁRIO: As duas formas artísticas, mesmo 
separadas por séculos, expressam as visões de mundo 
do artista em um dado contexto. A semelhança entre as 
duas imagens é, justamente, a reprodução de crenças e 
valores de determinadas épocas. Dessa forma, a letra 
C está correta.
11) C
COMENTÁRIO: Uma das grandes marcas dos movimentos 
artísticos modernos era apresentar novidades nas 
formas e temáticas abordadas. A originalidade era um 
meio de criticar o passado clássico e apontar novos 
rumos para os artistas do século XX e XXI.
12) E
COMENTÁRIO: O som apresenta quatro propriedades 
básicas: intensidade, timbre, altura e duração. No caso 
apresentado, supõe-se que os adultos conversam em 
tom amistoso e as crianças gritam, sendo assim, as 
intensidades são diferentes. A voz de uma criança é 
mais aguda que a de um adulto, por isso, possui maior 
frequência. Outra característica que difere as vozes de 
adultos e crianças é o timbre. Os formatos das ondas 
são característicos, de modo que, ao ouvir as vezes, 
pode-se facilmente fazer a distinção entre a voz de um 
adulto e de uma criança.
13) A
COMENTÁRIO: A obra “Parangolé” de Hélio Oiticica 
precisava do corpo e do seu movimento para exercer 
sua estética e mensagem, o que implica a participação 
do público. Por isso, enquadra-se na modalidade de 
happening. Neste, o artista começa com um plano 
de ação no qual o público é conduzido a uma relação 
interativa com o acontecimento artístico. Isto não se 
passa no espaço fechado de uma galeria, mas em locais 
públicos de uma cidade, onde o artista subitamente 
aparece com a sua performance. 
14) B
COMENTÁRIO: A arte urbana tem essa preocupação 
em disseminar os valores e chamar a atenção para 
as desigualdades sociais. Como se trata se uma arte 
pública, por conta da sua instalação em espaços 
públicos, de alguma forma apresenta uma intervenção 
nesse local, o que modifica a paisagem circundante, de 
modo permanente ou temporário. 
LIVRO DO PROFESSOR
66
ARTE | LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
15) E
COMENTÁRIO: Uma das características da performance 
é o seu caráter provocativo que aguça a reflexão e a 
discussão sobre temas do cotidiano. O artista Flávio 
de Resende Carvalho trouxe a exposição do corpo, de 
modo a provocar os parâmetros vigentes da época, 
sobretudo criticando as classificações de gênero, além 
de inovar o quesito de moda.
16) D
COMENTÁRIO: As obras contemporâneas apresentadas 
pertencem, respectivamente, aos seguintes artistas: 
Robert Smithson, Yves Klein, Banksy, Michael Heizer e 
Richard Serra. As obras I, IV e V são representantes da 
Land Art. A II é exemplo da arte performática, enquanto 
a III é um grafite.
17) C
COMENTÁRIO: A performance exemplif icada 
através da linguagem verbal (texto) e da linguagem 
corporal promovem a discussão e a reflexão sobre 
uma socioeconômica vinculada às características de 
identidade, de território e do código.
18) A
COMENTÁRIO: A instalação  “Dengo”,  do artista 
brasileiro Ernesto Neto, um grande teto contínuo de 
crochê, dividido em espaços de convívio e visitação 
por estruturas que pendem do teto, tem por principal 
característica convidar os espectadores a uma relação 
lúdica e interativa com a obra. Estes devem percorrê-la 
para descobrir novas paisagens e ambientes em um 
exercício de experimentação sensorial, como inclusive 
parecem estar fazendo as crianças na fotografia. Cabe 
destacar, no entanto, que também são características da 
obra, ainda que secundárias, a presença de obstáculos 
no espaço exposto e o uso de técnicas artesanais como 
o crochê.
19) C
COMENTÁRIO: Umaquestão do Enem que compara 
formas artísticas distintas: o grafite e uma letra musical 
do RAP. Juntas com a dança Hip Hop, essas modalidades 
são oriundas das periferias dos grandes centros urbanos 
e focam na temática social. No texto I, a imagem de um 
homem com o rosto tampado e em uma posição de 
confronto que parece estar prestes a atirar um objeto 
contra algo ou alguém, alude a quem joga bombas 
em manifestações. Entretanto, essa percepção é 
desconstruída ao percebermos que o homem na foto 
segura flores, no intuito de atirá-las, como se estivesse 
oferecendo paz e amor, trazendo uma conotação 
positiva. Já no texto II, o rap de MV Bill denuncia as 
desigualdades sociais e a falta de oportunidades; os 
dois textos refletem contra a indiferença e reforçam a 
resistência contra a injustiça social.
20) A
COMENTÁRIO: A arte contemporânea de Jaime Prades 
traz uma reflexão sobre a responsabilidade com a 
ecologia, isso ocorre através da demonstração dos 
danos do desmatamento em forma de “árvore”, obra 
que, poeticamente, retorna a madeira para seu lugar 
de origem. Temos um exemplo de função utilitarista da 
arte, na qual o foco do artista é impactar o espectador 
levando-o a uma reflexão sobre algo do cotidiano.
21) E
COMENTÁRIO: A dança é uma prática corporal que 
alegoriza as transformações socioculturais de um 
espaço ou região em um determinado intervalo de 
tempo. Por meio da dança, são resgatados elementos 
da memória nacional que ajudam a compreender a 
identidade de um povo.
22) A
COMENTÁRIO: Enquanto uma manifestação artística 
corporal relevante, a dança popular proporciona o 
conhecimento da identidade cultural de um povo, bem 
como permite a interação entre pessoas de mesmos 
ou diferentes costumes.
7 7
23) D
COMENTÁRIO: Do texto proposto infere-se a opinião 
de que o grafite é expressão artística reconhecida 
internacionalmente e de relevância nos meios 
urbanos contemporâneos. Essa modalidade artística 
contemporânea também é relevante por conta da 
proposição de engajamento social e de instigar a 
reflexão sobre os temas da atualidade.
24) C
COMENTÁRIO: Uma das ver tentes da ar te 
contemporânea é o diálogo proposto entre obra, 
artista e público. Essa obra de Regina Silveira é um 
exemplo site-especific, pois foi projetada e cons truída 
exatamente para aquele lugar, considerando-se todas 
as suas particularidades. Sendo assim, os itens I e III 
estão corretos.
25) A
COMENTÁRIO: O movimento Land Art difere de outros 
estilos artísticos não só por usar materiais oriundos 
da natureza a fim de propor uma reflexão social e 
ambiental, mas também por necessitar de grandes 
espaços, pois se refere ao tipo de arte em que o 
terreno natural que, em vez de prover o ambiente 
para uma obra de arte, é ele próprio trabalhado de 
modo a integrar-se à obra.
26) D
COMENTÁRIO: A dança é uma modalidade artística 
corporal na qual os movimentos que compõem a 
coreografia são variados e se recriam de acordo com 
a cultura, o período histórico e o contexto histórico-
social inserido. Ressalte-se que a linguagem corporal 
usada como base para a dança por ser ensaiada com 
a poeticidade do movimento ou mesmo improvisada, 
o que reforça seu caráter criativo e dinâmico. 
27) D
COMENTÁRIO: O grafite já é considerado uma forma 
de arte e, como tal, conseguiu o seu reconhecimento 
junto à crítica e à sociedade. No entanto, a pichação é 
encarada como uma contravenção que não atingiu uma 
organização artística reconhecida. O texto aborda que 
o grafite já é uma arte presente no cotidiano, enquanto 
os pichadores criticam o lado mercadológico dessa 
modalidade de pintura mural urbana.
28) D
COMENTÁRIO: Marina Abramovic é uma das artistas que 
mais realizou a arte da performance, quase sempre com 
desafios perigosos, cujo uso do corpo é fundamental. 
Esse trabalho citado no texto foi no Museu de Arte 
Moderna de Nova York em 2010, onde a artista e o 
público se aproximam, sugerindo o rompimento e o 
distanciamento existentes entre o povo e arte. 
29) B
COMENTÁRIO: Dentro das propostas da arte 
contemporânea está a de causar um impacto no 
espectador. Seja para chamar a atenção deste para 
um tema social e político, seja para a discussão do 
papel da arte na sociedade. A intervenção de Doris 
Salcedo modifica o espaço da galeria a fim de instigar 
a percepção sobre um tema relevante na atualidade: 
a imigração.
30) D
COMENTÁRIO: Os itens I, II e III estão corretos. Já 
o item IV está errado, pois embora o conceito de 
instalação seja mais recente do que o de pintura, isso não 
implica num sentido evolutivo. Na contemporaneidade, 
a pintura convive com todas as demais possibilidades de 
produção. O tempo e as novas tecnologias implicaram 
em possibilidades mais amplas de produção, circulação 
e recepção da arte e este processo não é excludente.
LIVRO DO PROFESSOR
88
A R T E
ATIVIDADE DE FIXAÇÃO
1) 
Teatro de improviso, espontâneo ou de improvisação.
2) 
A Naturalista, o Simbo lismo, o Expressionismo 
alemão, o Teatro Épico e o Teatro da Crueldade.
3) 
Destacam-se o Teatro do Oprimido (fundado por 
Au gusto Boal) e Doutores da Alegria. Este, de forma 
improvisada, realiza suas ações sociais e culturais 
gratuitas em centros médicos a fim de amenizar o 
sofrimento dos pacientes, especialmente das crianças. 
Aquele, de viés social e político, utiliza jogos teatrais, 
incluindo o espectador como uma parte integrante e 
ativa na composição cênica.
4) 
Na performance e no happening, o corpo é o objeto e o 
instrumento usado para a produção artística. Chama-se 
a atenção para questões relevantes do cotidiano que 
envolvam temas atemporais como a dor, a violência, o 
esforço físico, visando causar grande impacto e reflexão 
nos espectadores. 
5) 
O conhecimento do corpo humano propiciou aos 
renascentistas o uso do detalhismo e a busca da perfeição 
ao trabalhar com aspectos simétricos envolvendo veias, 
rostos, expressões faciais. Ao dissecarem os cadáveres 
para estudar o corpo humano, entenderam melhor 
como ele funciona e como é sua composição, cores e 
formas. São os chamados estudos anatômicos.
QUESTÕES COMPLEMENTARES
1) A
COMENTÁRIO: Para que a forma artística teatral se 
realize faz-se necessários uma estrutura pautada nos 
seguintes elementos: coxia ou bastidor – refere-se a um 
espaço onde os atores aguardam para entrar em cena; 
camarim – consiste em uma divisão do teatro usado 
para a preparação dos atores; cenário – o espaço onde 
os elementos visuais são alocados para a apresentação 
da peça teatral; figurino – trata-se do vestuário ou 
traje utilizado pela personagem, sendo que é função 
do figurinista preparar tais roupas.
2) A
COMENTÁRIO: As obras tridimensionais, dentre elas 
o teatro, possuem três dimensões: altura, largura e 
profundidade. Podem ser geométricas e apreciadas 
de qualquer ângulo ou perspectiva, diferentemente 
das obras de arte bidimensionais, que só podem ser 
vistas de frente.
3) A
COMENTÁRIO: O olho humano é composto por várias 
estruturas que garantem nossa capacidade de visão. 
Quando estamos diante das artes visuais, a luz e a cor 
são determinantes para entender a obra de arte. A luz, 
movida por frequências de comprimentos de ondas, 
nos permite perceber as cores. No caso da questão 
que fala de uma ilustração realista, o natural é a nossa 
visão buscar a parte mais brilhante e, dessa forma, será 
considerada o primeiro plano da obra. 
4) C
COMENTÁRIO: A pintura a óleo é uma técnica tradicional 
na pintura e teria surgido no final da Idade Média, sendo 
que vários artistas no período gótico a utilizaram. Os 
pintores renascentistas aprimoraram o uso da técnica 
na qual os óleos secativos são os aglutinantes e o mais 
comum empregado pelos artistas é de linhaça.
LIVRO DO PROFESSOR - PROCESSOS ARTÍSTICOS
9 9
5) B
COMENTÁRIO: A Body Art é uma forma artística 
contemporânea pautada na expressão e linguagem 
corporal, ou seja, o corpo é o principal suporte para 
a realização da manifestação artística. Algumas 
modalidadescomo a performance e o happening 
depende do corpo para a sua realização.
6) C
COMENTÁRIO: A percepção óptica de um objeto, mes-
mo que de um ponto, a menor unidade perceptiva, se 
dá em relação a uma dimensão com menos definição 
que chamamos de fundo.
7) B
COMENTÁRIO: O aglutinante é um pigmento que pode 
ser utilizado para se fazer qual quer tipo de tinta visando 
melhorar a sua qualidade e o tempo de secagem. O 
aglutinante da tinta a óleo é o óleo de linhaça, o da 
têmpera é a gema de ovo, o da tinta acrílica é material 
adesivo acrílico e o aglutinante da aquarela é uma 
solução de borracha.
8) C
COMENTÁRIO: A técnica de utilização da têmpera é 
utilizada desde a Antiguidade por egípcios, gregos e 
romanos, sendo aperfeiçoada durante a Idade Média. Ela 
é obtida através da mistura de um corante ou pigmento a 
um aglutinante, tendo na gema do ovo diluído em água, 
uma das mais antigas. A secagem é rápida e, depois 
de seca, a pintura apresenta um brilho característico 
e muito resistente.
9) E
COMENTÁRIO: As formas de arte vão incorporando 
novas técnicas e materiais ao longo do tempo. Já no 
século XIX, o teatro começou a inserir novas abordagens 
e recursos que alteraram o fazer teatral. Elementos 
usados no cinema, que surgia como uma forma de 
arte dinâmica e empolgante junto ao público, seriam 
também usados nas salas de teatro, como por exemplo, 
iluminação, sonoplastia, cenografia, dentre outros.
10) B
COMENTÁRIO: Formas artísticas como a dança, o 
teatro e a performance, usam do improviso como 
recurso artístico para expressar situações cotidianas, 
criar novas experiências, explorar potencialidades dos 
artistas. No caso específico da dança, o professor pode 
utilizar o improviso como um meio de dar a liberdade 
poética, motora e expressiva ao aluno.
11) D
COMENTÁRIO: Uma das características marcantes do 
Teatro do Oprimido, elaborado por Augusto Boal na 
década de 1970, é a inclusão do espectador como uma 
quarta parede do palco, um ser participativo, atuante 
da composição cênica.
12) D
COMENTÁRIO: As duas imagens refletem o uso do 
corpo – Body Art – como meio de expressão artística. 
Enquanto na primeira temos o exemplo da pintura 
corporal indígena que indica uma simbologia de 
ordem ritualística, na segunda a artista performática 
Marina Abramovic realiza uma performance polêmica 
e questionadora. Os dois primeiros itens estão corretos 
e o terceiro errado, pois não se tratam de quadros vivos 
e sim de uma performance corporal.
13) D
COMENTÁRIO: A dança é uma expressão artística 
que permite experimentar e apreciar os movimentos 
em diferentes contextos, cultivando a percepção, o 
imaginário, a capacidade de simbolizar e o repertório 
corporal. A maneira como se usa o corpo seguindo 
movimentos previamente estabelecidos (coreografia) 
ou improvisados (dança livre) pode realizar-se com ou 
sem a música. 
14) B
COMENTÁRIO: A Body Art é a utilização do corpo 
como suporte para a expressão do sujeito na arte. Está 
presente na performance, no happening, no teatro, na 
dança. No caso dos dois textos, caracteriza-se como 
o suporte necessário para a realização da expressão 
artística. 
LIVRO DO PROFESSOR
1010
ARTE | LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
15) C
COMENTÁRIO: O texto de Afrânio Coutinho aborda o 
gênero dramático, cujo destaque é o diálogo entre as 
personagens. O espetáculo teatral é uma composição 
literária, cujo texto dramático possui uma estrutura 
específica, sendo caracterizado de maneira geral 
pela forma como é contado (pela ação e diálogo dos 
personagens, e não por um narrador), e não por seu 
conteúdo, que pode ser oriundo de diversas fontes. 
Portanto, a letra C está correta.
16) E
COMENTÁRIO: A Commedia dell’arte ou comédia do 
improviso, era uma forma teatral que utilizava máscaras, 
músicas e cantos, além de personagens fixos como o 
Pantaleão, o Arlequim, a Scaramouche, a Pulcinella, o 
Pierrot e a Colombina. O humor, a comicidade, a dança, 
os temas humanistas mesclavam-se ao improviso e 
dinamismo das personagens.
17) A
COMENTÁRIO: No primeiro período do texto, a autora e 
diretora norte-americana expressa a opinião de que todo 
o relacionamento de grupo requer total participação 
individual para que o resultado seja satisfatório e valha 
a pena. Posteriormente, explica que, no teatro da 
improvisação, o trabalho individual está atrelado a 
todas as outras pessoas, o que pressupõe a necessidade 
de um trabalho em equipe que inclua as diferenças e 
semelhanças dos atores de maneira a experienciar o 
teatro sem amarras ou julgamentos.
18) E
COMENTÁRIO: A Commedia dell’arte existiu desde o 
século XVI na Europa, mas somente no século XVIII esse 
fazer teatral passou a adotar tal denominação. Esse 
tipo de comédia se caracterizava pela criação coletiva 
de atores que elaboravam espetáculos improvisados e 
apresentavam personagens tipificados que marcaram 
a história do teatro ocidental. Dentre as personagens 
de destaque estão o Arlequim, a Colombina e o Pierrot.
19) B
COMENTÁRIO: A linguagem corporal é uma forma não 
verbal de comunicação. No texto, a autora apresenta 
o fato de que o ator deve demonstrar sua atuação por 
todo o seu corpo e não somente por expressões faciais. 
Dessa forma, a mímica corporal é o meio de expressão 
do artista para com o público.
20) A
COMENTÁRIO: O coreógrafo americano, Merce 
Cunningham, já foi chamado de “Einstein da dança”, 
pois inovou os passos do Balé no qual o dançarino 
não se deslocava mais em função do centro da cena 
e sim ele passara a ser o protagonista. Sua proposta 
inovadora pautava na ideia de dança livre da relação 
com a música, cenário ou qualquer narrativa.
21) B
COMENTÁRIO: A Body Art é a arte do corpo e designa 
uma vertente da arte contemporânea que o toma como 
meio de expressão e/ou matéria para a realização dos 
trabalhos, associando-se frequentemente ao happening 
e à performance. Normalmente, o corpo do artista é 
o suporte para realizar intervenções, de modo geral, 
associadas à violência, à dor e ao esforço físico.
22) A
COMENTÁRIO: O teatro é uma forma de arte na 
qual se realiza exercícios de expressão corporal, de 
improviso, de pesquisa sobre o contexto em que vive 
e de desenvolvimento de habilidades físicas. Para 
Stanislávski, o ator deve viver com o máximo de 
intensidade possível o seu persona gem, estudando e 
treinando as ações físicas.
23) D
COMENTÁRIO: A percepção da cor é um fenômeno 
fisiológico que depende da captação de luz e da sua 
interpretação pelo cérebro.  Portanto, temos um 
fenômeno de caráter subjetivo e individual, pois com 
as cores podemos criar sensações psicológicas.
1111
24) B
COMENTÁRIO: Dentre os vários tipos de teatro que 
surgiam no Modernismo, destaca-se o Teatro Fórum 
no qual a cena representada, quando atinge seu clímax, 
apresenta uma revolução ao propor um diálogo direto 
dos atores com o público proporcionando a resolução 
da problemática por meio de ações cênicas. Assim, o 
espectador experimenta o papel ativo na peça.
25) B
COMENTÁRIO: O texto de apoio fala que o treinamento 
[“o dançarino já preparou toda a sensação antes”] leva 
ao esvaziamento do eu [“é o seu corpo que está dizendo 
algo, não é você”] do dançarino e à expressão de algo 
que ultrapassa a consciência e a intencionalidade do 
artista [“quando o ator está nesse momento de desistir, 
é nesse momento que ele deve continuar, é nesse 
momento que chega algo para quem está assistindo”]. 
Dessa forma, a alternativa correta é a B. 
26) C
COMENTÁRIO: Deve-se considerar que os dramas 
tratados pelo autor em “O pagador de promessas” são 
de ordem universal – intolerância religiosa, preconceito, 
pureza dos fiéis e o sincretismo – e estão ambientados 
num cenário pitoresco (Bahia). Sendo assim, a 
alternativa correta é a C.
27) E
COMENTÁRIO: A dança é uma forma artística de 
linguagem corporal de caráter universal e que expressa 
distintas identidades culturais. Os movimentos são 
elaborados de maneira inteligente e observa-se a 
apropriaçãoda linguagem musical, visual, verbal e 
interpessoal. Os itens I, III e V estão corretos. O item 
II está errado, pois o contexto que envolve a dança 
traz influências externas importantes. Já o item IV 
apresenta erro quando afirma que não há divergência 
nos movimentos corporais de uma cultura para outra, já 
que trata-se de uma forma de arte bastante identitária.
28) A
COMENTÁRIO: O teatro é capaz de agregar outras 
formas de linguagens artísticas e, por isso, sua 
composição e análise exige conhecimento profundo. 
A linguagem teatral necessita de alguns elementos 
muito importantes na concretização da manifestação 
artística como o figurino, o cenário, a iluminação, a 
sonoplastia, a maquiagem, dentre outros.
29) D
COMENTÁRIO: Augusto Boal, com seu Teatro do 
Oprimido, desenvolveu uma linguagem teatral 
inovadora e engajada, a fim de possibilitar ao espectador 
uma visão crítica da sua própria realidade. São 
trabalhados temas do cotidiano com uma linguagem 
simples onde, por meio do jogo teatral, o indivíduo (ator 
e espectador) pode interagir, de forma interpretativa 
e reflexiva, com a situação vivida. 
30) A
COMENTÁRIO: Bertolt Brecht, dramaturgo modernista, 
foi um exemplo de artista engajado em causas sociais e 
políticas. Para ele, o trabalho do ator era de realizar uma 
interpretação política e, principalmente, de uma definição 
clara da condição social da personagem, tendo como 
apoio recursos auxiliares como a narração e os gestos, 
em um método chamado de teoria do distanciamento.
LIVRO DO PROFESSOR
1212
A R T E
ATIVIDADE DE FIXAÇÃO
1) 1)
 Sugestão de resposta: Espera-se que o aluno 
compreenda o papel da arte como propositora de 
reflexão e questionamento sobre a realidade e seu 
cotidiano. Temas sociais, políticos, ambientais e 
humanos são abordados a partir da arte moderna e, 
especialmente, na arte contemporânea.
2) 
Os artistas, a partir da primeira metade do sécu lo XX 
passaram a aproximar a arte da vida e do público. 
Dessa forma, houve uma modificação do papel do 
espectador, que deixa um papel passivo e contemplativo 
e passa a ser atuante da obra. O mecanismo das artes 
propositoras é o de interação da arte com o público e 
vice-versa, instigando a reflexão sobre o cotidiano. É 
isso que ocorre nas performances de Marina Abra movic. 
3) 
A proposta de ambos é suscitar uma reflexão sobre o 
conceito e o papel da arte no cotidiano das pessoas. 
4) 
Sugestão de resposta: Espera-se que o aluno 
observe o fato de como as cores causam um impacto 
em nosso olhar. São impactos no emocional e no 
psicológico, direcionando nossas ações, pois a cor 
carrega significados simbólicos, e também tradicionais, 
por conta de sua construção ao longo de muitas 
gerações. O nosso cotidiano está imerso em cores, 
seja nas propagandas que assistimos nos filmes, na 
TV, no vestuário, enfim, o mundo colorido faz parte 
da realidade. 
5) 
A pintura perpassa uma atmosfera inquietante nos 
elementos e cores apresentados. A tela divide-se em 
tons quentes e frios: o frio das cores azul e verde e o 
quente do amarelo e vermelho. Apesar de parecer uma 
cena onde o quarto possa expressar a tranquilidade, 
a obra sugere a solidão do artista. O lilás das paredes 
perpassa uma ideia de marasmo, o vermelho suscita o 
sentimento marcante, o laranja dos móveis contrasta 
com o restante do ambiente e o verde das janelas pode 
representar a natureza externa impedida de penetrar 
no quarto triste e desolador. 
QUESTÕES COMPLEMENTARES
1) E
COMENTÁRIO: A peça “Fonte” é uma das realizações 
mais expressivas do Dadaísmo, no contexto das 
vanguardas europeias que surgiram no início do século 
XX. Essa obra representa uma ruptura em relação ao 
paradigma tradicional da arte, ao descontextualizar 
o objeto de seu ambiente convencional e buscar uma 
nova linguagem em relação “às convenções artísticas 
então vigentes”.
2) E
COMENTÁRIO: Com o círculo cromático se organiza e 
se esque matiza as cores em suas variadas combinações. 
Através dele, artistas, publicitários, designers, 
carnavalescos e outros profissionais que trabalham 
com a linguagem das cores conseguem criar efeitos 
diversos e atingir o público de muitas maneiras.
3) A
COMENTÁRIO: O museu Inhotim fica localizado na 
cidade de Brumadinho em Minas Gerais e é considerado 
o maior museu a céu aberto do Mundo. Uma das 
propostas do espaço é a integração entre arte e botânica 
visando explorar as potencialidades interativas com o 
espectador.
4) B
COMENTÁRIO: As performances e happenings, 
atividades artísticas pautadas na linguagem corporal, 
apresentam características próximas ao teatro, pois as 
expressões não verbais, os gestos e os movimentos são 
necessários para a execução da modalidade.
5) B
COMENTÁRIO: A junção de duas cores primárias 
formam três  cores secundárias: verde (azul 
e amarelo), laranja (amarelo e vermelho) e roxo ou 
violeta (vermelho e azul). As cores terciárias surgem 
da mistura de uma cor primária e outra secundária.
LIVRO DO PROFESSOR - PROVOC AÇÕES DA ARTE
1313
6) D
COMENTÁRIO: Maurice de Vlaminck fez parte de um 
grupo artístico bastante heterogêneo – o Fauvismo. 
Este movimento moderno pregava o uso de cores 
fortes (especialmente as puras), formas simplificadas 
e intensidade nas pinceladas.
7) C
COMENTÁRIO: Como uma proposta de arte pública e de 
intervenção, o vídeo mapping usa recursos tecnológicos 
para aproximar o espectador da arte de forma criativa 
e dinâmica.
8) B
COMENTÁRIO: O Fauvismo é um movimento artístico 
moderno que surgiu na França trazendo um novo 
conceito de uso das cores puras, aliado a uma temática 
simples e emocional. 
9) D
COMENTÁRIO: As  cores quentes  perpassam a 
sensação de calor, pois são associadas ao sol, ao 
fogo e ao sangue. Do ponto de vista psicológico, 
os tons quentes estimulam a alegria, entusiasmo e 
vivacidade, trazendo energia e disposição.
10) A
COMENTÁRIO: Para os fauvistas “Criar, em arte, não tem 
relação com o intelecto e nem com sentimentos, mas 
com os impulsos do instinto”. Trabalharam composições 
ordenadas em formas simples. Em oposição ao Cubismo, 
que explorava cada objeto a partir de vários pontos de 
vista, o artista fauvista optava pela frontalidade das 
figuras e o uso de cores puras e vibrantes.
11) A
COMENTÁRIO: Marcel Duchamp foi um dos grandes 
nomes da vanguarda dadaísta e propôs uma reflexão 
sobre o que é a arte e o seu papel na crítica especializada. 
Criou os chamados Ready-mades – objetos do cotidiano 
que são ressignificados para promover uma discussão 
sobre os conceitos artísticos.
12) D
COMENTÁRIO: A Instalação foi incorporada ao 
vocabulário das artes visuais na década de 1960, 
designando assemblage ou ambiente construído em 
espaços de galerias e museus. A Arte Conceitual 
promove uma reflexão sobre a ideia de arte, ao mesmo 
tempo em que incentiva a interação público x arte.
13) E
COMENTÁRIO: A notícia trata de uma ferramenta 
tecnológica que permite a visualização (ainda que 
parcial) do acervo: “O Google Art é uma ferramenta 
on-line que permite a visitação virtual […] cada museu 
escolheu uma única obra de arte de seu acervo para 
ser fotografada com câmeras de altíssima resolução, ou 
gigapixel. As imagens contêm cerca de sete bilhões de 
pixels, o que significa que é mais de mil vezes detalhada 
do que uma foto de câmera digital comum”.
14) B
COMENTÁRIO: Na instalação da artista Marilá Dardot, 
o público participa de modo ativo, compondo palavras 
e sentenças, a partir das letras-vaso distribuídas no 
campo.
15) B
COMENTÁRIO: O elemento “cama” é trabalhado de 
uma forma insólita, visto que sofre um deslocamento 
de seu espaço habitual para um espaço inusitado, 
fazendo-o perder sua funcionalidade. Há o uso do 
recurso usado pelos dadaístas – Ready-mades – que 
ressignifica objetos do cotidiano propondo um diálogo 
com o espectador.
16) C
COMENTÁRIO: Anita Malfatti, modernista brasileira, 
produziu obras com forte influência da vanguarda 
europeia denominada Expressionismo. 
LIVRO DO PROFESSOR1414
ARTE | LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
17) D
COMENTÁRIO: Yayoi Kusama (1929) é uma artista 
plástica japonesa que trabalha sob influências do 
Minimalismo, da Pop Art, do Surrealismo e do 
Expressionismo abstrato. Ela utiliza diversos materiais e 
técnicas em suas obras (colagens, esculturas, pinturas, 
performances), tendo como foco a interação com o 
público por meio da instalação.
18) A
COMENTÁRIO: O texto B permite concluir informações 
importantes sobre a obra “Metaesquema I”. As 
linguagens geométricas fizeram parte de movimentos 
como o Concretismo. Mas o acerto da questão depende 
também da capacidade do candidato em estabelecer 
as relações necessárias entre a obra e sua apreciação 
crítica.
19) C
COMENTÁRIO: As cores desempenham um papel 
relevante no contexto da História da Arte. Carregam 
significados simbólicos de acordo com a cultura, 
contexto e intenção artística. Ao impactar o nosso 
olhar, afetam o emocional e o psicológico.
20) D
COMENTÁRIO: Marcel Duchamp, uma das maiores 
figuras da vanguarda dadaísta, inovou ao trazer 
questionamentos sobre a interpretação da obra artística 
criticando seus processos de feitura, contrapondo as 
marcas de uma arte formal e erudita com as concepções 
modernas.
21) A
COMENTÁRIO: Anita Malfatti estudou na Europa e trouxe 
as inovações vanguardistas para as duas exposições 
que fez por aqui. A segunda, em 1917, gerou uma grande 
polêmica com o escritor Monteiro Lobato que criticou 
severamente a concepção moderna da artista. Os 
artistas modernistas, principalmente em sua primeira 
geração, buscaram criar uma arte em que valorizasse a 
cultura brasileira libertando-se de normas acadêmicas 
europeias, destacando as cores e os temas nacionais.
22) B
COMENTÁRIO: Edvard Munch, artista moderno 
expressionista, apresentou em sua obra intensa 
subjetividade ao manifestar o mundo interior 
(obscuridade, angústia, desespero, dor...), 
potencializando uma carga dramática com cores 
fortes e distorção das linhas.
23) C
COMENTÁRIO: A Arte, dentre algumas funções 
existentes, pode desempenhar um papel de reflexão 
crítica e engajamento social num dado momento 
histórico e político no qual está inserido. É o caso 
dessa obra de Cildo Meirelles criada em um contexto 
de regime civil-militar no Brasil e que questiona um 
tema importante para a época. A ideia era aproximar a 
discussão social e política do espectador e esse trabalho 
obteve êxito nessa proposta.
24) D
COMENTÁRIO: A Estética Relacional articula-se com 
diferentes abordagens dos discursos emergentes sobre 
a arte contemporânea na atualidade. A performance 
em análise demonstra a interatividade da artista com 
o público em um espaço fora do museu ou ambiente 
privado a fim de reiterar o diálogo. 
25) B
COMENTÁRIO: O estilo não é uma noção útil apenas para 
as artes plásticas, mas para a arte em geral. Observa-se 
que a autora não afirma que não se deve mais trabalhar 
com a noção de estilo. Destaque-se ainda que estilo ou 
gênero na arte referem-se aos vários tipos e não à arte 
de tipo figurativo. A arte contemporânea apresentou 
diversas correntes e linguagens que questionaram 
as formas, os valores e os conceitos aplicados nos 
movimentos artísticos anteriores. 
1515
26) B
COMENTÁRIO: Uma das características mais 
importantes da Arte Contemporânea é o diálogo da 
obra e do artista com o público a fim de aproximá-lo 
com o mundo da arte. O movimento neoconcreto reagiu 
ao Concretismo que tratava a linguagem artística como 
algo racional, geométrico e distante de qualquer relação 
de subjetividade. Dessa forma, o Neoconcretismo trouxe 
a experiência sensorial e a interação do espectador 
com o objeto artístico. Sendo assim, os itens I e II 
estão corretos.
27) E
COMENTÁRIO: Constituída por retratos de anônimos, a 
obra de Flemming mostra algo da personalidade única 
de cada indivíduo por trás da formalidade um tanto 
homogeneizante dos retratos para documentos. Ao 
mesmo tempo, apresenta um quadro diversificado de 
tipos humanos, sugerindo a percepção da diversidade. 
Assim, pode-se dizer que ela tematiza a identidade e a 
alteridade (item II). Além disso, ao abordar indivíduos 
comuns, ela permite um sentimento de pertencimento 
do cidadão em relação ao transporte e ao espaço 
públicos, muitas vezes vistos como apenas um 
ambiente de mera locomoção e passagem, apartado 
dos indivíduos (item III). Ademais, a grande dimensão 
dos retratos, os contrastes e o uso da transparência 
resultam em forte impacto visual, dialogando com 
o ambiente exterior. Por fim, é possível ler aspectos 
políticos na obra na maneira como, por exemplo, ela 
faz pensar na necessidade de humanizar os espaços 
públicos, bem como na questão da individualidade 
nas sociedades de massa (item IV).
28) D
COMENTÁRIO: A relação espectador/objeto de arte na 
contemporaneidade é o tema da questão. O artista 
faz a crítica aos espaços institucionais da arte como 
legitimadores e promotores dela. A instalação tem 
caráter paradoxal na medida em que a própria “vida” 
do espaço (seu funcionamento) possibilitaria sua 
destruição.
29) A
COMENTÁRIO: O grafite, enquanto arte pública e de rua, 
visa transmitir uma determinada mensagem, geralmente 
com um tom questionador sobre a nossa vida, sociedade 
e cotidiano. Nesse caso, os Gêmeos abordaram o tema 
do preconceito para com os muçulmanos provocando 
a discussão e a interação da arte com o espectador.
30) D
COMENTÁRIO: O Ready-made foi uma criação de Marcel 
Duchamp – artista dadaísta – que propunha o uso 
de objetos do cotidiano associado a uma expressão 
e intenção artística. Tal recurso foi utilizado em 
movimentos da arte contemporânea como a Pop Art, 
a Arte Povera e a Arte Conceitual. A obra de Cildo Meireles 
apresenta uma crítica social e política usando o recurso 
dadaísta com a intenção de despertar no espectador 
uma reflexão sobre a realidade.
LIVRO DO PROFESSOR
ANOTAÇÃO
199199
A R T E
A RTE COMO PA RTE DE NÓS
 I N T R O D U Ç Ã O
KAPOOR, Anish. Portal das Nuvens. Chicago. 
A arte possui inúmeras significações, dependendo do 
contexto a qual está inserida. Da Antiguidade aos dias atuais, 
ela foi alterada de artigo, meramente ornamental e decorativo, 
para agente social ativo na sociedade, que tem o poder de 
conectar o pensamento do artista ao do espectador. 
De toda forma, a arte, quando em contato com o público, 
sempre afeta, mesmo que involuntariamente, o vulgo, apesar 
de nem toda manifestação artística visar relacionar-se com o 
ambiente ou as pessoas. Podemos perceber que a arte está 
aberta ao debate, conversando com o ambiente e a população, 
mesmo quando assume um caráter controverso, a ponto de 
mudar a maneira como as pessoas lidam com o espaço. Notamos 
a presença da arte em lugares abertos, como praças ou locais 
fechados, como shoppings e estações de transporte público.
Alguns autores como John Beardsley (1981), defendem a 
ideia de que a arte não é um elemento isolado da sociedade, 
mas faz parte da mesma, refletindo os pensamentos e aspira-
ções daquela comunidade, como acontece por exemplo, no 
grafite, na performance e no sticker art. 
Desde as últimas décadas do século XX até o presente 
momento, esta relação vem mudando e sendo problematizada. 
O local onde a arte é apresentada sai do museu e do teatro 
para o espaço urbano ou a natureza selvagem, mostrando 
que os materiais não são mais apenas a tinta, o mármore e o 
carvão. Surgem movimentos que tratam da questão complexa 
da acessibilidade da obra de arte e o papel do artista como 
parte da obra ou como a própria obra, com a ocorrência das 
performances e happenings.
O corpo do artista, o corpo/espaço da natureza, rua e outros 
espaços públicos se tornam parte de uma experimentação 
que visa repensar a relação do homem com o meio em que 
vive e como esse meio pode ser instrumento de expressão, 
seja na dança, na música, na instalação e na pintura. O espaço 
comunitário confere caráter democrático à arte na medida em 
que esta passa a estaracessível a todos.
Re
pr
od
uç
ão
1.1. NOSSO LUGAR NA ARTE E A ARTE 
COMO AÇÃO
Ainda no século XX, por volta da década de 1970, nos 
Estados Unidos, os artistas começaram a explorar novas ma-
neiras de utilizar o espaço comum. Surgem problematizações 
a respeito da ambiguidade sobre o que é público e o que 
não é e isso, consequentemente, reflete no campo da arte. 
A partir de então alguns movimentos novos foram criados, 
como a performance, o happening, os coletivos de artistas 
que, integrando arte visual com outras linguagens, fazem 
novos discursos críticos sobre as questões sociais que atingem 
o mundo em que vivemos, inserindo a arte na esfera pública 
da sociedade.
Performance
KUSAMA, Yayoi. Obsessão Infinita, 2014. Instituto Tomie Ohtake, São Paulo.
Na segunda metade do séc. XX surge a performance. O 
termo performance vem do latim formare, fazer, dar forma. É 
uma modalidade artística que flerta com as artes cênicas, a 
música e as artes plásticas e possui caráter efêmero. É uma 
ação planejada previamente em detalhes pelo artista, e pode 
ocorrer em locais fechados, abertos, privados ou públicos. Se 
não estivermos presentes durante a sua realização só podere-
mos obter seus registros, por meio de fotos ou vídeos . Ainda 
assim, perde-se parte da potência da performance, que tem 
como ponto forte o público, o contexto e o tempo de sua 
execução. Por isso, não é possível visitar uma performance a 
qualquer momento, como fazemos com uma exposição de 
pintura. A performance é um acontecimento com data e local 
determinados para começar e terminar. 
A manifestação da performance pode existir motivada 
pelo público, bem como ser produzida para o público que a 
assiste. Mesmo que os espectadores não participem ativamente 
na execução da performance, se o público não existisse não 
haveria motivo para a realização da performance. Os artistas 
performers trazem questões pertinentes à sua época, visan-
do gerar reflexão dos espectadores e com eles travar uma 
relação de troca.
01
CAPÍTULO
200200
ARTE | LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
 CURIOSIDADE
A arte da performance sofreu influência, mesmo que 
indireta, do Dadaísmo. Para o dada, o gesto interessa 
mais do que a obra, prenunciando o que estava por vir.
“O gesto mais do que a obra é o que interessa ao 
dadá: e o gesto pode ser feito em qualquer direção 
do costume, da política, da arte, das relações. Uma 
única coisa importa: que este gesto seja sempre uma 
provocação contra o chamado bom senso, contra a 
moral, contra as regras, contra a lei. Portanto, o 
escândalo é o instrumento preferido pelos dadaístas 
que se exprimem" 
(DE MICHELI, 2004, p.135)
Artistas como Yves Klein (1928-1962), Joseph Beuys 
(1921-1986), Orlan (1947), entre outros, realizaram interes-
santes trabalhos performáticos, cada um abordando uma 
temática diferente, mas sempre tendo como ponto em comum 
questões que atingem o coletivo, como por exemplo questões 
de gênero, as relações humanas, a imigração, os padrões de 
beleza e de comportamento, os sistemas econômicos e não 
apenas suas preferências individuais e subjetivas. 
 QUESTÃO COMENTADA
(CEV-2019) A arte pública dentro da arte contemporânea 
deve ser vista como uma arte que se volta para o
A) movimento.
B) espaço.
C) sentimento.
D) dinheiro.
E) espírito.
COMENTÁRIO: A arte pública dentro do contexto da arte 
contemporânea se volta para o espaço, seja ele urbano, 
da galeria, do museu ou da natureza. É uma modalidade 
artística facilmente acessível à população, visando modificar 
o ambiente e abordar questões sociais.
Opção B.
Registro da performance na abertura da exposição 
Antropometrias da época azul, 1960. Paris. 
Registro da performance na abertura da exposição 
Antropometrias da época azul, 1960. Paris. 
Na abertura da exposição Antropometrias da Época Azul, 
Yves Klein pinta o corpo de 3 modelos de azul enquanto 
uma orquestra toca uma sinfonia de uma nota durante 20 
minutos, a Monotone-Silence, cuja composição é do próprio 
artista. As modelos têm seus corpos nus pintados, como se 
fossem pincéis vivos, e o resultado são as imagens impressas 
de seus corpos em uma grande tela, como podemos observar 
nas imagens acima.
Registro da performance I like America and America likes 
me, 1974.
O artista alemão Joseph Beyus, em Eu gosto da América e 
a América gosta de mim, realizou uma performance que durou 
3 dias. Durante este tempo o artista desembarcou nos Estados 
Unidos envolto em um cobertor de feltro, sem tocar em solo 
americano e permaneceu por 8 horas diárias dentro de um 
quarto assim, recebendo jornais que lhe eram entregues a cada 
dia, possuindo apenas uma bengala e acompanhado de um 
coiote vivo. Ao término da performance, Beyus saiu do quarto 
e do país exatamente como chegou: envolto no cobertor e 
sem tocar em solo americano. Foi um trabalho pensado para 
trazer questões sobre a situação dos imigrantes na América e 
a tomada do território dos índios nativos americanos.
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201201
A RTE COMO PA RTE DE NÓS
Happening
Registro da performance Solo for Violin Simultaneous, 
1964, de Ben Vautier and Alison Knowles. 
O termo happening surgiu na década de 1950 nos Estados 
Unidos, criado pelo americano Allan Kaprow. Apesar de ser 
parecido e muitas vezes confundido com a performance, o 
happening é uma ação mais espontânea e com a participa-
ção do público, que teve como uns de seus maiores artistas 
John Cage (1912-1992), Allan Kapprow (1927-2006), Wolf 
Vostell (1932-1998) e George Maciunas (1931-1978), um dos 
fundadores do grupo Fluxus.
 PESQUISA
O campo da performance e do happening são muito 
amplos. Que tal pesquisar um artista brasileiro que 
realize ou tenha realizado alguma dessas modalidades 
artísticas? Traga para a sala de aula, informações como 
os temas que seu artista escolhido aborda, sua história 
e trabalhos importantes.
E no Brasil?
Nosso país também tem importantes artistas no cenário 
da arte contemporânea, como Flavio de Carvalho (1899-
1973), Berna Reale (1965), Paulo Nazareth (1977), Wagner 
Schwartz (1972), dentre muitos outros representando a área 
do happening e da performance em nossa história da arte.
Uma ação performática no ano de 2009 que despertou 
muita curiosidade e atenção foi executada pela artista Berna 
Reale no mercado Ver-o-Peso, na cidade de Belém, quando 
colocou sobre seu corpo nu deitado sobre uma mesa, diversos 
pedaços de carne crua, passando a tarde toda exposta, desde 
aos olhares curiosos da população circulante, até aos urubus 
que sobrevoavam e rodeavam seu corpo. 
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REALE, Berna, Quando todos calam, 2009. Registro da 
performance realizada no mercado Ver-o-Peso, Belém. 
ATIVIDADE DE FIXAÇÃO
1) (CEV-2019) Cite três características da arte pública 
que surgiu na década de 1970 nos EUA e hoje é uma 
das correntes artísticas contemporâneas presentes no 
mundo todo.
2) (CEV) Sabemos que a performance e o happening, 
enquanto movimentos artísticos pautados no uso do 
corpo, apresentam semelhanças na execução de seus 
processos. No entanto, qual a principal diferença entre 
os dois estilos contemporâneos?
 
 
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202202
ARTE | LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
1.2. INTERVENÇÃO E OUTRAS HABILIDADES 
ARTÍSTICAS
NETO, Ernesto. Gaia Mãe Árvore, 2018. Crochê. Estação 
central de Zurique.
Como vimos na aula anterior, o artista se apropria do espaço 
fora dos museus e galerias como um campo ampliado para a 
realização da arte. Infelizmente fazia-se distinção, mesmo que 
sutil, entre uma “arte séria”, localizada dentro dos museus e 
galerias e outra “popular”, menos importante. A partir da década 
de 1960 alguns grupos começam a surgir reavaliando essa 
divisão, inserindo, intervindo e/ou modificando diretamente 
o espaço público, onde as obras, muitas vezes feitas com ma-
teriais não convencionais estarão localizadas. As intervenções 
são ações diretas do artista no espaço, relacionando a obra 
como público e o meio em que é colocada e transformando-a 
em uma duração a ser experimentada. 
Street art e Graffiti
O artista Keith Haring em ação. 
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O graffiti ou grafite é, talvez, a modalidade artística mais 
antiga que existe se considerarmos a ideia de pintura mural, 
pois tal expressão foi trabalhada na arte pré-histórica via 
pintura rupestre. Sua manifestação contemporânea liga-se 
à cidade de Nova York a partir do final da década de 1970. 
Ocupou espaços públicos com pintura em lugares como 
estações de metrô e muros da cidade, na busca em descons-
truir a elitização da arte e fazer críticas à sociedade. A arte 
de rua é altamente engajada em temas políticos e sociais. 
Apesar de esta linguagem ter sido perseguida e vista como 
vandalismo, nomes como Jean-Michel Basquiat (1960 - 1988), 
Keith Haring (1958 – 1990) e Banksy tornaram-se grandes 
sucessos, fazendo parte de exposições por todo o mundo 
até hoje. Outros artistas do grafite são os brasileiros Kobra 
(1975), os irmãos Os Gêmeos (1974), a mineira Criola (1990) 
e o carioca Wallace Pato.
BASQUIAT, Jean-Michel. Flexível, 1984. Acrílico e crayon 
sobre madeira.
O grafite, para o escritor Norman Mailler, é “uma rebelião 
tribal contra a opressora civilização industrial”. Trata-se de um 
movimento cultural que integra a Cultura Hip Hop ao lado 
do estilo musical Rap e a dança Hip Hop constituindo uma 
ligação muito forte com as periferias das grandes cidades. 
Cabe uma distinção importante do grafite em relação à 
pichação, pois esta é considerada uma contravenção, ainda 
que hoje alguns críticos de arte já promovam uma discussão 
sobre o seu potencial valor artístico.
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203203
Os grafiteiros fazem comumente uso de duas técnicas: spray art (uso de spray, em geral de modo rápido, utilizando formas 
ou palavras simples e breves) e o stencil art (feita a partir de um cartão no qual as formas recortadas são preenchidas com o 
spray de tinta).
KOBRA, Eduardo. Mural Etnias: todos somos um, 2016. Rio de Janeiro, Brasil. “É um mural para falar sobre a união dos povos. Fala justamente da importância de deixar de lado as diferenças 
religiosas e as diferenças políticas; de evitar os conflitos, e de realmente buscar a união dos povos”, afirmou o grafiteiro.
A RTE COMO PA RTE DE NÓS
 CURIOSIDADE
BANKSY. Garota com balão, 2002.Londres. 
Muitos grafiteiros escondem sua real identidade, seja para 
se proteger das autoridades, visto que o graffiti, por ocupar 
espaços públicos sem autorização por vezes é visto como 
uma ação ilegal, seja para poder realizar seu trabalho sem ser 
incomodado. Um desses artistas anônimos e, paradoxalmente, 
famosos, é o Banksy, grafiteiro supostamente britânico que 
realiza trabalhos de teor ácido e irônico com stencil. Seu 
sucesso é tamanho que galeristas chegaram ao ponto de 
retirar muros das ruas para leiloar e expor em salões de arte.
Nos últimos anos o artista tem realizado trabalhos que 
criticam exatamente o comportamento ganancioso de 
galerias e colecionadores que se apropriam de uma arte que 
critica justamente o sistema econômico e fechado de galerias.
BANKSY.
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“Nesta quarta-feira, 6, um misterioso desenho foi deixado 
no Hospital da Universidade de Southampton, no sul da 
Inglaterra. Na imagem, um menino brinca com uma enfermeira 
vestida de super-heroína, enquanto bonecos do Batman 
e do Homem-Aranha aguardam no cesto ao lado. A obra, 
já emoldurada e pendurada na parede do hospital, é uma 
homenagem aos profissionais do Serviço Nacional de Saúde 
(NHS) da Inglaterra, por sua ação durante a pandemia do 
novo coronavírus”. 
Disponível em: https://veja.abril.com.br. Acesso em: 15 maio. 2020.
Há também artistas que realizam trabalhos nas ruas utili-
zando outras técnicas, como os cartazes de lambe-lambe e 
os stickers, adesivos.
Land Art
AMADOR, Andres. Colossal,2012. Areia molhada. 
Dimensões não especificadas.
A Land Art ou Earth Art, como também é conhecida surgiu 
no contexto da conscientização ambiental da década de 1960 
como mais uma das tentativas em repensar a apropriação do 
espaço público e experimentar novos temas e materiais. Esta 
modalidade compreende esculturas, intervenções, monumentos 
de tamanho monumental que sejam feitos na natureza com 
os próprios materiais dela. Aqui o tipo de espaço público se 
altera, pois já não se trata de um cenário urbano. 
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204204
ARTE | LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
Ela contesta a visão que separa a arte do ambiente, tornan-
do a própria natureza a obra em si através de um olhar mais 
sensível aos elementos da natureza. Tem como característica 
a efemeridade; corre o risco de sofrer interferências, na maior 
parte das vezes do próprio meio que, com o tempo, ao se 
modificar também modifica a obra. Um exemplo é a Spiral 
Jetty, de Robert Smithson, que ficou por anos submersa na 
água e só reapareceu décadas depois.
SMITHSON, Robert. Spiral Jetty, 1970. Pedras, cristais de 
sal, água e terra. Utah. Dimensões variáveis.
Da mesma maneira que a performance e o happening, a 
land art é grande aliada da fotografia como maneira de docu-
mentar e prolongar a vida dos trabalhos. Graças a ela muitas 
obras podem ser acessadas por nós por meio de registros 
fotográficos. Muitas das obras já não existem fisicamente há 
décadas, ou não são de fácil acesso à visitação.
GOLDSWORTHY, Andy. O muro de Storm King, 1997.
Storm King Wall é um muro seco serpentino, com 2.278 pés de 
comprimento, feito de 1.579 toneladas de pedras de campo. 
Disponível em: https://collections.stormking.org. Acesso em: 
15 maio. 2020 (adaptado).
Outras intervenções urbanas
Apesar de não possuir o caráter ecológico da land art, 
podemos elencar alguns artistas que atuam no cenário urbano 
com traços similares ao do movimento, com a apropriação 
do espaço como a obra e o questionamento sobre a insti-
tucionalização da arte pelos museus. Alguns exemplos são 
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Christo (1935), Jeanne-Claude (1935), Gordon Matta-Clark 
(1943 – 1978), Richard Serra (1938), Olafur Eliasson (1967), 
que realizam trabalhos relacionando o espaço da obra de arte 
com o espaço de uso comum.
Matta-Clark, formado em arquitetura, realizou uma série 
de intervenções em construções abandonadas nos Estados 
Unidos, com cortes e deslocamentos. Definia seu trabalho 
como “anarquitetura”.
MATTA-CLARK, Gordon. Splitting, 1974.
CHRISTO e JEANNE-CLAUDE. Reichstag Embrulhado,1955. 
Tecido drapeado. Berlim, Alemanha. Dimensões variáveis.
O casal Christo (1937) e Jeanne-Claude (1937 - 2009) cau-
saram grande impacto em Berlim ao empacotar, literalmente, 
todo o prédio do parlamento alemão. A dupla é conhecida por 
realizar empacotamentos de grandes construções por todo 
o mundo, mantendo a forma básica dos prédios e objetos.
Já Richard Serra causou polêmica com sua escultura Arco 
Inclinado, em Nova York. A obra, uma grande placa de aço 
com mais de 3 metros de altura foi colocada em diagonal na 
Federal Plaza, bloqueando a visão do outro lado, assim como 
o caminho, e obrigando as pessoas que por ali passavam a 
alterar suas rotas. Este lugar, que até então não tinha muita 
importância, era só um meio de passagem de um lugar para 
o outro em meio à agitação urbana, foi ressignificado pelos 
cidadãos que estiveram em contato com a escultura, e não 
pelo artista. Ao obrigá-los a mudar suas trajetórias, o “Arco 
Inclinado” fez com que eles percebessem a espacialidade 
do lugar e sua importância, como também atuassem como 
colaboradores da realização da obra, que mais do que uma 
escultura também foi uma instalação no espaço coletivo.
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SERRA, Richard. Arco inclinado,1981. Aço. 366Cmx 3751 
cm. Federal Plaza, New York.
Esta obra é um site-especific, isto é, foi projetada e 
construída exatamente para aquele lugar, considerando-se 
todas as suas particularidades. Logo, Richard Serra, sabia 
que seutrabalho geraria comentários. Dada a polêmica em 
torno do transtorno da locomoção dos pedestres na praça 
a escultura foi retirada de lá 4 anos depois de sua inaugu-
ração. Como foi planejada exatamente para aquele local, 
ao ser retirada de lá o artista não permitiu que a obra fosse 
exposta em outro lugar.
 DESAFIO
Realize um trabalho de instalação ou intervenção 
em sua escola com toda a turma e o professor. Observe 
o espaço onde você estuda, as particularidades de cada 
sala, o que pode ser explorado e o cotidiano de quem 
passa por ali. Reflita em conjunto como atuar neste 
local de maneira criativa. 
Pesquise outros artistas, inclusive brasileiros, que 
façam intervenções urbanas para ajudar na composição 
deste trabalho.
Artistas como o brasileiro Ernesto Neto (1964) e o islan-
dês-dinamarquês Olafur Eliasson (1967) realizam instalações 
artísticas em espaços fechados e públicos, como estações de 
trem e galerias de arte, respectivamente.
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ELIASSON, Olafur. The Weather Project, 2003. Instalação 
com luzes. Tate Modern, Londres.
Eliasson, ao invés de levar a arte para fora do museu trouxe 
o sol para dentro da galeria Tate, na fria e cinzenta Londres. A 
instalação The Weather Project, composta de luzes que simulam 
a presença do sol atraiu inúmeras pessoas. Muitos até mesmo 
levavam cangas para deitar e apenas aproveitar a experiência, 
com amigos ou sozinho, de estar em contato com a natureza.
Aqui é interessante perceber como a obra criou uma nova 
relação do público com a instituição de arte. Por interagir 
com a obra as pessoas podem dialogar mais com elas e as 
outras, refletindo sobre a natureza e a cultura através de ex-
periências subjetivas.
“A simplicidade da forma não significa necessaria-
mente a simplicidade da experiência. ” Robert Morris, 
artista de Land Art.
(Graham-dixon,Andrew – Publifolha. Arte: o guia visual definitivo.)
KONRADS, Cornelia. Funileiros, 2016.
A obra, na verdade, é o cenário para uma peça de teatro 
e possui várias facetas. Com tapetes de musgo, janelas de 
folhagens, trilhas e mais, a instalação convida quem está 
assistindo a interagir com a história e com a natureza. 
Disponível em: https://www.bol.uol.com.br. Acesso em: 15 maio. 2020.
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A RTE COMO PA RTE DE NÓS
206206
ARTE | LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
Ernesto Neto utiliza materiais simples como as linhas de 
crochê para criar grandiosas instalações em que o público 
também pode interagir, como em Gaia Mãe Árvore, feita em 
2018 em uma estação de trem de Zurique, na Suíça. A instalação 
é uma grande árvore de cerca de 20 metros de altura feita de 
crochê. Há um espaço no interior da árvore para as pessoas 
conviverem, com bancos, música e aromas de especiarias. É 
uma imersão em um outro ambiente. 
NETO, Ernesto. Gaia Mãe Árvore,2018 (interior) Instalação. 
Dimensões variáveis. Zurique. 
 QUESTÃO COMENTADA
NETO, Ernesto. O bicho suspenso na paisagem, 2011. Fio de 
crochê. Dimensões variáveis.
(CEV-2019) A obra intitulada O bicho suspenso na paisagem 
(2012), do artista Ernesto Neto é um exemplo de
A) pintura.
B) instalação.
C) graffiti.
D) arquitetura.
E) escultura.
COMENTÁRIO: a obra é uma instalação, é um trabalho feito 
para interagir com o espaço onde foi inserido e gerar novas 
experiências na vida de quem passa por ali.
Opção B. 
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ATIVIDADE DE FIXAÇÃO
3) (CEV) Cite duas características do grafite exemplo 
de “arte de rua pública” comum nos grandes centros 
urbanos.
4) (CEV-2020) O termo em inglês Land Art refere-se 
a um movimento artístico que tem o intuito de fundir 
arte e natureza. As obras desse estilo contemporâneo 
existem durante algum tempo e contam basicamente com 
o registro fotográfico ou vídeo para chegar ao grande 
público. Observe a obra a seguir:Gordon Matta Clark.
SALCEDO, Doris. 550 cadeiras empilhadas entre dois edifícios 
da cidade, 2002. Instalação realizada na cidade de Istambul, 
Turquia.
Quais as possibilidades de compreensão que essa instalação 
associada aos aspectos da Land Art podem nos despertar? 
Obs.: lembrem-se das propostas da arte contemporânea.
207207
1.3. A MÚSICA, A DANÇA E AS 
DESCOBERTAS SENSORIAIS
A música e a dança são expressões artísticas muito antigas 
existentes desde que encontramos os primeiros registros em 
pinturas rupestres de vida humana. Estas duas modalidades 
artísticas, talvez um pouco mais que a pintura e escultura, 
estiveram, desde o início, travando uma troca direta com o 
público. Ao longo de milênios essas linguagens mantiveram-se 
presentes na história do homem, porém algumas mudanças e 
desenvolvimentos ocorreram com o passar do tempo. 
Grafias sonoras e estrutura musical
Para que a música e a dança aconteçam é necessário que 
se entenda a existência de algumas propriedades do som que 
possibilitam a ocorrência dessas artes, tais como a duração 
rítmica, a intensidade, o timbre e a altura melódico-har-
mônica, que indicam se o som é mais grave ou mais agudo. 
O som se manifesta por meio de frequências de ondas 
sonoras. Isto significa que o som, independente da altura ou 
da duração, possui uma sequência de impulsos e repousos. 
Ele não pode existir sem o silêncio, pois se fosse um sinal 
sonoro sem alteração não poderia ser distinguido pela nossa 
audição. Portanto, o silêncio, de certa maneira, é parte do som.
Esquema representando frequências sonoras diferentes.
Além das propriedades do som, é importante ressaltar que 
a música pode ser escrita com símbolos das notas musicais, 
são as partituras. Inclusive é por meio da grafia musical, que 
compositores como os do canto gregoriano escreviam e os 
músicos podiam tocar suas notas. Esta escrita hoje em dia 
é universal, podendo ser escrita em um determinado lugar 
e entendida perfeitamente por outro músico de outro. Na 
partitura, composta por um esquema de cinco linhas e quatro 
espaços, chamado pentagrama ou pauta musical, as notas 
são escritas, como na imagem abaixo. 
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Partitura do Concerto Brandengurg, de Johann Sebastian Bach. 
Há ainda outros elementos importantes na partitura, além 
das linhas, espaços e símbolos musicais. Também é preciso 
entender as melodias e os compassos. Observe as imagens 
a seguir:
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A RTE COMO PA RTE DE NÓS
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ARTE | LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
Canto gregoriano
O canto gregoriano surgiu na Idade Média, no século 
IV, e foi instaurado pelo papa São Gregório Magno, como 
canto oficial da Igreja Católica. Cantado a uma só voz e com 
uma única melodia, conta com o auxílio de um órgão ou 
harmônico nos cantos e possui ritmo livre. É parecido com 
cantos da Antiguidade, com a diferença que agora possui 
forte caráter religioso. As primeiras partituras, tais como 
as conhecemos hoje, foram desenvolvidas neste período 
medieval, com a diferença de que as partituras gregorianas 
são feitas em esquema de tetragrama, com quatro linhas, 
em vez do atual pentagrama.
Partitura do canto gregoriano Hodie Christus Natus Est, 
Antífona do dia do Natal.
“Hoje o Cristo nasceu, hoje apareceu o Salvador, 
hoje na terra cantam os anjos, alegram-se os 
arcanjos, hoje exaltam os justos dizendo: Glória 
a Deus nas alturas, aleluia!”
 CURIOSIDADE
A música e a dança tradicional indiana são bastante 
complexas e repletas de detalhes. As notas musicais, 
por exemplo, possuem 7 swaras, ou notas principais 
que são chamados de Shadja, Rishabh, Gandhar, 
Madhyam, Pancham ,Dhaivat e Nishad formando a 
escala básica Sapta (sete). Porém, há mais 5 outros 
swaras secundários, totalizando 12 notas. Além dos 
swaras, existem também os Srutis, as 22 divisões que 
os indianos distinguem dentro de apenas uma oitava, 
que no ocidente é o intervalo entre uma nota musical 
e outra com a metade ou o dobro de sua frequência. 
Ou seja, onde nossos ouvidos captam um intervalo os 
indianos conseguem captar 22! 
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Experimente ouvir uma

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