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Saúde da criança • Neonatologia (básico) • Pediatria Neonatologia Estudo da assistência ao recém-nascido, que vai do primeiro dia de vida até o 28° dia. Nascido vivo: expulsão ou extração completa do bebê do corpo da mãe – acima de 20 semanas de gestação que apresente sinais de vida. Óbito fetal: é a morte do bebê antes de sua expulsão ou extração, independentemente da idade gestacional. Nascido morto: é o óbito fetal tardio, ocorrido antes da expulsão ou extração acima de 28 semanas. Peso: 3Kg a 3,5Kg Comprimento em média: 50cm Tônus: hipertonia fisiológica Ciclo sono – vigília: aproximadamente 20h de sono em 24h Pele: nas primeiras 24h a 48h apresenta cor rósea nas crianças de origem caucasiana e oriental e avermelhada nas crianças de origem negra. Ao nascer, o RN tem a pele recoberta pelo vernix caseoso. Edema: devido a imaturidade renal e maior permeabilidade dos vasos sanguíneos edemas nas pálpebras, dorso dos pés, nas mãos e no púbis são comuns. Exantema tóxico: Acontecem nas primeiras 48h, devido a reação a substâncias como sabonetes, roupas etc. causando áreas avermelhadas, dispersas e difusas pelo rosto, tronco e membros. Lanugem: pelos finos que recobrem toda área corporal, desaparecem no 1° mês de vida. Nevos vasculares: devido à persistência de vasos embrionários, em forma de pequenos vasos encontrados nas pálpebras e na asa do nariz, desaparecendo com o tempo. Milium sebáceo: pequenos pontos brancos, ao redor da asa de nariz, que desaparecem com dois meses. Sistema homeotérmico irregular: no início da vida o centro regulador de temperatura é imperfeito, permitindo um esfriamento corporal rápido. Mancha mongólica: azulada, escura, em região glútea ou lombo - sacro, tendendo a desaparecer com o tempo. Fontanela bregmática (anterior): fecha no fim do 8° mês até o 18° mês (1 a 5cm de diâmetro) Fontanela lambdoide (posterior): fecha no fim do 2° mês (0,5cm de diâmetro) Características do recém nascido Fontanela Anterior Fontanela Posterior Bizu! Embora as fontanelas costumem ficar tensas e proeminentes quando o bebé chora ou grita, a tensão excessiva ou, sobretudo, um arredondamento em outros momentos, como por exemplo quando está calmo, pode sugerir a existência de algum problema, como uma meningite ou qualquer outra complicação que provoque um aumento da tensão no interior do crânio (por exemplo, uma hidrocefalia). Por outro lado, as fontanelas afundadas, sobretudo se o bebê for afetado por diarreia ou vómitos, podem sugerir um quadro de desidratação. Segundo a idade gestacional, pode ser: Pré termo: nascido com menos de 38 semanas de gestação. Termo: nascido com 38 a 42 semanas de gestação. Pós termo: nascido com mais de 42 semanas de gestação. É um sinal clínico para a determinação do sofrimento fetal. É realizado no 1° minuto e no 5° minuto de vida, em algumas instituições também é realizado no 3° ou no 10° minuto. Parâmetros avaliados: Frequência Cardíaca Esforço respiratório Tono Muscular Irritabilidade reflexa Cor da pele 0 1 2 Frequência Cardíaca Ausente <100bpm >100bpm Esforço respiratório Ausente Choro fraco Choro forte Tono muscular Flácido Semi flexão Flexão boa Irritabilidade reflexa Sem reflexos Alguns movimentos Choro Cor da pele Cianose Extremidades cianóticas Chorado Interpretação dos resultados: 0 – 3 → Asfixia grave. 4 – 6 → Asfixia moderada. 7 – 10 → Boa vitalidade e adaptação. Classificação do recém nascido Escala de APGAR Bizu! O resultado do primeiro minuto geralmente está relacionado com o pH do cordão umbilical e traduz asfixia intraparto. Já o Apgar do quinto minuto se relaciona com eventuais sequelas neurológicas. Além disso, escore menor que 7 é indicativo de asfixia perinatal. O escore deixou de ser usado com o objetivo de determinar a reanimação neonatal e passou a ser usado para avaliar a resposta do RN às manobras realizadas. Ação preventiva que permite o diagnóstico de doenças congênitas ou infecciosas no período neonatal. A coleta deve ser feita preferencialmente no 3° a 5° dia de vida, nunca com tempo superior a 30 dias ou inferior a 48h horas de amamentação. O teste do pezinho consiste na retirada de gotas de sangue do calcanhar do bebê. Prevê a triagem de seis doenças: Fenilcetonúria; Hemoglobinopatias; Hipotiroidismo congênito; Fibrose cística; Deficiência de biotinidase; Hiperplasia adrenal congênita. Fenilcetonúria (PKU) É uma doença genética, em que há um acúmulo de fenilalanina no sangue que poderá levar a uma deficiência mental. À medida que a criança consome o leite e seus derivados, feijão, ovos etc. passa a acumular no corpo e não consegue metabolizar. Hipotireoidismo Congênito A falta de hormônios produzidos pela tireoide causa deficiência mental e retardo de crescimento Fibrose cística Doença genética que causa problemas respiratórios e gastrintestinais crônicos. Hiperplasia adrenal congênita Distúrbio metabólico que pode levar à desidratação aguda e, na menina, a masculinização dos órgãos genitais. Triagem Neonatal Teste do pezinho Deficiência de biotinidade A carência da biotina pode levar a convulsões, falta de equilíbrio, hipotonia, perda da audição e retardo do desenvolvimento. Hemoglobinopatia Diferentemente da anemia ferropriva, que é provocada pela carência de ferro, a anemia falciforme é uma doença genética e hereditária. É um exame indolor, em que o médico emite um feixe de luz que reflete na retina do bebê, o Ministério da Saúde recomenda que seja feito 2 dias após o nascimento. O exame sempre deve ser realizado bilateralmente, comparando a simetria e intensidade dos reflexos. As principais patologias que podem gerar um TRV alterado são: catarata congênita, glaucoma congênito, retinoblastoma, retinopatia da prematuridade (ROP) no estágio 5, descolamento de retina, estrabismo, anisometropia, entre outras. Resultados: Reflexo vermelho - normal; Reflexo branco - anormal; O exame de emissões otoascústicas evocadas, detecta problemas auditivos nos recém- nascidos, recomenda-se ser feito nas primeiras semanas de vida. Consiste em produzir estímulos sonoros e na captação do seu retorno por meio de uma sonda introduzida na orelha do bebe. Permite identificar precocemente doenças cardíacas, o procedimento é indolor, rápido e simples. Consiste em medir a oxigenação do sangue e os batimentos cardíacos com o auxílio de um oxímetro. Teste do olhinho Teste da orelhinha Teste do coraçãozinho Como é feito: É realizado oximetria de pulso em membro superior direito e em um dos membros inferiores; Quando saturação <95% ou uma diferença >3% outra oximetria deve ser realizada em 1 hora, se persistir deve ser realizado ecocardiograma; Quando a saturação >95% ou uma diferença <3% está normal. Calendário de vacinação infantil BCG → Bacilo Calmette Guerin, previne contra as formas graves da tuberculose, deve ser aplicada preferencialmente ainda na maternidade em RN com ≥ 2kg. É administrada em dose única, via intradérmica, MS recomenda aplicar 0,1 ml (1mg/ml). Hepatite B → a primeira dose deve ser aplicada nas primeiras 12 horas de vida. O esquema é de 4 doses. É administrada 1 ml via intramuscular no deltoide. Pentavalente → Previne contra difteria, tétano, coqueluche e hepatite B. O esquema é de 3 doses, sendo administrada 0,5ml via IM. Poliomelite inativada (VIP) → Previne contra a poliomielite tipos 1,2 e 3. O esquema é de 3 doses,sendo administrada 0,5ml via IM. Poliomelite atenuada (VOP) → é a vacina oral bivalente, composta pelos vírus 1 e 3. Pneumocócica 10 valente → previne contra a pneumonia, otite, meningite e outras doenças causadas pelo pneumococo. O esquema tem 2 doses, sendo administrada 0,5ml. Rotavírus humano → Previne a diarreia por rotavírus. O esquema tem 3 doses, a primeira dose deve ser aplicada até os 3 meses e 15 dias e a última até os 7 meses e 29 dias. É administrada por via oral. Meningocócica C → Previne contra a doença invasiva causada pela Neisseria meningitidis do sorogrupo C). administrada por via IM, para crianças de 2 a 4 meses de idade, deve ser administrada duas doses com pelo menos dois meses de intervalo. Para crianças a partir de 4 meses de idade, crianças mais velhas, adolescentes e adultos deve ser administrada uma dose. Tríplice viral → previne contra sarampo, caxumba e rubéola. O esquema é de 2 doses, administrada 0,5 ml Tetra viral → previne contra sarampo, caxumba, rubéola e varicela. O esquema é de 2 doses, administrada 0,5ml via SC Pele e o banho A pele tem importantes funções como termorregulação imunológica, defesa contra toxinas e infecções, manutenção da homeostase hidroeletrolítica, secreção endócrina e sensação tátil, sendo assim a sua manutenção é fundamental para o desenvolvimento da criança. Em recém nascido a termo, o desenvolvimento do estrato córneo acompanha a função de barreira competente, possui menos camadas em relação ao adulto, consequentemente a função de proteção é menos eficaz. Em recém nascidos pré termo, a pele é mais fina e mal formada, sendo assim, é muito mais sensível a rupturas. É importante ressaltar que quanto menor a idade gestacional, maio a imaturidade da pele, resultando em uma maior permeabilidade e maior risco de absorção de substâncias tóxicas. O pH normal da pele é ácido, logo após o parto o pH da superfície cutânea é em torno de 6,0 apenas com o passar dos dias esse pH diminui. O uso de sabonetes neutros não é recomendado pois aumenta muito o pH por mais de 24h. Durante o último trimestre de gestação o feto é recoberto por um biofilme protetor, o vernix caseoso, que nessa fase tem como principal função permitir a maturação da pele, além disso, lubrifica a pele e facilita a passagem no canal do parto. É considerado um manto protetor contra infecções bacterianas e maceração pelo líquido amniótico. Ele não deve ser removido nas primeiras horas (exceto se houver risco de transmissão de doenças maternas) pelas suas propriedades protetoras de hidratação, termorregulação e cicatrização de feridas aguardando até que o RN seja banhado ou 24h após o nascimento. Vernix Caseoso Pele Deve ser feito de forma breve; Evitar o uso de substâncias que possam alterar o pH da pele (sabonetes neutros); É recomendado o uso de água estéril; Temperatura da água semelhante à do corpo; O primeiro banho é recomendado que seja feito apenas após a estabilização dos SSVV; É importante tomar muito cuidado para não entrar em hipotermia. O coto umbilical é rapidamente colonizável e pode causar onfalite e/ou sepse, por esse motivo a higiene é imprescindível, recomenda-se fazer higiene com substância bacteriostática, objetivando diminuir a colonização por germes patogênicos e, consequentemente, por infecção neonatal. A queda do coto ocorre entre o 7° e o 15° dia de vida. A limpeza do coto deve ser realizada antes de cada troca de fralda e após o banho para evitar infecções. Sendo necessário umedecer as duas extremidades das hastes flexível com álcool a 70% ou clorexedina a 0,4%, passar a haste na base do coto com movimentos circulares, após limpar a base, com outra haste flexível limpar o restante do coto. Não é recomendado usar qualquer coisa que oclua o coto. Bizu! Clorexedina → reduz a colonização de bactérias, porém demora mais tempo para mumificar. Álcool 70% → acelera a mumificação, porém não interfere na colonização. Coto umbilical Banho do recém-nascido Nutrição Deve ser considerado fatores como capacidade funcional dos sistemas, fixação da cabeça, movimento da língua, maturidade estomacal etc. Amamentar é mais do que nutrir, é um processo de interação entre mãe e filho, e mais do que isso, é uma fonte de proteção contra infecções e alergias, por esse motivo a OMS orienta o aleitamento materno exclusivo até os 6 meses, período em que a reserva de ferro do organismo da criança cessa, sendo necessário então a introdução alimentar, porém o aleitamento materno é aconselhável até os 2 anos. A introdução alimentar precoce (antes dos 6 meses) não causa benefícios, ao contrário pode: Aumentar a frequência de quadros de diarreia Aumentar o número de infecções respiratórias Aumentar o risco de alergias Aumentar o risco do desenvolvimento de diabetes, colesterol alto e hipertensão Aumenta as chances de obesidade Retarda o desenvolvimento da cavidade bucal Inibe o fator de proteção contra o câncer de mama para as mães O leite é produzido nos alvéolos e é levado até o seio lactífero por uma rede de ductos, na gravidez a mama é preparada para a amamentação devido a ação hormonal, principalmente estrogênio e progesterona. O processo de produção do leite é dividido em: Lactogênese fase I (preparação da mama) Lactogênese fase II (com o nascimento do bebe) Lactogênese fase III (com a descida do leite Alvéolos Seios lactíferos Amamentação O leite materno O leite materno apresenta composição semelhante para todas as mulheres que amamentam no mundo, apenas em casos de desnutrição é que o leite pode ser afetado. Nos primeiros dias o leite é chamado de colostro (contém mais proteínas e menos gorduras, que por sua vez aumenta no decorre de uma mamada, sendo assim, o leite posterior é mais rico em energia, saciando melhor a criança) O leite maduro é secretado a partir do sétimo ao decido dia pós parto. É rico em diversos fatores imunobiológicos que se adequam as necessidades do bebê e aos patógenos que a mãe é exposta, por isso cada leite é único e produzido de acordo com o que o bebe precisa. A pega correta requer uma abertura ampla da boca, abocanhando o mamilo e a aréola, a língua eleva suas dobras laterais e a ponta, formando uma concha que leva o leite até a faringe posterior e esôfago, a ordenha é feita pela língua. O posicionamento para amamentar e a pega do bebe são importantes para que o bebe consiga retirar de maneira eficiente o leite e não machucar as mamas. Uma pega inadequada pode prejudicar o ganho de peso, diminuir a produção do leite e dificultar o esvaziamento da mama, além de machucar os mamilos. Sinais de pega incorreta Bochechas encovadas Ruídos da língua Mama esticada Mamilos com estrias vermelhas ou áreas esbranquiçadas quando o bebê solta a mama Dor na amamentação Boca aberta Nariz não encosta no seio, permitindo respiração normal Bochecha cheia ao sugar Lábio para fora Barriga e tronco voltados para a mãe Aréola na boca do bebê Características e funções Técnica de amamentação Bizu! Quando a mama está muito cheia, a aréola pode estar tensa, endurecida, dificultando a pega. Em tais casos, recomenda-se, antes da mamada, retirar manualmente um pouco de leite da aréola ingurgitada. Recomenda-se que não haja restrições, ou seja, amamentação em livre demanda, nos primeiros meses é normal que a criança mame com frequência e sem horários regulares, normalmente ele pode mamar de 8 a 12 vezes por dia. Não deve ser fixado, haja visto que o tempo depende da mãe e do bebê, além disso, depende da fome, do intervalotranscorrido entre a última mamada e do volume armazenado na mama. O importante é que a criança tenha tempo suficiente para esvaziar a mama, recebendo assim o leite final que é mais rico em calorias e promove a saciedade. A mamadeira é uma forte de contaminação e pode influenciar negativamente na amamentação, a introdução de água, chás e principalmente outros leites está grandemente associado ao desmame precoce e aumento da morbimortalidade infantil. A chupeta tem grande possibilidade de interferir negativamente na duração do aleitamento, crianças que chupam chupeta normalmente são amamentadas com menos frequência, comprometendo a produção do leite, além da ocorrência do desmame precoce, está associada a candidíase oral, otite média e de alterações no palato. No início da mamada (leite anterior) tem coloração semelhante ao da água de coco, devido ao alto teor de água, entretanto, é altamente rico em anticorpos. No meio da mamada, a coloração tende a mudar para um branco opaco, devido a concentração de caseína. No final da mamada (leite posterior) tem coloração mais amarelada devido a presença de betacaroteno proveniente da dieta da mãe. Mamadas por dia Duração das mamadas Uso de mamadeira e chupeta Aspecto do leite Podem dificultar o início da amamentação, mas necessariamente a impede. Para fazer o diagnóstico de mamilo invertido é necessário pressionar a aréola entre o polegar e o dedo indicador, se for invertido vai se contrair. O auxílio a mãe com mamilo invertido deve ser constituído por: Ajudar a mãe a favorecer a pega do bebê; Mostrar à mãe manobras que podem ajudar a aumentar o mamilo antes das mamadas, como o toque, compressas frias e sucção com bomba manual. Há 3 componentes básicos: Aumento da vascularização da mama; Retenção de leite nos alvéolos; Edema devido a congestão e obstrução da drenagem do sistema linfático. Causando a compressão dos ductos lactíferos impedindo a saída do leite dos alvéolos que se não for aliviada, irá interromper a produção do leite. O leite acumulado na mama sob pressão torna-se mais viscoso; daí a origem do termo “leite empedrado”. Leite em abundância, início tardio da amamentação, mamadas infrequentes, restrição da duração e frequência das mamadas e sucção ineficaz do bebê favorecem o aparecimento do ingurgitamento. Portanto, amamentação em livre demanda, iniciada o mais cedo possível, preferencialmente logo após o parto, e com técnica correta, e o não uso de complementos (água, chás e outros leites) são medidas eficazes na prevenção do ingurgitamento. Ingurgitada Mamilos planos ou invertidos Ingurgitamento mamário Nas situações a seguir o leite materno não é recomendado: Mãe infectada pelo HIV, HTLV1 e HTLV2; Uso de medicações como, antineoplásicos e radio fármacos; Criança portadora de galactosemia. Nas situações a seguir é recomendado a interrupção temporária: Infecção herpética, quando há vesículas localizadas na pele da mama. A amamentação deve ser mantida na mama sadia Varicela, se a mãe apresentar vesículas na pele cinco dias antes do parto ou até dois dias após o parto, recomenda-se o isolamento da mãe até que as lesões adquiram a forma de crosta. Doença de Chagas, na fase aguda da doença ou quando houver sangramento mamilar evidente; Abscesso mamário, até que o abscesso tenha sido drenado e a antibioticoterapia iniciada. A amamentação deve ser mantida na mama sadia; Consumo de drogas de abuso: recomenda-se interrupção temporária do aleitamento materno, com ordenha do leite, que deve ser desprezado. O desmame, ou seja, cessamento do aleitamento materno, é um processo que faz parte do processo de desenvolvimento da criança e normalmente é ocorre naturalmente (a criança se autodesmama, em média ocorre entre 2 a 4 anos) Alguns sinais indicativos de que a criança está pronta para o cessamento é: Maior que um ano; Menos interesse nas mamadas; Aceita alimentos variáveis; Aceita outras formas de consolo; Aceita não ser amamentada em certos locais; Às vezes dorme sem mamar no peito; Às vezes prefere fazer outra atividade ao invés de mamar. Restrições ao aleitamento materno Processo de desmame Introdução alimentar A introdução alimentar inicia-se aos seis meses e deve ser complementar a amamentação, que preferencialmente deve ser mantida até os 2 anos de idade. O profissional da saúde deve conduzir este processo, auxiliar o responsável de forma adequada e estar atento às necessidades da criança, da mãe e da família. O período ideal é aos 6 meses pois, antes disso o leite materno é capaz de suprir todas as necessidades da criança e após os 6 meses, os reflexos para deglutição e lingual estão mais desenvolvidos, além disso, já manifesta desejo pelo alimento, sustenta a cabeça e os dentes estão começando a nascer. A alimentação complementar deve prover suficientes quantidades de água, energia, proteínas, gorduras, vitaminas e minerais, por meio de alimentos seguros, culturalmente aceitos, economicamente acessíveis e que sejam agradáveis à criança. As situações mais comuns relacionadas à alimentação complementar oferecida de forma inadequada são: anemia, obesidade, desnutrição, e o risco de contaminação é aumentado. A introdução alimentar deve ser lenta e gradual, é comum que rejeite o alimento nas primeiras vezes que for ofertado, por isso é importante oferecer várias vezes o mesmo alimento de preferência mudando a sua forma de preparo. Ao iniciar a alimentação complementar é importante oferecer água nos intervalos das refeições. A água deve ser fervida ou filtrada; Lavar as mãos com água corrente e sabão antes de preparar e oferecer a alimentação; Todos os utensílios usados no preparado e para oferecer a comida devem ser lavados e enxaguados e de preferencia serem de uso exclusivo para a comida da criança; Os alimentos das papas salgadas devem ser bem cozidos; As frutas devem ser bem lavadas, mesmo que não seja consumia a casca; A sobra do prato não deve ser oferecida novamente, assim como a sobra da mamadeira; Preferencialmente a alimentação deve ser preparada na hora em que a criança for comer, ou seja, não congelar. Cuidados com a higiene dos alimentos Crescimento O Ministério da Saúde recomenda que sejam feitas 7 consultas no primeiro ano de vida da criança (1°,2°,3°,4°,6°,9° e 12°mês), duas consultas no 2° ano de vida (18° e no 24°mês) e, a partir do 2° ano de vida, que sejam feitas consultas anuais. Crescimento → Aumento no número e tamanho das células, resultando em aumento do tamanho e peso. Desenvolvimento → aumento das capacidades do indivíduo por meio do crescimento, maturação e aprendizado. Maturação → aumento da competência e adaptabilidade. É necessário fazer o registro do peso, da estatura, comprimento e perímetro cefálico em todas as crianças de risco ou não até os 2 anos de idade. Entre os 2 e 10 anos deve ser registrar peso e altura e sempre apontá-los nos gráficos de crescimento. Dados antropométricos Peso Primeiro ano 1° trimestre 700 g/mês 2° trimestre 600 g/mês 3° trimestre 500 g/mês 4° trimestre 500 g/mês Segundo ano 1° semestre 200 g/mês 2° semestre 180 g/mês Estatura Primeiro ano 0-3 meses 3 cm/mês 3-6 meses 2 cm/mês 6-1ano 1-1,5 cm/mês 1-2 anos 1 cm/mês 2-4 anos 0,75 cm/mês 8-15 anos 5 cm/mês Perímetro cefálico Ao nascimento 35 cm 1° trimestre + 5 cm 2° trimestre + 5 cm 3° trimestre + 2 cm 4° trimestre + 1 cm O comprimento é mensurado até os dois anos de idade da criança com o auxilio de uma régua antropométrica. A partir dos dois anos é mensurado a estatura com o auxílio de um estadiômetro.valor médio ao nascimento é de 3300g valor médio ao nascimento é de 50 cm Parâmetros Diferença entre comprimento e estatura Lactente → do 1° ao 12° mês observa-se um rápido desenvolvimento motor, cognitivo e social, devido a interação com o cuidador estabelece uma crença básica no mundo e forma as bases para as futuras relações interpessoais. Primeira infância → do 1° ao 6° ano, a criança consegue dominar a locomoção ereta, caracteriza-se por uma fase de intensa descoberta e atividades. Do 1 aos 3 anos (Toddler) a criança tem um ganho anual de peso de 2kg, e de altura em média 7,5cm. O perímetro cefálico iguala-se ao torácico, e em torno dos dois anos de idade do torácico excede o cefálico. Dos 3 aos 5 anos (Pré escolar) tem um ganho médio de peso anual de 2kg e de altura 7cm. Infância intermediária → do 6° ao 12° ano estão mais centralizadas, ocorre um avanço, a idade escolar em que as relações interpessoais no desenvolvimento físico, mental e social. Infância tardia → do 12° ao 19° ano, da pré adolescência a adolescência há um enorme avanço na maturação e mudanças rápidas caracterizam o período de transição. Puberdade → é a fase inicial da adolescência em que ocorre o estirão (crescimento acelerado) e desenvolvimento das características secundárias. Nas meninas inicia entre os 10 e 14 anos e termina aos 15 ou 16, sendo caracterizada pelo desenvolvimento das características sexuais (Broto mamário e posteriormente mama adulta, pelos pubianos, menarca, pelos axilares) Nos meninos inicia entre os 11 e 15 anos e termina aos 17 ou 18 anos, sendo caracterizada pelo desenvolvimento das características sexuais (testículos, pelos pubianos, aumento do pênis, mudança na voz, pelos faciais e axilares) Para avaliar o crescimento de uma criança usamos o padrão da OMS, as curvas são de: Altura para meninos e meninas de 0 - 5 anos e de 5 -19 anos; IMC para meninos e meninas de 5 – 19 anos Perímetro cefálico para meninos e meninas de 0 - 5 anos e de 5 – 10 anos Peso para meninos e meninas de 0 – 5 anos e 5 – 10 anos Para crianças com síndrome de Down e crianças prematuras são usados outros gráficos. Crescimento da criança por faixa etária Avaliação do crescimento (Nas referências há um link em que encaminha para um site com todos os gráficos de crescimento) Peso para idade <10 anos Percentil Escores Diagnóstico nutricional >97 > + 2 Elevado ≥ 3 e 97 ≥ -2 e +2 Adequado ≥0,1 e < 3 ≥ -3 e < -2 Baixo <0,1 < -3 Muito baixo Comprimento/Estatura para idade <10 anos Percentil Escores Diagnóstico nutricional ≥ 3 > +2 ≥ -2 e +2 Adequado ≥ 0,1 e < 3 ≥ -3 e < -2 Baixo < 0,1 < -3 Muito baixo IMC por idade para <10 anos Percentil Escores Diagnóstico nutricional > 99,9 > +3 Obesidade grave (>5 anos) e obesidade (<5anos) > 97 e 99,9 +2 e +3 Obesidade (>5 anos) e sobrepeso (<5anos) >85 e 97 > +1 e < +2 Sobrepeso (>5 anos) e risco de sobrepeso (<5anos) ≥3 e 85 ≥ -2 e +1 Adequado ≥ 0,1 e <3 Magreza < 0,1 < - 3 Magreza acentuada Desvio de crescimento Verificar a existência de erros alimentares; Identificar a dieta da família; Orientar a mãe (ou cuidado) a fornecer uma dieta mais adequada; Verificar as atividades de lazer; Verificar o tempo que passa na frente da televisão, videogame; Pontos de corte – interpretação de resultados Sobrepeso ou obesidade Estimular a prática de atividades físicas. Para menores de 2 anos: Investigar possíveis causas (principalmente devido o desmame) Orientar a mãe sobre a alimentação complementar adequada para a idade; Orientar o retorno em no máximo 15 dias. Para maiores de 2 anos: Investigar possíveis causas; Tratar as intercorrências como infecções, higiene etc. Retorno com no máximo 15 dias. Desenvolvimento - teorias Processo de aperfeiçoamento das funções dos órgãos, é necessário ocorrer uma integração do sist. Nervoso com os músculos permitindo assim uma maior interação com o meio ambiente. O desenvolvimento depende das interações com o meio social, devido a isso sempre será mediado pelas pessoas e como elas vivem. Essa relação interpessoal contribui para o desenvolvimento psicossocial, habilidades como sentar, andar, falar, controlar os esfíncteres também são construídos através dessa relação. Os estágios do desenvolvimento cognitivo são sequenciais, isso significa que se uma criança não for devidamente estimulado no estágio que se encontra, ela não vai mais conseguir recuperar o atraso, é nessa fase também que é possível identificar possíveis problemas como: atraso da fala, dificuldade no aprendizado, isolamento social etc., identificando isso o mais precocemente possível, será muito mais fácil intervir e ter um melhor prognóstico. É comprovado cientificamente que a primeira infância é uma janela de oportunidades, pois nessa fase a criança desenvolve um grande potencial mental que terá repercussões para o resto da vida. Por esse motivo que é tão importante a atenção integral. Até o 6° ano de vida (primeira infância) o desenvolvimento do cérebro pode ser afetado por fatores: Biológicos; Psicossociais; Herança genética; Qualidade do ambiente em que está inserido. Na primeira infância, 90% das conexões cerebrais são estabelecidas, isso significa que se a criança for negligenciada, Magreza ou peso baixo a interação social não ocorrer da melhor forma, muitas ligações entre os neurônios vão deixar de acontecer e isso pode afetar no aprendizado e desenvolvimento cognitivo e socioemocional. Fase oral (0 – 1 ano) Fase anal (1 - 3 anos) Fase fálica ou genital (3 – 6 anos) Fase latente (6 – 12 anos) Fase sexualmente adulta. Segundo Freud, a criança desenvolve-se sexualmente antes mesmo da puberdade, porém durante a primeira infância há zonas erógenas distintas, ou seja, determinadas partes do corpo causam excitação sexual. Fase Oral → zona erógena: boca - Prazer centrado na região da boca e na ingestão de comida; mastigar, sugar, morder e engolir são as principais fontes de prazer. Fase Anal → zona erógena: controle do intestino e bexiga – Retenção das fezes até que sua eventual eliminação torna- se prazerosa; exercício dos músculos do ânus é fonte de prazer Fase fálica ou genital → zona erógena: genitais - Prazer centrado nos órgãos Genitais; Auto manipulação é a principal fonte de prazer. Fase latente → zona erógena: sentimentos sexuais está inativo - Prazer centra- se na interação social. Fase sexualmente adulta → interesse sexual maduro – A fonte de prazer é alguém fora da família, em que há o amadurecimento dos interesses sexuais. Fase latente (0 – 1 ano) Fase toddler (1 – 3 anos) Fase pré escolar (3 – 6 anos) Fase escolar (6 – 12 anos) Fase adolescência (12 – 18 anos) Segundo Erikson, o desenvolvimento infantil passa por estágios psicossociais, e neles adquire-se confiança, autonomia, inciativa, identidade, intimidade ou não. Fase Latente → estabelece confiança ou desconfiança, a partir da interação com as pessoas que cuidam dela, desse modo, quando a criança não tem suas necessidades básicas atendidas, poderá desenvolver um comportamento de Fases do desenvolvimento segundo Freud Fases do desenvolvimento segundo Erikson insegurança, desconfiança e ansiedade, o que indica a formação de alguns traços de personalidade. Fase toddler → desenvolve autonomia, vergonha ou dúvida, passa a manipular objetos surgindo a autonomia. A vergonha pode surgir quando é exposto aos outros. (percepção do eu) Fase pré escolar → iniciativa e culpa, nesse momento, a criança está mais avançada tanto física quanto mentalmente, consegue planejar suas tarefas e pode associar a autonomiae à confiança, a iniciativa. A culpa está ligada em deixar de ser dependente dos pais. Fase escolar → Produtividade e inferioridade, fase de construção, os interesses estão mais ligados a produtividade, o ego está sensível, sendo assim, quando falha em algo pode sentir-se inferior. Fase da adolescência → identidade e conflitos de identidade, preocupação em encontrar o seu papel na sociedade, preocupação com a opinião dos outros, personalidade, ligação forte em grupos sociais. Há ainda as fases do adulto jovem (intimidade e isolamento), fase adulta (generatividade e estagnação) e velhice (integridade e desespero). Fase sensorimotor (0 – 2 anos) Fase pré operatória (2 – 7 anos) Fase operacional concreto (7 – 11 anos) Fase operacional formal. Segundo Piaget, o desenvolvimento cognitivo se dá através da assimilação e acomodação: Fase sensorimotor → o foco está na descoberta das sensações e dos movimentos. Nesse período a coordenação motora é desenvolvida, o bebê passa a imitar o que vê e até a linguagem começa a ser trabalhada por meio do choro e de outros sinais, como o grito e até palavras curtas Fase pré operatória → surge o egocentrismo. Embora as crianças já tenham um convívio com pessoas que não são da família e já consigam desenvolver uma boa comunicação, nesse estágio elas ainda pensam de acordo com suas experiências individuais, surge ainda a personificação e função simbólica. Fase operacional concreto → Nele, a criança já utiliza a lógica para solucionar problemas, mas só os concretos, como questões matemáticas ou relacionadas a objetos físicos. O abstrato ainda é difícil para eles. Fases do desenvolvimento segundo Piaget Fase operacional formal → a aquisição do raciocino lógico é completada, ou seja, o pré-adolescente já é capaz de lidar com questões lógicas e abstratas. A partir de então, eles conseguem criar situações hipotéticas, mesmo sobre algo que nunca aprenderam, e também desenvolvem possibilidades, teorias e autonomia. Recém Nascido (0 – 28 dias) Lactente (29 dias – 12 meses) Toddler (1 – 3 anos) Pré – escolar (3 – 6 anos) Escolar (6 – 12 anos) Adolescente (12 – 21 anos) Recém Nascido → Pernas e braços fletidos; dormem grande parte do tempo; prefere voz e fisionomia humana; intensa ligação com a mãe. Reflexos Primitivos = Moro (até os 6 meses) / Babinski (até os 9 meses) / Marcha (até os 4 meses) / Preensão Palmar (até os 6 meses) Lactente → Grandes alterações físicas e do desenvolvimento; maturação dos sistemas orgânicos; reflexos primitivos tornam- se movimentos voluntários propositais. Do 1 - 3 meses: levanta a cabeça e ombros quando está de bruços; segue objetos com os olhos; reage quando ouve barulho; segura objetos com as duas mãos; produz sons (chora para se comunicar); sorri em resposta a palavras e sons. Dos 4 – 6 meses: senta com apoio; rola no berço e levanta o peito com as mãos; morde e coloca tudo na boca; alcança objetos com a mão; procura objetos que caem; reconhece a voz da mãe; localiza de onde vem o som; produz sons; sorri quando alguém sorri para ela. Dos 7 – 9 meses: senta sem apoio; fica em pé apoiado; começa a engatinhar; segura objetos menores; passa um objeto de uma mão para outra; grita para conseguir atenção; imita os sons que ouve; estranha as pessoas; imita movimentos feitos por outras pessoas. Dos 10 – 12 meses: senta e levanta sozinho e anda segurando nos móveis; mexe no próprio corpo; aponta para pedir as coisas; reage ao não; aparecem as primeiras palavras; estranha as pessoas; Toddler → Período de intensa exploração do ambiente. Importante para o desenvolvimento e crescimento intelectual. Autonomia, dúvida ou segurança. Percepção do EU; reconhece o que vê e o que ouve; percebe mais o sabor dos alimentos; entende histórias; repete as palavras que ouve; percebe diferentes cores; brinca com outras crianças. Fase em que está desenvolvendo a autonomia, porém tem medo da reprovação. Faixa etárias Pré – escolar → Aprimoramento das habilidades de comunicação e locomoção; explora brincadeira sozinha ou em grupo. Pequenas palavras – frases – criação de histórias; Percepção do “eu” e do “outro”. Tem comportamento exploratório que testa constantemente as habilidades. Está mais independente e curiosa, detesta autoridade imposta. passam do egocentrismo para a consciência social e para a capacidade de considerar outros pontos de vista. Escolar → O que é meu e do outro; Interrogações sobre diferenças sexuais; aprende a respeitar limites impostos por cultura, sexo e gerações. Amplia do desenvolvimento em todos os âmbitos. Adolescente → fase do estirão nas meninas começa entre 11 e 14 anos e termina aos 15 ou 16 anos e nos meninos começa entre 11 e 15 anos e termina aos 17 ou 18 anos levando em média de 24 a 36 meses. Teste de Denver É um instrumento usado para avaliar o desenvolvimento infantil em quatro etapas: Motor grosseiro → Avalia a coordenação corporal e os movimentos. Exemplo: "Lançar a bola com a mão". Motor fino adaptativo → Avalia habilidades que incluem as capacidades de coordenação, concentração e destrezas manuais. Exemplo: "Desenhe um homem". Linguagem → Avalia o processo de aquisição da linguagem, bem como sua evolução e a capacidade da criança de ouvir e se comunicar. Pessoal social → Avalia a relação da criança com o seu ambiente. Como se comporta a nível social. O teste tem como objetivo fazer uma triagem das crianças assintomáticas que possuam um possível problema no desenvolvimento, ou seja, não é um teste que mede o QI da criança, mas também não pode ser usada para fazer diagnósticos. O tempo de administração do teste de Denver é de cerca de 20 minutos, sendo realizado de maneira individual. Para realizar o teste é importante criar um ambiente agradável, com a presença da família e com a criança tranquila. O teste consiste em 55 itens, mas somente os que estão à esquerda da linha de idade devem ser aplicados Resultados: P- Normal: sem atrasos e no máximo 2 alertas (no Denver III não existe mais essa opção de 2 alertas). A criança será reavaliada na próxima consulta. C- Suspeito: 2 ou mais alertas (no Denver III a partir de I alerta já é suspeito) e/ou mais atrasos, a criança será reavaliada em uma ou duas semanas. Intestável: recusa em um ou mais itens situados a esquerda da linha da idade. Reavaliar em uma ou duas semanas Nas referências possui o link para o teste completo Desenvolvimento Motor Reflexos primitivos São respostas automáticas a um determinado estímulo externo, estão presentes ao nascimento, mas ao longo dos primeiros meses são inibidos pelos reflexos motores posturais. A sua presença mostra integridade do SNC, porém sua permanência mostra disfunção neurológica. Reflexo de moro → É desencadeado por queda súbita da cabeça, amparada pela mão do examinador. Observa-se extensão e abdução dos membros superiores seguida por choro. Sucção reflexa → É desencadeado pela estimulação dos lábios. Observa-se sucção vigorosa. Sua ausência é sinal de disfunção neurológica grave. Reflexão de busca → É desencadeado por estimulação da face ao redor da boca. Observa-se rotação da cabeça na tentativa de “buscar” o objeto, seguido de sucção reflexa do mesmo. Reflexo tônico-cervical assimétrico → É desencadeado por rotação da cabeça enquanto a outra mão do examinador estabiliza o tronco do RN. Observa- se extensão do membro superior ipsilateral à rotação e flexão do membro superior contralateral. A resposta dos membros inferiores obedece ao mesmo padrão, mas é mais sutil. Preensão palmar → É desencadeado pela pressão da palma da mão. Observa-se flexão dos dedos. Pressão plantar → É desencadeadopela pressão da base dos artelhos. Observa-se flexão dos dedos. Apoio plantar → É desencadeado pelo apoio do pé do RN sobre superfície dura, estando este seguro pelas axilas. Observa-se extensão das pernas. Marcha reflexa → É desencadeado pelo apoio do pé do RN sobre superfície dura, estando este seguro pelas axilas. Observa-se extensão das pernas. Reflexo de galant → É desencadeado por estímulo tátil na região dorso lateral. Observa-se encurvamento do tronco ipsilateral ao estímulo. Reflexo de colocação (placing) → É desencadeado por estimulo tátil do dorso do pé estando o bebê seguro pelas axilas. Observa-se elevação do pé como se estivesse subindo um degrau de escada. É o único reflexo primitivo com integração cortical. 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