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Patologias em glândulas salivares Ácino→ conjunto de cel. Secretora serosa Túbulos→ conjunto de cel. Secretora mucosa Parótida: serosa Submandibular: serosa e mucosa (70% da produção) Sublingual: mucosa > serosa Classificação • Exócrina: para fora da corrente sanguínea • Endócrino: para dentro da corrente sanguínea • Mistas: ex. pâncreas • Gl. Túbulo alveolar: possui ácinos/alvéolo e túbulos • Tubular, tubular composta, túbulo-acinosa • Halócrina: perde o citoplasma na excreção e morre a célula • Apócrina/Ecrino: uma parte do citoplasma é perdido e outro não. Ex: mamária • Merócrina: não perde o citoplasma Glândula parótida • É a maior • Abaixo do meato acústico externo, atrás da mandíbula • Ducto de Stenon sai atrás do 2MS • Túbulo alveolar-serosa • Capsulas, septos, lóbulos e lobos • São merócrinas Glândula submandibular • São mistas • Abaixo do soalho da boca e corpo da mandíbula • Ductos: nos lados do freio da língua, logo atrás dos incisivos inferiores • Túbulo alveolar - mucoso e seroso • Cápsula - septos - lobos - lóbulos Sublinguais • Abaixo do soalho da boca, anterior a glândula submandibular • Ductos: em linha posterior aos ductos das gl. Submandibulares • Túbulo alveolar - mucoso, pouco seroso • Cápsula - septos - lobos - lóbulos Menores • Ficam na mucosa e submucosa: não estão no palato duro e gengiva • Praticamente só mucosa • Não apresentam cápsula muito bem definida; • Labiais, bucais, palatinas e linguais. • Von Ebner secretam serosa; ficam abaixo da papila valada no V lingual. A secreção limpa os botões gustativos para propiciar o paladar de vários alimentos sequenciais Mucocele • Lesão no ducto da Gl. Com derramamento de mucina para o interior do tecido, pois a Gl. Continua produzindo sem escoamento • Geralmente em jovens e crianças (TO) • Não é cisto pois não é revestido de epitélio interno, é uma lesão flutuante (firme é mais velha) • Translúcido/azulada • Episódios de melhora e piora (trauma que drena o líquido) • Geralmente em lábio inferior • 1-2 mm, são assintomáticas • Tratamento: • Pode tratar sozinho pela drenagem • Incisão em cunha, apertando o lábio vamos ver as Gll. Acessórias para não ter reincidência. • Biopsia é para a confirmação Rânula • Mucocele no assoalho da boca, pelo trauma do ducto sublingual • Mesma característica que a mucocele, são mais azuladas • Ranula cervical/mergulhante: o extravasamento ocorre no M. milo hioide e produz aumento no pescoço • Tratamento: • Masurpialização ou retirada da Gl. Cisto do ducto salivar/ sialocisto • Tem delimitação por epitélio, é cisto verdadeiro • Pode ocorrer na parótida e nas menores: assoalho da boca; mucosa jugal; lábio. • Parece com a mucole Sialolitíase • São estruturas calcificadas no ducto • Comum na gl submandibular devido o ducto tortuoso (acumulo de sais) • Podem se formar nas outras gll. • Podemos fazer um RX oclusal; em RP e periapical vai sobrepor na mandíbula • Tratamento • Menores em Gl. maior: ordenha • Grandes: remoção cirúrgica Sialoadenite • Inflamação nas gl. Salivares maiores, pode ser bactéria ou viral, resultado da obstrução do ducto, trancando o ducto e proliferando • s. áureos • resultante da diminuição do fluxo salivar que produz um refluxo da saliva com bactérias (geralmente medicamentoso) • parótida é comum, região edemaciada e vermelha; lóbulo da orelha mais levantado; bacteriana: ordenha sai pus, unilateral; • caxumba: paramixovirus, terá febre e tumefação da parótida bilateral (geralmente); • caxumba: tratamento sintomático • bacteriana: usar clavulin ou cefalexina Sailorréia • Salivação em excesso • Próteses nova (ate acostumar) • Afta • Refluxo (corpo age como sistema tampão)→ médico trata • Medicamentos Antipsicóticos • Medicamento para Alzheimer • Intoxicação com metais pesados • Xerostomia • Sensação subjetiva de boca seca, pode estar associada ou não a hipofunção das gll. • Comum em idosos pelo uso de medicamentos • Devemos fazer o exame para ver se há redução ou só sensação • Verificar se há atrofia das papilas filiformes→língua lisa • Saliva espessa (menos saliva) • Terá dificuldade de mastigar e deglutir • Mais suscetível a cárie e candidíase • Não utilizar Halls e balas (vai estimular a salivação mas vai ter cárie) • Mastigar chicle sem açúcar, usar saliva artificial e ir mais frequentemente ao CD Síndrome de Sjögrem • É autoimune crônico, genético, 80% são mulheres • Atinge GL> salivares e lagrimais: terá olho seco e boca seca • SJ primária: só atinge as gll lacrimais e salivares • SJ secundária: atinge as gll lacrimais e salivares e artrite • Terão os mesmos sintomas da xerostomia • Biopsia de gl salivar menor • Verificar VHS e IgG (para verificar a reumatóide) • Uso de lágrimas e saliva artificiais • Sialometria: verifica a quantidade de saliva produzida sem estímulo (0.4 ml por minuto é normal) Neoplasias em glândulas salivares Benigna: • Também chamada de tumor benigno. • Caracteriza-se por apresentar células bem semelhantes às do tecido original, ou seja, apresentam diferenciação. • Crescem de forma lenta; são bem vascularizadas; comprimem os tecidos vizinhos, no entanto, não o infiltram. Maligna • Também chamada de tumor maligno ou câncer. • Como essas células apresentam uma redução das estruturas juncionais e moléculas de adesão, elas apresentam maior mobilidade, invadindo os tecidos adjacentes. Incidência • A localização mais comum das neoplasias de glândula salivar é a glândula parótida (61% a 80% dos casos). • Uma porcentagem relativamente baixa das neoplasias de parótida é maligna (15% a 32% dos casos). • 2/3 a 3/4 dessas neoplasias de parótida são benignas. • O adenoma pleomórfico é, indubitavelmente, a neoplasia mais comum (55% a 77% de todos os casos na glândula parótida). • Os tumores de Warthin são também comuns; eles representam 5% a 22% dos casos. • Uma variedade de neoplasias malignas pode ocorrer, sendo, de modo geral, o carcinoma mucoepidermóide o mais frequente. • De 8% a 11% de todas as neoplasias de glândula salivar ocorrem na glândula submandibular. A frequência de neoplasias malignas nesta glândula é aproximadamente o dobro da frequência observada na glândula parótida, variando de 26% a 45%. • As neoplasias da glândula sublingual são raras, compreendendo não mais do que 1% de todas as • neoplasias de glândula salivar. Entretanto, 70% a 95% das neoplasias das glândulas sublinguais são malignas. Adenoma Pleomórfico O adenoma pleomórfico, ou tumor misto benigno, é a neoplasia de glândula salivar mais comum. • A região mais comum é glândula parótida . • Se apresenta como um aumento de volume firme, indolor e de crescimento lento • 50% a 77% das neoplasias da parótida; • 53% a 72% dos tumores da glândula submandibular; • 33% a 41% de glândula salivar menor. • O palato é a localização mais comum dos adenomas pleomórficos, representando aproximadamente 50% a 65% dos exemplos intraorais. • Lábio superior (19% a 27%) e pela mucosa jugal (13% a 17%). Tratamento • Excisão cirúrgica • Lesões localizadas no lobo superficial da glândula parótida, é recomendada a parotidectomia superficial, com identificação e preservação do nervo facial. • Lesões localizadas no lobo profundo da glândula parótida, a parotidectomia total geralmente é • necessária, se possível com a preservação do nervo facial. • Os adenomas pleomórficos das glândulas submandibulares são mais bem tratados pela remoção total da glândula com a neoplasia. • Com a remoção cirúrgica adequada: Prognóstico excelente. • Os do palato duro são, geralmente, excisados abaixo do periósteo, incluindo a mucosa sobrejacente. Tumor de Warthin/Cistoadenoma papilar linfomatoso • Neoplasia benigna que ocorre quase exclusivamente na glândula parótida. • É o segundo tumorbenigno mais comum da glândula parótida 5%-22%. • Raro: Glândula submandibular ou nas glândulas salivares menores. • Forte associação entre o desenvolvimento desse tumor e o tabaco. Os tabagistas têm um risco 8 vezes maior de desenvolver o tumor de Warthin do que os não fumantes. • Marcante prevalência no sexo masculino - proporção homem-mulher maior que 10:1. • Idosos, com um pico de prevalência entre a sexta e a sétima décadas de vida. • Geralmente se apresenta como um aumento de volume nodular de crescimento lento e indolor na glândula parótida. • As lesões podem ser firmes ou flutuantes à palpação. Tratamento • Remoção cirúrgica. • O procedimento geralmente é realizado com facilidade devido à localização superficial da lesão. Adenoma de Células Basais • Uma neoplasia benigna de glândula salivar • É incomum e representa apenas 1% a 4% de todas as neoplasias de glândula salivar. • Localizada preferencialmente na parótida - cerca de 75% de todos os casos ocorre nesta localização. • Glândulas menores representam a segunda localização mais comum, especificamente as glândulas do lábio superior e da mucosa jugal. • Mais comum em adultos de meia-idade e em idosos. • Se apresenta como uma massa móvel, de crescimento lento, semelhante ao adenoma pleomórfico. • A maioria das lesões tem menos de 3cm de diâmetro. Tratamento • Semelhante ao do adenoma pleomórfico e consiste na completa remoção cirúrgica. • As recorrências são raras. Carcinoma Mucoepidermóide • Uma das neoplasias malignas de glândula salivar mais comum. 4% a 10% de todas as neoplasias das glândulas salivares maiores; • 13% a 23% das glândulas salivares menores; • Mais comum na parótida. • A presenta-se como um aumento de volume assintomático. • Pode se desenvolver dor ou paralisia do nervo facial, geralmente associadas a lesões de alto grau. • As neoplasias de glândula salivar menor também se apresentam como aumentos de volume assintomáticos. • Apresentam coloração azulada ou vermelha. • Pode ser confundida clinicamente com uma mucocele; são flutuantes. Tratamento • O tratamento do carcinoma mucoepidermóide é determinado:pela localização; pelo grau histopatológico; estágio clínico do tumor. • Neoplasias avançadas podem necessitar de remoção total da glândula parótida, com remoção do nervo facial. • Neoplasias de parótida, em estágio inicial, podem ser tratados pela parotidectomia subtotal com preservação do nervo facial. • Os carcinomas mucoepidermóides das glândulas salivares menores são, usualmente, tratados por excisão cirúrgica. • Neoplasias de baixo grau pode ser necessária somente uma pequena remoção da margem de tecido normal circunjacente. Adenocarcinoma de Células Acinares • Neoplasia maligna de glândulas salivares com células que exibem diferenciação acinar serosa. • 85% a 90% dos adenocarcinomas de células acinares ocorrem na • parótida (Serosa). • 2%-3% neoplasias da parótida. • Usualmente, apresenta-se como um aumento de volume de crescimento lento, e a lesão frequentemente está presente há muitos. • Meses ou anos antes de um diagnóstico ser realizado, podendo ser assintomática, embora tenha sido relatado dor associada ou sensibilidade em alguns casos. Tratamento • Confinados ao lobo superficial da glândula parótida: lobotomia. • Presentes no lobo profundo: geralmente é necessária a realização de parotidectomia total. • Adenocarcinomas de células acinares de glândula submandibular→ Adenocarcinomas de células • acinares de glândula submandibular • Adenocarcinomas de células acinares de glândula salivar menor →Tratados pela excisão cirúrgica com margem de segurança • O carcinoma de células acinares é associado a um dos melhores prognósticos dentre as neoplasias malignas das glândulas salivares. Carcinoma Adenoide Cístico • Uma das neoplasias malignas de glândula salivar mais comuns e mais bem reconhecidas. • Pode ocorrer em qualquer glândula salivar, mas aproximadamente 40% a 45% se desenvolvem nas glândulas salivares menores. • O palato é a localização mais comum. • Geralmente se apresenta como um aumento de volume de crescimento lento. • A dor é o achado clínico mais comum e mais importante, ocorrendo ocasionalmente na fase precoce do curso da doença, antes que haja um aumento de volume clinicamente detectável. • O carcinoma adenoide cístico é uma neoplasia implacável que tende à recidiva local e eventual metástase à distância. Tratamento • Em geral, a excisão cirúrgica é o tratamento de escolha. • A radioterapia adjuvante pode melhorar ligeiramente a sobrevida do paciente em alguns casos.
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