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 FACULDADE FACSAL / ISEC
INSTITUTO SALVADOR DE ENSINO E CULTURA 
ÁREA DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
CURSO DE FISIOTERAPIA
ABORGADEM FISIOTERAPEUTICA NO TRATAMENTO DE VAGINISMO
CLAUDIANE S. SILVA
Salvador - BA 
ABRIL 2021
FACULDADE FACSAL / ISEC
INSTITUTO SALVADOR DE ENSINO E CULTURA 
ÁREA DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
CURSO DE FISIOTERAPIA
ABORGADEM FISIOTERAPEUTICA NO TRATAMENTO DE VAGINISMO
Discente: Claudiane s. Silva 
Trabalho solicitado como exigência parcial para aprovação na disciplina de Projeto Técnico Cientifico e Interdisciplinar, sob orientação da professora: Michele Flores
Coordenação do Curso: Professora Renata Brito 
Salvador - BA 
ABRIL 2021
SUMÁRIO
1. DELIMITAÇÃO DO PROBLEMA ------------------------------------------------------------- 1
2. PERGUNTA DE INVESTIGAÇÃO ------------------------------------------------------------ 2
3. HIPÓTESE --------------------------------------------------------------------------------------------2
4. OBJETIVOS:
4.1 OBJETIVOS GERAL ---------------------------------------------------------------------------- 2
4.1 OBJETIVO ESPECÍFICO ---------------------------------------------------------------------- 2
5. REFERÊNCIAL TEÓRICO ---------------------------------------------------------------------- 2
6. JUSTIFICATIVA ----------------------------------------------------------------------------------- 3
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ---------------------------------------------------------- 
1. DELIMITAÇÃO DO PROBLEMA (INTRODUÇÃO)
 O vaginismo é conceituada pela contração involuntária dos músculos (esparmos), vaginismo é condição clínica rara em que a penetração vaginal, seja pelo ato sexual, espéculo ginecológico ou outro objeto, é impedida. Associa-se a multiplicidade de fatores que incluem condições sociais, psicológicas, psiquiátricas, ginecológicas, psicanalíticas e sexológicas. Sua etiologia está ligada, principalmente, a traumas sexuais e educação sexual rígida, embora nem sempre essas associações possam ser feitas. É assunto sobre o qual existe grande desconhecimento, inclusive pelos médicos, o que torna sua abordagem difícil, muitas vezes causada por outros sintomas. O tratamento inclui técnicas de psicoterapia cognitiva e comportamental, tratamento médico com ansiolíticos e anestésicos tópicos, além de uso de vasodilatadores vaginais. Tratamentos com base em fisioterapia por eletroestimulação vaginal e injeções vaginais de neurotoxina botulínica têm sido propostos, ainda sem evidência científica que os autorize. Esta revisão discute conceitos e tratamentos do vaginismo. (MOREIRA,2012)
 O vaginismo pode ser classificado em 2 tipos específicos: primário e secundário, no primário ocorre quando a mulher nunca sofreu penetração, seja por meio de exames ginecológicos, uso de absorventes íntimos ou contato íntimo, e o secundário, que é desencadeado por eventos traumáticos, como abuso sexual, parto, cirurgia ou menopausa
 Dados epidemiológicos apontam maior prevalência da IU no sexo feminino e em indivíduos com idade mais avançada, porém sabe-se que este problema vem crescendo entre os jovens, principalmente entre aqueles que praticam atividade física. Alguns estudos também relacionam sua ocorrência à associação de fatores de riscos, tais como: gestação, parto vaginal, hábitos de vida, alterações neurológicas e morbidades crônicas. (PATRIZZ,2014).
 Seu diagnóstico é dado essencialmente por meio da coleta da história clínica completa e do exame físico do paciente e em alguns casos é necessário a realização de exames. Seu tratamento depende do tipo da IU, da sua gravidade e da causa, podendo ser medicamentoso, fisioterapêutico e cirúrgico, sendo a fisioterapia considerada a primeira opção terapêutica. (CÂNDIDO, 2017)
 
2. PERGUNTA DE INVESTIGAÇÃO
 
 Quais abordagem fisioterapêutica no tratamento de vaginismo?
3. HIPÓTESE 
 Esta patologia, mesmo tendo uma causa psicossomática, Há uma alta prevalência que pode acabar afetando o funcionamento físico, para o tratamento de vaginismo é necessário ser especializado e feito com base no relaxamento e controle da musculatura pélvico. Após excluir e tratar as causas orgânicas é importante dar apoio emocional, orientar a paciente a conhecer seu próprio corpo, avaliar a necessidade de tratamento por psicoterapia, fisioterapia do assoalho pélvico (exercícios de Kegel), terapia cognitiva-comportamental, biofeedback, focando no componente da dor.
4.OBJETIVOS
4.1 OBJETIVO GERAL 
 Avaliar as abordagens fisioterapêuticas no tratamento de vaginiso.
4.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
 Analisar os fatores associados à Incontinência Urinária em estudantes de fisioterapia de uma Faculdade localizada na cidade de Salvador-Ba.
 
5. REFERÊNCIAL TEÓRICO
 A incontinência urinária era apenas um sintoma até 1998, quando passou a ser considerada uma doença nas classificações internacionais de doenças (CID/OMS). Atualmente a International Continence Society (ICS) define incontinência urinária como perda involuntária de urina, que é um problema social ou higiênico valorizando a queixa dos pacientes. Comum em mulheres, podendo acometer até 50% delas em alguma fase da vida. (GLISOI,2011).
 Elza Baracho define incontinência urinaria como qualquer perda involuntária de urina, exceto em crianças. Coloca em evidencia a complexa coordenação das estruturas do assoalho pélvico (Sistema urinário, genital e intestinal), alterações em uma dessas estruturas pode causar disfunções com importante repercussão clínica. Faz necessário o conhecimento básico de anatomia e fisiologia para a avaliação propedêutica e terapêutica de incontinência urinária. 
 Quando a função de armazenamento e/ou esvaziamento de urina sofre qualquer alteração, uma vasta variedade de sintomas urinários pode ocorrer, sendo a incontinência urinaria o principal sintoma do armazenamento anormal. A bexiga é um órgão autônomo formada por musculatura lisa com função de armazenar urina sem esforço, sem dor e sem perda involuntária, além de eliminá-la completamente de forma involuntária, sem dor e também sem esforço. (BARACHO, 2012). 
 A função de armazenamento é mediada principalmente pelo sistema nervoso simpático, que por sua vez origina-se de T10 a L2. Seus gânglios próximos a medula utilizam acetilcolina e norepinefrina como neurotransmissor. A norepinefrina estimula os receptores alfa na uretra com consequente aumento do tônus e fechamento uretral. A estimulação dos receptores beta situado no interior da bexiga diminui o tônus muscular vesical. (BARACHO, 2012).
 A fase de esvaziamento vesical é mediada principalmente pelo sistema nervoso parassimpático, responsável pelo controle motor do musculo detrusor promovendo contração vesical efetiva. Tem origem na medula espinal sacral, entre S2 e S4, juntamente com a inervação somática so AP, a uretra e o esfíncter externo do ânus. Os neurônios parassimpáticos tanto os pré-ganglionares longos e pós-ganglionares curtos estão localizados na musculatura detrusora e utilizam de acetilcolina como neurotransmissores. (BARACHO, 2012).
 O principal centro facilitador da micção é o centro pontinho da micção, situado na substância cinzenta pontinomesencefálica. O cérebro coordena o relaxamento do assoalho pélvico e também a frequência, força e amplitude das contrações do detrusor, além disso faz interconexões com os centros reflexos encefálicos. O córtex cerebral exerce efeito inibitório sobre a micção. A micção é deflagrada pelo sistema nervoso periférico e controlada pelo sistema nervoso central. (BARACHO, 2012).
 Quando as fases de armazenamento e/ou esvaziamento urinário passa por algum distúrbio, observa-se o surgimento de sintomas da IU. Que pode ser dividido em incontinência urinaria de urgência (IUU) evidenciada pela vontade incontrolável de urinar, sendo impossível adiar, incontinência urinária de esforço (IUE) vista pela perda urinaria ao realizar esforços físicos tantocomo espirrar, gargalhar, carregar peso, e incontinência urinaria mista quando há relatos dos dois sintomas anteriores. (PATRIZZ,2014).
 A fisiopatologia da IU envolve vários mecanismos, PETROS e ULMSTEN (1990) propuseram a teoria integral da continência, com o objetivo de explicar a incontinência urinaria de esforço, urgência, polaciúria, noctúria, as alterações do esvaziamento vesical e intestinal. De acordo com essa teoria esses sintomas originam-se de alterações teciduais dos elementos de suporte uretral, dos ligamentos e musculos do AP, pois as alterações de tensão dos musculos e ligamentos sobre as fáscias justapostas a parede vaginal determinam o fechamento ou abertura do colo vesical e da uretra. 
 A IU é uma doença de origem multifatorial. Alguns estudos evidenciam sua ocorrência associada a idade, obesidade, paridade, tipos de parto, uso de anestesia no parto, peso do recém-nascido, menopausa, cirurgias ginecológicas, constipação intestinal, doenças crônicas, fatores hereditários, uso de drogas, consumo de cafeína, tabagismo.(HIGA 2008).Ao sexo feminino, atividade física, alterações neurológicas, anatomia e fisiologia do organismo, à hipertensão arterial, diabetes mellitus, partos domiciliares e infecção do trato urinário alguns medicamentos também tem sido citados como os diuréticos, vasodilatadores, anti-histamínicos, sedativos, tranquilizantes e narcóticos.(SANTOS, 2010). 
 A prevalência de IU em mulheres varia de 8,5 % a 55%. Estima-se que uma a cada 25 indivíduos terão incontinência urinaria. De acordo com os estudos realizados, existe uma prevalência de IU de 26,5 em mulheres jovens, sendo que esse número aumenta para 41% com o avançado da idade. No entanto podemos observar que a experencia com episódios da perda de urinara já não é mais exclusivo do envelhecimento. É um problema que afeta tanto mulheres nulíparas, multíparas e mais velhas. (PATRIZZ,2014).
 Seu diagnóstico é dado pela investigação sistemática composta pelo anamnese, exame físico e exames complementares. A apresentação da IU, do tempo da sintomatologia, o volume da perda (gota ou jato), e as condições que levaram a perda (esforço, urgência ou outros) são os principais aspectos a serem analisados para estabelecer o diagnóstico. Os primeiros exames a serem solicitados são sedimento urinário quantitativo e cultura de urina. O estudo urodinâmico é fundamental nos casos de IU de recidivas e a escolha para o tratamento. 
 No caso de IUF a primeira escolha de tratamento é o fisioterapêutico por ter boa eficácia e não ser invasivo, visando o fortalecimento o AP como todo. Os recursos disponíveis para esse tipo de tratamento parte da cinesioterapia, baseado nos exercícios de Kegel, cones vaginais, eletroestimulação e o biofeedback. Se de acordo com os achados do estudo urodinâmico, experiencia do cirurgião e condições clinicas do paciente for necessário o método cirúrgico. Os principais tipos de cirurgias são a hipermobilidade do colo vesical, e defeito esfectérico extrínseco. Vale ressaltar que também existe o tratamento medicamentoso para esse tipo de IU. (LAUTENSCHLÄGER, 2011). 
 Na IUU o tratamento fisioterapêutico baseia na reeducação vesical por meio de medidas comportamentais e do fortalecimento do AP. No caso do tratamento medicamentoso o padrão de referência são os agentes anticolinérgicos, que tem alto índice de cura porem o alto custo e efeitos colaterais são inconiventes. E em último caso, quando o tratamento fisioterapêutico e/ou medicamentoso não terem efeitos, opta-se pelo método cirúrgico, porém tem várias complicações e efeitos deletérios, secundários a mudança fisiológica da bexiga. Nos casos de associação entre Incontinência urinária de esforço e Incontinência urinária pós-urgência, os resultados esperados para cada tratamento deixam de ser previsíveis. (LAUTENSCHLÄGER, 2011). 
6. JUSTIFICATIVA 
 RELEVANCIA DO TEMA, IMPACTO NA AREA, NA SAUDE E VIDA DO INDIVIDUO E POPULAÇÃO.
 A Incontinência Urinária apresenta uma alta prevalência na população, principalmente entre as mulheres; que pode gerar implicações psicológicas, funcionais e até econômica; além de haver uma carência de estudos que avaliem a prevalência de IU entre estudantes, justifica-se então, um estudo cujo objetivo seja avaliar a prevalência de Incontinência Urinária entre estudantes de fisioterapia de uma Faculdade localizada na cidade de Salvador-Ba. 
	 
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
CÂNDIDO, F. J. L. F; MATNEI, T; GALVÃO, L. C; SANTOS, V. L. J; SANTOS, M. C; SARRIS, A. B; SOBREIRO, B. P. Incontinência Urinária Em Mulheres: Breve Revisão De Fisiopatologia, Avaliação E Tratamento. Revista Visão Acadêmica. Curitiba, 2017. 
FERRAZ, F. R; FERRAZ, A. A; NUNES, E. F. C. Prevalência de incontinência urinária em atletas praticantes de corrida de rua. Revista de Atenção a Saúde. São Caetano do Sul, 2018. 
HIGAI, R; LOPES, M. H. B. M; REIS, M. J. Fatores de risco para incontinência urinaria na mulher. Revista da Escola de Enfermagem. São Paulo, 2008.
LEROY, L. S; LOPES, H. B. M; SHIMO, A. K. K. A Incontinência Urinária Em Mulheres E Os Aspectos Raciais: Uma Revisão De Literatura. Texto Contexto Enfermagem. Florianópolis, 2012. 
NEVES, D; GALVÃO, C. M. M; BARRILE, S. R; GILMENES, C. Prevalência de sintoma da Síndrome de Bexiga Hiperativa em estudantes do curso de fisioterapia de uma faculdade de Bauru. Revista SALUSVITA. Bauru, 2015.
PATRIZZI, L. J; VIANA, D. A; SILVA, L. M .A; PEGORARI, M .S. Incontinência urinária em mulheres jovens praticantes de exercício físico. Revista Brasileira de Ciências e Movimento. Brasília, 2014. 
ROSA, P.V; VARGAS, P. A; KELLER, K. D; LIMA, C. H. L; KLAHR, P. S; ROSA, L. H. T. Prevalência de incontinência urinária em mulheres praticantes de jump. Revista de Fisioterapia Brasil, 2016.
SANTOS, C. R. S; SANTOS, V.L.G. Prevalência da incontinência urinária em amostra randomizada da população urbana de Pouso Alegre, Minas Gerais, Brasil. Revista Latino-americano de Enfermagem, 2010.

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