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Documento maria da penha- RESUMO DE STEPHANIE

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RESUMO DO TCC – LEI MARIA DA PENHA:
A denominada Lei Maria da Penha (Lei 11.340/2006), sancionada pelo Presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 07 de agosto de 2006, entrou em vigor no dia 22 de setembro do
mesmo ano.
O que é a Lei 11.340 – Maria da Penha?
A Lei nº 11.340, sancionada em 2006, surgiu da necessidade de proteção à integridade física, psíquica e moral das mulheres que, durante décadas, sofreram com diversos tipos de violências cometidas por seus maridos, companheiros, namorados, pais, irmãos, etc.
Em princípio, duas eram as principais preocupações quando o assunto era violência contra a mulher: retirar a apreciação desses casos pelos Juizados Especiais Cíveis, haja vista o tipo de aplicação de penas (multas ou fornecimentos de cestas básicas); e implementar a aplicação de normas e procedimentos próprios para investigação e punição dos crimes cometidos contra a mulher no seio familiar.
Durante muitos anos a violência contra mulher foi considerada algo “normal” aos olhos da sociedade. Para muitos, o marido, companheiro ou namorado, pelo simples fato de serem os homens da relação, tinham direito de tratar suas companheiras da forma que quisessem, afinal, “em briga de marido e mulher, não se deve meter a colher”.
Tivemos penas brandas e os agressores se sentiam livres para repetirem os delitos, o que causava às vítimas a sensação de impunidade e medo de que a violência voltasse a acontecer de forma ainda pior.
Por esse motivo, “temos que meter a colher, sim!
A violência contra as mulheres é um ato costumeiro no casamento, desde os tempos medievais, nos quais elas, eram representadas pelos homens, sendo consideradas como um símbolo de desvalorização social. Em casos de violência doméstica, a palavra da vítima tem especial relevância, haja vista que em muitos casos ocorrem em situações de clandestinidade. (STJ-RHC:148.803—DJe:31/08/21. 
Atualmente, a desigualdade de gênero é a principal causa de violência contra a mulher, no qual se destaca uma relação de incompatibilidade de poder, em que os comportamentos e escolhas são limitadas para a figura feminina. Sabe-se que, em muitos casos, as mulheres ficam ao lado do agressor por falta de recursos financeiros, constrangimento, medo, bem como para a proteção dos filhos, e sistematicamente, ocorre o feminicídio por desconsiderar a dignidade da vítima enquanto mulher.
As agressões podem ocorrer:
-No âmbito da UNIDADE DOMÉSTICA;
-No âmbito da FAMÍLIA;
-E em qualquer RELAÇÃO DE ÍNTIMA DE AFETO.
Segundo a LEI AMPARA QUE APENAS A MULHER, - toda e qualquer mulher, independente de classe, raça, orientação sexual, etnia, idade. Esta mesma lei, não se aplica à vítima do sexo masculino, que poderá recorrer a qualquer prejuízo à sua defesa, na forma das demais leis vigentes. 
Acerca da violência doméstica, observa-se que a Lei Maria da Penha, em seu artigo 5º, dispõe que a violência doméstica contra a mulher, se caracteriza a qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou Patrimonial. Segundo o artigo 7º da Lei nº 11.340/2006 são formas de violência doméstica e familiar contra a mulher, entre outras:
1- Violência psicológica
 Entendida como qualquer conduta que lhe cause danos emocional e diminuição da autoestima ou que lhe prejudique e perturbe o pleno desenvolvimento ou que vise degradar ou controlar suas ações, comportamentos, crenças e decisões, mediante ameaça, constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento, vigilância constante, perseguição contumaz, insulto, chantagem, ridicularização, exploração e limitação do direito de ir e vir ou qualquer outro meio que lhe cause prejuízo à saúde psicológica e à autodeterminação;
2- Violência patrimonial
Entendida como qualquer conduta que configure retenção, subtração, destruição parcial ou total de seus objetos, instrumentos de trabalho, documentos pessoais, bens, valores e direitos ou recursos econômicos, incluindo os destinados a satisfazer suas necessidades;
3-Violência moral
Entendida como qualquer conduta que configure calúnia, difamação ou injúria.
4- Violência sexual
 Entendida como qualquer conduta que a constranja a presenciar, a manter ou a participar de relação sexual não desejada, mediante intimidação, ameaça, coação ou uso da força; que a induza a comercializar ou a utilizar, de qualquer modo, a sua sexualidade, que a impeça de usar qualquer método contraceptivo ou que a force ao matrimônio, à gravidez, ao aborto ou à prostituição, mediante coação, chantagem, suborno ou manipulação; ou que limite ou anule o exercício de seus direitos sexuais e reprodutivos;
5- Violência física
Entendida como qualquer conduta que ofenda sua integridade ou saúde corporal;
Apesar dos avanços obtidos pelas mulheres na defesa de seus direitos, a violência contra a mulher ainda é um grave problema social. Muitas vezes por medo ou por intimidações de diversas naturezas, as vítimas de violência doméstica não denunciam os agressores. A mulher também pode ser a agressora, ou seja; também pode ser o agente em crimes abrangidos pela Lei Maria da Penha.
 A Lei Maria da Penha, não é somente aplicada, entre o marido e a mulher, ou entre os namorados, o agressor pode ser o pai, irmão, a tia, ou qualquer pessoa, desde que a violência, ocorra no âmbito doméstico e familiar.
Sendo assim, o Supremo Tribunal de justiça (STJ), decidiu que a Lei Maria da Penha, pode ser aplicada em violência praticada por namorado ou ex-namorado, não sendo necessário que a vítima resida na mesma casa que o agressor.
Apesar da Lei Maria da Penha, tratar especificamente sobre esse tema, alguns tribunais, vem direcionando aplicar a Lei Maria da Penha em favor de mulheres Trans.
O ciclo da violência possui três fases: aumento da tensão, ato de violência e arrependimento e comportamento carinhoso (reconciliação).
1ª FASE: AUMENTO DA TENSÃO
Neste momento, o agressor se mostra irritado por coisas insignificantes e cotidianas, e, por meio destas irritações, possui acessos de raiva, "explosões". Nesta fase ocorrer a humilhação da vítima, a destruição de bens materiais pelo agressor. 
2ª FASE: ATO DE VIOLÊNCIA
Com o aumento da tensão vivenciada na primeira fase, vem explosão do agressor por meio da violência física. Isto é, o agressor chega ao seu limite e comete o ato violento; toda a tensão acumulada na primeira fase se torna em violência física, em agressões em face da vítima, da mulher; ou, ainda, no agravamento da violência psicológica, sexual, moral ou patrimonial. Como reação à conduta do agressor, a mulher possui o sentimento de paralisia e impossibilidade de reação, podendo sofrer com insônia, perda de peso, fadiga constante, ansiedade, medo, ódio, solidão, pena de si mesma, vergonha, confusão e dor. Algumas mulheres, neste momento, conseguem se empoderar e tomar decisões que acarretarão o fim do ciclo da violência, como: buscar ajuda, sair de casa, denunciar o agressor, esconder-se. Infelizmente, algumas também buscam findar essa situação mediante o suicídio. De alguma forma, a mulher busca o distanciamento do agressor (ainda que permaneça na mesma residência e ou convivendo com o agressor).
3ª FASE: ARREPENDIMENTO
Após a explosão e a violência cometida pelo agressor, ele percebe o distanciamento da vítima, e para reaproximá-la, inicia a fase de demonstrar o seu arrependimento através de comportamento carinhoso; por isso, inclusive, algumas pessoas chama essa fase de lua de mel, tendo em vista que é neste momento que o agressor se mostra arrependido, carinhoso e disponível para com a vítima. É um período de calmaria, em que a mulher se sente feliz em decorrência da atitude do agressor (de suposto arrependimento), pensando que ele mudou e que o todo já vivenciado nunca mais voltará a acontecer. Nesta fase a mulher sente um misto de sentimentos: medo, confusão, culpa e ilusão.
Ocorre que, ao final da fase do arrependimento, retorna-se à fase do aumento da tensão, tornando-se um ciclo REPETITIVO.
PANDEMIA
*A violência contra a mulher mantém padrões antigos,mas agravados pela pandemia do coronavírus, que conseguiu tornar o ambiente doméstico um lugar ainda mais hostil.
A crise sanitária tem dificultado o enfrentamento da violência contra mulher, já que o convívio é mais longo com os agressores, então perda de renda familiar as escolas fechadas devido a pandemia, perda de renda familiar, maior isolamento afastam as mulheres de suas redes de proteção.
A residência continua sendo o lugar mais perigoso. Praticamente metade dos casos de violência aconteceu dentro de casa, e 73% dos agressores eram íntimos das vítimas.
Delegacia Especial de Atendimento à Mulher - DEAM
Diante de qualquer situação que configure violência doméstica, a mulher deve registrar a ocorrência em uma delegacia de polícia, preferencialmente nas Delegacias Especiais de Atendimento à Mulher – DEAM, que funciona 24 horas por dia, todos os dias.
O projeto Maria da Penha Virtual APLICATIVO 
foi desenvolvido por um grupo de estudantes e pesquisadores do Centro de Estudos de Direito e Tecnologia da UFRJ. O TJRJ participa da iniciativa por meio da Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro (Emerj) e da Coordenadoria Estadual da Mulher Vítima de Violência Doméstica (Coem). 
Medidas imediatas previstas na Lei 11.340 
Sendo então configurada a violência doméstica, a Lei Maria da Penha prevê em seus artigos 10 a 12 as medidas imediatas a serem tomadas pela autoridade policial:
Art. 11 – (…)
I – Garantir proteção policial, quando necessário, comunicando de imediato ao Ministério Público e ao Poder Judiciário;
II – Encaminhar a ofendida ao hospital ou posto de saúde e ao Instituto Médico Legal;
III – Fornecer transporte para a ofendida e seus dependentes para abrigo ou local seguro, quando houver risco de vida;
IV – Se necessário, acompanhar a ofendida para assegurar a retirada de seus pertences do local da ocorrência ou do domicílio familiar;
V – Informar à ofendida os direitos a ela conferidos nesta Lei e os serviços disponíveis, inclusive os de assistência judiciária para o eventual ajuizamento perante o juízo competente da ação de separação judicial, de divórcio, de anulação de casamento ou de dissolução de união estável.”
Art. 12 da Lei Maria da Penha
Art. 12. Em todos os casos de violência doméstica e familiar contra a mulher, feito o registro da ocorrência, deverá a autoridade policial adotar, de imediato, os seguintes procedimentos, sem prejuízo daqueles previstos no Código de Processo Penal:
I – Ouvir a ofendida, lavrar o boletim de ocorrência e tomar a representação a termo, se apresentada;
II – Colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e de suas circunstâncias;
III – Remeter, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, expediente apartado ao juiz com o pedido da ofendida, para a concessão de medidas protetivas de urgência;
IV – Determinar que se proceda ao exame de corpo de delito da ofendida e requisitar outros exames periciais necessários;
V – Ouvir o agressor e as testemunhas;
VI – Ordenar a identificação do agressor e fazer juntar aos autos sua folha de antecedentes criminais, indicando a existência de mandado de prisão ou registro de outras ocorrências policiais contra ele;
VI-Verificar se o agressor possui registro de porte ou posse de arma de fogo e, na hipótese de existência, juntar aos autos essa informação, bem como notificar a ocorrência à instituição responsável pela concessão do registro ou da emissão do porte.
VII – Remeter, no prazo legal, os autos do inquérito policial ao juiz e ao Ministério Público.”
Por que a Lei Maria da Penha é falha?
Porque dentre as falhas na aplicação da Lei Maria da Penha, tem-se que o Estado peca no acompanhamento e conscientização dos agressores e disponibilização de lugares adequados que possam abrigar as vítimas que estão correndo risco de vida.
Quando prescreve a Lei Maria da Penha?
O Prazo prescricional é de 3(três) anos. Decurso de tempo superior a tal período entre o recebimento da denúncia e a publicação da sentença. Ocorrência da prescrição retroativa da pretensão punitiva.
Quais as punições previstas na Lei Maria da Penha?
Esse tipo de violência, passa a ser prevista, no Código Penal, como agravante de pena. A pena para este tipo de violência doméstica e familiar, era de 6(seis) meses a 1(um) ano. A pena mínima é reduzida para 3 meses e a máxima aumentada para 3(três) anos, acrescentando-se mais 1/3 no caso de portadoras de deficiência.

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