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MANEJO EM FUNÇÃO DO CICLO LACTACIONAL Prof. Msc. Jorge Alberto Cavalcante de Oliveira Jaco_zteufal@ig.com.br UFAL Universidade Federal de Alagoas Sumário ◼ Manejo no início da lactação; ▪ Manejo reprodutivo no início da lactação; ◼ Manejo na fase intermediária da lactação; ◼ Manejo na fase final da lactação; ◼ Manejo de vacas secas; Manejo em função do ciclo lactacional ◼ Metas/ alterações do P.V./C.C. durante o ciclo; ▪ Perdas mínimas / produção; ▪ C.C. no 1º serviço; ▪ I.C.C. adequado no parto; ▪ Aumento do P.V. novilhas/parto normal; ▪ Minimizar ocorrência D. Metabólicas; ◼ Melhor manejo/fases Manejo em função do ciclo lactacional Ricardo Dias Signoretti Coan Consultoria Doutorado em Zootecnia (Conceito CAPES 7). Universidade Federal de Viçosa, UFV, Brasil. Junio Cesar Martinez Doutor em Ciência Animal e Pastagens (ESALQ), Pós-Doutor pela UNESP e Universidade da California-EUA. Professor da UNEMAT. https://www.google.com/url?q=http://www.milkpoint.com.br/mypoint/90335/&sa=D&source=editors&ust=1648816293203836&usg=AOvVaw2-tUml_xbvpwxZxNBbqrJB https://www.google.com/url?q=http://www.milkpoint.com.br/mypoint/90335/&sa=D&source=editors&ust=1648816293204011&usg=AOvVaw3QEkSW830O9HebaZNinZy4 https://www.google.com/url?q=http://www.milkpoint.com.br/mypoint/90335/&sa=D&source=editors&ust=1648816293204096&usg=AOvVaw38iyj_f4anQh0oiTGeu0su https://www.google.com/url?q=http://www.milkpoint.com.br/mypoint/90335/&sa=D&source=editors&ust=1648816293204174&usg=AOvVaw1MSUlU8F5prcPgxZeqmyHV Variação na Produção de Leite ▪ Cada ciclo; ▪ Exig. Nutric. Diferem; ▪ Variação do P. Vivo; ▪ Alteração na ingestão alimentos; ▪ Ocorrência de D. metabólicas e digestivas; ◼ Admite-se que, na alocação de nutrientes, a prioridade segue a ordem: mantença-gestação-produção de leite –reservas corporais. ◼ A prioridade entre produção de leite e reservas corporais na partição de energia da dieta, pode variar em função do potencial produtivo do animal, do seu estádio de lactação e do seu estado corporal ao parto; Alocação de nutrientes Manejo no início da lactação (I) ▪ Vaca I.C.C. 3,5-3,75 ▪ Ingestão de M.S. de 1,5 – 2,0% P.V. => 3,0 a 4,0 (14 a 16 semanas); ▪ Pico da lactação – 4 a 6 semanas ▪ Perda de peso correlacionada com C. Produção; ▪ Obs.: C.C. < 1,25-1,50 pontos => parto / 30 dias lactação; ◼ Pontuação mínima nesta fase:2,25-2,50-manutenção da atividade ovariana e altas produções de leite. ◼ Fase mais crítica da vaca em lactação-até 21 dias pós-parto. Manejo alimentar no inicio da lactação ◼ Vacas com produções acima de 8.000kg de leite por lactação - mantidas em sistemas confinados; ◼ Forragens picadas-0, 6-0,9cm / picadas finamente > taxa de passagem no rúmen e afeta o ph contribuindo para acidez ruminal; ◼ Os melhores volumosos (silagens ; fenos; pastagens), destinados para vacas no início da lactação; ◼ Complementação forrageira- ração concentrada :função do nível de produção e das condições corporais; Manejo alimentar no inicio da lactação ◼ Para vacas de alta produção até 70 dias de lactação-65% da MS da dieta total a ser ingerida em 24hs,com ração concentrada(forragem não única de silagem de milho) ◼ Desafio no fornecimento do concentrado (aumento gradativo até 10 dias de lactação-fase da lactação de melhor resposta à suplementação concentrada ; ◼ Cochos vazios por mais de 4 hs/dia, reduzem o consumo. Fornecer forragem acima (em torno de 10%) da capacidade de consumo; ◼ O aumento de 1 kg de leite no pico da lactação, representará 200kg ou mais de leite em toda lactação; Manejo alimentar no inicio da lactação ◼ Ajustar quizenalmente a quantidade de ração em função da produção de leite, levando em conta também à condição corporal e a fase da lactação; ◼ Pontuação da condição corporal abaixo de 2,5 nas fases I e II, deverão receber uma quantidade maior de concentrado até alcançar o escore ideal (3,0-3,5) ◼ Vacas que produzem acima de 25l/dia, para cada 5l produzidos acima de 25l,receberão 1kgde farelo de soja(44% pb) ou outro similar, apenas nos 30 primeiros dias de lactação(fase crítica do balanço energético negativo) ◼ Ainda para compensar o BEN do início da lactação, fornecer 2-3 kg/vaca/dia de caroço de algodão;2-3kg de soja crua ou tostada;1,5-2,0 kg de grãos de canola, durante os primeiros 30-45 dias de lactação; Manejo alimentar no inicio da lactação ◼ Cuidados na compra e armazenamento do caroço de algodão-evitar o aparecimento de aflatoxinas; ◼ A mistura mineral fornecida juntamente com a alimentação concentrada,bem como às vitaminas; ◼ Mínimo de fibra (17-21%de FDA) - 16% de FB.(<Taxa de gordura e risco de acidose ruminal); ◼ Neste período fornecer fontes de betacaroteno(tifton 85; coast-cross; estrela africana; rodes, aveia) ou de leguminosas (alfafa; soja perene; arachis...), para o bom funcionamento do aparelho reprodutivo, especialmente os ovários e na prevenção de mastite; ◼ Observando-se as regras acima ,evita-se a perda excessiva de escore corporal. Manejo alimentar no inicio da lactação ◼ Concentração energética da ração: ▪ 45/65 v/c ◼ Concentração proteica: ▪ Dietas no mínimo 14% P.B./M.S. ▪ Altas produções iniciais => 18 a 21% P.B. ◼ Concentração de F.B. ração: ▪ 16% F.B. => acidose / deslc. Abomaso / < % gordura do leite.(FDA:17-21%/<30% DE FDN) Manejo alimentar no inicio da lactação ◼ Ração Completa (TRM) ▪ Definição; ▪ Vantagens: ▪ Grupos de produção => transferência de vacas com rações de < teor energético e > de forragem => com o declínio da produção de leite; ▪ Dieta + barata para vacas de produção mais baixa; ▪ Permitem alimentar vacas de alta produção com ração altamente energética no início da lactação, quando estão com menor capacidade de armazenamento; ▪ Manejo produtivo e reprodutivo simplificado; ▪ Produção + uniforme, quando agrupados por produção; ▪ Melhor teor de matéria seca da ração total 50% a 75%; ▪ Vacas ordenhadas 3 x ao dia consomem 5% a 6% + matéria seca, que as ordenhadas 2 x ao dia; ▪ Evitar que a vaca consuma uma quantidade muito grande de concentrado de uma única vez. Manejo alimentar no inicio da lactação ◼ Água –consumo ▪ Acesso livre -> 4 a 5% > leite – 2 acessos ▪ 5 a 10% > leite – 1 acesso Manejo reprodutivo no início da lactação ◼ Recomendações Práticas ▪ Cobrição 1º cio após 50 dias pós-parto ▪ Vacas bons ICC/ não apresentou cio até 60 dias ▪ Falhas c/ 2 inseminações ou cobrições consecutivas ▪ Vacas magras – 8 meses s/cio ▪ Observação do cio – 2 a 4x/ dia ▪ Momento ideal para inseminação ▪ Ciclo ovariano (20 dias pós-parto) ▪ I.C.C/ Nível nutricional. ◼ Vacas < CC +bem alimentadas – 1ª ovulação / 76 dias ▪ Vacas boas CC parto + alimentadas p/manter o peso - 1ª ovulação- 38 dias Manejo na fase intermediária da lactação (II) ◼ 11ª a 20ª semanas; ◼ Fase de equilíbrio (consumo máximo de M. Seca); ◼ < linear da produção de leite (2,5 %/semanal?); ◼ Efeito da suplementação decresce > lactação; ◼ Nutrientes suficientes p/ mantença + produção; ◼ 2 – 4 semanas => equilíbrio peso => partir dai ganho de peso lento e progressivo; ◼ 2/3 finais da lactação => BEN => BEP => menor produção de leite/mudanças gradativas no mecanismo de partição de nutrientes; ◼ Concentrado avaliado a cada 15 dias; ◼ Persistência da lactação: ▪ Primíparas -> 92% a 96%; ▪ Multíparas -> 88% a 92% Manejo na fase intermediária da lactação (II) ◼ Fase de equilíbrio, pico do consumo de MS é atingido, por volta de 70-120 dias pós-parto(BEP) ◼ Estudos realizados nos EUA, demonstraram que, a eficiência da conversão da energia metabolizável do alimento em energia líquida, como tecido corporal, mantem-se dentro de uma faixa de 65-70% durante a lactação, e reduz-se para 30-60% no período seco; ◼ Vacas de alta produção deve começar a recompor suas reservas nesta fase, que pode representar perdas de 15 a 70 kg de P.V. ◼ Fatores que contribuem com o BEP:1)>conversão do alimento em tecido corporal;2)capacidade de ingestão maiordo que na fase I;3)a produção começa a declinar; Manejo na fase final da lactação (III) ◼ Curva de produção em declínio ◼ Vacas de alta produção poderão ainda receber quantidades consideráveis de energia. Manejo na fase final da lactação ◼ Melhores pastagens => mantença -> 8 a 12 Kg de leite; ◼ Difícil estabelecer p. seco/ recuperação das reservas/ < cons mat seca < eficiência de transformação da energia metabólica do alimento em energia corporal; Manejo na fase final da lactação (III) ◼ Período-vacas que estão entre a 20ªsemana de lactação até a secagem ◼ Necessidades nutricionais reduzidas em relação ao meio e início da lactação; ◼ Nesta fase a maior proporção das exigências nutricionais na época chuvosa, pode ser atendida por pastagens tropicais bem manejadas; ◼ A apetite da vaca é excelente, nesta fase, a concentração de nutrientes deve ser menor a fim de eliminar desperdícios, e evitar animais excessivamente gordos e minimizar os gastos com alimentação; ◼ A quantidade de proteínas e de energia economizadas em final de lactação serão amplamente utilizadas no início da próxima lactação; Manejo na fase final da lactação (III) ◼ No final da lactação e no período seco a percentagem de fibra da ração deve ser mais elevada com o intuito de diminuir o consumo de MS e de elementos como proteína e energia; ◼ Momento ideal para fornecimento de fenos de menor qualidade; ◼ Momento da secagem com condição corporal superior a 3,0; ◼ Estudos realizados no França demonstram que sòmente 51% das vacas no período seco, foram capazes de ganhar 0,5 pontos de escore corporal; ◼ Necessidade de preparar as vacas ,ainda nesta fase, para secá-las em boas condições corporais; Manejo na fase final da lactação (III) ◼ Noventa dias antes do parto examinam-se os cascos de cada vaca ,se necessário casqueamento; ◼ Próximos aos 65 dias antes do parto, iniciam-se os preparativos para secagem, com a retirada do concentrado, diminuindo à metade a silagem de milho, disponibilizando apenas o pasto; ◼ 60 dias antes do parto promover a secagem, usando antibiótico específico para vacas secas/selantes?; ◼ Alguns dias após a secagem, examinar os quartos do úbere; ◼ Interromper momentaneamente a agua durante um dia ,ajuda significativamente na secagem do leite de vacas de alto potencial(as vezes produzindo mais de 20kg.) Manejo no período seco (IV) ◼ Produção de leite pós-parto => dependência da taxa de secreção e da longevidade das cel. secretoras. ◼ Período ótimo = 60 – 70 dias ◼ Secagem / inspeção rigorosa Manejo no período seco (IV) ◼ Objetivos da secagem: ▪ Interromper a drenagem de nutrientes, por meio do leite, no período em que os requerimentos nutritivos para a gestação crescem de forma acentuada; ▪ Permitir que a vaca acumule nutrientes, principalmente energia, para enfrentar o parto e a nova lactação; ▪ Propiciar a formação de colostro; ▪ Estabelecer um período de repouso para a glândula mamaria, o que permite a reestruturação do tecido produtivo; ▪ Criar condições para o nascimento de um bezerro forte e sadio. Manejo no período seco (IV) ◼ Em boa parte dos produtores relegadas a segundo plano; ◼ O programa de vacas secas visa: ▪ preparar o animal para o próximo ciclo de produção; ▪ exercendo grande influência na ocorrência de desordens metabólicas (cetose, febre do leite, retenção de placenta, mastite, síndrome da vaca gorda, laminite, deslocamento do abomaso); ▪ mudança da condição corporal; crescimento fetal; otimização da reprodução na próxima lactação; ▪ desta forma, um correto manejo de vacas secas resultaria em um adicional de 200-1.400l de leite na lactação posterior; Manejo no período seco (IV) ◼ Duração do período seco; ▪ 60 dias; ▪ permitir boa regeneração das células epiteliais desgastadas; ▪ bom acúmulo de colostro; ▪ assegurar bom desenvolvimento do feto; ▪ complementar as reservas corporais,caso ainda não tenha ocorrido. Manejo no período seco (IV) ◼ Período seco dividido em dois grupos bem distintos: ▪ .1º grupo-todos os animais que iniciam este período-vai da secagem até 21 dias do parto(pastagem de boa qualidade, feno, silagem e /ou a combinação destes) ▪ .2º grupo-abrange os animais nas tres últimas semanas que antecedem o parto; ◼ obs: uma das maiores razões para tal fato ,deve-se em conta a diminuição do consumo entre os dois grupos. Manejo no período seco (IV) ◼ alimentação na fase de transição: ▪ final do período seco ocorre grande crescimento fetal, reduzindo o consumo de alimento; ▪ tal fato acima, associado a grande variação hormonal>concentrações sanguíneas de estrógeno e corticoides e queda na de progesterona, reduzem o consumo de MS em até 30%,predispondo a um BEN durante este período; ▪ o consumo de MS fica próximo de 1,5-1,7% do peso vivo, porem na semana do parto pode ser inferior, 1,5 %; ▪ >da demanda por nutrientes para o crescimento fetal e síntese de colostro; ▪ elevação da densidade energética da dieta> à proporção de concentrado; Manejo no período seco (IV) ◼ alimentação na fase de transição: ▪ >consumo de concentrado, adaptar os microorganismos do rúmen e favorece o desenvolvimento das papilas ruminais(50% da área de absorção do rúmen podem ser perdidas durante as 7 primeiras semanas do período seco); ▪ o crescimento papilar > a superfície de contato do rúmen;>absorção de AGV; promove pequena variação no ph, diminuindo os riscos de acidose no início da lactação; ▪ as vacas sem problemas no periparto produzem mais leite e tem melhores índices reprodutivos; ▪ a adição de gordura na dieta pode aumentar a ingestão de energia pelo animal( 2, no máximo 3 kg de caroço de algodão ou soja grão/vaca/dia); Monitoramento dos distúrbios metabólicos ◼ Alguns problemas prevenidos com o uso sistemático de vitaminas, minerais e outros aditivos na dieta: ▪ niacina( ácido nicotínico) previne contra a cetose ,mantendo o nível de glicose no sangue( 6-12g /dia, iniciando 21 dias antes do parto até 30 dias pós-parto-vacas de alta produção->28kg/leite/dia; vacas de 1ª cria>20kg/dia; bem como as vacas obesas; ▪ propilenoglicol-fase de transição(150-200g/dia)-prevenir cetose; ▪ prevenção de acidose-uso de tamponantes e/ou alcalinizantes; ▪ a imunidade é menor no período pré-parto e no início da lactação,ap.reprodutivo ainda se encontra aberto, as infecções de mastite são altas (vit.E; zinco; cobre e selênio); ▪ no início da lactação de vacas de alta produção-elevado fluxo de cálcio para a gd.mamária, reduzindo o teor no sangue, predispondo a hipocalcemia. estudos na flórida e califórnia – EUA-afeta 75% das vacas-retenção de placenta ;involução uterina ineficiente; aumento da incidência de deslocamento do abomaso; mastite): fornecer sais aniônicos. ▪ vacas supercondicionadas < consumo de alimento tanto no pré-parto como no pós-parto (alta incidência de problemas metabólicos). estudos na França, apontam para queda na produção de leite nos primeiros 120 dias de lactação. A obesidade é tão nefasta quanto a falta de condição corporal ao parto. Periparto e imunosupressão ▪ a probabilidade de infecção na gd. mamária é dez vezes mais elevada durante as primeiras semanas de lactação; ▪ em torno de 25% de todos os casos de mastite ambiental aparecem durante as 2 primeiras semanas de lactação; ▪ 60% de todos os casos aparecem durante as 8 primeiras semanas de lactação; ▪ ocorre devido a supressão do sistema imunitário: ▪ os neutrófilos perdem parte de sua capacidade de migrar para os locais de infecção e destruir as bactérias; ▪ a função linfocitária é reduzida; ▪ daí a importância da suplementação de Selênio e de Vit.E como antioxidantes.(ex ;reduz a prevalência da gravidade da mastite e o número de células somáticas; dieta com 20ppm de Cobre reduz também a gravidade da mastite, da mesma forma a suplementação com betacaroteno) ◼ obs:uma boa alimentação de vacas secas otimizará a rentabilidade e a saúde do rebanho. FIM Algumapergunta?
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