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Aula 1-Princípios e Bases da Prática na Odontologia

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Aula 1
Manuelle A. Bianchi
Princípios e Bases da Prática na Odontologia
Saúde e Doença
• Saúde é um estado de completo bem estar físico, mental, social e não mera ausência de doença ou invalidez.
• Assim sendo, não depende somente da higidez biológica, mas também do equilíbrio psíquico e das relações
sociais do indivíduo.
• saúde é resultante da interação de fatores relativos ao indivíduo e a comunidade (resistência,
condições de trabalho e estilo de vida), ao ambiente (dimensões ecológicas e sociais) e ao agente (físico,
químico e biológico)
• Todo o ser vivo nasce com um potencial genético que lhe garante uma trajetória vital predeterminada, sem
nenhuma ação do meio ambiente que modifique esta trajetória.
Os fatores exógenos que interferem na saúde, não são aqueles de natureza física (calor ,frio, água, ar,
alimentação e agentes infecciosos) mas também os de natureza psíquica ou social, capazes de interferir
na realização plena do ser humano (ajustamento à família,sociedade,educação, procriação, oportunidade de
trabalho, lazer e segurança) todos interferindo no bem estar físico, mental e social.
• Para isto: em primeiro lugar, é necessário que haja um desenvolvimento econômico equânime, para garantir
uma qualidade de vida satisfatória a toda a população.
• Em segundo lugar, uma decisão política de investir no setor saúde.
O desenvolvimento econômico: irá proporcionar boa alimentação, boa habitação, oportunidade de
trabalho, transporte urbano adequado, lazer, etc.
• O Estado: irá proporcionar, saneamento básico, abastecimento de água tratada, rede de esgotos sanitários,
proteção
ecológica, ações preventivas de imunização em massa, erradicação de endemias, fiscalização sanitária, etc.
• Doença, é derivada do latim (Dolentia) dor e portanto, traduz sofrimento, esta seria a conceituação básica.
• Doenças orgânicas com substrato anatômico; • Doenças Funcionais nas quais nenhuma lesão pode ser
detectada;
• Doenças Sintomáticas e Assintomáticas, há sintomas na ausência de doença;
• Doenças ligadas à Profissão; • Doenças Genéticas e Hereditárias;
• Doenças da Pobreza, de natureza infecciosa e parasitária;
• Doenças da Riqueza, alterações degenerativas e desvios
metabólicos.
Ações de Saude– Leavel e Clark (1976)
Prevenção Primária Prevenção Secundária
-Promoção de Saúde – Saneamento Básico -Diagnóstico Precoce e Tratamento – Exames
-Proteção Específica – Vacinação -Limitação de Incapacidade – Clínico Cirúrgico
Prevenção Terciária
-Reabilitação – Física e Psíquica
Concluindo: Sentir-se doente é uma questão subjetiva que pode ou não corresponder à visão de quem
avalia as condições de saúde de uma pessoa. Qualificar o grau ou significado de uma enfermidade é ainda mais
difícil. Um paciente com Câncer pode não estar se sentindo doente, enquanto que outro com Enxaqueca pode
considerar-se em estado desesperador.
Semiologia
Conceito: é o tratado ou estudo dos métodos de exame clínico que perquire os Sinais e Sintomas da doença,
discute o seu mecanismo e seu valor, coordena e sistematiza todos os elementos para constituir o Diagnóstico
e deduzir o Prognóstico.
1)Semiogênese: É o estudo da formação dos Sinais e Sintomas, sob o ponto de vista clínico.
Ex. Traumatismo ou Doença Sistêmica.
2)Semiotécnica: É a técnica de colheita dos Sinais e Sintomas, utilizando os sentidos naturais do
profissional.
3)Propedêutica clinica: É o estudo, análise e interpretação dos dados da Semiotécnica, ou seja, são as
Hipóteses.
Objetivos da Semiologia:
• Conhecer os Sintomas; • Reconhecer os Sinais Clínicos; • Estabelecer Diagnósticos;
• Indicar e Instituir a Terapêutica; • Avaliar a Evolução; • Definir o Prognóstico.
Sinal: é a manifestação Objetiva da doença, física ou química, diretamente observada pelo profissional ou por
ele provocada.
Ex. Tosse, alterações de cor na pele, ruídos anormais do coração, sopros, vômitos, presença de
sangue na urina, edema, etc.
Sintoma: é a sensação subjetiva anormal referida pelo paciente e não visualizada pelo examinador. É revelado
apenas na Anamnese.
Ex. Mal estar, alucinações, dormência, vertigens, dor, náuseas, tonturas, má digestão, etc.
Os seguintes elementos compõem oesquema para análise de qualquer SINTOMA.
• Início; • Duração; • Características na época que teve; início; • Evolução;
• Relação com outras queixas; • Situação no momento atual.
Sinais/sintomas patogênicos: São aqueles Sinais ou Sintomas exclusivos de uma determinada doença e que
indicam de maneira quase absoluta, sua existência,
especificando-lhe o Diagnóstico.
Paracoccidioidomicose
Características:
• Pontos Hemorrágicos; • Zonas Esbranquiçadas; • Macroqueilite; • Adenopatias; • Sialorréia
• Dor; • Odor; • Tosse; • Dificuldades de Deglutir;
Sífilis congênita
Características:
• Dente de Hutchinson • Molares em forma de amoras • Incisivos semi-lunares;
• Queratite Intersticial; Opacificação da Córnea • Surdez Labiríntica.
Gengivite Ulcerada Necrosante Aguda. (G U N A)
• Gengiva Esbranquiçada; • Sangramento; • Dor intensa; • Sialorréia; • Odor.
Fratura do osso da Face
• Hematomas das Pálpebras; • Dificuldades de visão;• Exoftalmia; • Parestesia da região.
Síndrome
Conceito: É um conjunto de Sinais e sintomas que se apresentam para definir uma entidade mórbida que pode,
entretanto, ser produzida por causas diversas.
Ex. Síndrome de Sjögren, Gorlin, Down, Stevens-Johnson, etc.
Sindrome de Down (Mongolismo)
• É uma aberração cromossômica comum. • Palato Ogival; • Macroglossia;
• Anodontia; • Palma da mão quadrada; • Fontanelas amplas;
• Crânio Braquicéfalo – Ocipital achatado.
Síndrome de Stevens-Johnson
• Lesões de pele e mucosas; • Febre eruptiva; • Estomatite; • Oftalmia;
• Outras mucosas, inclusive a genitália; • Se não tratada, até a cegueira.
Síndrome de Sjogren
• Doença auto-imune, especialmente nas mulheres que atingem o climatério.
• Xerostomia; • Ceratoconjuntivite Seca; • Artrite Reumatóide.
Síndrome de Gorlin
• É uma doença hereditária, transmitida por um gene autossômico dominante.
• Múltiplos Cistos Odontogênicos; • Carcinomas Baso Celulares;
• Costela Bífida; • Certo Prognatismo.
Diagnóstico: Palavra do Grego (Diagnosis) ato de discernir, ou seja reconhecer uma enfermidade por suas
manifestações clínicas, bem como prever sua evolução. O reconhecimento de uma doença, com base na
Anamnese e no Exame Físico constitui o Diagnóstico Clínico, nem sempre factível sem o auxílio de outros
métodos semióticos.
Assim sendo, com dados recolhidos no Exame Clínico e Laboratoriais, depois de julgá-los, de
coordená-los, de sistematizá-los, chega-se a uma definição. Conforme nomenclatura internacional, chama-se
de Diagnóstico Nosológico.
Diagnóstico Nosológico: se torna completo,quando se apoia num tríplice critério.
-ANATÔMICO - Sede das Lesões
. -FUNCIONAL - Funções dos Órgãos
-ETIOLÓGICO - Causa dos Processo
DIAGNÓSTICO
• anatômico • etiológico • funcional • radiológico • anatomo-patologico
• laboratorial • sindrômico
Carcinoma Epidermoide Leucoplasia
Raciocínio do Diagnóstico
A base fundamental para o Diagnóstico correto, dentro do conceito Biológico, Psíquico e Social, é o
reconhecimento das manifestações clínicas, em níveis Subjetivos e Objetivos, das características pessoais do
paciente e do meio social em que vive.
Diagnóstico Diferencial
Assim sendo: de posse de todos os elementos que podem nos auxiliar no raciocínio clínico, efetua-se
oDiagnóstico Diferencial, que consiste na análise comparativa com várias doenças que podem apresentar um
quadro clínico semelhante.
Ex. Leucoplasia, Líquen Plano e Candidíase.
Leucoplasia Líquen Plano Candidíase
Prognóstico
Ao lado do Diagnóstico, devemos cuidar do Prognóstico, que tem por fim prever a evolução e o término
das doenças, bem como as desordens que são determinadas pelos processos mórbidos que podem subsistir.
Deve ser considerado em relação à vida, à validade e o restabelecimento do paciente.
Terapeutica
É um conjunto de medidas que visa a resolução parcial ou completa das anormalidades verificadas no
processo de Diagnóstico.1 – TRATAMENTO SINTOMÁTICO :Usado para combater os sintomas ou seja o
efeito e não a causa.
Ex. Analgésicos.
2 – TRATAMENTO ETIOLÓGICO: É ministrado toda vez que se conhece o agente etiológico.
Ex. Através de uma cultura, antibióticoespecífico, micológico e anti-fúngico.

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