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Pontifica Universidade Católica de Minas gerais – PUC Curso de Medicina Veterinária- 4º período Resumo produzido por Karoline Barboza Alves Contagem 1/2021 Resumo produzido por Karoline Barboza Alves- 1/2021 Doença Interrupção ou alteração na estrutura e/ou função de órgão ou sistema que resulta em sinais clínicos características e tem etiologia, patogênese e prognóstico conhecido ou não. Nem toda doença tem a compressão total sobre ela. Doença: enfermidade: afecção: moléstia. Patologia Pathos: sofrimento, catástrofe, paixão, excesso. Logia ou lagos: estudo, ciência Patologia é apenas o estudo desse sofrimento (doença). A patologia estuda as alterações funcionais, bioquímicas e morfológicas em células, tecidos subjacentes à doença. A patologia é o processo pelos quais explica os sinais clínicos e as lesões que a doença produziu. Síndrome Conjunto de sinais e sintomas que define as manifestações clínicas de uma ou várias doenças ou condições clínicas, independentemente da etiologia que as diferencia. Exemplo: síndrome de cushing (ou hiperadrenocorticismo). o Polifagia, poliúria, polidipsia, dilatação abdominal, alopecia, hiperpigmentação. Etiologia Parte da patologia que estuda as causas das lesões. É a causa da doença. Agente causador ou responsável pela origem da doença. Genético X adquirido Exemplo: Leishmania sp Patogenia Parte da patologia que estuda os mecanismos de formação das lesões. Modo como os agentes etiopatogenicos agridem o organismo e os sistemas naturais de defesa reagem, surgindo mesmo assim, lesões e disfunções das células e tecidos agredidos, produzindo-se a doença. Como o agente inicia e da continuidade as lesões observadas na doença. Fisiopatologia Estuda as alterações das funções. Fisiopatologia é quando tem as funções que são fisiológicas, elas são prejudiciais para o animal. Estudo das funções fisiológicas durante a doença ou das modificações dessas funções, o que permite chegar-se a sua origem. Exemplo: insuficiência cardíaca (não é doença) e insuficiência renal. Anatomia Patológica Estuda as alterações morfológicas Mudanças morfológicas: alterações estruturais nas células ou tecidos que são frequentemente característicos da doença. Análise macroscópica Resumo produzido por Karoline Barboza Alves- 1/2021 Análise microscópica. Lesão Qualquer anormalidade estrutural (ou funcional) em um órgão, tecido ou célula. Patognomônico Uma lesão ou sinal que é especificamente distintivo ou característico de uma doença. Tem que ser cauteloso ao usar esse termo, pois não pode significar 100% de precisão. Lesão muito característico da doença. Diagnostico morfológico (nomenclatura geral) Órgão (prefixo) mais tipo de doença (sufixo). Nomenclatura das doenças Órgão + opatia (não inflamatório; etiologia desconhecida/ incerta. Exemplo: hepatopatia/nefropatia Órgão + ose (não inflamatório; degeneração/necrose) Exemplo: hepatose/nefrose Órgão + ite (inflamação) Exemplo: hepatite/nefrite Necropsia forense Constitui uma porção das áreas de atuação da perícia e ciência forense, na qual ocorre a análise dos restos mortais da vítima do crime, com o objetivo de conseguir algum indício que direcione a investigação ao criminoso. Endocardite Doença: endocardite Agente etiológico: bactéria (estreptococos) Fisiopatologia: processo da endocardite com a insuficiência cardíaca. Leishmaniose A Leishmania é o agente infeccioso (etiologia) e a doença é a Leishmaniose, podendo ser tegumentar ou visceral. A patogenia é: quando o flebotominio (não é mosquito) se alimenta de uma pessoa ou animal contaminado. Os flebotominio por terem um aparato bucal curto não consegue inocular nos capilares, então eles “rasgam” a pele para chegar nesses capilares, causando um “buraco” que irá causar uma hemorragia e um processo inflamatório. Será então atraído neutrófilos para esse local, no qual o flebotominio irá inocular a Leishmania, que penetrará na pele. Essa Leishmania não consegue sobreviver mais que 2 minutos fora da célula e os neutrófilos presentes não conseguem matar essa Leishmania pois são resistentes e atrasam a apoptose desses neutrófilos, fazendo com que dê tempo de os macrófagos chegarem (Leishmania é um parasito de macrófago). Quando o macrófago chegar, ele fagocita os restantes de neutrófilos com Leishmania. No fagolisossomo que é a forma de destruição dos parasitos, a forma promastigota que é flagelada é sensível ao pH do fagolisossomo, então ela perde o flagelo e se torna arredondada (amastigota) e resiste dentro do macrófago e vai se duplicando. Resumo produzido por Karoline Barboza Alves- 1/2021 Como o macrófago é uma célula APC que apresenta o Ag para o linfócito T virgem através do MHC de classe II. A Leishmania induz o macrófago a liberar algumas citocinas (IL-4 e IL-10) que impedem do linfócito virgem de se transformar em Th1. Isso faz com que o inferferon gama seja impedido de ser liberado e como consequência o macrófago que está parasitado não produz radicais livres e nem reativos de oxido nítrico para destruir as leishmanias e isso faz com que elas sobrevivem dentro dos macrófagos. Esses macrófagos migram para os linfonodos e começam a apresentar para os linfócitos que darão origem ao Th2, que vai ocorrer uma hiperplasia (aumento de linfócitos) fazendo os linfonodos aumentarem. Esses macrófagos migram para fígado, baço, medula óssea e essa citocina IL-4 é responsável por desviar a resposta celular (que combate a leishmania) para a reposta humoral, que o Linfócito Th2 irá ativar o linfócito B virgem que irá se transformar em plasmócitos que irá produzir Ac em alta quantidades, principalmente IgM e IgG. Esses Ac vão se aderir a vasos sanguíneos formando imunocomplexos (hipersensibilidade do tipo 3) e atraem neutrófilos para o local, na qual irão liberar suas enzimas. Como resultado disso tem os sinais clínicos da doença. Necrose de ponta de orelha por causa da vasculite pelos imunocomplexos. VEIT (inflamação da uiva- parte vascular dos olhos, onde tem o corpo ciliar e a íris). Deposição dos imunocomplexos em plaquetas causando a morte delas, causando hemorragias (epistage) Insuficiência renal crônica (os imunocomplexos se depositam nos nefros e nos glomérulos causando glomerulonefrites) Resumo produzido por: Karoline Barboza Alves- 1/2021 Conceito geral Do latim “mors”, óbito (do latim obitu) Realidade complexa, ligada ao mistério do homem/animais e que determina o fim da sua unidade biológica. Cessação de todos fenômenos vitais de modo definitivo, total e permanente, determinada pela parada das funções cerebral, respiratória e circulatória. Morte- definição (não cientifica) O termo grego thanatos (morte) descreve a separação (seja natural ou violenta) do espirito do corpo, separação essa pela qual termina a vida no corpo. Por que morremos? É um processo gradual, na qual nascemos e envelhecemos (Envelhecimento gradual). Disfunção na atividade celular/ perda da capacidade de tecidos e órgãos. Comprometimento do organismo (doenças). Se for descoberto como prolongar a vida dos telomeros, poderemos prolongar a vida. Morte parcial/total Quando os estímulos são nocivos acaba levando a uma lesão, podendo levar a uma degeneração hidrópica. Alguns agentes nocivos podem ser muito nocivos causando: Lesão da mitocôndria, produção de radicais livres, lesão da membrana plasmática, produção de proteínas pró-apoptoticas, cessação da produção de ATP pela célula, entrada de cálcio. Uma célula antes de morrer ela se adapta para evitar de morrer, a não ser que a lesão seja muito nociva e não tem como reverter. A morte pode afetar parcial ou totalmente o organismo. Adaptação injuria reversível injuria irreversível morte celular Necrose ou apoptose Morte parcial: o indivíduo está vivo, mas parte do seu corpo pode estar em fase de necrose ou apoptose, mas não está afetando a vida em si. Necrose Necrose: estado de um tecido estaria morto enquanto o indivíduo como um todo estaria ainda vivo. Necrose: afetam células ou grupo de células. Resumo produzido por: Karoline Barboza Alves- 1/2021 É possível observar na terceira, o tubo renal com células sem núcleo, apresentando picnose, cariolise ou cariorex, que é a degradação do núcleo (uma das formas de identificar a necrose). Necrose de coagulação Tipo mais comum Características de quadros de hipóxia (necrose isquêmica). Falta O2, nutrientes e a célula vai morrer por isso. As proteínas vão ser afetadas e vão coagular. Necrose Caseosa Estrutura semelhante a “caseum” (queijo branco e fresco). Frequente em focos de infecções crônicas gralumatosas (tuberculose). Muito comum em aves e repteis Necrose de liquefação Mesmo que a necrose seja isquêmica vai ser chamada de necrose de liquefação por que está no sistema nervoso. O Sistema nervoso fica igual gelatina. Malácia: necrose do sistema nervoso/ necrose de liquefação. Polioencefalomalácia: necrose da massa cinzenta do SN. Malácia: necrose/ encéfalo: encéfalo/pólio: substancia cinzenta. Está relacionada a acidose rumenal. Tecido nervoso (rico em lipídeos e pobre em proteínas) Pouca capacidade de coagulação (facilita sua liquefação/amolecimento) Comum nas infecções bacterianas focais (abscessos). Apoptose Autodestruição celular Apoptose (morte programada): afeta células individualmente. Refere-se queda das folhas das arvores no outono. Morte celular programada Pode ser fisiológica ou patológica Apoptose fisiológica Quando as células se renovam Exemplo: girino quando perde a cauda Apoptose patológica Formação de trombo isquemia SN Baixa concentração de O2 e glicose diminui a produção de ATP AVE (Acidente vascular encefálico) necrose. Astrocito: muito importante para nutrir, desintoxicação do SN. O glutamato (neurotransmissor excitatório), quando se liga no seu canal no neurônio, ele vai abrir os canais de sódio e cálcio, para o neurônio se despolarizar e fazer sinapse com o próximo. Esse próximo também vai ser aberto com a conexão do glutamato. Glutamato é toxico e causa na célula um exotoxidadade, que é quando o glutamato está em altas concentrações. Acontece quando tem AVE, que causa morte do neurônio que vai liberar glutamato, e o astrocito também morre. O astrocito que faz a capacitação do excesso do glutamato e o dissolve em glutamina+ NH3. Se o Resumo produzido por: Karoline Barboza Alves- 1/2021 Astrocito morrer aumenta muito a concentração do glutamato. Na área onde tem o trombo vai ocorrer uma área de necrose que se chama núcleo: core (áreas de necrose do neurônio). Os neurônios que estão ao redor (saudáveis) vão sofrer ação do glutamato que está sendo liberado pelos outros neurônios que estão mortos. O glutamato vai abrir os canais e ativa-los, causando lesões por causa do cálcio que está entrando. O mecanismo pelo qual o glutamato causa lesão neles é através de apoptose. Essa área afetada é chamada de penumbra, não morre por necrose e sim por apoptose (os neurônios que estão sendo afetados pelo glutamato). Uma das formas de bloquear a ação do glutamato é usando a quetamina que é um antagonista do canal e não deixa o glutamato se conectar, impedindo a condução. Chamada também como morte geral, somática ou clínica. Na morte somática o indivíduo com um todo estaria morto enquanto alguns tecidos ainda poderiam estar vivos. Células e tecidos individuais podem permanecer vivos durante um curto e variável período de tempos após a morte clínica (base para se ocorram os transplantes de órgãos) até que a autólise ocorra. Critérios atuais para diagnóstico de morte: Perda de consciência. Desaparecimento da motilidade e tônus muscular Cessação da respiração Parada do coração Perda da ação reflexo ao estimulo Parada total e irreversível das atividades encefálicas (morte encefálica). Morte encefálica: compromete irreversivelmente a vida de relação e a coordenação da vida vegetativa. Coma Ausência de reflexos de tronco encefálico Apnéia EEG isoelétrico (sem registros de ondas cerebrais) Cessação da circulação cerebral (demonstrada por angiografia cerebral) Lei nº 9.434/97 (lei dos transplantes). Resumo produzido por Karoline Barboza Alves- 1/2021 A morte não é um instante, um momento, mas um verdadeiro processo e que há um progressivo desmantelamento do organismo como um todo passando por sistemas, órgãos, tecidos até o nível celular. Fenômenos que ocorrem após a morte somática. Conceito: Alterações em um cadáver e que não tenham ocorrido no indivíduo vivo. Achados comuns nos cadáveres. Devem ser obrigatoriamente diferenciados das alterações ante mortem. Se instala logo após a morte Importância Diferenciar das lesões produzidas em vida (evitar falso diagnostico). Possibilitar a estimativa da hora da morte (cronotanatognose). Rim de um equino em três fases diferentes, na primeira mostra um rim normal, no segundo mostra o rim com lesão (nefrite embólica) e a terceira o rim post mortem com putrefação. Classificação das alterações post mortem Alterações Cadavéricas Abióticas Que não modificam o cadáver no seu aspecto geral Alterações Cadavéricas Transformativas Que modificam o cadáver no seu aspecto geral, inclusive dificultando o trabalho de análise dos achados. Pode ser encontrada com o nome de biótica. Quando tem o animal que morreu pela morte somática, ele vai passar por alterações físicas e químicas. O animal sempre passa primeiro pela transformação abiótica (imediata e consecutiva) e posteriormente pela transformativa (autólise e putrefação). Diferentes órgãos, por sua composição, sofrem alterações post mortem mais rapidamente. SNC, TGI, Fígado e Rins são os órgãos mais susceptíveis as alterações post mortem. Pele, Ossos e tecido fibroso são os órgãos mais resistentes as alterações post mortem. Resumo produzido por Karoline Barboza Alves- 1/2021 Não modificam o aspecto geral do cadáver Dividas em Imediatas (morte somática ou clínica) Mediatas ou consecutivas Morte somática ou clínica Insensibilidade Abolição das sensações táteis, térmicas e dolorosas. Imobilidade Abolição do tônus muscular Parada das funções cardiorrespiratórias Auscultar os batimentos cardíacos e analisar frequência respiratória. Inconsciência Cessação da atividade cerebral Arreflexia (ausência de reflexos) Abertura das pálpebras e boca Relaxamento do esfíncter anal e vesical (pode escorrer xixi e fezes). Fenômenos Oculares Dilatação pupilar (midríase) Opacidade do cristalino/ córnea Abertura das pálpebras 1- Desidratação cadavérica 2- Frialdade cadavérica (Algor mortis) 3- Hipóstase cadavérica (LIvor mortis) 4- Rigidez cadavérica (Rigor mortis) 5- Coagulação sanguínea Desidratação cadavérica Perda passiva de líquidos corpóreos, também denominada evaporação cadavérica. Depende fundamentalmente de fatores ambientais: Temperatura do ambiente Umidade do ar O animal perde líquido para o ambiente através da evaporação. Melhor observada nos globos oculares e na perda de elasticidade da pele. Decréscimo do peso Ressecamento das mucosas Perda de tensão globo ocular Retração do globo ocular (humor aquoso) Turvação da córnea: ocorre a perda do brilho (transparente) Frialdade cadavérica (Algor mortis) É o resfriamento cadavérico decorrente da cessação da atividade metabólica e do esgotamento gradual das fontes energéticas. Tende a estabelecer um equilíbrio térmico com o meio ambiente. Resumo produzido por Karoline Barboza Alves- 1/2021 Não ocorre de maneira uniforme (ao todo) Ocorre o resfriamento nas extremidades primeiro. Relacionada a parada de 3 órgãos de funções cadavéricas: Cardiovascular aquele que vai levar energia, oxigênio para manter o organismo. Pulmão oferece o oxigênio Sistema Nervoso: controla tudo Mecanismo de formação: 1- Ocorre a parada das funções vitais 2- Dissipação do calor por evaporação 3- Resfriamento total O resfriamento depende da: Espécie Estado de nutrição Temperatura do ambiente Ocorre de 3 a 4 horas após a morte Primeiras três horas depois da morte a queda da temperatura é de 0,5 ºC Quarta hora em diante o decréscimo é de 1,0ºC até o equilíbrio térmico. Se for um ambiente mais frio ele perde calor mais rápido, se for um ambiente quente o animal vai perder menores quantidades de calor. Animal que tem muita gordura (gordura espessa) tem o resfriamento mais demorado, pois protege a eliminação do calor. Hipóstase cadavérica (Livor mortis) É a acomodação gradual do sangue para o lado decúbito do cadáver. Caracteriza-se pela extrema palidez do cadáver e pelo aparecimento de manchas inicialmente rósea e posteriormente de tonalidade roxa nas partes em contato com superfícies. Mecanismo de formação: 1- Parada da circulação 2- Sangue não coagulado (ação da gravidade) 3- Sangue para as partes baixas do cadáver 4- Manchas hipostáticas Onde ele ficar em contato com a superfície é onde ele vai ficar mais pálido, sendo ombro, quadril e o pé de lado. Essas partes sofrem pressão e pela gravidade não deixa que o sangue fique parado. Manchas róseas gradativamente ficando roxas As partes que toca o chão ficam pálida. A intensidade varia com a fluidez do sangue A observação desse fenômeno em animais é dificultada pela pigmentação da pele e pelo pelame. Os suínos e os humanos é mais fácil de observar que dos outros animais por causa do pelo. Animal morreu no lado esquerdo pois o lado direito está mais arroxeado e o lado esquerdo está mais esbranquiçado, pois estava em contato com a superfície. Ocorre de2 a 4 horas após a morte Fixam-se por volta das 12h ficando assim mais evidente. Fica semelhante a outra alteração post mortem (coagulação sanguínea) Resumo produzido por Karoline Barboza Alves- 1/2021 Manchas permanecem mesmo que o cadáver seja trocado de decúbito (fixação das hipóstases) As hipóstases desaparecem momentaneamente por compressão digital (mudança de posição) Quando muda o cadáver de posição e o sangue está fluido, a hipóstase também muda de lado. Se der 8 a 12h a hipóstase não muda mais, pois coincide a fixação das hipóstases com a coagulação sanguínea. Observação: Tem que ter a diferenciação as hipóstases das hemorragias cutâneas (equimoses/petequias). Equimoses: hemorragias maiores Nas hemorragias tem extravasamento de sangue do vaso com formação de coágulo. Nas hipóstases o sangue fica depositado dentro vaso. Lobo guará com hemorragia pois está nos dois lados. Tem que diferenciar de congestão hipostática ante mortem. Hiperemia passiva (Congestão= acúmulo) Hiperemia passiva local: Obstrução ou compressão vascular Torção de vísceras (mais comum) Hiperemia passiva sistêmica Insuficiência cardíaca congestiva Uma das características da congestão é aumentar a pressão hidrostática, fazendo com que o líquido saia do vaso sem romper esse vaso, causando edema. O líquido que saiu do vaso e caiu no pulmão e entra em contato com O2 vai dar a característica espumosa. Se tiver edema, hemorragia quer dizer que aconteceu em vida pois a hipóstase é pois mortem e não tem como ter distúrbio da circulação. Fisiologia muscular Músculo: Composto por um serie de fibras musculares microscopicamente. Fibra muscular Composta por várias miofibrilas e entra elas têm tecido conjuntivo. Resumo produzido por Karoline Barboza Alves- 1/2021 Fibrilas Composta pelo Sarcomero que é a unidade contrátil da fibra muscular. Sarcomero É composto pela actina (filamento fino) e pela miosina (filamento grosso). Essas unidades ficam paralelas uma a outra, pois quando tiver o encurtamento do musculo (contrair) o Sarcomero diminui o seu tamanho. Quando o musculo relaxa aumenta o tamanho do Sarcomero. Filamento grosso: miosina Tem cabeças que possuem sítios em que o filamento fino da actina vai se fixar. Esse sítio no momento do relaxamento vai estar ocupado por ATP. Filamento fino: actina É formada por 3 proteínas: actina, tropomiosina e troponina. Possui um sitio fixador para a miosina. Durante o processo de repouso a actina é coberta pela tropomiosina, impedindo da miosina de se ligar a actina. A troponina se conecta a tropomiosina e é formada por 3 subunidades, uma delas é troponina C (por conta do cálcio). Fisiologia da contração/ relaxamento É voluntária O comando vem do córtex e vai para a medula espinhal, que através dos nervos que estão na placa motora é liberado um neurotransmissor (acetilcolina). A acetilcolina então se conecta ao seu receptor, enviando mensagens segundarias para a fibra muscular abrir os seus canais de cálcio e para ativar a mitocôndria e o reticulo-sarcoplasmático. Com essas organelas ativadas vai ocorrer a liberação do cálcio que elas capturaram. O cálcio irá inundar o citosol em alta concentração e se liga a troponina (troponina C). A troponina que vai estar ligada a tropomiosina, vai fazer então o deslocamento da tropomiosina da (vai desenrolar). Assim o complexo troponina- tropomiosina libera a cabeça da actina, para que a miosina possa se ligar a actina. Antes disso acontecer, o cálcio que entrou na célula, ele ativa uma enzima que chama miosina ATPase. Essa enzima ativada vai na cabeça da miosina e quebra o ATP em ADP+ Fosfato inorgânico, gerando energia. Como a miosina ATPase quebrou o ATP, ela liberou a cabeça da miosina permitindo que a miosina se ligue a actina. A miosina então pula de cabeça em cabeça da actina, fazendo com que o filamento fino e o filamento grosso se encurtem. Quando ele encurta se tem a contração das miofibrilas e aí se tem a contração mecânica. Para terminar a contração mecânica e ter o relaxamento, o ATP tem que se ligar de novo a miosina. Para isso acontecer o ADP + fosfato inorgânico se unem e formam o ATP que vai se ligar na cabeçada miosina. Resumo produzido por Karoline Barboza Alves- 1/2021 A enzina miosina ATPase não quebra essa ligação novamente, pois o estimulo neurológico é cessado. Assim a acetilcolina não é liberada e faz com que os canais de cálcio sejam fechados. A mitocôndria e o reticulo sarcoplasmático captura o cálcio que está no citosol, diminuindo a sua concentração. O cálcio estão não estimula a troponina na sua unidade C e não quebra mais o ATP. A actina então volta a ser coberta pela tropomiosina e o ADP forma com o fosfato inorgânico ATP e assim o animal volta ao seu estado de relaxamento. Enquanto o animal tem ATP na cabeça da miosina, o musculo está relaxado. Assim que o ATP é quebrado libera a cabeça da miosina e gera energia, fazendo com que a miosina possa deslizar sobre a cabeça da actina. Rigidez Cadavérica (Rigor mortis) Enrijecimento muscular do cadáver por um determinado tempo Divido em três fases: Fase pré- rigor (relaxamento) Fase Rigor (enrijecimento) Fase pós- rigor (relaxamento) Se tudo estiver bem com o animal, o rigor pode aparecer de 2 a 4h após a morte. Esse tempo é variável: Causa da morte do animal Estado nutricional Se o animal gasta muita energia antes de morrer ele pode entrar em rigor mortis instantaneamente. O animal magro tende a entrar em rigor mortis primeiro que o animal gordo, pois tem menores quantidade de reservas de energia. O rigor pode durar de 12 a 24 horas após a morte, podendo esse tempo variar. Fase pré- rigor Período após a constatação da morte clínica em que ainda há tecidos e órgãos vivos. Se algumas células estão vivas, temporariamente tem reserva de glicogênio. Ou seja, mesmo depois de morrer o animal consegue metabolizar o glicogênio e produzir ATP, que vai ficar na cabeça da miosina e não deixa a miosina ligar na cabeça da actina, assim o animal entra em flacidez muscular. Por isso o animal morre de boca aberta, olho aberto, esfíncter relaxado. A interação da actina/miosina/ATP mantém o musculo relaxado. Fase Rigor Se o animal morreu, o Sistema Cardiovascular parou. Então com a ausência de circulação e de oxigênio, o animal passa a produzir ATP através da respiração da glicose anaeróbica (sem a presença de O2). Essa rota anaeróbica faz produzir altas concentrações de ácido lático que faz com que o pH diminua. Assim o animal passa a usar todas as suas reservas de glicogênio. Por causa da presença de alta concentração de ácido lático, baixo pH e pouca reserva de glicogênio, passa então a não gerar mais ATP. Resumo produzido por Karoline Barboza Alves- 1/2021 Se não forma ATP, começa a ter falha nas bombas de cálcio que favorece a entrada espontânea e passiva de cálcio, além da liberação do cálcio pelas células. O cálcio se liga à troponina, move a tropomiosina, ativa a enzima miosina ATPase, possibilitando que a miosina se ligue fortemente a actina, gerando um rigor mortis e o animal entre em enrijecimento. Fase pós- rigor Período onde predominam os fenômenos líticos Está relacionada a fase transformativa. Não está relacionada ao ATP Com as enzimas que são liberadas por bactérias e da própria célula, vão digerir as miofibrilas e o tecido começa a entrar em autólise. Se entra em autólise, vai ter a destruição da miosina e da actina (elas se desfazem). Então o cadáver mais para o final (15h/24h) vai entrar em relaxamento. Depende do estado de putrefação do cadáver. Características gerais Fenômeno cadavérico mais útil na determinação do tempo da morte (manifesta-se de uma maneira ordenada) Músculos involuntários tendem entrar em rigor mortis primeiro, depois entra os músculos voluntários. O rigor tende a aparecer primeiro nas regiões craniais e depois para os músculos da região pélvica. 1- Coração 2- Músculos peri-oculares (olho aberto) 3- Músculos mastigatórios (boca aberta: causa criodesitradação da língua) 4- Músculos do pescoço 5- Músculos dos membros anteriores 6- Músculos do membro torácico e abdominal 7- Músculos dos membros posteriores Flacidez cadavérica aparece progressivamente na mesma ordem Se encontrar o animal com as regiões craniais rígidas e as caudas flácidas, o animal provavelmente entrou em rigor a pouco tempo. Se encontrar o animal com as regiões caudais rígidas e as craniais flácidas, o animal provavelmente está no final do rigor mortis. Resumo produzido por Karoline Barboza Alves- 1/2021 Particularidades do coração Coração para em diástole (câmaras cheias de sangue): coração em relaxamento Primeiro a entrar em Rigor mortis e faz a expulsão do sangue. Músculos involuntários (pouca reserva de glicogênio) Lado esquerdo tende a expulsar mais sangue do que o lado direito, pois tem a câmara ventricular bem mais desenvolvida (esquerdo). Assim, o lado direito tem uma maior predisposição a ter coágulos, pois não consegue expulsar todo o sangue. Ventrículo esquerdo com coágulos sugere Insuficiência cardíaca. Pois o miocárdio pode ter sofrido uma lesão de natureza degenerativa, necrótica e/ou inflamatória, que impediu o musculo de contrair. Porém não é o suficiente para diagnostico de IC (necessária lesão miocárdio, lesões nas válvulas, lesões extra cardíacas secundárias- congestão, edema pulmonar). Coagulação sanguínea É quando os fatores de coagulação que ocorre no animal vivo, predominam sobre os anticoagulantes e em consequência ocorre a coagulação. O animal morre e começa a faltar oxigênio e nutrientes. A falta de O2 faz a célula não conseguir produzir ATP e se manter, passando a ter morte das células endoteliais e morte de plaquetas. Ocorre também uma liberação descontrolada de cálcio, que pega a tromboplastina e a faz transformar a protombina em trombina. Essa trombina transforma então o fibrinogênio em fibrina. Junto com as plaquetas e hemácias que estão degeneradas, vai formar o coágulo. A diferença do coágulo em vida para em morte é por que: No animal vivo nunca vai se ter coagulação nos vasos. Quando ocorre um coágulo no vaso é chamado de trombo. No animal vivo, quando ele se corta e o sangue sai e coagula. Essa coagulação vai se coagular em outras superfícies ou em outras cavidades e não dentro do vaso. No animal morto, o sangue no interior dos vasos vai começar a coagular. Células endoteliais, leucócitos e plaquetas em hipóxia liberam Tromboplastina que irá desencadear a formação de coágulos. Coagulação incompleta Existem algumas situações que a coagulação pode estar incompleta, ou seja, quando se vai fazer a necropsia o animal pode não estar com o sangue bem coagulado. Quando o sangue está mal oxigenado e não está bem coagulado é falado que o sangue está Hidremico. Exemplos; Isso acontece em infecções por septicemia, pois alguns agentes consumem o fator de coagulação, então o animal diminui a quantidade de plaquetas e assim não coagula. Intoxicação pela warfarina (chumbinho) Animal asfixiado Doenças que causa trombocitopenia. Hemoparasitose Doença que afeta a medula óssea Resumo produzido por Karoline Barboza Alves- 1/2021 Coagulação Cruórico (vermelho) É o mais encontrado nos cadáveres. É vermelho pois predominam as hemácias Características do coagulo Cruórico: Lisos Elásticos Brilhantes Não aderentes as paredes cardiovasculares De coloração vermelha Coagulo Lardáceo (Amarelo) Geralmente aparece quando o animal tem anemia, pois tem menos concentrações de hemácias e maiores concentrações de leucócitos. É um índice que o animal pode ter apresentado quadro de anemia grave ou morte agônica prolongada. Exceto nos equídeos, pois se encontrar um coágulo Lardáceo não pode dizer que é indicio de anemia. Pois naturalmente a velocidade de sedimentação das hemácias é muito rápida, dando a coloração amarelada normal. Características: Lisos Densos Não aderentes as paredes cardiovasculares De coloração amarelada ou mais clara Coagulo Misto Possui as duas colorações Tempo e duração do coágulo Começa a se instalar em torno de 3 horas após a morte. Tem duração de cerca de 6 a 8 horas. Após esse tempo o próprio coágulo começa a se segmentar por causa da autólise. A hemólise das hemácias muitas das vezes desfaz o coágulo. Diferenças de coágulo e trombo Resumo produzido por Karoline Barboza Alves- 1/2021 São aquelas alterações que modificam o cadáver no seu aspecto geral. Dificulta o trabalho na análise dos achados macroscópicos. Ponto de vista prático não se justifica mais a necropsia, exceto por questão judicial (Patologia Forense). Será discutido: A lise das células A decomposição dos tecidos A transformação do cadáver Decorrentes de autólise e heterólise É a autodestruição celular por enzimas proteolíticas produzidas pelo próprio tecido em decorrência da falta de nutrientes e O2. Desorganização progressiva até a desintegração completa. Este fenômeno está ligado ao teor de oxigenação primária. Está ligada ao pós-rigor. Quando a célula tem energia ela se mantém, mas quando a célula não consegue mais manter ATP ou manter suas energias, elas liberam enzimas, principalmente dos lisossomos. A célula vai estão se alto digerindo. Essa alta digestão está ligada fortemente ao teor de O2 primária, ou seja, tecidos igual ao SN e a medula adrenal eles entram em estado de autólise muito rápido. Pois, a taxa metabólica deles, a necessidade de 02 para funcionar é muito alta. Em um indivíduo vivo que fica de 4 a 5 minutos sem respirar (hipóxia) causa uma lesão celular quase que irreversível. Existem alguns órgãos que são muitos especializados e entram em autólise rápido, como o pâncreas, fígado, rins. Quanto mais diferenciado e especializado um tecido, mais rapidamente nele se instalará o processo de autólise. Mecanismo da autólise Devido à falta de glicogênio e oxigênio (anóxia tecidual) ocorrem desordens bioquímicas dentro da célula que diminui o pH intra e extracelular. Isso faz ocorrerem rupturas das membranas celulares. Os lisossomos liberaram suas enzimas autolíticas que irá causar a autodigestão, causando a desintegração de células e tecidos do corpo até ficar só o esqueleto do animal. ( ) Conceito: é a ação de enzimas proteolíticas de microrganismos saprófitas, geralmente oriundos do próprio TGI do animal. Vai ocorrer devido a autólise juntamente com a proliferação de microrganismos no corpo do animal, já que o SI não está mais combatendo. Resumo produzido por Karoline Barboza Alves- 1/2021 O odor característico é devido a produção de gás sulfídrico pelas bactérias, causando também a dilatação do intestino. Bactérias anaeróbicas (sem a presença de O2) Embebição pela hemoglobina Se forma pelo mecanismo de hemólise intravascular, ocorrendo a liberação de hemoglobina que se difunde para os tecidos. Encharcar o corpo com a hemoglobina. Hemoglobina: Hemácias vão estar junto com o coágulo. Na hemácia vai estar presente a Hb Hb é uma proteína Na Hb vai ter o grupo heme No grupo heme vai ter o ferro A Hb vai ter coloração avermelhada. Mecanismo de formação Pelo mecanismo de hemólise intravascular pela autólise, ou seja, as hemácias depois que elas coagulam, elas começam a se romper liberando Hb junto com a autodigestão de enzimas e bactérias, o coágulo vai se desfazendo e formando o líquido cadavérico (não é sangue). A Hb que é liberada na autodigestão vai se difundir para todos os tecidos e vai manchar os tecidos de vermelho. Quando mais avançado a putrefação mais o animal vai aparecer manchado pela Hb. As enzimas celulares e bacterianas desfazem o coágulo. Quando maior a temperatura do ambiente mais rápido é essa digestão e a liquefação desse tecido. É observada a presença de manchas avermelhadas, principalmente em serosas (peritônio, pleura, omento, mesentério). Está impregnação não é visível em tecidos escuros. Aparece em torno de 8 horas ou mais (após ocorrer a coagulação). Embebição pela bile Coloração amarelo-esverdeada nos tecidos próximos á vesícula biliar. Aparecimento após a morte é variável. A parede da vesícula biliar entra em autólise e os tecidos próximos ficam manchados de bile. Não é um bom parâmetro para identificar a hora da morte do animal, pois nem todos vão apresentar essa alteração. Com a autólise a vesícula não retém os líquidos biliares, ocorrendo difusão de pigmentos biliares para os tecidos (fígado e tecidos vizinhos), dando a coloração amarelo- esverdeada. Resumo produzido por Karoline Barboza Alves- 1/2021 Os tecidos mais afetados são o pâncreas, fígado, diafragma, estômago, ID e as vezes omento. Aparece em torno de 8 horas após a morte. Período de constatação dessa alteração é muito variável. Observação: A Embebição é mais local. A icterícia não é local, vai ter mucosas e vários órgãos e tecidos amarelos. Pseudo-melanose (manchas de putrefação) Manchas cinza-esverdeada, irregulares na pele da região abdominal e órgãos vizinhos aos intestinos. É comum, sinal clássico que o animal está começando a ter putrefação. Com o passar das horas atinge o corpo todo. Mecanismo de formação: O ferro liberado pela Hb age com o gás sulfídrico liberado pelas bactérias, resultando em sulfureto de ferro (sulfametahemoglobina). Esse composto mancha e deixa os tecidos que estavam com ebebição de cor escura (pseudo- melanose) Conceitos Melanina: Pigmento que dá o tom escuro a pele e pelos. Cor da íris, da pele, do cabelo, etc. Melanose: Localização ectópica da melanina Localização da melanina fora do seu lugar, depositadas em lugares diferentes. Exemplo: meninges, pleura, coração Melanoma: Neoplasia originada de melanoblasto e melanócitos. Frequentes em equinos de pelagem clara, na região perianal e em cães na cavidade oral. Timpanismo pós mortem Ocorre distensão do estômago, intestino e abdômen por gases formados. Ocorre 24 horas após a morte do animal. Mecanismo de formação Ocorre, pois, as bactérias continuam a fermentar no TGI, produzindo grande quantidade de gases que causa uma distensão das vísceras abdominais ocas, resultando no aumento da pressão intra-abdominal. Ocorre com mais facilidade em herbívoros pois possuem as câmaras fermentativas. Ocorre com facilidade no porquinho da índia, pois tem o intestino desenvolvido. Resumo produzido por Karoline Barboza Alves- 1/2021 Pode ocorrer a saída de conteúdo de cavidade nasal e oral, que é um conteúdo estomago que pode sair, devido ao Timpanismo. Observação: Timpanismo pós mortem Ausência de alterações circulatórias na parede do TGI. Timpanismo ante mortem Hiperemia e hemorragia na parede do TGI associado à congestão de órgãos abdominais. Deslocamento, torção ou ruptura de vísceras Modificação na posição das vísceras, ás vezes com ruptura, sem alterações circulatórias (congestão, edema, hemorragia), então o órgão fica com a mesma coloração. Ocorre após 24 horas após a morte Tem que diferenciar ante mortem e pós mortem. Ocorre, pois, as bactérias continuam a fermentar no TGI, produzindo grande quantidade de gases que causa uma distensão, torção ou ruptura das vísceras. Diferenciação ante/ pós mortem Equino não vomita. Se o estômago dilata em vida pode ter ruptura, a diferença é que tem hemorragia, bordas edemaciados do local onde rompeu, vasos engorgitados. Se for pós mortem não tem sangue, pois não ocorrem hemorragias. Pseudo-prolapso retal/ prolapso retal cadavérico Tem esse nome por que o pseudo significa falso. Ocorre exteriorização da ampola retal por consequência da grande quantidade de gás. A porção final do reto sai para fora. Não ocorre alterações circulatórias. Comum em maior proporção em herbívoros pois eles possuem as câmaras fermentativas, na qual as bactérias vão fermentando tanto que não sobra espaço para esses órgãos, então ocorre o pseudo prolapso para poder sair. Ocorre em cerca de 24 horas após a morte. Existe o prolapso retal em vida, na qual tem alterações circulatórias, como na imagem a seguir: Enfisema cadavérico tecidual Ocorre devido ao acúmulo de gás nos órgãos Crepitação do tecido subcutâneo, tecido muscular e órgãos parenquimatosos (fígado). Enfisema: acumulo de gás Resumo produzido por Karoline Barboza Alves- 1/2021 No Timpanismo o gás está dentro do TGI e no enfisema as bactérias vão sair do TGI e começam a colonizar outros tecidos e nesses tecidos começam a produzir gases também. No exame externo é sentindo crepitar (apertar plástico bolha). A causa é a mesma do Timpanismo só que ocorre fora do TGI, na qual decompõem tecidos e formam bolhas de gás que depositam nos tecidos, principalmente no fígado. Maceração da mucosa digestiva Fragmentação tecidual e desprendimento das mucosas do TGI, principalmente nos pré estômagos de ruminantes. Ação das enzimas proteolíticas geradas pela proliferação bacteriana agem na mucosa tornando- os fráveis. Ocorre muito em ruminantes É quando começa a fragmentar e sair pedaços de mucosa do intestino ou estomago. Isso acontece, pois, as enzimas das bactérias e a autólise das próprias células tornam a mucosa friável por causa da destruição, assim desprega essas mucosas. Nos ruminantes ocorre, pois eles possuem as papilas nos pré-estômagos. É encontrado nos outros animais, porém é mais discreto. Cadáver fresco Coloração (pseudo Melanose, ebebição pela Hb) Gasoso (enfisema, Timpanismo) Liquefativo (decomposição e putrefação) Esqueletização (só sobra o esqueleto) 1- Fase de coloração Manchas esverdeadas na parede abdominal Devido a presença de sulfametahemoglobina Após a impregnação pela bile e Hb Coincide com o Timpanismo pós morte e com o enfisema cadavérico Tempo de 8 a 24 horas 2- Fase gasosa Inicia-se a partir do intestino com o Timpanismo Fermentação/ abaulamento do cadáver Gás sulfídrico (H2S): odor característico Tempo: 24 horas 3- Fase Coliquativa Desintegração de tecidos moles/ dissolução pútrida. Partes moles são reduzidas ao estado amorfo (massa disforme) Resumo produzido por Karoline Barboza Alves- 1/2021 Muitas vezes é impossível determinar a sua identificação. Odores da putrefação em maior intensidade. Tempo de 5 a 7 dias. Avaliação da decomposição É feito estudos com suínos Coloca o animal em um gradil, não impedem das moscas entrarem pois querem estudar. O que não entra é outro animal para não interferir no processo. As cavidades geralmente são pontos de deposição das larvas que vão se alimentar do cadáver. O ciclo de vida das larvas geralmente dura uns 25 a 30 dias. 4- Fase de Esqueletização Perda completa de partes moles Só resta o esqueleto Tempo varia muito da temperatura, da exposição. Pode levar de 3 a 4 semanas ou anos. Presença de moscas e larvas nos cadáveres. É importante para a cronologia da hora da morte. Entomologia (será estudado na parasitologia) Será estudo a fase fresca (miiase) No fresco vai ter um tipo de larvas e moscas para cada tipo de fase. Na fase putrefativa, que é uma fase mais seca vai ter mais espécies de besouros e formigas. Fatores que podem acelerar ou diminuir o tempo de decomposição. Temperatura do ambiente Fator externo mais atuante. Quanto mais alta, maior a velocidade de instalação das alterações cadavéricas (acelera o crescimento bacteriano). Temperatura baixa inibe a ação de enzimas proteolíticas e o crescimento bacteriano (alterações ocorrem em ritmo lento). Tamanho do animal Quanto maior o animal mais difícil o resfriamento e maior a velocidade de instalação. Um animal maior tende a guardar mais calor e assim tende a ter proliferação de bactérias mais rápido. Grau de umidade Apresenta relação direta com a putrefação. Quanto maior o grau de umidade mais rapidamente se instalam os fenômenos putrefativos. Quando a umidade do ar está baixa tende a perder líquido para o meio. Quando a umidade do ar está alta tende a guardar. Resumo produzido por Karoline Barboza Alves- 1/2021 Estado de nutrição Quando o animal está em bom estado de nutrição (mais glicogênio), o tempo para instalar o rigor mortis será maior e atrasará o resfriamento, pois a gordura é um isolante térmico. Quando o animal está desnutrido, ele não terá reservas de glicogênio, então nesse animal o rigor mortis vai se instalar mais rápido, pois não vai ter ATP. Cobertura externa Penas, plumas, gordura, lã Dificultam o resfriamento do cadáver Comportam-se como isolantes térmicos (diminuem a dissipação do calor), aceleram as alterações post mortem. Todas as atividades que aumentam a temperatura e a atividade metabólica aceleram o aparecimento das alterações cadavéricas. Animais de grande porte e obesos muitas vezes demoram mais para resfriar. Tartarugas também demoram para resfriar devido ao casco. Realizar ou encaminhar o mais rápido para o exame de necropsia. Aves possuem temperatura corpórea muito elevada (entram em autólise mais rápido) Indica-se resfriamento da ave logo após o óbito. Fazer a necropsia o mais brevemente para não interferir nos resultados, pois entra em decomposição rapidamente. Causa de morte Alta atividade metabólica e alta da temperatura antes da morte. O animal vai tender a acelerar a decomposição, aumentar o rigor mortis e alterar as reações metabólicas. Septicemias (hipertermia). Quadro de parvovirose, com diarreia, com vomito, desidratado. Tem se a proliferação de bactérias para a circulação causando choque. O animal entra em hipertermia e morre. Tende a entrar em rigor mortis primeiro. Convulsões Animal se debate gastando energia, aumentando o metabolismo. Quando o animal para ele fica deitada e cansado para recuperar as forças. Como gasta muita energia entra rapidamente ao rigor mortis. Infecção por clostrídeos (tétano) O tétano leva a contração muscular É uma doença infecciosa Estado nutricional do animal somado com o tétano, o animal entra em rigor rápido. Fatores que alteram o rigor mortis Resumo produzido por Karoline Barboza Alves- 1/2021 Função de conservas o cadáver Mumificação Saponificação Congelamento Fossilização Mumificação Ocorrência artificial Os egípcios faziam nos animais também Ocorrência natural Necessárias condições especiais que garantem a desidratação rápida, de modo a impedir a ação microbiana pela putrefação. Cadáver exposto ao ar (regiões quentes e secas) perde água rapidamente sofrendo dessecamento. Quanto mais desnutrido e desidratado estiver o animal antes da morte mais rapidamente esse processo se instala. Saponificação Formação de adipocera (massa branca, mole, quebradiça, de tonalidade amarelo-escura, com aparência de cera ou sabão). Hidrólise de triglicerídeos em reação com uma base forte, gerando glicerina e ácidos graxos. Ocorre devido: Condições extrínsecas do cadáver Cadáveres colocados amontoados em uma só cova e cobertos com cal. Local úmido e com presença de água Solos argilosos (retêm água) Condições intrínsecas do cadáver Obesidade Não é encontrado em animais Congelamento Cadáveres que são submetidos a baixíssimas temperaturas por tempo prolongado - 40 ºC conserva integralmente o corpo. Fossilização Mantém o cadáver, mas não conserva qualquer componente de sua estrutura orgânica. Presença de muita lama e água que vai cobrir o animal, não deixando entrar em putrefação. Resumo produzido por Karoline Barboza ALVES – 1/2021 Insuficiência Cardíaca Não é uma doença É quando o coração está insuficiente de realizar suas funções corretamente. É um distúrbio fisiopatológico no animal Ciclo cardíaco Primeiro o coração entra em sístole (contração) que é a expulsão do volume X de sangue do coração. Posteriormente o coração entra em diástole (relaxamento) que é o enchimento das câmaras cardíacas. Volume de sangue ejetado pelo VE (ventrículo esquerdo) na aorta por minuto. Determinantes do DC: 1- Contratilidade (Inotropismo) Foça que o coração bate 2- Frequência Cardíaca (Cronotropismo) Relacionado com o tempo Números de vezes que bate por minuto Pode bater rápido com a força maior ou pode bater rápido com a força menor Quanto mais o coração bate por minuto maior vai ser o volume de sangue que é expulsado. Se tem maior o volume, tem maior DC. 3- Pré carga (Retorno Venoso) Quantidade de sangue que retorna para o coração. Relacionado ao retorno venoso Se aumenta o retorno venoso aumenta o DC 4- Pós carga (Resistencia vascular periférica- RVP) Se aumentar a RVP dificulta a saída do sangue. Cálculo VS (volume sistólico) é o volume da contração Quando tem a frequência do coração mantida em um ritmo, a pré carga (sangue voltando pela veia cava caudal e cranial chegando no AD), a contratilidade (força) e a RVP vão estar em âmbitos normais e vão gerar em conjunto o DC. VS: Pré carga + contratilidade + pós carga DC= VS x FC PA = DC x RVP Para manter a PA do animal dentro dos parâmetros depende do DC e da RVP. Se interferir na FC e no volume sistólico, interfere no DC e se interfere no DC vai interferir na PA. Contratilidade A força que o coração bate por minuto. Essa força está ligada com a função intrínseca do miocárdio, ou seja, quando o miocárdio gerar foça para o coração bombear, na qual esse estimulo é recebido do sistema nervoso simpático ou parassimpático. Se ocorre estimulação simpática o coração aumenta o batimento cardíaco e o animal entre em taquicardia. Resumo produzido por Karoline Barboza ALVES – 1/2021 Se recebe estimulação parassimpática, a contratilidade diminui e o animal entra em bradicardia Alguns fármacos interferem no Inotropismo A própria FC influencia indiretamente na contratilidade. A oxigenação influencia na contratilidade, já que se o musculo estiver sem O2 adequado ele não vai funcionar direito. Pré Carga Corresponde ao volume diastólico final, que é quando o coração relaxa e enche de um volume X. Depende do retorno venoso e da complacência ventricular. Complacência ventricular: Capacidade de adequar a quantidade de sangue que chega no coração. Exemplo: Se chegar 50mL de sangue no coração, ele se adequa a essa quantidade, mas se chegar uma quantidade maior ou menor ele consegue se adequar também (esticar ou reduzir). Depende da volemia (quantidade de sangue circulante), da distribuição da volemia (retorno venoso), da sístole atrial (contração do átrio) e da estimulação simpática (auxilia no retorno venoso). Pós carga Corresponde a todos os fatores que se opõe a ejeção ventricular. Ao contrário da pré carga. Quando o sangue vai ser ejetado para gerar PA (quando o sangue é ejetado para causar estiramento da artéria, e como consequência a artéria responde gerando pressão outra pressão). A pós carga depende totalmente da resistência que os vasos sanguíneos possuem. Se por algum motivo o animal diminuir ou aumentar essa resistência vai interferir nas doenças cardíacas, como: A pós carga pode ser inferida com a PA pulmonar para o lado direito, e no lado esquerdo com a PA sistêmica. A pós carga que está vindo do volume sistólico, depende totalmente da vasomotrocidade, que é quando a artéria está com vasoconstrição ou com vasodilatação. Depende da resistência vascular (quanto maior a resistência vascular maior a pós carga) Qualquer motivo que leva a obstrução do fluxo aumenta a pós carga. Para o coração funcionar os órgãos têm uma demanda de O2, que é controlada pela bomba cardíaca, que é dependente do DC. Se a oferta estiver desequilibrada por algum motivo, vai ocorrer alteração da balança e a demanda se alterará. Se diminuir a quantidade de Hb (anemia), o coração irá trabalha mais, se tem problemas respiratórios o coração trabalha mais. Resumo produzido por Karoline Barboza ALVES – 1/2021 Princípio de Frank – Starling Quando maior o estiramento da fibra (volume) miocárdica, maior a força de contração resultante (maior volume de sangue ejetado). Quanto mais as câmaras cardíacas recebem volume mais o volume diastólico final aumentava (fibras estiravam). Quando mais recebe volume, mais a fibra muscular estira. Se essa fibra estira e tem grande volume, na hora de contrair vai expulsar uma grande quantidade de conteúdo também. Quando atinge o limite de estiramento o animal pode ter IC. PA Resistencia oferecida pelo sistema vascular á passagem do sangue. Nos vasos, o raio é o principal determinante da resistência. PA = DC x RVP DC = VS x FC Se tem a FC e VS aumentado tem o aumento do DC e por consequência o aumenta da PA. Sistema nervoso autônomo (SNA): responsável por alterar FC e influenciar diretamente no volume sistólico. Na RVP tem o SNA e o SRAA (sistema renina angiotensina aldosterona) atuando na pós-carga. PA Para regular a PA tem mecanismos de controle a curto prazo e a longo prazo. Controle a curto prazo Atua principalmente no Controle neural Reflexo barorreceptor Quimiorreflexo São os barorreceptores que detectam a queda da PA, ocasionada pela diminuição do DC. Mecanismo de funcionamento Logo quando o sangue sai da artéria aorta descendente existem receptores (barorreceptores) no arco aórtico e no seio carotídeo, esses receptores estão conectados ao nervo vago e ao nervo glossofaríngeo. Nesses vasos possuem também os quimiorreceptores, que detectam a baixa concentração de O2. Toda vez que o sangue passa nesses vasos, os barorreceptores irão detectar se tem queda da PA e os quimioceptores irão detecta se tem baixa de O2. Após identificar a baixa PA, a informação é enviada por via aferente pelo nervo vago (aorta) e pelo nervo glossofaríngeo (carotídeo) até o centro vasomotor, encontrado na região de bulbo, no SNC. De lá a mensagem pode ir para o sistema nervoso simpático (baixa PA) ou parassimpático (alta PA). Através do SNS, nos gânglios extra-medulares que possuem fibras simpáticas, que enviarão outras fibras para a musculatura cardíaca e para as arteríolas. Para controlar a PA, o neurônio pós-ganglionar vai liberar noradrenalina que age nos receptores alfa-1 que causa vasoconstrição, aumentando a RVP e aumentando a pós carga. A noradrenalina age também no coração, nos receptores beta- 1, aumentando força de contração (contratilidade) e FC. Resumo produzido por Karoline Barboza ALVES – 1/2021 O paciente após a ação da noradrenalina volta a ter a PA normal, mas caso seja necessário é ativado o controle a longo prazo. Controle a longo prazo Atua principalmente nos: Rins Hormônios antidiuréticos (ADH) Sistema renina angiotensina aldosterona DC x RPT = PA Mecanismo de funcionamento Se a PA está diminuindo, o volume de sangue que está chegando nos rins está sendo menor, então o rim vai detectar essa diminuição e vai agir para reverter essa situação. Nos rins tem a macula densa que são células modificadas do túbulo contorcido distal, que são sensíveis à mudança de concentração de sódio e cloro. Tem também as células justaglomerulares, que são células lisas da arteríola aferente (secretoras de renina) Essas células são responsáveis pelo controle do balanço hídrico e equilíbrio iônico do organismo, além de serem responsáveis pelo controle da pressão sanguínea. Quando a PA diminui, a concentração de sódio e cloro no túbulo contorcido distal também diminui, a macula densa detecta essa queda e libera prostaglandinas que atuam nas células justaglomerulares. As prostaglandinas surgem da ação das cicloxigenase, que é uma enzima que age no ácido araquidônico. Toda vez que o ácido araquidônico (substrato) se liga na cicloxigenase (COX) vai gerar a prostaglandinas (produto- PG’s). O ácido araquidônico vem dos fosfolípides. Quando os fosfolípides são lesados, eles liberam da parte apolar uma cadeia, chamada de AA que é o ácido araquidônico. Quando esse ácido araquidônico se liga ao COX, podendo ter 2 COX, tendo a 1 e a 2. Elas vão atuar no substrato e liberar prostaglandina. As células da macula densa vai produzir COX que vai se ligar no ácido araquidônico produzindo a prostaglandina, que irá causar como resultado a vasodilatação na arteríola aferente para manter o fluxo sanguíneo para o glomérulo. Se aumentar o fluxo em outros lugares vai causar hipóxia e isquemia no glomérulo e no túbulo proximal. A prostaglandina irá agir nas células justaglomerulares estimulando a liberarem renina, que é uma enzima que vai cair na corrente sanguínea. O fígado produz angiotensinogênio que é um peptídeo de 12 aminoácidos, a renina age sobre esse angiotensinogênio quebrando e diminuindo o seu tamanho, fazendo com que se transforme em angiotensina I. Resumo produzido por Karoline Barboza ALVES – 1/2021 Essa angiotensina I tem pouca capacidade de vasoconstrição, porém ela circula na corrente sanguínea até chegar nos pulmões, onde possui uma enzima chamada ECA (enzima conversora de angiotensina I em angiotensina II) que age sobre a angiotensina I (subproduto), transformando-a em angiotensina II (produto). A angiotensina II é de extrema importância pois age de diversas formas no organismo. Ações da angiotensina II Causa vasoconstrição das arteríolas, aumentando a resistência periférica total (tem vasoconstrição de todas as arteríolas), para desviar o sangue para o coração e aumentar a resistência da saída do sangue na aorta. Age no córtex da medula adrenal estimulando-a liberar aldosterona, que vai nos túbulos contorcidos distais e retém sódio e por osmose, junto com o sódio tem a retenção da água, que aumenta o volume sistólico. O SRAA é importante pois retém sódio e água, que vai causar o aumento da pré carga, e como consequência o aumento do volume sistólico, assim aumenta o DC e controla a PA. A angiotensina também atua aumentando a liberação de ADH que vai atuar nos túbulos contorcidos distais, fazendo o aumento da expressão de algumas proteínas chamadas de águaporinas, que estimula a maior absorção de água ajudando aumentar a pré carga. Atua também aumentando a liberação das catecolaminas (noradrenalina e adrenalina). E diminui a sensibilidade dos baroreflexores, para eles passarem a não detectar a queda da PA, já que agora é a angiotensina que é a responsável por fazer esse controle da PA. A arteríola eferente possui mais receptores do que a arteríola aferente para angiotensina II, então ela causará vasoconstrição primeiro na arteríola eferente. Se causa vasoconstrição da arteríola eferente primeiro, o sangue fica por mais tempo, mantendo o glomérulo oxigenado. Em casos que a PA cai muito, a angiotensina passa a atuar também na arteríola aferente, isso é um mecanismo para manter o glomérulo oxigenado. Se a angiotensina causar vasoconstrição nas duas arteríolas, o glomérulo não será oxigenado (diminui a chegada de O2) e assim causará uma nefrose. Uma doença cardíaca pode levar a uma doença renal. Inibidores de ECA Benazebril, Captopril, Enalopril são inibidores da ECA, ou seja, são fármacos que se liga a ECA e não deixa a angiotensina I se ligar, não deixando produzir angiotensina II. É assim que se trata pacientes que tem hipertensão pois, não vai deixar ocorrer vasoconstrição. Também é usado para tratar insuficiência renal, já que inibindo a angiotensina II, inibe seus efeitos e permite que a COX II produza prostaglandinas que fazem vasoconstrição, deixando que o sangue volte a circular de forma correta na artéria aferente, nos glomérulos e túbulo contorcido distal. Resumo produzido por Karoline Barboza ALVES – 1/2021 AINES: anti-inflamatórios não esteroidais Agem ocupando o espaço onde o substrato iria se ligar, ocupando o sítio de ligação e assim não gera produto (prostaglandina), não tendo assim vasodilatação, não tem a dor, etc. O uso de anti-inflamatórios não esteroidais, impede de as prostaglandinas fisiológicas de causarem vasodilatação. Quando uso AINE pode ter lesão renal por causa de hipóxia, pois o uso de AINE inibe a COX, não vai produzir prostaglandina e assim não vai ter vasodilatação, ocorrendo então vasoconstrição e o fluxo para o glomérulo vai ser reduzido, causando lesão tubular, levando o animal a nefrose (necrose dos nefrons). Resumo produzido por Karoline Barboza Alves – 1/2021 Mecanismos para proteger a queda da PA. Responsáveis pelo o DC adequado nas demandas funcionais através: Aumento na FC Aumento na resistência periférica Aumento na volemia Mecanismos neuro-humorais ativados na IC são benéficos a curto prazo. Ativação de forma crônica (longo prazo) Efeitos deletérios Precisa tratar a animal Até um determinado tempo da vida do animal, tem uma doença de base que está causando IC (PA cai, perfusão para os outros órgãos diminui), para corrigir esse problema é ativado os mecanismos compensatórios de curto e longo prazo e do mecanismo de Frank- Starling. O líquido que a angiotensina e a aldosterona retém, ela vai aumentar o retorno venoso e o coração vai ter uma complacência maior. Isso tem um limite, chega um momento que a complacência é perdida e as fibras não consegue mais estirar. Então os mecanismos de Frank-Starling falham, e o coração que estava mantendo o volume não vai mais conseguir manter esse volume, e a PA vai continuar caindo. Quando DC e PA cai em níveis que o coração não consegue manter, os mecanismos que são para proteger o sistema acabam prejudicando o animal, pois, a ativação perpetua do SNA a curto prazo e do SRAA a longo prazo vão aumentar demais a pós carga, fazendo com que o coração trabalhe além do que necessita, gastando mais O2 e assim produza maiores quantidades de radicais livres. Causa o principal sintoma que é o edema. Efeitos Compensatórios Ativação do mecanismo de Frank-Starling Ativação dos sistemas Neuro-humorais Efeitos Deletérios Ativação do mecanismo de Frank- Starling (Perda da complacência da fibra muscular) Ativação dos sistemas Neuro-humorais (ativação perpetuada eleva a RVP, aumenta FC e consumo de O2). Outros mecanismos compensatórios anteriores a IC Antes de entrar na IC, tem duas formas de compensar: Mecanismos intrínseco (dependente do coração) Hipertrofia do miocárdio (aumenta a força do coração) Dilatação do miocárdio (para receber maior volume que está sendo retido) Resumo produzido por Karoline Barboza Alves – 1/2021 Importante resposta compensatória (longo prazo) do miocárdio em decorrência da sobrecarga de trabalho. Tem o objetivo de manter o DC em situações com aumento na sobrecarga de pressão do coração (pós carga) ou volume (pré carga). Para que ocorra a hipertrofia é necessário: Tempo Nutrição e oxigenação adequada Miocárdio sadio Inervação Não são em todas as doenças que ocorre. Não ocorre rapidamente, leva tempo. Nos casos de infarto o coração não vai tender a hipertrofiar e sim dilatar. Diferente da hiperplasia (multiplicação celular) Uma hipertrofia é quando a célula aumenta em tamanho, e para aumentar em tamanho precisa de aumentar a quantidade de organelas. Aumenta a célula para ela conseguir trabalhar mais. Existe a hipertrofia fisiológica e a patológica. Hipertrofia fisiológica Coração de atleta (para trabalhar mais) Hipertrofia patológica (divididas em duas) 1- Hipertrofia concêntrica 2- Hipertrofia excêntrica Para aumentar o tamanho da célula, pode ser feito o aumento em espessura ou em comprimento. Hipertrofia concêntrica Toda vez que que aumenta o musculo cardíaco em espessura, tem a hipertrofia concêntrica. Se aumenta o músculo cardíaco em espessura diminui o volume cardíaco. O volume cardíaco aumenta mais o espaço dentro do coração (das câmaras) diminui. Então, consequentemente diminui o volume também pois diminui o espaço. Doenças que tem aumento da pressão do coração, pois precisa criar força para vencer a pós carga. Tem a ver com aumento de pós carga. Tem que aumentar a massa de miocárdio então diminui o seu volume. Ocorre na sobrecarga sistólica Ocorre em doenças como: Hipertensão arterial Estenose valvular Doenças pulmonares Persistência do Ducto arterioso (VD) Estenose: diminuição do lúmen. Em algumas doenças cardíacas o retorno venoso (pré carga) está normal, porém a pressão de bombeamento está reduzida devido algum fator que dificulta a saída do sangue, principalmente pela artéria aorta. Fazendo com que tenha um aumento de pós carga, e o animal pode não conseguir manter o mesmo DC adequado. O coração com o objetivo de compensar essa dificuldade irá se fortalecer, aumentando de tamanho (fabricando fibras paralelas), e assim o lúmen em consequência vai diminuindo. Resumo produzido por Karoline Barboza Alves – 1/2021 Sobrecarga de pressão aumento da pressão sistólica (contração) aumento do stress sistólico crescimento transversal dos miócitos adição em paralelo de novas miofibrilas aumento da espessura da câmara cardíaca HIPERTROFIA CONCÊNTRICA Hipertrofia Excêntrica Aumenta o musculo cardíaco em comprimento (Aumenta o tamanho total do coração) Quando tem aumento de volume, pré carga ou retorno venoso. Aumenta o tamanho da câmara cardíaca para receber maior quantidade de sangue nessas doenças. Espessamento da parede com ampliação da Luz. O coração aumenta a capacidade de bombear sangue e tem o aumento do volume de sangue (pré carga). Sobrecarga diastólica Ocorre em doenças como: Insuficiência valvular Defeito septal Persistência do ducto arterioso (VE) Sobrecarga de volume aumento da pressão diastólica final aumento do stress na parede crescimento longitudinal dos miócitos adição em série de novas miofibrilas dilatação da câmara cardíaca HIPERTROFIA EXCENTRICA Quando hipertrofia em uma quantidade que o espaço fica muito limitado, tem consequências que irão matar o animal, como a formação de trombos pelo congestionamento do sangue. Situação onde a força contrátil das miofibrilas está prejudicada. Onde o animal não consegue hipertrofiar Acontece em doenças cardíacas terminais e em situações que o miocárdio está doente. Há estriamento com aumento da força contrátil, ocasionando assim uma parede mais fina do coração. Se o estímulo for persistente, o coração estira até o limite diminuição da força contrátil até a perder por completo. Está muito ligado a IC. Aumento da força contrátil (Frank- Starling) aumentando o volume sistólico. Quando o coração está com uma doença onde o miocárdio não consegue mais trabalhar com a lei de Frank Starling, por que ele já saturou a quantidade que ele podia estirar, e principalmente quando o coração está doente, acaba então tendo um limite e diminuindo o DC. Quando a PA começa a cair devido ao DC, vai ter ação do mecanismo a longo prazo na qual é ativado a angiotensina II que causa a retenção de água. Como o animal já está apresentando IC, o excesso do retorno venoso (por causa da retenção de água) irá causar uma congestão de sangue no coração (edema), e nesse momento é feito a entrada com medicamento de inibidores de ECA, furosemida para V V Resumo produzido por Karoline Barboza Alves – 1/2021 aumentar a diurese, usar medicamento para aumentar a força de contração. O próprio volume que o animal retém causa problema para ele. Objetivo Manter o DC mesmo que seja em níveis baixos em cardiopatias terminais. Causas Insuficiência valvular (quando o limite de hipertrofia é superado), principalmente da mitral e da tricúspide. Degeneração do coração, por que não está saudável. Necrose no coração Cicatrizes no coração Na necropsia é visualizado através: Coração flácido Globoso Paredes das câmaras finas Músculos papilares achatados Diâmetro longitudinal menor ou igual ao transversal. Diagnostico Pode ser feita por uma radiografia, entretanto não é tão sensível ao exame. A melhor forma de diagnosticar é através do ecocardiograma, na qual vai se ver o coração. Resumo produzido por Karoline Barboza Alves – 1/2021 Definições: Nem todo animal que tem um problema cardíaco vai ter uma IC. Tem várias classes para classificar/ estadiar a IC. Estagio 1: geralmente sem limitações físicas. Estagio 2: dificuldade para a atividade física, o coração não bombeia sangue suficiente. Estagio 3: animal cansado e que não consegue fazer exercício físico. Estagio 4: muita limitação, vários sintomas e muito cansado. Muitas vezes no estágio 1 nem precisa de remédio, já no estágio 2 entra com antidiurético para diminuir o acumulo de líquido e as vezes com o inibidor da ECA para o animal não reter água e assim diminuir a pós carga Cardiopatia Paciente que apresenta anormalidade cardíaca anatômica congênita ou funcional. Essas normalidades podem ou não resultar em comprometimento da função cardíaca (DC) dependendo do grau do sistema circulatório. Não sabe se a lesão é inflamatória ou degenerativa Pode ter uma cardiopata que o sistema de compensação consiga compensar sem entrar na IC, esse que vai ter o estágio 1 geralmente. Insuficiência Cardíaca Não é uma doença Caracterizada pela incapacidade do coração de suprir as necessidades hemodinâmicas e metabólicas do animal. Incapacidade de realizar exercícios em virtude de limitações cardíacas e perfusões inadequadas do musculo esquelético. Precisa entender as doenças que leva a IC. Nem todo cardiopata precisa ser insuficiente, mas todo insuficiente precisa ser cardiopata. São as cardiopatias que levam a IC. Muitas vezes pode ser compensada pelos mecanismos de curso e a longo prazo sem ser deletério. Insuficiência cardíaca congestiva (ICC) Síndrome clinicopatologica caracterizada pelo aumento nas pressões venosa e capilar, em razão do comprometimento da função cardíaca, resultado em órgãos com vasos congestos, podendo haver extravasamento de líquidos para tecidos e cavidades (edemas e efusões) Nem todo animal com doença cárdica apresenta IC, tampouco ICC (fases mais avançadas da doença cardíaca) Alterações cardíacas que resultam em insuficiência Sobrecarga constante de pressão- 1 ou 2 ventrículos Aumento de pós carga Pode ocorrer de um lado ou dos dois lados Sobrecarga constante de volume- 1 ou 2 ventrículos Pode ocorrer de um lado ou dos dois lados Diminuição ou alteração da contratilidade normal das fibras Resumo produzido por Karoline Barboza Alves – 1/2021 Infarto, neoplasia de miocárdio Alteração significativa da frequência e do ritmo cardíaco Arritmias Coração se torna insuficiente SNS está fazendo sua parte, liberando adrenalina, mas o coração não aguenta. SRAA está causando vasoconstrição e aumentando a pós carga e ao mesmo tempo a angiotensina retendo sódio e agua, sobrecarregando animal e aumentando a pós carga. Como consequência tem a congestão Quando o animal está insuficiente, ele vai tentar manter o DC, e dessa forma vai ter respostas sistêmicas e respostas cardíacas intrínsecas. Respostas cardíacas intrínsecas Hipertrofia Concêntrica Excêntrica Dilatação Respostas sistêmicas As respostas sistêmicas não para Liberação de noradrenalina pelo sistema nervoso simpático, causando vasoconstrição periférica, aumento do batimento cardíaco e da FC. A angiotensina II retendo liquido e fazendo a redistribuição do fluxo sanguíneo, o que faz diminuir a quantidade sangue O2 (desvio do sangue para órgãos vitais) causando congestão nos órgãos, por reter líquido. Tem aumento do volume sanguíneo total que vai causar edema. Aumento do volume sanguíneo total Retenção de líquido devido à ativação do SRAA. Efeitos benéficos: Aumento do volume sanguíneo Aumento do retorno venoso para o coração Aumento do trabalho e débito cardíaco Efeitos maléficos: Perda de equilíbrio entre PH (pressão hidrostática) e PO (pressão osmótica) nos capilares Aumento nos espaços intersticiais e cavidades- edema. A PH atrai liquido para fora do vaso e a PO atrai o líquido para dentro do vaso. Quem auxilia são as proteínas, principalmente a albumina. O liquido que sobrar/ escapar é drenado pelos vasos linfáticos e volta através do ducto torácico até a veia cava cranial até o átrio direito. Porém como o coração não consegue bombear o sangue, ele vai deixando o sistema venoso congesto pois o sangue não circula, aumentando a PH, o sangue extravasa, a PO não consegue equilibrar, o sistema linfático não consegue drenar e o líquido fica acumulado e causa edema. Causas da ICC IC direita Miocardite e necrose do miocárdio Endocardite da tricúspide e estenose pulmonar Resumo produzido por Karoline Barboza Alves – 1/2021 Hipertensão pulmonar (pneumonia como exemplo) IC esquerda Miocardite e necrose do miocárdio Endocardite da válvula mitral Estenose da válvula aórtica Insuficiência cardíaca congestiva direita (ICCd) Edema subcutâneo (veia cava fica congesta, a axilar também, a jugular, entre outras) Aumento de volume abdominal (Ascite) Hepatomegalia Dispneia Emagrecimento progressivo (caquexia) Como ocorre: Quando tem um animal com ICCD é esperado que o animal tenha edema pois veia cava fica congesta, fazendo com que as veias axilares, jugular, cefálica também fique e assim cause acumulo dando origem ao edema nos membros anteriores. Veia cava cranial e caudal fica congesta e causa extravasamento de líquido para o tórax, causando hidrotórax. O líquido também extravasa para o pericárdio, e é chamado de hidropericardio. Como o animal está insuficiente, acumula sangue no ventrículo e átrio, vai acumular na veia cava, fazendo com que o sangue faça o sentido ao contrário, ficando congesto. Isso causa congestão renal, congestão de veia hepática, congestão hepática e congestão do sistema porta. Em todas essas situações tem aumento de PH fazendo com que o sangue extravasa e forma ascite. O animal apresenta dispneia pois o ventrículo direito dilata e causa uma diminuição do tamanho da traqueia, e o animal passa a tossir. ICD acumula sangue no VD acumula no AD congestiona veia cava cranial/ caudal congestiona o fígado congestiona a veia porta isso causa: Edema subcutâneo, principalmente em bovinos de barbela e de membros anteriores por conta do acumulo de sangue na veia cranial. Veia cava cranial divide em duas jugulares e vai para o pescoço se a jugular está congesta aumenta a PH delas pulso jugular positivo vai sentir a veia jugular pulsando esse pulsar ocorre por causa dessa congestão e o sangue retrógado que vem assim que o VD e AD contrai o sangue retorna e pulsa na jugular. Veia não pulsa artéria pulsa Resumo produzido por Karoline Barboza Alves – 1/2021 Fígado apresenta Hepatomegalia pois tem congestão de sangue No sistema porta o sangue extravasa pois a PH aumenta permite que o sangue extravasa para dentro da cavidade abdominal ascite Insuficiência cardíaca congestiva esquerda (ICCe) Intolerância ao exercício Tosse/dispneia Secreção nasal líquida Cianose/ Síncope (desmaio) Emagrecimento progressivo Como ocorre: Como o animal está insuficiente o sangue está acumulando no VE e AE, na saída do sangue da aorta vai ter a vasoconstrição pois a angiotensina II está tentando manter a volemia. Então, a quantidade de sangue que vai para a aorta não é a mesma, então o DC cai, e os órgãos ficam mau nutridos e oxigenados causando uma intolerância ao exercício. O animal tem síncope pois o cérebro pode não estar recebendo a quantidade necessária de oxigênio e nutrientes e assim pode ocorrer de o animal desmaiar. Pode causar edema pulmonar pois, o sangue está acumulando no AE, veias pulmonares e por consequente no pulmão, aumentando a PH causando congestão pulmonar e o edema. Além de fazer o animal apresentar dificuldade de respirar e as vezes presença de espuma/ secreção nasal. Dispneia dificuldade para respirar no lugar que era para ter ar tem espuma. Essa espuma em casos mais graves pode começar a sair nas cavidades nasais junto com liquido. Congestão da veia pulmonar aumento PH quantidades pequenas de proteínas que mantém a PO extravasa albumina com o surfactante entra em contato com o O2 nesses casos dá o aspecto espumoso. O animal tem emagrecimento, pois a quantidade de sangue oxigenado e nutrido está baixíssima e assim o animal vai retirar o estoque de gordura para tentar suprir suas necessidades. A cianose (mucosa arroxeada) vai ocorrer devido a deficiência de oxigênio nas regiões extremas/periféricas do corpo. O sangue arterial chega no tecido através das artérias, arteríolas e capilares rico em O2 e para sair, é feito pelos capilares, vênulas e veias. Se o DC e a PA estão diminuindo por causa da IC, o animal vai ficar mal oxigênio principalmente nas extremidades. Isso faz ter uma diminuição da oxigenação do tecido, a célula então vai interromper o seu metabolismo e começar a ter uma grande de quantidade de sangue não oxigenado, como o sangue sem oxigenado tem uma coloração azulada, vai deixando a mucosa do animal com a cor arroxeada (cianose). ICE não consegue manter o DC acumula sangue no VE e AE acumula nas veias pulmonares acumula nos capilares pulmonares
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