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Exames Laboratoriais Produção: Profa Ms Raffaela Angel Aplicação: Prof. Dr. Adriano Ap. B. Chaves Aula 2 Hemostasia: equilíbrio entre a hemorragia e a trombose, Sangue deve correr no sistema circulatório de maneira fluida Não pode extravasar = hemorragia Não pode coagular = trombo A coagulação é uma série de reações químicas entre varias proteínas que convertem pró-enzimas em enzimas. Essas pró-enzimas e enzimas são denominadas fatores de coagulação. Fibrinólise Ativador Tecidual do plasminogenio Plasminogenio Plasmina (Proteina que lisa a fibrina - PDF – Produto de degradação da fibrina) Plasmina / Antiplasmina Fibrinólise PDF são removidas pelo fígado e pelo sistema retículo-endotelial Coagulograma o que avalia? • Em um perfil completo →tempo de sangramento (TS) →tempo de tromboplastina parcial ativado (TTPA) →Tempo de protrombina (TP)/INR →tempo de trombina (TT) →dosagem de fibrinogênio →plaquetas Coagulograma 1. Tempo de sangramento (TS) • Mede o tempo necessário para cessar a hemorragia de um ferimento com aproximadamente 2mm de profundidade • Permite avaliar a eficiência das plaquetas na formação do trombo • Método de Duke: 1 – 3 minutos 2. Tempo de Coagulação (TC) • Determina o tempo, que o sangue recém extraído, demora em coagular. • 5 – 15 minutos Coagulograma 3. Tempo de trombina (TT) •Mede o tempo de coagulação após adição de trombina ao plasma. •Avalia a última etapa da cascata da coagulação -- conversão do fibrinogênio em fibrina. •Valor Normal = 11,3 – 18,5 segundos 4. Tempo de Protrombina (TP) •Valor Normal = 11- 14,6 segundos •Determina a tendência de coagulação do sangue •Quanto maior for o TP, menor será a concentração de protrombina no sangue •Mede os fatores II, V, VII, X e o fibrinogênio 4. Tempo de Protrombina INR = Razão Normalizada Internacional – Valor INR = 1.0 Foi instituída pela Organização Mundial de Saúde para padronizar as diferenças de resultados de TP entre os vários laboratórios. O INR é a relação entre o tempo de protrombina do doente e um valor padrão do tempo de protrombina. Reflete o tempo necessário para o sangue coagular relativamente a um valor médio. 5. Tempo de Tromboplastina Parcial Ativada (TTPA) • Avalia a eficiência da via intrínseca na medição da formação do coágulo de fibrina • Como deficiência dos fatores de coagulação VIII,IX, XI,XII, com exceção das plaquetas. • VALORES: 21 a 35 segundos 6. Dosagem de Fibrinogênio • Glicoproteína plasmática. Origina-se no fígado • Está envolvida nas etapas finais da coagulação como precursor de monômeros de fibrina necessários para a formação do plug plaquetário. • Valor Referência: 200-400mg/dl Elevação Fibrinogênio: • Processos Inflamatórios e Infecciosos agudos. Traumas / Pós Operatório. Neoplasias 7. Plaquetas Considerações Gerais • Manter paciente confortável com apoio e seguro • Escolha do membro a ser puncionado deve ser feita com critério • Se a opção para a punção venosa for o uso de escalpe, o primeiro tubo deve ser descartado por causa do “espaço morto” da extensão do material. • Para a coleta com seringa agulhada, deve-se retirar a agulha antes de adicionar o sangue pelas paredes do tubo aberto. • Jamais perfurar a tampa do tubo com a agulha para passagem do sangue. • Para os exames de coagulação, o mais indicado são materiais que contenham vácuo, diminuindo a manipulação das amostras Para a coleta de amostras de exames de coagulação, o paciente deve estar em jejum mínimo de 4 horas Evitar fumo no dia da coleta A proporção sangue/anticoagulante deve ser exatamente de 9:1 (por exemplo, 4,5ml de sangue para 0,5 ml de citrato). A concentração de citrato de sódio deverá ser ajustada em pacientes com valores de hematócrito acima de 55% É sempre indicado que o profissional respeite o volume do tubo a ser coletado, garantindo, assim, a proporção adequada entre a amostra e o anticoagulante nos exames de coagulação. Considerações Gerais • Após a coleta, as amostras devem ser homogeneizadas por inversão de 3 a 5 vezes, para garantir o contato de toda a amostra com o anticoagulante • Algumas drogas podem interferir com testes de função plaquetária, como: aspirinas, anti-inflamatórios, clopidogrel, imidazol, antibióticos, antidepressivos, betabloqueadores, derivados da Ginka, etc. • Alguns alimentos, como alho, dieta rica em gorduras (lipemia) e cafeína, também interferem. Atenção aos problemas mais comuns Coleta de sangue de uma infusão intravenosa Aplicação do torniquete por mais de 1 minuto (pode causar hemoconcentração) Punção venosa lenta (o que pode ativar a coagulação) Agulha de calibre estreitamente inadequada (provocando coagulação ou hemólise da amostra) Preenchimento inadequado do tubo de coleta resulta em uma relação anticoagulante-sangue incorreta, propiciando resultados imprecisos. Exercícios • Explique o processo de coagulação. • Qual a importância de avaliar o coagulograma do paciente no período pré operatório e pré procedimentos invasivos? • Quais os cuidados de enfermagem para pacientes que apresentam alteração no coagulograma? (Prolongado) • Quais os cuidadospré, durante e pós coleta? Referências • Ministério da Saúde. Manual de diagnóstico laboratorial das Coagulopatias Hereditárias e Plaquetopatias. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/diagnostico_labor atorial_coagulopatias_hereditarias_plaquetopatias.pdf Avaliação da Função Glomerular Taxa de Filtração Glomerular (TFG) é definida como a capacidade renal de depurar uma substância a partir do sangue e é expressa como o volume de plasma que pode ser completamente depurado na unidade de tempo. Normalmente, o rim filtra 120 mL/min de sangue e o depura de produtos finais do metabolismo proteico Previne a perda de solutos específicos, proteína (particularmente a albumina) e os componentes celulares encontrados no sangue COMPOSIÇÃO DA URINA URÉIA : Inadequado utilizar isoladamente para avaliar a função renal Não é produzida constantemente durante o dia e a sua concentração sanguínea pode variar É parcialmente reabsorvida após o processo de filtração e, consequentemente, o cálculo da sua depuração subestima a TFG É o principal metabólito nitrogenado derivado da degradação das proteínas Valor normal varia de 20 – 40 mg/dl CREATININA Derivada principalmente do metabolismo da creatinina muscular Diretamente proporcional à massa muscular Proteínas ingeridas na dieta Produção de creatina fosfato pelo fígado Consumo da creatina fosfato pelos músculos para geração de energia Produção de creatinina Eliminação da creatinina pelos rins. Exame de Urina Importância Fornecer pistas importantes sobre doenças sistêmicas → Doenças Renais • Análises de urina mais comuns: EAS: Elementos Anormais do Sedimento ou Urina tipo I Urina de 24 horas Urocultura Como é realizado EAS? Etapa Analítica - Análise Física: cor / aspecto / densidade - Análise Química - Análise Microscópica Avaliação Quimica Mergulha-se uma fita na urina (dipstick) Cada fita possuiu vários quadradinhos coloridos compostos por substâncias químicas que reagem com determinados elementos da urina Compara-se a cores com uma tabela de referência que costuma vir na embalagem das próprias fitas do EAS. • Através destas reações e com o complemento do exame microscópico, podemos detectar a presença e a quantidade dos seguintes dados da urina: - Densidade - pH - Glicose - Proteínas - Hemácias - Leucócitos - Cetonas - Urobilinogênio e bilirrubina - Nitrito - Cristais - Células epiteliais e cilindros Resultados Coloração da Urina • Urina Normal → Amarelo claro • Pode chegar ao amarelo escuro • A cor indica alteração • amarelo-ouro • amarelo-claro • amarelo-escuro • cor de coca-cola Achado raro Bactérias que alcalinizam a urina Sinal de sangramento Ciclo menstrual Alimentação Medicamentos Odor : •Característico •Fétido Concentrada Presença de Sedimentos:•Pús •Cristais •Pedra Avaliação Valor Referência Observações Densidade 1005-1035 Água pura = 1000 Concentração de substâncias sólidas diluídas na urina pH 5,0 - 7,0 ≥ 7 bactérias alcalinas, dieta pobre em proteína, rica em frutas cítricas, medicamentos, vômitos ≤ 5,5 acidose metabólica, doença renal, diarréia, alguns diuréticos Glicose Negativo Glicemia alta, alterações nos túbulos renais Proteínas Negativo Febre, exercício físico antes da coleta, desidratação, estress, doenças renais, lesão por DM Hemácias HB Ausentes < 10.000 mm3 Se presente hematúria Avaliação Valor Referência Observações Leucócitos < 10.000 mm3 Sugere infecção urinária Cetonas / Corpos Cetônicos Ausentes Produzidos pela metabolização de gordura Hipertireóidismo / DM Gravidez/ aleitamento Medicamentos Urobilinogênio Bilirrubina Ausentes Indicam doença hepática Aparecem quando há altos níveis de bilirrubina sérica Nitritos Negativo Composições químicas liberadas por algumas bactérias Cristais Avaliar o tipo de cristal Origem Metabólica Ex: •Oxalato de cálcio, fosfato de cálcio → sem importância clinica Avaliação Valor Referência Observações Células Epiteliais E Cilindros Pode ser positivo Avaliar tipo de Cilindros São células do trato urinário que se descamam Ex: •Cilindros hemáticos → glomerulonefrite •Cilindros leucocitários → inflamação renal Muco na urina Inespecífico Pode ocorrer pelo acúmulo de células epiteliais com cristais e leucócitos Indicativo de processo inflamatório Ácido ascórbico (vit C) Dado que requer atenção Pode alterar os resultados do dipstick, principalmente na detecção de hemoglobina, glicose, nitritos, bilirrubina e cetonas → Falsos Positivos / Negativos Parasitas Ausente Contaminação por Trichomonas Vaginalis a partir da secreção vaginal ou Enterobius vermicularis por contaminação fecal EXAME MICROSCÓPICO Avaliação do Sedimento Urinário • Hemácias • Leucócitos • Células epiteliais Cilindros Microorganismos Cristais Gordura Coleta Urina Tipo I Qualquer horário do dia ou após 2 horas da última micção 40-50 ml urina Higiene íntima Desprezar primeiro jato → jato médio Preferencialmente entrega imediata Urocultura Colocação da urina em um meio propício à reprodução de bactérias →meio de cultura. Se + em 48 horas será possível identificar a formação de colônias de bactérias, identificando qual tipo de bactéria está presente É identificado quais antibióticos são eficazes em combatê-las → Antibiograma Resultado da Urocultura: Tipo de bactéria Número de colônias formadas pela mesma Lista de antibióticos sensíveis e resistentes Como colher a Urocultura? Técnica estéril → impedir a contaminação Higiene e secagem após Meio de coleta estéril No momento da coleta desprezar o primeiro jato e evitar o contato da urina com a pele Entrega imediata para análise Não se deve tomar antibiótico antes da coleta Resultados da Urocultura • Negativo • Positivo = > 100.000 colônias de bactérias Urina de 24hs A urina de 24 horas é um exame solicitado para quantificar determinadas substâncias na urina de modo mais acurado Deve ser coletada em 24hs sem perdas Referências 1. Sociedade Brasileira de Nefrologia; Bastos MG. Biomarcadores de Função Renal na DRC. e-book Biomarcadores na Nefrologia. Disponível em: http://arquivos.sbn.org.br/pdf/biomarcadores.pdf Bioquímica no Sangue Substâncias Eletrolitícas Substâncias Não Eletrolitícas Enzimas Eletrólitos: “Toda a substância que, dissociada ou ionizada, origina íons positivos e íons negativos, pela adição de um solvente ou aquecimento Desta forma torna-se um condutor de eletricidade • Papel importante na manutenção da homeostase do organismo Ajudam a regular: • Função miocárdica • Neurológica • Equilíbrio de hídrico • Liberação de oxigênio nos tecidos Substâncias Eletrolitícas LDB 43 Podem se desenvolver pelos seguintes mecanismos: • Ingestão excessiva de um eletrólito / água • Redução na eliminação de um eletrólito / água • Eliminação excessiva de um eletrólito / água • Processo Patogênico A causa mais comum de distúrbio eletrolítico é a insuficiência renal Desequilíbrio Hidroeletrolítico LDB 44 LDB 45 SIGLAS m - micra m3 – micra cúbicos pg – picogramas mg – microgramas g/dl – gramas por decilitro % - percentual ou porcentagem mm3 –milimetro cúbico U – unidade mEq –miliequivalente mol – quantidade de substância Potássio (K+) •Principal cátion no LIC •Regula a excitabilidade celular •Promove a permeabilidade das membranas celulares •Afetando portanto a condição elétrica da célula •Ajuda no controle da osmolalidade do LIC e consequentemente na pressão osmótica do LIC 47 • Valor de normalidade: 3,5 a 5,0mEq/l. • Hipercalemia / hiperpotassemia – K+ > 5 mEq/ℓ • Hipocalemia / hipopotassemia – K+ < 3,5 mEq/ℓ 48 Anormalidades eletrolíticas: (K+) • Sinais e Sintomas Hipercalemia • Náuseas • Diarreias • Cólicas abdominais • Fraqueza muscular • Taquicardia � bradicardia • Alterações no ECG • PCR Hipocalemia Sinais e Sintomas • Tontura |Apatia |Coma |Irritabilidade |Confusão |Arritmias: alt. ECG |PCR |Náusea, vômito |Anorexia |Diarreia, peristalse p |Distensão abdominal |Fraqueza muscular |Fadiga |Cãimbras em MMII |Hipotensão 49 • Principal cátion do LEC • Maior determinante da Osmolalidade Sérica • Controla o movimento de água • Volume extracelular e intravascular Papel fundamental: • Regulação do equilíbrio ácido-básico Através: • Contribui com a atividade neuromuscular • Com a atividade enzimática 50 Sódio Na++ HIPONATREMIA Sinais e Sintomas Na < 135mEq/l • Densidade urinária e osmolaridade sérica diminuída | Fraqueza e contratura muscular | Letargia, convulsão, coma, edema cerebral | Hipotensão e taquicardia | Náuseas, vômitos | cólicas abdominais, anorexia | Oligúria, anúria. LDB 51 Disfunção do Sistema Nervoso Central • Encefalopatia hiponatrêmica ` Devido ao edema cerebral osmótico ` Aumento da pressão intracraniana Herniação do tecido cerebral 52 Hiponatremia Síndrome de Desmielinização Osmótica: ` Desmielinização de neurônios ` Disfunção neurológica grave Manifestações como: ` Quadriplegia ` Paralisias 53 Correção da Hiponatremia ` Convulsões ` Coma, até morte. Nível de correção de sódio completamente livre de risco Rápida correção de sódio leva risco de lesões no SNC Hiponatremia sintomática: a reposição de sódio não deve ultrapassar 10-12 mEq em 24 horas Reposição sódio Aumento Osmolalidade Disrupção Osmótica Barreira (HE) Exposição das células SNC Substâncias Tóxicas • Representa hiperosmolaridade Aumento da concentração de sódio plasmático Cria um gradiente osmótico Resulta na movimentação da água para fora das células (LEC) Hipernatremia LDB 54 Desidratação Celular SNC = Sintomas Associados HIPERNATREMIA Sinais e Sintomas Sódio >145mEq/l • n osmolaridade sérica • Agitação, inquietação, Hipertensão, taquicardia • Edema, ganho de peso • Sede • Viscosidade nde saliva • Dispneia • língua áspera LDB 55 Manifestações clínicas: • Sede intensa • Fraqueza muscular • Confusão • Coma Alterações celulares a nível cerebral: • Podem ocasionar ruptura vascular • Sangramento cerebral • HSA • Seqüela cerebral permanente 56 `Valor de normalidade: 1,4 a 2,6mEq/l Funciona: `Co-fator nas reações e atividades de contração muscular (miocárdica, musculatura esquelética, paredes vasculares) `Síntese protéica e de DNA `Metabolismo de carboidratos e ácidos graxos `Ativação e utilização de adenosina trifosfato (ATP) `Ativação de vitaminas (principalmente do complexo B). 57 Magnésio (Mg++) Sinais e Sintomas • Tetania: Espasmos Musculares • Cãimbras • Confusão, convulsões • Arritmias • Vasodilatação, hipotensão • Disfasgia • Fraqueza muscular Hipomagnesemia 58 Dieta Perdas Absorção Sinais e Sintomas: Mg >2,5mEq/l Quase sempre coexiste com nK e nCa Excreção renal p Reflexos diminuídos: fraqueza muscular HipotensãoArritmia cardíaca (bloqueios) Hipermagnesemia 59 Insuficiência Renal Litío Deficiência na excreção Substâncias com Mg ` Sinais e Sintomas • Ca++ sérico total < 8,5 mg/dℓ • Ca++ sérico ionizado < 4,2 mg/dℓ ` Ansiedade ` Irritabilidade ` Contratura ao redor da boca ` Laringoespasmo ` Convulsão ` Hipotensão ` Arritmias HIPOCALCEMIA 60 Valor normal: • Iônico: 4,5 a 5,5 mEq/l →melhor indicador plasmático • Total: 8,5 a 10,5 mEq/l • Jejum 4 horas Cálcio HIPERCALCEMIA (PTH) Sinais e Sintomas • Sonolência • Letargia • Cefaléia • Irritabilidade • Anorexia 61 • Náuseas e vômitos • Arritmias • Desidratação • Dor óssea • Fraturas patológicas Bicarbonato • Sais que contêm o ânion HCO3 • Valores : 22 a 28 mEq/L Substâncias Não Eletrólitícas Glicose DM II Hb glicosilada A membrana da hemácia é totalmente permeável a glicose, a glicolisação ocorre durante os 120 dias de sobrevida DM a cada 3 meses DM gestacional - mensal URÉIA Valores : 10 a 50 mg/dl A uréia forma-se no fígado e juntamente com o CO2 constitui o produto final do metabolismo nitrogenado A quantidade de uréia excretada varia diretamente com a ingestão de proteínas, com a excreção aumentada na febre ou diabetes. É usado como índice grosseiro da função glomerular e da produção e excreção de uréia urinária * jejum de 4 hs Implicações clínicas Os níveis aumentados (hiperuremia) podem ser por comprometimento da função renal, ICC, IAM, estresse Os níveis diminuídos (hipouremia) podem ser por insuficiência hepática, desnutrição Fatores que interferem: Dieta pobre em proteínas e rica em carboidratos podem causar hipouremia No final da gravidez pode haver hiperuremia Alerta: A hiperuremia pode levar a desorientação, convulsões, confusão CREATININA Valores : 0,4 a 1,3 mg/dl Um distúrbio da função renal reduz a excreção de creatinina, resultando em níveis sanguíneos aumentados. Diagnostica comprometimento da função renal * jejum de 4 hs Implicações clínicas Níveis elevados ocorrem em comprometimento da função renal, obstrução do trato urinário, doença muscular, ICC, desidratação Níveis diminuídos não são clinicamente significativos Fatores que interferem: Níveis elevados de ácido ascórbico e antibióticos - cefalosporina podem causar um nível aumentado Drogas que influenciam a função renal Dieta rica em carne Transaminases • As transaminases existem em quantidades mínimas no sangue de um indivíduo normal, mas após destruição celular extensa aumentam significativamente. • São enzimas indicadoras de morte celular. • Existe em quantidades importantes nas células hepáticas, cardíacas, musculares e do pulmão. Transaminases • As duas transaminases de interesse clínico são: • AST (aspartato-transaminase) ou TGO (transaminase glutamato-oxalacetato) • ALT (alanina-transaminase) ou TGP (transaminase glutamato-piruvato) • Valores de Referência: – TGO: 5 a 40 U/L – TGP: 5 a 35 U/L • Preparo do Paciente: jejum de 8 a 10 horas. • Tipo de Coleta : tubo seco sem anticoagulante Função Hepática 1. Albumina: sintetizada pelo fígado 2. Alanina transaminase / Transaminase Glutâmica Pirúvica Sérica – TGP • Enzima presente nos hepatócitos • Aumenta em lesões hepáticas 3. Aspartato transaminase / Transaminase Glutâmica Oxalacética Sérica – TGO • Enzima, é encontrado em outros tecidos Função Hepática 4. Fosfatase Alcalina (ALP) • É uma enzima presente em quase todos os tecidos, mas encontra- se particularmente em altas concentrações nos ossos, fígado, epitélio dos ductos biliares, placenta, mucosa intestinal e rins. • A ALP está frequentemente elevada em doenças malignas e pode refletir uma patologia de origem hepática ou óssea. • Valor: 40 – 150 U/L Função Hepática 5. Bilirrubina: • Produto da quebra do heme, absorvido pelos hepatócitos a) Bilirrubina Total: 0,2 a 1,0 mg/dL b) Bilirrubina Direta: 0,05 a 0,3 mg/dL c) Bilirrubina Indireta (ligada a albumina): até 0,7 mg/dL Gama Glutamil Transferase (GGT) • Enzima presente principalmente no fígado e ductos biliares, mas também pode ser encontrada nas células dos rins, intestinos, pâncreas e baço. • Fornecer uma análise do funcionamento do fígado e identificar possíveis alterações hepáticas, principalmente as relacionadas ao consumo de álcool. Lipídeos Principais: • Colesterol • Ésteres do colesteril • Triglicerídeos • Fosfolipídios • Ácidos graxos não-esterificados. Classes: • Quilomícrons • Lipoproteínas de densidade muito baixa (VLDL) • Lipoproteínas de baixa densidade (LDL) • Lipoproteínas de densidade intermediária (IDL) • Lipoproteínas de alta densidade (HDL) Lipídeos & Funções Transporte dos triglicerídeos e do colesterol dos locais de origem (intestino /origem exógena; no fígado/origem endógena) – para os locais de armazenamento e utilização HDL: • Papel vital no transporte do excesso de colesterol dos tecidos extra- hepáticos de volta para o fígado, por onde é excretado na bile • A remoção do excesso de colesterol celular das paredes arteriais pode ter um papel crucial em diminuir o acúmulo de colesterol nas paredes arteriais, inibindo a aterogênese ALTERAÇÕES LIPÍDICAS Colesterol Produção ou ingestão acentuada. Histórico familiar. Sedentarismo e estresse. Esteróides anabolizantes. Hipercolesterolemia - associado à diabetes mellitus, hipotireoidismo, e aterosclerose. Hipocolesterolemia – associado à hipertireoidismo, anemia perniciosa e hemolítica • Jejum 12 hs* Triglicérides Ingestão acentuada – carboidratos Alterações metabólicas. Estresse e sedentarismo. Eleva-se: no diabete, na aterosclerose e nas doenças coronarianas. Coleta dos Lipideos Uso do torniquete na punção venosa: após 1 minuto de torniquete, pode haver hemoconcentração e, com relação ao perfil lipídico, ocorrer aumento de cerca de 5% no CT. No preparo do paciente para a realização das dosagens do perfil lipídico, recomenda-se manter o estado metabólico estável e a dieta habitual. O jejum não é necessário para realização do CT, HDL-c, pois o estado pós-prandial não interfere na concentração destas partículas Coleta de Lipideos Vale ressaltar que o período de jejum de 12 horas não representa nosso estado metabólico normal, pois não ficamos constantemente neste tempo sem nos alimentar. Valores aumentados de triglicerídeos no pós-prandial representam um maior risco para eventos cardiovasculares. Alguns autores anteciparam que o fim do jejum para o perfil lipídico seria indicado para a rotina laboratorial Avaliação Cardíaca 1. Troponina: proteína que participa no processo de contração muscular 2. CPK: Creatinofosfoquinase – Enzima reguladora no metabolismo de tecidos contrateis CK-MB: • Só se eleva após lesão isquêmica irreversível • Marcador para IAM até as 48hs (principal no coração) • Elevam num período de 3 a 8 horas após o início da dor • Atingem um pico num período de 24 hs • Caem para níveis normais após 72 - 96 horas Avaliação Cardíaca • Os marcadores devem ser medidos na admissão e repetidos pelo menos uma vez, 6-9 horas após (preferencialmente 9-12 horas após o início dos sintomas), caso a primeira dosagem seja normal ou discretamente elevada (nível de evidência: B). • CK-MB massa e troponinas são os marcadores bioquímicos de escolha (nível de evidência: A). • CK-MB: só se eleva após lesão isquêmica irreversível • Troponinas: por terem menor peso molecular e por apresentarem uma fração livre no citoplasma celular, são liberadas mesmo em situação de isquemia reversível (angina instável). Albumina – eletroforese de proteínas Proteína mais abundante e tem uma grande variedade de funções: reserva nitrogenada; manutenção de pressão osmótica; transporte de substâncias pouco solúveis como ácidos graxos, hormonios. Valores – 3,5 a 5,0 g/dl jejum de 4 hs Hipoalbuminemia => quebra da síntese de albumina (desnutrição, queimaduras , ou processo hepático, aumento da sua degradação ou sua perdapela urina ou nas fezes. PCR – Proteína C Reativa Indicador de risco cardiovascular • Abaixo de 0,1 mg/dL: risco baixo • De 0,1 e 0,3 mg/dL: risco intermediário • Acima de 0,3 mg/dL: risco aumentado Indicador de processos infecciosos e/ou inflamatórios • De 1,0 e 5,0 mg/dL: encontrado em infecções virais e processos inflamatórios leves • De 5,1 e 20,0 mg/dL - encontrado em infecções bacterianas e processos inflamatórios sistêmicos • Acima de 20,0 mg/dL - encontrado em infecções graves, grandes queimados e em politraumatismo Referências 1. Perdigão TM. Solicitação e interpretação de exames laboratoriais: a percepção do enfermeiro. Revista Enfermagem Integrada – Ipatinga: Unileste-MG. 2012; 5(1): 931-42. 2. Schiavo et al. Influência da dieta na concentração sérica de triglicerídeos. Jornal Brasileiro de Patologia e Medicina Laboratorial. 2003; 29(4): 283-88. 3. Sociedade Brasileira de Cardiologia. Arq Bras Cardiol 2017; 109(2Supl.1):1-76. 4. Sociedade Brasileira de Diabetes. 2017 – 2018.