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Exames Laboratoriais
Produção: Profa Ms Raffaela Angel
Aplicação: Prof. Dr. Adriano Ap. B. Chaves
Aula 2
Hemostasia: equilíbrio entre a hemorragia e a trombose, 
Sangue deve correr no sistema circulatório de maneira fluida
Não pode extravasar = hemorragia
Não pode coagular = trombo
A coagulação é uma série de reações químicas entre varias proteínas que 
convertem pró-enzimas em enzimas. 
Essas pró-enzimas e enzimas são denominadas fatores de coagulação. 
Fibrinólise
Ativador Tecidual do 
plasminogenio
Plasminogenio
Plasmina
(Proteina que lisa a fibrina - PDF 
– Produto de degradação da 
fibrina)
Plasmina / Antiplasmina
Fibrinólise
PDF são removidas pelo fígado e 
pelo sistema retículo-endotelial
Coagulograma o que avalia?
• Em um perfil completo
→tempo de sangramento (TS)
→tempo de tromboplastina parcial ativado (TTPA)
→Tempo de protrombina (TP)/INR
→tempo de trombina (TT)
→dosagem de fibrinogênio
→plaquetas
Coagulograma
1. Tempo de sangramento (TS)
• Mede o tempo necessário para cessar a hemorragia de um ferimento 
com aproximadamente 2mm de profundidade
• Permite avaliar a eficiência das plaquetas na formação do trombo
• Método de Duke: 1 – 3 minutos
2. Tempo de Coagulação (TC)
• Determina o tempo, que o sangue recém extraído, demora em 
coagular. 
• 5 – 15 minutos
Coagulograma 
3. Tempo de trombina (TT)
•Mede o tempo de coagulação após adição de trombina ao plasma. 
•Avalia a última etapa da cascata da coagulação -- conversão do 
fibrinogênio em fibrina. 
•Valor Normal = 11,3 – 18,5 segundos
4. Tempo de Protrombina (TP)
•Valor Normal = 11- 14,6 segundos
•Determina a tendência de coagulação do sangue
•Quanto maior for o TP, menor será a concentração de protrombina no 
sangue
•Mede os fatores II, V, VII, X e o fibrinogênio
4. Tempo de Protrombina
INR = Razão Normalizada Internacional –
Valor INR = 1.0
Foi instituída pela Organização Mundial de Saúde para padronizar as diferenças de 
resultados de TP entre os vários laboratórios.
O INR é a relação entre o tempo de protrombina do doente e um valor padrão do tempo 
de protrombina.
Reflete o tempo necessário para o sangue coagular relativamente a um valor médio.
5. Tempo de Tromboplastina Parcial Ativada (TTPA)
• Avalia a eficiência da via intrínseca na medição da formação 
do coágulo de fibrina
• Como deficiência dos fatores de coagulação VIII,IX, XI,XII, com 
exceção das plaquetas.
• VALORES: 21 a 35 segundos 
6. Dosagem de Fibrinogênio
• Glicoproteína plasmática. Origina-se no fígado
• Está envolvida nas etapas finais da coagulação como precursor de
monômeros de fibrina necessários para a formação do plug plaquetário.
• Valor Referência: 200-400mg/dl
Elevação Fibrinogênio:
• Processos Inflamatórios e Infecciosos agudos. Traumas / Pós Operatório.
Neoplasias
7. Plaquetas
Considerações Gerais
• Manter paciente confortável com apoio e seguro
• Escolha do membro a ser puncionado deve ser feita com critério
• Se a opção para a punção venosa for o uso de escalpe, o primeiro tubo deve
ser descartado por causa do “espaço morto” da extensão do material.
• Para a coleta com seringa agulhada, deve-se retirar a agulha antes de
adicionar o sangue pelas paredes do tubo aberto.
• Jamais perfurar a tampa do tubo com a agulha para passagem do sangue.
• Para os exames de coagulação, o mais indicado são materiais que contenham
vácuo, diminuindo a manipulação das amostras
Para a coleta de amostras de exames de 
coagulação, o paciente deve estar em jejum 
mínimo de 4 horas
Evitar fumo no dia da coleta
A proporção sangue/anticoagulante deve ser 
exatamente de 9:1 (por exemplo, 4,5ml de 
sangue para 0,5 ml de citrato).
A concentração de citrato de sódio deverá ser 
ajustada em pacientes com valores de 
hematócrito acima de 55%
É sempre indicado que o profissional respeite o volume do tubo a ser 
coletado, garantindo, assim, a proporção adequada entre a amostra e o 
anticoagulante nos exames de coagulação.
Considerações Gerais
• Após a coleta, as amostras devem ser homogeneizadas por
inversão de 3 a 5 vezes, para garantir o contato de toda a
amostra com o anticoagulante
• Algumas drogas podem interferir com testes de função
plaquetária, como: aspirinas, anti-inflamatórios, clopidogrel,
imidazol, antibióticos, antidepressivos, betabloqueadores,
derivados da Ginka, etc.
• Alguns alimentos, como alho, dieta rica em gorduras (lipemia)
e cafeína, também interferem.
Atenção aos problemas mais comuns
Coleta de sangue de uma infusão intravenosa
Aplicação do torniquete por mais de 1 minuto (pode causar 
hemoconcentração)
Punção venosa lenta (o que pode ativar a coagulação)
Agulha de calibre estreitamente inadequada (provocando coagulação ou 
hemólise da amostra)
Preenchimento inadequado do tubo de coleta resulta em uma relação 
anticoagulante-sangue incorreta, propiciando resultados imprecisos.
Exercícios
• Explique o processo de coagulação.
• Qual a importância de avaliar o coagulograma do paciente no
período pré operatório e pré procedimentos invasivos?
• Quais os cuidados de enfermagem para pacientes que
apresentam alteração no coagulograma? (Prolongado)
• Quais os cuidadospré, durante e pós coleta?
Referências 
• Ministério da Saúde. Manual de diagnóstico laboratorial das 
Coagulopatias Hereditárias e Plaquetopatias. Disponível em: 
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/diagnostico_labor
atorial_coagulopatias_hereditarias_plaquetopatias.pdf
Avaliação da Função Glomerular
Taxa de Filtração Glomerular (TFG) é definida como a capacidade 
renal de depurar uma substância a partir do sangue e é expressa como 
o volume de plasma que pode ser completamente depurado na 
unidade de tempo. 
Normalmente, o rim filtra 120 mL/min de sangue e o depura de 
produtos finais do metabolismo proteico
Previne a perda de solutos específicos, proteína (particularmente a 
albumina) e os componentes celulares encontrados no sangue
COMPOSIÇÃO DA URINA
URÉIA : 
Inadequado utilizar isoladamente para avaliar a função renal
Não é produzida constantemente durante o dia e a sua concentração 
sanguínea pode variar 
É parcialmente reabsorvida após o processo de filtração e, 
consequentemente, o cálculo da sua depuração subestima a TFG
É o principal metabólito nitrogenado derivado da degradação das 
proteínas
Valor normal varia de 20 – 40 mg/dl 
CREATININA
Derivada principalmente do metabolismo da creatinina muscular
Diretamente proporcional à massa muscular
Proteínas ingeridas na dieta
Produção de creatina fosfato pelo fígado
Consumo da creatina fosfato pelos músculos para geração de energia
Produção de creatinina
Eliminação da creatinina pelos rins.
Exame de Urina
Importância
Fornecer pistas importantes sobre doenças sistêmicas → Doenças Renais
• Análises de urina mais comuns:
EAS: Elementos Anormais do Sedimento ou Urina tipo I
Urina de 24 horas
Urocultura 
Como é realizado EAS? 
Etapa Analítica
- Análise Física: cor / aspecto / densidade
- Análise Química
- Análise Microscópica
Avaliação Quimica
Mergulha-se uma fita na urina (dipstick) 
Cada fita possuiu vários quadradinhos coloridos 
compostos por substâncias químicas que reagem com 
determinados elementos da urina
Compara-se a cores com uma tabela de referência que 
costuma vir na embalagem das próprias fitas do EAS.
• Através destas reações e com o complemento do exame microscópico,
podemos detectar a presença e a quantidade dos seguintes dados da
urina:
- Densidade
- pH
- Glicose
- Proteínas
- Hemácias
- Leucócitos
- Cetonas
- Urobilinogênio e bilirrubina
- Nitrito
- Cristais
- Células epiteliais e cilindros
Resultados 
Coloração da Urina
• Urina Normal → Amarelo claro
• Pode chegar ao amarelo escuro
• A cor indica alteração
• amarelo-ouro
• amarelo-claro
• amarelo-escuro
• cor de coca-cola
Achado raro
Bactérias que 
alcalinizam a urina
Sinal de sangramento
Ciclo menstrual
Alimentação
Medicamentos
Odor :
•Característico
•Fétido
Concentrada 
Presença de Sedimentos:•Pús
•Cristais
•Pedra 
Avaliação Valor Referência Observações
Densidade 1005-1035 Água pura = 1000
Concentração de substâncias sólidas diluídas na urina
pH 5,0 - 7,0 ≥ 7 bactérias alcalinas, dieta pobre em proteína, rica em frutas 
cítricas, medicamentos, vômitos
≤ 5,5 acidose metabólica, doença renal, diarréia, alguns diuréticos
Glicose Negativo Glicemia alta, alterações nos túbulos renais
Proteínas Negativo Febre, exercício físico antes da coleta, desidratação, estress, 
doenças renais, lesão por DM
Hemácias
HB
Ausentes 
< 10.000 mm3
Se presente hematúria
Avaliação Valor Referência Observações
Leucócitos < 10.000 mm3 Sugere infecção urinária
Cetonas / Corpos 
Cetônicos
Ausentes Produzidos pela metabolização de gordura
Hipertireóidismo / DM
Gravidez/ aleitamento
Medicamentos 
Urobilinogênio
Bilirrubina 
Ausentes Indicam doença hepática 
Aparecem quando há altos níveis de bilirrubina sérica
Nitritos Negativo Composições químicas liberadas por algumas bactérias
Cristais Avaliar o tipo de 
cristal
Origem Metabólica
Ex:
•Oxalato de cálcio, fosfato de cálcio → sem importância clinica
Avaliação Valor Referência Observações
Células Epiteliais
E Cilindros
Pode ser positivo
Avaliar tipo de 
Cilindros
São células do trato urinário que se descamam
Ex:
•Cilindros hemáticos → glomerulonefrite
•Cilindros leucocitários → inflamação renal
Muco na urina Inespecífico Pode ocorrer pelo acúmulo de células epiteliais com cristais e 
leucócitos
Indicativo de processo inflamatório
Ácido ascórbico 
(vit C)
Dado que requer 
atenção
Pode alterar os resultados do dipstick, principalmente na 
detecção de hemoglobina, glicose, nitritos, bilirrubina e 
cetonas
→ Falsos Positivos / Negativos
Parasitas Ausente Contaminação por Trichomonas Vaginalis a partir da secreção 
vaginal ou Enterobius vermicularis por contaminação fecal
EXAME MICROSCÓPICO
Avaliação do Sedimento Urinário
• Hemácias
• Leucócitos
• Células epiteliais
Cilindros 
Microorganismos
Cristais
Gordura
Coleta Urina Tipo I
Qualquer horário do dia ou após 2 horas da última micção
40-50 ml urina
Higiene íntima
Desprezar primeiro jato → jato médio
Preferencialmente entrega imediata
Urocultura
Colocação da urina em um meio propício à reprodução de bactérias →meio de cultura. 
Se + em 48 horas será possível identificar a formação de colônias de bactérias, 
identificando qual tipo de bactéria está presente
É identificado quais antibióticos são eficazes em combatê-las → Antibiograma
Resultado da Urocultura:
Tipo de bactéria
Número de colônias formadas pela mesma
Lista de antibióticos sensíveis e resistentes
Como colher a Urocultura?
Técnica estéril → impedir a contaminação
Higiene e secagem após
Meio de coleta estéril
No momento da coleta desprezar o primeiro jato e 
evitar o contato da urina com a pele
Entrega imediata para análise
Não se deve tomar antibiótico antes da coleta
Resultados da Urocultura
• Negativo
• Positivo = > 100.000 colônias de bactérias
Urina de 24hs
A urina de 24 horas é um exame solicitado 
para quantificar determinadas substâncias 
na urina de modo mais acurado
Deve ser coletada em 24hs sem perdas
Referências
1. Sociedade Brasileira de Nefrologia; Bastos MG. Biomarcadores
de Função Renal na DRC. e-book Biomarcadores na Nefrologia.
Disponível em: http://arquivos.sbn.org.br/pdf/biomarcadores.pdf
Bioquímica no Sangue 
Substâncias Eletrolitícas
Substâncias Não Eletrolitícas
Enzimas 
Eletrólitos:
“Toda a substância que, dissociada ou ionizada, origina íons positivos e íons negativos, 
pela adição de um solvente ou aquecimento
Desta forma torna-se um condutor de eletricidade
• Papel importante na manutenção da homeostase do organismo
Ajudam a regular: 
• Função miocárdica
• Neurológica
• Equilíbrio de hídrico
• Liberação de oxigênio nos tecidos
Substâncias Eletrolitícas
LDB 43
Podem se desenvolver pelos seguintes mecanismos:
• Ingestão excessiva de um eletrólito / água
• Redução na eliminação de um eletrólito / água
• Eliminação excessiva de um eletrólito / água
• Processo Patogênico
A causa mais comum de distúrbio eletrolítico é a insuficiência 
renal
Desequilíbrio Hidroeletrolítico
LDB 44
LDB 45
SIGLAS
m - micra
m3 – micra cúbicos
pg – picogramas
mg – microgramas
g/dl – gramas por decilitro
% - percentual ou porcentagem
mm3 –milimetro cúbico
U – unidade
mEq –miliequivalente
mol – quantidade de substância
Potássio (K+)
•Principal cátion no LIC
•Regula a excitabilidade celular
•Promove a permeabilidade das membranas 
celulares
•Afetando portanto a condição elétrica da célula
•Ajuda no controle da osmolalidade do LIC e 
consequentemente na pressão osmótica do LIC
47
• Valor de normalidade: 3,5 a 5,0mEq/l.
• Hipercalemia / hiperpotassemia
– K+ > 5 mEq/ℓ
• Hipocalemia / hipopotassemia
– K+ < 3,5 mEq/ℓ
48
Anormalidades eletrolíticas: (K+)
• Sinais e Sintomas
Hipercalemia
• Náuseas
• Diarreias
• Cólicas abdominais
• Fraqueza muscular
• Taquicardia �
bradicardia
• Alterações no ECG
• PCR
Hipocalemia Sinais e Sintomas
• Tontura
|Apatia
|Coma
|Irritabilidade
|Confusão
|Arritmias: alt. ECG
|PCR
|Náusea, vômito
|Anorexia
|Diarreia, peristalse p
|Distensão abdominal
|Fraqueza muscular
|Fadiga
|Cãimbras em MMII
|Hipotensão
49
• Principal cátion do LEC
• Maior determinante da Osmolalidade Sérica
• Controla o movimento de água
• Volume extracelular e intravascular
Papel fundamental:
• Regulação do equilíbrio ácido-básico
Através:
• Contribui com a atividade neuromuscular
• Com a atividade enzimática
50
Sódio Na++
HIPONATREMIA
Sinais e Sintomas
Na < 135mEq/l
• Densidade urinária e osmolaridade sérica diminuída
| Fraqueza e contratura muscular
| Letargia, convulsão, coma, edema cerebral
| Hipotensão e taquicardia
| Náuseas, vômitos
| cólicas abdominais, anorexia
| Oligúria, anúria.
LDB 51
Disfunção do Sistema Nervoso Central 
• Encefalopatia hiponatrêmica
` Devido ao edema cerebral osmótico
` Aumento da pressão intracraniana
Herniação do tecido cerebral 
52
Hiponatremia
Síndrome de Desmielinização Osmótica:
` Desmielinização de neurônios
` Disfunção neurológica grave
Manifestações como: 
` Quadriplegia
` Paralisias
53
Correção da Hiponatremia
` Convulsões
` Coma, até morte. 
Nível de correção de sódio completamente livre de risco
Rápida correção de sódio leva risco de lesões no SNC
Hiponatremia sintomática: a reposição de sódio não deve ultrapassar 10-12 
mEq em 24 horas
Reposição
sódio 
Aumento
Osmolalidade
Disrupção
Osmótica Barreira 
(HE)
Exposição das 
células SNC
Substâncias
Tóxicas
• Representa hiperosmolaridade
Aumento da concentração de sódio plasmático
Cria um gradiente osmótico
Resulta na movimentação da água para fora
das células (LEC)
Hipernatremia
LDB 54
Desidratação Celular SNC = Sintomas Associados
HIPERNATREMIA
Sinais e Sintomas
Sódio >145mEq/l
• n osmolaridade sérica
• Agitação, inquietação, Hipertensão, taquicardia
• Edema, ganho de peso
• Sede
• Viscosidade nde saliva
• Dispneia
• língua áspera
LDB
55
Manifestações clínicas:
• Sede intensa
• Fraqueza muscular
• Confusão 
• Coma
Alterações celulares a nível cerebral:
• Podem ocasionar ruptura vascular
• Sangramento cerebral
• HSA
• Seqüela cerebral permanente
56
`Valor de normalidade: 1,4 a 2,6mEq/l
Funciona:
`Co-fator nas reações e atividades de contração muscular 
(miocárdica, musculatura esquelética, paredes vasculares)
`Síntese protéica e de DNA
`Metabolismo de carboidratos e ácidos graxos
`Ativação e utilização de adenosina trifosfato (ATP) 
`Ativação de vitaminas (principalmente do complexo B).
57
Magnésio (Mg++)
Sinais e Sintomas
• Tetania: Espasmos Musculares
• Cãimbras 
• Confusão, convulsões
• Arritmias
• Vasodilatação, hipotensão
• Disfasgia 
• Fraqueza muscular
Hipomagnesemia
58
Dieta
Perdas
Absorção 
Sinais e Sintomas: Mg >2,5mEq/l
Quase sempre coexiste com nK e nCa
Excreção renal p
Reflexos diminuídos: fraqueza muscular
HipotensãoArritmia cardíaca (bloqueios)
Hipermagnesemia
59
Insuficiência Renal
Litío
Deficiência na excreção
Substâncias com Mg
` Sinais e Sintomas
• Ca++ sérico total < 8,5 mg/dℓ
• Ca++ sérico ionizado < 4,2 mg/dℓ 
` Ansiedade
` Irritabilidade
` Contratura ao redor da boca
` Laringoespasmo
` Convulsão
` Hipotensão
` Arritmias 
HIPOCALCEMIA
60
Valor normal:
• Iônico: 4,5 a 5,5 mEq/l →melhor 
indicador plasmático
• Total: 8,5 a 10,5 mEq/l 
• Jejum 4 horas
Cálcio 
HIPERCALCEMIA (PTH)
Sinais e Sintomas
• Sonolência
• Letargia
• Cefaléia
• Irritabilidade
• Anorexia
61
• Náuseas e vômitos
• Arritmias
• Desidratação 
• Dor óssea
• Fraturas patológicas
Bicarbonato 
• Sais que contêm o ânion HCO3
• Valores : 22 a 28 mEq/L
Substâncias Não Eletrólitícas
Glicose 
DM II
Hb glicosilada
A membrana da hemácia é totalmente permeável a glicose, a glicolisação
ocorre durante os 120 dias de sobrevida
DM a cada 3 meses
DM gestacional - mensal
URÉIA
Valores : 10 a 50 mg/dl
A uréia forma-se no fígado e juntamente com o CO2 constitui o produto final do 
metabolismo nitrogenado
A quantidade de uréia excretada varia diretamente com a ingestão de proteínas, com a 
excreção aumentada na febre ou diabetes.
É usado como índice grosseiro da função glomerular e da produção e excreção de 
uréia urinária
* jejum de 4 hs
Implicações clínicas
Os níveis aumentados (hiperuremia) podem ser por comprometimento da função 
renal, ICC, IAM, estresse
Os níveis diminuídos (hipouremia) podem ser por insuficiência hepática, desnutrição
Fatores que interferem:
Dieta pobre em proteínas e rica em carboidratos podem causar hipouremia
No final da gravidez pode haver hiperuremia
Alerta: A hiperuremia pode levar a desorientação, convulsões, confusão
CREATININA
Valores : 0,4 a 1,3 mg/dl
Um distúrbio da função renal reduz a excreção de creatinina, resultando 
em níveis sanguíneos aumentados. 
Diagnostica comprometimento da função renal
* jejum de 4 hs
Implicações clínicas
Níveis elevados ocorrem em comprometimento da função renal, obstrução do trato 
urinário, doença muscular, ICC, desidratação
Níveis diminuídos não são clinicamente significativos
Fatores que interferem:
Níveis elevados de ácido ascórbico e antibióticos - cefalosporina podem causar um 
nível aumentado
Drogas que influenciam a função renal
Dieta rica em carne
Transaminases
• As transaminases existem em quantidades mínimas no sangue 
de um indivíduo normal, mas após destruição celular extensa 
aumentam significativamente. 
• São enzimas indicadoras de morte celular. 
• Existe em quantidades importantes nas células hepáticas, 
cardíacas, musculares e do pulmão. 
Transaminases
• As duas transaminases de interesse clínico são: 
• AST (aspartato-transaminase) ou TGO
(transaminase glutamato-oxalacetato) 
• ALT (alanina-transaminase) ou TGP
(transaminase glutamato-piruvato) 
• Valores de Referência: 
– TGO: 5 a 40 U/L
– TGP: 5 a 35 U/L
• Preparo do Paciente: jejum de 8 a 10 horas.
• Tipo de Coleta : tubo seco sem anticoagulante 
Função Hepática
1. Albumina: sintetizada pelo fígado
2. Alanina transaminase / Transaminase Glutâmica Pirúvica Sérica –
TGP
• Enzima presente nos hepatócitos
• Aumenta em lesões hepáticas
3. Aspartato transaminase / Transaminase Glutâmica Oxalacética
Sérica – TGO
• Enzima, é encontrado em outros tecidos
Função Hepática
4. Fosfatase Alcalina (ALP)
• É uma enzima presente em quase todos os tecidos, mas encontra-
se particularmente em altas concentrações nos ossos, fígado,
epitélio dos ductos biliares, placenta, mucosa intestinal e rins.
• A ALP está frequentemente elevada em doenças malignas e pode
refletir uma patologia de origem hepática ou óssea.
• Valor: 40 – 150 U/L
Função Hepática
5. Bilirrubina:
• Produto da quebra do heme, absorvido pelos hepatócitos
a) Bilirrubina Total: 0,2 a 1,0 mg/dL
b) Bilirrubina Direta: 0,05 a 0,3 mg/dL
c) Bilirrubina Indireta (ligada a albumina): até 0,7 mg/dL
Gama Glutamil Transferase (GGT)
• Enzima presente principalmente no 
fígado e ductos biliares, mas 
também pode ser encontrada nas 
células dos rins, intestinos, pâncreas 
e baço.
• Fornecer uma análise do 
funcionamento do fígado e 
identificar possíveis alterações 
hepáticas, principalmente as 
relacionadas ao consumo de álcool.
Lipídeos 
Principais:
• Colesterol
• Ésteres do colesteril
• Triglicerídeos
• Fosfolipídios
• Ácidos graxos não-esterificados. 
Classes:
• Quilomícrons
• Lipoproteínas de densidade muito baixa (VLDL)
• Lipoproteínas de baixa densidade (LDL)
• Lipoproteínas de densidade intermediária (IDL)
• Lipoproteínas de alta densidade (HDL) 
Lipídeos & Funções
Transporte dos triglicerídeos e do colesterol dos locais de 
origem (intestino /origem exógena; no fígado/origem 
endógena) – para os locais de armazenamento e 
utilização
HDL:
• Papel vital no transporte do excesso de colesterol dos tecidos extra-
hepáticos de volta para o fígado, por onde é excretado na bile 
• A remoção do excesso de colesterol celular das paredes arteriais pode 
ter um papel crucial em diminuir o acúmulo de colesterol nas paredes 
arteriais, inibindo a aterogênese
ALTERAÇÕES LIPÍDICAS
Colesterol
Produção ou ingestão acentuada. Histórico familiar. Sedentarismo e estresse. 
Esteróides anabolizantes.
Hipercolesterolemia - associado à diabetes mellitus, hipotireoidismo, e 
aterosclerose.
Hipocolesterolemia – associado à hipertireoidismo, anemia perniciosa e 
hemolítica 
• Jejum 12 hs*
Triglicérides
Ingestão acentuada – carboidratos
Alterações metabólicas. 
Estresse e sedentarismo.
Eleva-se: no diabete, na aterosclerose e nas doenças 
coronarianas. 
Coleta dos Lipideos
Uso do torniquete na punção venosa: após 1 minuto de torniquete, 
pode haver hemoconcentração e, com relação ao perfil lipídico, 
ocorrer aumento de cerca de 5% no CT.
No preparo do paciente para a realização das dosagens do perfil 
lipídico, recomenda-se manter o estado metabólico estável e a dieta 
habitual.
O jejum não é necessário para realização do CT, HDL-c, pois o estado 
pós-prandial não interfere na concentração destas partículas
Coleta de Lipideos
Vale ressaltar que o período de jejum de 12 horas não representa nosso estado 
metabólico normal, pois não ficamos constantemente neste tempo sem nos 
alimentar. 
Valores aumentados de triglicerídeos no pós-prandial representam um maior 
risco para eventos cardiovasculares. 
Alguns autores anteciparam que o fim do jejum para o perfil lipídico seria 
indicado para a rotina laboratorial
Avaliação Cardíaca
1. Troponina: proteína que participa no processo de contração muscular
2. CPK: Creatinofosfoquinase – Enzima reguladora no metabolismo de tecidos
contrateis
CK-MB:
• Só se eleva após lesão isquêmica irreversível
• Marcador para IAM até as 48hs (principal no coração)
• Elevam num período de 3 a 8 horas após o início da dor
• Atingem um pico num período de 24 hs
• Caem para níveis normais após 72 - 96 horas
Avaliação Cardíaca
• Os marcadores devem ser medidos na admissão e repetidos pelo
menos uma vez, 6-9 horas após (preferencialmente 9-12 horas
após o início dos sintomas), caso a primeira dosagem seja normal
ou discretamente elevada (nível de evidência: B).
• CK-MB massa e troponinas são os marcadores bioquímicos de
escolha (nível de evidência: A).
• CK-MB: só se eleva após lesão isquêmica irreversível
• Troponinas: por terem menor peso molecular e por apresentarem
uma fração livre no citoplasma celular, são liberadas mesmo em
situação de isquemia reversível (angina instável).
Albumina – eletroforese de proteínas
Proteína mais abundante e tem uma grande variedade de funções:
reserva nitrogenada;
manutenção de pressão osmótica;
transporte de substâncias pouco solúveis como ácidos graxos, hormonios.
Valores – 3,5 a 5,0 g/dl
jejum de 4 hs
Hipoalbuminemia => quebra da síntese de albumina (desnutrição, 
queimaduras , ou processo hepático, aumento da sua degradação ou sua 
perdapela urina ou nas fezes.
PCR – Proteína C Reativa
Indicador de risco cardiovascular
• Abaixo de 0,1 mg/dL: risco baixo
• De 0,1 e 0,3 mg/dL: risco intermediário
• Acima de 0,3 mg/dL: risco aumentado
Indicador de processos infecciosos e/ou inflamatórios
• De 1,0 e 5,0 mg/dL: encontrado em infecções virais e processos inflamatórios 
leves
• De 5,1 e 20,0 mg/dL - encontrado em infecções bacterianas e processos 
inflamatórios sistêmicos
• Acima de 20,0 mg/dL - encontrado em infecções graves, grandes queimados e 
em politraumatismo
Referências
1. Perdigão TM. Solicitação e interpretação de exames
laboratoriais: a percepção do enfermeiro. Revista Enfermagem
Integrada – Ipatinga: Unileste-MG. 2012; 5(1): 931-42.
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