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Instalação de Avicultura de Corte

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Instalações Para Frangos de Corte 
Localização das edificações 
A escolha do local 
adequado para 
implantação do 
aviário visa 
otimizar os 
processos 
construtivos, de 
conforto térmico e 
sanitários. O local 
deve ser escolhido 
de tal modo que 
se aproveitem as 
vantagens da 
circulação natural 
do ar e se evite a 
obstrução do ar 
por outras 
construções, barreiras naturais ou artificiais. O aviário deve ser situado em relação 
à principal direção do vento se este provir do sul ou do norte. Caso isso não ocorra, 
a localização do aviário, para diminuir os efeitos da radiação solar no interior, 
prevalece sobre a direção do vento dominante. A direção dos ventos dominantes e 
as brisas devem ser levadas em consideração para aproveitar as vantagens do 
efeito de resfriamento no trópico úmido. Escolher o local com declividade suave, 
voltada para o norte, é desejável para boa ventilação. 
No entanto, os ventos dominantes locais devem ser levados em conta, 
principalmente no período de inverno, devendo-se prever barreiras naturais. É 
recomendável, dentro do possível, que sejam situados em locais de topografia 
plana ou levemente ondulada, onde não sejam necessários serviços de 
terraplanagem excessiva e construções de muros de contenção. Contudo, é 
interessante observar o comportamento da corrente de ar, por entre vales e 
planícies. Nesses locais é comum o vento ganhar grandes velocidades e causar 
danos nas construções. O afastamento entre aviários deve ser suficiente para que 
uns não atuem como barreira à ventilação natural dos outros. Assim, recomenda-se 
afastamento de 10 vezes a altura da construção entre os dois primeiros aviários a 
barlavento, sendo que do segundo aviário em diante o afastamento deverá ser de 
20 à 25 vezes esta altura, como representado na Figura 1. 
http://criacaodeanimais.blogspot.com/2008/12/instalaes-para-frango-de-corte.html
Orientação 
 
O sol não é imprescindível à avicultura. Se possível, o melhor é evitá-lo dentro dos 
aviários. Assim, devem ser construídos com o seu eixo longitudinal orientado no 
sentido leste-oeste (Figura 2). Nessa posição, nas horas mais quentes do dia, a 
sombra vai incidir embaixo da cobertura e a carga calorífica recebida pelo aviário 
será a menor possível. Por mais que se oriente adequadamente o aviário em 
relação ao sol, haverá incidência direta de radiação solar em seu interior em 
algumas horas do dia na face norte, no período de inverno. Providenciar nesta face 
dispositivos para evitar este fato. 
Largura do aviário, pé direito, comprimento e piso 
A grande influência da largura do aviário é no acondicionamento térmico interior, 
bem como em seu custo. A largura do aviário está relacionada com o clima da 
região onde o mesmo será construído. Normalmente recomenda-se largura até 10m 
para clima quente e úmido e largura de 10 até 14m para clima quente e seco. A 
largura de 12m tem sido utilizada com freqüência e se mostrado adequada para o 
custo estrutural, possibilitando bom acondicionamento térmico natural, desde que 
associada à presença do lanternim e altura do pé direito adequadamente 
dimensionados. O pé direito do aviário pode ser estabelecido em função da largura 
adotada, de forma que os dois parâmetros em conjunto favoreçam a ventilação 
natural no interior do aviário com acondicionamento térmico natural. Quanto mais 
largo for o aviário maior será a sua altura (Tabela 1). Em regiões onde existe 
incidência de ventos fortes aviários com pé-direito acima de 3m exigem estrutura 
reforçada. Em regiões onde exista disponibilidade de madeira, e que esta não seja 
atacada por cupins, é mais recomendável a utilização de telhas de barro com pé-
direito de 3m. O pé direito do aviário é elemento importante para favorecer a 
ventilação e reduzir a quantidade de energia radiante vinda da cobertura sobre as 
aves. Estando as aves mais distantes da superfície inferior do material de cobertura 
receberão menor quantidade de energia radiante, por unidade de superfície do 
corpo, sob condições normais de radiação. Desta forma, quanto maior o pé direito 
da instalação menor é a carga térmica recebida pelas aves. 
 
 
 
 
Comprimento 
 
O comprimento do aviário deve ser estabelecido para se evitar problemas com 
terraplanagem, comedouros e bebedouros automáticos. Não deve ultrapassar 
200m. Na prática os 
comprimentos de 100 à 
125m têm-se mostrados 
satisfatórios ao manejo das 
aves, porém é aconselhado 
divisórias internas ao longo 
do aviário em lotes de até 
2.000 aves para diminuir a 
competição e facilitar o 
manejo das aves. Estas 
divisórias devem ser 
removíveis, e de tela, para 
não impedir a ventilação e 
com altura de 50cm, para 
facilitar o deslocamento do 
avicultor. 
 
Ventilação 
 
A ventilação é um meio eficiente de redução da temperatura dentro das instalações 
avícolas por aumentar as trocas térmicas por convecção, conduzindo a um aumento 
da produção. Desvios das situações ideais de conforto caracterizam no surgimento 
de desempenho baixo do lote, em conseqüência de estresses, e necessita-se 
portanto de artíficios estruturais para manter o equilíbrio térmico entre a ave e o 
meio. A ventilação adequada se faz necessária também para eliminação do excesso 
de umidade do ambiente e da cama, proveniente da água liberada pela respiração 
das aves e da água contida nas fezes, e para permitir a renovação do ar regulando 
o nível de oxigênio necessário às aves, eliminando gás carbônico e gases de 
fermentação. 
 
Circunvizinhança 
 
A qualidade das vizinhanças afeta a radiosidade (quantidade de energia radiante 
levada pela superfície por unidade de tempo e por unidade de área - emitida, 
refletida, transmitida e combinada). É comum instalar gramados em toda a área 
delimitada aos aviários, pois reduz a quantidade de luz refletida e o calor que 
penetra nos mesmos. O gramado deverá ser de crescimento rápido, que feche bem 
o solo não permitindo a propagação de plantas invasoras. Deverá ser 
constantemente aparado para evitar a proliferação de insetos. São necessários 5m 
de largura para trânsito de veículos no abastecimento de ração e carregamento de 
aves, na lateral das edificações e, portanto, no planejamento e terraplanagem essa 
largura deve ser adicionada. 
 
Sombreiro 
O emprego de árvores altas produz micro clima ameno nas instalações, devido à 
projeção de sombra sobre o telhado (Figura 4). Para as regiões onde o inverno é 
mais intenso as árvores devem ser caducifólias. Assim, durante o inverno as folhas 
caem permitindo o aquecimento da cobertura e no verão a copa das árvores torna-
se compacta, sombreando a cobertura e diminuindo a carga térmica radiante para o 
interior do aviário. Para regiões onde a amplitude térmica entre as estações do ano 
não é acentuada e a radiação solar constitui em elevado incremento de calor para o 
interior do galpão o ano todo as árvores não precisam ser necessariamente 
caducifólias. Devem ser plantadas nas faces norte e oeste do aviário e mantidas 
desgalhadas na região do tronco, preservando a copa superior. Desta forma a 
ventilação natural não fica prejudicada. Fazer verificação constante das calhas para 
evitar entupimento com folhas. 
LANTERNIN 
 
O lanternim, abertura na parte superior do telhado, é indispensável para se 
conseguir adequada ventilação, pois permite a renovação contínua do ar pelo 
processo de termossifão resultando em ambiente confortável. Deve ser em duas 
águas, disposto longitudinalmente na cobertura. Este deve permitir abertura 
mínima de 10% da largura do aviário, com sobreposição de telhados com 
afastamento de 5% da largura do aviário ou 40cm no mínimo (Figura 3). Deve ser 
equipado com sistema que permita fácil fechamento e com tela de arame nas 
aberturas para evitar a entrada de pássaros. 
Inclinação do telhado 
A inclinação do telhado afeta o condicionamento térmico ambiental no interiordo 
aviário através da mudança do coeficiente de forma correspondente as trocas de 
calor por radiação entre o animal e o telhado, e modificando a altura entre as 
aberturas de entrada e saída de ar (lanternim). Quanto maior a inclinação do 
telhado maior será a ventilação natural devido ao termossifão. Inclinações entre 
20º e 30º têm sido consideradas adequadas para atender as condições estruturais 
e térmicas. 
Cobertura 
 
O telhado recebe a radiação do sol emitindo-a, tanto para cima como para o interior 
do aviário. Nas regiões tropicais a intensidade de radiação é alta em quase todo o 
ano e é comum verificar desconforto das aves mesmo durante épocas mais frescas 
do ano, devido à grande emissão de radiação do telhado para o interior do aviário. 
O mais recomendável é escolher para o telhado material com grande resistência 
térmica, como o sapé ou a telha cerâmica. Contudo, por comodidade e economia, 
é, comum o emprego de telhas de cimento amianto, que é material de baixo 
conforto para as aves. O telhado pode ser de telhas de cimento amianto, que são 
de fácil colocação e necessitam de menor madeiramento, desde que recebam 
material para melhorar a sua eficiência térmica, como isolantes, pinturas refletoras, 
e aspersão no telhado. Para regiões quentes utilizar telhas com isolamento térmico, 
como o poliuretano, telhas cerâmicas ou telhas de fibrocimento pintadas com tinta 
acrílica branca. Em termos de conforto térmico a telha de cerâmica ainda é a mais 
indicada. 
Devem ser evitadas as telhas de alumínio ou zinco, devido ao barulho provocado 
durante o período chuvoso. Também deve-se evitar as telhas de cimento amianto 
com 4mm de espessura, pois fornecem menor conforto para as aves. 
O material ideal para a cobertura deve ter alta refletividade solar e alta 
emissividade térmica na superfície superior e baixa refletividade solar e 
emissividade térmica na superfície inferior. 
Fechamentos 
 
A parede protege os frangos de vários fluxos de energia radiante, mas também 
reduz a movimentação do ar. A altura da mureta deve ser de 20cm e tem se 
mostrado satisfatória, pois permite a entrada de ar ao nível das aves e não permite 
a entrada de água da chuva e nem que a cama seja jogada para fora do aviário. As 
muretas deverão ter a parte superior chanfrada, pois facilita a limpeza e não 
permite o empoleiramento de aves. Entre a mureta e o telhado deve ser colocado 
tela. A tela tem a finalidade de proteger a cortina e evitar a entrada de pássaros, 
que além de trazerem enfermidades poderão consumir ração das aves. A malha da 
tela deve ser de 2,5 cm, fio 16. Tem boa aceitação telas de PVC (plástico) por não 
enferrujarem, não provocarem rasgos nas cortinas, terem maior durabilidade e 
possibilidade de reaproveitamento. Os oitões, ou paredes das extremidades do 
aviário, devem ser fechados até o teto. Para climas quentes, que não possuem 
correntes de ventos provindas do sul, recomenda-se que os oitões sejam de tela 
como nas laterais e providos de cortinas. Os oitões devem ser protegidos do sol 
nascente e poente, pintando as paredes com cores claras, sombreando-os por meio 
de vegetação, beirais ou sombrites. Dependendo da região os oitões podem ser de 
madeira, telhas onduladas, fibra de vidro, lâminas de isopor ou alvenaria. O oitão 
do lado leste pode ser de 15cm de espessura, sendo o do lado oeste de 25cm, em 
material com menor condutividade térmica, como, por exemplo, o tijolo cerâmico 
ou mesmo a madeira. 
Instalar cortinas nas laterais, pelo lado de fora, para evitar penetração de sol, 
chuva e controlar a ventilação no interior do aviário. As cortinas poderão ser de 
plástico especial trançado, lona ou PVC, confeccionadas em fibras diversas, porosas 
para permitirem a troca gasosa com o exterior, funcionando apenas como quebra-
vento, sem capacidade de isolamento térmico. Devem ser fixadas para possibilitar 
ventilação diferenciada para condição de inverno e verão. Para atender ambas 
situações é ideal que seja fixada a dois terços da altura do pé direito e que seja 
aberta das extremidades para o ponto de fixação. Sob condições de inverno esta 
deve ser aberta de cima para baixo e em condições de verão de baixo para cima. 
Para se obter maior eficiência da ventilação natural devido ao termossifão e ao 
vento deve-se abrir as duas partes, juntando-as na altura da fixação. Nos primeiros 
dias de vida recomenda-se o uso de sobrecortinas em regiões frias, para auxiliar a 
cortina propriamente dita, evitando a entrada de correntes de ar no aviário. A 
sobrecortina deve ser fixada na parte interna do aviário, de tal forma que se 
sobreponha a tela, evitando a entrada de correntes de ar. O aviário deverá ter 
portas nas extremidades para facilitar, ao avicultor, o fluxo interno e as práticas de 
manejo. Estas devem ter pedilúvio fixo, que ultrapasse a largura das portas em 
40cm de cada lado, largura de 1m e profundidade de 5 a 10cm. Para facilitar o 
carregamento de aves, a carga nova e a descarga de cama velha é conveniente 
também a instalação de uma porta em cada extremidade do aviário, que permita a 
entrada de um veículo ou trator. 
Aquecimento - Aquecedores a lenha 
Aquecedores a lenha – foi um dos primeiros métodos utilizados para o aquecimento 
de aves e caracteriza-se por utilizar a lenha como combustível. O calor é 
transmitido às aves principalmente por meio da condução, através do ar. O uso de 
lenha como fonte de calor em uma campânula ou fornalha, no interior de aviários, 
não produz temperatura constante e muitas vezes excede ao necessário, também 
requer maior mão-de-obra e é de difícil controle da temperatura. Como a 
combustão geralmente não é completa devem ser providos de filtros nas entradas 
de ar com o objetivo de minimizar a passagem de gases tóxicos, principalmente o 
CO2, para o interior do aviário. É prática comum no sul do Brasil, principalmente no 
inverno, o uso de queimadores a lenha para suplementar o aquecimento 
proporcionado pelas campânulas a gás. Esse sistema consiste de tanques de óleo 
vazio, produzidos artesanalmente. As funilarias normalmente fornecem esses 
equipamentos. Têm a função de amenizar as condições ambientais e não 
propriamente atender as exigências das aves. Os tanques tem capacidade de 200 
litros podendo ser soldados de acordo com o pedido do produtor. Consistem de 
chaminé, suporte e tanques. 
O aumento do preço do gás fez com que as indústrias de equipamentos 
procurassem novas alternativas para fornecer calor às aves propondo um novo 
sistema de aquecimento à carvão. Esse sistema trabalha com energia renovável, 
podendo o produtor gerar o próprio combustível, bastando para isso possuir 
programa de reflorestamento. O sistema consiste de fornalha, chaminé, ventilador, 
termostato, alarme e tubos distribuidores de ar quente. Os queimadores podem 
estar localizados externamente ou internamente ao aviário. O ar quente é 
impulsionado da câmara de ar quente por meio de exaustores de 2 CV aos tubos 
perfurados, distribuídos no comprimento do aviário. Essa alternativa diminui os 
gases tóxicos com melhor controle da temperatura. O consumo de lenha é de 
aproximadamente 1 m3/dia para um aviário de 100 m de comprimento, 
dependendo das condições climáticas. 
 
 
Aquecimento - Aquecedores elétricos 
Aquecedores elétricos - tiveram grande difusão no passado, quando se criavam 
aves em grupos reduzidos, decaindo, posteriormente, nas granjas industriais, 
caracterizadas por criação de milhares de aves. São constituídos de resistências 
elétricas, blindadas ou não, e lâmpadas infravermelhas, que são colocadas embaixo 
de uma campânula (refletor) a fim de projetar o calor de cima para baixo, ou 
resistências embutidas no piso a fim de projetar o calor da baixo para cima. O 
sistema, em si, é o mais limpo e fácil de manutenção existente, devendo-se 
adequar a potência do elemento aquecedor ao número de aves a ser criado.São 
caracterizados por transmitirem o calor por meio da condução e da radiação, serem 
de fácil manuseio, possuírem produção de calor constante e não geração de gases 
tóxicos (CO e CO2). A grande desvantagem desse tipo de aquecedor é o custo da 
energia elétrica. O uso de lâmpadas infravermelhas apresenta consumo excessivo 
de energia, a menos que as lâmpadas sejam controladas termostaticamente. Nesse 
sistema o canibalismo constitui sério problema. Adicionalmente, as interrupções de 
energia, por mais curtas que sejam, representam sério problema caso esses 
sistemas não possuam campânula sobre as lâmpadas. 
 
Aquecimento a gás 
Aquecedores a gás - são os mais utilizados e que apresentam o menor custo com a 
geração da energia térmica, pois utilizam tanto o gás natural quanto o gás 
liqüefeito de petróleo (GLP). Existem no mercado vários tipos desses aquecedores, 
com diversas concepções quanto a forma de transmitir calor, maneiras de 
instalação e meios de controle da temperatura de operação. Os aquecedores, 
chamados comumente de campânulas a gás possuem um queimador de gás 
convencional, onde o calor é transmitido às aves por condução e convecção. São 
instalados a pouca altura do chão e, conseqüentemente, das aves, o que ocasiona 
uma distribuição não uniforme da temperatura em seu raio de ação. Com a baixa 
altura de instalação, os gases provenientes da combustão se alojam abaixo da 
campânula, podendo atingir os pintos, prejudicando seu aparelho respiratório. 
Possuem duas regulagens de temperatura, alta e baixa, feitas manualmente e uma 
capacidade reduzida de aquecimento, sendo recomendados para, no máximo, 500 
pintos. São bastante funcionais devido a sua resistência, baixo índice de 
manutenção e mobilidade, podendo ser reinstalados com facilidade e rapidez. Os 
aquecedores a gás com placa cerâmica são uma evolução dos aquecedores de 
campânula, onde se adicionou uma placa de cerâmica refratária para que se 
pudesse fazer uso do efeito da radiação. A chama do queimador incidente na placa 
de cerâmica faz com que a mesma se torne incandescente e, dessa forma, transfira 
calor por meio da radiação. Devido à utilização relativa do efeito de radiação esses 
aquecedores podem ser instalados a uma altura um pouco superior aos anteriores, 
sendo que a distribuição da temperatura é relativamente melhorada. Apresentam 
como desvantagem a fragilidade da placa cerâmica, que pode quebrar-se no 
manuseio do aquecedor. Possuem uma capacidade mediana de aquecimento, sendo 
recomendados para aquecer entre 700 a 800 pintos. Os aquecedores a gás tipo 
infravermelhos foram desenvolvidos para utilizar plenamente o princípio de 
transmissão de calor através da radiação. A combustão do gás se dá diretamente 
em queimadores metálicos de alta capacidade de suportar o calor, tornando sua 
superfície totalmente incandescente e desta forma transferindo o calor 
principalmente pela radiação. No aquecimento por radiação a temperatura mais 
elevada se situa na zona de “habitat” do animal, enquanto no aquecimento por 
convecção o ar quente de menor densidade escapa para as zonas mais altas do 
aviário, produzindo mais estratificações ou camadas de ar de diferentes 
temperaturas. 
O objetivo dos sistemas de aquecimento radiante é manter a ave aquecida e o piso 
seco, contudo os sistemas primeiro aquecem o ar que depois é repassado às aves e 
à cama. Esses equipamentos produzem radiação concêntrica desde o eixo da 
campânula, perdendo eficiência com a distância do mesmo. A eficiência também 
varia em função da altura de trabalho da campânula em relação ao piso. Assim, a 
temperatura de radiação não é uniforme, pois descreve círculos de maior e menor 
temperatura, permitindo que a ave se situe segundo suas necessidades em uma 
zona mais próxima ou mais afastada do eixo da campânula. Em condições de 
temperatura ambiente abaixo de 15ºC o calor gerado por esses sistemas é 
insuficiente, havendo necessidade de se providenciar calor suplementar para 
manter a temperatura ambiente em torno de 32ºC nos primeiros dias de idade dos 
pintos. Sua instalação se dá geralmente a uma altura considerável do chão, 
podendo variar entre 0,90 a 1,20 m. Essas características, aliadas ao fato de que 
todo o ar necessário para a combustão provém de um filtro ou tomada de ar 
localizados na parte superior traseira do aquecedor, fazem com que os gases 
provenientes da combustão não atinjam as aves, sendo rapidamente retirados do 
ambiente pelo efeito da convecção. A área atingida também é bastante grande, 
chegando de 3,60 a 4,00 m de diâmetro. Isso faz com que a capacidade de 
aquecimento atinja 1.000 pintinhos, ou mais, por aquecedor. Atualmente, há 
grande variedade de modelos com regulação termostática, individual ou 
centralizada, providos de campânula maior ou menor, entre outros. O importante é 
dispor de potência calorífica adequada. A razão da popularidade do sistema vem da 
comodidade de sua regulação termostática, porém é um dos sistemas mais caros 
em consumo. 
 
 
 
 
Sistemas Alternativos 
 
Existem outros sistemas de aquecimento, como os que procuram aproveitar os 
resíduos da produção avícola. Dentre esses sistemas destacam-se os fornos de 
resíduos de aves para aquecimento das aves, que apesar de apresentarem menor 
custo estão em desuso pelo considerável trabalho que acarretam e pelos odores 
que produzem ao redor da granja. Esses fornos são de material refratário, 
construídos in situ, e situam-se no exterior do aviário no centro de uma das 
fachadas. Podem funcionar com outros materiais sólidos combustíveis, mas o 
material prioritário é o resíduo de aves, geralmente da cria anterior e quanto mais 
seco melhor. Outro sistema que vem merecendo destaque é o uso de biodigestores. 
São reaproveitados os resíduos da produção avícola ou suinícola para a produção 
de biogás. As campânulas, nesses sistemas, devem ser adaptadas para queimarem 
o biogás. Para se converter campânulas a GLP para biogás deve ser considerado o 
menor poder calorífico do biogás, a baixa pressão de serviço dos biodigestores e a 
baixa velocidade de combustão. Outra forma de aquecimento pode ser fornecendo 
calor às aves, no piso, por meio de canalizações que levam o calor por intermédio 
de um fluido térmico. Esse sistema caracteriza-se pela passagem de água quente 
em tubos de polietileno inseridos no piso. O sistema permite controle eficiente da 
temperatura do ambiente próximo das aves, a cama permanece mais seca e o teor 
de amônia do ar fica em níveis inferiores ao usual, porém tem custo elevado de 
instalação e não permite limpeza fácil do local após cada cria. Também preconiza-
se a utilização da energia solar para aquecimento de aviários por meio de fluxo de 
ar quente, ou água quente em tubos instalados no piso. No entanto, essa 
tecnologia e a eólica ainda não estão disponibilizadas para o avicultor. 
Fonte:Criação de Animais Blogspot

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