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UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP EAD LICENCIATURA EM MATEMÁTICA ATIVIDADES ALTERNATIVAS AO ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO ATIVIDADE 1 – ENTREVISTA REMOTA COM PROFESSOR ALESSANDRO DA SILVA PACHECO JUNIOR - 1970325 POLO DIADEMA 2021 ALESSANDRO DA SILVA PACHECO JUNIOR - 1970325 SEQUÊNCIA DIDÁTICA Trabalho à Universidade Paulista – UNIP EAD, referente ao curso de licenciatura em matemática, para as atividades alternativas ao estágio curricular obrigatório. POLO DIADEMA 2021 SUMÁRIO 1. ENTREVISTAS................................................................................................ 01 . 2. EIXO 1 – ORGANIZAÇÃO DO ENSINO EM 2021....................................... 01 2.1 PERGUNTA 1........................................................................................... 01 2.2. PERGUNTA 2........................................................................................... 01 2.3. PERGUNTA 3........................................................................................... 02 3. EIXO 2 – PLANEJAMENTO DO ANO LETIVO DE 2021.............................. 03 3.1. PERGUNTA 1........................................................................................... 03 3.2. PERGUNTA 2........................................................................................... 04 3.3. PERGUNTA 3........................................................................................... 05 3.4. PERGUNTA 4........................................................................................... 05 3.5. PERGUNTA 5........................................................................................... 06 3.6. PERGUNTA 6........................................................................................... 07 4. EIXO 3 – INTERAÇÕES E INTERVENÇÕES PEDAGÓGICAS................... 07 4.1. PERGUNTA 1........................................................................................... 07 4.2. PERGUNTA 2........................................................................................... 07 4.3. PERGUNTA 3........................................................................................... 08 4.4. PERGUNTA 4........................................................................................... 08 5. EIXO 3 – ENCERRAMENTO DA ENTREVISTA........................................... 09 5.1. PERGUNTA 1........................................................................................... 09 5.2. PERGUNTA 2........................................................................................... 10 1 1. ENTREVISTA Toda a entrevista foi feita com prévia autorização do professor. Foi feita uma entrevista, sendo ela dividida em quatro principais eixos, sendo eles, respectivamente: “Organização do Ensino em 2021”, “Planejamento do Ano Letivo de 2021”, “Interações e Intervenções Pedagógicas” e “Encerramento da Entrevista”. 2. EIXO 1 – ORGANIZAÇÃO DO ENSINO EM 2021 2.1 Pergunta 1: Resposta: Aqui na escola onde trabalho, nós retornamos de maneira híbrida, 1/3 dos alunos iam para a escola e os outros 23 em casa acompanhando as aulas pelo centro de mídia, e uma vez por semana fazia-se o rodízio. Semana A 1/3 dos alunos na escola, semana B o outro terço e semana C, o outro terço, então assim ficava a retomada; então nós precisávamos trabalhar de maneira híbrida, acompanhando as habilidades que estavam sendo desenvolvidas no Centro de Mídia e trabalhando essas atividades na sala de aula no mesmo momento. Enquanto isso, o aluno que estavam em casa deveria acompanhar o Centro de Mídia porque aquela atividade ele iria aprender no Centro de Mídia e na escola ele só teria uma revisão de algumas semanas depois que ele voltasse para a escola. Um adendo a essa resposta é que no começo de abril houve o decreto e nós tivemos que ficar trabalhando em casa e as aulas foram suspensas totalmente e estamos trabalhando em casa até o momento. 2.2 Pergunta 2: Resposta: Tivemos a orientação da SEDUC. Foi a orientação de que deveríamos que trabalhar as atividades essenciais, então eles escolheram todas as habilidades que deveriam ser trabalhadas naquele ano/série, geralmente no caso de humanas, de 4 à 5 habilidades essenciais e essas habilidades, essenciais são as que deveriam ser trabalhadas com os alunos. No caso, outra orientação (Na verdade, uma lei), obrigando toda a escola a acompanhar o que estava sendo trabalhado no Centro de Mídias, então se na semana A está sendo trabalhado uma habilidade específica, então na 2 escola na mesma semana deveria ser trabalhada a mesma habilidade em sala de aula. Na semana B, outra habilidade, então a escola também trabalha a mesma habilidade. Então fomos obrigados a acompanhar o Centro de Mídia para dar suporte ao aluno que estava tendo esse tipo de ensino híbrido. Esse ano a SEDUC também elencou algumas atividades suporte, são habilidades de anos anteriores que servem de suporte para o desenvolvimento dessas novas habilidades desse ano. No caso da nossa escola, a orientação foi a mesma, então continuamos fazendo a mesma coisa que já fazíamos no ano passado, só que com o tempo nós percebemos que enquanto estava tendo o ensino híbrido, estava funcionando até que bem, porque na escola os alunos estavam tempo um tempo integral de aula com aulas de 45 minutos e 9 aulas por dia, enquanto o pessoal do Centro de mídia, só têm 3 aulas por dia de 30 minutos cada, mas com a chegada do decreto e o ensino voltou a ser online, a coisa ficou ruim de novo e, na minha "humildíssima" opinião, o que está sendo feito é uma tentativa de fazer algo que não dá para ser feito na realidade, já se passou mais de 1 ano disso (pandemia e adaptação) e o que eu posso ver é que o ensino é tão debilitado, os alunos chegam com tanta debilidade na escola (sem saber ler direito, sem saber escrever, sem entender o que está lendo, sem nem saber pesquisar), não são autodidatas e não têm essa noção. E o ensino híbrido ou remoto exige que o aluno tenha uma autonomia e um protagonismo maior, e eles não têm. E isso complica muito e então fica aquela coisa: está todo mundo trabalhando pra caramba e o resultado é quase que inexistente. A gente percebeu isso e sabíamos que ia acontecer, percebemos isso, por exemplo, nos sextos anos que o ano passado ficou fora da escola no quinto ano e chegaram agora para nós no sexto. Então a situação ficou bem mais complexa, tanto que organizamos, mesmo com a proibição de aulas na escola, reforço para esses alunos 3x por semana na escola, ficando um período de manhã a de tarde, e nós vamos lá para dar um reforço de português e matemática para esses alunos. 2.3 Pergunta 3: Resposta: Eu trabalho em um PEI, que é uma escola que já tem todo um processo de acolhimento dos novos alunos, mostrando como funciona a escola, tentando se aproximar do aluno, fazendo projeto de vida para o aluno refletir sobre os estudos em relação ao seu projeto de vida, fazemos a escada dos sonhos, trabalhamos as questões sócio emocionais, a inteligências emocionais desses alunos e existe o 3 sistema de tutoria na PEI. Existem 9 alunos meus que são meus “tutorandos”, são alunos que eu sou responsável na escola. Eu acompanho o dia a dia desses alunos na escola e tenho contato direto com a família desses alunos e tudo isso já existia na PEI antes e mantivemos esse sistema. Esse ano os alunos novos chegaram, os alunos que já estavam, continuaram meus “tutorandos” e nós mantivemos todo esse trabalho de acompanhamento perto, então eu tenho 9 alunos, outrosprofessores têm mais 9 alunos cada um, e isso se desenvolve diariamente; primeiro uma semana especial de acolhimento com os alunos novos que chegaram ano passado, que como eu disse anteriormente, conversa-se tudo sobre o projeto, o trabalho em cima de protagonismo, autonomia, excelência acadêmica, de sonhos na vida, de organização desses sonhos, faz-se lá todo um levantamento de sonhos e de como buscar esses sonhos e à partir daí são organizadas as disciplinas eletivas para nós ajudarmos os alunos a obterem conhecimento para as áreas que eles querem e aí eles escolhem os tutores e o acompanhamento é feito diariamente e inclusive com contato direto com as famílias. 3. EIXO 2 – PLANEJAMENTO DO ANO LETIVO EM 2021 3.1 Pergunta 1: Resposta: Esse ano o que eu imagino: ano passado, a secretaria da educação deu algumas orientações e ela percebeu que as escolas fizeram muita coisa diferente e ficou um trabalho um pouco disperso, meio heterogêneo. E em um momento desses, acho que a secretaria quis puxar um pouco mais de responsabilidade e concentrar mais a responsabilidade nos atos decisórios dela, podendo deixar uma coisa mais homogênea e ter um controle maior, então a maior parte do planejamento foi realizada pela SEDUC, através das reuniões online e do centro de mídia e teve um dia que foi destinado para a escola e aí vem uma questão importante: no caso da nossa escola nós acompanhamos todo o planejamento de maneira coletiva e depois houve um dia para fazermos o nosso. No nosso, a direção reforçou um trabalho que já havíamos começado a fazer com habilidades no ano passado para formar o professor a entender o que é habilidade, como formar uma habilidade e que habilidade precisa para o aluno aprender a desenvolver a próxima e tudo mais. Então nós fizemos esse trabalho em um dia, sendo totalmente coletiva nesse dia e depois coletiva por área, e aí é que está um problema que eu detectei, mas isso é o que eu vejo na minha escola porque é mais 4 uma questão de organização da gestão: todo trabalho se deu em conjunto de como iríamos fazer, os processos que iriamos acontecer, entendendo o Centro de Mídia, o ensino híbrido e como fazer, só que o planejamento em si que cada professor deveria refletir e fazer o seu passo a passo de como abordar determinado assunto nesse momento, de planejar suas aulas, isso nós não tivemos tempo de fazer... Isso eu já conversei com a gestão, só que no meu caso, estando em uma PEI, existe muito processo burocrático e, infelizmente, a minha escola dá prioridade a esses projetos burocráticos ao invés dos projetos que estão tendo lá. Ela não deixa de cobrar dos processos que já estão sendo feitos, só que é tanta coisa burocrática para fazer, que o professor acaba não tendo tempo... Falando por mim, eu tenho pego aulas passadas, a gente pega o que já sabemos e entramos na sala para fazer alguma coisa. O momento para se refletir e estudar como abordar melhor um assunto naquela hora, não se tem e não continuam tendo diante das demandas burocráticas que a escola exige. Mas volto a falar, eu acho que é algo específico da gestão da minha escola, que pode se repetir em outras. Eu penso que, eu como gestor, teria uma abordagem diferente. 3.2 Pergunta 2: Resposta: No caso da questão de trabalho, vou falar do começo do ano até agora. No meu caso específico, eu sou coordenador de área e tinha passado para os outros professores na minha área e nós nos organizamos da seguinte maneira: durante o ensino híbrido, os alunos que estavam na escola nós trabalhávamos o que estavam aprendendo remotamente no Centro de Mídia e sobraria tempo, pois eles estavam trabalhando uma aula por 30 minutos por dia e nós teríamos 4 aulas por semana de 45 minutos, então daria para fazermos um trabalho específico utilizando duas aulas para trabalhar a habilidade dessa semana e outras duas aulas para resgatar as habilidades das outras 2 semanas de quem ficou em casa. Esse foi o trabalho. Como que eu me organizei: a cada habilidade que eu trabalho, eu faço uma atividade para avaliar essa habilidade, então eu consigo perceber se o aluno está se desenvolvendo em um todo e se ele não se desenvolvei naquela habilidade específica, eu vou ter que fazer alguma ação para que ele consiga se desenvolver, e é aí que complica, porque na outra semana esse aluno já não está na escola, e por isso precisamos mandar uma espécie de roteiro para ele, só que outro complicador é que esse aluno não tem autonomia para fazer esse roteiro sozinho. A maioria dos alunos entram na internet, digitam a pergunta e pegam a primeira resposta que aparece. 5 Então muitas vezes a resposta vem errada e você percebe que o aluno não fez o que deveria fazer. Aí com a chegada do ensino remoto, a gente se organizou da seguinte maneira: o aluno tem aulas no Centro de Mídia e também tem aulas no Teams com a gente e leva para casa um roteiro de estudo, então cada habilidade trabalhada tem seu roteiro de estudo para que ele elabore em casa e devolva de forma online ou impresso presencialmente. Basicamente é isso que temos feito. Tem uma sequência de habilidades que deve ser trabalhada e essa sequência é respeitada. E eu vou avaliando o aluno semanalmente ou quinzenalmente, dependendo do tamanho da habilidade e eu vou destacando os alunos que precisam fazer algum tipo de reforço naquela habilidade que ele não atingiu. 3.3 Pergunta 3: Resposta: Como eu disse, eu na sala de aula utilizo muito o data show e meu notebook, utilizo o material da SEDUC, também uso muito o meio tirando os alunos da sala de aula para observar o meio. Para planejar minhas aulas eu utilizo também o material da SEDUC, utilizo o currículo, pesquiso na internet os conteúdos que eu quero agregar e só que como eu já disse anteriormente, isso é mínimo... O que temos feito muito agora é se valido dos materiais dos slides que é disponibilizado das aulas do Centro de Mídia, já que temos que acompanhar essas aulas, a gente pega esse material e trabalha nele. No ensino híbrido, a gente dava em aula aquele material, explicando com mais calma e colocando o que a gente achava que deveria abordar. No ensino remoto total, a gente simplesmente pega o material, já que não há tempo de preparação e trabalha aquele material com os alunos pelas aulas no Teams. Então o equipamento que a gente usa hoje, tecnológico, a gente usa o Teams tanto para aulas, quanto para reuniões que fazemos e também para guardar todo o material que é trabalhado, são todos colocados no Teams onde professores e alunos têm acesso. 3.4 Pergunta 4: Resposta: Na escola era a sala de aula e o espaço da escola. Hoje, para quem está na escola continua sendo o espaço escolar e a sala de informática, mas como eu disse, 6 no Teams é aonde se desenrola todas as aulas e reuniões com os alunos e o Whatsapp é muito utilizado para falar com os tutores e “tutorandos”. Então eu falo com meus “tutorandos” a partir do Whatsapp e dou aula para os alunos a partir do Teams, e o Whatsapp também é utilizado como grupo da sala, a sala tem seu grupo e então nós mandamos a atividades da sala lá e também conversamos com os alunos pelo grupo. Então temos o Whatsapp para contato com alunos e “tutorandos”, o Teams para as aulas e ainda a sala de informática para os alunos que estão lá presencialmente. 3.5 Pergunta 5: Resposta: Como foi dito, eu avalio a cada habilidade desenvolvida, então eu passo atividades para os alunos e avalio aquela habilidade específica. Se a habilidade/processo mental for identificar algo em específico, ele precisa fazer aquele processo específico, e nesse processo eu preciso trabalhar com o aluno maneiras de ele identificar e comparar, e ele será avaliado naquele processo. Obviamente na hora que eu faço uma atividade, eu preciso elaborar avaliações que permitam eu ver seele está conseguindo identificar e comparar. Então eu não faço avaliações grandes, eu faço um número maior de avaliações, porém, pequenas, porque essas avaliações pequenas em cima daquela habilidade que eu trabalhei, me permite perceber o avanço ou a estagnação do aluno. Então eu não faço mais o que os professores faziam e ainda fazem: dar uma aula bimestral, eu não faço mais isso. Então n a primeira semana eu trabalho uma habilidade e está lá uma atividade com 2 a 3 questões que vai me fazer perceber se o aluno conseguiu desenvolver aquela habilidade. Na outra semana, farei mais uma atividade curta, mas envolvendo outra habilidade. Assim eu vou avaliando e, no final do bimestre eu tenho quase 10 avaliações; no caso agora são 5 habilidades e eu vou ter no mínimo 5 avaliações. E aí o que eu faço: se o aluno está indo bem eu vou para a próxima habilidade e ele já precisa ter uma noção da primeira, então para identificar se ele realmente está conseguindo, eu vou pedir alguma coisa que ele precisa ter conhecimento na anterior e nem sempre vai estar presente lá na atividade, ele vai ter que resgatar isso na mente dele. E a avaliação é essa, eu avalio, só que obviamente o nível de exigência no ensino remoto cai, porque o aluno está fazendo sozinho, sem saber se expressar direito, então 7 o nível de exigência cai, porque se você for levar a "ferro e fogo", normalmente eu já passaria a minoria, então imagine agora. 3.6 Pergunta 6: Resposta: Serei sucinto. Os alunos que não vão para a escola recebem roteiros de estudo contendo as mesmas habilidades que estão sendo trabalhadas na época de aula e agora online. Então o aluno que não tem acesso à internet e não consegue ir para a escola, ele vai receber um roteiro de estudo. Basicamente o roteiro de estudo é a mesma tarefa/habilidade que os alunos já estão trabalhando, só que maior porque vai com informações importantes para ele poder desenvolver aquele roteiro, então tem todo um caminho mental para ele fazer. É muito bem feito nesse ponto, só que os alunos, infelizmente eu posso falar que a cada 100 alunos, 1 ou 2 realmente leem o roteiro e conseguem fazer a atividade a partir do roteiro, a maioria vai direto na pergunta, copia a pergunta no Google e pega a primeira resposta que aparece. 4. EIXO 3 – INTERAÇÕES E INTERVENÇÕES PEDAGÓGICAS 4.1 Pergunta 1: Resposta: Eu acabei respondendo isso nas outras, mas a interação dos alunos coletivamente fora as aulas, é nos grupos de Whatsapp, aonde os alunos recebem informação, às vezes os alunos fazem alguma pergunta lá. As aulas acontecem no Teams, aonde os alunos já tem uma grade específica para acompanharem e os grupos ficam ativos a todo instante. Aí temos também a parte individual, que no caso do meu planejamento, ele segue dois princípios, que é a devolutiva das atividades, isso sempre faço, e a cobrança da atividade por aqueles que não fizeram a atividade, então eu entro em contato e mando para fazerem a atividade de novo, me deixo à disposição para explicar se for o caso. Agora como tutor, aí também se dá individualmente pelo Whatsapp através de contato diário; todo dia eu falo com meus 9 “tutorandos” e na maioria das vezes também falo com as mães. 4.2 Pergunta 2: 8 Resposta: Como nossa escola é uma PEI, então cada professor já tinha o contato com seus “tutorandos” e suas famílias. Então no primeiro dia já entravamos em contato, já falei com todos os pais dos meus alunos, os alunos novos que chegaram à escola e fizeram um trabalho anterior ainda antes do começo das aulas, e os alunos quando chegaram na escola, foram apresentados aos seus novos tutores e nesse caso eles não escolheram, já que os alunos que saíram dos 3ºs anos, o tutor que perde aluno que saiu/transferiu, ele pega os alunos novos para não sobrecarregar os outros professores, e aí depois que é feito uma eleição para os alunos escolherem novamente seus tutores. Cada tutor entra em contato com a família dos sextos anos e aí é o contato tuto-família e a escola também tem um grupo e os pais estão inseridos nesses grupos de salas, então tem grupo dos alunos e dos pais, mas quem cuida do grupo dos pais é a direção e não os professores. Agora teremos nessa próxima semana, de terça à sexta, teremos um prazo para fazer uma reunião de pais com nossos “tutorandos”. No caso a reunião é feita entre tutorando e família, não é reunião coletiva. 4.3 Pergunta 3: Resposta: O maior desafio continua sendo o mesmo do ano passado, na verdade mais agravado ainda. Continua sendo fazer com que os alunos realmente desenvolvam as habilidades, esse é o maior desafio, porque todo o suporte que esses alunos precisam de ferramenta, técnico e de educação, está acontecendo, mas os alunos já vêm com uma defasagem muito grande em relação a leitura, escrita, cálculo e esse é o desafio. Se já na sala de aula é complicado por causa dessa defasagem, imagina o aluno com um contato muito menor com os professores, então o maior desafio é fazer com que os alunos realmente desenvolvam as habilidades, porque a maioria eu posso garantir que não desenvolvem habilidades e vão passar de ano, porque senão será uma avalanche de reprovações e nenhum professor ou escola querem se expor desse jeito, o que seria o certo. Mas o maior desafio é fazer com que os alunos desenvolvam as suas habilidades. 4.4 Pergunta 4: 9 Resposta: Isso foi um tema de uma conversa minha com a diretora da escola que saiu essa semana, porque eu estava falando que tem aluno do sexto ano que estava devolvendo a atividade em branco porque não tem linha para responder e eles não entenderam, aí eu mandei e pedi para fazerem a atividade e eles devolveram com as perguntas escritas, não responderam nada. Então os alunos do sexto ano chegam absurdamente "crus", sem noção do que está acontecendo e a gente precisava fazer um trabalho de verdade que funcionasse, e aí ela me ventilou a ideia de parar de seguir Centro de Mídia e de seguir a sequência natural imposta pela SEDUC e aproveitar esse momento que já está perdido para a gente começar uma formação de novo desses alunos do sexto ao terceiro ano do Médio, de português e matemática e das coisas mais básicas que esses alunos precisam desenvolver. Eu falei para ela que é uma sugestão que eu daria: nesse momento que está tudo perdido, nós deveríamos focar no básico do básico, só que isso exige muita coragem. Uma coisa que existia em uma outra escola e eu admirava muito isso, é que a coordenadora decidia que seria assim na escola dela, mostrava por A mais B que o porquê ela estava fazendo isso e não existia supervisor ou dirigente que faria ela a fazer diferente, e ela fazia acontecer. Aqui é interior, o pessoal é muito mais submisso, então isso complica muito. Eu faria diferente, faria muito mais somente o básico e estaria dedicado em desenvolver somente as atividades primárias dos alunos, porque nós fazemos um roteiro super elaborado e muito bom, mas os alunos não dão conta de fazer porque simplesmente não leem o que está escrito lá, então esse é o grande problema. 5. EIXO 4 – ENCERRAMENTO DA ENTREVISTA 4.1 Pergunta 1: Resposta: Eu só gostaria de colocar um panorama de forma rápida de como eu vejo esses dois anos (estamos falando de 2021, mas 2020 foi igual). Em termos de educação, eu vejo os esforços, mas esses esforços não surtem resultados. Não adianta o Estado fazer a parte com ferramentas e não adianta os professores fazerem a parte, se o aluno, no que depende da família e o aluno, você tem um rompimento. Então você tem o problema de famílias que não ligam para a educação, então existe um "depósito" de crianças na escola e, quando ficam em casa o caos aumenta. E os alunos que misturam dois aspectos: alguns que não fazem porque não sabem, geralmente os mais novos e os mais velhos que nãofazem porque já perderam a 10 vontade de fazer, até porque quando mais novos não sabiam e não faziam e então isso vira uma bola de neve que está se evidenciando muito mais agora. Então eu acho que esses dois anos deveriam não ser contabilizados; na minha opinião, o aluno que parou em 2019 no sexto ano, deveria voltar em 2022 no sétimo, mas ele vai sair no nono. Ou seja, em 2019 ele concluiu o sexto ano e, em 2022 ele estará no nono ano, final do ciclo fundamental e ele perdeu dois anos desse processo, os dois anos do meio que são fundamentais para que ele consiga terminar o nono ano bem e entrar no médio, mas isso evidentemente não vai acontecer pois envolve questão de legislação, de dinheiro, a questão do próprio cidadão que vai sentir perdido esses dois anos e todo mundo sabe que isso não funcionaria; é o certo, mas não funcionaria. Então assim, eu nunca trabalhei tanto na minha vida e nunca vi um resultado tão pior, educacionalmente, do que esses dois anos. O que eu posso pensar e que eu tento pensar para não ficar mais triste e mais desiludido é a questão que se não estivéssemos fazendo isso, estaria pior ainda. 4.2 Pergunta 2: Resposta: Eu acredito que sim. Academicamente falando, sim e 2021 está tendo o mesmo rumo. Todo professor que faz um trabalho de verdade, que trabalha de verdade e está atento ao desenvolvimento dos seus alunos sabe que o desenvolvimento foi mínimo ou inexistente, ou seja, foi perdido. O distanciamento da sala de aula fez com que esses alunos ficassem completamente alheios ao que estava acontecendo, e o tempo distante da sala de aula é um agravante porque o aluno vai perdendo a noção de que ele deveria estar estudando e de que ele deveria estar se dedicando aos estudos, então é um agravante. Ao mesmo tempo que eu sei dos riscos, pensando em mim pessoalmente, sei dos riscos e sei que dentro da escola os protocolos são dificilmente seguidos principalmente por parte dos alunos, mas também por parte dos professores e gestão, mas como professor eu não vejo a hora de poder voltar para sala de aula; e olha que eu me dou bem com os recursos tecnológicos, mas é que eu vejo que a coisa não funciona, que funciona melhor na sala de aula e funciona muito bem, aliás. Então eu acredito sim que 2020 foi um ano perdido. Quer um exemplo mais clara nosso? É o sexto ano que chegou na nossa escola esse ano vindo do município, ficaram o quinto ano inteiro sem a escola também e chegaram sem coisas que são um absurdo. O aluno simplesmente não consegue entender o que ele tem que fazer. UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP EAD LICENCIATURA EM MATEMÁTICA ATIVIDADES ALTERNATIVAS AO ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO ATIVIDADE 2 – AVALIAÇÃO CRÍTICA DE VÍDEOS ON-LINE SOBRE EDUCAÇÃO ALESSANDRO DA SILVA PACHECO JUNIOR - 1970325 POLO DIADEMA 2021 ALESSANDRO DA SILVA PACHECO JUNIOR - 1970325 SEQUÊNCIA DIDÁTICA Trabalho à Universidade Paulista – UNIP EAD, referente ao curso de licenciatura em matemática, para as atividades alternativas ao estágio curricular obrigatório. POLO DIADEMA 2021 SUMÁRIO . 1. AVALIAÇÃO CRÍTICA DE VÍDEOS ON-LINE SOBRE EDUCAÇÃO........... 01 1.1 RELATÓRIO SOBRE O VÍDEO DA PSICÓLOGA NATACHA COSTA..... 01 3. REFERÊNCIAS.............................................................................................. 03 1 1. AVALIAÇÃO CRÍTICA DE VÍDEOS ON-LINE SOBRE EDUCAÇÃO 1.1. RELATÓRIO SOBRE O VÍDEO DA PSICÓLOGA NATACHA COSTA Neste trabalho estaremos refletindo um pouco acerca do "Papel da Educação Integral em Tempos de Crise", juntamente a uma palestra da psicóloga Natacha Costa sobre o assunto. A psicóloga Natacha, em sua apresentação, nos introduz ao Centro de Referências em Educação Integral, que reúne diversas instituições em um só lugar, buscando incentivar e aprimorar o ensino integral no país. A primeira reflexão que nos é apresentada é sobre "O que é ser escola?", e somos instigados a pensar que há diversas maneiras de ser uma escola. O ensino integral é aquele que busca ampliar na sociedade e nos alunos não somente as áreas mais acadêmicas, mas sim desenvolver, como um todo, o indivíduo ali presente. E para isso, o ensino integral busca atingir áreas que são pouco vistas atualmente e que podem causar um impacto considerável na sociedade em um período de médio a longo prazo, e são trabalhados nos alunos a parte social, emocional, física, cultural e intelectual, para que juntos, esses aspectos formem o caráter desse aluno de forma homogênea, e que ele possa desenvolver não uma, mas diversas áreas que são sim muito importantes para qualquer ser humano que se encontra em sociedade. A psicóloga Natacha também nos apresenta uma concepção muito interessante da Educação Integral, que é a educação para além da escolarização. Como já mencionado anteriormente, a educação integral busca não só aperfeiçoar as áreas acadêmicas do aluno, e sim trazer a ele meios culturais e emocionais para torná-lo socialmente capaz de gerar impacto a todos à sua volta. Outro ponto muito importante que podemos discutir é como o professor se encaixa melhor nesse sentido. O professor no ensino integral tem agora o papel de desenvolver no aluno áreas que são de fundamental importância para o crescimento profissional, emociona, social e para a formação de um caráter competente. E para isso, cabe ao professor se aproximar de deus discentes de forma mais humana, tendo como foco as relações mais humanas e também podendo conhecer o aluno em seu âmbito familiar e social fora da escola, tendo como objetivo buscar uma maior eficiência no ensino e na formação desses alunos. 2 Em tempos de crise, nossa educação vem sofrendo danos que podemos dizer que são irreversíveis para grande parte dos nosso alunos, e por conta disso, precisamos entender que, mesmo em casa, a educação para o aluno precisa ser de qualidade e que gere resultados eficientes para a formação do mesmo. Tendo essa responsabilidade em mãos, podemos ver que a aplicação do ensino para os alunos remotamente e à longa distância não é tão simples quanto parece, já que muitos aspectos são influenciáveis para que o aluno possa aprender e ainda ter todos esses elementos que ele só encontra na escola, mas agora, dentro de sua própria casa presente na sua família e amigos mais íntimos. Por conta desse desafio de como podemos levar a educação e os elementos sociais que são essenciais para a formação de um indivíduo, precisamos pensar nas melhores soluções para que possamos pelo menos combater esses danos que já estamos sofrendo e que, se não forem olhados com mais atenção e cuidado, podemos continuar sofrendo ao longo dos próximos anos. Dois pontos iniciais que devemos tomar cuidado são: evasão escolar e o apoio às famílias dos estudantes. Quanto à evasão escolar, a psicóloga Natacha nos mostra que o índice de evasão escolar é maior durante e após períodos de afastamento da escola. Por conta da pandemia e do afastamento que estamos sofrendo por conta dela, devemos olhar com atenção ao índice de evasão dos alunos da escola, que pode vir a crescer ao final da pandemia, e devemos buscar soluções para isso. Uma dessas soluções, é justamente o segundo ponto, o apoio às famílias. Muitas famílias podem se encontrar perdidas durante esse período de ensino, não sabendo como guiar de forma eficiente os seus filhos para um ensino de qualidade, e é aí que deve entrar a interação da escola com essas famílias, buscando guiá-lospor um caminho claro, assim evitando que o aluno tenha rendimentos baixos e até desista de estudar, tendo até apoio da família para isso. Como dito pela Natacha, o objetivo não deve ser levar a escola para dentro da casa dos alunos, já que o contexto de escola é dependente de diversos fatores de estudo e aplicações que não são simples de serem aplicados dentro de casa pelos próprios familiares, e por isso, a escola deve buscar contextualizar as famílias acerca dos conteúdos e como aplicá-los da melhor maneira, e também deve apoiar as famílias desses alunos para que elas tenham a ajuda fundamental que é a da escola para que possam manter seus filhos dentro desse ambiente de estudo e desenvolvimento pessoal. 3 O objetivo da escola é buscar estratégias que possam ser aplicadas em toda a escola e que tenham impacto e potencial de atingir a todos os educandos dentro daquele ambiente, e para isso, devemos entender quais são os desafios e dificuldades que se encontram esses alunos e buscar fornecer a eles a solução mais eficiente que gere resultados para todos dentro da escola. É interessante também aplicar materiais tecnológicos para inclusão de todos os alunos, como Whatsapp, Youtube, redes de ensino como o Classroom, Meet, Estuda.com etc. podem contextualizar melhor o aluno e fazer com que ele se sinta próximo de um ambiente real de escola, e tenha vontade de buscar aprender e sempre ter disponível a ajuda de um professor ou profissional da educação para auxiliar ele. Por fim, a psicóloga Natacha Costa nos dá algumas reflexões e soluções sobre como nos organizar para o alinhamento desses alunos para a volta às aulas presenciais, ao final desse período de pandemia. É fácil pensar que esse trabalho não será tão simples e que é necessária uma estratégia eficiente para isso, devemos pensar se manteremos esse mesmo ritmo que já estávamos seguindo antes da pandemia, existem coisas que devemos manter ou tirar, e existem coisas que devemos adaptar para transformar esse período de volta às aulas dos alunos em uma experiência aconchegante e que traga bons frutos lá na frente. É dever da escola e da sociedade olhar com carinho para os alunos e por esse momento de dificuldade que eles estão sofrendo, desses traumas que podem ocorrer devido às experiências negativas que a pandemia nos fez passar, e por isso, é mais do que necessário que os alunos se sintam em casa quando voltarem para a escola, podendo ver os estudos novamente como algo que faz parte da sua rotina e crescimento sócio acadêmico. 2. REFERÊNCIAS Todas as reflexões e conteúdos foram baseados inteiramente na palestra da psicóloga Natacha Costa e suas pesquisas e dados apresentados pela mesma no link: https://www.youtube.com/watch?v=fL8JAx8LkWw&list=WL&index=2&t=3768s UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP EAD LICENCIATURA EM MATEMÁTICA ATIVIDADES ALTERNATIVAS AO ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO ATIVIDADE 2 – AVALIAÇÃO CRÍTICA DE VÍDEOS ON-LINE SOBRE EDUCAÇÃO ALESSANDRO DA SILVA PACHECO JUNIOR - 1970325 POLO DIADEMA 2021 ALESSANDRO DA SILVA PACHECO JUNIOR - 1970325 SEQUÊNCIA DIDÁTICA Trabalho à Universidade Paulista – UNIP EAD, referente ao curso de licenciatura em matemática, para as atividades alternativas ao estágio curricular obrigatório. POLO DIADEMA 2021 SUMÁRIO . 1. AVALIAÇÃO CRÍTICA DE VÍDEOS ON-LINE SOBRE EDUCAÇÃO........... 01 1.1 RELATÓRIO SOBRE O VÍDEO DA EDUCADORA JOICE LAMB............ 01 3. REFERÊNCIAS.............................................................................................. 05 1 1. AVALIAÇÃO CRÍTICA DE VÍDEOS ON-LINE SOBRE EDUCAÇÃO 1.1. RELATÓRIO SOBRE O VÍDEO DA EDUCADORA JOICE LAMB Neste vídeo somos apresentados à educadora e coordenadora pedagógica Joice lamb, vencedora do prêmio Educador Nota 10 em 2019 com o seu projeto "Aprender e Compartilhar". O projeto Aprender e Compartilhar tem como base 3 pilares principais: a participação democrática, o conhecimento e a interação entre os pais. O projeto traz uma gestão mais democrática para dentro da escola, permitindo que os pais possam interagir e participar de forma mais justa dentro do ambiente de ensino geral que é a escola, e por conta disso pode trazer à comunidade uma participação maior e resultados muito melhores, que podem se adaptar às necessidades de cada aluno e também como um todo que é a comunidade escolar. O projeto Aprender e Compartilhar também demonstra sua preocupação com o conhecimento mais tradicional dentro da escola. Esse conhecimento tem como objetivo trazer ao aluno um senso crítico e acadêmico mais bem trabalhado, e isso vem através de modalidades de iniciação científica por exemplo, que dificilmente se vê em escolas pelo país, e que tem grande resultado para os alunos que podem desenvolver conceitos que são trabalhados somente em faculdades em muitos lugares. Vale ressaltar também que todos os alunos do projeto participam igualitariamente de todas as tarefas designadas pelo projeto e pela coordenação da escola. Isso se inclui aos alunos mais pequenos, do 4º ano do fundamental, até os alunos mais velhos, do 9º ano, e isso tem como resultado uma democracia e igualdade dentro da escola, voltando a enfatizar que a gestão da escola busca dar igualdade para todos dentro do ambiente de ensino, visando aperfeiçoar desde cedo os aspectos mais importantes para o crescimento social e do caráter daquele aluno. Por fim, o terceiro e último pilar desse projeto engloba todos em um só; o pilar da interação visa engrandecer a convivência dos alunos e pais em comunidade. A ideia é justamente mostrar e reforçar a igualdade de todos presentes naquele ambiente. O projeto também traz uma oficina com a ideia de juntar os alunos em turmas e professores diferentes, com o objetivo de ensinar e aprender, não somente os educandos mas também o professor, que a cada vez que o projeto acontece, também recebe alunos novos para interagir. Como foi dito propriamente pela Joice Lamb no vídeo, a ideia aqui é que o aluno não só aprenda coisas novas a partir de 2 um ambiente novo, mas que ele e o professor aprendam a aprender juntos. É preciso que o professor esteja sempre disposto a aprender coisas novas com seus alunos e que os alunos também estejam abertos a aprender coisas novas com o professor e com os seus colegas de oficina. Também vale lembrar que esse projeto de oficina junta todos os alunos, pois os mesmos estão sempre em contato com alunos novos e diferentes, e isso torna a comunidade da escola uma coisa mais homogênea, onde todos os professores e alunos se conhecem e trocam conhecimentos e interações entre si, e isso faz com que todos ali dentro possam crescer intelectualmente e também desenvolver suas características sociais juntos. Um ponto muito importante que podemos tirar disso, é sobre como a escola, após esse período de dificuldades que estamos passando, pode conseguir trazer uma volta às aulas presenciais de forma aconchegante e que faça o aluno se sentir seguro e em casa. Para isso, a Joice comenta que devemos olhar primeiro para as questões mais administrativas em relação aos cuidados da pandemia. Devemos ter um ambiente seguro e que garanta ao professor uma estabilidade dentro do seu ambiente de ensino, tirando dele esse peso das preocupações quanto à doença e deixando somente espaço para que o professor desenvolva e também preste atenção nas necessidades de cada aluno, e para isso, é preciso quea administração da escola esteja preocupada em organizar todos os pontos para que isso seja feito de forma tranquila. Outro ponto interessante, é a importância que a Joice dá para a escola olhar mais para o professor, entender também as necessidades que o professor tem em seu ambiente de sala de aula e também as dificuldades emocionais que eles podem estar passando nesse período de pandemia, seja na escola ou também em seu lar. Todos esses aspectos, se bem cuidados, podem gerar um ambiente de ensino mais leve e mais focado em olhar realmente para as coisas que importam nesse momento, não somente se preocupando em passar os conteúdos previstos, mas também em aconchegar aquela comunidade em um ambiente que seja de crescimento para todos. Outro ponto digno de destaque sobre a fala de Joice, foi sobre a questão dos alunos, pais e da própria escola esquecerem o que de fato é aprender e ter desempenho dentro da escola, o que de fato é ir para a escola. Hoje temos muito esse conceito de que as notas são o que definem se estamos ou não aprendendo, e também que a escola somente serve para que você tire as notas e passe de ano. Precisamos tirar 3 essa ideia da cabeça dos alunos, o ambiente escolar é muito mais importante do que somente notas, o ambiente escolar está ali para ensinar, e o aluno precisa entender que o conhecimento ali adquirido é algo que ele vai levar para a vida inteira, e que aquilo ninguém pode tirar dele. Como professores, devemos valorizar mais o que é ensinado para os nossos alunos, e devemos ensiná-los a estudar para aprender de fato, para adquirir conhecimento, e não somente para ter notas e para passar de ano. Esse tipo de pensamento e ideia de somente querer passar de ano pode levar a prejuízos na vida dessas crianças a longo prazo, que nunca irão valorizar de fato o que é o conhecimento, e se valorizarem, pode ser que seja tarde demais. Também é tocado no ponto da auto avaliação que o aluno faz. A auto avaliação é uma forma didática de ensinar ao aluno a olhar para dentro de si mesmo, de refletir seu desempenho e de perceber quais pontos ele está se saindo bem e quais pontos ele está deixando a desejar. Esse tipo de avaliação pode reforçar o senso crítico do aluno, o bom senso e até mesmo a sua humildade de entender que ele tem pontos a melhorar e também poder valorizar as áreas em que ele está se saindo melhor. Para finalizar, quero refletir a cerca de duas questões deixadas no manual desse trabalho em relação ao que o vídeo nos poderia trazer, são elas: (“como pensar a escola a partir da crise e levando em conta as mudanças por ela proporcionadas” e “em que o conhecimento da atuação da educadora Joice Lamb, que foi contemplada com o prêmio, influencia a sua futura atuação profissional como professor(a)". É evidente que a escola antes e após o período de pandemia serão ambientes totalmente distintos em diversos aspectos. Precisamos entender que o alunos que chegarão na escola após o enfrentamento desses períodos difíceis necessitarão de cuidados maiores não somente no âmbito do ensino, mas também precisarão do suporte da escola de forma social, emocional e cultural, para que seja reforçado nele esse cuidado que todos estamos precisando. A escola deve procurar se adaptar a essas novas necessidades, como já vem sendo feito desde o início dessa pandemia. Buscar melhoras na parte tecnológica, melhoras também na sua qualidade de ensino e cuidado são essenciais para que o retorno às aulas dos alunos traga também um período de adaptação nova, e que surtirá em resultados positivos mais para frente. Sem dúvida a educação evoluiu muito nesses tempos de dificuldades, encontramos novas maneiras de ensinar e de aprender que antes jamais nos imaginaríamos 4 fazendo, e por conta disso, precisamos tirar proveito dessa dificuldade que foi a pandemia para que o aproveitamento dentro da escola seja o maior possível. E por fim, sem dúvidas a Joice Lamb foi e vai ser uma pessoa divisora de águas em muitos dos assuntos que eu ouvi em relação aos cuidados de uma escola e de seus alunos e funcionários. O olhar humanista e preocupado da Joice com certeza deve ser alvo de qualquer profissional da educação que esteja buscando atingir o máximo de qualidade e excelência. Aspectos como a preocupação com os alunos não somente no ensino, mas no crescimento cultural, social, físico e emocional devem ser temas a ser debatidos em qualquer escola e com qualquer professor que se preze, pois a educação anda lado a lado com o crescimento do ser humano. Por isso, com certeza tenho a tirar ótimas dicas e reflexões acerca do meu futuro desempenho profissional, e tenho certeza que buscarei ser o mais humano e me preocupar ao máximo com meus alunos, pois a educação e o ensino se fazem de forma humana e em conjunto, nunca visando somente resultados e números. Vale também ressaltar que essas atitudes vindas por parte da escola, são responsáveis por garantir para toda a comunidade a sua volta, um centro de encontro entre pais e filhos que podem buscar se desenvolver em um ambiente que os acolhe e os traz uma âncora de estudos e desenvolvimento pessoal e social dentro da comunidade. Esse tipo de ambiente, se aplicado em todos os bairros em âmbito nacional, pode trazer mudanças significativas para toda a sociedade a médio e longo prazo, já que o desenvolvimento não será somente academicamente e por parte do aluno, mas também fará com que toda a sociedade receba esse impacto, já que futuramente esses indivíduos serão incluídos na mesma, mas dessa vez, com maior capacidade de comunicação, criatividade, liderança e senso de comunidade e espírito. Como futuros professores, precisamos buscar mudar a forma como é vista a educação no país, e isso começa através de atitudes como a da educadora Joice Lamb, que além de estudar e aplicar essas formas, passa adiante eu conhecimento se preocupando em trazer resultados não só para a sua comunidade e escola, mas esperando que isso seja aplicado para outros lugares e que, assim, também surjam novas ideias e aperfeiçoamentos para os alunos, pais e professores que participam daquele ambiente. 5 2. REFERÊNCIAS Todas as reflexões e conteúdos foram baseados inteiramente na palestra da educadora Joice Lamb e suas pesquisas e dados apresentados pela mesma no link: https: https://www.youtube.com/watch?v=DEjuOQ50QhU&list=WL&index=1&t=1466s
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