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Apostila de Protese Parcial Removivel

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APOSTILA DE PRÓTESE 
PARCIAL REMOVÍVEL 
Por Nara Assunção 
 
 
 
 
 
 
1 
 
Índice 
1. Teoria e classificação das PPRs .................................................. 2 
2. Aspectos biomecênicos (alavanca, plano inclinado) .................... 9 
3. Biomecânica de inserção e retirada das PPR ............................. 19 
4. Conectores maiores e menores .................................................... 23 
5. Apoios oclusais e nichos ............................................................ 33 
6. Fase Laboratorial de confecção das estruturas metálicas ......... 37 
7. Sequência de Planejamento ....................................................... 39 
 
 
 
2 
 
Teoria e classificação das Próteses 
Parciais Removíveis 
Conceito: Aparelhos dentossuportados ou dentomucossuportados destinados a substituir em um ou ambs os arcos, 
em um ou mais dentes ausentes, podendo ser removidas da boca, com relativa facilidade tanto pelo paciente, quando 
pelo profissional. 
Semelhança com a PPF: Dentossuportadas 
Semelhança com a PT: Apoio mucoso – mucossuportadas 
Objetivos: 
• Restaurar a eficiência mastigatória 
• Restaurar a fonética 
• Restabelecer a estética 
• Proporcionar conforto ao paciente 
• Integrar-se ao sistema estomatognático 
• Preservar os tecidos remanescentes 
Indicações: 
• Casos parcialmente desdentados em que não seja possível a colocação de uma PF 
• Para espaços protéticos grandes e intercalares 
• Extremidades livres uni ou bilaterais 
 
• Espaços protéticos extensos 
 
 
 
 
• Dentes com suporte periodontal reduzido 
• Perda óssea excessiva 
ATENÇÃO 
• Cuidado com a força em 1 só dente; 
• Pecientes semi-edêntulos: PPR, PRSI e PF 
 
3 
 
 
 
 
 
 
• Necessidade de substituição imediata de dentes 
 
• Espaços protéticos múltiplos 
 
• Período de osseointegração de implantes 
 
• Prótese bucomaxilofacial 
 
• Estado físico, emocional e econômico 
 
4 
 
 
 
FÍSICO/NEUROMUSCULAR EMOCIONAL/PSICOLÓGICOS ECONÔMICO 
Dificuldades de manter a 
higienização em pacientes com PF 
sobre implantes. 
O paciente mesmo com apenas 2 
elementos prefere mantê-los a 
sacrifica-los. 
O paciente pode ter osso porém 
não tem como reabilitar com uma 
PSI. 
 
Contra-indicações 
• Pacientes com problemas motores 
• Debilidade mental 
• Pobre higiene bucal 
 
Vantagens x desvantagens 
VANTAGENS DESVANTAGENS 
Reestabelecer as funções estética, fonética e 
mastigatória , devolvendo o equilíbrio biológico 
Estética 
Mínimo preparo dos dentes Removível 
Fácil higienização 
Rapidez na execução 
Baixo custo 
 
Classificação 
• Cummer (1921) – Posição de retentores 
• Kennedy (1928) – Posição dos espaços desdentados e apoios 
• Baylin (1928) – Tipo de suporte 
• Skinner (1959) – Qualidade, grau e quantidade de suporte 
• Godfrey (1951) – Localização e extensão dos espaços 
• Mauk (1942) 
• Applegate (1960) 
• Foldvari (1965) 
A complexidade é determinada por quatro amplas categorias diagnósticas que incluem: 
• Local e extensão da área desdentada; 
• Condição dos pilares; 
• Características e requisitos oclusais; 
• Características do rebordo residual. 
Bases para uma classificação – o critério, ou base funcional, considera o tipo de suporte do aparelho protético ou, mais 
precisamente, a via de transmissão das cargas mastigatórias 
Atenção 
De um modo geral, a PPR somente estaria contra-indicada nos casos onde a saúde bucal estivesse 
comprometida e não houvesse colaboração por parte do paciente em corrigir essa situação, o que 
impossibilitaria qualquer tipo de tratamento odontológico. 
 
5 
 
 
1. Via dental de suporte: 
• Os dentes recebem cargas diretamente, por meios protéticos ligados a eles ou pelas selas próximas a eles. 
• Força mastigatória é transmitida ao osso alveolar somente através dos dentes remanescentes. 
• A fibromucosa que reveste o espaço protético, intercalada entre os dentes remanescentes, NÃO RECEBE 
FORÇA ALGUMA, estando apenas justaposta à sela. 
2. Via mucosa de suporte: Os rebordos recebem a força, como carga de pressão, e assim transmitem ao osso 
residual. 
• Força mastigatória é transmitida em sua maior parte pela fibromucosa que reveste o rebordo residual. 
3. Via dental e mucosa de suporte: 
• Para um rebordo residual (mastigatório) de mucosa saudável, espera-se um movimento de 1 a 3 mm. 
• Resiliência da mucosa – capacidade da gengiva de sair, se adaptar e voltar ao formato original. 
Classificação de Kennedy 
• Baseia-se na topografia (posição) dos espaços edentados em relação aos dentes remanescentes no arco; 
• Leva em consideração a localização do espaço protético e do dente remanescente 
1. Classe I 
• Área desdentada bilateral localizada posteriormente aos dentes naturais 
 
2. Classe II 
• Área desdentada unilateral localizada posteriormente aos dentes naturais 
 
3. Classe III 
• Área desdentada unilateral com os dentes naturais remanescentes tanto posterior como anterior a eles 
(intercalar) 
Uma das características dos apoios é que a 
transmissão de forças para os dentes de 
suporte tem que ser axial – sentido cérvico-
apical. 
 
 
6 
 
 
4. Classe IV 
• Área desdentada única, mas bilateral (cruzando a linha média), localizada anterior aos dentes naturais 
remanescentes 
 
Regras de Applegate 
1. Classificação posterior ao preparo da boca (exodontia). 
2. Se um terceiro molar está faltando e não é ser substituído, ele não é considerado na classificação. 
3. Se um terceiro molar está presente e será utilizado como suporte, ele é considerado na classificação. 
4. Se um segundo molar está ausente e não será substituído, ele não é considerado na classificação. 
5. A área desdentada mais posterior sempre determina a classificação. 
6. Áreas desdentadas com exceção aquelas que determinam a classe são denominadas modificações são 
designadas por números. 
7. À extensão da modificação não é considerada, apenas o número e áreas desdentadas adicionais. 
8. A classe IV não permite modificações. 
Elementos constituintes 
1. Retentores 
2. Apoio 
3. Conector maior 
4. Conector menor 
5. Sela 
6. Dentes e gengiva artificiais 
 
7 
 
 
 
Retentores 
• A resistência à deformação ao longo de uma trajetória devidamente selecionados a 
• Retenção e estabilização da PPR 
• Ficam no dente suporte (que vão receber o grampo) – adjacente ao espaço protético 
• Se dividem em: 
➢ Direto – fica no dente adjacente ao espaço protético. 
➢ Indiretos – fica contrário ao espaço protético e tem como função diminuir a movimentação da prótese 
• Se dividem em: 
➢ EXtracoronarios 
➢ Intracoronarios 
 
Apoios 
• Impede o deslocamento ocluso gengival da PPR (intrusão) 
• É só o que fica no preparo do dente (bem pequeno) 
• Transmite a carga mastigatória aos dentes – a forca que transmitiremos deve ser no sentido do longo eixo do 
dente (NÃO PODE SER FORÇA OBLÍQUA – LATERAL) 
• Transmite forças de 2 formas: 
➢ Via mucosa 
➢ Via dente suporte – responsável por receber as cargas mastigatórias 
 
Conector maior 
• Unir os elementos da PPR 
• Atravessa a prótese de molar a molar pela lingual/palatina 
A retenção no grampo é 
baseada na resistência à 
deformação do metal 
Vem sobre o preparo (lingual ou na 
cervical) e é feito para aguentar a 
pressão oclusal e transmitir essa força. 
 
8 
 
Conector menor 
• Une o apoio ao conector maior 
• Componente responsável primariamente pela união dos grampos com as grades da sela ou com os conectores 
maiores da PPR 
Sela 
• Fixação dos dentes artificiais e resina acrílica 
• Transmissão de carga mastigatória ao rebordo 
Liga metálica co-cr 
• Baixa densidade (menor peso) 
• Alto módulo de elasticidade (resiste a uma forca bem grande sem se deformar – necessário para fazer a ponta 
dogrampo para reter a prótese) 
• Baixo custo 
• Menor terminal da área retentiva – ponta bem fina, delicada 
• Biologicamente compatível – não sofre nenhum prejuízo com a saliva nem nada do nosso organismo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
Aspectos biomecânicos das ppr e princípios de 
alavanca e plano inclinado 
• É a parte da física que analisa o movimento, as variações de energia e as forças que atuam sobre um corpo. 
• Estudo da mecânica dos organismos vivos. 
• O estudo da estrutura e da função dos sistemas biológicos utilizando métodos de mecânica 
• A consequência do movimento das próteses sob cargas funcionais é a aplicação de tensão ao dente e aos 
tecidos que estão em contato com a prótese 
• É importante que esta tensão NÃO exceda o nível de tolerância fisiológica, que é o alcance máximo de 
estímulos que o sistema pode resistir sem rompimento ou consequências traumáticas 
• As PPR’s, pelo desenho, são planejadas para serem instaladas e removidas da boca. Por causa disso, elas não 
podem ser conectadas rigidamente aos dentes ou tecidos 
• Isto faz com que as próteses sejam passiveis de se movimentarem em reposta as cargas funcionais, como 
aquelas criadas pela mastigação 
• Entender os movimentos possíveis em resposta à função e ser capaz de desenhar logicamente os 
componentes da PPR para auxiliar no controle desses movimentos 
Desenho da ppr 
• Pode ser considerado semelhante ao projeto clássico e multifacetado da engenharia convencional, que é 
caracterizado por ser ABERTO E NÃO ESTRUTURADO 
• Ser aberto significa que os problemas possuem tipicamente mais de uma solução, e não estruturado quer 
dizer que as soluções não são resultado de fórmulas matemáticas padronizadas utilizadas de alguma maneira 
estruturada 
Processo de desenho para próteses parciais removíveis 
• Necessidade – substituição de dentes 
• Definição de problema – fornecimento de próteses removíveis estáveis 
• Objetivos – movimento funcional limitado dentro da tolerância dos dentes e dos tecidos 
• Informação de fundo – forças de oclusão, caráter e potencial para movimento do “deslocamento por carga do 
tecido, princípios biomecânicos aplicados as características especificas individuais da boca, componentes da 
PPR destinadas a controlar os movimentos 
• Escolha da solução (entre alternativas) a ser aplicada – baseadas em experiências anteriores, princípios e 
conceitos aprendidos na faculdade e livros-texto e pesquisas clínicas aplicáveis 
Considerações biomecânicas 
 
10 
 
• As estruturas das PPR’s (dentes pilares-suporte e rebordos residuais) são coisas vivas que estão sujeitas a 
forças 
• A capacidade das estruturas de suporte de resistirem a forças depende de: 
1. Que força típica necessita de resistência 
2. Qual a duração e a intensidade dessas forças 
3. Qual a capacidade que o dente e/ou a mucosa tem de resistir a essas forcas 
4. Como a utilização do material influencia esta resistência dente-tecido 
5. Se a resistência se altera com o tempo 
Movimentos em ppr 
• Feitos no plano frontal, transversal e sagital 
• Movimento rotacional 
➢ Em torno do próprio eixo – na PPR é a linha de fulcro 
➢ No plano sagital: inclinação antero-posterior 
▪ Alimentos duros e pegajosos 
▪ Como minimizar? 
 Posicionar corretamente os apoios oclusais e incisais 
 Recobrir o máximo possível da fibromucosa 
 Moldagem funcional boa da fibromucosa 
 Escolha adequada do conector maior 
 Diminuição da largura dos dentes artificiais 
➢ No plano frontal: inclinação mesio-distal (latero-lateral) – unilateral 
▪ Como minimizar? 
 Mastigação unilateral + interferências oclusais em lateralidade 
 Aumentar a rigidez do conector maior 
 Alinhar o posicionamento dos dentes artificiais na linha de zona neutra 
 Recobrir o máximo da base 
 Desenho dos grampos e oclusão correta 
➢ No plano transversal: inclinação vestíbulo lingual 
▪ Como minimizar? 
 Recobrimento adequado da extensão distal 
 Oclusão equilibrada 
 Escolha adequada do conector maior 
Considerações biomecânicas 
 
11 
 
• Os seis tipos de maquinas simples são a alavanca, a cunha, o parafuso, a roda e o eixo as polias e o plano 
inclinado 
• ALAVANCA – evitar com a linha de fulcro (apoio indireto) 
➢ Um sistema de alavancas representado pela extensão distal de uma PPR pode aumentar a forca de oclusão 
aplicada aos pilares terminais, o que pode ser indesejável 
➢ Braço de alavanca pequeno – pouca movimentação – ESSENCIAL 
➢ 3 tipos: 
▪ Alavanca de primeira classe (interfixa) 
 Um lado de potência e um de resistência 
 Braço de potência são os dentes e o braço de resistência é o apoio 
 
 
 
 
▪ Alavanca de segunda classe (inter-resistente) 
▪ Alavanca de terceira classe (interpotente) 
• Plano inclinado 
➢ Quando dois objetos se tocam, suas superfícies formam um ângulo agudo com o plano horizontal 
➢ A aplicação de uma força sobre esses dois objetos, faz com que eles se movimentem em direção contraria 
entre si. 
➢ É o deslizamento de uma superfície (força) em cima de outra (dente) 
➢ Se não houver preparo, a força vai deslizar, transmitindo uma força não axial no dente ainda presente 
➢ O plano inclinado deve ser evitado, para a força se dissipar ao longo eixo do dente 
Prinípios biomecânicos 
• Retenção 
➢ Fisiológica 
▪ Aprendizado do paciente – neuromuscular 
▪ Prótese + Musculatura – equilíbrio dinâmico 
➢ Física 
▪ Adesão 
▪ Coesão – película de saliva entre base da prótese e 
fibromucosa 
▪ Pressão atmosférica – age contra ou a favor da presença da prótese 
Linha de fulcro – 
linha que traça do 
dente adjacente ao 
último dente da 
arcada do lado 
contrário 
Melhor adesão, coesão e 
pressão atmosférica 
Área basal da prótese e 
adaptação do acrílico a mucosa 
R 
F 
E 
LADO DE RESISTÊNCIA 
LADO DE POTÊNCIA 
 
12 
 
➢ Mecânica 
▪ Direta 
▪ Indireta – apoio indireto e retenção indireta (lado oposto ao espaço protético) – os movimentos 
rotacionais mesiais tem fulcro nos dois principais apoios (oclusal/incisal) e a retenção indireta deve ser 
posicionada à frente do fulcro – bloqueia o movimento rotacional da prótese – (por razoes estéticas 
e/ou funcionais, o retentor indireto pode ser distalizado) – tem que ficar perpendicular à linha de fulcro 
▪ Direta e indireta 
▪ Friccional – somatória das áreas de contato da PPR com os planos guias – quanto maior for a retenção 
friccional, menor a necessidade de retenção mecânica, consequentemente, maiores as possibilidades 
estéticas da prótese – é dada especialmente pelos planos guia e encaixes 
• Suporte 
➢ É a resistência que a prótese oferece as forças verticais da mastigação, prevendo que a PPR seja deslocada 
em direção aos tecidos de suporte 
➢ Se divide em: 
▪ Dentomucossuportadas – mucosa alveolar 2mm 
▪ Dentossuportadas – resiliência – ligamento periodontal 0,1mm 
➢ Quanto mais flácida, maior o efeito alavanca, e maior o torque no dente suporte 
➢ O que suporta? 
▪ Apoios 
▪ Encaixes 
▪ Superfície basal da sela 
▪ Conector maior (para a MAXILA) 
 
 
 
• Estabilidade 
➢ É a resistência as forças que atuam sobre uma prótese no plano horizontal, decorrentes de contatos 
oclusais em planos inclinados 
➢ Atingidas com: 
1. PORÇÕES RÍGIDAS DOS GRAMPOS 
2. FLANCOS VESTIBULAR E LINGUAL DOS REBORDOS ALVEOLARES 
3. OCLUSÃO EQUILIBRADA 
➢ Influenciadas por: 
R 
F 
E 
 
13 
 
1. Número de dentes remanescentes – quanto maior o espaço protético maior a força transmitida ao 
dente suporte 
 
2. Distribuição dos dentes remanescentes 
 
 
 
 EXTREMIDADES LIVRES COM ALAVANCA 
3. Mobilidade dos dentes remanescentes – determinar o grau de mobilidade e eliminar as causas que 
ocasionaram o quadro patológico 
 
4. Altura e formato do rebordo – quanto maior a altura maioro contato da prótese, maior a estabilidade 
e retenção e menor a força mastigatória no tecido de suporte. 
• Normal 
LINEAR TRIANGULAR 
QUADRANGULAR MELHOR 
PROGNÓSTICO 
 
14 
 
PIOR PROGNÓSTICO 
- TRAUMA 
 
• Alto 
 
• Reabsorvido 
 
• Estrangulado 
 
• Em lâmina de faca 
 
 
 
 
5. Tipo do rebordo alveolar – a força recebida perpendicular ao plano oclusal – não apresenta força 
resultante – menor movimentação. 
 
 
15 
 
MELHOR 
PROGNÓSTICO 
 
Estruturas de suporte – rebordo pode ser do tipo: 
• No sentido mésio distal: (olhando de perfil) 
➢ HORIZONTAL 
 Melhor prognóstico 
 Resultante das forças recebidas é mais perpendicular, sem resultar forças laterais 
 
➢ ASCENDENTE DISTAL 
 Prognóstico satisfatório (necessita de um stop) 
 Favorece movimentos de rotação mesial – desaloja a prótese sob ação de alimentos pegajosos 
 
➢ DESCENDENTE DISTAL 
 Prognóstico ruim (forças oblíquas – origem a componentes laterais) 
 Movimentos de rotação distal – de encontro ao tecido fibromucoso ao mastigar 
 Dependendo da forma, volume e inserção das raízes do dente suporte há necessidade de 
contenção de um ou mais dentes 
 
16 
 
 
➢ CÔNCAVO (DESCENDENTE ASCENDENTE) 
 Prognóstico ruim 
 Forças mastigatórias incidindo obliquamente, podendo gerar forças laterais instabilizadoras tanto 
mesial como distal 
 Dificulta a instalação da prótese 
 
 
6. Grau de resiliência da mucosa 
• Capacidade da mucosa de se deformar com a pressão da prótese, e depois voltar a sua forma 
original 
• Classificada como: 
 Aderente 
 Flácida 
 Consistência média – melhor 
• Influenciada por fatores: 
 Sistêmicos – diabetes e doenças que interferem no metabolismo 
 Locais – causas iatrogênicas, mal planejamento → inflamação e reabsorção do rebordo 
Princípios biomecânicos 
1. As próteses parciais removíveis de extremidade livre devem ser planejadas prevendo a obtenção de um efetivo 
suporte mucoso – RECOBRIR ÁREA CHAPEÁVEL 
 
17 
 
2. O planejamento da PPR deve ser conduzido para a prevenção do aparecimento de alavancas e planos 
inclinados – EVITAR ALAVANCAS E PLANOS INCLINADOS 
• O principal movimento de rotação de uma PPR de extremidade livre é ao redor do fulcro que passa sobre 
os dois apoios principais 
 
 
• Os movimentos rotacionais mesiais tem o fulcro nos dois principais apoios (oclusal/incisal) e a retenção 
indireta deve ser posicionada à frente do fulcro 
 
• Como minimizar os efeitos das alavancas? 
 A aplicação do retentor indireto, um dente a frente do apoio causa efeito considerável na região 
indireta. 
 A aplicação do retentor indireto, dois dentes a frente do apoio, aumenta ligeiramente a eficiência da 
retenção indireta, mas não proporcional ao deslocamento anterior. 
 Conclui-se, que em casos favoráveis pode-se distalizar os retentores indiretos, favorecendo a estética 
sem detrimento da funcionalidade. 
 
RI e RD 
 
18 
 
LINHA DE FULCRO – 
eixo de rotação que 
une dois apoios mais 
posteriores 
RETENTOR INDIRETO 
– localiza-se na 
maior perpendicular 
à linha de fulcro 
• A supressão de um dente artificial da base da prótese representa um recurso para diminuir do braço de 
potencia da alavanca 
3. No planejamento da PPR da extremidade livre, deve-se reduzir a extensão da mesa oclusal dos dentes 
artificiais. A sela, por sua vez deve ser a mais ampla possível – BASE < MESA OCLUSAL < SELA 
4. No planejamento da PPR de extremidade livre, o apoio deve ser posicionado afastado da área desdentada, 
com o propósito de ser criar uma alavanca de segunda classe – APOIO NA MESIAL COM GRAMPO TIPO BARRA 
5. No planejamento da PPR, os retentores indiretos devem ser posicionados na maior perpendicular traçada à 
linha de fulcro, para impedir o movimento de rotação da prótese – RETENTOR INDIRETO 
 
6. Na PPR dentossuportada, os apoios dos retentores diretos devem ser posicionados o mais próximo possível 
da área desdentada – APOIOS ADJACENTES À AREA DESDENTADA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
19 
 
Biomecânica de Inserção e Retirada das 
Próteses Parciais Removíveis 
A PPR propõe que se estabeleça condições para substituição dos dentes perdidos, através de mecanismos 
retentivos e estabilizadores que permitam ao próprio paciente retirá-la e reposicioná-la na boca, sempre que 
achar necessário, sem danifica-la ou causar prejuízos aos elementos biológicos a ela diretamente vinculados 
(DE FIORI) 
• 2 situações: 
 Planos guia de inserção: 
 São 2 ou mais áreas planas (preparadas nas superfícies axiais dos dentes (pilares íntegros, restaurados, 
ou sobre elementos cimentados sobre esses dentes) paralelas entre si e com direcionamento ocluso-
gengival idêntico ao selecionado para a direção de inserção da prótese parcial removível 
 Funções: 
o Direcionamento da PPR 
o Ativação elástica do grampo de retenção 
o Estabilização do dente pilar 
o Proteção da papila interdental 
o Estabilização da prótese 
o Retenção da prótese 
 Ação elástica dos grampos de retenção: 
 O braço lingual/palatino atua no plano guia de inserção → oferece paralelismo (internamente) 
 O braço vestibular atua na área retentiva → oferece retenção (externamente) 
• Situações: 
 Favoráveis: Classe III e IV 
 Desfavoráveis: Classe I* (principalmente – extremidade livre) e II 
• Quanto maior a quantidade de falhas e menos dentes – situações menos favoráveis 
• Quanto mais dentes e menos e menores falhas – situações mais favoráveis – mais dificuldade teremos para 
acomodar a estrutura metálica 
• Prótese: 
 Superior → trabalho em um arco fixo, compacto (maxila), porém a gravidade age contra → facilidade 
 Inferior → trabalho em um arco móvel (mandíbula) , com presença da língua, gravidade age a favor → 
dificuldade 
Todo dente que está do lado da falha protética, obrigatoriamente é pilar primário 
• Grampo com ponta ativa localizado subequatorialmente (cervical) 
• Retentor – componentes: 
 
20 
 
 Apoio oclusal 
 Braço de aposição/oposição → por lingual → equador para oclusal → direciona 
 Braço de retenção → por vestibular → ultrapassa o equador em direção cervical → deflexão elástica 
 
• Direção de inserção – DI 
 Trajetória de assentamento da PPR 
 Acontece desde o primeiro toque como dente até seu assentamento final na boca do paciente 
• Direção de retirada - DR 
 Trajetória de remoção completa da PPR 
 Acontece desde a posição de assentamento da prótese até sua remoção, não havendo nenhum toque com 
as estruturas dentais 
DR e DI devem ser iguais, porém com sentidos opostos 
DI: ocluso-gengival e DR: gengivo-oclusal 
• Delineadores: 
 Usado durante a fase de planejamento das PPR’s – diagnóstico, planejamento e modificações 
 Seleciona a direção de inserção e executa os planos guia de inserção 
 Determina o paralelismo relativo entre 2 ou mais superfícies de dentes ou outras partes do modelo de uma 
arcada dentária 
 Modificações devem ser feitas nas superfícies axiais dos dentes pilares e do rebordo residual → feito para 
a PPR se integrar a esses elementos 
 Base do modelo tem que ser plana, para adaptar na platina 
 Princípio de funcionamento do delineador – superfícies perpendiculares ao mesmo plano, mesmo que em 
posições diferentes, estarão paralelas 
 
 
21 
 
 
• Constituição: 
 Delineador propriamente dito 
 Plataforma ou base 
 Haste vertical fixa 
 Braço horizontal (rígido ou articulado) 
 Haste vertical móvel 
 Mandril 
 Platina – solta 
 Parafuso da junta universal 
 Junta universal – possibilita o movimento da mesa porta modelos 
 Mesa porta modelos 
 Garras fixas 
 Garra móvel 
 Parafuso da garra 
 Pontas acessórias 
 Pontas de análise e porta grafite ou protetor grafite 
 Pontas calibradoras de retenção (0,25mm, 0,50mm, 0,75mm) 
 Pontas recortadoras de cera e fresagem 
• Técnicasde trabalho 
 Técnica de roach – 3 pontos 
 Equilíbrio tridimensional dos 3 pontos – pelo movimento da junta universal 
 Modelo superior: 
o 1/3 médio da concavidade palatina dos ICS – ponto anterior 
o Fossa central ou crista marginal mesial dos 2° ou 3° molares – pontos posteriores 
 Modelo inferior: 
Braço horizontal (rígido ou articulado) 
 
22 
 
o Contato próximo-incisal dos ICI – ponto anterior 
o Cúspide disto-vestibular ou crista marginal mesial do 2° ou 3° molar – pontos posteriores 
 
 Registro da trajetória de inserção e retirada via pino cimentado 
 Travar a junta universal → fazer um orifício no centro e terço posterior do modelo 
 Teste da haste no orifício – tem de haver espaço para fixação com resina acrílica 
 Determinar o equador protético 
o Equador protético – linha entre os 3 postos – ponto de maior proeminência da coroa em relação a 
inserção 
o Acima do equador – área expulsiva 
o Abaixo do equador – área retentiva 
 Calibragem das retenções 
 Técnica de roth – das bissetrizes 
 Técnica da conveniência 
• Equador: 
 Anatômico: linha de maior proeminência em cora dental em relação ao seu longo eixo 
 Protético: linha de maior proeminência da coroa dental em relação à direção de inserção 
• Ângulo de convergência cervical: formado entre o estrangulamento cervical do contorno coronário dental e o 
eixo da direção de inserção 
 
 
 
 
 
 
 
Ângulo de convergência 
Direção de inserção (DI) 
Equador protético 
 
23 
 
Conectores maiores e menores 
 
 
 
1. Retentores 
2. Apoio 
3. Conector maior 
4. Conector menor 
5. Sela 
6. Dentes artificais 
 
Conceito: 
• São elementos da PPR, que determinam a união dos retentores e selas entre si, rígida e bilateralmente; 
• Os conectores se classificam em dois grupos: 
1. Maior 
2. Menor 
Conector Maior 
• Conecta todos os outros componentes de maneira a constituir um corpo único, garantindo rigidez e o bom 
funcionamento da peça – direto ou indiretamente 
• Pode ser chamada de barras tangenciais, configuram-se como barras metálicas, rígidas, que unem os 
retentores e as selas entre si e bilateralmente 
• Liga os elementos situados em um lado do arco com aqueles situados no lado oposto 
• Importante para a transmissão de cargas as estruturas de suporte 
• Deve ser rígido 
• Deve ser biocompatível 
• Não deve provocar traumatismos 
• Deve se posicionar na localização correta 
• OU SEJA, auxilia na: 
 Distribui a força mastigatória (1) 
 Retenção (2) 
 Estabilidade (3) 
1. Distribuição da força mastigatória 
 Força distribuída proporcionalmente aos d. pilares 
 União rígida e bilateral, que o conector oferece 
 
 
24 
 
Lembrando: 
Retenção direta: capacidade da prótese de 
não se deslocar na vertical (trajetória de 
inserção). 
Retenção indireta: capacidade da prótese de 
não se deslocar por movimentos rotacionais. 
2. Retenção 
 Determinada pela soma das quantidades de retenção programadas para cada retentor individualmente 
 Só acontece, pois, o conector estabelece uma união rígida entre esses retentores 
3. Estabilidade 
 Depende do número e da distribuição estratégica e bilateral dos retentores diretos e indiretos 
 Só acontece, se esses elementos estiverem rigidamente conectados 
Requisitos fundamentais que um conector maior deve ter: 
• Rigidez 
 Formada pela liga de cobalto-cromo (biocompatível) 
 Resistência de um corpo à deformação por uma força aplicada 
 É fundamental que os conectores maiores sejam rígidos, de modo que a força aplicada sobre qualquer parte 
da PPR possa ser efetivamente distribuída sobre todas as estruturas subjacentes 
 Se o conector maior não for rígido suficiente, ele pode causar trauma ao periodonto de sustentação dos 
dentes suportes, injuria do rebordo remanescente e tecidos subjacentes 
 
• Relação de contato (maxila) ou de alívio (mandíbula) 
 Maxila 
 Conector em intimo contato 
 Mucosa espessa, densa e firmemente aderida ao osso adjacente 
 Por ter esse contato melhora a distribuição de forças e evita a penetração de alimentos entre conector e 
mucosa 
 Mandíbula 
 Conector não toca a mucosa, fica levemente afastado – faz um alivio – cria um espaço livre de 
movimentação que não vai ter a intrusão do conector na mucosa 
 Mucosa fina, móvel e bastante sensível 
• Comodidade 
 Não deve atrapalhar na: 
 Mastigação 
 Deglutição 
 Estética 
 Respeitar as estruturas anatômicas (tórus, freios, papila incisiva) 
Conector maior da maxila 
• Função principal: 
 Unir diretamente todos os outros componentes entre si 
• Função secundária: 
 Suporte 
 Retenção direta e indireta 
 Estabilização da prótese 
• Podem ocorrer com os CMM, uma vez que mantenham intimo contato com a fibromucosa: 
 Suporte – dado com o intimo contato com a fibromucosa – evita intrusão 
 
25 
 
 Retenção direta – obtida pela: adesão, coesão e pressão atmosférica 
 Retenção indireta – depende do intimo contato co CMM com a fibromucosa – impede que a PPR rotacione 
através do fulcro formado pelos dois apoios oclusais principais 
 
• Obs: 
 Borda de pelo menos 4-6mm da margem gengival – evita traumatização da mucosa 
 Componentes cruzando o palato em ângulo reto com a linha media – ideal 
 Borda anterior colocada nos vales entre as rugosidades palatinas 
 Bordas arredondas – evita incomodo 
 Linha de determinação no vale formado entre duas rugosidades para que o conector torne-se o menos 
perceptível possível 
 
• Tipos 
1. Barra palatina 
 Anterior, média ou posterior 
 Localização: 
 As barras anteriores ocupam a região das rugosidades palatinas 
 As medias logo atrás das rugosidades 
 As posteriores encontram-se a frente do limite palato duro/mole 
 Características 
 Bem tolerado 
 Permite que as margens gengivais fiquem descobertas 
 Desenho simples 
 Fonética favorável 
 Semi ovalada 
 Largura mínima de 10mm 
 Indicação: 
 Pequenos espaços desdentados 
 Quando o paciente possui dente anterior 
 Espaços limitados por dentes 
 Quando não há a necessidade de suporte mucoso 
 Ausência de tórus palatino 
 Classe III 
 
26 
 
 
2. Barra palatina dupla (antero-posterior) 
 Mais utilizada 
 Pode ser indicada para todas as classes (I, II, III e IV) 
 Localização: 
 Presença de uma barra anterior e outra posterior, havendo a formação, na região central, de um espaço 
livre em forma de anel. 
 Secção e forma: 
 Podem variar consideravelmente, de acordo com a distribuição dos espaços protéticos e do 
planejamento 
 Podem ser mais espessas e/ou largas, de acordo com as necessidades biomecânicas 
 Características: 
 Pouco suporte mucoso – não funciona para pacientes com poucos dentes 
 6-8mm de largura da barra 
 15mm no sentido ântero-posterior 
 Secção semi-ovalada 
 Boa rigidez com pouco material (justamente porque é dividida em 2) 
 Indicações: 
 Ausência de dentes anteriores 
 Pouca necessidade de suporte 
 Contra-indicada em casos de tórus 
 
3. Barra palatina em U 
 Características 
 Rigidez comprometida 
 Mais larga 
 Menos espessa 
 Secção semi-ovalada 
 Possível interferência da fonética 
 Largura ideal de 10-12mm 
 Espessura ideal 2mm 
 Indicações: 
 Perda de dentes anteriores 
 Presença de torus palatino 
 
27 
 
 Classe III e IV de Kennedy 
 
4. Placa palatina 
 Localização: 
 Recobre toda a área aproveitável do palato 
 Pode ser de metal ou resina 
 O recobrimento total deve reproduzir perfeitamente a anatomia do palato e da região das rugosidades 
 Características: 
 Distribuição de carga funcional 
 Propicia um menor movimento da base da prótese 
 Indicação: 
 Extremidades livres quando o remanescente dental é reduzido com suporte periodontal satisfatório ou 
não 
 Necessidade de que o CM tambémparticipe: 
 Do suporte 
 Das retenções diretas e indiretas 
 Da estabilização horizontal da prótese 
 
Critérios de seleção 
 Suporte 
 Presença de tórus palatino 
 Substituição de dentes anteriores 
 Fonética 
 Atitude do paciente 
 Retenção indireta 
Conector maior para mandíbula 
• Função principal e única: 
 Unir direta ou indiretamente todas as outras partes componentes entre si 
• Características: 
 Devem ser rígidos o suficiente para distribuir as forças 
 Bordas arredondadas – evita causar injurias 
• Tipos: 
1. Barra lingual 
 Conector maior mandibular mais utilizado 
 Universal 
 
28 
 
 Tamanho varia de acordo com a distância entre os retentores que ele vai ligar 
 Precisa de um espaço suficiente entre o assoalho da boca e os tecidos gengivais (pelo menos 7-8mm de 
distância entre a margem gengival e o assoalho da boca) 
 Localização: o mais distante possível da gengiva marginal livre, no mínimo 2mm, idealmente 3-4mm. 
 
 Formato: 
 Secção transversal em meia pêra (fina na parte superior e grossa na inferior) 
 Bordas arredondas (para evitar injurias na língua e mucosa do paciente) 
 Características: 
 Alivio com cera no modelo para que a barre fique afastada da mucosa 
 O alivio cria espaço a livre movimentação da barra lingual, sem sua intrusão no tecido. 
 
 Indicações: 
 Universal 
 Desde que haja espaço para a sua aplicação (altura do rebordo lingual deve ser compatível com a largura 
da barra) 
 Ausência de necessidade retenção indireta na região anterior 
 
2. Barra lingual dupla ou contínuo de Kennedy 
• Funciona como um retentor indireto 
• Contribui para a estabilização da prótese com menor quantidade de suporte 
• Distribui as forças da carga mastigatória para todos os dentes aos quais mantém contato, reduzindo a carga 
dispensada a um dente individualmente 
 
29 
 
 
• Localização: 
 Barra superior – crista do cíngulo dos dentes anteriores 
 Barra inferior – o mais distante possível da gengiva marginal livre, no mínimo 2mm, idealmente 3-4mm 
• Indicação: 
 Quando há necessidade de retenção indireta 
 Estabilidade de dentes periodontalmente comprometidos 
 Poucos dentes suportes 
• Contra-indicação: 
 Dentes apinhados 
 
3. Placa lingual 
• Localização: 
 Conector em placa (recobrimento) lingual – recobre desde o cíngulo dos dentes anteriores no limite superior 
até pouco além da gengiva marginal, no limite inferior 
 
• Formato: 
 Deve contornar os dentes anteriores – da maneira mais anatômica e delgada possível – para tornar-se o 
menos perceptível pela língua 
 Sua secção deve ser em forma de meia pêra 
• Características: 
 Deve-se aliviar as ameias para que o conector não invada as áreas retentivas interdentais, e também sobre 
toda a extensão sobre a gengiva para as proteger (livre e inserida) 
 É necessário a confecção de apoio na lingual dos dentes 
 
30 
 
 
• Indicações: 
 Quando não há o espaço de 7-8mm entre a margem gengival e o fundo de sulco lingual (assoalho), pois a 
borda superior da barra ficaria posicionada muito próxima à margem gengival, causando danos as estruturas 
de suporte 
 Freio lingual alto 
 Tórus mandibular 
 Classe I com grande reabsorção 
 Estabilizador de dentes anteriores periodontalmente comprometidos 
 
4. Barra vestibular 
• Localização: 
 Sulco vestibular, acima do sulco gengivolabial 
• Secçao e forma: 
 Secção em forma de meia cana alongada ou da letra D, com espessura suficiente que garanta rigidez 
• Indicações: 
 Casos em que haja linguoversão excessiva dos dentes anteriores onde uma barra clássica, devido a trajetória 
de inserção, ficaria muito afastada do rebordo lingual 
 
 
Conectores menores 
• São componentes rígidos que unem o conector maior as demais partes da estrutura metálica da PPR 
 
31 
 
 
• Função principal: 
 União ou conexão 
• Função secundária 
 Transferência de forças da mastigação aos dentes e ao restante da estrutura da PPR (sela e rebordo) 
 Importante para estabilidade horizontal da prótese – sofre menor movimentação visto que há anteparos 
(conectores menores) 
 Atuação como plano-guia – superfícies paralelas que tem um conector intimamente ligado 
• Dimensão: 
 1,5-2mm no sentido vestíbulo-lingual/palatino 
 2-3mm no sentido mesio-distal 
• Características 
 Deve cruzar os tecidos gengivais sempre em ângulo reto 
 Espaço mínimo de 5mm entre 2 conectores menores adjacentes – caso contrário pode causar injuria 
• Forma e localização 
 Triangular – posicionado na interproximal lingual ou palatina (união com o conector maior), com a base 
voltada para o conector maior para o apoio 
 
 Retangular: posicionado na região proximal mesial ou distal (união com a sela), com volume reduzido para 
não interferir na montagem dos dentes artificiais – visto por oclusal 
 
 Por proximal, a seção transversal deverá ser retangular com ângulos arredondados, da mesma largura que o 
apoio 
 
32 
 
 
 O conector menor deve apresentar volume suficiente (rigidez) e deve ser aliviado em relação à margem 
gengival 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
33 
 
Retentores Extracoronários – Apoios e Nichos 
• “São os elementos constituintes das PPRs responsáveis pela transmissão de parte ou toda força mastigatória 
dos dentes artificiais das PPRs para os dentes pilares”. 
• Localização: 
 Oclusal – dentes posteriores (a nível da crista marginal) 
 Incisal – dentes anteriores – pouco utilizado e pouco estético 
 Lingual ou Palatino – a nível de cíngulo 
• “A seleção do tipo de apoio (oclusal, lingual ou incisal) depende das características das próteses parciais 
removíveis (dentomucossuportadas, dentossuportadas). A forma de descanso e do apoio deverão sempre 
proporcionar condições para que as forças tenham direção axial sobre o dente suporte“. 
• Classificação dos apoios: 
 Quanto a posição: 
 Diretos ou Primários: 
⬧ Dependem do tipo de suporte da prótese 
⬧ Próteses dentossuportadas: Classe III e IV (anterior) – os apoios principais se localizam nas 
fossetas e cristas marginais contíguas ao espaço protético 
⬧ EXCEÇÃO: quando houver inclinação em direção ao espaço protético – colocar apoio do lado 
oposto – dividir a força a ser colocada no dente pilar 
⬧ Próteses mucodentossuportadas: Classe I e II – apoio se localiza distante da falha protética – 
tendência ao dente alavancar se ficar próximo a falha – apoio contralateral a falha protética 
 
 Indiretos ou secundários: 
 Deverão localizar-se anteriormente a linha de fulcro (linha que une os pilares primários) nos casos de 
classe I e II e posteriormente na classe IV de Kennedy 
 
 Quanto ao contorno coronário 
 Intracoronário (rasos ou profundos) 
 Extracoronários 
• Funções dos apoios oclusais 
 Evitar o deslocamento da PPR no sentido ocluso-gengival 
 Estabilizar a prótese 
 Direcionar as forças para o longo eixo dos dentes pilares 
 Estabilizar os dentes pilares 
 Proteção das margens gengivais 
• O número de apoios oclusais a serem utilizados dependem: 
 Dos dentes a serem usados como pilares (quantos dentes vou usar como pilares?) 
 
34 
 
 Condição de suporte da PPR (inserção óssea suficiente – quanto menor a inserção óssea, maior o número 
de pilares que se deve ter) 
 Do tipo de retentores utilizados na estabilização (diretos ou indiretos) 
 Quanto mais apoios maior a estabilidade da PPR 
 Quanto maior o número de lados da figura geométrica formada pelas retas que passam sobre o apoio 
oclusal maior a condição de suporte da PPR 
 
• A distribuição dos apoios oclusais utilizados para PPR: 
 Devem ser colocados nas cristas marginais dos dentes pilares diretor 
 Nas classes I e II são colocados nas cristas OPOSTAS à falha protética 
 Nas modificações dessas classes e nas demais são colocadoscontíguo ao espaço protético 
 Casos das classes: 
 
• Características morfológicas do apoio oclusal 
 Para dentes posteriores 
 Forma semilunar 
 Espessura de 1,5 a 2mm 
 Ângulos externos arredondados 
 Largura tem 1/3 da distância vestíbulo-lingual 
 
 
Nichos oclusais 
• São os locais onde os apoios oclusais irão se assentar. 
• Podem ser oclusais, linguais ou incisais. 
• Funções: 
 Apoiar o apoio oclusal 
 Direcionar a força mastigatória axiais ao dente pilar 
 Estabilidade e suporte da PPR – função secundária 
• Características morfológicas do nicho ou descanso oclusal: 
 Forma triangular ou semilunar 
 Comprimento maior ou igual a largura 
 Largura tem 1/2 da distância intercuspídea (mesmo que 1/3 da distância vestíbulo-lingual) 
 Profundidade depende do remanescente [esmalte (pouco) em coroas (até 2mm) ] 
 Profundidade em estrutura dental – mínimo 0,8mm e 1mm em crista marginal 
 
35 
 
 O ângulo da parede pulpar deverá ser menor que 90° - agudo 
 O ponto mais profundo deverá ficar próximo ao longo eixo do dente – seguir o desenho da crista marginal 
 
 
 Molares Pré-molares 
Superior 1,25 
1,40 
1,25 
1,00 
1,25 
1,0 
1 
2 
3 
Inferior 1,25 
1,50 
1,28 
1,10 
1,25 
0,8 
1 
2 
3 
 
 Ponta de cúspide é mais robusta a nível de esmalte – pode intruir um pouco mais para procurar 
estabilidade da peça 
 Face proximal é menos robusta a nível de esmalte 
• Apoio incisal 
 Indicações: 
 Classe III com modificações anteriores e classe 
IV de Kennedy 
 Contra-indicações: 
 Classe I e II de Kennedy – observar eixos de 
rotação das PPRs 
 Localização: ângulos proximais da superfície incisal 
 Côncavo no sentido vestíbulo-lingual 
 Convexo no sentido mésio-distal 
 Assoalho menor que 90° 
 Abrande vestibular e lingual 
 Arredondado 
 Alta desvantagem estética. 
 Desvantagens: 
 Biomecânica – braço de potência aumenta de acordo com a distância do fulcro 
 Pode criar uma interferência oclusal 
 
 
 
 
1 
2 
3 
 
36 
 
Meia lua invertida 
 
 
 
 
• Nicho ou descanso lingual 
 Quando não há apoio, a peça desliza e massera a papila 
 Convexo no sentido mésio-distal 
 Côncavo no sentido vestíbulo-lingual 
 Na hora do desgaste – manter o cíngulo 
 Assoalho menor que 90° 
 Redução mínima de 0,8mm – desgaste só a nível de esmalte 
 Paredes pulpares arredondadas 
 Buscar contatos oclusais normais 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Incisivo Canino 
Superior 0,87 
0,60 
 - 
1,40 
0,70 
1,25 
1 
2 
3 
Inferior 0,71 
0,55 
 - 
1,28 
0,61 
0,85 
1 
2 
3 
1 
2 
3 
 
37 
 
Fase laboratorial de confecção das 
estruturas metálicas 
1. Desenho da estrutura no modelo mestre (o que vai enviar para o laboratório) 
 Apoios 
 Equador 
 Retentores 
2. Confecção dos alívios 
 Eliminar áreas retentivas (interproximais, cervicais, tem tendência) 
 Reduzir interferências no modelo 
 Todas as áreas aliviadas no modelo, serão livres de contato da armação metálica 
 Alívio de conector e sela – cera 
 Alívio de áreas de ângulos mortos (área de retenção que teria entre o conector menor e o dente) dos 
conectores menores 
3. Duplicação do modelo mestre 
 Consiste em reproduzir o modelo mestre em um modelo de revestimento, sobre o qual será esculpida a 
prótese parcial removível 
 Hidratação do modelo (20-30min) 
 Fixação na base e fechamento da mufla 
 Preenchimento com o duplicador (hidrocolóide reversível) 
 Demuflagem após resfriamento 
 Recorte e remoção do modelo mestre 
4. Preparação da cópia (refratário – revestimento para suportar grandes temperaturas) 
 Obtenção de um modelo copia a base de revestimento fosfatado (partículas de quartzo) 
 Tempo de trabalho entre 3 e 4 minutos 
 Endurecimento final entre 30min até 4h 
 Desidratação e banho endurecedor – 180° por 45min – usa-se uma solução ácida (o que é eliminado) – 
banho de 5 a 10seg num refratário – retorno ao forno e resfriamento lento 
5. Enceramento da peça protética 
 A peça deve ser esculpida dentro de 6h após o banho endurecedor, para não absorver umidade, 
amolecendo o modelo 
 O enceramento da PPR, respeita o desenho feito no modelo, apoios, conectores menores e maiores, tipos 
e localização de grampos 
 
38 
 
 Iniciado com conectores maiores → selas e barras → retentores (braços de retenção e oposição) → 
conectores menores → degrau divisor da sela (o que evita que a resina acrílica durante a prensagem fique 
solta e cause um desconforto pra língua, porque não tem acabamento em linha zero 
6. Inclusão 
• Colocação do modelo cópia encerado, dentro de um bloco de revestimento, com canais de alimentação que 
permitirão a substituição da cera por uma liga metálica (cobalto/cromo) 
• Dentro do passo seguinte, que é a fundição 
• Coloca canais de alimentação na área de maior espessura de cera – modelo sobre base com um anel 
(preenchido com revestimento) – posicionamento do cone injetor (por onde o metal entra e se distribui pelos 
canais de alimentação) – fecha o anel – inverte o refratário – coloca o gesso – espera o prazo de 30mi até 4h 
– tira o excesso de cera, o cone injetor, faz alguma limpeza que tenha - leva o anel para o forno 
7. Precalentamento e Fundição 
 Para injetar o metal dentro do anel, este deve ser pré-aquecido no forno 
 Em torno de 1000 a 1050°C 
 Tempo de pré-aquecimento é de 2 a 4 horas 
 Haverá eliminação da cera, expansão do revestimento e adequação do meio para receber a liga em fusão 
 Fundição por centrifugação – coloca o metal dentro do cadinho com um maçarico de alta fusão, o metal 
e derretido e quando ele está bem amolecido uma segunda pessoa pega o anel, coloca na centrifuga e 
nesse momento é disparada, quando isso acontece o contra-peso dela faz com que o braço porta-cadinho 
que está em 90° dispare para o outro lado e a força cetrífuga mantém o metal injetado dentro do anel 
 Resfriamento lento do anel – miutos ou horas (1-2) até o metal ficar completamente frio 
 Desinclusão incial – retirar o metal que está dentro do anel para ser trabalhado 
 Limpeza com jato de areia 
8. Usinagem e adaptação da peça 
 Corte e canais de alimentação 
 Remoção de excessos no modelo mestre inicial (sem cera) 
 Discos de carborodum reforçados 
 Pedras abrasivas grossas 
 20.000 rpm 
 Polimento eletrolítico – cátodo/ânodo 
 Apoios oclusais assentados no nicho, braços de oposição e retenção estão circundando sem espaços entre 
eles e os dentes, existem alívios sob a sela 
9. Polimento 
 Cone, taça, roda de borrachas abrasivas 
 Torno e pasta de polimento 
 Escova circular pequena – pequenos detalhes 
 
39 
 
Sequência de planejamento 
1. Localizar a área desdentada 
 
Exemplo: Área desdentada bilateral localizada posteriormente aos dentes naturais. 
2. Classificar de acordo com Kennedy 
Classe I: Área desdentada bilateral localizada posteriormente aos dentes naturais. 
3. Escolher os dentes que vão ser pilares diretos 
 
Dentes 15 e 24, os retentores diretos são os dentes que estão vizinhos ao espaço protético. 
4. Traçar a linha de fulcro 
 
Linha imaginária entre os dentes pilares diretos. 
 
40 
 
 
Na região anterior tem-se uma área de resistência e na posterior tem-se uma área de potência, logo se P>R a 
biomecânica será desfavorável. 
5. Escolher onde será o apoio/nicho dos retentores diretos: 
 
Em caso de dentes vizinhos, a extremidade livre (classe I e II) deve-se confeccionar o nicho oposto ao espaço 
protético, neste caso na mesial, com a finalidade de melhorar a distribuição de carga sobre o retentor. 
6. Escolher qual grampo utilizar nos retentores diretos 
 
Tipo Roach. 
7. Escolher os retentores indiretos 
 
41 
 
 
Ao analisar a área de resistência o melhor local para colocar um retentor indireto seria nos dentes 12 e 11 
para estabilizar esta área, e a prótese nãose movimentar no sentido antero-posterior. 
OBS: não colocar no 11 e 21 pela papila incisiva, que não deve ser comprimida. 
8. Escolher o melhor conector maior 
 
A barra palatina dupla impede possíveis deflexões na prótese. 
9. Colocação da sela, a qual será utilizada para colocar os dentes da prótese.

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