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APOSTILA DE PRÓTESE PARCIAL REMOVÍVEL Por Nara Assunção 1 Índice 1. Teoria e classificação das PPRs .................................................. 2 2. Aspectos biomecênicos (alavanca, plano inclinado) .................... 9 3. Biomecânica de inserção e retirada das PPR ............................. 19 4. Conectores maiores e menores .................................................... 23 5. Apoios oclusais e nichos ............................................................ 33 6. Fase Laboratorial de confecção das estruturas metálicas ......... 37 7. Sequência de Planejamento ....................................................... 39 2 Teoria e classificação das Próteses Parciais Removíveis Conceito: Aparelhos dentossuportados ou dentomucossuportados destinados a substituir em um ou ambs os arcos, em um ou mais dentes ausentes, podendo ser removidas da boca, com relativa facilidade tanto pelo paciente, quando pelo profissional. Semelhança com a PPF: Dentossuportadas Semelhança com a PT: Apoio mucoso – mucossuportadas Objetivos: • Restaurar a eficiência mastigatória • Restaurar a fonética • Restabelecer a estética • Proporcionar conforto ao paciente • Integrar-se ao sistema estomatognático • Preservar os tecidos remanescentes Indicações: • Casos parcialmente desdentados em que não seja possível a colocação de uma PF • Para espaços protéticos grandes e intercalares • Extremidades livres uni ou bilaterais • Espaços protéticos extensos • Dentes com suporte periodontal reduzido • Perda óssea excessiva ATENÇÃO • Cuidado com a força em 1 só dente; • Pecientes semi-edêntulos: PPR, PRSI e PF 3 • Necessidade de substituição imediata de dentes • Espaços protéticos múltiplos • Período de osseointegração de implantes • Prótese bucomaxilofacial • Estado físico, emocional e econômico 4 FÍSICO/NEUROMUSCULAR EMOCIONAL/PSICOLÓGICOS ECONÔMICO Dificuldades de manter a higienização em pacientes com PF sobre implantes. O paciente mesmo com apenas 2 elementos prefere mantê-los a sacrifica-los. O paciente pode ter osso porém não tem como reabilitar com uma PSI. Contra-indicações • Pacientes com problemas motores • Debilidade mental • Pobre higiene bucal Vantagens x desvantagens VANTAGENS DESVANTAGENS Reestabelecer as funções estética, fonética e mastigatória , devolvendo o equilíbrio biológico Estética Mínimo preparo dos dentes Removível Fácil higienização Rapidez na execução Baixo custo Classificação • Cummer (1921) – Posição de retentores • Kennedy (1928) – Posição dos espaços desdentados e apoios • Baylin (1928) – Tipo de suporte • Skinner (1959) – Qualidade, grau e quantidade de suporte • Godfrey (1951) – Localização e extensão dos espaços • Mauk (1942) • Applegate (1960) • Foldvari (1965) A complexidade é determinada por quatro amplas categorias diagnósticas que incluem: • Local e extensão da área desdentada; • Condição dos pilares; • Características e requisitos oclusais; • Características do rebordo residual. Bases para uma classificação – o critério, ou base funcional, considera o tipo de suporte do aparelho protético ou, mais precisamente, a via de transmissão das cargas mastigatórias Atenção De um modo geral, a PPR somente estaria contra-indicada nos casos onde a saúde bucal estivesse comprometida e não houvesse colaboração por parte do paciente em corrigir essa situação, o que impossibilitaria qualquer tipo de tratamento odontológico. 5 1. Via dental de suporte: • Os dentes recebem cargas diretamente, por meios protéticos ligados a eles ou pelas selas próximas a eles. • Força mastigatória é transmitida ao osso alveolar somente através dos dentes remanescentes. • A fibromucosa que reveste o espaço protético, intercalada entre os dentes remanescentes, NÃO RECEBE FORÇA ALGUMA, estando apenas justaposta à sela. 2. Via mucosa de suporte: Os rebordos recebem a força, como carga de pressão, e assim transmitem ao osso residual. • Força mastigatória é transmitida em sua maior parte pela fibromucosa que reveste o rebordo residual. 3. Via dental e mucosa de suporte: • Para um rebordo residual (mastigatório) de mucosa saudável, espera-se um movimento de 1 a 3 mm. • Resiliência da mucosa – capacidade da gengiva de sair, se adaptar e voltar ao formato original. Classificação de Kennedy • Baseia-se na topografia (posição) dos espaços edentados em relação aos dentes remanescentes no arco; • Leva em consideração a localização do espaço protético e do dente remanescente 1. Classe I • Área desdentada bilateral localizada posteriormente aos dentes naturais 2. Classe II • Área desdentada unilateral localizada posteriormente aos dentes naturais 3. Classe III • Área desdentada unilateral com os dentes naturais remanescentes tanto posterior como anterior a eles (intercalar) Uma das características dos apoios é que a transmissão de forças para os dentes de suporte tem que ser axial – sentido cérvico- apical. 6 4. Classe IV • Área desdentada única, mas bilateral (cruzando a linha média), localizada anterior aos dentes naturais remanescentes Regras de Applegate 1. Classificação posterior ao preparo da boca (exodontia). 2. Se um terceiro molar está faltando e não é ser substituído, ele não é considerado na classificação. 3. Se um terceiro molar está presente e será utilizado como suporte, ele é considerado na classificação. 4. Se um segundo molar está ausente e não será substituído, ele não é considerado na classificação. 5. A área desdentada mais posterior sempre determina a classificação. 6. Áreas desdentadas com exceção aquelas que determinam a classe são denominadas modificações são designadas por números. 7. À extensão da modificação não é considerada, apenas o número e áreas desdentadas adicionais. 8. A classe IV não permite modificações. Elementos constituintes 1. Retentores 2. Apoio 3. Conector maior 4. Conector menor 5. Sela 6. Dentes e gengiva artificiais 7 Retentores • A resistência à deformação ao longo de uma trajetória devidamente selecionados a • Retenção e estabilização da PPR • Ficam no dente suporte (que vão receber o grampo) – adjacente ao espaço protético • Se dividem em: ➢ Direto – fica no dente adjacente ao espaço protético. ➢ Indiretos – fica contrário ao espaço protético e tem como função diminuir a movimentação da prótese • Se dividem em: ➢ EXtracoronarios ➢ Intracoronarios Apoios • Impede o deslocamento ocluso gengival da PPR (intrusão) • É só o que fica no preparo do dente (bem pequeno) • Transmite a carga mastigatória aos dentes – a forca que transmitiremos deve ser no sentido do longo eixo do dente (NÃO PODE SER FORÇA OBLÍQUA – LATERAL) • Transmite forças de 2 formas: ➢ Via mucosa ➢ Via dente suporte – responsável por receber as cargas mastigatórias Conector maior • Unir os elementos da PPR • Atravessa a prótese de molar a molar pela lingual/palatina A retenção no grampo é baseada na resistência à deformação do metal Vem sobre o preparo (lingual ou na cervical) e é feito para aguentar a pressão oclusal e transmitir essa força. 8 Conector menor • Une o apoio ao conector maior • Componente responsável primariamente pela união dos grampos com as grades da sela ou com os conectores maiores da PPR Sela • Fixação dos dentes artificiais e resina acrílica • Transmissão de carga mastigatória ao rebordo Liga metálica co-cr • Baixa densidade (menor peso) • Alto módulo de elasticidade (resiste a uma forca bem grande sem se deformar – necessário para fazer a ponta dogrampo para reter a prótese) • Baixo custo • Menor terminal da área retentiva – ponta bem fina, delicada • Biologicamente compatível – não sofre nenhum prejuízo com a saliva nem nada do nosso organismo 9 Aspectos biomecânicos das ppr e princípios de alavanca e plano inclinado • É a parte da física que analisa o movimento, as variações de energia e as forças que atuam sobre um corpo. • Estudo da mecânica dos organismos vivos. • O estudo da estrutura e da função dos sistemas biológicos utilizando métodos de mecânica • A consequência do movimento das próteses sob cargas funcionais é a aplicação de tensão ao dente e aos tecidos que estão em contato com a prótese • É importante que esta tensão NÃO exceda o nível de tolerância fisiológica, que é o alcance máximo de estímulos que o sistema pode resistir sem rompimento ou consequências traumáticas • As PPR’s, pelo desenho, são planejadas para serem instaladas e removidas da boca. Por causa disso, elas não podem ser conectadas rigidamente aos dentes ou tecidos • Isto faz com que as próteses sejam passiveis de se movimentarem em reposta as cargas funcionais, como aquelas criadas pela mastigação • Entender os movimentos possíveis em resposta à função e ser capaz de desenhar logicamente os componentes da PPR para auxiliar no controle desses movimentos Desenho da ppr • Pode ser considerado semelhante ao projeto clássico e multifacetado da engenharia convencional, que é caracterizado por ser ABERTO E NÃO ESTRUTURADO • Ser aberto significa que os problemas possuem tipicamente mais de uma solução, e não estruturado quer dizer que as soluções não são resultado de fórmulas matemáticas padronizadas utilizadas de alguma maneira estruturada Processo de desenho para próteses parciais removíveis • Necessidade – substituição de dentes • Definição de problema – fornecimento de próteses removíveis estáveis • Objetivos – movimento funcional limitado dentro da tolerância dos dentes e dos tecidos • Informação de fundo – forças de oclusão, caráter e potencial para movimento do “deslocamento por carga do tecido, princípios biomecânicos aplicados as características especificas individuais da boca, componentes da PPR destinadas a controlar os movimentos • Escolha da solução (entre alternativas) a ser aplicada – baseadas em experiências anteriores, princípios e conceitos aprendidos na faculdade e livros-texto e pesquisas clínicas aplicáveis Considerações biomecânicas 10 • As estruturas das PPR’s (dentes pilares-suporte e rebordos residuais) são coisas vivas que estão sujeitas a forças • A capacidade das estruturas de suporte de resistirem a forças depende de: 1. Que força típica necessita de resistência 2. Qual a duração e a intensidade dessas forças 3. Qual a capacidade que o dente e/ou a mucosa tem de resistir a essas forcas 4. Como a utilização do material influencia esta resistência dente-tecido 5. Se a resistência se altera com o tempo Movimentos em ppr • Feitos no plano frontal, transversal e sagital • Movimento rotacional ➢ Em torno do próprio eixo – na PPR é a linha de fulcro ➢ No plano sagital: inclinação antero-posterior ▪ Alimentos duros e pegajosos ▪ Como minimizar? Posicionar corretamente os apoios oclusais e incisais Recobrir o máximo possível da fibromucosa Moldagem funcional boa da fibromucosa Escolha adequada do conector maior Diminuição da largura dos dentes artificiais ➢ No plano frontal: inclinação mesio-distal (latero-lateral) – unilateral ▪ Como minimizar? Mastigação unilateral + interferências oclusais em lateralidade Aumentar a rigidez do conector maior Alinhar o posicionamento dos dentes artificiais na linha de zona neutra Recobrir o máximo da base Desenho dos grampos e oclusão correta ➢ No plano transversal: inclinação vestíbulo lingual ▪ Como minimizar? Recobrimento adequado da extensão distal Oclusão equilibrada Escolha adequada do conector maior Considerações biomecânicas 11 • Os seis tipos de maquinas simples são a alavanca, a cunha, o parafuso, a roda e o eixo as polias e o plano inclinado • ALAVANCA – evitar com a linha de fulcro (apoio indireto) ➢ Um sistema de alavancas representado pela extensão distal de uma PPR pode aumentar a forca de oclusão aplicada aos pilares terminais, o que pode ser indesejável ➢ Braço de alavanca pequeno – pouca movimentação – ESSENCIAL ➢ 3 tipos: ▪ Alavanca de primeira classe (interfixa) Um lado de potência e um de resistência Braço de potência são os dentes e o braço de resistência é o apoio ▪ Alavanca de segunda classe (inter-resistente) ▪ Alavanca de terceira classe (interpotente) • Plano inclinado ➢ Quando dois objetos se tocam, suas superfícies formam um ângulo agudo com o plano horizontal ➢ A aplicação de uma força sobre esses dois objetos, faz com que eles se movimentem em direção contraria entre si. ➢ É o deslizamento de uma superfície (força) em cima de outra (dente) ➢ Se não houver preparo, a força vai deslizar, transmitindo uma força não axial no dente ainda presente ➢ O plano inclinado deve ser evitado, para a força se dissipar ao longo eixo do dente Prinípios biomecânicos • Retenção ➢ Fisiológica ▪ Aprendizado do paciente – neuromuscular ▪ Prótese + Musculatura – equilíbrio dinâmico ➢ Física ▪ Adesão ▪ Coesão – película de saliva entre base da prótese e fibromucosa ▪ Pressão atmosférica – age contra ou a favor da presença da prótese Linha de fulcro – linha que traça do dente adjacente ao último dente da arcada do lado contrário Melhor adesão, coesão e pressão atmosférica Área basal da prótese e adaptação do acrílico a mucosa R F E LADO DE RESISTÊNCIA LADO DE POTÊNCIA 12 ➢ Mecânica ▪ Direta ▪ Indireta – apoio indireto e retenção indireta (lado oposto ao espaço protético) – os movimentos rotacionais mesiais tem fulcro nos dois principais apoios (oclusal/incisal) e a retenção indireta deve ser posicionada à frente do fulcro – bloqueia o movimento rotacional da prótese – (por razoes estéticas e/ou funcionais, o retentor indireto pode ser distalizado) – tem que ficar perpendicular à linha de fulcro ▪ Direta e indireta ▪ Friccional – somatória das áreas de contato da PPR com os planos guias – quanto maior for a retenção friccional, menor a necessidade de retenção mecânica, consequentemente, maiores as possibilidades estéticas da prótese – é dada especialmente pelos planos guia e encaixes • Suporte ➢ É a resistência que a prótese oferece as forças verticais da mastigação, prevendo que a PPR seja deslocada em direção aos tecidos de suporte ➢ Se divide em: ▪ Dentomucossuportadas – mucosa alveolar 2mm ▪ Dentossuportadas – resiliência – ligamento periodontal 0,1mm ➢ Quanto mais flácida, maior o efeito alavanca, e maior o torque no dente suporte ➢ O que suporta? ▪ Apoios ▪ Encaixes ▪ Superfície basal da sela ▪ Conector maior (para a MAXILA) • Estabilidade ➢ É a resistência as forças que atuam sobre uma prótese no plano horizontal, decorrentes de contatos oclusais em planos inclinados ➢ Atingidas com: 1. PORÇÕES RÍGIDAS DOS GRAMPOS 2. FLANCOS VESTIBULAR E LINGUAL DOS REBORDOS ALVEOLARES 3. OCLUSÃO EQUILIBRADA ➢ Influenciadas por: R F E 13 1. Número de dentes remanescentes – quanto maior o espaço protético maior a força transmitida ao dente suporte 2. Distribuição dos dentes remanescentes EXTREMIDADES LIVRES COM ALAVANCA 3. Mobilidade dos dentes remanescentes – determinar o grau de mobilidade e eliminar as causas que ocasionaram o quadro patológico 4. Altura e formato do rebordo – quanto maior a altura maioro contato da prótese, maior a estabilidade e retenção e menor a força mastigatória no tecido de suporte. • Normal LINEAR TRIANGULAR QUADRANGULAR MELHOR PROGNÓSTICO 14 PIOR PROGNÓSTICO - TRAUMA • Alto • Reabsorvido • Estrangulado • Em lâmina de faca 5. Tipo do rebordo alveolar – a força recebida perpendicular ao plano oclusal – não apresenta força resultante – menor movimentação. 15 MELHOR PROGNÓSTICO Estruturas de suporte – rebordo pode ser do tipo: • No sentido mésio distal: (olhando de perfil) ➢ HORIZONTAL Melhor prognóstico Resultante das forças recebidas é mais perpendicular, sem resultar forças laterais ➢ ASCENDENTE DISTAL Prognóstico satisfatório (necessita de um stop) Favorece movimentos de rotação mesial – desaloja a prótese sob ação de alimentos pegajosos ➢ DESCENDENTE DISTAL Prognóstico ruim (forças oblíquas – origem a componentes laterais) Movimentos de rotação distal – de encontro ao tecido fibromucoso ao mastigar Dependendo da forma, volume e inserção das raízes do dente suporte há necessidade de contenção de um ou mais dentes 16 ➢ CÔNCAVO (DESCENDENTE ASCENDENTE) Prognóstico ruim Forças mastigatórias incidindo obliquamente, podendo gerar forças laterais instabilizadoras tanto mesial como distal Dificulta a instalação da prótese 6. Grau de resiliência da mucosa • Capacidade da mucosa de se deformar com a pressão da prótese, e depois voltar a sua forma original • Classificada como: Aderente Flácida Consistência média – melhor • Influenciada por fatores: Sistêmicos – diabetes e doenças que interferem no metabolismo Locais – causas iatrogênicas, mal planejamento → inflamação e reabsorção do rebordo Princípios biomecânicos 1. As próteses parciais removíveis de extremidade livre devem ser planejadas prevendo a obtenção de um efetivo suporte mucoso – RECOBRIR ÁREA CHAPEÁVEL 17 2. O planejamento da PPR deve ser conduzido para a prevenção do aparecimento de alavancas e planos inclinados – EVITAR ALAVANCAS E PLANOS INCLINADOS • O principal movimento de rotação de uma PPR de extremidade livre é ao redor do fulcro que passa sobre os dois apoios principais • Os movimentos rotacionais mesiais tem o fulcro nos dois principais apoios (oclusal/incisal) e a retenção indireta deve ser posicionada à frente do fulcro • Como minimizar os efeitos das alavancas? A aplicação do retentor indireto, um dente a frente do apoio causa efeito considerável na região indireta. A aplicação do retentor indireto, dois dentes a frente do apoio, aumenta ligeiramente a eficiência da retenção indireta, mas não proporcional ao deslocamento anterior. Conclui-se, que em casos favoráveis pode-se distalizar os retentores indiretos, favorecendo a estética sem detrimento da funcionalidade. RI e RD 18 LINHA DE FULCRO – eixo de rotação que une dois apoios mais posteriores RETENTOR INDIRETO – localiza-se na maior perpendicular à linha de fulcro • A supressão de um dente artificial da base da prótese representa um recurso para diminuir do braço de potencia da alavanca 3. No planejamento da PPR da extremidade livre, deve-se reduzir a extensão da mesa oclusal dos dentes artificiais. A sela, por sua vez deve ser a mais ampla possível – BASE < MESA OCLUSAL < SELA 4. No planejamento da PPR de extremidade livre, o apoio deve ser posicionado afastado da área desdentada, com o propósito de ser criar uma alavanca de segunda classe – APOIO NA MESIAL COM GRAMPO TIPO BARRA 5. No planejamento da PPR, os retentores indiretos devem ser posicionados na maior perpendicular traçada à linha de fulcro, para impedir o movimento de rotação da prótese – RETENTOR INDIRETO 6. Na PPR dentossuportada, os apoios dos retentores diretos devem ser posicionados o mais próximo possível da área desdentada – APOIOS ADJACENTES À AREA DESDENTADA 19 Biomecânica de Inserção e Retirada das Próteses Parciais Removíveis A PPR propõe que se estabeleça condições para substituição dos dentes perdidos, através de mecanismos retentivos e estabilizadores que permitam ao próprio paciente retirá-la e reposicioná-la na boca, sempre que achar necessário, sem danifica-la ou causar prejuízos aos elementos biológicos a ela diretamente vinculados (DE FIORI) • 2 situações: Planos guia de inserção: São 2 ou mais áreas planas (preparadas nas superfícies axiais dos dentes (pilares íntegros, restaurados, ou sobre elementos cimentados sobre esses dentes) paralelas entre si e com direcionamento ocluso- gengival idêntico ao selecionado para a direção de inserção da prótese parcial removível Funções: o Direcionamento da PPR o Ativação elástica do grampo de retenção o Estabilização do dente pilar o Proteção da papila interdental o Estabilização da prótese o Retenção da prótese Ação elástica dos grampos de retenção: O braço lingual/palatino atua no plano guia de inserção → oferece paralelismo (internamente) O braço vestibular atua na área retentiva → oferece retenção (externamente) • Situações: Favoráveis: Classe III e IV Desfavoráveis: Classe I* (principalmente – extremidade livre) e II • Quanto maior a quantidade de falhas e menos dentes – situações menos favoráveis • Quanto mais dentes e menos e menores falhas – situações mais favoráveis – mais dificuldade teremos para acomodar a estrutura metálica • Prótese: Superior → trabalho em um arco fixo, compacto (maxila), porém a gravidade age contra → facilidade Inferior → trabalho em um arco móvel (mandíbula) , com presença da língua, gravidade age a favor → dificuldade Todo dente que está do lado da falha protética, obrigatoriamente é pilar primário • Grampo com ponta ativa localizado subequatorialmente (cervical) • Retentor – componentes: 20 Apoio oclusal Braço de aposição/oposição → por lingual → equador para oclusal → direciona Braço de retenção → por vestibular → ultrapassa o equador em direção cervical → deflexão elástica • Direção de inserção – DI Trajetória de assentamento da PPR Acontece desde o primeiro toque como dente até seu assentamento final na boca do paciente • Direção de retirada - DR Trajetória de remoção completa da PPR Acontece desde a posição de assentamento da prótese até sua remoção, não havendo nenhum toque com as estruturas dentais DR e DI devem ser iguais, porém com sentidos opostos DI: ocluso-gengival e DR: gengivo-oclusal • Delineadores: Usado durante a fase de planejamento das PPR’s – diagnóstico, planejamento e modificações Seleciona a direção de inserção e executa os planos guia de inserção Determina o paralelismo relativo entre 2 ou mais superfícies de dentes ou outras partes do modelo de uma arcada dentária Modificações devem ser feitas nas superfícies axiais dos dentes pilares e do rebordo residual → feito para a PPR se integrar a esses elementos Base do modelo tem que ser plana, para adaptar na platina Princípio de funcionamento do delineador – superfícies perpendiculares ao mesmo plano, mesmo que em posições diferentes, estarão paralelas 21 • Constituição: Delineador propriamente dito Plataforma ou base Haste vertical fixa Braço horizontal (rígido ou articulado) Haste vertical móvel Mandril Platina – solta Parafuso da junta universal Junta universal – possibilita o movimento da mesa porta modelos Mesa porta modelos Garras fixas Garra móvel Parafuso da garra Pontas acessórias Pontas de análise e porta grafite ou protetor grafite Pontas calibradoras de retenção (0,25mm, 0,50mm, 0,75mm) Pontas recortadoras de cera e fresagem • Técnicasde trabalho Técnica de roach – 3 pontos Equilíbrio tridimensional dos 3 pontos – pelo movimento da junta universal Modelo superior: o 1/3 médio da concavidade palatina dos ICS – ponto anterior o Fossa central ou crista marginal mesial dos 2° ou 3° molares – pontos posteriores Modelo inferior: Braço horizontal (rígido ou articulado) 22 o Contato próximo-incisal dos ICI – ponto anterior o Cúspide disto-vestibular ou crista marginal mesial do 2° ou 3° molar – pontos posteriores Registro da trajetória de inserção e retirada via pino cimentado Travar a junta universal → fazer um orifício no centro e terço posterior do modelo Teste da haste no orifício – tem de haver espaço para fixação com resina acrílica Determinar o equador protético o Equador protético – linha entre os 3 postos – ponto de maior proeminência da coroa em relação a inserção o Acima do equador – área expulsiva o Abaixo do equador – área retentiva Calibragem das retenções Técnica de roth – das bissetrizes Técnica da conveniência • Equador: Anatômico: linha de maior proeminência em cora dental em relação ao seu longo eixo Protético: linha de maior proeminência da coroa dental em relação à direção de inserção • Ângulo de convergência cervical: formado entre o estrangulamento cervical do contorno coronário dental e o eixo da direção de inserção Ângulo de convergência Direção de inserção (DI) Equador protético 23 Conectores maiores e menores 1. Retentores 2. Apoio 3. Conector maior 4. Conector menor 5. Sela 6. Dentes artificais Conceito: • São elementos da PPR, que determinam a união dos retentores e selas entre si, rígida e bilateralmente; • Os conectores se classificam em dois grupos: 1. Maior 2. Menor Conector Maior • Conecta todos os outros componentes de maneira a constituir um corpo único, garantindo rigidez e o bom funcionamento da peça – direto ou indiretamente • Pode ser chamada de barras tangenciais, configuram-se como barras metálicas, rígidas, que unem os retentores e as selas entre si e bilateralmente • Liga os elementos situados em um lado do arco com aqueles situados no lado oposto • Importante para a transmissão de cargas as estruturas de suporte • Deve ser rígido • Deve ser biocompatível • Não deve provocar traumatismos • Deve se posicionar na localização correta • OU SEJA, auxilia na: Distribui a força mastigatória (1) Retenção (2) Estabilidade (3) 1. Distribuição da força mastigatória Força distribuída proporcionalmente aos d. pilares União rígida e bilateral, que o conector oferece 24 Lembrando: Retenção direta: capacidade da prótese de não se deslocar na vertical (trajetória de inserção). Retenção indireta: capacidade da prótese de não se deslocar por movimentos rotacionais. 2. Retenção Determinada pela soma das quantidades de retenção programadas para cada retentor individualmente Só acontece, pois, o conector estabelece uma união rígida entre esses retentores 3. Estabilidade Depende do número e da distribuição estratégica e bilateral dos retentores diretos e indiretos Só acontece, se esses elementos estiverem rigidamente conectados Requisitos fundamentais que um conector maior deve ter: • Rigidez Formada pela liga de cobalto-cromo (biocompatível) Resistência de um corpo à deformação por uma força aplicada É fundamental que os conectores maiores sejam rígidos, de modo que a força aplicada sobre qualquer parte da PPR possa ser efetivamente distribuída sobre todas as estruturas subjacentes Se o conector maior não for rígido suficiente, ele pode causar trauma ao periodonto de sustentação dos dentes suportes, injuria do rebordo remanescente e tecidos subjacentes • Relação de contato (maxila) ou de alívio (mandíbula) Maxila Conector em intimo contato Mucosa espessa, densa e firmemente aderida ao osso adjacente Por ter esse contato melhora a distribuição de forças e evita a penetração de alimentos entre conector e mucosa Mandíbula Conector não toca a mucosa, fica levemente afastado – faz um alivio – cria um espaço livre de movimentação que não vai ter a intrusão do conector na mucosa Mucosa fina, móvel e bastante sensível • Comodidade Não deve atrapalhar na: Mastigação Deglutição Estética Respeitar as estruturas anatômicas (tórus, freios, papila incisiva) Conector maior da maxila • Função principal: Unir diretamente todos os outros componentes entre si • Função secundária: Suporte Retenção direta e indireta Estabilização da prótese • Podem ocorrer com os CMM, uma vez que mantenham intimo contato com a fibromucosa: Suporte – dado com o intimo contato com a fibromucosa – evita intrusão 25 Retenção direta – obtida pela: adesão, coesão e pressão atmosférica Retenção indireta – depende do intimo contato co CMM com a fibromucosa – impede que a PPR rotacione através do fulcro formado pelos dois apoios oclusais principais • Obs: Borda de pelo menos 4-6mm da margem gengival – evita traumatização da mucosa Componentes cruzando o palato em ângulo reto com a linha media – ideal Borda anterior colocada nos vales entre as rugosidades palatinas Bordas arredondas – evita incomodo Linha de determinação no vale formado entre duas rugosidades para que o conector torne-se o menos perceptível possível • Tipos 1. Barra palatina Anterior, média ou posterior Localização: As barras anteriores ocupam a região das rugosidades palatinas As medias logo atrás das rugosidades As posteriores encontram-se a frente do limite palato duro/mole Características Bem tolerado Permite que as margens gengivais fiquem descobertas Desenho simples Fonética favorável Semi ovalada Largura mínima de 10mm Indicação: Pequenos espaços desdentados Quando o paciente possui dente anterior Espaços limitados por dentes Quando não há a necessidade de suporte mucoso Ausência de tórus palatino Classe III 26 2. Barra palatina dupla (antero-posterior) Mais utilizada Pode ser indicada para todas as classes (I, II, III e IV) Localização: Presença de uma barra anterior e outra posterior, havendo a formação, na região central, de um espaço livre em forma de anel. Secção e forma: Podem variar consideravelmente, de acordo com a distribuição dos espaços protéticos e do planejamento Podem ser mais espessas e/ou largas, de acordo com as necessidades biomecânicas Características: Pouco suporte mucoso – não funciona para pacientes com poucos dentes 6-8mm de largura da barra 15mm no sentido ântero-posterior Secção semi-ovalada Boa rigidez com pouco material (justamente porque é dividida em 2) Indicações: Ausência de dentes anteriores Pouca necessidade de suporte Contra-indicada em casos de tórus 3. Barra palatina em U Características Rigidez comprometida Mais larga Menos espessa Secção semi-ovalada Possível interferência da fonética Largura ideal de 10-12mm Espessura ideal 2mm Indicações: Perda de dentes anteriores Presença de torus palatino 27 Classe III e IV de Kennedy 4. Placa palatina Localização: Recobre toda a área aproveitável do palato Pode ser de metal ou resina O recobrimento total deve reproduzir perfeitamente a anatomia do palato e da região das rugosidades Características: Distribuição de carga funcional Propicia um menor movimento da base da prótese Indicação: Extremidades livres quando o remanescente dental é reduzido com suporte periodontal satisfatório ou não Necessidade de que o CM tambémparticipe: Do suporte Das retenções diretas e indiretas Da estabilização horizontal da prótese Critérios de seleção Suporte Presença de tórus palatino Substituição de dentes anteriores Fonética Atitude do paciente Retenção indireta Conector maior para mandíbula • Função principal e única: Unir direta ou indiretamente todas as outras partes componentes entre si • Características: Devem ser rígidos o suficiente para distribuir as forças Bordas arredondadas – evita causar injurias • Tipos: 1. Barra lingual Conector maior mandibular mais utilizado Universal 28 Tamanho varia de acordo com a distância entre os retentores que ele vai ligar Precisa de um espaço suficiente entre o assoalho da boca e os tecidos gengivais (pelo menos 7-8mm de distância entre a margem gengival e o assoalho da boca) Localização: o mais distante possível da gengiva marginal livre, no mínimo 2mm, idealmente 3-4mm. Formato: Secção transversal em meia pêra (fina na parte superior e grossa na inferior) Bordas arredondas (para evitar injurias na língua e mucosa do paciente) Características: Alivio com cera no modelo para que a barre fique afastada da mucosa O alivio cria espaço a livre movimentação da barra lingual, sem sua intrusão no tecido. Indicações: Universal Desde que haja espaço para a sua aplicação (altura do rebordo lingual deve ser compatível com a largura da barra) Ausência de necessidade retenção indireta na região anterior 2. Barra lingual dupla ou contínuo de Kennedy • Funciona como um retentor indireto • Contribui para a estabilização da prótese com menor quantidade de suporte • Distribui as forças da carga mastigatória para todos os dentes aos quais mantém contato, reduzindo a carga dispensada a um dente individualmente 29 • Localização: Barra superior – crista do cíngulo dos dentes anteriores Barra inferior – o mais distante possível da gengiva marginal livre, no mínimo 2mm, idealmente 3-4mm • Indicação: Quando há necessidade de retenção indireta Estabilidade de dentes periodontalmente comprometidos Poucos dentes suportes • Contra-indicação: Dentes apinhados 3. Placa lingual • Localização: Conector em placa (recobrimento) lingual – recobre desde o cíngulo dos dentes anteriores no limite superior até pouco além da gengiva marginal, no limite inferior • Formato: Deve contornar os dentes anteriores – da maneira mais anatômica e delgada possível – para tornar-se o menos perceptível pela língua Sua secção deve ser em forma de meia pêra • Características: Deve-se aliviar as ameias para que o conector não invada as áreas retentivas interdentais, e também sobre toda a extensão sobre a gengiva para as proteger (livre e inserida) É necessário a confecção de apoio na lingual dos dentes 30 • Indicações: Quando não há o espaço de 7-8mm entre a margem gengival e o fundo de sulco lingual (assoalho), pois a borda superior da barra ficaria posicionada muito próxima à margem gengival, causando danos as estruturas de suporte Freio lingual alto Tórus mandibular Classe I com grande reabsorção Estabilizador de dentes anteriores periodontalmente comprometidos 4. Barra vestibular • Localização: Sulco vestibular, acima do sulco gengivolabial • Secçao e forma: Secção em forma de meia cana alongada ou da letra D, com espessura suficiente que garanta rigidez • Indicações: Casos em que haja linguoversão excessiva dos dentes anteriores onde uma barra clássica, devido a trajetória de inserção, ficaria muito afastada do rebordo lingual Conectores menores • São componentes rígidos que unem o conector maior as demais partes da estrutura metálica da PPR 31 • Função principal: União ou conexão • Função secundária Transferência de forças da mastigação aos dentes e ao restante da estrutura da PPR (sela e rebordo) Importante para estabilidade horizontal da prótese – sofre menor movimentação visto que há anteparos (conectores menores) Atuação como plano-guia – superfícies paralelas que tem um conector intimamente ligado • Dimensão: 1,5-2mm no sentido vestíbulo-lingual/palatino 2-3mm no sentido mesio-distal • Características Deve cruzar os tecidos gengivais sempre em ângulo reto Espaço mínimo de 5mm entre 2 conectores menores adjacentes – caso contrário pode causar injuria • Forma e localização Triangular – posicionado na interproximal lingual ou palatina (união com o conector maior), com a base voltada para o conector maior para o apoio Retangular: posicionado na região proximal mesial ou distal (união com a sela), com volume reduzido para não interferir na montagem dos dentes artificiais – visto por oclusal Por proximal, a seção transversal deverá ser retangular com ângulos arredondados, da mesma largura que o apoio 32 O conector menor deve apresentar volume suficiente (rigidez) e deve ser aliviado em relação à margem gengival 33 Retentores Extracoronários – Apoios e Nichos • “São os elementos constituintes das PPRs responsáveis pela transmissão de parte ou toda força mastigatória dos dentes artificiais das PPRs para os dentes pilares”. • Localização: Oclusal – dentes posteriores (a nível da crista marginal) Incisal – dentes anteriores – pouco utilizado e pouco estético Lingual ou Palatino – a nível de cíngulo • “A seleção do tipo de apoio (oclusal, lingual ou incisal) depende das características das próteses parciais removíveis (dentomucossuportadas, dentossuportadas). A forma de descanso e do apoio deverão sempre proporcionar condições para que as forças tenham direção axial sobre o dente suporte“. • Classificação dos apoios: Quanto a posição: Diretos ou Primários: ⬧ Dependem do tipo de suporte da prótese ⬧ Próteses dentossuportadas: Classe III e IV (anterior) – os apoios principais se localizam nas fossetas e cristas marginais contíguas ao espaço protético ⬧ EXCEÇÃO: quando houver inclinação em direção ao espaço protético – colocar apoio do lado oposto – dividir a força a ser colocada no dente pilar ⬧ Próteses mucodentossuportadas: Classe I e II – apoio se localiza distante da falha protética – tendência ao dente alavancar se ficar próximo a falha – apoio contralateral a falha protética Indiretos ou secundários: Deverão localizar-se anteriormente a linha de fulcro (linha que une os pilares primários) nos casos de classe I e II e posteriormente na classe IV de Kennedy Quanto ao contorno coronário Intracoronário (rasos ou profundos) Extracoronários • Funções dos apoios oclusais Evitar o deslocamento da PPR no sentido ocluso-gengival Estabilizar a prótese Direcionar as forças para o longo eixo dos dentes pilares Estabilizar os dentes pilares Proteção das margens gengivais • O número de apoios oclusais a serem utilizados dependem: Dos dentes a serem usados como pilares (quantos dentes vou usar como pilares?) 34 Condição de suporte da PPR (inserção óssea suficiente – quanto menor a inserção óssea, maior o número de pilares que se deve ter) Do tipo de retentores utilizados na estabilização (diretos ou indiretos) Quanto mais apoios maior a estabilidade da PPR Quanto maior o número de lados da figura geométrica formada pelas retas que passam sobre o apoio oclusal maior a condição de suporte da PPR • A distribuição dos apoios oclusais utilizados para PPR: Devem ser colocados nas cristas marginais dos dentes pilares diretor Nas classes I e II são colocados nas cristas OPOSTAS à falha protética Nas modificações dessas classes e nas demais são colocadoscontíguo ao espaço protético Casos das classes: • Características morfológicas do apoio oclusal Para dentes posteriores Forma semilunar Espessura de 1,5 a 2mm Ângulos externos arredondados Largura tem 1/3 da distância vestíbulo-lingual Nichos oclusais • São os locais onde os apoios oclusais irão se assentar. • Podem ser oclusais, linguais ou incisais. • Funções: Apoiar o apoio oclusal Direcionar a força mastigatória axiais ao dente pilar Estabilidade e suporte da PPR – função secundária • Características morfológicas do nicho ou descanso oclusal: Forma triangular ou semilunar Comprimento maior ou igual a largura Largura tem 1/2 da distância intercuspídea (mesmo que 1/3 da distância vestíbulo-lingual) Profundidade depende do remanescente [esmalte (pouco) em coroas (até 2mm) ] Profundidade em estrutura dental – mínimo 0,8mm e 1mm em crista marginal 35 O ângulo da parede pulpar deverá ser menor que 90° - agudo O ponto mais profundo deverá ficar próximo ao longo eixo do dente – seguir o desenho da crista marginal Molares Pré-molares Superior 1,25 1,40 1,25 1,00 1,25 1,0 1 2 3 Inferior 1,25 1,50 1,28 1,10 1,25 0,8 1 2 3 Ponta de cúspide é mais robusta a nível de esmalte – pode intruir um pouco mais para procurar estabilidade da peça Face proximal é menos robusta a nível de esmalte • Apoio incisal Indicações: Classe III com modificações anteriores e classe IV de Kennedy Contra-indicações: Classe I e II de Kennedy – observar eixos de rotação das PPRs Localização: ângulos proximais da superfície incisal Côncavo no sentido vestíbulo-lingual Convexo no sentido mésio-distal Assoalho menor que 90° Abrande vestibular e lingual Arredondado Alta desvantagem estética. Desvantagens: Biomecânica – braço de potência aumenta de acordo com a distância do fulcro Pode criar uma interferência oclusal 1 2 3 36 Meia lua invertida • Nicho ou descanso lingual Quando não há apoio, a peça desliza e massera a papila Convexo no sentido mésio-distal Côncavo no sentido vestíbulo-lingual Na hora do desgaste – manter o cíngulo Assoalho menor que 90° Redução mínima de 0,8mm – desgaste só a nível de esmalte Paredes pulpares arredondadas Buscar contatos oclusais normais Incisivo Canino Superior 0,87 0,60 - 1,40 0,70 1,25 1 2 3 Inferior 0,71 0,55 - 1,28 0,61 0,85 1 2 3 1 2 3 37 Fase laboratorial de confecção das estruturas metálicas 1. Desenho da estrutura no modelo mestre (o que vai enviar para o laboratório) Apoios Equador Retentores 2. Confecção dos alívios Eliminar áreas retentivas (interproximais, cervicais, tem tendência) Reduzir interferências no modelo Todas as áreas aliviadas no modelo, serão livres de contato da armação metálica Alívio de conector e sela – cera Alívio de áreas de ângulos mortos (área de retenção que teria entre o conector menor e o dente) dos conectores menores 3. Duplicação do modelo mestre Consiste em reproduzir o modelo mestre em um modelo de revestimento, sobre o qual será esculpida a prótese parcial removível Hidratação do modelo (20-30min) Fixação na base e fechamento da mufla Preenchimento com o duplicador (hidrocolóide reversível) Demuflagem após resfriamento Recorte e remoção do modelo mestre 4. Preparação da cópia (refratário – revestimento para suportar grandes temperaturas) Obtenção de um modelo copia a base de revestimento fosfatado (partículas de quartzo) Tempo de trabalho entre 3 e 4 minutos Endurecimento final entre 30min até 4h Desidratação e banho endurecedor – 180° por 45min – usa-se uma solução ácida (o que é eliminado) – banho de 5 a 10seg num refratário – retorno ao forno e resfriamento lento 5. Enceramento da peça protética A peça deve ser esculpida dentro de 6h após o banho endurecedor, para não absorver umidade, amolecendo o modelo O enceramento da PPR, respeita o desenho feito no modelo, apoios, conectores menores e maiores, tipos e localização de grampos 38 Iniciado com conectores maiores → selas e barras → retentores (braços de retenção e oposição) → conectores menores → degrau divisor da sela (o que evita que a resina acrílica durante a prensagem fique solta e cause um desconforto pra língua, porque não tem acabamento em linha zero 6. Inclusão • Colocação do modelo cópia encerado, dentro de um bloco de revestimento, com canais de alimentação que permitirão a substituição da cera por uma liga metálica (cobalto/cromo) • Dentro do passo seguinte, que é a fundição • Coloca canais de alimentação na área de maior espessura de cera – modelo sobre base com um anel (preenchido com revestimento) – posicionamento do cone injetor (por onde o metal entra e se distribui pelos canais de alimentação) – fecha o anel – inverte o refratário – coloca o gesso – espera o prazo de 30mi até 4h – tira o excesso de cera, o cone injetor, faz alguma limpeza que tenha - leva o anel para o forno 7. Precalentamento e Fundição Para injetar o metal dentro do anel, este deve ser pré-aquecido no forno Em torno de 1000 a 1050°C Tempo de pré-aquecimento é de 2 a 4 horas Haverá eliminação da cera, expansão do revestimento e adequação do meio para receber a liga em fusão Fundição por centrifugação – coloca o metal dentro do cadinho com um maçarico de alta fusão, o metal e derretido e quando ele está bem amolecido uma segunda pessoa pega o anel, coloca na centrifuga e nesse momento é disparada, quando isso acontece o contra-peso dela faz com que o braço porta-cadinho que está em 90° dispare para o outro lado e a força cetrífuga mantém o metal injetado dentro do anel Resfriamento lento do anel – miutos ou horas (1-2) até o metal ficar completamente frio Desinclusão incial – retirar o metal que está dentro do anel para ser trabalhado Limpeza com jato de areia 8. Usinagem e adaptação da peça Corte e canais de alimentação Remoção de excessos no modelo mestre inicial (sem cera) Discos de carborodum reforçados Pedras abrasivas grossas 20.000 rpm Polimento eletrolítico – cátodo/ânodo Apoios oclusais assentados no nicho, braços de oposição e retenção estão circundando sem espaços entre eles e os dentes, existem alívios sob a sela 9. Polimento Cone, taça, roda de borrachas abrasivas Torno e pasta de polimento Escova circular pequena – pequenos detalhes 39 Sequência de planejamento 1. Localizar a área desdentada Exemplo: Área desdentada bilateral localizada posteriormente aos dentes naturais. 2. Classificar de acordo com Kennedy Classe I: Área desdentada bilateral localizada posteriormente aos dentes naturais. 3. Escolher os dentes que vão ser pilares diretos Dentes 15 e 24, os retentores diretos são os dentes que estão vizinhos ao espaço protético. 4. Traçar a linha de fulcro Linha imaginária entre os dentes pilares diretos. 40 Na região anterior tem-se uma área de resistência e na posterior tem-se uma área de potência, logo se P>R a biomecânica será desfavorável. 5. Escolher onde será o apoio/nicho dos retentores diretos: Em caso de dentes vizinhos, a extremidade livre (classe I e II) deve-se confeccionar o nicho oposto ao espaço protético, neste caso na mesial, com a finalidade de melhorar a distribuição de carga sobre o retentor. 6. Escolher qual grampo utilizar nos retentores diretos Tipo Roach. 7. Escolher os retentores indiretos 41 Ao analisar a área de resistência o melhor local para colocar um retentor indireto seria nos dentes 12 e 11 para estabilizar esta área, e a prótese nãose movimentar no sentido antero-posterior. OBS: não colocar no 11 e 21 pela papila incisiva, que não deve ser comprimida. 8. Escolher o melhor conector maior A barra palatina dupla impede possíveis deflexões na prótese. 9. Colocação da sela, a qual será utilizada para colocar os dentes da prótese.
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