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Apostila de Patologia (geral e oral)

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Hurian Machado – Odontologia UNIG 
 
1 
 
Patologia Geral 
Aula 1 
Introdução 
➯Agentes Etiológicos 
São os agentes causadores de doenças. Podem ser: 
1. Biológicos: vírus, bactérias e fungos; 
2. Físicos: traumatismos, radiação; 
3. Químicos: cigarro, álcool, medicações. 
• Indiopático: quando não se sabe a etiologia/causa. 
Biópsia x Citopatologia 
1. Biópsia 
- Retira fragmentos do tecido. 
- É feita quando o diagnóstico não é determinado 
pelo exame clínico. 
- Pode ser incional ou excisional. 
• Incisional 
Remove um pequeno fragmento da lesão. Uma 
porção saudável e outra doente. 
Contraindicada em casos se lesões vascularizadas e 
lesões pigmentadas. 
 
 
 
• Excisional 
- Remove-se totalmente a lesão. 
 
 
 
➯Instrumentos utilizados 
- Bisturi; 
- Punch; 
- Pinça saca-bocados; 
- Frasco de boca larga; 
- Formol a 10% (a quantidade deve ser 10x o tamanho 
da biópsia). 
2. Citopatologia 
É a análise de células isoladas obtidas por raspagem 
(citopatologia esfoliativa). 
Só é realizada quando não é permitido/possível e 
realização da biópsia. 
➯Instrumentos utilizados 
- Algum instrumento para raspar. Ex: escova própria, 
espátula 24; 
- Lâmina de microscópio; 
- Frasco próprio; 
- Álcool 95%. 
Técnica Cirúrgica 
1. Assepsia 
Remoção completa de microrganismos em uma 
superfície usando a autoclave, por exemplo. 
2. Antissepsia 
Diminuição de microrganismos em uma superfície. 
Será realizada no paciente, por exemplo. Ex: 
clorexidina 0,12%, 2% e 0,2%. 
Não há possibilidade de esterilização total do paciente. 
Não existe cirurgia totalmente asséptica. 
Em toda cirurgia há risco de infecção bacteriana. 
3. Anestesia Local 
Rectangle
Hurian Machado – Odontologia UNIG 
 
2 
 
4. Exérese 
É a remoção da lesão, podendo ser incisional ou 
excisional. 
4.1 A incisão deve ser no formato de 
cunha/elipse/casco de navio pois permite melhor 
fechamento da ferida. 
4.2 Quando realizar a biópsia incisonal deve remover 
parte do tecido doente e parte do tecido saudável. 
4.3 Quando a lesão medir até 1cm, deve realizar a 
biópsia excisional. 
5. Hemostasia 
São todos os meios que existem para se conter uma 
hemorragia. 
A compressão é a principal forma de se realizar 
hemostasia na odontologia. Usa-se gaze no local 
durante 5 a 10min. 
• Tipos de hemostasia 
- Compressão; 
- Eletrocoagulação; 
- Ligadura. 
6. Síntese/Sutura 
Seu objetivo é devolver a anatomia do local. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aula 2 
Adaptação Celular 
Estresses fisiológicos mais excessivos ou alguns 
estímulos patológicos podem provocar várias 
adaptações celulares nos quais um novo estado 
diferente de equilíbrio é obtido. 
Grupos Celulares 
As células do corpo são divididas em 3 grupos com 
base na sua capacidade proliferativa e na sua relação 
com o ciclo celular. 
1. Células Lábeis 
Células que se proliferam o 
tempo todo. 
 Ex: células da pele e cavidade 
bucal. 
2. Células Estáveis 
Essas células exibem baixo nível de replicação, 
entretanto podem sofrer rápidas divisões em 
resposta a estímulos. 
Ex: células do fígado. 
 
3. Células Permanentes 
São as células que não se dividem, deixam o ciclo 
celular e são incapazes de sofrer divisão mitótica. 
Ex: células nervosas e de músculos 
esqueléticos/cardíacos. 
 
 
 
Rectangle
Hurian Machado – Odontologia UNIG 
 
3 
 
Tipos de Lesão Nervosa 
1. Neuropraxia 
Ocorre quando encosta no nervo. Retorna a função 
normal em 3 meses. 
 
2. Axonotmese 
Ocorre quando o nervo é puxado. Retorna a função 
normal em até 6 meses. 
 
3. Neurotmese 
Ocorre quando o nervo é rompido. É irreversivel. 
 
Proliferação Celular 
O ciclo celular, que é o ciclo de crescimento das 
células consiste nas fases G1 (pré-síntese), S (síntese 
de DNA), G2 (pré-mitótica) e M (mitótica). 
Fatores de Crescimento 
➯Competência 
- Faz com que a célula que estava em GO entre no 
ciclo. 
➯Progressão 
- Mantém a célula no ciclo. 
 
Respostas Adaptativas 
1. Hiperplasia 
- Aumento do número de células. 
2. Hipertrofia 
- Aumento do tamanho das células. 
• Hipertrofia fisiológica: aumento da massa muscular. 
Ex: fisiculturista. 
 
• Hipertrofia Patológica: aumento do volume das 
células, o que conduz consequentemente a um 
aumento do volume do órgão como um todo. Ex: 
aumento das fibras cardíacas na hipertensão. 
 
3. Atrofia 
Diminuição do tamanho da célula (abaixo do normal). 
É uma redução no volume e na função de uma 
célula ou órgão. Ela é resultado da resposta 
adaptativa da célula a fata de estímulo, que leva à 
redução. 
Pode ser causada pela diminuição da demanda 
funcional, perda da inervação, nutrição inadequada e 
envelhecimento (atrofia senil). 
 
 
 
Rectangle
Hurian Machado – Odontologia UNIG 
 
4 
 
Aula 3 
Lesão e Morte Celular 
Morte Celular 
Morte celular é a perda irreversível das atividades e 
funções da célula com consequente incapacidade de 
manutenção de seus mecanismos de homeostase. 
Para que haja morte celular, é necessário que a célula 
seja agredida, e os principais agentes agressores são: 
• Privação de O2: perturba o equilíbrio homeostático 
da célula. Atua principalmente na membrana celular, 
respiração aeróbica, síntese proteica e o aparelho 
genético. 
• Agentes físicos, químicos e infecciosos. 
O primeiro ponto de ataque da hipóxia é a respiração 
celular aeróbia. A medida que a quantidade de O2 
diminui dentro da célula, ocorre a diminuição da 
fosforilação oxidativa da célula e consequentemente 
queda da geração de ATP, e isso exerce efeitos 
difusos sobre a célula. 
Lesão Irreversível 
O ponto sem retorno da lesão celular é 
primariamente quando ocorre a incapacidade de 
reverter a disfunção mitoconfrial que causa 
diminuição acentuada da produção de ATP e 
também quando ocorre perturbações profundas na 
função da membrana celular. 
Tipos de Necrose 
1. Necrose de Coagulação 
É o tipo mais comum de necrose. 
Típico da morte por hipóxia (falta de O2) das células 
em todos os tecidos. 
Nesse tipo de necrose há a preservação do 
contorno básico da célula. 
Ex: infarto do miocárdio. 
2. Necrose Liquefativa 
Típica de infecções bacterianas. 
3. Necrose Caseosa 
Encontrada em paciente com tuberculose. 
4. Necrose Gordurosa 
Típica de pancreatite aguda. 
Obs: pus é um liquido formado por bactérias mortas, 
células de defesa mortas, células do tecido mortas e 
plasma sanguíneo. 
Isquemia x Hipóxia 
1. Isquemia 
Quando não chega sangue em determinado local. 
2. Hipóxia 
Quando chega uma concentração menor de O2 em 
determinado local. 
A isquemia leva a hipóxia. 
Sequência de Eventos na Lesão Celular 
➯Durante uma isquemia 
1°. Para de chegar sangue em determinado local; 
2°. Diminuição de O2 no local afetado; 
3°. Diminuição da produção de ATP; 
4°. Falha na bomba de sódio (Na+) e potássio (K+); 
5°. O sódio entra na célula levando água junto; 
6°. Edema celular (acúmulo de líquido na célula); 
7°. Ocorre a glicólise para produzir ATP; 
8°. O pH da célula se torna ácido (baixo); 
9°. Ocorre a condensação da cromatina nuclear; 
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Hurian Machado – Odontologia UNIG 
 
5 
 
10°. Edema associado ao pH baixo leva ao 
desprendimento dos ribossomos do retículo 
endoplasmático rugoso; 
11°. Diminuição da síntese proteica. 
Papel do Cálcio na Morte Celular 
1°. Ocorre perturbações profundas na função da 
membrana celular; 
2°. A célula perde sua seletividade; 
3°. O Ca+ entra na célula; 
4°. Ativa várias enzimas; 
5°. Digestão enzimática da célula. 
Aula 4 
Inflamação 
A inflamação é uma resposta protetora cujo objetivo 
é livrar o organismo da causa inicial da lesão celular 
(ex: bactérias) e das consequências dessa lesão (ex: 
células e tecido necrosados). 
O processo inflamatório é todo o caminho que o 
leucócito percorre até chegar na bactéria e fagocitá-
la. O grupo dos leucócitos será o ator principal nesse 
processo. A resposta inflamatória ocorre no tecido 
conjuntivo vascularizado. 
Ainflamação tem como objetivo destruir o agente 
agressor, diminuindo o dano por ele causado e 
propiciar o reparo dos tecidos lesados. 
Inflamação x Infecção 
1. Inflamação 
Resposta do organismo contra uma infecção. 
2. Infecção 
Invasão do corpo por microorganismos. 
 
 
Anti-inflamatório x Antibiótico 
1. Anti-inflamatório 
- Minimiza os efeitos ruins da inflamação. 
2. Antibiótico 
- Elimina as bactérias. 
Caminhos a partir de 
uma infecção inicial 
1°. Resolução completa; 
2°. Resolução, porém, com sequela (ex: queloide); 
3°. Infecção generalizada que pode levar a morte do 
paciente (septicemia). 
Inflamação Aguda x Inflamação 
Crônica 
1. Inflamação Aguda 
Tem uma duração relativamente curta (horas ou 
dias); 
As células predominantes nesse processo são os 
neutrófilos; 
Células multinucleadas. 
2. Inflamação Crônica 
Tem uma duração longa (semanas ou meses); 
As principais células desse processo são os linfócitos 
e os macrófagos; 
Células uninucleadas. 
Manifestações Clínicas 
➯Sinais de Celsius 
- Dor; 
- Calor; 
Rectangle
Hurian Machado – Odontologia UNIG 
 
6 
 
- Edema; 
- Rubor. 
➯Sinais de Virchow 
- Dor; 
- Calor; 
- Edema; 
- Rubor; 
- Perda da função. 
 
Aula 5 
Inflamação Aguda 
Principais Características 
- Alteração do calibre vascular; 
- Aumento da permeabilidade vascular; 
- Emigração do neutrófilo. 
Sequência do Processo Inflamatório 
Agudo 
➯Eventos Vasculares 
1°. Vasoconstrição (rápida e sem importância); 
2°. Vasodilatação; 
3°. Aumento do fluxo sanguíneo; 
4°. Aumento da permeabilidade vascular (o plasma 
sai do vaso causando edema); 
➯Eventos Celulares 
5°. Lentificação do fluxo sanguíneo; 
6°. Marginação do neutrófilo; 
7°. Rolagem dos neutrófilos (as integrinas são 
ativadas); 
8°. Aderência firme do neutrófilo. 
9°. Transmigração ou diapedese; 
10°. Quimiotaxia (interleucina-8) 
11°. Fagocitose (C3). 
Obs: o C3 facilita a fagocitose (opsonização) 
“marcando” as partículas que deverão ser 
fagocitadas. 
➯Como o endotélio torna-se permeável 
na inflamação aguda? 
Através da contração endotelial ou reorganização do 
citoesqueleto. 
➯Como ocorre a dor no processo 
inflamatório? 
Durante a quimiotaxia e a fagocitose, o neutrófilo 
sofre a ação de algumas enzimas que produzem as 
prostraglandinas. Essas prostraglandinas sensibilizam 
as terminações nervosas periféricas que mandam 
mensagem para o sistema nervoso central causando 
dor no processo inflamatório. 
➯Como agem os anti-inflamatórios? 
Os anti-inflamatórios agem inibindo a ciclo-oxigenase 
(COX), logo, não será produzida a prostranglandina 
(que causa dor). 
 
 
 
 
 
Rectangle
Hurian Machado – Odontologia UNIG 
 
7 
 
Aula 6 
Reparo 
Reparo é o processo de reposição do tecido 
destruído. 
O reparo pode acontecer sob duas formas, 
dependendo do grau de composição do tecido e dos 
tipos celulares que o compõem. 
1. Regeneração 
É o reparo do tecido lesado através de proliferações 
de células idênticas as do perdido. Ex: regeneração 
tecidual nas queimaduras superficiais da pele. 
Quando não é possível a regeneração, ocorre a 
cicatrização. 
A regeneração só ocorre em células lábeis e 
estáveis. 
Para que ocorra a regeneração, é necessário que 
haja um tecido de sustentação subjacente ao local 
comprometido. Esse tecido será responsável pela 
irrigação e nutrição local. 
2. Cicatrização 
É o reparo do tecido lesado através da proliferação 
de um tecido conjuntivo fibroso (proliferação de 
fibroblastos) para substituir as células destruídas. Ex: 
cicatrização tecidual nas queimaduras profundas da 
pele. 
A cicatrização das feridas é um processo dinâmico, 
que se inicia comum processo inflamatório, seguida 
por u estágio de formação de tecido de granulação, 
acompanhada de uma remodelagem tecidual e 
formação da cicatriz. 
A cicatriz fica vermelha nos primeiros dias devido ao 
aumento do fluxo sanguíneo do processo 
inflamatório. 
A cicatriz fica vermelha alguns meses depois devido 
ao surgimento de novos vasos sanguíneos no local. 
 
• 1ª Intenção 
Quando as bordas da ferida estão unidas. 
• 2ª. Intenção 
Quando as bordas das feridas estão afastadas. 
Fases da cicatrização 
1ª. Forma-se a crosta para isolar o meio interno do 
externo; 
2ª. Ocorre o processo inflamatório agudo para 
eliminar o agente agressor; 
3ª. Macrófagos terminam a limpeza do local; 
4ª. Ocorre o surgimento de novos vasos sanguíneos; 
5ª. Os fibroblastos acompanham esses novos vasos 
sanguíneos; 
6ª. Os fibroblastos produzem fibras colágenas; 
7ª. As fibras colágenas se organizam; 
8ª. As fibras colágenas organizadas comprimem os 
vasos sanguíneos novos; 
9ª. Assim, a cicatriz fica mais clara. 
Fatores que alteram a cicatrização 
➯Fatores Locais 
- Infecção; 
- Fatores mecânicos; 
- Corpos estranhos; 
- Localização; 
➯Fatores Sistêmicos 
- Nutrição (deficiência de vitamina C); 
- Diabetes Mellitus; 
- Suprimento sanguíneo inadequado. 
 
Rectangle
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Hurian Machado – Odontologia UNIG 
 
8 
 
Aula 7 
Neoplasias 
Neoplasia é uma massa anormal de tecido cujo 
crescimento excede e não está coordenado ao 
crescimento dos tecidos normais e que persiste 
mesmo cessada a causa que o provocou, já que 
houve uma alteração genética da célula (mutação); 
Para que haja uma neoplasia, é necessária uma 
mutação. 
Neoplasia = tumor (benigno ou maligno); 
Neoplasia ≠ câncer (todo câncer é maligno). 
➯Parênquima 
- Composto de células neoplásicas proliferantes. 
➯Estroma 
- É o tecido de suporte que faz a vascularização e 
a nutrição do parênquima. 
Nomenclatura 
Os tumores benignos são chamados pelo nome da 
célula de origem + o sufixo “oma”. 
Nos tumores malignos que se originam de células 
parenquimatosas, se adiciona a palavra “sarcoma” e 
para os de origem epitelial “carcinoma”. 
Tumor Maligno X Tumor Benigno 
1. Tumor Benigno 
- Menor velocidade de crescimento (se desenvolvem 
lentamente); 
- Massas bem delimitadas, sem invasão de tecidos 
adjacentes; 
- Bem diferenciado, ou seja, as células são 
semelhantes as dos tecidos de origem. 
2. Tumor Maligno 
- Crescimento rápido; 
- Não possui crescimento ordenado, pode invadir 
tecidos vizinhos; 
- Indiferenciado, ou seja, as células malignas sofrem 
grandes alterações em relação as do tecido de 
origem; 
- Metástase frequentemente presente. 
 
 
 
➯Metástase 
Metástase é a formação de uma nova lesão tumoral 
a partir da primeira, mas sem continuidade entre as 
duas; 
Com poucas exceções, todos os cânceres podem 
sofrer metástase. 
Aula 8 
Câncer de Boca 
O câncer de boca é um nome genérico para 
tumores malignos localizados na cavidade oral. 
Exemplos de outros canceres de boca além do CCE: 
melanoma, carcinoma mucoepidermóide, linfoma e 
osteossarcoma. 
Câncer não é a mesma coisa que tumor, pois o 
tumor pode ser benigno ou maligno, e o câncer já 
é maligno. 
O Carcinoma de Células Escamosas (CCE), também 
recebe outras denominações: Carcinoma 
Espinocelular e Carcinoma Epidermóide. 
94% dos casos de câncer de boca é o CCE. 
O câncer na cavidade oral está em 5° lugar entre os 
homens e em 7° nas mulheres entre os demais 
canceres. 
O câncer surgirá a partir de uma mutação celular 
devido a agressão do agente etiológico. E para que 
Rectangle
Rectangle
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Hurian Machado – Odontologia UNIG 
 
9 
 
haja câncer, deve haver exposição crônica ao 
agente etiológico. 
➯Etiologias 
- Tabagismo (principal); 
- Álcool; 
- Radiação solar. 
- O álcool sozinho não causa câncer de boca, porém 
ele permeabiliza a mucosa oral potencializando o 
efeito do tabaco. 
- Mais de 80% dos pacientes oncológicos são 
fumantes. 
➯Outras Causas 
- Deficiências nutricionais; 
- Vírus oncogênicos (HPV). 
Obs: o HPV-16 pode estar relacionado ao câncer de 
boca e orofaringe. 
Os indivíduos com CCE percebem alguma alteração 
de 4 a 8 meses antes de procurar ajuda profissional, 
já que causa pouquíssima sintomatologia.O CCE tem uma apresentação clínica variada 
incluindo a exofítica (formadora de massa tumoral), 
endofítica (com ulceração), leucoplásica (em forma 
de placa bacteriana) e eritoplasia (lesão vermelha). 
Lesão branca, lesão 
vermelha, ferida que 
não cicatriza e massa 
tumoral. 
O local mais comum de 
desenvolvimento do CCE é na língua (50%). 
➯Outros locais mais comuns 
- Soalho de boca; 
- Palato mole e duro; 
- Gengiva; 
- Mucosa jugal. 
➯Metástase 
1°. Linfonodos cervicais profundos e submandibulares; 
2°. Pulmão (a distância). 
➯Métodos de Diagnóstico 
- Biópsia incisional 
- Frasco de boca larga; 
- Formol a 10% (a quantidade deve ser 10x o tamanho 
da biópsia.); 
- Pode-se usar o azul de toluidina para auxiliar no 
diagnóstico; 
- Deve-se mandar um relatório ao patologista 
descrevendo a lesão. 
➯Histopatologia do CCE 
Displasia epitelial (diferentes aos normais); 
1. Leve: próximo a membrana basal; 
2. Moderada: próximo a membrana basal e camadas 
mais acima; 
3. Grave: todas as camadas do epitélio e não atinge 
o conjuntivo. 
Obs: a displasia deve atingir os tecidos adjacentes 
para ser tumor maligno. Se for só displasia, a lesão é 
benigna. 
➯Tratamento 
- Encaminhar para o cirurgião de cabeça e pescoço; 
- Cirurgia radical ou com margem de segurança; 
- Radioterapia. 
➯Perfil do Paciente 
- Homens; 
- Fumantes; 
- Alcoolismo; 
Rectangle
Hurian Machado – Odontologia UNIG 
 
10 
 
- Ferida na boca que não cicatriza; 
- A língua é o local mais comum. 
➯Sistema de estadiamento TNM para CCE 
 
 
 
 
 
 
 
 
FPT: fora de possibilidades terapêuticas. É feito 
então tratamento paliativo. 
Aula 9 
Distúrbios Circulatórios 
As alterações circulatórias estão relacionadas com 
distúrbios que acometem a irrigação sanguínea. 
As principais alterações circulatórias são as alterações 
no volume sanguíneo (hemorragia) e alterações por 
obstrução intravascular (trombose). 
A hemorragia indica que existe o extravasamento de 
sangue em virtude da ruptura de uma artéria ou de 
uma veia. 
Etiologias 
- Traumatismos; 
- Aumento da pressão arterial; 
- Doenças nas paredes dos vasos (ex: aneurismas); 
- Doenças hemorrágicas (ex: hemofilia e doença de 
Willebrand). 
 
 
Classificação 
➯Petéquias 
- Pequenos pontos hemorrágicos de 1 a 2mm; 
 
➯Púrpura 
- Pontos um pouco maiores que as petéquias de até 
1cm; 
 
➯Equimose 
- Hemorragia subcutânea sem elevação, medindo 
mais de 1cm. 
 
➯Hematoma 
- Grandes hemorragias subcutâneas, apresentando 
um aspecto elevado, medindo mais de 1cm. 
 
 
 
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Hurian Machado – Odontologia UNIG 
 
11 
 
Hemostasia 
São todos os meios que existem para conter uma 
hemorragia. 
Para que ocorra a hemostasia, é necessário: parede 
celular, plaquetas e a cascata de coagulação. 
O coágulo de forma de 5 a 10 min. 
➯Tipos de hemostasia 
- Compressão; 
- Eletrocoagulação; 
- Ligadura. 
Sequência para formação do coágulo 
1°. Vasoconstrição; 
2°. O fator ativador de Von Willebrand exposto atrai 
as primeiras plaquetas; 
3°. Essas primeiras plaquetas que chegaram ao local 
são ativadas; 
4°. As plaquetas liberam substâncias para atrair mais 
plaquetas (tampão plaquetário); 
5°. A cascata da coagulação é ativada; 
6°. A cascata da coagulação produz fibrina; 
7°. A fibrina cola/cimenta uma plaqueta na outra; 
8°. Forma-se então o coágulo. 
Obs: a ausência de vitamina K (filoquinona) atrapalha 
a cascata da coagulação. 
Obs: o paciente hemofílico não tem o fator VIII da 
coagulação. 
Trombose 
É o oposto patológico da hemostasia. 
Consiste na coagulação do sangue dentro do sistema 
vascular e é sempre uma condição patológica. 
A massa coagulada resultante da trombose é 
chamada de trombo. 
A principal causa da trombose é a lesão endotelial. 
Os trombos podem causar obstrução de artérias e 
veias e também são fontes possíveis de êmbolos 
que consequentemente podem causar infarto do 
miocárdio. 
 
♡FIM♡ 
Referências bibliográficas 
• Material de apoio cedido pelo professor da 
disciplina; 
• NEVILLE, Brad.	Patologia oral e maxilofacial. 
Elsevier Brasil, 2011. 
Recado para você que adquiriu essa apostila: 
Caso tenha alguma dúvida, entre em contato comigo 
ou tire essa dúvida com algum professor. Talvez 
possa ter coisas diferentes da forma que você 
aprendeu, mas isso não quer dizer necessariamente 
que eu ou você estejamos errados. Professores e 
autores têm diferentes pontos de vista as vezes. 
Essa apostila não pode ser vendida por terceiros e 
nem plagiada. Plágio é crime de violação aos direitos 
autorais no Art. 184. Obrigado e bons estudos! 
"#$% 
• E-mail p/ contato: hurianmachado@hotmail.com 
Ah, se por acaso você postar algum story no 
Instagram estudando por essa apostila, me marca 
para que eu reposte :) 
• Instagram: @DOUTOR_SORRISO 
 
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Hurian Machado – Odontologia UNIG 
 
1 
 
Patologia Oral 
Aula 1 
Defeitos de Desenvolvimento 
da Região Oral e Maxilofacial 
➳Grânulos de Fordyce 
Os Grânulos de Fordyce são glândulas sebáceas 
ectópicas, ou seja, que estão fora do seu local habitual e 
estão presentes em 80% da população. 
Caracteriza-se por múltiplas pápulas (lesões branco-
amareladas com menos de 5mm). 
Sua localização mais 
comum é na mucosa jugal 
e lábio superior. 
Essa condição é mais 
comum na população 
adulta. 
As lesões são 
assintomáticas, ou seja, não 
apresentam sintomas. Há 
apenas um aspecto rugoso 
no local. 
Não é necessário tratamento. 
➳Leucoedema 
Essa condição acomete 
90% da população negra. 
As lesões se apresentam 
com aspecto branco-
acinzentado. 
As lesões não podem ser removidas por raspagem. 
Ocorre normalmente na mucosa jugal 
São lesões assintomáticas e não é necessário tratamento. 
Ocorre devido ao acúmulo de líquido nas células. 
➳Macroglossia 
Caracteriza-se pelo aumento da língua que pode ser 
causado por uma variedade de condições incluindo 
malformações congênitas e doenças adquiridas. 
• Causas Congênitas 
- Linfogioma; 
- Hemangioma; 
- Neurofibromatose; 
- Síndrome de Down; 
- Síndrome de Beckwith-Wiedmann. 
• Causas Adquiridas 
- Pacientes edêntulos; 
- Carcinoma; 
- Outros tumores. 
 
 
 
➳Anquiloglossia 
É uma anomalia de 
desenvolvimento da língua 
caracterizada por um freio 
lingual curto, resultado na 
limitação dos movimentos 
da língua. 
Condição conhecida popularmente como língua presa. 
A cirurgia realizada é a frenectomia, que consiste na 
remoção do freio. 
O freio neste caso pode ser lingual ou labial. 
 
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• Indicações da Cirurgia 
1. Diastema: há situações em que há uma fenda entre 
os incisivos centrais e a ocorrência do freio impede que 
ela seja fechada. A indicação de frenectomia em caso 
de diastema sem o uso de aparelho ortodôntico deve 
ser realizada antes da erupção dos caninos 
permanentes, pois os próprios caninos farão o trabalho 
de fechar a diastema. 
2. Foniátrica: o freio lingual pode dificultar a fala, pois o 
paciente é privado de alguns fonemas e também pode 
prejudicar a alimentação. 
3. Periodontal: o freio labial inferior pode causar a 
retração gengival em determinados dentes. 
 
• Diagnóstico 
Se ao levantar ou abaixar o lábio e a região adquirir uma 
aparência esbranquiçada ou apresentar movimento, o 
cirurgião-dentista pode diagnosticar o paciente com essa 
anomalia. 
➳Língua Fissurada 
Esta patologia caracteriza-se por 
apresentar várias fissuras/sulcos 
na língua. Essas fissuras variam 
de 2 a 6 mm. 
Ocorre devido à variação genética. 
Normalmente são lesões assintomáticas, porém pode 
haver uma discreta ardência pois estes sulcos tornam o 
dorso da língua mais sensível. 
A língua fissurada afeta de 2 a 5 % da população e sua 
prevalência aumenta com a idade. 
Não é necessário tratamento e somente deve-se 
orientar a higiene rigorosa pois nestas fissuras pode 
ocorrer o acúmulo de placa bacteriana. 
➳Língua Pilosa 
Essa patologia caracteriza-sepor haver acentuado acúmulo 
de ceratina (proteína) nas papilas 
filiformes da superfície dorsal da 
língua resultando em uma 
aparência semelhante a cabelos. 
Pode ser causa pelo palato em formato côncavo (mal 
desenvolvimento da maxila) que impede que a língua 
tenha contato total com essa região, impedindo então a 
escamação da língua e consequentemente a eliminação 
da ceratina. A má escovação também é um fator. 
Esta patologia afeta com mais frequência a parte anterior 
as papilas circunvaladas. É encontrada em 0,5% dos 
adultos e normalmente é assintomática. As papilas 
filiformes se tornam alongadas e com um aspecto de 
pigmentação negra ou castanha. 
Não é necessário tratamento, apenas higienização 
adequada. 
Fumantes podem ter maiores chances de adquirir esta 
patologia pois o calor proeminente do cigarro potencializa 
a produção de ceratina. 
➳Varicosidades 
A varicosidade é uma aveia 
anormalmente dilatada, cuja 
causa é incerta, porém a 
idade parece ser um fator 
importante. 
A mais comum é a variz 
sublingual que se localiza no 
ventre da língua. 
Pode ocorrer em outras 
regiões como nos vasos do 
lábio e bochechas. 
Esta condição afeta 70% da população com mais de 60 
anos e normalmente é assintomática. 
Geralmente apresenta uma colocação roxa. 
➳Exostoses 
Apresenta-se como protuberâncias localizadas na região 
da maxila e mandíbula, se apresentando como toro 
mandibular e palatino. 
São crescimento ósseos benignos. 
1. Toro Mandibular 
Localiza-se na região de pré-molares interiormente na 
mandíbula e mais de 90% são bilaterais. 
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Essa alteração possui origem multifatorial e normalmente 
é assintomática. 
Sua remoção cirúrgica é 
necessária para a colocação 
de próteses, por exemplo. 
2. Toro Palatino 
Localiza-se na linha média 
do palato duro e é mais 
comum que o toro 
mandibular. Essa alteração 
possui origem genética e 
ambiental, ou seja, 
multifatorial e normalmente é assintomática. 
Aula 2 
Fendas Orofaciais 
As fendas orofaciais são distúrbios na formação da face 
e cavidade oral, de natureza complexa e envolve o 
desenvolvimento de múltiplos processos teciduais que 
deveriam se unir e se fusionar de maneira muito bem 
ordenada, ou seja, surgem quando há falha na fusão dos 
processos teciduais. 
A causa é de origem genética com fatores ambientais 
envolvidos (mães que fumam e bebem durante a 
gestação e deficiência de ácido fólico). 
Casos de fenda labial e fenda palatina podem apresentar 
problemas na fala, dificuldade de se alimentar e 
maloclusão dentária. 
1. Fenda Labial 
A fenda labial é proveniente de um defeito na fusão do 
processo nasal mediano com o processo maxilar. 
80% dos casos de fenda labial são unilaterais e 70% 
ocorrem do lado esquerdo. 
2. Fenda Palatina 
A fenda palatina é proveniente de um defeito na fusão 
das lâminas palatinas do processo maxilar. 
 
• Tipos de Fendas Orofaciais 
1. Fenda Labial Unilateral Incompleta. 
 
2. Fenda Labial Unilateral Completa. 
 
3. Fenda Labial Bilateral Completa. 
 
4. Fenda Labial Unilateral Completa Associada a Fenda 
Palatina. 
 
5. Fenda Palatina Isolada. 
 
6. Fenda Labial Bilateral Completa Associada a Fenda 
Palatina. 
 
 
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Patologias Associadas às Fendas Orofaciais 
➳Sequência de Pierre Robin 
A Sequência de Pierre Robin é caracterizada por fenda 
palatina, micrognatia mandibular e glossoptose 
(deslocamento posterior da língua). 
➳Fossetas Labiais Paramedianas 
São invaginações congênitas raras no lábio inferior, que 
podem ser encontradas em combinação com a fenda 
labial e/ou fenda palatina como componente da síndrome 
de Van Der Woude. 
➳Úvula Bífida 
É a menor manifestação da fenda palatina, porém sua 
prevalência é muito maior ocorrendo em 1 a cada 80 
indivíduos. Geralmente são pessoas que quase tiveram 
fenda palatina. 
Aula 3 
Síndrome de Eagle 
Apresenta-se como um conjunto de sintomas causado 
pelo alongamento do processo estiloide ou pela 
calcificação do ligamento estiloióideo. 
➳Características Clínicas 
- Dor facial vaga (ao girar a cabeça ou abrir a boca); 
- Pode ocorrer vertigem ou sincope transitória (a artéria 
carótida interna é comprimida); 
- Mais comum nos adultos; 
- Classicamente ocorre após uma amgdalectomia; 
- Pode ser descoberta por acaso em 
radiografias de rotina; 
- O tratamento depende da intensidade 
dos sintomas podendo ser cirúrgico. 
- Quem possui esse alongamento não 
necessariamente é portador da 
síndrome, é necessário que haja os 
sintomas para ser portador. 
Síndrome de Crouzon 
É uma condição de um grupo de síndromes, 
caracterizadas por craniocionostoses ou fechamento 
prematuro das suturas cranianas. 
Ocorre em cerca de 1 em 65.000 nascimentos e é de 
origem hereditária, e também está relacionado ao 
aumento da idade dos pais. 
➳Características Clínicas 
- Proptose ocular; 
- Deficiência visual; 
- Hipoplasia do terço médio da face; 
- Desarmonia oclusal. 
 
Síndrome de Apert 
É uma condição rara, caracterizada por ser uma das 
craniocinostoses existentes. Ocorre em 1 a cada 130.000 
nascimentos aproximadamente. 
Sua causa é hereditária, porém o aumento da idade dos 
pais está relacionado. 
➳Características Clínicas 
- Proptose ocular; 
- Hipertelorismo; 
- Desarmonia oclusal. 
- Terço médio da face 
acentuadamente 
retraído; 
- Sindactilia dos dedos das mãos e dos pés; 
 
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Síndrome de Treacher-Collins 
É uma síndrome rara, que se caracteriza por defeitos na 
formação do primeiro e segundo arcos braquiais. 
Sua origem é hereditária e ocorre em 1 a cada 50.000 
nascimentos. 
➳Características Clínicas 
- Zigomas hipoplásicos; 
- Fissuras palpebrais com inclinação obliqua; 
- Anomalias nas orelhas; 
- Hipoplasia na mandíbula. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aula 4 
Herpesvírus Humano 
Geralmente o vírus se instala nos gânglios nervosos e 
fica em estado de latência. 
Nesta patologia, o vírus pode estar no organismo e não 
se manifestar. 
 1. Simples Tipo I (HSV-1) 
O HSV-1 está relacionado a boca. Dissemina-se 
predominantemente através da saliva infectada ou de 
lesões ativas. 
2. Simples Tipo 2 (HSV-2/HHV-2) 
O HSV-2 está relacionado a herpes genital. Se manifesta 
na forma de vesículas. 
3. Varicela Zoster 
(VZV/HHV-3) 
O local mais comum do VZV é 
nas costas e na barriga. O VZV 
pode causar tanto catapora 
quanto herpes zoster. Se 
manifesta em forma de vesículas. 
• Herpes Primária 
O padrão mais comum da herpes primária é a 
gengivoestomatite herpética aguda. A maioria dos casos 
ocorre em crianças de 6 meses a 5 anos de idade. 
O início é abrupto e acompanhado por linfodenopatia 
cervical, febre e lesões orais. 
As lesões se apresentam como numerosas vesículas 
puntiformes e em todos os casos a gengiva torna-se 
edemaciada, dolorosa e extremamente eritematosa. 
As lesões se resolvem sozinhas dentro de 7 a 10 dias. 
 
Figura 2 Gengivoestomatite Herpetica Aguda. 
Figura 1. Herpes Zoster. 
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• Herpes Recorrente 
O sítio mais comum de 
recorrência para o HSV-1 é a 
borda do vermelhão do lábio e 
a pele adjacente. 
Os principais fatores que 
desencadeiam essas recorrências 
são a luz ultravioleta, traumatismo local, stress e 
imunodeficiências em geral. 
Os sinais prodrômicos há herpes labial surgem de 6 a 
24h antes do desenvolvimento da lesão. Os sinais 
prodrômicos são: dor, ardência, prurido e eritema. 
As lesões se apresentam como múltiplas pápulas 
pequenas, que formam grupos de vesículas preenchidas 
por líquido, que se rompem e formam crostas em mais 
ou menos 2 dias. 
O desaparecimento total das lesões ocorre por volta de 
10 dias. A recorrência também pode ser na região intra-
bucall, principalmente na gengiva inserida e palato duro. 
O medicamento escolhido para a herpesrecorrente é o 
Aciclovir que tem como nome comercial Zovirax 
(200mg – 5 comprimidos – 5 dias – 3/3h). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aula 4 
Manifestações Orais da AIDS 
➳Candidíase Oral 
A candidíase oral é a 
manifestação intra-oral 
mais comum da infecção 
pelo HIV e está presente 
em até 90% dos pacientes. 
O padrão clínico mais comum é a do 
pseudomembranosa e o seu tratamento besse caso é 
feito com antifúngicos sistêmicos como cetoconazol, 
fluconazol e itraconazol. 
• Outras alterações mais comuns em pacientes com 
AIDS: 
➳Leucoplasia Pilosa 
É uma patologia oral 
exclusiva da AIDS 
causada pelo vírus 
Epsten Barr (EBV), que 
se apresenta como 
traços brancos verticais, 
enrugados na borda lateral da língua, podendo ser 
unilateral ou bilateral. 
O diagnóstico é feito através da raspagem do local. Se 
sair algo, é a candidíase, mas se não sair pode ser a 
leucoplasia pilosa. Neste caso, deve fazer uma 
citopatologia. Se apresentar leucoplasia pilosa, o paciente 
é portador da AIDS. 
➳Sarcoma de Kaposi 
É a alteração maligna mais comum que se desenvolve 
em paciente com AIDS, sendo o segunda mais comum 
o linfoma não-hodkin. 
Essa neoplasia maligna se apresenta como áreas planas 
ou elevadas de coloração vermelho-púrpura-
amarronzada que pode ser confundida com um 
hemangioma. ou hematoma. 
Figura 3. Herpes Labial. 
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Figura 4 Sarcoma de Kaposi. 
 
Figura 5Sarcoma de Kaposi . 
Aula 5 
Miíase 
O termo miíase é 
utilizado para definir a 
invasão dos tecidos do 
corpo ou cavidades por 
animais vivos como 
larvas. 
A infecção ocorre quando uma mosca fêmea repleta de 
ovos entra em contato com uma ferida recente, 
depositando então seus ovos, caminhando então para o 
desenvolvimento do estágio de larva. 
A miíase pode infectar a pele, cavidades nasais, cavidades 
auriculares e também a cavidade oral. 
A predisposição pelas lesões orais está relacionada 
normalmente a pobre higiene oral, lesões orais 
supurativas, doença periodontal e fatores que favorecem 
o não fechamento da boca. 
O principal local de entrada das larvas é na região anterior 
da maxila. 
O tratamento é feito através da remoção das larvas com 
éter e debridamento das feridas (retirar o tecido morto). 
Se o paciente possui muita larva, pode ser tratado com 
medicamento (ivermectina). 
• Perfil do Paciente 
- Paciente em coma; 
- Paciente com paralisia cerebral; 
- Paciente acamado; 
- Pacientes com sequelas de AVC. 
Manifestações Orais das Infecções 
➳Candidíase Bucal 
A candidíase bucal é causada pelo microrganismo fúngico 
que é chamado de Candida albicans. 
É a infecção fúngica bucal mais comum no homem e é 
do tipo oportunista, acometendo principalmente os 
indivíduos debilitados. 
• Fatores Predisponentes 
- Imaturidade imunológica da infância; 
- Diabetes melito; 
- Corticoides (terapia sistêmica/hipoadrenalismo); 
- Pobre higiene oral; 
- Câncer avançado; 
- Antibiótico terapia sistêmica; 
- Quimioterapia do câncer e radioterapia; 
- AIDS. 
• Classificação da Candidíase Bucal 
➳Candidíase Pseudomembranosa 
É a forma mais comum da 
candidíase; 
É conhecida popularmente 
como sapinho; 
Ocorre principalmente nos 
extremos da idade (infância ou velhice); 
As lesões características são placas brancas aderentes a 
mucosa, que lembram queijo cottage; 
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As lesões podem ser raspadas deixando uma superfície 
eritematosa, erosada ou ulcerada e frequentemente 
sensível; 
Os locais mais afetados são a mucosa jugal, os fundos de 
vestíbulo e a orofaringe. 
O tratamento é feito com nistidina (1 frasco – bochechar 
5ml 4x ao dia – 15 dias) ou fluconazol (1 comprimido de 
150mg por dia – 7 dias – medicamento hepatotóxico). 
➳Candidíase Eritematosa 
Aspecto avermelhado e não sai por raspagem. 
1. Candidíase Atrófica Aguda 
Se apresenta como uma lesão 
vermelha generalizada; 
A localização mais comum é 
no dorso da língua; 
O paciente se queixa de 
ardência na boca; 
A causa principal é o uso de antibiótico de largo espectro; 
Também chamada de boca ferida por antibióticos; 
O tratamento consiste na remoção do antibiótico e 
higiene oral rigorosa. 
2. Estomatite por dentadura 
Ocorre em até 65% dos 
indivíduos geriátricos que 
usam prótese total superior; 
A localização mais comum é 
na mucosa palatina; 
A causa principal é a não remoção da prótese para 
dormir; 
Aspecto clinico de superfície vermelho-vivo; 
O tratamento é feito com nistidina, mas pode usar 
também Daktarin Gel dentro da prótese. 
 
 
3. Queilite Angular 
A causa principal é o 
fechamento excessivo da 
boca; 
Localizada na comissura 
labial bilateralmente; 
Se apresenta como lesões fissuradas e erosadas; 
Pacientes se queixam de dor no local da lesão. 
4. Glossite Romboidal Mediana 
Localizada no dorso da 
língua, a frente das papilas 
circunvaladas; 
As lesões são 
assintomáticas; 
Apresenta-se como lesões nodulares, de contorno 
romboidal e coloração que varia do branco a um 
vermelho mais característico. 
➳Candidíase Hiperplásica 
Tipo menos comum de 
candidíase; 
Não pode ser removido por 
raspagem; 
Localização mais comum nas regiões anteriores de 
mucosa jugal; 
O tratamento é feito com fluconazol. 
➳Paracoccidioidomicose 
É uma infecção fúngica 
causada pelo Paracoccidiodes 
brasilienses; 
Essa doença é mais comum 
em países da américa do sul; 
Predileção homem/mulher é de 25:1; 
Mais comum em indivíduos de idade adulta que trabalham 
na agricultura; 
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A doença se inicia como uma infecção pulmonar. 
As lesões bucais aparecem como ulcerações 
semelhantes a amoras (pontos hemorrágicos); 
O local de referência é a mucosa alveolar, gengiva e 
palato. 
Aula 6 
Patologia Epitelial – Lesões Benignas 
Obs: estas lesões não se tornam câncer. 
➳Papiloma Escamoso 
É uma proliferação benigna 
do epitélio escamoso 
estratificado, induzida pelo 
papilomavírus humano 
(HPV), nos seus subtipos 
HPV-6 e HPV-11. 
Os locais de preferência são na língua e palato mole. 
Clinicamente se apresenta como uma lesão mole, indolor, 
exofítica, autolimitada, rugosa, irregular, pediculada, com 
várias projeções digitiformes que lhe dão o aspecto de 
couve flor. 
As lesões apresentam coloração normal e medem em 
média 0,5cm. 
O tratamento de escolha é a excisão cirúrgica da lesão. 
O modo exato de transmissão é desconhecido. 
• Lesão Pediculada: quando a base da lesão é menor 
que o resto da lesão. 
 
• Lesão Séssil: quando a base da lesão é maior que o 
resto da lesão. 
 
Obs: existem mais de 200 subtipos do vírus HPV. O HPV 
16 e 18 são os mais agressivos, e estão relacionados ao 
câncer de útero. O HPV 16 está altamente relacionado ao 
câncer de orofaringe. 
➳Ceratoacantoma 
É uma proliferação 
epitelial benigna de 
causa desconhecida, que 
ocorre principalmente 
na pele exposta ao sol. 
Mais comum a partir dos 45 anos e os homens são os 
mais afetados. 
As lesões são mais comuns na borda do vermelhão do 
lábio inferior em forma de cúpula, séssil, bem-demarcado 
com um tampão central de ceratina. 
As lesões retrocedem normalmente dentro de 6 a 12 
meses. 
Deve ser feito o diagnóstico diferencial com o carcinoma 
de células escamosas. 
Deve ser feita biópsia incisonal. Se confirmada, pode ser 
retirada a lesão ou pode-se esperar até que suma. 
➳Estomatite Nicotínica 
A estomatite nicotínica é um 
espessamento benigno da 
mucosa oral tipicamente 
associado ao fumo de 
cachimbo. 
As lesões ocorrem normalmente no palato duro e mole. 
O aspecto típico é a presença de múltiplas pápulas 
circundantes esbranquiçadas com o centro vermelho 
(devido a irritação do ducto das glândulas salivares). 
O tratamento é feito através da remoção do hábito. 
É causado pelo calor que é mantido na boca, diferente 
do CCE que é causado pelas substâncias químicas. 
 
 
 
 
 
 
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Aula 7 
Patologia Epitelial – Lesões Pré-Malignas 
Obs: lesões pré-malignas são tecidos morfologicamente 
alterados que tem um risco maior de transformação em 
câncer. 
• Ordem de incidência mais comum 
1°. Leucoplasia 
2°. Queilite Actínica 
3°. Eritroplasia 
➳Queilite/Queilose Actínica 
A queilite actínica é uma alteração pré-maligna do 
vermelhão do lábio inferior, que resulta da exposição 
excessiva ou a longo prazo a radiação solar. 
Raramente ocorre em 
pessoas com menos de 45 
anos e os homens são mais 
acometidos. 
As lesões iniciais incluem atrofia do vermelhão do lábio 
caracterizadas por áreas pálidas dessa região. 
As lesões ocorrem vagarosamente, por isso os pacientes 
não se dão conta de sua presença. 
Ocorre a perda da delimitação mucosa-pele. 
Acomete todo o lábio inferior. Se a lesão se tornar 
maligna, uma área será atingida em específico 
primariamente. 
O tratamento consiste em biópsias das áreas suspeitas 
de carcinoma, que são áreas endurecidas, espessas e 
com ulceração, e estabilizar a lesão com o uso de 
protetor labial e chapéu, por exemplo. 
Quando não há ulceração, nem uma área mais 
endurecida e espessa que a outra, pode usar o azul de 
toluidina a 1%, que é um corante marcados de 
proliferação epitelial. 
 
 
 
• Aplicação do Azul de toluidina 
1. Ácido acético a 1% para remover detritos e células 
mortas. 
2. Aplicação do azul de toluidina a 1% por 1min. 
3. Aplicar novamente o ácido acético para remover o 
excesso do azul de toluidina. 
4. Biópsia incisional. 
➳Leucoplasia 
A leucoplasia (mancha/placa branca) não pode ser 
caracterizada clinicamente como qualquer outra doença. 
O diagnóstico é feito por 
exclusão (descartar outras 
patologias). 
A causa da leucoplasia 
permanece desconhecida, porém o tabaco parece ser 
um fator importante já que 80% dos pacientes com 
leucoplasia são fumantes. 
É o pré-câncer oral mais comum (85% das lesões pré-
malignas). 
5 a 25% das leucoplasias se transformam em CCE, por 
isso é considerada uma lesão pré-maligna. 
Homens com mais de 50 anos e fumantes formam o 
perfil do paciente com leucoplasia. 
É mais comum na borda lateral da mucosa jugal. 
A leucoplasia se apresenta como placas brancas de 
tamanho, forma e espessura variada. 
O tratamento de escolha é a remoção cirúrgica da lesão. 
A escolha da área de biópsia é semelhante a queilite 
actínica. 
➳Eritoplasia (Eritoplasia de Queyrat) 
Clinicamente se apresenta como uma placa vermelha 
que não pode ser diagnosticada como qualquer outra 
condição. 
Quase todas (90%) exibem 
displasia siginificativa, carcinoma 
in situ ou CCE invasivo. 
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Tem a mesma causa do CCE. 
É uma patologia menos frequente. 
Mais comum em homens. 
O local mais afetado é a borda lateral da língua e soalho 
de boca. 
O diagnóstico é feito por exclusão. 
Aula 8 
Lesões Malignas – CCE 
O câncer de boca é um 
nome genérico para 
tumores malignos 
localizados na cavidade 
oral. Exemplos de outros 
canceres de boca além 
do CCE: melanoma, carcinoma mucoepidermóide, 
linfoma e osteossarcoma. 
Câncer não é a mesma coisa que tumor, pois o tumor 
pode ser benigno ou maligno, e o câncer já é maligno. 
O Carcinoma de Células Escamosas (CCE), também 
recebe outras denominações: Carcinoma Espinocelular e 
Carcinoma Epidermóide. 
94% dos casos de câncer de boca é o CCE. 
O câncer na cavidade oral está em 5° lugar entre os 
homens e em 7° nas mulheres entre os demais canceres. 
O câncer surgirá a partir de uma mutação celular devido 
a agressão do agente etiológico. E para que haja câncer, 
deve haver exposição crônica ao agente etiológico. 
• Etiologias 
- Tabagismo (principal); 
- Álcool; 
- Radiação solar. 
- O álcool sozinho não causa câncer de boca, porém ele 
permeabiliza a mucosa oral potencializando o efeito do 
tabaco. 
- Mais de 80% dos pacientes oncológicos são fumantes. 
 
• Outras Causas 
- Deficiências nutricionais; 
- Vírus oncogênicos (HPV). 
Obs: o HPV-16 pode estar relacionado ao câncer de boca 
e orofaringe. 
Os indivíduos com CCE percebem alguma alteração de 
4 a 8 meses antes de procurar ajuda profissional, já que 
causa pouquíssima sintomatologia. 
O CCE tem uma apresentação clínica variada incluindo a 
exofítica (formadora de massa tumoral), endofítica (com 
ulceração), leucoplásica (em forma de placa bacteriana) 
e eritoplasia (lesão vermelha). Lesão branca, lesão 
vermelha, ferida que não cicatriza e massa tumoral. 
O local mais comum de desenvolvimento do CCE é na 
língua (50%). 
• Outros locais mais comuns 
- Soalho de boca; 
- Palato mole e duro; 
- Gengiva; 
- Mucosa jugal. 
• Metástase 
1°. Linfonodos cervicais profundos e submandibulares; 
2°. Pulmão (a distância). 
• Métodos de Diagnóstico 
1. Biópsia incisional 
- Frasco de boca larga; 
- Formol a 10% (a quantidade deve ser 10x o tamanho da 
biópsia.); 
- Pode usar o azul de toluidina para auxiliar no diagnóstico; 
- Deve mandar um relatório ao patologista descrevendo 
a lesão. 
• Histopatologia do CCE 
Displasia epitelial (diferentes aos normais); 
1. Leve: próximo a membrana basal; 
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2. Moderada: próximo a membrana basal e camadas mais 
acima; 
3. Grave: todas as camadas do epitélio e não atinge o 
conjuntivo. 
Obs: a displasia deve atingir os tecidos adjacentes para 
ser tumor maligno. Se for só displasia, a lesão é benigna. 
• Tratamento 
- Encaminhar para o cirurgião de cabeça e pescoço; 
- Cirurgia radical ou com margem de segurança; 
- Radioterapia. 
• Perfil do Paciente 
- Homens; 
- Fumantes; 
- Alcoolismo; 
- Ferida na boca que não cicatriza; 
- A língua é o local mais comum. 
• Sistema de estadiamento TNM para CCE 
 
FPT: fora de possibilidades terapêuticas. É feito então 
tratamento paliativo. 
 
 
 
 
Aula 9 
Patologias das Glândulas Salivares 
Glândulas Salivares Maiores 
1. Glândula Parótida 
- Localizada na região pré-auricular; 
- Seu ducto desemboca na região de molares superiores 
na papila parotídea; 
- Responsável pela produção de 25% de saliva; 
- A composição da sua saliva é totalmente serosa. 
2. Glândula Submandibular 
- Localizada na região posterior da mandíbula na fóvea 
submandibular.; 
- Seu ducto desemboca ao lado do freio lingual; 
- Responsável pela produção de 70% de saliva; 
- A composição da sua saliva é principalmente serosa e 
parcialmente mucosa. 
3. Glândula Sublingual 
- Localizada na região de soalho de boca; 
- Seu ducto desemboca na região de soalho de boca 
perto dos pré-molares; 
- Responsável pela produção de 5% de saliva; 
- A composição da sua saliva é quase completamente 
mucosa. 
 
 
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Glândulas Salivares Menores 
Existem em média 400 glândulas salivares menores. 
• Localização 
- Região posterior do palato duro; 
- Palato mole; 
- Em todo o lábio superior e inferior; 
- Ventre de língua 
. 
➳Mucocele 
Lesão comum na mucosa oral que se origina a partir da 
ruptura de um ducto de 
alguma glândula salivar 
menor que causa o 
derramamento da saliva para 
o interior dos tecidos 
adjacentes. 
Clinicamente se apresenta como uma lesão em forma 
de cúpula, séssil, assintomática e pode variar de 0,5 a 2 
cm. 
Mais comum entre crianças e adultos jovens. 
O lábio inferior é o local mais comum, seguido do ventre 
de língua. 
O tratamento é a remoção cirúrgica da glândula salivar 
menor e da mucocele. 
Furar a lesão pode auxiliar no diagnóstico. 
 
 
➳Rânula 
A rânula é um fenômeno de 
extravasamento de muco no 
assoalho de boca que envolve os 
ductos da glândula sublingual. 
Se apresenta como um 
significativo aumento unilateral no assoalho de boca que 
aparece com uma colocação azulada. 
É causada por trauma (alimentação, escovação, filme 
radiográfico). 
A saliva grossa da glândula faz com que a lesão tenha 
um aspecto azulado. 
O tratamento é a marsupializaçãoou a remoção cirúrgica 
da glândula sublingual. 
• Marsupialização: abrir em forme de cunha/elipse, 
vazar a saliva e suturar nas periferias da lesão aberta 
(não pode se juntar). Deve fazer a marsupialização 
2x, se não der certo, deve fazer então a remoção 
da glândula. 
➳Sialolitíase 
Os sialolitos são estruturas 
calcificadas que se desenvolvem 
no interior dos ductos salivares. 
Se desenvolvem na maioria das 
vezes no ducto da glândula 
submandibular, principalmente 
devido a sua anatomia (ducto longo e tortuoso). O ducto 
é ascendente, podendo fazer a deposição das 
substâncias pesadas da saliva. 
O relato clássico do paciente é de dor e tumefação 
durante as refeições. 
O melhor exame para se localizar o sialolito é o raio-x 
oclusal da mandíbula. 
O tratamento pode ser expectante ou cirúrgico. 
• Expectante 
- Tomar no mínimo 3L de água por dia; 
- Mascar chiclete; 
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- Orientar uma dieta mais ácida. 
Neoplasias e Tumores 
das Glândulas Salivares 
Benigno 
➳Adenoma Pleomórfico 
É o tumor mais comum das glândulas salivares; 
Ocorre em pessoas com mais de 
20 anos, preferencialmente as 
mulheres; 
A glândula parótida é a 
localização mais comum, se 
apresentando como uma 
tumefação firme de crescimento lento na região anterior 
ao ouvido; 
Na boca o local mais comum é no palato; 
O tratamento consiste na remoção cirúrgica completa já 
que as recidivas não são raras. 
Maligno 
➳Carcinoma Mucoepidermóide 
É o tumor maligno (câncer) 
de glândula salivar mais 
comum; 
As glândulas salivares do 
palato são as mais afetadas 
e a parótida é a glândula 
salivar maior mais envolvida; 
O tumor se apresenta como um aumento de volume de 
crescimento rápido que pode se apresentar com uma 
coloração azulada ou pode estar ulcerado; 
O tratamento é a excisão completa, seguida de 
radioterapia; 
O prognostico é bom; 
O diagnóstico não é clinico, deve fazer biopsia 
Aula 10 
Condições Ulcerativas 
As úlceras são conhecidas popularmente como feridas.. 
É uma classificação de uma condição do paciente. 
Várias doenças podem se manifestar clinicamente como 
úlceras. 
As condições ulcerativas englobam todas as patologias 
que acometem a cavidade oral e se apresentam 
clinicamente como uma úlcera. 
Úlcera X Erosão 
1. Úlcera 
Lesão profunda que acomete o tecido conjuntivo, 
causando dor. Ex: morder a língua. 
 
2. Erosão 
Lesão superficial que causa sensibilidade/ardência. Ex: 
queimar a língua. 
 
➳Úlcera Traumática 
Ferida causada por trauma e 
é a mais comum. 
Pode ser confundida com o 
CCE. 
Pode ser aguda ou crônica. 
• Aguda: desaparece rapidamente (mais ou menos 7 
dias); 
• Crônica: causada por próteses, provisórios, dentes. 
Desaparece quando o agente agressor é removido. 
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Hurian Machado – Odontologia UNIG 
 
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➳Sífilis 
É uma infecção bacteriana 
causada pelo agente 
etiológico Treponema 
pálido. 
O exame feito para 
detectar a sífilis é o VDRL. Mesmo se estiver latente, a 
sífilis pode ser detectada através desse exame. 
O tratamento é feito com benzetacil (encaminhar para o 
infectologista). 
A sífilis pode se tornar latente e se manifestar depois de 
anos. 
• Estágio 1: ferida; 
• Estágio 2: erupção cutânea e corporal; 
• Estágio 3: afeta os órgãos internos causando a morte. 
➳Tuberculose 
Causada pelo agente etiológico 
Micobacterium tuberculose. 
Um dos seus sinais é a tosse 
seca com secreção por mais 
de 3 semanas. 
O teste feito para detecção da tuberculose é o teste do 
escarro e PPD. 
O tratamento é feito com antibióticos associados durante 
6 meses (rifampicina, isoniazida e pirazinamida). 
➳Ulcerações Aftosas Recorrentes 
A causa da afta permanece desconhecida pois existem 
causas diferentes para cada paciente. 
É uma reação autoimune localizada. 
Não ocorrem no palato duro e na gengiva inserida. 
As lesões são assintomáticas. 
• Alguns fatores que parecem estar relacionados 
- Estresse; 
- Predisposição genética; 
- Alergias; 
- Anormalidades no sangue; 
- Influências hormonais; 
- Deficiências nutricionais. 
• Tratamento para as aftas de longos períodos de 
recorrência 
- Omcilon-A – aplicar de 2 a 3x ao dia antes das refeições. 
• Tratamento para as aftas de curtos períodos de 
recorrência 
- Bochecho com corticoide – 3x ao dia por 30 dias. 
• Variações clínicas 
1. Menores (80%): únicas; medem menos de 1cm. 
 
2. Maiores (10%): únicas; medem mais de 1cm; palato mole 
é o local mais comum. 
 
3. Herpertiformes (10%): múltiplas pequenas aftas 
agrupadas. 
 
♡FIM♡ 
Referências bibliográficas 
• Material de apoio cedido pelo professor da disciplina; 
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Hurian Machado – Odontologia UNIG 
 
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• NEVILLE, Brad.	Patologia oral e maxilofacial. Elsevier 
Brasil, 2011. 
 
Recado para você que adquiriu essa apostila: 
Caso tenha alguma dúvida, entre em contato comigo ou 
tire essa dúvida com algum professor. Talvez possa ter 
coisas diferentes da forma que você aprendeu, mas isso 
não quer dizer necessariamente que eu ou você 
estejamos errados. Professores e autores têm diferentes 
pontos de vista as vezes. Essa apostila não pode ser 
vendida por terceiros e nem plagiada. Plágio é crime de 
violação aos direitos autorais no Art. 184. Obrigado e bons 
estudos! 
"#$% 
• E-mail p/ contato: hurianmachado@hotmail.com 
Ah, se por acaso você postar algum story no Instagram 
estudando por essa apostila, me marca para que eu 
reposte :) 
• Instagram: @DOUTOR_SORRISO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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