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See discussions, stats, and author profiles for this publication at: https://www.researchgate.net/publication/335128515
O Alfabeto Grego Clássico: Alguns estudos
introdutórios para iniciantes
Book · March 2014
DOI: 10.29327/5.2433
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1 author:
Some of the authors of this publication are also working on these related projects:
A práxis pedagógica do Jesus histórico View project
Márcio José Cenati
University of Campinas
11 PUBLICATIONS   1 CITATION   
SEE PROFILE
All content following this page was uploaded by Márcio José Cenati on 12 August 2019.
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https://www.researchgate.net/publication/335128515_O_Alfabeto_Grego_Classico_Alguns_estudos_introdutorios_para_iniciantes?enrichId=rgreq-55247dc9b33fff92745e01a9e41071c1-XXX&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzMzNTEyODUxNTtBUzo3OTExNTA3NDMwMTk1MjBAMTU2NTYzNjQ0NDEwNw%3D%3D&el=1_x_2&_esc=publicationCoverPdf
https://www.researchgate.net/publication/335128515_O_Alfabeto_Grego_Classico_Alguns_estudos_introdutorios_para_iniciantes?enrichId=rgreq-55247dc9b33fff92745e01a9e41071c1-XXX&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzMzNTEyODUxNTtBUzo3OTExNTA3NDMwMTk1MjBAMTU2NTYzNjQ0NDEwNw%3D%3D&el=1_x_3&_esc=publicationCoverPdf
https://www.researchgate.net/project/A-praxis-pedagogica-do-Jesus-historico?enrichId=rgreq-55247dc9b33fff92745e01a9e41071c1-XXX&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzMzNTEyODUxNTtBUzo3OTExNTA3NDMwMTk1MjBAMTU2NTYzNjQ0NDEwNw%3D%3D&el=1_x_9&_esc=publicationCoverPdf
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https://www.researchgate.net/profile/Marcio-Cenati?enrichId=rgreq-55247dc9b33fff92745e01a9e41071c1-XXX&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzMzNTEyODUxNTtBUzo3OTExNTA3NDMwMTk1MjBAMTU2NTYzNjQ0NDEwNw%3D%3D&el=1_x_4&_esc=publicationCoverPdf
https://www.researchgate.net/profile/Marcio-Cenati?enrichId=rgreq-55247dc9b33fff92745e01a9e41071c1-XXX&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzMzNTEyODUxNTtBUzo3OTExNTA3NDMwMTk1MjBAMTU2NTYzNjQ0NDEwNw%3D%3D&el=1_x_5&_esc=publicationCoverPdf
https://www.researchgate.net/institution/University_of_Campinas?enrichId=rgreq-55247dc9b33fff92745e01a9e41071c1-XXX&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzMzNTEyODUxNTtBUzo3OTExNTA3NDMwMTk1MjBAMTU2NTYzNjQ0NDEwNw%3D%3D&el=1_x_6&_esc=publicationCoverPdf
https://www.researchgate.net/profile/Marcio-Cenati?enrichId=rgreq-55247dc9b33fff92745e01a9e41071c1-XXX&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzMzNTEyODUxNTtBUzo3OTExNTA3NDMwMTk1MjBAMTU2NTYzNjQ0NDEwNw%3D%3D&el=1_x_7&_esc=publicationCoverPdf
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1 
Márcio José Cenatti 
 
 
 
O AO AO AO ALFABETO LFABETO LFABETO LFABETO 
GREGO CLÁSSICOGREGO CLÁSSICOGREGO CLÁSSICOGREGO CLÁSSICO 
 Alguns estudos introdutórios 
para iniciantes 
 
“O grego vale a pena? Não tivessem os meios de comunicação 
em massa convertido o homem de ser pensante em ser 
‘comprante’, a resposta à nossa pergunta seria autoevidente.” 
(Carl A. P. Ruck) 
 
 
 
São Paulo – 2014 
 
 
 
 
 
2 
Copyright © Márcio José Cenatti 
Projeto gráfico: 
Editora Ixtlan 
Diagramação: 
Márcia Todeschini 
Revisão: 
Daniel Aço 
Sílvia Helena Rodrigues Cenatti 
Capa: 
Editora Ixtlan 
 
 
Cenatti, Márcio José 
O alfabeto grego clássico: alguns estudos introdutórios 
para iniciantes. Editora Ixtlan. - São Paulo - 2014 
ISBN: 978-85-8197-169-8 
1.Língua grega clássica 2.Título 
 CDD 480 
 
 
 
Proibida a reprodução total ou parcial dos textos 
para qualquer fim, sem autorização prévia e por 
escrito do autor. Os infratores serão punidos na 
forma da lei. 
 
 
 
3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedico à Sílvia, minha esposa e 
inspiração para todos os momentos... 
 
 
 
 
 
 
4 
SUMÁRIOSUMÁRIOSUMÁRIOSUMÁRIO 
 
Introdução ................................................................................................ 5 
Um pouco da história do alfabeto e do idioma grego ............................... 9 
O alfabeto grego clássico e sua pronúncia .............................................. 13 
Por que familiarização ao alfabeto grego? ............................................. 20 
Letras isográficas .................................................................................... 23 
Letras isofonéticas .................................................................................. 33 
Letras alográficas .................................................................................... 44 
Informações básicas sobre pontuação .................................................... 53 
Exercícios gerais de familiarização .......................................................... 56 
Exercícios de leitura e pronúncia com pequenas frases .......................... 62 
Conclusão ............................................................................................... 64 
Resolução dos exercícios ........................................................................ 68 
Glossário ................................................................................................ 73 
Bibliografia ............................................................................................. 80 
 
 
 
 
5 
INTRODUÇÃOINTRODUÇÃOINTRODUÇÃOINTRODUÇÃO 
 
finalidade deste livro não é ser um método de ensino 
de grego clássico. Longe disso, trata-se apenas de 
um estudo introdutório ao alfabeto grego com base 
na pronúncia reconstituída. 
Com certa frequência se observa que uma grande parte 
dos métodos de ensino de grego disponíveis no mercado 
acabam dando pouca atenção ao alfabeto grego. Passam muito 
rapidamente pelo alfabeto grego e logo introduzem questões 
gramaticais do tipo: casos, verbos, declinação de substantivos e 
tempos verbais. 
 Considerando que o período inicial de aprendizagem do 
grego é de extrema importância, faz-se necessário realizar uma 
familiarização ao alfabeto a ser aprendido. Ela será 
fundamental para sustentar a aprendizagem futura. Nesse 
sentido, esta pequena obra tem por objetivo tentar suprir tal 
deficiência inicial no aprendizado do grego clássico – ainda 
mais para as pessoas que buscam aprendê-lo de forma 
autodidata. 
 O método de familiarização que se propõe aqui parte da 
ideia de que o estudante já sabe grego sem nunca ter estudado a 
língua. Sim, como a língua portuguesa herdou uma grande 
quantidade de radicais gregos, falamos grego sem sequer 
termos a consciência disso. 
A 
6 
 No momento inicial é que as pessoas devem se encantar 
pela aprendizagem. O ser humano sente-se estimulado a 
aprender quando constata que já conhece um pouco daquilo 
que está sendo ensinado. 
 Assim, procurando desenvolver a familiarização do 
aprendente com o alfabeto grego, tentaremos entusiasmá-lo a 
lançar fora os preconceitos e ideias do tipo: “grego é muito 
difícil”, “parece que as letras estão de cabeça para baixo”, “não 
sou bom para aprender idiomas”. 
Este pequeno estudo introdutório dará destaque ao 
alfabeto grego. Realizará análises comparativas com o alfabeto 
português no intuito de estabelecer uma razoável aprendizagem 
inicial para que os interessados em continuar a se aprofundar 
no estudo do grego clássico consigam, pelo menos, decodificar 
as letras gregas, lê-las e pronunciá-las. Portanto, não se trata de 
saber interpretar o significado daquilo que se está lendo e sim 
saber decodificar, ler e pronunciar aquilo que está sendo lido. 
Como dissemos anteriormente, o estudo presente não é um 
método de aprendizagem de grego clássico; é apenas uma 
ferramenta inicial que poderá abrir caminho para o 
aprofundamento do assunto com os bons métodos de grego 
clássicoexistentes no mercado. 
No primeiro capítulo procuramos descrever um pouco 
sobre a origem do alfabeto grego e a evolução do idioma grego 
no decorrer da História. Em seguida, apresentamos uma tabela 
com as letras gregas e suas correspondentes no alfabeto 
português, bem como uma tabela com os ditongos do grego 
clássico. Nesse segundo capítulo começamos a esclarecer os 
7 
primeiros aspectos da pronúncia reconstituída de cada letra 
grega. Já o terceiro capítulo ficou dedicado à exposição das 
razões do método que utilizamos e ao significado do termo 
familiarização ao alfabeto grego. 
Para este estudo dividimos suas letras em três 
categorias: Isográficas, Isofonéticas e Alográficas. São 
respectivamente o quarto, o quinto e o sexto capítulos. Além 
das análises comparativas entre as letras do alfabeto português 
e o alfabeto grego, serão retomados os detalhes das pronúncias, 
propostos exercícios de aquecimento e exercícios de fixação e 
aprendizagem. Todos os exercícios contam com sua devida 
resolução no final do livro. 
 O sétimo capítulo elenca alguns aspectos importantes 
quanto à pontuação no idioma grego. No oitavo capítulo 
apresentamos uma série de exercícios gerais de familiarização 
que incluem a transliteração, a correspondência, a leitura e a 
pronúncia de palavras gregas que possuem estreita relação com 
palavras da língua portuguesa. 
 
Exercícios de leitura e pronúncia com pequenas frases é 
a proposta do nono capítulo. As pequenas frases vêm 
acompanhadas de tradução e com pronúncias figuradas. 
 
Por fim, logo em seguida, realizamos a conclusão deste 
estudo introdutório ao alfabeto grego lançando um pequeno 
glossário (Grego – Português) com todas as palavras gregas 
utilizadas neste livro, bem como outras que entendemos 
interessantes no contexto do estudo. 
 
8 
Assim, acreditamos ser bem provável que esta pequena 
obra possa ajudar em muito aqueles que desejam ter um 
primeiro contato com o grego clássico ou, até mesmo, o grego 
comum (koinê). Após isso, quiçá poderão iniciar um estudo 
mais sério e aprofundado usando os ótimos métodos 
disponíveis no mercado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 1 
Um pouco da hiUm pouco da hiUm pouco da hiUm pouco da história do stória do stória do stória do alfabetoalfabetoalfabetoalfabeto 
e do idiomae do idiomae do idiomae do idioma gregogregogregogrego 
 
Estudiosos modernos entendem que o alfabeto grego 
deriva basicamente do alfabeto fenício – a Fenícia corresponde 
à região do atual Líbano –, tendo sido introduzido na Grécia 
provavelmente por mercadores. O alfabeto grego surgiu em 
meados do século VIII a.E.C.1, alguns séculos depois da queda 
da civilização Micênica e do consequente abandono de sua 
escrita Linear B, um dos primeiros sistemas de escrita gregos. 
O alfabeto grego, composto por 24 letras, aparece então 
após a denominada Idade das Trevas grega, ou seja, o período 
entre o fim de Micenas (cerca de 1200 a.E.C.) e a ascensão da 
Grécia Antiga – que começa com o surgimento dos épicos 
poemas Ilíada e Odisseia, tradicionalmente atribuídos a 
Homero, cerca de 800 a.E.C. Sua mudança mais notável, como 
uma adaptação do alfabeto fenício, é a introdução das vogais. 
Os idiomas são sabidamente dinâmicos, o que não 
podia ser diferente com o idioma grego. Assim, é verificável no 
decorrer da História a evolução do idioma grego desde a sua 
origem até os dias atuais. 
 
1 Antes da era Comum, ou seja, a.C. (antes de Cristo). 
10 
É historicamente possível classificar a evolução do 
idioma grego por períodos assim denominados: 
 1) Clássico: compreendido entre 900 a.E.C. a 330 
a.E.C. Nesse período, o dialeto ático (grego) falado na região 
de Atenas acabou predominando e se tornando a forma padrão 
do idioma. Os dramaturgos Ésquilo, Sófocles, Eurípides e 
Aristófanes, bem como os filósofos Platão e Aristóteles, todos 
utilizaram o grego ático em suas obras. Trata-se, portanto, do 
mais estudado nos cursos de grego antigo. 
 2) Comum ou Koinê: compreendido entre 330 a.E.C. 
até 330 da E.C. Tem início com a expansão do Império 
Macedônico de Alexandre Magno, que acabou por difundir o 
idioma e a cultura grega por todos os territórios por ele 
conquistados – sobretudo no Oriente e até mesmo em parte da 
Índia. Aos poucos, uma nova forma de civilização surgiu, a 
chamada de helenística, com predominância do idioma grego. 
Os grandes centros da cultura helenística eram as cidades de 
Alexandria, Pérgamo e Antioquia. Mesmo com a posterior 
dominação romana, o grego comum continuou a ser usado por 
toda a parte oriental do Império Romano como uma espécie de 
língua franca2, sendo provavelmente mais importante em sua 
época do que o inglês é hoje como língua universal. Cabe ainda 
citar que, ao contrário do que muitas pessoas pensam, todo o 
Novo Testamento foi escrito em grego comum (koinê), 
 
2 Língua franca é uma expressão latina para língua de contato ou língua de 
relação resultante do contato e comunicação entre grupos ou membros de 
grupos linguisticamente distintos para o comércio internacional e outras 
interações. 
11 
havendo na atualidade uma boa demanda pela aprendizagem 
dessa evolução do grego clássico para fins de exegese bíblica e 
outros estudos relacionados aos Evangelhos. 
 3) Bizantino: Em 330 da Era Comum3, o imperador 
romano Constantino transferiu a capital romana para Bizâncio, 
denominando-a de Constantinopla – hoje Istambul, na Turquia. 
O grego usual naquela região já era o grego bizantino, uma 
evolução do grego comum (koinê). O fim desse período está 
associado à queda de Constantinopla em 1453 para o Império 
Otomano. O grego bizantino foi utilizado nas cópias de muitos 
escritos do Novo Testamento e é ainda utilizado na liturgia da 
Igreja Católica Bizantina Grega. 
4) Moderno ou Romaico: é o grego falado hoje na 
Grécia e no Chipre. Difere um pouco do grego clássico, 
principalmente no que se refere à pronúncia. 
Considerando-se a linha evolutiva do idioma grego, 
pode-se observar que o grego clássico se encontra num ponto 
privilegiado, isto é, está situado dentro do período de 
consolidação e auge da cultura grega antiga. Assim, conclui-se 
que uma das relevâncias do estudo do grego é proporcionar 
oportunidades de acesso à leitura e entendimento não só do 
grego clássico propriamente, mas dar embasamento teórico 
para o estudo do grego comum (koinê), bizantino e até mesmo 
o grego moderno. 
 
3 E.C., ou seja, d.C. (depois de Cristo). 
12 
Esta pequena obra não tem a pretensão de ser um 
método de grego clássico, porém uma ferramenta inicial para 
contato com o mais básico do grego que é o seu alfabeto, 
pronúncia e transliteração (algo que fica a desejar na maioria 
dos métodos modernos, que infelizmente dão uma atenção 
mínima para o alfabeto). Cabe destacar que o conhecimento do 
grego clássico é de grande importância aos estudiosos e 
interessados na análise de documentos antigos, bem como na 
paleografia, na melhoria da hermenêutica dos textos filosóficos 
e na exegese dos textos bíblicos. 
Por isso que dominar bem o alfabeto, sua pronúncia e 
transliteração é fundamental ao iniciante, sobretudo se não 
tiver uma facilidade peculiar na aprendizagem de outro idioma. 
É provável que a obra presente possa ajudar muito 
aqueles que desejam ter um primeiro contato com o grego 
clássico e até mesmo com o grego comum (koinê), a fim de 
posteriormente iniciar um estudo mais sério e aprofundado 
usando os ótimos métodos disponíveis no mercado. 
 
 
 
 
 
 
 
13 
 2 
O alfabeto grego clássicoO alfabeto grego clássicoO alfabeto grego clássicoO alfabeto grego clássico e sue sue sue sua pronúnciaa pronúnciaa pronúnciaa pronúncia 
 
Não se sabe com precisão como as letras gregas eram 
pronunciadas na Antiguidade. Um erudito doséculo XVI 
chamado Erasmo de Rotterdam propôs uma pronúncia para 
facilitar o aprendizado do grego. Ela ficou conhecida por 
pronúncia erasmiana e é utilizada até hoje. 
 Contudo, os estudiosos de fonética desenvolveram a 
chamada pronúncia reconstituída do grego, sendo esta a mais 
utilizada nos meios acadêmicos na atualidade. Com base em 
evidências históricas e científicas ela procura se aproximar ao 
máximo da pronúncia original. Com certeza, dentro de alguns 
anos ela vai conseguir universalizar o aprendizado do grego 
clássico e a pronúncia erasmiana cairá em desuso definitivo na 
aprendizagem deste tipo de grego antigo. 
 Assim, utilizaremos aqui a pronúncia reconstituída para 
nos alinharmos à atual tendência acadêmica do estudo do grego 
clássico. 
 Para uma visão panorâmica do alfabeto grego, 
disponibilizamos adiante uma tabela com as letras maiúsculas e 
minúsculas4, pronúncia e transliteração.5 
 
4 Originalmente, o grego clássico possuía apenas letras maiúsculas. As 
letras minúsculas foram introduzidas no século IX por escribas que faziam 
14 
 
cópias do Novo Testamento com a finalidade de diminuir o tamanho dos 
volumes, agilizar e baratear a produção dos mesmos. 
5 Transliterar é transcrever a escrita de um alfabeto para outro. No caso 
presente, do grego clássico para a língua portuguesa e vice-versa. 
Letras 
maiúsculas, 
minúsculas e o 
nome 
 
Pronúncia 
 
Trans. 
Α α 
Alfa 
 
‘ a ’ como em ‘altar’ 
 
a 
Β β 
Beta 
 
‘ b ’ como em ‘bela’ 
 
b 
Γ γ 
Gama 
 
‘ g ’ como em ‘gato’ 
 
g 
∆ δ 
Delta 
 
‘ d ’ como em ‘data’ 
 
D 
 
15 
Ε ε 
épsilon 
 
‘ e ’ como em ‘ema’ 
 
e 
Ζ ζ 
Zeta 
 
‘ sd ’ como em ‘desde’ 
 
z 
Η η 
Eta 
 
‘ e ’ como em ‘café’ 
 
e 
Θ θ 
Theta 
 
‘ th ’ como to think, verbo pensar 
em inglês 
 
th 
Ι ι 
Iota 
 
‘ i ’ como em ‘mina’ 
 
i 
Κ κ 
Kapa 
 
‘ k ’ como em ‘Karina’ ou ‘capa’ 
 
c 
Λ λ 
lambda 
 
‘ l ’ como em ‘luz’ 
 
L 
 
 
16 
 
6 Esta grafia do sigma minúsculo é utilizada somente no final de palavras 
gregas e nunca no meio das palavras. 
Μ µ 
Mi 
 
‘ m ’ como em ‘microfone’ 
 
m 
Ν ν 
Ni 
 
‘ n ’ como em ‘nada’ 
 
n 
Ξ ξ 
Ksi 
 
‘ x ’ como em ‘táxi’ 
 
x 
Ο ο 
ômicron 
 
‘ o ’ como em ‘ovo’ 
 
o 
Π π 
PI 
 
‘ p ’ como em ‘pilha’ 
 
p 
Ρ ρ 
Rô 
 
‘ r ’ como em ‘caro’ 
 
r 
Σ σ ς6 
Sigma 
 
‘ ss ’ como em ‘passagem’ 
 
s 
17 
 
Τ τ 
Tau 
 
‘ t ’ como ‘tatu’, mas nunca como 
‘time’ ou ‘tia’ 
 
t 
Υ υ 
ípsilon 
 
‘ ü ’ como em ‘Müller’, o ‘u’ 
pronunciado com os lábios 
arredondados 
 
u / y 
Φ φ 
Phi 
 
‘ f ’ como em ‘filosofia’ 
 
ph 
Χ χ 
Qui 
 
‘qui’ como em ‘máquina’ 
 
ch 
Ψ ψ 
psi 
 
‘ psi ’ como em ‘psicólogo’ 
 
ps 
Ω ω 
ômega 
 
‘ o ’ como em ‘sola’ 
 
o 
18 
A seguir, uma tabela com os ditongos7 e suas 
respectivas pronúncias: 
 
DITONGOS DO GREGO CLÁSSICO 
 
 
DITONGOS 
Letras maiúsculas 
e minúsculas 
 
PRONÚNCIA 
ΑΙ αι ‘ai’ como em “pai” 
ΑΥ αυ ‘au’ como em “mau” 
ΟΙ οι ‘oi’ como em “jiboia” 
ΕΥ ευ ‘eu’ como em “véu” 
ΟΥ ου u como em “luva” 
 
Até aqui adotamos o mesmo esquema apresentado na 
maioria dos métodos de grego antigo. Porém, daqui em diante 
 
7 De forma simplória, vamos definir o ditongo como sendo o encontro de 
duas vogais na mesma sílaba. Por exemplo: paixão, saudade, jiboia, céu. 
19 
iniciaremos o processo de familiarização ao alfabeto grego8 
voltado aos falantes de língua portuguesa. 
Como dissemos anteriormente, não é o objetivo desta 
pequena introdução ao alfabeto grego clássico ser exatamente 
um método de ensino de grego antigo. Portanto, não iremos nos 
aprofundar sobre questões mais complexas como as 
declinações e tempos verbais. Deteremo-nos apenas às letras, 
sua pronúncia, sua transliteração e leitura básica de palavras. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 Doravante, sempre que nos referirmos à pronúncia do “alfabeto grego” 
estaremos relacionando este termo ao “alfabeto grego clássico” no que diz 
respeito apenas à pronúncia reconstituída e não às pronúncias erasmiana ou 
moderna. 
20 
 3 
Por que Por que Por que Por que familiarizaçãofamiliarizaçãofamiliarizaçãofamiliarização aaaao alfabeto grego?o alfabeto grego?o alfabeto grego?o alfabeto grego? 
 
 Com dedicação e estudos diários, pelo menos meia hora 
por dia e um bom método de grego clássico, é bem provável 
que você irá conseguir aprendê-lo. Mas para o falante de língua 
portuguesa, que no caso utiliza o alfabeto latino, é necessário 
dedicar razoável atenção durante o período inicial de 
aprendizagem. Observamos que mesmo os bons métodos 
disponíveis no mercado introduzem muito rapidamente o 
alfabeto grego e logo passam às questões gramaticais, tais 
como casos, verbos, declinação de substantivos e tempos 
verbais – o que acaba por desmotivar as pessoas que se 
propõem a estudar o grego, principalmente de forma 
autodidata. 
 Considerando que o período inicial de aprendizagem do 
grego é de extrema importância, faz-se necessário realizar uma 
familiarização ao alfabeto a ser aprendido. Ela será 
fundamental para sustentar a aprendizagem futura. Nesse 
sentido, esta pequena obra tem por objetivo tentar suprir tal 
deficiência inicial do aprendizado do grego clássico. 
 O método de familiarização que se propõe aqui parte da 
ideia de que o estudante já sabe grego sem nunca tê-lo 
estudado. Sim, a língua portuguesa herdou uma grande 
quantidade de radicais gregos de forma que falamos grego sem 
mesmo ter consciência disso. 
21 
 Nesse momento inicial é quando as pessoas devem se 
encantar pela aprendizagem. O ser humano sente-se estimulado 
a aprender quando constata que já conhece um pouco daquilo 
que esta sendo ensinado. 
 Assim, ao procurar desenvolver a familiarização do 
aprendente com o alfabeto grego, tentaremos entusiasmá-lo a 
lançar fora os preconceitos e ideias do tipo: “grego é muito 
difícil”, “parece que as letras estão de cabeça para baixo”, “não 
sou bom para aprender idiomas”. 
 O ponto inicial de familiarização ao alfabeto grego 
sempre será o alfabeto da língua portuguesa. Ou seja, segue de 
forma geral em sentido contrário à maioria dos métodos de 
aprendizagem da língua grega. Por isso, dividiremos o alfabeto 
grego em três categorias de letras: isográficas, isofonéticas e 
alográficas. Iniciaremos o estudo pelas isográficas, isto é, 
aquelas que têm a escrita e a pronúncia muito semelhantes às 
do alfabeto português. 
A proposta de aprendizagem se dará, dessa maneira, 
pelos seguintes motivos: 
a) O aprendente não deve sentir que um idioma externo 
está se impondo ao seu idioma materno. Quando se parte do 
idioma materno para o idioma externo, a percepção é de 
receptividade e não de imposição. Geralmente as pessoas têm 
uma “natural” predisposição contra aquilo que é imposto, do 
que vem de fora. 
b) O aprendente precisa ser estimulado a acreditar que 
já sabe parte daquilo que vai ser ensinado, pois isso pode ser 
22 
útil para prender sua atenção já que ele se sentirá apto a tentar 
deduzir o que está sendo ensinado. 
c) É fácil associar uma letra do alfabeto português que 
se conhece a uma letra do alfabeto grego e vice-versa. 
No próximo capítulo entraremos propriamente na 
análise e familiarização ao alfabeto grego. Como dissemos, 
durante o processo dividiremos as letras do alfabeto grego em 
três grupos: letras isográficas, isofonéticas e alográficas. 
Portanto, não seguiremos o alfabeto em sua ordem lógica, mas 
iniciaremos a análise a partir destes grupos trabalhando as 
semelhanças e asdiferenças entre as letras utilizadas nos 
alfabetos grego e da língua portuguesa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
23 
 4 
Letras isográficasLetras isográficasLetras isográficasLetras isográficas 
 
 Um terço do alfabeto grego é composto por letras 
isográficas. Classificaremos para fins deste estudo as letras 
isográficas como sendo aquelas que apresentam a escrita e a 
pronúncia muito semelhantes ao alfabeto da língua portuguesa. 
São oito letras: 
Α α (alfa) Β β (beta) Ε ε (épsilon) Ι ι (iota) 
Κ κ (capa) Μ µ (Mi) Ο ο (ômicron) Τ τ (tau) 
 Analisando essas letras, podemos considerar que você 
já está em vantagem no aprendizado, pois sabe pelo menos um 
terço do alfabeto grego – uma vez que estas letras gregas são 
muito semelhantes ao alfabeto português tanto na escrita 
quanto na pronúncia. Agora vamos analisar cada uma delas 
perpassando suas características e peculiaridades, marcantes ou 
não, no que diz respeito à escrita e à pronúncia, bem como 
outros aspectos que as envolvem. Traçaremos sempre uma 
relação de proximidade entre a letra grega e a letra 
correspondente ao alfabeto português. Vejamos então: 
(Alfa) 
Α α 
 A letra alfa (Α α) é a primeira letra do alfabeto grego e 
corresponde à primeira letra do alfabeto português, ou seja, 
24 
letra ‘A a’. Observe como a grafia da letra alfa é semelhante à 
da letra ‘a’, ainda mais se considerarmos sua escrita cursiva. 
Observe: letra a (cursiva) = letra ‘α’ – alfa minúscula. 
 A letra alfa faz parte das sete vogais do grego clássico. 
Existem situações em que será pronunciada de forma breve 
como em ‘casa’ ou de forma longa como em ‘mar’ 9. Por 
enquanto é necessário saber que ela será longa quando receber 
acento, o qual pode ser grafado como um til ou acento 
circunflexo (ᾶ â). 
 Outro aspecto que precisa ser mencionado é a questão 
do iota (ι). O iota é o correspondente à letra ‘i’ de nosso 
idioma. Você observará muitas vezes que ele pode acompanhar 
a letra alfa dos seguintes modos: 
(ᾳ) = alfa minúsculo com iota subscrito, isto é, escrito 
embaixo; 
(Αι) = alfa maiúsculo com iota adscrito, isto é, escrito do lado 
direito. 
 Nos dois casos o iota é levemente pronunciado. 
 Antes de continuarmos, é importante esclarecer a 
respeito de sinais que acompanham as palavras gregas iniciadas 
por vogais. Esses sinais são chamados de aspiração ou 
espíritos. Todas as palavras gregas que iniciam por vogal ou 
ditongo recebem o sinal de aspiração. 
Por exemplo: 
 
9 Não nos aprofundaremos nas questões de acentuação. Basta sabermos que 
as palavras gregas recebem três tipos de acento, apenas para indicar a sílaba 
tônica. São eles: acento agudo ´, acento grave `, e circunflexo, com as 
seguintes grafias: ^ ~ . 
25 
A palavra ἀγάπη, que se pronuncia agápe e significa 
amor, demonstra o sinal de aspiração na letra alfa inicial ἀ. 
Existem dois tipos de aspirações: 
A aspiração branda, que não afeta a pronúncia como 
no exemplo da palavra ἀγάπη, e a aspiração rude10, que 
acrescenta à vogal um som equivalente ao ‘r’ da língua 
portuguesa. Por exemplo: 
ὁδός, que se pronuncia rodós e significa caminho. 
Observe o sinal de aspiração rude na vogal inicial ὁ. 
Quando a palavra iniciar por ditongo, o sinal de 
aspiração é colocado sobre a segunda vogal. 
Por exemplo: 
οὐρανός lê-se uranos, e significa céu. Verifique que o 
sinal de aspiração recaiu sobre a segunda vogal, o ípsilon οὐ. 
No caso da palavra iniciar com letra maiúscula, o sinal 
de aspiração será colocado antes da mesma. Por exemplo: 
Ἰσραήλ lê-se Israel. Verifique, no começo da palavra, o 
sinal de aspiração branda do lado esquerdo do iota maiúsculo 
Ἰ. 
Das sete vogais que o alfabeto grego possui, o ípsilon Υ 
υ é a única que sempre receberá o sinal de aspiração rude, as 
outras poderão receber tanto o sinal de aspiração branda 
quanto de aspiração rude. 
 
10 Alguns estudiosos denominam a aspiração rude também por aspiração 
áspera ou forte. Outros utilizam a palavra espírito em lugar de aspiração, 
ficando então a denominação espírito rude ou espírito áspero ou, ainda, 
espírito forte. 
26 
Por fim, ainda quanto ao sinal de aspiração podemos 
esclarecer que, quando uma palavra inicia com a letra Rô (Ρ ρ), 
sempre recebe o sinal de aspiração rude. Por exemplo: 
Ῥουβήν é o nome próprio Rubem e lê-se Rubén; 
ῥαββί lê-se rabi e significa rabino, mestre. No primeiro 
exemplo, observe o sinal de aspiração rude ao lado da letra Rô 
maiúscula; no segundo, o sinal está sobre a letra Rô minúscula. 
 
(Beta) 
Β β 
 A letra beta (Β β) é a segunda do alfabeto grego e 
corresponde à segunda letra do alfabeto português, isto é, ao ‘B 
b’. Observe a semelhança entre a letra grega com a letra ‘B’ de 
nosso idioma. Quando se olha a letra beta em grego é quase 
que automático associar sua escrita e respectiva pronúncia à 
letra ‘B’ de nosso alfabeto, seja ela escrita em maiúscula ou 
minúscula. Portanto, ela é muito fácil de memorizar tanto na 
grafia quanto na pronúncia. Seu som será sempre ‘b’ como em 
“bela”. 
 
(Épsilon) 
Ε ε 
A letra épsilon (Ε ε) é a quinta letra na sequência lógica 
do alfabeto grego e corresponde à quinta letra do alfabeto 
português, isto é, à letra ‘E e’. Sua semelhança com a letra ‘E 
e’ de nosso alfabeto também não deixa dúvida na hora da 
leitura em grego. Cabe relembrar que embora a sua pronúncia 
seja igual à letra ‘e’ de nosso alfabeto, trata-se de um ‘e’ 
pronunciado de forma breve como em “ema”. 
 
27 
(Iota) 
Ι ι 
 A letra iota (Ι ι) é a nona letra do alfabeto grego como o 
é a letra ‘I i’ no alfabeto português. O iota é uma das letras em 
que as semelhanças de escrita e pronúncia são muito evidentes 
entre os dois alfabetos. A pronúncia do iota pode ser breve, 
como em “vida”, ou ainda longo, como em “mina”. Como o 
iota é uma vogal, ela recebe os sinais de aspiração. Veja os 
exemplos de sinal de aspiração rude e branda: 
 Ἱερόν => pronuncia-se rierôn e significa templo ou 
santuário. 
 Observe o sinal de aspiração rude na mesma palavra, 
mas desta vez iniciando com minúscula: 
 ἱερόν . 
 Agora um exemplo com o sinal de aspiração branda, 
iniciando a palavra com letras maiúsculas e minúsculas: 
 Ἰσχυρός / ἰσχυρός => pronuncia-se isquirôs e significa 
forte, poderoso. 
 
(Kapa) 
Κ κ 
 A letra kapa (Κ κ) é a décima letra do alfabeto grego e 
corresponde à letra ‘K k’, a décima primeira do alfabeto 
português. O Acordo Ortográfico de 1990 entre os países de 
língua portuguesa resgatou a letra ‘K k’ no alfabeto português, 
sem contudo restaurar o seu uso prévio – que continuará 
restrito às abreviaturas, às palavras com origem estrangeira e 
seus derivados. Por exemplo: Km (quilômetro), karatê, 
kantiano. Portanto, é mais interessante associar a letra kapa (Κ 
28 
κ) à pronúncia de ‘C’ + ‘A’ = ‘CA’ – como em “casa” e 
“carro”. 
 
(Mi) 
Μ µ 
 A letra mi (Μ µ) é a décima segunda letra do alfabeto 
grego e corresponde à décima terceira letra do alfabeto 
português, ou seja, ‘M m’. Observando a letra mi (Μ µ), pode-
se verificar sua semelhança com a letra ‘M’ de forma clara. 
Ainda escrita com a letra minúscula, também será fácil associar 
o ‘µ’ com a letra ‘m’. O som da pronúncia de mi ‘Μ µ’ é 
equivalente ao ‘M m’, como em “microfone” e “mito”. 
 
(Ômicron) 
Ο ο 
O ômicron (Ο ο) é a décima quinta letra do alfabeto 
grego e corresponde à décima quinta letra do alfabeto 
português. Sua semelhança com a letra ‘O o’ é indiscutível. 
Porém, o seu som do ponto de vista fonético sempre será breve 
e fechado como, por exemplo, em “fogo”. O ômicron é uma 
vogal, portanto recebe os sinais de aspiração. Nos exemplos 
abaixo vamos acrescentar mais informações além daquelas já 
vistas na vogal alfa. Veja os exemplos de sinal de aspiração 
rude e branda: 
 Ὁδός => pronuncia-se rodôs e significa estrada, 
caminho. 
 Observe o sinal de aspiração rude na mesma palavra,mas desta vez iniciando com minúscula: 
 ὁδός . 
29 
 Agora um exemplo com o sinal de aspiração branda 
iniciando a palavra com letras maiúsculas e minúsculas: 
 Ὀλίγος / ὀλίγος => pronuncia-se olígos e significa 
pouco, pequeno. 
 
(Tau) 
Τ τ 
 O tau (Τ τ) é a décima nona letra do alfabeto grego e 
tem sua correspondência com a vigésima letra do alfabeto 
português: o ‘T t’. Sua pronúncia sempre será como em “tatu” 
ou “tábua”, mas nunca chiado como em “tio” ou “time”. 
 Com o tau fechamos o conjunto das letras isográficas, 
isto é, as letras do alfabeto grego que têm uma aproximação de 
semelhança muito perceptível em relação às letras utilizadas no 
alfabeto da língua portuguesa. Dessa forma, sem muito esforço 
o aprendente já é capaz de identificar tais letras em palavras 
escritas em grego. 
 Contudo, para que haja uma fixação maior das letras 
isográficas, sugerimos que alguns exercícios sejam feitos antes 
de se passar para o capítulo das letras isofonéticas. 
 
Nota sobre os exercícios 
 
 Antes de iniciarmos os exercícios, gostaríamos de 
sugerir uma rotina de “aquecimento” que deverá ser feita antes 
dos mesmos. 
 Você deve providenciar um caderno ou folhas pautadas 
à parte onde possa praticar tanto os “aquecimentos” quanto os 
exercícios propostos. 
30 
 É importante lembrar que todo estudo deve ser 
desenvolvido dentro de uma rotina e de um horário. Para o 
estudo do alfabeto grego não é diferente. Assim, você deve 
dedicar-se escolhendo o horário que mais lhe favorece ou lhe 
agrada e sempre ter em mente que é mais proveitoso estudar 
meia hora por dia do que quatro horas num dia da semana. 
 Se você optar por estudar regularmente, mesmo que 
seja meia hora por dia, em pouco tempo você estará colhendo 
os resultados, isto é, estará dominando o alfabeto grego com 
segurança e isso lhe assegurará estar pronto para prosseguir nos 
estudos do grego clássico – se tal for seu interesse. Mas 
lembre-se: não há mágica! É necessário se empenhar em uma 
rotina de estudos. 
 
Exercício de aquecimento 
 
 Para o exercício de aquecimento propomos que se tome 
uma folha pautada à parte ou um caderno e, antes de realizar os 
exercícios, copie cinco vezes o alfabeto grego. Em uma linha 
escreva as letras maiúsculas e, na linha debaixo, as minúsculas. 
Veja o exemplo: 
 
Α Β Γ ∆ Ε Ζ Η Θ Ι Κ Λ Μ Ν Ξ Ο Π Ρ Σ Τ Υ Φ Χ Ψ Ω 
α β γ δ ε ζ η θ ι κ λ µ ν ξ ο π ρ σ/ς τ υ φ χ ψ ω 
 
Conforme você for escrevendo cada letra, repita 
mentalmente o nome da mesma. Consulte a tabela com o nome 
da letra caso não consiga lembrá-la. Não tenha pressa, faça 
tudo devagar e a seu devido tempo. 
 
31 
Exercício 1 
 
a) Relembre os nomes e a pronúncia das letras 
isográficas abaixo: 
 (Α α Β β Ε ε Ι ι Κ κ Μ µ Ο ο Τ τ) 
Agora, sem olhar a tabela, veja o exemplo e responda: 
 
b) Quais as letras do alfabeto grego (pertencentes ao 
grupo das isográficas) podemos relacionar com as letras do 
alfabeto português? 
 
Ex.: 
 
A a: Α α B b: Β β 
 
T t : ____ O o: ____ M m: ____ 
K k:____ I i: ____ E e:_____ 
 
Exercício 2 
 Identifique somente as letras isográficas das palavras: 
filosofia, hipopótamo, Sócrates, Selene, micro, bárbaro e 
drama, conforme o exemplo ‘a’. 
a) φιλοσοφια = (ι) iota; (ο) ômicron; (α) alfa 
b) ἱπποποταµος = __________________________ 
c) Σωκράτης = _____________________________ 
32 
d) Σελήνη = _______________________________ 
e) µικρο = ________________________________ 
f) βάρβαρος = _____________________________ 
g) δρᾶµα =________________________________ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
33 
5 
Letras isofonéticasLetras isofonéticasLetras isofonéticasLetras isofonéticas 
 
 Um terço do alfabeto grego é composto por letras 
isofonéticas. Classificaremos aqui letras isofonéticas como 
sendo as letras gregas cuja pronúncia é semelhante à do 
alfabeto português, mas a escrita é diferente. São elas: 
Γ γ (gama) ∆ δ (delta) Η η (eta) Λ λ (lambda) 
Π π (pi) Ρ ρ (rô) Σ σ ς (sigma) Ω ω (ômega) 
 
(Gama) 
Γ γ 
 O gama (Γ γ) é a terceira letra do alfabeto grego. Ela 
corresponde à sétima letra do alfabeto português, isto é, ao ‘G 
g’. Sua pronúncia é semelhante ao ‘g’ como em “gato”. Porém, 
antes de Κ κ (kapa), Ξ ξ (ksi), Χ χ (qui) e Γ γ (gama) a 
pronúncia será ‘ng’ – como em manga e manguezal. 
Por exemplo: 
 ἄγγελος = pronuncia-se ánguelos e não águelos, e 
significa anjo. Obseve que o primeiro gama tem o som de “n”, 
como em manga. 
 ἄγκυρα = pronuncia-se ánkira e significa âncora. 
Verifique que a pronúncia do gama tem o som de “n”. 
34 
 ἐγχρίω = pronuncia-se encrío (com o o final aberto 
‘ó’), e significa ungir. Observe também que o gama fica com o 
som de “n”, semelhante a incrível. 
 σάλπιγξ = pronuncia-se sálpincs e pode significar 
corneta ou trombeta. Veja que o gama também assume valor de 
“n”. 
Como curiosidade, vale notar que a grafia da letra gama 
minúscula lembra um pouco a grafia da letra ‘g’ cursiva do 
alfabeto português. Compare: γ g . 
Como informação adicional, destacamos que 
consoantes duplas como ττ (tau-tau) e λλ (lambda-lambda) 
devem ser pronunciadas como se fossem uma consoante 
apenas. 
(Delta) 
∆ δ 
 O delta (∆ δ) é a quarta letra do alfabeto grego e 
corresponde à letra ‘D d’, que é a quarta letra do alfabeto 
português. Sua pronúncia é sempre como em “dado”, nunca 
chiado como em “dia”. Quem se interessava pelas aulas de 
matemática deve ter conhecido o ∆ da discriminante da 
fórmula de Bháskara (∆ = b2-4ac). O δ minúsculo possui uma 
grafia semelhante ao ‘d’ do alfabeto português, portanto será 
fácil associa-lo à escrita e à pronúncia. 
(Eta) 
Η η 
35 
A letra eta (Η η) é a sétima letra do alfabeto grego e 
corresponde à quinta letra do alfabeto português. Porém, sua 
pronúncia é como em “leve”, “café”, ou seja, um ‘e’ aberto e 
longo diferente da letra épsilon (Ε ε) – cuja pronúncia é breve 
como em “ema”. A letra eta (Η η) é uma das sete vogais do 
alfabeto grego. Veja-as em letras maiúsculas e minúsculas: (Α 
α, Ε ε, Ι ι, Ο ο, Υ υ, Η η, Ω ω). 
A letra eta (Η η) merece atenção especial uma vez que, 
embora sua pronúncia seja próxima à do alfabeto português, 
sua grafia é diferente e é facilmente confundida com as letras 
‘H’ e ‘n’. 
É importante ter em mente que não existe letra ‘H’ no 
alfabeto grego. Dessa forma, com um pouco de treino, ao se 
deparar com eta (Η) em alguma palavra grega já será fácil 
descartá-la como ‘H’ e atribuir-lhe a pronúncia equivalente a 
‘é’, ou seja, um ‘e’ aberto e longo como em “boné”. 
 Considerando que toda vogal longa recebe o iota (ι) e 
sendo a letra eta (Ηη) uma vogal longa, temos de lembrar 
algumas regras que expomos em relação à letra alfa (Αα). 
 A primeira é em relação ao iota. Assim como pode 
ocorrer com a vogal alfa, o iota pode aparecer subscrito ou 
adscrito na vogal eta (Ηη). 
 Você observará muitas vezes que ele pode acompanhar 
a letra eta dos seguintes modos: 
(ῃ) = Eta minúsculo com iota subscrito, isto é, escrito 
embaixo; 
36 
(Ηι) = Eta maiúsculo com iota adscrito, isto é, escrito 
do lado direito. 
 Nos dois casos, o iota é levemente pronunciado. 
 A outra regra é em relação ao sinal de aspiração. Toda 
palavra grega que inicia por vogal ou ditongo recebe aspiração. 
Você poderá encontrar o eta com sinal de aspiração, conforme 
os exemplos abaixo: 
 Aspiração branda, que não afeta a pronúncia. Observe 
o exemplo: 
 ἠώς => Lê-se (éós) com o ‘o’ longo como “avó”. Esta 
palavra significa aurora. 
 Caso se iniciasse com letra maiúscula, a grafia do sinal 
de aspiração seria antes da letra. Observe a mesma palavra com 
a letra inicial maiúscula: Ἠώς . 
 Agora veja exemplos com palavras que possuem 
aspiração rude. Letra minúscula e letra maiúscula: 
 
ἡµεῖς => Lê-se Remeís e significa “nós”. 
Ἡρακλῆς => Reraklés e significa Héracles. 
 
 (Lambda) 
Λ λ 
A letra lambda (Λ λ) é a décima primeira letra do 
alfabeto grego e sua pronúncia correspondeà décima segunda 
letra do alfabeto português, isto é, à letra ‘L l’. É uma letra que 
não permite grande confusão com o alfabeto português, uma 
vez que a letra minúscula é grafada de forma diferente – 
basicamente um ípsilon de cabeça para baixo, compare (y λ). Já 
a maiúscula Λ pode eventualmente ser confundia com o alfa Α 
37 
grego ou com o A do alfabeto português, mas com um pouco 
de atenção será fácil perceber a ausência de corte central na 
letra lambda. Verifique: Λ lambda A alfa. 
 
(Pi) 
Π π 
 A letra pi (Π π) é a décima sexta letra do alfabeto grego 
e sua pronúncia equivale à décima sexta letra do alfabeto 
português, ou seja, ao ‘P p’. A minúscula π também é uma 
velha conhecida das aulas de matemática. Quem se lembra do 
valor de π? π = 3,14159. Esta letra grega possui uma grafia que 
não gera confusão porque a minúscula já é um pouco 
conhecida e a maiúscula não possui grafia semelhante no 
alfabeto português. 
(Rô) 
 Ρ ρ 
 A letra rô (Ρ ρ) é a décima sétima letra do alfabeto 
grego e tem correspondência com a décima oitava letra do 
alfabeto português, isto é, com a letra ‘R r’. Também é 
necessário muita atenção a esta letra do alfabeto grego, pois ela 
é facilmente confundida com a letra ‘P p’ do alfabeto 
português. Contudo, já verificamos que a correspondente grega 
para a letra ‘P p’ é a letra pi (Π π). Dessa forma, além de 
atenção será necessário um pouco de exercício e prática de 
38 
leitura com o objetivo de fixar o valor de pronúncia da letra rô 
(Ρ ρ). 
 Uma característica importante da letra rô (Ρ ρ) é que ela 
sempre receberá a aspiração rude quando iniciar uma palavra 
grega. Por exemplo: 
 Ῥῆµα (Iniciando com maiúscula) 
ou 
 ῥῆµα (Iniciando com minúscula) 
 
 Pronuncia-se Réma e significa “palavra”. 
 
(Sigma) 
 Σ σ ς 
A letra sigma (Σ σ ς) é a décima oitava letra do alfabeto 
grego e corresponde ao ‘S s’, que é a décima nona letra do 
alfabeto português. Sua principal característica é que apresenta 
duas formas de grafias quando minúscula. 
O sigma minúsculo (σ) é usado no início e no meio das 
palavras gregas e o sigma minúsculo (ς) é utilizado somente no 
final das palavras. Veja o exemplo das palavras sabedoria, na 
qual o sigma (σ) aparece no início da palavra, e sábio, em que 
temos o sigma (σ) iniciando a palavra e o sigma (ς) no final da 
palavra: 
 σοφιᾶ => Pronuncia-se sofiá 
 σοφóς => Pronuncia-se sofôs 
 
39 
 Ainda no início dos estudos do alfabeto grego é 
necessário prestar atenção para não confundir a pronúncia do 
sigma (σ) com a pronúncia da letra ‘o’ manuscrita. Compare a 
semelhança na grafia: (sigma σ / o letra ‘o’ manuscrita do 
alfabeto português). 
 
(Ômega) 
Ω ω 
 
 A letra ômega (Ω ω) é a última letra do alfabeto grego, 
portanto a vigésima quarta, e corresponde à décima quinta letra 
do alfabeto português. Sua pronúncia é diferente da pronúncia 
do ômicron (Ο ο). Enquanto o ômicron (Ο ο) se pronuncia 
fechado como em ‘fogo’, o ômega (Ω ω) se pronuncia aberto 
como em ‘avó’. É uma das sete vogais do alfabeto grego. Veja-
as novamente em letras maiúsculas e minúsculas: (Α α, Ε ε, Ι ι, 
Ο ο, Υ υ, Η η, Ω ω). 
A letra ômega (Ω ω) pode não ser facilmente 
confundida na grafia com o ômicron (Ο ο), contudo deve-se 
dar atenção na hora da leitura quanto à pronúncia. 
Relembrando, mais uma vez, que toda vogal longa 
recebe o iota (ι). Temos de recordar algumas regras que 
apresentamos em relação às letras alfa (Αα) e eta (Ηη). 
 A primeira é em relação ao iota. Assim como pode 
ocorrer com as vogais alfa e eta, o iota pode aparecer subscrito 
ou adscrito na vogal ômega (Ω ω). 
 Você observará muitas vezes que ele pode acompanhar 
a letra ômega dos seguintes modos: 
40 
 
(ῳ) = Ômega minúsculo com iota subscrito, isto é, 
escrito embaixo; 
(Ωι) = Ômega maiúsculo com iota adscrito, isto é, 
escrito do lado direito. 
 
 Nos dois casos, o iota é levemente pronunciado. 
 Recordamos aqui novamente quanto ao sinal de 
aspiração. Toda palavra grega que se inicia por vogal ou 
ditongo recebe aspiração. Você poderá encontrar o ômega com 
sinal de aspiração, conforme os exemplos abaixo. 
 Aspiração branda, que não afeta a pronúncia: 
 ὠθέω => Pronuncia-se othêo com o ‘o’ final longo 
como em “avó”. Esta palavra significa “empurrar”. 
 Caso fosse iniciada com letra maiúscula, a grafia do 
sinal de aspiração seria antes da letra. Observe a mesma 
palavra com a letra inicial maiúscula: Ὠθέω . 
 Agora veja o exemplo de aspiração rude com letra 
minúscula e letra maiúscula: 
 
ὡς Ὡς => Pronuncia-se Rós e significa “como”. 
 
 Do conjunto das oito letras isofonéticas, metade delas, 
por sua grafia, apresentam grande possibilidade de serem 
confundidas na pronúncia com as letras do alfabeto português. 
Em ordem de importância são elas as letras: Eta (Η η), Rô (Ρ 
ρ), Lambda (Λ λ) e Sigma (Σ σ ς). Dessa forma, proporemos 
adiante alguns exercícios de fixação para reduzir a 
possibilidade de eventual confusão. Contudo, uma atenção 
especial deve ser dada a essas letras no momento de se estudar 
41 
o alfabeto grego, de se realizar leituras de palavras e nos 
próprios exercícios sugeridos. 
 Como as letras isofonéticas aparentam complicar o 
entendimento no momento da leitura, dominá-las bem será um 
passo fundamental na aprendizagem. 
As letras isográficas, cuja grafia e pronúncia são 
semelhantes ao alfabeto português, não apresentam grandes 
dificuldades. 
As letras alográficas, que possuem a escrita e/ou a 
pronúncia diferente do alfabeto português, se apresentarão mais 
fáceis e com pouca possibilidade de serem confundidas com a 
grafia portuguesa e, consequentemente, levar ao erro o leitor na 
hora da pronúncia. 
 Assim, aprender bem as quatro letras isofonéticas Eta 
(Η η), Rô (Ρ ρ), Lambda (Λ λ) e Sigma (Σ σ ς) é fundamental 
para o domínio do alfabeto grego e a fluidez na leitura de 
palavras gregas. São elas que muitas vezes, num primeiro 
contato com o alfabeto grego, confundem as pessoas fazendo-
as acreditar ser difícil aprender o alfabeto grego. 
 
Exercício de aquecimento 
 
 Para o exercício de aquecimento propomos novamente 
que se tome uma folha pautada à parte ou um caderno e, antes 
de realizar os exercícios, copie quatro vezes o alfabeto grego. 
Em uma linha escreva as letras maiúsculas e, na linha debaixo, 
as minúsculas. Veja o exemplo: 
42 
 
Α Β Γ ∆ Ε Ζ Η Θ Ι Κ Λ Μ Ν Ξ Ο Π Ρ Σ Τ Υ Φ Χ Ψ Ω 
α β γ δ ε ζ η θ ι κ λ µ ν ξ ο π ρ σ/ς τ υ φ χ ψ ω 
 
Conforme você vai escrevendo cada letra, repita 
mentalmente o nome da mesma. Depois leia cada uma em voz 
alta pelo menos três vezes. Consulte a tabela com o nome da 
letra caso não consiga lembrá-la. Não tenha pressa, faça tudo 
devagar e a seu devido tempo. 
 
Exercício 3 
 
a) Relembre os nomes e a pronúncia das letras 
isofonéticas abaixo: 
( Γ γ ∆ δ Η η Λ λ Π π Ρ ρ Σ σ ς Ω ω ). 
 
Agora, sem olhar a tabela, veja o exemplo e responda: 
 
b) Quais letras do alfabeto grego (pertencentes ao grupo 
das isofonéticas) podemos relacionar com a letras do alfabeto 
português? 
 
Ex.: 
 
G g: Γ γ D d: ∆ δ 
 
E e : ____ O o: ____ P p: ____ 
L l:____ R r: ____ S s:_____ 
 
43 
 
Exercício 4 
 Identifique somente as letras isofonéticas das palavras: 
filosofia, hipopótamo, Sócrates, Selene, micro, bárbaro, drama, 
grafar (escrever), conforme o exemplo ‘a’. 
a) φιλοσοφια = (λ) lambda; (σ) sigma 
b) ἱπποποταµος = __________________________ 
c) Σωκράτης = _____________________________ 
d) Σελήνη = _______________________________ 
e) µικρο = ________________________________ 
f) βάρβαρος = _____________________________ 
g) δρᾶµα=_________________________________ 
h) γράφω = _______________________________ 
 
 
 
 
 
 
 
44 
6 
Letras alográficasLetras alográficasLetras alográficasLetras alográficas 
 
 As oito letras aqui denominadas alográficas, ou seja, 
“escritas de outra forma”, é o conjunto das letras gregas cuja 
grafia e a pronúncia são bem diferentesdo alfabeto português. 
 São elas: 
Ζ ζ (zeta) Θ θ (theta) Ν ν (ni) Ξ ξ (ksi) 
Υ υ (ípsilon) Φ φ (phi) Χ χ (qui) Ψ ψ (psi) 
 Vamos analisar adiante cada uma delas e suas principais 
características. 
 (Zeta) 
Ζ ζ 
 A letra zeta (Ζ ζ) se pronuncia sdeta. É a sexta letra do 
alfabeto grego e é transliterada geralmente como a vigésima 
sexta letra do alfabeto português, isto é, a letra ‘Z z’. Porém, 
não vamos nos iludir com sua pronúncia. Ela não tem o som da 
letra ‘z’ do alfabeto português. Sua pronúncia é semelhante à 
junção das letras ‘sd’ da palavra ‘desde’. Assim, a palavra 
grega Ζεύς = Zeus se pronuncia sdeús. Merece destaque a 
grafia em letra minúscula ( ζ ) uma vez que é diferente de 
qualquer letra do alfabeto português; porém, pode ser 
confundida por um leitor menos atento ou afoito com a letra 
45 
sigma ( ς ) do próprio alfabeto grego. Portanto, é necessária 
uma dedicação extra ao se exercitar a escrita das letras 
alográficas para a correta fixação da grafia e pronúncia. 
 
(Theta) 
Θ θ 
 A letra theta (Θ θ) é a oitava letra do alfabeto grego e 
não tem exatamente uma correspondente no alfabeto português. 
Convencionou-se transliterar theta (Θ θ) pelo ‘th’, sendo que 
sua pronúncia seria semelhante ao ‘th’ da palavra inglesa think 
(de to think = pensar). 
(Ni) 
Ν ν 
 A letra ni (Ν ν) é a décima terceira letra do alfabeto 
grego e corresponde à décima quarta letra do alfabeto 
português, ou seja, ao ‘N n’. Ainda que sua grafia maiúscula 
seja semelhante ao ‘N’ maiúsculo do alfabeto português, 
resolvemos incluí-la no conjunto das letras alográficas porque 
sua grafia minúscula (ν) é diferente e assemelha-se muito à 
letra ‘v’ do alfabeto português. Como se trabalha muito mais 
com as letras minúsculas nos métodos de grego, é melhor 
familiarizar-se bem à sua diferente grafia minúscula com o 
intuito de se evitar que uma leitura desatenta leve a erro na 
pronúncia. 
(Ksi) 
46 
Ξ ξ 
O ksi (Ξ ξ) é a décima quarta letra do alfabeto grego e 
tem a grafia tanto maiúscula quanto minúscula, sendo muito 
diferente de qualquer letra do alfabeto português – seja na 
escrita em letra de forma ou manuscrita. Não tem uma 
correspondente direta a uma letra específica do alfabeto 
português. O som de sua pronúncia é equivalente à letra ‘x’ da 
palavra “táxi”. Recomenda-se atenção na escrita da letra 
minúscula. Observe os detalhes: 
 ξ 
 Ser bem diferente de qualquer letra do alfabeto 
português pode ser uma vantagem positiva na hora de 
memorizar o som da pronúncia desta letra grega. 
(Ípsilon) 
Υ υ 
 O ípsilon (Υ υ) é a vigésima letra do alfabeto grego e 
sua correspondente no alfabeto português é o ‘Y y’, isto é, a 
vigésima quinta letra do alfabeto português11. O ípsilon (Υ υ) 
 
11 Vale lembrar que o alfabeto português possui 26 letras, sendo 23 
fundamentais e 3 especiais: ‘k, w, y’. O Acordo Ortográfico de 1990 não 
restaurou o ‘y’. A doutrina sobre essas três letras continua a mesma, ou seja, 
elas devem ser usadas apenas em casos especiais. Por exemplo: em algumas 
palavras estrangeiras (show), símbolos e abreviaturas como em quilômetro e 
quilowatt-hora (Km, Kwh), e em adjetivos e substantivos derivados de 
nomes próprios e palavras estrangeiras (kantiano, wagneriano). 
47 
tem sua letra maiúscula escrita igualmente ao ‘Y’ da língua 
portuguesa, porém sua pronúncia é bem diferente. Ela se 
assemelha a um ‘ü’ como em ‘Müller’, isto é, o ‘u’ 
pronunciado com os lábios arredondados. 
 O ípsilon minúsculo (υ) apresenta escrita diversa do da 
língua portuguesa. Compare: (υ y). O ípsilon minúsculo grego 
tem a grafia parecida com o ‘u’ minúsculo do alfabeto 
português. 
 Assim, o ípsilon (Υ υ) deve receber atenção redobrada 
no momento da escrita e da pronúncia até que se tenha total 
segurança na leitura. 
 Não se pode esquecer que o ípsilon (Υ υ) é uma das 
sete vogais do alfabeto grego, que são as seguintes: 
(Α α, Ε ε, Ι ι, Ο ο, Υ υ, Η η, Ω ω) 
 A regra dos sinais de aspiração branda ou rude 
estabelece que toda palavra grega que se inicia por vogal ou 
ditongo recebe aspiração. No caso do ípsilon (Υ υ) iniciar uma 
palavra, ele vai sempre receber o sinal de aspiração rude. 
Veja, no exemplo, a palavra ‘sob’ iniciando por minúscula e 
maiúscula: 
ὑπó => Pronuncia-se ripô 
Ὑπó=> Pronuncia-se ripô 
 
 A palavra ὑπó pode significar ‘sob’, ‘debaixo de’. 
 
 
(Phi) 
48 
Φ φ 
 A letra phi (Φ φ) é a vigésima primeira letra do alfabeto 
grego e convencionou-se estabelecer correspondência entre ela 
e a letra ‘ F f ’, que é a sexta letra do alfabeto português. A 
pronúncia é semelhante ao ‘F’, mas bem labial com o ar 
empurrando levemente os lábios. Esta letra é usada como 
símbolo da Filosofia. Sua escrita incomum com o alfabeto 
português torna favorável a memorização de sua grafia e a 
associação do valor de pronúncia. 
 
(Qui) 
Χ χ 
 A letra qui ( Χ χ ) é a vigésima segunda letra do 
alfabeto grego e não tem correspondência direta com alguma 
letra do alfabeto português. Embora sua escrita seja semelhante 
à letra ‘X x’, ela não tem nenhuma relação com o som do ‘x’ 
da língua portuguesa. Ela é comumente transliterada para a 
língua portuguesa como ‘ch’ ou ‘kh’ e sua pronúncia equivale 
ao “qu” de “química”, de “máquina”. 
 Veja, por exemplo, a palavra grega Χριστóς, que 
transliterada fica Christôs e significa “ungido”. Você já deve 
ter conhecido alguém que se chamava Christiano ou Christiane 
com “Ch”, sendo isso uma “herança” da transliteração para o 
latim e, posteriormente, para a língua portuguesa da letra qui 
(Χ χ ). 
49 
 A atenção à letra qui ( Χ χ ) deve estar mais voltada 
para a pronúncia do que para a escrita, procurando não 
confundir seu valor fonético com a letra ‘x’ do alfabeto 
português. 
(Psi) 
Ψ ψ 
 A letra psi (Ψ ψ) é a vigésima terceira letra do alfabeto 
grego e não tem correspondência direta com alguma letra do 
alfabeto português. Sua pronúncia é como o ‘ps’ de 
“psicologia”, “psiquiatra”. Esta letra é comumente utilizada 
como símbolo da Psicologia e, como sua grafia é tão diferente 
de qualquer letra do alfabeto português, fica até fácil 
memorizar sua escrita e pronúncia. 
 Assim encerramos o conjunto das letras alográficas, 
bem como perpassamos todas as letras do alfabeto grego. 
 Agora propomos alguns exercícios para a fixação da 
escrita e da pronúncia das letras alográficas. 
 
Exercício de aquecimento 
 
 Para o exercício de aquecimento propomos novamente 
que se tome uma folha pautada à parte ou um caderno e, antes 
de realizar os exercícios, copie três vezes o alfabeto grego. Em 
uma linha escreva as letras maiúsculas e na linha debaixo as 
minúsculas. Veja o exemplo: 
 
50 
Α Β Γ ∆ Ε Ζ Η Θ Ι Κ Λ Μ Ν Ξ Ο Π Ρ Σ Τ Υ Φ Χ Ψ Ω 
α β γ δ ε ζ η θ ι κ λ µ ν ξ ο π ρ σ/ς τ υ φ χ ψ ω 
 
Conforme você vai escrevendo cada letra, repita 
mentalmente o nome da mesma. Depois leia cada uma em voz 
alta pelo menos três vezes. Consulte a tabela com o nome da 
letra caso não lembrá-la. Não tenha pressa, faça tudo devagar e 
a seu devido tempo. 
 
Exercício 5 
 
a) Relembre os nomes e a pronúncia das letras 
alográficas abaixo: 
(Ζ ζ Θ θ Ν ν Ξ ξ Υ υ Φ φ Χ χ Ψ ψ ) 
Agora, sem olhar a tabela, veja o exemplo e responda: 
 
b) Quais letras do alfabeto grego (pertencentes ao grupo 
das alográficas) podemos relacionar com a letras do alfabeto 
português? 
 
Ex.: 
 
Z z: Ζ ζ th: Θ θ 
N n : ____ ks: ____ Y y: ____ 
F f:____ ch/kh: ____ ps:_____ 
 
Exercício 6 
51 
 Identifique somente as letras alográficas das palavras: 
filosofia, náutico, noite, tempo, grafar (escrever), Deus, Zeus, 
ontem e falso, conforme os exemplos ‘a’ e ‘b’. 
a) φιλοσοφια = (φ) phi 
b) ναυτικóς = (ν) ni 
c) νύξ = __________________________________ 
d) χρóνος = _______________________________ 
e) γράφω = _______________________________ 
f) Θεóς = _________________________________g) Ζεύς =_________________________________ 
h) χθές = _________________________________ 
 
i) ψευδής = _______________________________ 
 
Se acaso você chegou até aqui, nesta pequena 
introdução ao alfabeto grego, com certeza você sabe o que 
quer. Realizando todos os exercícios propostos com uma 
frequência diária de estudos de pelo menos meia hora, 
certamente conseguirá ler a maioria das palavras gregas e 
estará apto para partir em direção a uma etapa maior: entender 
o grego clássico. 
 Como na língua portuguesa, não basta saber o valor 
fonético das letras e ler as palavras. Não é suficiente saber 
decodificar as letras, isto é, ler e escrever. O bom 
conhecimento de um idioma requer saber ler, escrever e 
52 
interpretar. Se ao término dessa pequena introdução ao alfabeto 
grego você já conseguir realizar as duas primeiras etapas, pode 
ser a hora de partir para estudos mais aprofundados usando 
bons métodos de grego clássico disponíveis no mercado. 
 No final deste livro vamos sugerir alguma bibliografia 
interessante para a aprendizagem do grego clássico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
53 
7 
 Informações básicas sobre pInformações básicas sobre pInformações básicas sobre pInformações básicas sobre pontuaçãoontuaçãoontuaçãoontuação 
 
 Antes de iniciarmos os exercícios gerais de 
decodificação das letras e palavras gregas, vamos rever 
rapidamente algumas regras já explicadas e acrescentar 
informações sobre pontuação. 
 Boa parte das regras referentes à escrita e à leitura do 
grego clássico já foi tratada nos conjuntos das letras 
isográficas, isofonéticas ou alográficas. Citamos brevemente o 
caso dos acentos esclarecendo de forma simplória que as 
palavras gregas recebem três tipos de acento, apenas para 
indicar a sílaba tônica. São eles: acento agudo ( ´ ), acento 
grave ( ̀ ) e circunflexo com as seguintes grafias ( ^ ~ ). 
 Logo após a tabela inicial das letras gregas, 
apresentamos uma tabela com as pronúncias dos ditongos e 
suas características de escrita. 
 Também mencionamos a regra do iota (ι). Isto é: toda 
vogal longa recebe o iota que pode ser subscrito, ou seja, 
escrito embaixo, ou adscrito, quer dizer, escrito do lado direito 
quando a vogal for maiúscula. 
Sobre os sinais de aspiração fizemos referência à 
aspiração branda que não afeta a pronúncia, como no 
exemplo da palavra ἀγάπη, e à aspiração rude, que acrescenta 
à vogal um som equivalente ao ‘r’ da língua portuguesa. 
54 
Enfim, acabamos diluindo dentro da explicação de cada 
letra um conjunto mínimo de regras fundamentais para a leitura 
e escrita de letras e palavras gregas. 
Visando acrescentar um pouco mais a essas regras, 
apresentamos a seguir algumas informações sobre pontuação 
do texto grego e sua relação com a pontuação da língua 
portuguesa. 
Então vejamos a correspondência entre a pontuação do 
texto grego e o texto português. 
Em grego, o ponto final (.) e a vírgula (,) são iguais ao 
ponto final e a vírgula da língua portuguesa. 
 Um ponto alto no texto grego ( ˙ ) pode significar os 
sinais de dois pontos ( : ), ponto e vírgula ( ; ) e até mesmo o 
ponto de exclamação ( ! ) utilizados na língua portuguesa. 
 O ponto e vírgula ( ; ) no grego equivale ao ponto de 
interrogação (?) utilizado na língua portuguesa. 
 Como curiosidade, gostaríamos de inteirar que os sinais 
de pontuação começaram a surgir no século IV da era Comum. 
Até então, os textos eram todos escritos com letras maiúsculas 
e com as palavras todas juntas. Assim, quem lia tinha que 
interpretar o que estava escrito. 
 Verifique a dificuldade lendo a frase abaixo: 
“IDESVOLTARASNAOMORRERASNAGUERRA” 
 Observe agora a mesma frase com a correta pontuação e 
separação entre as palavras: 
“IDES! VOLTARAS? NÃO, MORRERÁS NA 
GUERRA!”. 
 Esta frase está escrita em grego no local do Oráculo de 
Delfos (século VII a.E.C.), na Grécia. É um dos lugares da 
Antiguidade em que se faziam profecias consideradas divinas. 
55 
 Perceba que poderíamos, com dificuldade, interpretar a 
primeira escrita em letras maiúsculas: “Ides, voltarás, não 
morrerás na guerra”. Porém, os linguistas entendem que o 
correto seria mesmo: “Ides! Voltarás? Não, morrerás na 
guerra!”. 
 Agora já sabemos os sinais de pontuação e sua 
importância, assim como possuímos os elementos mínimos 
necessários para treinarmos a leitura de palavras e pequenas 
frases gregas. Com esse intuito iremos, a seguir, realizar uma 
série de exercícios envolvendo todas as letras do alfabeto 
grego. Vamos treinar a leitura, a pronúncia e a transliteração. 
Como afirmado anteriormente, este não é um método de 
grego clássico – é apenas uma pequena introdução ao alfabeto 
grego. Portanto, iremos trabalhar com a escrita, com a 
decodificação das letras gregas, exercitar as correspondências 
com o alfabeto português, a pronúncia e a fixação das letras do 
alfabeto grego. 
 O objetivo principal é o domínio do alfabeto grego por 
meio de exercícios de familiarização sempre utilizando 
palavras que se assemelhem o máximo possível à língua 
portuguesa, facilitando a assimilação dos valores de pronúncia 
e também de semelhança visual da escrita. 
 
 
 
 
 
 
 
 
56 
8 
 
Exercícios geraisExercícios geraisExercícios geraisExercícios gerais de familiarizade familiarizade familiarizade familiarizaçãoçãoçãoção 
 
Exercício de aquecimento 
 
 Como sempre propomos, antes de se iniciar os 
exercícios sugerimos a realização de um aquecimento. Tome 
uma folha pautada à parte, ou um caderno, e copie três vezes o 
alfabeto grego. Em uma linha escreva as letras maiúsculas e, na 
linha debaixo, as minúsculas. Exemplo: 
 
Α Β Γ ∆ Ε Ζ Η Θ Ι Κ Λ Μ Ν Ξ Ο Π Ρ Σ Τ Υ Φ Χ Ψ Ω 
α β γ δ ε ζ η θ ι κ λ µ ν ξ ο π ρ σ/ς τ υ φ χ ψ ω 
 
Conforme você for escrevendo cada letra, repita 
mentalmente o nome da mesma. Depois, leia cada uma em voz 
alta pelo menos três vezes. 
 
 
Exercícios de transliteração 
 
1) Transliterar é transcrever a escrita de um alfabeto 
em outro. No caso, exercitaremos primeiro a transcrição de 
palavras da língua portuguesa para o grego clássico. Veja o 
exemplo e realize a transcrição das seguintes palavras: 
 
a) drama: δραµα 
b) filosofia: _________________________ 
57 
c) átomos: __________________________ 
d) apóstolos: ________________________ 
e) pólis: ___________________________ 
f) Theós: __________________________ 
g) chrónos: _________________________ 
h) Ramá: ___________________________ 
i) hippopotamοs: ____________________ 
j) grafo12: __________________________ 
k) psique: ___________________________ 
 
2) Agora iremos realizar o exercício de transliteração no 
sentido inverso, isto é, do grego para o português. Assim, 
conforme o exemplo abaixo, efetue a transliteração das 
seguintes palavras: 
 
 a) ὥρα: hora 
 b) ἀπολογία: ________________________ 
 c) δέρµα: ___________________________ 
 d) ἔθος: ____________________________ 
 e) Ζεύς: ____________________________ 
 f) κόσµος: __________________________ 
 g) µέγα: ____________________________ 
 h) ὁδός: ____________________________ 
 i) Πεπικλῆς: ________________________ 
 j) πάθος: ___________________________ 
 
 
 
12 A palavra grafo (do verbo grafar, sinônimo de escrever) está com o ‘o’ 
final sublinhado para indicar que se trata de uma vogal longa. 
58 
Exercícios de correspondência 
 
3) Relacione as palavras da língua portuguesa com as 
palavras gregas que lhe deram origem. Para esta atividade 
estude o vocabulário a seguir: 
 
ἀρχή => arché/arque = começo, princípio 
βιβλίον => biblíon = livro 
πυρός => pyros = fogo 
φόβος => phobos = medo 
φῶς => phós = luz 
χρόνος => chronos = tempo 
ψυχή => psiqué = vida, alma 
 
Verifique o exemplo e continue o exercício. 
 
 (a) fósforo ( ) ψυχή 
 (b) arqueologia ( ) βιβλίον 
 (c) bibliografia( ) πυρός 
 (d) pirotécnico ( ) ἀρχή 
 (e) aracnofobia ( ) φόβος 
 (f) cronômetro (a) φῶς 
 (g) psicologia ( ) χρόνος 
 
4) Boa parte das palavras da língua portuguesa vem de 
elementos do idioma grego. Assim, vamos trabalhar neste 
exercício com alguns radicais13 gregos que dão origem a 
palavras comumente utilizadas em português. 
 
13 É o elemento mórfico que funciona como base do significado de uma 
palavra. Por exemplo, democracia é uma palavra que possui o radical grego 
59 
 
Faça a correspondência entre os radicais gregos e as 
palavras que deles se originaram. Siga o exemplo: 
 
a) ἂνθρωπος = ser humano 
b) ἀγρóς = campo 
c) βίος = vida 
d) γυνή = mulher 
e) φίλος = amigo 
f) φωνή = voz 
g) σῶµα = corpo 
h) πρῶτος = primeiro 
 
( ) biologia 
( ) ginecologista 
( ) agropecuária 
( ) filósofo 
( ) psicossomático 
( ) protótipo 
( ) fonética 
(a) antropologia 
 
Exercícios de leitura e pronúncia 
 
Para os exercícios de leitura e pronúncia sugerimos o 
seguinte exercício de aquecimento, que deve preceder a cada 
um dos exercícios de leitura e pronúncia: 
 
 
δῆµος => demos = povo + cracia = poder, então o significado é: governo do 
povo. 
60 
 Realize a leitura da tabela inicial do livro na qual estão 
todas as letras gregas, pronunciando-as em voz alta. Também 
faça isso, da mesma forma, em relação à tabela dos ditongos. 
Repita essa ação por três vezes de forma lenta e procurando 
ouvir a própria pronúncia, assim buscando perceber eventuais 
erros. O ideal seria gravar a pronúncia e compará-la às tabelas 
para visualizar os valores de pronúncia de cada letra ou 
ditongo. 
 
5) Tape a coluna da pronúncia figurada14 à direita. 
Realize a leitura das palavras gregas abaixo, conferindo uma 
por uma, na coluna da direita, a pronúncia correta. Se possível, 
grave sua leitura e compare com a pronúncia figurada. 
 
 (pronúncia figurada) 
 
ἂλφα ..................................................... alfa 
βῆτα ...................................................... béta 
γάµµα..................................................... gáma 
δέλτα..................................................... delta 
ἔψσιλóν................................................. epsilôn 
ζῆτα....................................................... sdéta 
ἦτα........................................................ éta 
θῆτα...................................................... théta 
ἰῶτα...................................................... ióta 
κάππα .................................................. capa 
λάµβδα................................................. lámbda 
 
14 A pronúncia figurada aqui significa exatamente como seria a leitura em 
português, ou seja, a pronúncia será da forma como está escrita na coluna da 
direita. 
61 
µῦ......................................................... mi 
νῦ......................................................... ni 
ξῖ ........................................................ ksi 
ὂµικρóν............................................... omicrón 
πῖ ........................................................ pi 
ῥῶ ...................................................... rho 
σίγµα.................................................. sígma 
ταῦ .................................................... tau 
ὖψλóν................................................ üpsilon 
φῖ ...................................................... phi 
χῖ ....................................................... qui 
ψῖ ...................................................... psi 
ὦµέγα................................................ oméga 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
62 
9 
 
ExercícioExercícioExercícioExercíciossss de leitura e pronúncia de leitura e pronúncia de leitura e pronúncia de leitura e pronúncia 
com pequenas frasescom pequenas frasescom pequenas frasescom pequenas frases 
 
 Para o exercício atual, propomos que se cubra a 
pronúncia figurada que está logo abaixo da frase e se proceda à 
leitura em voz alta. Logo em seguida, descubra a pronúncia 
figurada e verifique se houve erro. Repita o procedimento até 
que a leitura se torne fluente. Novamente sugerimos que, se 
possível, seja gravada a leitura – a fim de que a comparação 
com a pronúncia figurada fique mais precisa. 
 
a) ἔχω τὰ ἱµάτια. 
êcho15 tá rimátia. 
Tenho as vestes. 
 
b) οὐκ ἀκούεις τῶν ἀνθρώπων. 
uk akúeis tón anthrópon. 
Não ouves os homens. 
 
c) ὁ ὀφθαλµóς σου οὐκ ἦν ἀγαθóς. 
rô ofthalmós su uk én agathós 
O olho teu não era bom. 
 
15 Com o objetivo de facilitar o entendimento da leitura e pronúncia, as 
sílabas tônicas das palavras da pronúncia figurada estarão grafadas em 
negrito. 
63 
 
d) ἡ γυνὴ ἔχει τρίχας καλάς. 
ré guiné êquei trícas kalás. 
A mulher tem cabelos belos. 
 
e) ὁί ἄνθρωποι ἔκραζον. 
roí anthrópoi êkrasdon. 
Os homens gritavam. 
 
f) ἐδίδασκεν τούς Ἕλληνας. 
edídasken tus rêlenas. 
Ensinavam os gregos. 
 
g) ὁ ἄγγελος λέγει πρὸς αὐτάς. 
rô ánguelos lêguei prôs autás. 
O anjo fala para elas. 
 
h) ἔγειρε καὶ περιπάτει. 
êgueire kaí peripátei 
Levanta-te e caminha. 
 
i) ὁ λύχνος τοῦ σώµατóς ἐστíν ὁ ὀφθαλµóς. 
rô lücnos tu sómatôs êstin rô ôfthalmós 
A luz do corpo é o olho. 
 
 
 
 
 
 
 
64 
ConclusãoConclusãoConclusãoConclusão 
 
 Esperamos que este singelo trabalho possa ter 
apresentado um panorama geral sobre o alfabeto grego clássico 
e sua estreita relação com o alfabeto português, abrindo dessa 
forma um horizonte de possibilidades e de incentivos para os 
interessados em aprofundar o estudo do grego antigo, seja o 
clássico ou o comum (koinê). 
 
 Reiteramos que os estudos aqui realizados e os 
exercícios feitos irão ajudar também aqueles que optaram por 
aprofundar os estudos do grego comum (koinê). Há uma boa 
demanda para a aprendizagem deste tipo de grego antigo com 
vistas a uma melhor e fiel exegese dos textos bíblicos, 
considerando que os Evangelhos foram escritos com tal tipo de 
evolução do idioma grego. 
 
 Priorizamos ao máximo a utilização de palavras gregas 
que tivessem uma relação muito próxima à língua portuguesa, 
buscando realizar continuamente essa correspondência entre os 
dois alfabetos com o objetivo de tornar a aprendizagem mais 
confortável e suave. 
 
 A divisão do alfabeto grego em três categorias de letras 
(isográficas, isofonéticas e alográficas) teve como propósito 
facilitar a aprendizagem sem imposição do idioma externo 
(grego) sobre o idioma materno (português), pois entendemos 
que toda imposição recebe em contrapartida uma resistência. 
65 
Assim, pelo menos em tese, partimos do que o aprendente já 
sabia ou se apresentava como sendo mais fácil de entender. 
 
Explorando sempre semelhanças e aproximações entre 
os dois alfabetos, tentamos de forma simples expor as 
facilidades e dificuldades do alfabeto grego em relação ao 
alfabeto português. 
 
 Os exercícios tanto de aquecimento quanto os de 
fixação e aprendizagem foram importantes para a compressão e 
entendimento da pronúncia, proporcionando ao final uma 
melhor fluência na leitura. 
 
 Encerrando o livro presente, elencamos algumas obras 
importantes para o estudo do grego antigo. Vamos destacar, 
segundo nossa experiência particular de aprendizagem, quais se 
apresentaram mais interessantes ao estudo do grego clássico e 
do grego comum (koinê). 
 
 Para o aprendizado do grego clássico o método mais 
utilizado nos meios acadêmicos (tanto nas universidades 
americanas, inglesas e até brasileiras, existindo inclusive uma 
versão em línguaportuguesa) é o Aprendendo Grego, da Joint 
Association of Classical Teachers. É o que há de melhor na 
aprendizagem do grego clássico. O Ancient Greek: A New 
Approach, de Carl Ruck, também é um bom método com uso 
em universidades estrangeiras. O problema é que ainda não 
contamos, até agora, com uma tradução para a língua 
portuguesa. 
 
66 
 Os livros Língua grega: visão semântica, lógica, 
orgânica e funcional e Língua Grega – Volume II Prática, de 
Henrique Murachco, são uma boa opção disponível em língua 
portuguesa. A obra Gramática Grega, de Antonio Freire, 
apresenta-se, do início ao fim, como um método bem 
fundamentado, principalmente nos aspectos gramaticais. 
 
 Quanto aos métodos de aprendizagem do grego comum 
(koinê), os quais utilizam a pronúncia erasmiana, destaco a 
obra Noções do Grego Bíblico: Gramática Fundamental, de 
Rega e Bergmann. Este método é muito detalhado e fruto de 
trabalhos de ensino de grego realizados ao longo de mais de 
vinte anos. Em língua portuguesa, certamente merece destaque 
entre os melhores. 
 
 Destacamos igualmente a obra Gramática do Grego do 
Novo Testamento, de Swetnam. É uma gramática utilizada há 
mais de trinta anos por alunos do Pontifício Instituto Bíblico, 
portanto é um método muito experimentado. Obra muito 
minuciosa, é composta por dois volumes. O primeiro está 
relacionado à morfologia e, o segundo, com as chaves para a 
resolução dos exercícios e paradigmas. 
 
 Evidentemente, tais obras não são indicações de 
compra. O interessado deverá pesquisar mais sobre cada uma 
delas antes de adquiri-las e analisar se suas metodologias se 
alinham ao seu perfil de estudante autodidata. Cada pessoa tem 
uma afinidade específica com determinado método, além de 
interesses diferentes. Por exemplo, se alguém quer aprofundar 
o conhecimento do grego clássico deve escolher o método que 
67 
vai trabalhar com esse tipo de grego antigo. Por outro lado, se o 
interesse é aprofundar estudos em relação aos textos bíblicos 
deve-se buscar o método que desenvolva tal tipo de grego, ou 
seja, o grego comum (koinê). Outrossim, nada impede que o 
estudante bem capacitado no grego clássico não consiga ler e 
entender o grego comum (koinê). 
 
 Assim, ao final deste pequeno estudo introdutório ao 
alfabeto grego, desejamos que o mesmo possa ter sido de 
grande valia para aqueles que se propuseram a lê-lo e a realizar 
os exercícios sugeridos. Esperamos que o estudo deste pequeno 
livro tenha intuído nos leitores novas possibilidades de 
aprendizagem, entusiasmo em prosseguir estudos mais 
aprofundados do grego, prazer em ser capaz de decodificar e 
ler a palavra composta pelos caracteres gregos, admiração ao 
entender a estreita relação entre a língua portuguesa e o idioma 
grego, e auxílio na parte inicial de aprendizagem do grego 
antigo. 
 
 Encerramos com o mesmo pensamento com o qual 
iniciamos, o qual é de autoria do professor Carl A. P. Ruck: “O 
grego vale a pena? Não tivessem os meios de comunicação em 
massa convertido o homem de ser pensante em ser 
‘comprante’, a resposta à nossa pergunta seria autoevidente”. 
 
 
 
 
68 
Resolução dResolução dResolução dResolução dos eos eos eos exercíciosxercíciosxercíciosxercícios 
 
Resolução do exercício 1 
a) 
Α α (alfa) Β β (beta) Ε ε (épsilon) Ι ι (iota) 
 Κ κ (capa) Μ µ (Mi) Ο ο (ômicron) Τ τ (tau) 
b) 
T t : Τ τ O o: Ο ο M m: Μ µ 
K k: Κ κ I i: Ι ι E e: Ε ε 
 
Resolução do exercício 2 
a) (ι) iota; (ο) ômicron; (α) alfa 
b) (ι) iota; (ο) ômicron; (τ) tau; (α) alfa; (µ) mi 
c) (κ) kapa; (α) alfa; (τ) tau 
d) (ε) épsilon 
e) (µ) mi; (ι) iota; (κ) kapa; (ο) ômicron 
f) (β) beta; (α) alfa; (ο) ômicron 
g) (α) alfa; (µ) mi 
 
 
69 
Resolução do exercício 3 
a) 
Γ γ (gama) ∆ δ (delta) Η η (eta) Λ λ (lambda) 
Π π (pi) Ρ ρ (rô) Σ σ ς (sigma) Ω ω (ômega) 
b) 
E e : Η η O o: Ω ω P p: Π π 
L l : Λ λ P p: Ρ ρ S s: Σ σ ς 
 
Resolução do exercício 4 
a) (λ) lambda; (σ) sigma 
b) (π) pi; (ς) sigma 
c) (Σ) sigma; (ω) ômega; (ρ) rô; (η) eta; (ς) sigma 
d) (Σ) sigma; (λ) lambda; (η) eta 
e) (ρ) rô 
f) (ρ) rô; (ς) sigma 
g) (δ) delta; (ρ) Rô 
h) (γ) gama; (ρ) rô; (ω) ômega 
 
 
 
70 
Resolução do exercício 5 
a) 
Ζ ζ (zeta) Θ θ (theta) Ν ν (ni) Ξ ξ (ksi) 
Υ υ (ípsilon) Φ φ (phi) Χ χ (qui) Ψ ψ (psi) 
 
b) 
N n : Ν ν ks: Ξ ξ Y y: Υ υ 
F f: Φ φ ch/kh: Χ χ ps: Ψ ψ 
 
Resolução do exercício 6 
a) φιλοσοφια = (φ) phi 
b) ναυτικóς = (ν) ni 
c) νύξ = (ν) ni; (υ) ípsilon; (ξ) ksi 
d) χρóνος = (χ) qui; (ν) ni 
e) γράφω = (φ) phi 
f) Θεóς = (Θ) theta 
g) Ζεύς = (Ζ) zeta; (υ) ípsilon 
h) χθές = (χ) qui; (θ) theta 
 
i) ψευδής = (ψ) psi; (υ) ípsilon 
 
71 
Resolução dos exercícios gerais de familiarização 
 
Exercícios de transliteração 
 
1) 
a) drama: δραµα 
b) filosofia: φιλοσοφια 
c) átomos16: ἂτοµος 
d) apóstolos: ἀπόστολος 
e) pólis: πόλις 
f) Theós17: Θεός 
g) chrónos: χρόνος 
h) Ramá: Ῥαµά 
i) hippopotamοs: ἱπποποταµος 
j) grafo: γραφω 
k) psiqué: ψυχή18 
 
2) 
 
16 A palavra “átomos” está no plural em português. Em grego, ἂτοµος está 
no singular e significa, portanto, átomo. Quando uma palavra grega termina 
em sigma (letra equivalente ao ‘s’ da língua portuguesa), não significa 
necessariamente que ela está no plural. No caso específico, incluímos as 
palavras “átomos” e ἂτοµος unicamente com a intenção de usar suas 
semelhanças gráficas para fins didáticos. A mesma observação cabe às 
palavras apóstolos e ἀπόστολος. 
17 A palavra Theós significa Deus e está transcrita com os caracteres latinos 
para fins didáticos, facilitando a transliteração para as letras gregas. 
Igualmente se encontram nessa situação as palavras chrónos e 
hippopotamοs, que significam, respectivamente, tempo e hipopótamo. 
18 Palavra grega que pode significar vida ou alma. 
72 
 a) ὥρα: hora 
 b) ἀπολογία: apologia 
 c) δέρµα: derma = pele 
 d) ἔθος: ethos = costume, hábito 
 e) Ζεύς: Zeus 
 f) κόσµος: cosmos = universo 
 g) µέγα: mega = grande 
 h) ὁδός19: rodós = estrada, caminho 
 i) Πεπικλῆς: Péricles 
 j) πάθος20: pathos = sofrimento, doença 
 
 
Exercícios de correspondência 
 
3) 
 
(g) ψυχή ; (c) βιβλίον ; (d) πυρός ; (b) ἀρχή ; 
(e) φόβος ; (a) φῶς ; (f) χρόνος 
 
4) 
(c) biologia; (d) ginecologista; (b) agropecuária; 
(e) filósofo; (g) psicossomático; (h) protótipo; 
(f) fonética; (a) antropologia ; 
 
 
 
19 Rodós dá origem às seguintes palavras usadas na língua portuguesa: 
rodovia, rodoviária e rodoviário. 
20 Pathos dá origem à palavra patologia, que é o ramo da medicina que trata 
da natureza, causas e sintomas das doenças. 
73 
GLOSSÁRIOGLOSSÁRIOGLOSSÁRIOGLOSSÁRIO 
 
GREGO – PORTUGUÊS 
 
ἂλφα – alfa 
 
ἀγαθóς: bom. 
ἀγάπη: amor. 
ἄγκυρα: âncora. 
ἄγγελος: anjo. 
ἀγρóς: campo. 
ἀκούεις: ouves. 
ἀνδρóς: homem, referente ao gênero masculino. 
ἂνθρωπος: ser humano, homem. 
ἀνθρώπων: homens (plural, genitivo). 
ἄνθρωποι: homens (plural, nominativo). 
ἀπολογία: apologia, defesa. 
ἀπόστολος: apóstolo, enviado, mensageiro. 
ἀρχή: início, princípio, começo. 
αὐτάς: elas. 
ἂτοµος: átomo, não divisível. 
 
βῆτα – beta 
 
βάρβαρος: bárbaro. 
βάλλω: lançar, atirar. 
βιβλίον: livro. 
βίος: vida. 
 
74 
γάµµα – gama 
 
γάµος: casamento. 
γένος: raça, espécie. 
γέρον: ancião, velho. 
γράφω: grafar, escrever. 
γυνή: mulher. 
 
δέλτα – delta 
 
δέρµα: derma, pele. 
διδάσκαλος: mestre, professor. 
δóγµα: lei, decreto. 
δρᾶµα: drama. 
ἔψσιλóν – épsilon 
 
ἔγειρε: levanta-te. 
ἐγχρίω: ungir. 
ἐδίδασκεν: ensinava. 
ἔθος: costume, hábito. 
ἔκραζον: gritavam. 
Ἕλληνας: gregos. 
ἐστιν: é. 
ἔχει: tem. 
ἔχω: tenho. 
 
ζῆτα – zeta 
 
Ζεύς: Zeus. 
ζῆλος: zelo, cuidado. 
75 
ζóφος: escuridão, trevas. 
 
ἦτα – eta 
 
ἡ: a (artigo definido feminino). 
ἦν: era. 
ἡµεῖς: nós. 
Ἡρακλῆς:

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