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Língua 
Portuguesa
Ibama
Livro Eletrônico
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Língua Portuguesa
AULA ESSENCIAL 80/20
Bruno Pilastre
Sumário
Língua Portuguesa .......................................................................................................................... 3
Introdução ........................................................................................................................................ 3
Equivalência, Substituição, Reorganização e Transformação de Palavras ou 
Trechos do Texto ............................................................................................................................. 7
Pontuação ........................................................................................................................................ 11
Correção ...........................................................................................................................................12
Morfossintaxe do Período ............................................................................................................13
Classes de Palavras ......................................................................................................................20
Compreensão e Interpretação de Textos ..................................................................................21
Sentidos do Texto .......................................................................................................................... 22
Coesão ............................................................................................................................................. 23
Semântica ....................................................................................................................................... 25
Tipologias e Gêneros Textuais ................................................................................................... 25
Questões de Concurso .................................................................................................................28
Gabarito ...........................................................................................................................................42
Gabarito Comentado ....................................................................................................................43
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Língua Portuguesa
AULA ESSENCIAL 80/20
Bruno Pilastre
LÍNGUA PORTUGUESA
Introdução
Nesta Aula 80/20, meu objetivo é tornar a sua preparação mais eficiente. Primeiramente, 
analiso o edital que normatiza o processo seletivo para o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente 
e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA): Edital Nº 1 – IBAMA, de 29 de novembro de 2021 
(Cargos de Analista e Técnico). Você observará que o conteúdo programático de Língua Portu-
guesa (Texto e Gramática) abrange muitos tópicos. De modo a extrair os conteúdos mais rele-
vantes dessas disciplinas, analiso as provas mais recentes da banca CEBRASPE, organizadora 
do certame para o IBAMA. Dessa análise, explicito os pontos mais recorrentes, direcionando a 
sua preparação para o que é mais importante, indo direto ao ponto.
Apenas uma observação: esta Aula 80/20 pressupõe uma articulação com os conteúdos 
abordados em meu curso de Língua Portuguesa (aulas autossuficientes em PDF, Gran Cursos 
Online). Partimos da abordagem mais ampla dos conteúdos (abarcando todos os tópicos do 
edital) para, aqui, otimizarmos ao máximo sua preparação, direcionando as suas forças para 
os conteúdos mais avaliados pela banca. Vamos ao trabalho, então!
Análise do Edital do Concurso para o Ibama
Segundo o subitem 8.2 do Edital, “Cada prova objetiva será constituída de itens para julga-
mento, agrupados por comandos que deverão ser respeitados. O julgamento de cada item será 
CERTO ou ERRADO, de acordo com o(s) comando(s) a que se refere o item”. Tendo em vista essa 
informação, considerarei essa modalidade de questão em minha análise das provas anteriores.
Também no Edital (subitem 13.2.1), lemos que os seguintes conteúdos de Língua Portu-
guesa serão exigidos:
• 1 Compreensão e interpretação de textos de gêneros variados.
• 2 Reconhecimento de tipos e gêneros textuais.
• 3 Domínio da ortografia oficial.
• 4 Domínio dos mecanismos de coesão textual.
− 4.1 Emprego de elementos de referenciação, substituição e repetição, de conectores 
e de outros elementos de sequenciação textual.
− 4.2 Emprego de tempos e modos verbais.
• 5 Domínio da estrutura morfossintática do período.
− 5.1 Emprego das classes de palavras.
− 5.2 Relações de coordenação entre orações e entre termos da oração.
− 5.3 Relações de subordinação entre orações e entre termos da oração.
− 5.4 Emprego dos sinais de pontuação.
− 5.5 Concordância verbal e nominal.
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Língua Portuguesa
AULA ESSENCIAL 80/20
Bruno Pilastre
− 5.6 Regência verbal e nominal.
− 5.7 Emprego do sinal indicativo de crase.
− 5.8 Colocação dos pronomes átonos.
• 6 Reescrita de frases e parágrafos do texto.
− 6.1 Significação das palavras.
− 6.2 Substituição de palavras ou de trechos de texto.
− 6.3 Reorganização da estrutura de orações e de períodos do texto.
− 6.4 Reescrita de textos de diferentes gêneros e níveis de formalidade.
TODOS os conteúdos elencados acima estão contemplados em meu curso de Língua Por-
tuguesa (aulas autossuficientes em PDF, Gran Cursos Online). Como o objetivo agora é otimi-
zar a sua preparação, abordarei de forma objetiva e concisa os conteúdos mais relevantes para 
a sua preparação – isto é, os conteúdos mais cobrados nas últimas provas.
A seguir, faço a análise dos conteúdos mais abordados nas provas anteriores da banca 
CEBRASPE. Na sequência, apresento didaticamente os conteúdos teóricos mais importantes. 
Por fim, trabalho as questões essenciais, ilustrando o modo como cada um dos conteúdos é 
abordado pela banca.
Conteúdos mais Cobrados nas Últimas Provas
Provas Analisadas
A minha análise fundamenta-se nos dados extraídos da nossa plataforma Gran Cursos 
Questões (área “Assuntos Frequentes”):
Obs.: � https://questoes.grancursosonline.com.br/
Trabalho com os seguinte filtros:
• Banca CEBRASPE;
• Língua Portuguesa;
• Modalidade “Certo/Errado”;
• Anos de 2019, 2020 e 2021.
Aplicados os filtros, o resultado da busca é este (3 principais disciplinas):
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Língua Portuguesa
AULA ESSENCIAL 80/20
Bruno Pilastre
Temos então que a banca CEBRASPE, em suas provas dos anos 2019, 2020 e 2021, aplicou 
757 questões de Língua Portuguesa!
Descrição dos Conteúdos Abordados nas Provas
E quais foram os tópicos de Língua Portuguesa mais abordados nas provas da banca CE-
BRASPE em 2019, 2020 e 2021? A seguir, mostro o Top 10 segundo a plataforma Gran Cursos 
Questões (com gráfico mostrando a porcentagem de incidência do conteúdo, considerando 
apenas o somatório de questões do Top 10):
Conteúdo N. de questões Porcentagem
1. Compreensão e interpretaçãode textos 129 32%
2. Equivalência, substituição, 
reorganização e transformação de 
palavras ou trechos do texto
82 20%
3. Sentidos do texto 46 11%
4. Pontuação 31 8%
5. Coesão 26 6%
6. Correção 20 5%
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Língua Portuguesa
AULA ESSENCIAL 80/20
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Conteúdo N. de questões Porcentagem
7. Semântica 20 5%
8. Morfossintaxe do período 19 4%
9. Tipologias e gêneros textuais 16 3%
10. Classes de palavras 16 3%
Outros - 3%
Tabela – Top 10 dos conteúdos mais recorrentes de Língua Portuguesa nas provas da banca CEBRASPE nos 
anos de 2019, 2020 e 2021
Gráfico – porcentagem de cada conteúdo de Língua Portuguesa cobrado nas provas da banca CEBRASPE nos 
anos de 2019, 2020 e 2021
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Língua Portuguesa
AULA ESSENCIAL 80/20
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Conteúdos mais Avaliados
No âmbito da disciplina de Língua Portuguesa – Gramática, os conteúdos são mais recor-
rentes são estes:
• equivalência, substituição, reorganização e transformação de palavras ou trechos do 
texto;
• pontuação;
• correção;
• morfossintaxe do período;
• classes de palavras.
No âmbito da disciplina de Língua Portuguesa – Texto, os conteúdos são mais recorrentes 
são estes:
• compreensão e interpretação de textos;
• sentidos do texto;
• coesão;
• semântica;
• tipologias e gêneros textuais.
É claro que os termos acima não dizem muito sobre como cada conteúdo é abordado. Em 
“pontuação”, por exemplo, sabemos haver questões sobre vírgula, sobre aspas, sobre travessão 
etc. É justamente aqui que realizo o mapeamento e o detalhamento de cada conteúdo/tópico, dire-
cionando a sua aprendizagem para o que é realmente fundamental. Separarei os conteúdos pelas 
disciplinas de Gramática e de Texto, ok? Lembre-se: trata-se de uma divisão pedagógica, apenas.
Após a discussão sobre os conteúdos mais relevantes, comento um conjunto de questões 
de provas recentes que ilustram de maneira muito clara a abordagem da banca.
Bom, vamos direto ao ponto, então!
EquIvalêncIa, SubStItuIção, rEorganIzação E tranSformação dE Pala-
vraS ou trEchoS do tExto
Em questões de “Equivalência, substituição, reorganização e transformação de palavras ou 
trechos do texto”, a banca CEBRASPE pode avaliar:
• a preservação de estrutura gramatical (norma culta);
• a preservação de sentido original do texto;
• a preservação da estrutura gramatical E do sentido original do texto;
• a preservação de organização textual (períodos, parágrafos etc.) (no âmbito da coerên-
cia e da coesão).
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Língua Portuguesa
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Professor, então nas questões de reescrita a banca pode avaliar qualquer conteúdo de 
Língua Portuguesa?
EXATAMENTE! Eu costumo chamar a denominação “reescrita” como termo coringa para 
a banca cobrar todo e qualquer conteúdo de gramática, semântica ou texto. É um desafio, eu 
sei. Você precisa articular bem seus conhecimentos de gramática aos conhecimentos de texto 
(tipologia, gêneros, níveis de formalidade, coesão, coerência, estrutura do parágrafo etc.).
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No âmbito gramatical, os principais tópicos avaliados em questões de reescrita são estes:
QUESTÕES DE 
REESCRITA
PALAVRAS MASCULINAS
VERBOS
PRONOMES PESSOAIS
NÃO PODE HAVER CRASE DIANTE DE:
uso de pronomes (referenciação)
uso de conectivos (conjunções)
Equivalência de conectivos no período 
composto (por coordenação e por subordinação).
colocação e ordem de termos
Observar fatores de próclise
Uso de vírgula para isolar termos 
deslocados
Uso inadequado de vírgula para 
separar termos em ordem direta (SVO)
pontuação
sinonímia e antonímia
Um teste de compatibilidade (para termos sinônimos) 
é a releitura do trecho com o novo vocábulo
É importante sempre observar o contexto de 
ocorrência do vocábulo
regência (e crase)
Verbos que regem a preposição “a”: 
possível ocorrência de crase.
Verbos mais recorrentes implicar
pedir
assistir
obedecer
aspirar
visar
avisar
Identificação da relação entre a forma verbal e o 
sujeito que desencadeia a flexão; 
Verbos impessoais: haver, meteorológicos 
(ficam sempre na terceira pessoa do singular);
Sujeito posposto;
Distinção TEM/TÊM: tem (sujeito na 3ª pessoa 
do singular); têm (sujeito na 3ª pessoa do 
plural).
concordância (nominal e verbal)
Sempre ficam na 
terceira pessoa do 
singular
haver “existencial”
meteorológicos
Tópicos recorrentes em questões de reescrita da banca CEBRASPE
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No âmbito da Interpretação de Textos, a reescrita é tratada como um fenômeno de paráfrase, 
definida como “diferentes formas de dizer a mesma coisa; frase sinônima”. Assim, a paráfrase é 
o recurso linguístico de dizer a mesma coisa de diferentes formas. A frase declarativa a seguir 
pode ter diversas paráfrases:
O João Gabriel comprou aquela guitarra na Amazon.
Paráfrases:
(i) Foi na Amazon que o João Gabriel comprou aquela guitarra. [clivagem]
(ii) Aquela guitarra foi comprada na Amazon pelo João Gabriel. [apassivação]
(iii) O João Gabriel comprou, na Amazon, aquela guitarra. [deslocamento]
(iv) Ele a comprou lá. [pronominalização]
Há diversas formas de se realizar paráfrases. As principais são estas:
o sinal <> significa “vice-versa”
PARÁFRASE
mudança de nível de formalidade (formal<>informal)
mudança no tipo de discurso (direto<>indireto)
nominalizações
mudança de voz (ativa<>passiva)
deslocamento 
de constituintes
de períodos dentro de um parágrafo
de parágrafos em um texto
substituição vocabular
de itens lexicais
sinonímia
hiponímia
hiperonímia
via conversão de classe (nominalização, 
formação de advérbios em -mente etc.)
de palavra<>locuções/perífrases
de conectores (conjunções e preposições)
de categorias gramaticais
tempos e modos verbais
aspecto verbal
gênero e número (nomes)
pronominalização e substituição de formas 
pronominais (especialmente do relativo “que”)
Tipos de paráfrases mais recorrentes em provas da banca CEBRASPE
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Pontuação
A banca CEBRASPE avalia de duas maneiras o emprego dos sinais de pontuação: (i) valor 
expressivo da pontuação (como uso das aspas); e (ii) correção gramatical.
A pontuação de um texto é capaz de trazer diversos matizes discursivos, além de ampliar 
consideravelmente a expressividade. Por exemplo, a pontuação (juntamente com o desloca-
mento) é capaz de dar destaque a certos itens da frase:
a) Fabiano caminhava com extrema dificuldade.
b) Com extrema dificuldade, Fabiano caminhava.
Na frase em (b), o adjunto adverbial “com extrema dificuldade” foi deslocado de sua posi-
ção final (canônica) para o início do período. A posição inicial é mais privilegiada em termos 
informacionais (o leitor presta mais atenção nesse comecinho), por isso o deslocamento é um 
recurso de destaque (juntamente com a pontuação, que marca o deslocamento).
Trabalharei dois sinais, os quais são muito recorrentes em provas da banca CEBRASPE: as 
aspas e a vírgula.
O uso mais comum das aspas é o de delimitar uma citação textual. Também se utilizam 
as aspas para identificar, dentro de um texto, títulos (de obras, textos, capítulos e mídias em 
geral), palavras estrangeiras e metalinguagem.
Outro uso muito comum das aspas é do tipo subjetivo, em que o autor, ao adotar as aspas 
em determinado texto, indica ironia, descrençam, malícia, imprecisão etc. Para que a inter-
pretação do valor semântico-discursivo das aspas torne-se mais clara, sugiro realizar a leitura 
global do texto. Nessa leitura, é possível depreender o “tom” adotado pelos enunciadores (e, 
consequentemente, qual valor é veiculado pelo emprego das aspas).
No emprego da vírgula, importa saber o seguinte:
Casos proibitivos
Não há vírgula entre o termo predicativo (do 
sujeito ou do objeto) e o termo predicado
A vírgula também não pode ser utilizada para separar o 
substantivo de seu complemento ou adjunto
Não se separa por vírgula o sujeito de 
seu predicado (na ordem direta)
Não há vírgula entre o agente da passiva e seu núcleo 
verbal (auxiliar + particípio)
Não se separa o verbo de seus complementos 
(quando em ordem direta)
Casos em que o emprego da vírgula é PROIBIDO
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Casos obrigatórios
Isolando aposto
Entre termos repetidos
Isolando expressões exemplificativas, 
retificativas, explicativas etc.
Isolando adjuntos adverbiais de longa 
extensão deslocados
Isolando vocativo
Em termos deslocados da ordem canônica
Entre termos coordenados em uma enumeração
No período composto, a vírgula NÃO é aplicada em orações 
coordenadas sindéticas aditivas ligadas por “e” ou “nem”
para separar orações coordenadas sindéticas adversativas, 
alternativas, conclusivas e explicativas
Isolando oração interferente
para separar orações subordinadas substantivas deslocadas
para separar orações coordenadas assindéticas
para separara orações subordinadas adjetivas explicativas
para marcar elipse de verbo
separar orações subordinadas adverbiais, especialmente 
quando ocorrem em início de período, antes da oração 
principal
No período composto, a vírgula é 
aplicada:
Casos em que o emprego da vírgula é OBRIGATÓRIO
Quando o adjunto ocorre após a ordem SVO
Quando o adjunto adverbial for de curta extensão e estiver 
deslocado para o início do período
Casos facultativos
Casos de emprego opcional da vírgula
corrEção
Este tópico é derivado do tópico 1, acima (Equivalência, substituição, reorganização e 
transformação de palavras ou trechos do texto).
Por correção gramatical, entende-se apenas a estrutura morfossintática do período (e sua 
pontuação). Em uma questão que trata apenas a correção gramatical, não se considera a ma-
nutenção de sentidos originais (ver o tópico 7, na sequência). Por correção gramatical, então, 
devemos considerar as regras da gramática normativa, aquelas que enunciam, por exemplo, 
que “não se separa com vírgula o sujeito de seu predicado”.
São raras as questões que trabalham apenas a correção gramatical. O mais comum é a 
questão que avalia a “correção gramatical” e “os sentidos originais do texto”, como veremos 
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em nossa seleção de questões essenciais. Antecipo brevemente a afirmativa de uma questão 
da banca CEBRASPE, a título de ilustração:
“Sem prejuízo da correção gramatical e do sentido original do texto, a forma verbal restam 
poderia ser substituída por mantém-se”.
Considerando apenas a correção gramatical, podemos julgar a questão como errada, já 
que a forma “restam” está flexionada no plural (e, desse modo, a forma adequada é mantêm-
-se, grafada com circunflexo). 
O tópico “correção” também está articulado ao próximo tópico, o qual avalia seus conheci-
mentos acerca da morfossintaxe do período.
morfoSSIntaxE do PEríodo
A seguir, você pode relembrar os principais termos do período simples:
Oração: SUJEITO + 
PREDICADO
Termos acessórios Aposto
Possui mesmo índice referencial de outro termo nominal
Não é preposicionado
Não possui núcleo verbal flexionado (marcado temporalmente)
É isolado por vírgulas (ou travessões, ou parênteses) ou introduzido por dois-pontos
Termos essenciais
Simples
Composto
Indeterminado
Oração sem sujeito
Sujeito
Predicado
Verbo-nominal
Nominal Verbo de ligação + substantivo
adjetivo
preposição
Verbal
Verbo intransitivo
Verbo transitivo
direto (sem preposição)
indireto (com preposição)
Os complementos verbais 
podem ocorrer sob forma de 
pronome pessoal oblíquo
Predicativo
do sujeito
do objeto
As formas adjetivas 
concordam em gênero 
e número com o termo 
predicado
Termos essenciais e acessórios do período simples
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AULA ESSENCIAL 80/20
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Nas provas da banca CEBRASPE, duas noções são fundamentais: a tipologia do sujeito (isto 
é, os tipos de sujeito) e a tipologia do predicado verbal (isto é, os tipos de predicado verbal).
Sobre os tipos de sujeito, é necessário conhecer a técnica para identificá-los: pergunte ao 
predicado “quem é quê [predicado]?”. Essa técnica funciona para sujeitos em posição canô-
nica (tipo S-V) e para sujeitos em posição pós-verbal. Destaque para o fato de que a banca 
CEBRASPE exige recorrentemente a identificação de sujeitos pospostos.
Eu também destaco a indeterminação do sujeito, que ocorre de duas maneiras:
Obs.: � - terceira pessoa do plural (sem referente anterior)
 � - terceira pessoa do singular com I. I. DO SUJEITO (SE). Essa estrutura é comum em 
verbos transitivos indiretos e intransitivos.
Nos predicados verbais, é preciso identificar os tipos de complemento dos verbos transiti-
vos (direto, indireto; oracional). Essa identificação pode ser feita pela fórmula:
Obs.: � quem [verbo], [verbo] COMPLEMENTO
- Verbo “comprar”: quem compra, compra ALGO
- Verbo “entregar”: quem entrega, entrega ALGO a ALGUÉM
Quando o verbo é transitivo indireto, é precisoatenção se a preposição exigida for “a”, como 
em “entregou o medicamento a [alguém]”. Nesse caso, se o objeto indireto (regido pela preposi-
ção “a”) tiver como núcleo um termo determinado por artigo definido feminino, a crase ocorre:
Entregou o medicamento à paciente do leito 38.
Nesse caso, “a paciente do leito 38” é termo feminino de natureza definida, e por isso o 
artigo “a” o antecede.
Outro ponto muito importante ligado à transitividade verbal é a transposição voz ativa<>voz 
passiva. Nesse caso, APENAS verbos que selecionem objeto direto na ativa podem apassivar. 
Além disso, é bom destacar que, na passiva sintética (aquela com a partícula apassivadora 
“se”), o verbo flexiona de acordo com o sujeito (que tipicamente está posposto).
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Vejamos mais um pouco o fenômeno de crase: casos facultativos, casos proibitivos e casos obrigatórios.
Casos facultativos 
de crase
Casos proibitivos
Casos obrigatórios
Antes de palavras masculinas.
Antes de verbos.
Antes de artigo indefinido.
Antes de pronomes demonstrativos.
Antes de pronomes relativos.
Antes de pronomes indefinidos.
Antes de pronomes pessoais
Enfim: diante de toda e qualquer palavra que não aceita artigo definido feminino “a(s)”. 
Em locuções adverbiais constituídas apenas de preposição “a” e substantivo feminino plural (isto é, 
sem artigo definido feminino): “a três vozes”, “a duas mãos”. 
Em locução adverbial constituída de palavra feminina repetida: “gota a gota”, “ponta a ponta”.
Quando há presença (obrigatória) de preposição e artigo definido feminino (singular ou plural) ou 
de pronome demonstrativo (aquele(a)(s), do tipo substantivo ou adjetivo).
Em locuções (adverbiais, conjuntivas e prepositivas) constituídas de preposição “a”, artigo definido 
feminino e substantivo feminino plural: “às vezes”, “à custa de”, “à medida que”. 
Quando é possível depreender as formas “à moda de”, “à maneira de”.
Diante de possessivos
Diante de substantivos próprios (havendo mudança de sentido, especialmente relacionado às 
noções de familiar/não familiar)
Quando o verbo admite dupla regência (com ou sem a preposição “a”). 
Quando o termo substantivo feminino pode ser percebido como determinado (sendo determinado 
pelo artigo definido) ou como indeterminado (não sendo determinado pelo artigo definido). Nesse 
caso, haverá mudança de sentido no que diz respeito à noção de determinado/indeterminado.
EMPREGO DO SINAL 
INDICATIVO DE CRASE
CRASE: casos facultativos, casos proibitivos e casos obrigatórios
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Na morfossintaxe do período composto (sintetizada no mapa mental a seguir), lembre-se 
de diferenciar as orações subordinadas adjetivas restritivas das explicativas: estas sempre 
ocorrem separadas por vírgula.
Período 
Composto
Por COORDENAÇÃO
Período Composto
Coordenada assindética
Coordenada sindética
aditiva
adversativa
alternativa
conclusiva
explicativa
Por SUBORDINAÇÃO
Substantiva
subjetiva
Podem ser substituídas por 
uma forma pronominal neutra, 
como “isso”
objetiva
direta
indireta
completivo-nominal
predicativa
apositiva
restritiva (não é isolada por pontuação)
explicativa (é isolada por pontuação
causal
comparativa
consecutiva
concessiva
condicional
conformativa
final
proporcional
temporal
Adjetiva
Adverbial
Morfossintaxe do período composto
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Ah, as funções das formas “que” e “se” (nos períodos simples e composto) também são importantes. Confira o mapa mental a seguir:
Morfossintaxe 
do “que” e do 
“se”
Substantivo
Pronome interrogativo
Pronome indefinido
Pronome relativo
Advérbio de intensidade
Preposição acidental
Coordenativa
Subordinativa
Conjunção
Interjeição
Palavra denotativa de realce (expletiva)
Palavra denotativa de realce (expletiva)
Condicional
Causal
Temporal
Não possui função sintática e pode ser omitida
Não possui função sintática e pode ser omitida
Nas subordinadas adverbiais
Pronome oblíquo
Índice de indeterminação do sujeito
Reflexivo/recíproco
Parte integrante do verbo
Apassivador
Conjunção 
subordinativa
Integrante (nas subordinadas substantivas)
Substantivo
Que Se
Funções do “que” e do “se”
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Por fim, vejamos o conteúdo sobre concordância. Nos mapas mentais a seguir, você pode observar os principais casos de concordância 
verbal e concordância nominal:
Padrão: a flexão verbal manifesta os traços de número e 
pessoa do sujeito gramatical
Com verbos impessoais
Regras para sujeito com núcleo composto em ordem SVO
Regras para sujeito simples (com um núcleo) em ordem SVO
Sintaxe de 
concordância 
(verbal)
Pede preposição “a” junto ao seu objeto indireto.
quando há mais de uma pessoa gramatical (aquelas: 1ª, 2ª e 3ª), deve-se respeitar a seguinte hierarquia
quando os núcleos do sujeito composto estiverem ligados pela preposição “com”, o núcleo verbal será flexionado no plural
quando cada um dos núcleos do sujeito composto estiver acompanhado da palavra “cada” ou “nenhum”, o núcleo verbal será flexionado no singular
quando os núcleos do sujeito forem formas infinitivas, a flexão ocorre no singular
a flexão pode ocorrer no singular ou no plural quando o sujeito composto for constituído pelas formas “um e outro”, “nem um nem outro”
quando os núcleos do sujeito composto forem ligados por “nem ... nem ...”, o verbo ocorre preferencialmente no plural
se os núcleos do sujeito composto forem ligados por “ou”, temos as seguintes possibilidades
1ª pessoa tem prioridade em relação à 2ª pessoa
2ª pessoa tem prioridade em relação à 3ª pessoa
quando o “ou” indica exclusão: concordância no 
singular
quando o “ou” indica retificação ou sinonímia: 
concordância com o núcleo mais próximo (por 
atração)
quando o “ou” indicar adição/inclusão: concordância 
no plural
quando o núcleo do sujeito é uma palavra com sentido coletivo, o verbo fica no singular
quando o sujeito de uma subordinada adjetiva é formado pelo pronome relativo “que”, o verbo deve 
concordar com os traços do referente do pronome relativo
nas expressões do tipo [pronome interrogativo/demonstrativo/indefinido no plural + de nós/de vós], o 
verbo concorda com o pronome no plural ou com as formas nós/vós
em topônimos pluralizados (isto é, em nomes geográficos que ocorrem sempre no plural), o plural 
ocorrerá quando da presença obrigatória do artigo plural antes do topônimo
quando o sujeito é formado por expressões como “menos de”, “cerca de”, “perto de” + NUMERAL, o 
núcleo verbal concorda com o numeral
na voz passiva sintética (aquela formada com o pronome “se” e que ocorre sem agente da passiva),o 
núcleo verbal concorda com os traços do sujeito (seja singular, seja plural)
quando o sujeito é um pronome de tratamento, o verbo sempre fica na terceira pessoa (do singular 
ou do plural)
Casos de concordância verbal
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Padrão: o núcleo do sintagma nominal desencadeia a concordância 
nos demais termos a ele vinculados.
Quando o sujeito é simples, o predicativo do sujeito concordará 
com os traços do núcleo
Quando o sujeito é simples, mas formado por expressões 
partitivas, como “a maioria de”, a concordância é dupla: ocorre com 
a expressão partitiva ou com o especificador do termo partitivo.
Casos específicos
Sintaxe de 
concordância 
(nominal)
Junto: Elas viviam juntas no apartamento.
Obrigado: A Ana ficou obrigada por tantas gentilezas.
Extra: Os trabalhos extras serão pagos. 
Quite: Os comerciantes ficaram quites com a Receita 
Federal.
Anexo: As pastas anexas devem ser utilizadas na auditoria.
Mesmo: A médica mesma fez o exame.
Bastante: Posso citar bastantes exemplos de filmes de 
terror.
Meio: Ela levou meia hora para chegar. 
Quando possuem valor adjetivo (e modificam um 
nome, seja por adjunção, seja por predicação), as 
seguintes palavras são flexionadas
Não são flexionadas as seguintes palavras (quando 
em função de advérbios)
Bastante: Almocei bastante ontem.
Meio: Elas estavam meio cansadas. 
Junto: A cantina fica junto da quadra 
de esportes.
Caro: Comprou caro aquele carro 
usado. 
Casos de concordância nominal
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claSSES dE PalavraS
São muitas as classes de palavras em português (10, segundo a Nomenclatura Gramatical 
Brasileira). Para a banca CEBRASPE, há duas classes que devem ser especialmente lembradas: 
as conjunções e os verbos. As conjunções já foram destacadas em nosso tópico 8 (Coesão). A 
classe dos verbos, por sua vez, é sintetizada a seguir:
Conjugações 2ª (tema em -e)
3ª (tema em -i)
1ª (tema em -a)
Infinitivo
Particípio
Gerúndio
Formas nominais
Categorias
Indicativo
Subjuntivo
Imperativo
Modo
Presente
Tempo
Do presente
Do pretérito
Futuro
Imperfeito
Perfeito
Mais que perfeito
Pretérito
Singular
Plural
Número
Primeira
Segunda
Terceira
Pessoa
Ativa
Passiva
Reflexiva
Voz
Verbo
Classe de 
palavra
Classe de palavra - verbo
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O que é importante para a prova: os valores semântico-discursivos dos modos e dos tem-
pos verbais, também sintetizados a seguir:
Modo Significado
INDICATIVO Os fatos verbais relatados pelo falante são certos, reais, verídicos (ou são tidos como tais).
SUBJUNTIVO Os fatos verbais relatados pelo falante são incertos, irreais, hipotéticos.
IMPERATIVO
Há uma exigência (ordem, mando), exortação, 
orientação ou pedido de súplica do falante em 
relação à necessidade de o sujeito realizar o 
evento.
O tempo presente é comum, por exemplo, em textos científicos e teóricos (e dissertações 
filosóficas). O tempo passado (pretérito) é comum em narrativas, reportagens e notícias (que 
reportam eventos já ocorridos).
O aspecto verbal também é objeto de avaliação: é importante diferenciar o perfeito (ação 
tida como conclusa, encerrada) do imperfeito (ação tida como inconclusa, não encerrada).
Para encerrar a análise das classes de palavras, a banca CEBRASPE tem cobrado com 
frequência o modo como um substantivo é modificado por adjetivos: via modificação interna 
ao sintagma nominal (por adjuntos adnominais) ou via predicação (predicativo do sujeito ou 
predicativo do objeto).
comPrEEnSão E IntErPrEtação dE tExtoS
Em questões de Compreensão e interpretação de textos, a banca CEBRASPE explora os 
pressupostos e subentendidos do texto.
A operação de pressuposição ocorre quando uma marca linguística nos permite inferir 
uma informação não expressa verbalmente no texto. Essa marca linguística pode ser realizada 
mediante (ATENÇÃO!):
• o uso de pontuação expressiva, como aspas, reticências, exclamação, interrogação (per-
guntas retóricas);
• o uso de formatação especial (itálico, negrito, caixa-alta, maiúscula, minúscula);
• o uso de vocabulário específico (jargões técnicos, coloquialismos, gírias);
• o uso de recursos morfológicos expressivos, como diminutivo, aumentativo etc.; ou
• o uso de padrões sintáticos, como voz passiva, impessoalizações e inversões sintáticas.
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Diferentemente da pressuposição, um subentendido de um texto não pode ser identificado 
por marcas linguísticas. Subentender algo é realizar uma espécie de “cálculo” de sentidos, o qual 
nos leva a um “resultado” (desse resultado, extraímos uma informação não explícita). Um exem-
plo de cálculo é a comparação entre ideias. O autor apresenta uma ideia (que possui uma relação 
de causa e consequência, por exemplo) e, em seguida, aplica essa mesma relação a outra ideia.
Nas questões analisadas por mim (conferir sequência da aula), você verificará a banca 
trabalhando com essas duas operações (pressuposição, com marcas linguísticas; subentendi-
dos, sem marcas linguísticas).
Professor, como eu posso aperfeiçoar minha capacidade de realizar essas operações 
(isto é, conseguir ler os “pressupostos” e os “subentendidos” de um texto)?
A resposta é uma só: PRÁTICA, MUITA PRÁTICA. Somente lendo textos e resolvendo ques-
tões será possível realizar essas operações com rapidez e eficiência. À medida que você for 
praticando (resolvendo questões lá no Gran Cursos Questões), a identificação de marcas lin-
guísticas vai se tornando mais e mais automática, bem como as operações de inferência acer-
ca das informações de um texto.
SEntIdoS do tExto
Esse tópico poderia ser parafraseado como “manutenção dos sentidos do texto”. Vamos 
analisar a ideia por trás de sentido.
No âmbito lexical (isto é, no nível das palavras), sentido é a relação que se estabelece entre 
um significante e um significado. Traduzindo: quando eu digo “celular”, esse registro (oral ou 
escrito, um significante) faz referência a uma entidade (um aparelho para estabelecer comuni-
cação, o significado).
Bom, essa mesma relação ocorre no âmbito textual. Um texto também possui um sentido: 
estabelece-se uma relação entre o que está registrado (na escrita) e o que esse registro signi-
fica. Se eu digo: “A Ana doou apenas um brinquedo para a creche”, essa sequência de palavras 
forma um enunciado, o qual diz algo sobre o mundo. Se eu realizar alguma modificação nessa 
sequência de palavras, o que é dito sobre o mundo pode ou não continuar o mesmo:
(i) “A Ana doou apenas um brinquedo para a creche”(ii) “Apenas a Ana doou um brinquedo para a creche”
A mudança de posição da palavra “apenas” altera o sentido original do enunciado, porque 
agora a restrição (o “apenas”) é aplicada a quem doou para a creche (originalmente, restringe-se 
a coisa doada).
Então, isso é o sentido do texto. Em questões, é preciso ficar atento ao que se afirma: se se 
disser, por exemplo, “ao se substituir X por Y, são preservadas a correção gramatical e a coerên-
cia textual”, NÃO HÁ QUE SE CONSIDERAR O SENTIDO ORIGINAL DO TEXTO, porque o comando 
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fala apenas em correção gramatical e coerência textual. Coerência está ligada a outros fatores, 
como violações às relações de causa e consequência, de premissa e conclusão, de existência no 
mundo etc. Agora, se se disser “ao se substituir X por Y, preservam-se a correção gramatical e os 
sentidos originais do texto”, estamos diante de uma questão que avalia OS SENTIDOS DO TEXTO.
coESão
Dois tipos de coesão são avaliados em questões da banca CEBRASPE: (i) coesão sequen-
cial; (ii) coesão referencial.
A coesão sequencial é aquela que permite que o texto progrida, que o texto avance – além, é 
claro, de estabelecer as relações lógicas entre as partes (conclusão, oposição, concessão etc.).
A coesão referencial é aquela que permite a referenciação interna (elementos linguísticos) 
e externa (enunciativos, biossociais etc.).
As questões sobre coesão sequencial trabalham dois pontos centrais: (i) os valores se-
mântico-discursivos dos conectores (subordinativos e coordenativos); e (ii) a possibilidade de 
substituição de um conector por outro. O mapa a seguir sintetiza os conectores:
ou ... ou
ora ... ora
já ... já
quer ... quer
Alternativas
logo
pois (após o verbo)
portanto
por conseguinte
Conclusivas
quer (equivalendo a “porque”)
pois (antes do verbo)
pois que
porquanto
Explicativas
Aditivas
e
nem (equivalendo a “e não”)
mas (precedido de “não só”)
Adversativas
mas
porém
todavia
contudo
no entanto
entretanto
Conjunções 
Coordenativas
Conectores (conjunções coordenativas)
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quando
assim que
até que
enquanto
logo que
mal
Temporais
à proporção que
à medida que
ao passo que
Proporcionais
que
como
do que (precedidos de “mais” ou “menos”)
quanto (precedido de “tal”, “tão” ou “tanto”)
Comparativas
porque
visto que
que (equivalendo a “porque”)
já que
uma vez que
como (equivalendo a “porque”)
Causais
que (empregada para a noção 
de “afirmação”)
se (empregada para a noção 
de “dúvida”, “incerteza”)
Integrantes
Condicionais
salvo se
caso
sem que
contanto que
se
desde que
exceto se
Concessivas
posto que
se bem que
ainda que
mesmo que
embora
Conformativas
segundo
consoante
como
conforme
Consecutivas
de forma que
de sorte que
que (precedido de “tal”, “tanto”, “tamanho” ou “tão”)
Finais
que (equivalendo a “para que”)
porque (equivalendo a “para que”)
a fim de que
para que
CONJUNÇÕES 
SUBORDINATIVAS
Conectores (conjunções subordinativas)
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As questões sobre coesão referencial abordam dois mecanismos: a anáfora e a catáfora. 
A anáfora ocorre quando uma forma pronominal (ou uma elipse) é capaz de RETOMAR um re-
ferente interno ao texto. A catáfora, por sua vez, é uma forma pronominal capaz de ANTECIPAR 
um referente interno ao texto.
Na anáfora, o conhecimento das formas pronominais é muito importante, principalmente 
o papel dos pronomes pessoais retos de terceira pessoa (ele(a)(s)), os pronomes oblíquos, os 
pronomes possessivos (meu, minha, seu, sua) e os pronomes demonstrativos (este, isso, aqui-
lo). Outro conhecimento importante é o da flexão verbal: por meio dela, é possível recuperar o 
referente da predicação (em estruturas de sujeito desinencial/elíptico/oculto).
Uma outra forma de se realizar a referenciação em um texto é por meio de sinônimos, hipôni-
mos e hiperônimos. Nesse caso, a retomada não é feita pronominalmente, mas semanticamente.
Como eu já disse, as questões sobre coesão são abundantes. Veja dois exemplos de afir-
mativas em questões:
A palavra “oportunidade” retoma a expressão “prática empreendedora”.
A expressão “suas relações” refere-se às relações da “democracia ateniense”.
SEmântIca
Nas provas de Língua Portuguesa da banca CEBRASPE, o conteúdo de semântica é tipica-
mente avaliado da seguinte forma (enunciado de uma questão recente):
O verbo “postular” está empregado no texto com o mesmo sentido de “pressupor”.
Trata-se, então, de uma relação semântica de sinonímia, que ocorre quando “duas palavras 
ou mais apresentam significados iguais ou semelhantes”.
A identificação de sinonímia deve ser realizada com base na ideia de que os termos são 
intercambiáveis: isto é, que tanto o termo X quanto o termo Y podem ocorrer naquele contexto 
– e essa substituição não compromete o signficado global do texto/trecho. Caso os termos 
não sejam intercambiáveis, não temos mais uma relalção de sinonímia. Fique atento(a), então, 
a essa possibilidade de substituir uma forma por outra (sempre considerando o contexto de 
ocorrência e a preservação (ou não) dos sentidos originais).
tIPologIaS E gênEroS tExtuaIS
As questões de tipologia textual (e gêneros) são formuladas de forma muito semelhante: a 
banca afirma que o texto em análise possui características de uma das tipologias: dissertativa, 
argumentativa, descritiva, narrativa ou injuntiva. Na afirmativa, a banca justifica a classificação 
proposta, como nos exemplos a seguir (extraídos das questões essenciais da banca, que vere-
mos na sequência da aula):
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“O terceiro parágrafo do texto é essencialmente descritivo, porque caracteriza a liberdade de 
expressão.”
“O texto é um artigo de opinião, em que predomina o tipo argumentativo, haja vista a presença 
de diversos argumentos para sustentar a ideia defendida por seu autor.”
Na síntese a seguir, registro as principais características das tipologias textuais:
TIPOLOGIA PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS
NARRATIVA
Na narração, há seres que participam de eventos em determinado 
tempo e espaço. Os participantes desses eventos são os 
personagens, os quais podem ser reais ou fictícios. O evento (uma 
espécie de ação) é denotado por verbos nocionais, como cantar, 
correr, beijar, nadar, ouvir etc. O tempo da narrativa é tipicamente 
o passado, mas pode ser o presente (a narração de um jogo de 
futebol) ou o futuro (obras proféticas, por exemplo). Em uma 
narrativa, o espaço pode ser físico (uma cidade,uma casa, uma 
escola) ou psicológico (mente do personagem ou do narrador).
DESCRITIVA
Em uma descrição, apresentamos uma série de característica de 
determinado ser/objeto/espaço, formando na mente do leitor/
ouvinte a imagem do que está sendo descrito.
Na descrição, essa apresentação de características é verbal 
(oral ou escrita). Linguisticamente, a descrição é tipicamente 
formada por predicações nominais (Sujeito + Verbo de ligação + 
Predicativo) ou por adjetivação (Substantivo + adjetivo (atributivo)).
DISSERTATIVA-
EXPOSITIVA 
(EXPOSITIVA)
No tipo textual dissertativo expositivo, o autor do texto expõe/
apresenta ideias, fatos, fenômenos. Por ser de caráter expositivo, 
não se busca convencer o leitor em relação ao ponto de vista 
- pressupõe-se, assim, que a dissertação expositiva apenas 
apresenta a ideia, o fato ou o fenômeno.
DISSERTATIVA- 
ARGUMENTATIVA
(ARGUMENTATIVA)
No tipo textual dissertação argumentativa, diferentemente da 
dissertação expositiva, procura-se formar a opinião do leitor ou 
ouvinte, objetivando convencê-lo de que a razão (o discernimento, 
o bom senso, o juízo) está com o enunciador, de que quem 
enuncia é que está de posse da verdade.
INJUNTIVA
A propriedade básica do tipo textual injuntivo é: ensinar/orientar/
instruir o leitor/ouvinte/espectador a realizar uma tarefa. Os 
textos injuntivos são tipicamente estruturados por formas verbais 
no infinitivo ou no modo imperativo.
Principais características das tipologias textuais
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As questões sobre tipologia são, então, do tipo classificatórias. Você deve observar o texto, 
identificar as propriedades textuais (em termos de tipologia) e realizar o “enquadro” em deter-
minada classificação.
Os textos são predominantemente de um tipo textual (às vezes, a banca usa o termo “essen-
cialmente”). Isso porque pode haver, em um mesmo texto, uma narração, uma descrição e 
uma argumentação. O que determina a predominância é a função do texto: se a função é ar-
gumentar (defender um ponto de vista) e, para isso, faz-se uso de uma narração, o texto será 
predominantemente argumentativo.
Para encerrar este assunto (e nossa síntese dos conteúdos mais importantes), vejamos 
as características dos gêneros discursivos mais recorrentes em provas da banca CEBRASPE:
• Editorial: nesse gênero, discute-se uma questão, apresentando o ponto de vista do jor-
nal, da empresa jornalística ou do redator-chefe. É um gênero pertencente ao tipo textual 
dissertativo-argumentativo.
• Artigo de opinião: neste gênero, busca-se convencer o leitor em relação a uma determi-
nada ideia. O autor do artigo de opinião não representa o ponto de vista do veículo que 
publica o texto. Esse também é um gênero pertencente ao tipo textual dissertativo-ar-
gumentativo. Pode ocorrer o uso da primeira pessoa do singular, marcando o posiciona-
mento individual do articulista (aquele que escreve o artigo de opinião).
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QUESTÕES DE CONCURSO
001. (CEBRASPE/ANALISTA/MP-CE/2020/Q1219336) A correção gramatical e os sentidos 
originais do texto seriam mantidos caso o período “A inocuidade dos alimentos contribui para 
a segurança alimentar, a saúde humana, a prosperidade econômica, a agricultura, o acesso ao 
mercado, o turismo e o desenvolvimento sustentável.” fosse reescrito da seguinte forma: A in-
tegridade dos alimentos contribuem com a segurança alimentar, saúde humana, prosperidade 
econômica, agricultura, acesso ao mercado, turismo e desenvolvimento sustentável.
002. (CEBRASPE/ANALISTA/MP-CE/2020/Q1219326) Não há conclusões unânimes, mas 
a ciência e os especialistas caminham para o entendimento de que o preconceito seja um 
conceito aprendido. Por definição, o preconceito é uma opinião formada antes da aquisição 
dos conhecimentos adequados; um sentimento desfavorável, concebido antecipadamente ou 
independente de experiência ou razão. Assim, foge da postura típica dos animais, que só pas-
sam a rejeitar aquilo que os prejudica a partir da experiência adquirida. O racismo prevê uma 
superioridade racial independente da experiência pessoal.
A correção gramatical e os sentidos do texto seriam mantidos caso o período “Assim, foge 
da postura típica dos animais, que só passam a rejeitar aquilo que os prejudica a partir da ex-
periência adquirida.” fosse reescrito da seguinte forma: Assim, o preconceito foge da postura 
típica dos animais, que rejeitam aquilo que é prejudicial a partir da experiência adquirida.
003. (CEBRASPE/ANALISTA/MP-CE/2020/Q1219324)
�Não há conclusões unânimes, mas a ciência e os especialistas caminham para o entendimen-
to de que o preconceito seja um conceito aprendido. Por definição, o preconceito é uma opi-
nião formada antes da aquisição dos conhecimentos adequados; um sentimento desfavorável, 
concebido antecipadamente ou independente de experiência ou razão. Assim, foge da postura 
típica dos animais, que só passam a rejeitar aquilo que os prejudica a partir da experiência ad-
quirida. O racismo prevê uma superioridade racial independente da experiência pessoal.
�Um estudo neurológico realizado pela pesquisadora Eva Telzer, da Universidade de Illinois, ana-
lisou a reação de uma estrutura cerebral chamada amígdala, ligada a sensações como medo e 
ansiedade, em crianças e adolescentes de 4 a 16 anos. O estudo mostrou que a amígdala não 
responde à questão racial em crianças: a sensação de medo começa a aparecer ao longo da 
adolescência, o que pode indicar que o racismo é aprendido ao longo da vida.
�Já as pesquisas na área de psicologia experimental, que muitas vezes estudam o comportamen-
to dos animais, poderiam encontrar uma explicação para o racismo de bases evolutivas — apesar 
de não existirem, nos animais, traços de preconceito ou discriminação propriamente dita. “Nós 
não identificamos em animais um correlato exato ao preconceito, especialmente porque precon-
ceito é uma construção verbal e social típica das culturas humanas”, diz Patrícia Izar, professora 
doutora do departamento de psicologia experimental da Universidade de São Paulo (USP). “O 
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que existe tipicamente entre os primatas, os macacos, é um comportamento de proteger o grupo 
ao qual eles pertencem; em geral, um grupo com alto grau de parentesco contra outro grupo.”.
�O geneticista Sérgio Pena não concorda com estudos evolutivos: “Ao postular a existência de 
uma natureza humana evolutivamente moldada para ser etnocêntrica, paroquial, bairrista e 
chauvinista, esses discursos geralmente terminam por atribuir ao racismo uma inevitabilidade 
natural. Isso não é verdade. Pelo contrário, as ‘raças’ e o racismo não têm nenhuma justificati-
va biológica e não passam de uma invenção muito recente na história da humanidade.”.
O emprego de aspas no vocábulo ‘raças’ (último parágrafo), na fala do geneticista Sérgio Pena,reproduz a intenção desse pesquisador de demonstrar a inadequação da palavra no contexto 
apresentado por ele.
004. (CEBRASPE/ANALISTA/MP-CE/2020/Q1219345)
�“Desprezo o que dizes, mas defenderei até a morte o teu direito a dizê-lo.” É com essa afirma-
ção atribuída a Voltaire, filósofo do iluminismo francês, que Nigel Warburton principia o seu 
ensaio sobre liberdade de expressão. A liberdade de expressão — entendida em sentido amplo, 
em que se incluem a palavra escrita, as peças teatrais, os filmes, os vídeos, as fotografias, os 
cartuns, as pinturas, entre outros — é um direito consagrado no artigo 19º da Declaração Uni-
versal dos Direitos do Homem, de 1948.
A liberdade de expressão é particularmente valiosa em uma sociedade democrática, ao ponto 
de haver quem sustente que, na ausência de uma ampla liberdade de expressão, nenhum go-
verno 13| seria de todo legítimo e não deveria ser denominado democrático. Essa é a perspec-
tiva defendida por Ronald Dworkin, para quem “A livre expressão é uma das condições de um 
governo legítimo. As leis e políticas não são legítimas a menos que tenham sido adotadas por 
meio de um processo democrático, e um processo não é democrático se o governo impediu 
alguém de exprimir as suas convicções acerca de quais devem ser essas leis e políticas”.
A correção gramatical e a coerência do texto seriam mantidas caso fosse inserida a expressão 
“por isso”, isolada por vírgulas, entre as palavras “e” e “não”, na linha 13 – “e, por isso, não”.
005. (CEBRASPE/ANALISTA/MP-CE/2020/Q1219328) Já as pesquisas na área de psicolo-
gia experimental, que muitas vezes estudam o comportamento dos animais, poderiam encon-
trar uma explicação para o racismo de bases evolutivas — apesar de não existirem, nos ani-
mais, traços de preconceito ou discriminação propriamente dita.
A correção gramatical do texto seria mantida caso a forma “existirem” fosse substituída por “existir”.
006. (CEBRASPE/AUDITOR/SEFAZ-DF/2020/Q1181504) No trecho “os investidores reco-
nhecem cada vez mais o impacto, para a sociedade, das empresas nas quais investem”, a 
substituição de “nas quais” por “aonde” prejudicaria a correção gramatical do texto.
007. (CEBRASPE/AUDITOR/SEFAZ-DF/2020/Q1181502) Dada a regência do verbo “tender”, é fa-
cultativo o emprego do sinal indicativo de crase no vocábulo “a” em “tendem a ser menos efetivas”.
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008. (CEBRASPE/AUDITOR/SEFAZ-DF/2020/Q1181500) Além disso, apenas 10% das em-
presas estão conseguindo captar o valor total da sustentabilidade, enquanto muitas compa-
nhias restam presas na “divulgação”.
Sem prejuízo da correção gramatical e do sentido original do texto, a forma verbal “restam” 
poderia ser substituída por “mantém-se”.
009. (CEBRASPE/AUDITOR/SEFAZ-AL/2020/Q1224257) Tem meia dúzia de atendentes, co-
nheço dois ou três pelo nome, e o dono do lugar é sempre simpático comigo. Sabe que gosto 
do seu negócio, que, se me mudasse de novo para lá, seria seu freguês. Mas também sei que 
me vê como um tipo que há vinte anos vive na capital, que a essa altura é mais metropolitano 
que interiorano, um cara talvez meio esquisito, ou apenas ridículo, que se interessa por coisas 
de que não precisa, coisas das quais não entende.
A expressão “um cara talvez meio esquisito” é empregada pelo narrador para caracterizar “o 
dono do lugar”.
010. (CEBRASPE/PROCURADOR/PEF.BOA VISTA/2019/Q1145089)
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As formas verbais “Acesse”, “conheça” e “consulte” caracterizam-se por uma uniformidade na 
flexão de modo e de pessoa.
011. (CEBRASPE/ANALISTA/MP-CE/2020/Q1219342)
�“Desprezo o que dizes, mas defenderei até a morte o teu direito a dizê-lo.” É com essa afirma-
ção atribuída a Voltaire, filósofo do iluminismo francês, que Nigel Warburton principia o seu 
ensaio sobre liberdade de expressão. A liberdade de expressão — entendida em sentido amplo, 
em que se incluem a palavra escrita, as peças teatrais, os filmes, os vídeos, as fotografias, os 
cartuns, as pinturas, entre outros — é um direito consagrado no artigo 19º da Declaração Uni-
versal dos Direitos do Homem, de 1948.
�A liberdade de expressão é particularmente valiosa em uma sociedade democrática, ao ponto 
de haver quem sustente que, na ausência de uma ampla liberdade de expressão, nenhum go-
verno seria de todo legítimo e não deveria ser denominado democrático. Essa é a perspectiva 
defendida por Ronald Dworkin, para quem “A livre expressão é uma das condições de um go-
verno legítimo. As leis e políticas não são legítimas a menos que tenham sido adotadas por 
meio de um processo democrático, e um processo não é democrático se o governo impediu 
alguém de exprimir as suas convicções acerca de quais devem ser essas leis e políticas”.
�Desde os alvores da democracia ateniense, são sobejamente conhecidas as suas relações 
com a argumentação e a retórica. Porém, tal como a retórica e a argumentação podem ser 
postas ao serviço da mentira e da manipulação, também em relação à liberdade de expressão 
se coloca a questão dos seus limites.
�No texto, sugere-se que a liberdade de expressão pode ser usada em favor da mentira e da 
manipulação.
012. (CEBRASPE/ANALISTA/MP-CE/2020/Q1219332)
�A primeira celebração do Dia Mundial da Segurança dos Alimentos das Nações Unidas, que 
ocorreu em 7 de junho de 2019, tinha como objetivo fortalecer os esforços para garantir que 
os alimentos que comemos sejam seguros. A cada ano, quase uma em cada dez pessoas no 
mundo (cerca de 600 milhões de pessoas) adoece e 420 mil morrem depois de ingerir alimen-
tos contaminados por bactérias, vírus, parasitas ou substâncias químicas.
�Alimentos não seguros também dificultam o desenvolvimento em muitas economias de baixa 
e média renda, que perdem cerca de US$ 95 bilhões em produtividade devido a doenças, inca-
pacidade e morte prematura de trabalhadores.
�Nas Américas, estima-se que 77 milhões de pessoas sofram um episódio de doenças transmi-
tidas por alimentos a cada ano — metade delas são crianças com menos de 5 anos de idade. 
Os dados disponíveis indicam que as doenças transmitidas por alimentos geram de US$ 700 
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mil a US$ 19 milhões em custos anuais de saúde nos países do Caribe e mais de US$ 77 mi-
lhões nos Estados Unidos da América.
�Na celebração do Dia Mundial da Segurança dos Alimentos de 2019, discutiu-se que a segu-
rança dos alimentos é responsabilidade de todos. A inocuidade dos alimentos contribui para 
a segurança alimentar, a saúde humana, a prosperidade econômica, a agricultura, o acesso ao 
mercado, o turismo e o desenvolvimento sustentável.
Embora seja um problema mundial, a contaminação dos alimentos ocorre de forma mais seve-
ra nos países do continente americano, de acordo com o texto.
013. (CEBRASPE/PROCUR./PR.CAMPO GRANDE/2019/Q1293084)
�A jurisdição constitucional na contemporaneidade apresenta-secomo uma consequência pra-
ticamente natural do Estado de direito. É ela que garante que a Constituição ganhará efetivida-
de e que seu projeto não será cotidianamente rasurado por medidas de exceção desenhadas 
atabalhoadamente. Mais do que isso, a jurisdição é a garantia do projeto constitucional, quan-
do os outros poderes buscam redefinir os rumos durante a caminhada.
Os sentidos e a correção gramatical do texto seriam mantidos caso se substituísse a forma 
verbal “garante” por “assegura”.
014. (CEBRASPE/ANALISTA/TJ-AM/2019/Q1125727)
�Szabo propôs os contratos inteligentes nos anos 90 do século passado. Mas, durante muito 
tempo, a proposta ficou só na ideia. Até que, em 2014, um jovem russo-canadense de 19 anos 
de idade, Vitalik Buterin, lançou a Ethereum, uma legaltech que mantém registro compartilha-
do com a rede bitcoin, mas tem linguagem de programação mais sofisticada que permite a 
gravação de contratos inteligentes. Os contratos inteligentes prometem automatizar muitas 
das ações que historicamente se fizeram por meio de sistemas legais, com redução de seus 
custos e aumento de sua velocidade e segurança.
�Ainda que o segmento esteja em fase inicial, aos poucos vão surgindo mais legaltechs para 
aplicar contratos inteligentes em diferentes setores da economia. Um dos principais desafios 
está no ambiente regulatório — em particular, no reconhecimento legal desses contratos.
�A expressão “Ainda que” poderia ser substituída por “Embora”, sem alteração dos sentidos e da 
correção gramatical do texto.
015. (CESPE/ANALISTA/TRF 1ª/2017/Q930132)
�A prática empreendedora vem crescendo no Brasil, sobretudo entre a população negra. Atu-
almente a maioria dos empreendedores negros são mulheres que abriram seus negócios por 
oportunidade, contrariando a crença geral de que as pessoas das camadas com menor poder 
aquisitivo procuram abrir seus negócios mais por necessidade ou devido ao desemprego.
A palavra “oportunidade” retoma a expressão “prática empreendedora”.
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016. (CEBRASPE/ANALISTA/MP-CE/2020/Q1219347)
�“Desprezo o que dizes, mas defenderei até a morte o teu direito a dizê-lo.” É com essa afirma-
ção atribuída a Voltaire, filósofo do iluminismo francês, que Nigel Warburton principia o seu 
ensaio sobre liberdade de expressão. A liberdade de expressão — entendida em sentido amplo, 
em que se incluem a palavra escrita, as peças teatrais, os filmes, os vídeos, as fotografias, os 
cartuns, as pinturas, entre outros — é um direito consagrado no artigo 19º da Declaração Uni-
versal dos Direitos do Homem, de 1948.
�A liberdade de expressão é particularmente valiosa em uma sociedade democrática, ao ponto 
de haver quem sustente que, na ausência de uma ampla liberdade de expressão, nenhum go-
verno seria de todo legítimo e não deveria ser denominado democrático. Essa é a perspectiva 
defendida por Ronald Dworkin, para quem “A livre expressão é uma das condições de um go-
verno legítimo. As leis e políticas não são legítimas a menos que tenham sido adotadas por 
meio de um processo democrático, e um processo não é democrático se o governo impediu 
alguém de exprimir as suas convicções acerca de quais devem ser essas leis e políticas”.
�Desde os alvores da democracia ateniense, são sobejamente conhecidas as suas relações 
com a argumentação e a retórica. Porém, tal como a retórica e a argumentação podem ser 
postas ao serviço da mentira e da manipulação, também em relação à liberdade de expressão 
se coloca a questão dos seus limites.
A expressão “suas relações” refere-se às relações da “democracia ateniense”.
017. (CEBRASPE/ANALISTA/MP-CE/2020/Q1219337)
�A primeira celebração do Dia Mundial da Segurança dos Alimentos das Nações Unidas, que 
ocorreu em 7 de junho de 2019, tinha como objetivo fortalecer os esforços para garantir que 
os alimentos que comemos sejam seguros. A cada ano, quase uma em cada dez pessoas no 
mundo (cerca de 600 milhões de pessoas) adoece e 420 mil morrem depois de ingerir alimen-
tos contaminados por bactérias, vírus, parasitas ou substâncias químicas.
�Alimentos não seguros também dificultam o desenvolvimento em muitas economias de baixa 
e média renda, que perdem cerca de US$ 95 bilhões em produtividade devido a doenças, inca-
pacidade e morte prematura de trabalhadores.
�Nas Américas, estima-se que 77 milhões de pessoas sofram um episódio de doenças transmi-
tidas por alimentos a cada ano — metade delas são crianças com menos de 5 anos de idade. 
Os dados disponíveis indicam que as doenças transmitidas por alimentos geram de US$ 700 
mil a US$ 19 milhões em custos anuais de saúde nos países do Caribe e mais de US$ 77 mi-
lhões nos Estados Unidos da América.
�Na celebração do Dia Mundial da Segurança dos Alimentos de 2019, discutiu-se que a segu-
rança dos alimentos é responsabilidade de todos. A inocuidade dos alimentos contribui para 
a segurança alimentar, a saúde humana, a prosperidade econômica, a agricultura, o acesso ao 
mercado, o turismo e o desenvolvimento sustentável.
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Sem alteração dos sentidos originais do texto, a palavra “transmitidas” poderia ser substituída 
por “transmissíveis”.
018. (CEBRASPE/ANALISTA/MP-CE/2020/Q1219329)
�Não há conclusões unânimes, mas a ciência e os especialistas caminham para o entendimen-
to de que o preconceito seja um conceito aprendido. Por definição, o preconceito é uma opi-
nião formada antes da aquisição dos conhecimentos adequados; um sentimento desfavorável, 
concebido antecipadamente ou independente de experiência ou razão. Assim, foge da postura 
típica dos animais, que só passam a rejeitar aquilo que os prejudica a partir da experiência ad-
quirida. O racismo prevê uma superioridade racial independente da experiência pessoal.
�Um estudo neurológico realizado pela pesquisadora Eva Telzer, da Universidade de Illinois, ana-
lisou a reação de uma estrutura cerebral chamada amígdala, ligada a sensações como medo e 
ansiedade, em crianças e adolescentes de 4 a 16 anos. O estudo mostrou que a amígdala não 
responde à questão racial em crianças: a sensação de medo começa a aparecer ao longo da 
adolescência, o que pode indicar que o racismo é aprendido ao longo da vida.
�Já as pesquisas na área de psicologia experimental, que muitas vezes estudam o comportamen-
to dos animais, poderiam encontrar uma explicação para o racismo de bases evolutivas — apesar 
de não existirem, nos animais, traços de preconceito ou discriminação propriamente dita. “Nós 
não identificamos em animais um correlato exato ao preconceito, especialmente porque precon-
ceito é uma construção verbal e social típica das culturas humanas”, diz Patrícia Izar, professora 
doutora do departamento de psicologia experimental da Universidade de São Paulo (USP). “O 
que existe tipicamente entre os primatas, os macacos, é um comportamento de proteger o grupo 
ao qual eles pertencem; em geral, um grupo com alto grau de parentesco contra outro grupo.”.
�O geneticista Sérgio Pena não concorda com estudos evolutivos: “Ao postular a existência de 
uma natureza humana evolutivamente moldada para ser etnocêntrica, paroquial, bairrista e 
chauvinista, esses discursos geralmente terminam por atribuir ao racismo uma inevitabilidade 
natural. Isso nãoé verdade. Pelo contrário, as ‘raças’ e o racismo não têm nenhuma justificativa 
biológica e não passam de uma invenção muito recente na história da humanidade.”.
�O verbo “postular” está empregado no texto com o mesmo sentido de “pressupor”.
019. (CEBRASPE/ANALISTA/MP-CE/2020/Q1219341)
�“Desprezo o que dizes, mas defenderei até a morte o teu direito a dizê-lo.” É com essa afirma-
ção atribuída a Voltaire, filósofo do iluminismo francês, que Nigel Warburton principia o seu 
ensaio sobre liberdade de expressão. A liberdade de expressão — entendida em sentido amplo, 
em que se incluem a palavra escrita, as peças teatrais, os filmes, os vídeos, as fotografias, os 
cartuns, as pinturas, entre outros — é um direito consagrado no artigo 19º da Declaração Uni-
versal dos Direitos do Homem, de 1948.
�A liberdade de expressão é particularmente valiosa em uma sociedade democrática, ao ponto de 
haver quem sustente que, na ausência de uma ampla liberdade de expressão, nenhum governo 
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seria de todo legítimo e não deveria ser denominado democrático. Essa é a perspectiva defen-
dida por Ronald Dworkin, para quem “A livre expressão é uma das condições de um governo 
legítimo. As leis e políticas não são legítimas a menos que tenham sido adotadas por meio de 
um processo democrático, e um processo não é democrático se o governo impediu alguém de 
exprimir as suas convicções acerca de quais devem ser essas leis e políticas”.
�Desde os alvores da democracia ateniense, são sobejamente conhecidas as suas relações 
com a argumentação e a retórica. Porém, tal como a retórica e a argumentação podem ser 
postas ao serviço da mentira e da manipulação, também em relação à liberdade de expressão 
se coloca a questão dos seus limites.
�O terceiro parágrafo do texto é essencialmente descritivo, porque caracteriza a liberdade de 
expressão.
020. (CEBRASPE/AUDITOR/SEFAZ-DF/2020/Q1181499)
�Grandes companhias globais falam muito em sustentabilidade ambiental e descarbonização 
de sua produção, mas o que fazem na prática é insuficiente. A implementação de programas 
de sustentabilidade corporativa tem sido lenta, conforme estudo de dois professores do Inter-
national Institute for Management Development (IMD), instituto de administração sediado na 
cidade suíça de Lausanne.
�Dos executivos consultados em outra pesquisa realizada pelo IMD, 62% consideram estraté-
gias de sustentabilidade necessárias para serem competitivos atualmente, e outros 22% di-
zem que isso será importante no futuro. Sustentabilidade é vista como uma abordagem de 
negócios para criar valor a longo prazo, levando-se em conta como uma companhia opera nos 
ambientes ecológico, social e econômico.
�Em pesquisa com dez setores industriais ao longo de três anos, os dois professores do IMD 
concluíram que, ao contrário do otimismo gerado pelo Acordo de Paris para combater a mudan-
ça climática e pelos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas, as inicia-
tivas nas empresas deixam a desejar. Na pesquisa, eles constataram que menos de um terço 
das companhias desenvolveram casos de negócios claros ou proposições de valor apoiadas 
em sustentabilidade. Além disso, apenas 10% das empresas estão conseguindo captar o valor 
total da sustentabilidade, enquanto muitas companhias restam presas na “divulgação”. Alguns 
setores têm melhores resultados na implementação de programas de sustentabilidade, como 
o setor de material de construção, em comparação ao de telecomunicações.
�Os professores alertam que o tempo está esgotando. Estudos mostram que a poluição de 
carbono precisa ser cortada quase pela metade até 2030 para evitar 1,5 grau de aquecimento 
do planeta. Isso requer revisões ainda mais drásticas das indústrias globais e dos governos.
�Os dois professores destacam que os investidores reconhecem cada vez mais o impacto, para 
a sociedade, das empresas nas quais investem. Eles notam que a necessidade de desenvolver 
modelos de negócios mais sustentáveis está aumentando tão rapidamente quanto os níveis 
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de dióxido de carbono na atmosfera. E sugerem um forte senso de foco que chamam de “veto-
rização”, que inclui programas de sustentabilidade corporativa mais acelerados.
�Os pesquisadores alertam que companhias que trabalham em boas causas sem relação com 
seus negócios centrais tendem a ser menos efetivas.
O texto é um artigo de opinião, em que predomina o tipo argumentativo, haja vista a presença 
de diversos argumentos para sustentar a ideia defendida por seu autor.
Texto NP23-DL
�1 Preguiça e covardia são as causas que explicam por
�que uma grande parte dos seres humanos, mesmo muito após
�a natureza tê-los declarado livres da orientação alheia, ainda
�4 permanecem, com gosto e por toda a vida, na condição de
�menoridade. As mesmas causas explicam por que parece tão
�fácil outros afirmarem-se como seus tutores. É tão confortável
�7 ser menor! Tenho à disposição um livro que entende por mim,
�um pastor que tem consciência por mim, um médico que me
�prescreve uma dieta etc.: então não preciso me esforçar. Não
�10 me é necessário pensar, quando posso pagar; outros assumirão
�a tarefa espinhosa por mim.
�A maioria da humanidade vê como muito perigoso,
�13 além de bastante difícil, o passo a ser dado rumo a maioridade,
�uma vez que tutores já tomaram para si de bom grado a sua
�supervisão. Após terem previamente embrutecido e
�16 cuidadosamente protegido seu gado, para que essas pacatas
�criaturas não ousem dar qualquer passo fora dos trilhos nos
�quais devem andar, os tutores lhes mostram o perigo que as
�19 ameaça caso queiram andar por conta própria. Tal perigo,
�porém, não é assim tão grande, pois, após algumas quedas,
�aprenderiam finalmente a andar; basta, entretanto, o exemplo
�22 de um tombo para intimidá-las e aterrorizá-las por completo
�para que não façam novas tentativas.
Kant. Resposta à pergunta: Que é esclarecimento? Tradução de Pedro Caldas. In: Danilo Marcondes. Textos bási-
cos de ética: de Platão a Foucault. Zahar, 4.ª edição, 2008 (com adaptações).
A respeito dos sentidos e dos aspectos linguísticos do texto NP23-DL, julgue os próximos itens.
021. (INÉDITA/2021) Infere-se do texto que os seres humanos são incapazes de atingir a 
maioridade.
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022. (INÉDITA/2021) As formas pronominais “as” (l. 18), “-las” (l. 22) e “-las” (l. 22) retomam 
o mesmo referente.
023. (INÉDITA/2021) As conjunções “porém” (l. 20), “pois” (l. 20) e “entretanto (l. 21) poderiam 
ser corretamente substituídas por contudo, por que e no entanto, sem alteração da correção 
gramatical, da coesão e dos sentidos do texto.
024. (INÉDITA/2021) Sem prejuízo da correção gramatical do texto, o período “Não me é ne-
cessário pensar, quando posso pagar” (l. 9-10) poderia ser reescrito da seguinte forma: Quan-
do posso pagar, não

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