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Introdução, Morfologia e Metabolismo - Microbiologia

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Introdução 
A ciência da microbiologia é inteiramente 
destinada ao estudo dos microrganismos e do 
modo como eles funcionam, especialmente as 
bactérias, um grupo extenso de células muito 
pequenas que possuem grande importância 
básica e prática. 
 
Estrutura e funções das células 
As células microbianas são compartimentos 
vivos que interagem com o meio circundante e 
com outras células de forma dinâmica. 
 
A seguinte figura representa uma visão geral 
da estrutura microbiana, observando-se 
meios de cultura desenvolvidos através da 
técnica de estriações em placas de Petri. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Elementos da célula microbiana 
 Todas as células possuem uma 
barreira de permeabilidade seletiva 
chamada de membrana citoplasmática 
que separa o interior da célula do 
ambiente externo. 
 A parede celular confere resistência 
estrutural à célula, além de ser uma 
camada muito mais forte do que a 
membrana em si. 
** Células de plantas e a maioria dos 
microrganismos possuem parede 
celular, enquanto as células animais, 
com raras exceções, não possuem. 
 A análise da estrutura interna da 
célula revela dois padrões, chamados 
de procariota e eucariota. 
 Os procariotas incluem os reinos 
Bacteria e Archaea e consistem em 
células pequenas e estruturalmente 
bastante simples. 
 Os microrganismos eucariotas incluem 
algas, protozoários e outros protistas, bem 
como os fungos. 
 
Atividades microbianas 
- Metabolismo: acontece por meio da 
retirada de nutrientes do meio ambiente e 
transformação dos mesmos em novos 
materiais e resíduos celulares. 
- Crescimento: a produção dessas novas 
células a partir do metabolismo leva à 
divisão celular e formação de duas novas 
Introdução à Microbiologia e Contexto Histórico 
Nathália Muniz – Medicina Veterinária UFRB 
células. Portanto, crescimento se refere a 
um aumento no número de células em 
consequência da divisão celular. 
- Motilidade: é executada por meio de 
autopropulsão, permitindo que as células 
consigam se afastar de condições 
desfavoráveis e possam explorar novos 
recursos ou oportunidades de crescimento. 
- Diferenciação: pode resultar na formação 
de células modificadas especializadas em 
crescimento, dispersão ou sobrevivência. 
- Comunicação: as células respondem 
através de sinais químicos do ambiente ou de 
células circundantes vizinhas desenvolvendo 
novas atividades celulares. 
- Intercâmbio genético: transferência de 
genes entre células vizinhas, sendo elas da 
mesma espécie ou de espécies diferentes. 
 
Evolução 
É o processo de geração de descendentes 
com modificações, nos quais variantes 
genéticos (mutantes) são selecionados 
baseados na sua aptidão reprodutiva. 
 
Os primeiros fototróficos (organismos que 
armazenam energia através de luz solar) 
eram as: bactérias púrpuras ou as 
bactérias verdes, e outros anoxigênicos (que 
não utilizam oxigênio). 
 
Após o surgimento das primeiras células a 
partir de matérias inanimadas, seu 
crescimento subsequente originou 
populações de células, e estas começaram a 
interagir com outras populações celulares, 
formando comunidades microbianas. 
 
Com o desenrolar dos eventos evolutivos, 
três linhagens principais de células 
microbianas foram distintas: 
 Bacteria: compreende todas as 
bactérias que infectam o homem; 
 Archaea: bactérias metanogênicas, 
termófilas, acidófilas e halófilas; 
 Eukarya: reinos animal, vegetal, 
fungos e protozoários. 
 
Formação da árvore filogenética 
Foi formada a partir dos genes do RNA 
ribossomal, e tem demonstrado a existência 
de milhares de espécies de bactérias e 
arqueias, bem como centenas de espécies de 
eucariotos microbianos. 
As ferramentas para a geração de filogenias 
microbianas em culturas puras de 
microrganismos foram adaptadas para uso 
em ambientes naturais, a fim de investigar a 
diversidade das comunidades microbianas. 
Ecossistemas microbianos 
O ambiente propriamente dito no qual uma 
população microbiana vive é chamado de 
hábitat. Populações de células interagem 
com outras populações em comunidades 
microbianas que são fortemente controladas 
pelos recursos disponíveis e pelas condições 
que prevalecem naquela comunidade. 
 
As populações podem interagir de diversas 
formas, sendo elas benéficas, neutras, ou 
prejudiciais, dependendo do seu habitat ou 
resíduos metabólicos que podem se 
apresentar favoráveis para um organismo e 
nocivo para outro. Por isso, denomina-se 
todos os seres vivos, juntamente com os 
constituintes físicos e químicos de seu meio 
ambiente, um ecossistema. 
 
Os principais ecossistemas microbianos são 
aquáticos (oceanos, lagoas, lagos, riachos, 
gelo, fontes termais), terrestres (solos 
superficiais, subsolo profundo) e organismos 
superiores (dentro de ou sobre plantas e 
animais). 
 
Microrganismos em ambientes 
naturais 
Em alguns hábitats microbianos, os 
organismos superiores não conseguem 
sobreviver devido ao 
fato de o hábitat ser composto de 
diversidades extremas para cada organismo. 
Esses “ambientes extremos” podem 
representar um desafio para qualquer forma 
de vida, porém, ainda assim, há existência de 
microrganismos nessa região, sendo 
chamados de extremófilos. 
 
Microrganismos como 
causadores de doenças 
No início do século XX, as principais causas de 
mortes humanas eram devido a patógenos 
virais, doenças infecciosas provocadas por 
bactérias. Não havia um controle rígido muito 
menos tratamento especifico. 
No entanto, atualmente, as doenças 
infecciosas são muito menos letais, 
principalmente nos países desenvolvidos. O 
controle dessas doenças é o resultado de uma 
combinação de avanços incluindo: 
 Maior entendimento a respeito dos 
processos das doenças; 
 Melhoria das práticas sanitárias e de 
saúde pública; 
 Campanhas de vacinação ativas; 
 Uso disseminado de agentes 
antimicrobianos, como os antibióticos. 
Contudo, é importante lembrar que embora 
os microrganismos representem uma ameaça 
para os indivíduos, boa parte deles não se 
situam nessa categoria e não são prejudiciais 
aos seres humanos, sendo até mesmo 
essenciais ao seu bem-estar. 
 
Microrganismos, agricultura e 
nutrição humana 
A agricultura se beneficia da ciclagem de 
nutrientes pelos microrganismos, como por 
exemplo, as leguminosas (fonte de alimento 
para humanos e animais) que utilizam o 
nitrogênio como fonte para seu crescimento. 
 
Também de grande importância agrícola são 
os microrganismos que habitam o rúmen de 
animais ruminantes, como o gado bovino e o 
ovino. 
 O rúmen é um ecossistema microbiano 
no qual densas populações de 
microrganismos realizam a digestão e 
fermentação do polissacarídeo 
celulose, o principal componente das 
paredes celulares vegetais. 
 
Na ausência desses microrganismos 
simbióticos, os ruminantes não poderiam 
desenvolver-se a partir de substâncias ricas 
em celulose, porém pobres em nutrientes. 
 
Em humanos, a parte fermentativa de 
microrganismos fica responsável pelo cólon 
(intestino grosso). 
 Auxiliam nos processos digestórios 
sintetizando certas vitaminas e outros 
nutrientes essenciais; 
 Atuam na defesa de microrganismos 
patogênicos que podem chegar ao 
trato digestório (auxiliam por si só na 
eliminação e prevenção de patógenos 
bacterianos). 
 
Microrganismos, alimentos e 
meio ambiente 
Os microrganismos desempenham papéis 
importantes na indústria alimentícia, incluindo 
na deterioração de alimentos, segurança e 
produção. 
A segurança alimentar, por exemplo, busca o 
monitoramento constante dos produtos 
alimentícios para garantir que os mesmos se 
encontrem livres de patógenos. 
 
No entanto, outro papel desses 
microrganismos na indústria alimentícia está 
interligado à produção dos próprios 
alimentos, como a fermentação microbiana. 
 Vários laticínios dependem dessa 
técnica para produção de ácidos 
característicos daquele produto. 
 É o produto de fermentação (etanol, 
ou ácido láctico,propiônico ou 
acético) que preserva o alimento e 
confere a ele um sabor 
característico. 
 Queijos, iogurte e manteiga, picles e 
algumas salsichas estão sujeitos à 
fermentação microbiana. 
 Além disso, bebidas alcoólicas 
dependem da atividade fermentativa de 
leveduras que originam dióxido de 
carbono (CO2), para o crescimento da 
massa do pão, e álcool como um 
ingrediente essencial, respectivamente. 
 Esses produtos também tem a 
importante função de preservar o 
produto alimentar do crescimento 
microbiano deléterio. 
 
Alguns microrganismos também produzem 
biocombustíveis. O álcool etílico (etanol), 
produzido pela fermentação microbiana da 
glicose a partir de matérias-primas como 
cana-de-açúcar, milho ou gramíneas de 
crescimento rápido, é um dos principais 
combustíveis para motores ou suplementos 
de combustíveis. 
 
 
Os microrganismos podem também ser 
utilizados na degradação de poluentes em um 
processo denominado biorremediação, em 
que os microrganismos são utilizados para 
consumir óleo derramado, solventes, 
pesticidas, e outros poluentes tóxicos ao 
ambiente. 
Outra associação é a microbiologia 
industrial, utilizada para produção de grandes 
quantidades de artigos de valor 
relativamente baixo, como antibióticos, 
enzimas e vários compostos químicos. Já a 
biotecnologia, emprega microrganismos 
geneticamente modificados para sintetizar 
produtos de elevado valor comercial, como a 
insulina ou outras proteínas humanas, 
normalmente em menor escala. 
Classificação Microbiana 
 
Sistemática 
- Taxonomia: caracteriza, nomeia e posiciona 
em diferentes categorias através de um 
ancestral comum. 
- Filogenia: mostrar relações de parentesco, 
para a reconstrução de árvores 
filogenéticas. 
 Método fenotípico: comparações 
morfológicas, fisiológicas, 
metabólicas e químicas. 
 Método genotípico: comparações de 
sequencias genômicas. 
 Método filogenético: agrupamento 
com base em relações evolutivas 
(árvore filogenética). 
 
Classificação científica (taxonômica) 
- Organização; 
- Nomes científicos universais (latim), 
padronizando o nome das espécies. 
- Unidade de classificação (espécie). 
 
 A diferenciação das espécies em organismos 
multicelulares (reprodução sexuada) 
funciona pela capacidade dois organismos, 
pertencentes ao mesmo grupo se 
reproduzirem e gerarem uma prolifértil. 
 
Já os organismos microbianos (reprodução 
assexuada), é definida por características 
genéticas e fenotípicas semelhantes entre si, 
apresentando um ancestral comum. 
 
Métodos para identificação de 
espécies 
 Sequenciamento do RNAr 16S 
- Os três principais domínios 
biológicos 
- Definição de 10.000 espécies 
 
 Técnica de hibridização 
- Pareamento total do DNA (organismo 
1 marcado + organismo 2); 
- Os organismos precisam ter um 
ancestral comum; 
- Quanto mais semelhantes, maior o 
grau de radioatividade. 
 
Outros métodos de taxonomia 
 Análise de genes individuais: 
recombinase (recA), girase (gyrB); 
 Tipagem de sequências de multilocos 
(MLST): sequenciamento de vários 
genes constitutivamente expressos – 
diferenciação entre cepas. 
- Diferencia subgrupos da mesma 
espécie 
- Pode identificar patologias 
 Fingerprinting de genomas: DNA 
submetido à digestão por uma enzima 
de restrição; 
 Análise do sequenciamento de 
multigenes: genomas completos; 
 Análise fenotípica. 
 
Obs: as identificações das cepas são 
intraespecíficas, gerenciando diferenças 
dentro da própria espécie. 
 
Classificação geral 
 É dada através de uma hierarquia 
taxonômica (dividida em subgrupos da 
mesma família/semelhanças). 
 Nomenclatura – Sistema binomial: 
Bacillus subtillis, Bacillus cereus. 
 
Classificação de procariotos 
 Cerca de 84 filos identificados por 
RNAr 16 S 
 Apenas 32 são cultiváveis 
 90% pertencem a 4 filos: 
Proteobacteria, Actinobacteria, 
Firmicutes e Bacteroidetes. 
 Manual de Bergey: fornece uma 
referência para identificação de 
bactérias em laboratório, assim, como 
um esquema de classificação para 
bactérias. 
 
Classificação de eucariotos 
Também se baseou nas técnicas de taxonomia 
molecular (sequenciamento do RNAr), como 
também o sequenciamento de DNA que 
codificam a proteína tubulina do 
citoesqueleto, a RNA-polimerase, a ATPase e 
proteínas de choque térmico, adicionaram 
informações que não eram obtidas apenas 
com o sequenciamento do RNAr. Com isso, foi 
criada a árvore filogenética moderna de 
Eukarya. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Morfologia de procariotos 
 As bactérias são organizadas pelo 
tamanho, forma e arranjo; 
 Possibilidade de identificar diferentes 
gêneros, aspectos, características; 
 Relação proporcional: quanto maior a 
célula, maior será o seu gasto de 
energia. 
 
Variações de procariotos 
 
Quanto à forma 
Células esféricas: denominadas cocos, são 
geralmente arredondas. 
Células alongadas/bastonetes: chamadas de 
bacilos. 
Células espiraladas: chamadas de espirilos; 
possuem uma ou mais curvatura, sendo elas: 
• vibriões (forma de vírgula); 
• espirilos (forma helicoidal, espiralada e 
rígida); 
• espiroquetas (forma helicoidal e flexível). 
Bactérias filamentosas: são bastante 
alongadas e não possui denominação 
especifica. 
 
Quanto ao arranjo 
Os cocos podem ser: diplococos (duas 
células ligadas); estreptococos (formando 
cadeia); estafilococos (divisão em três 
planos com agrupamento na forma de cacho 
de uva). 
 
Os bacilos em sua maioria se apresentam 
isolados. Os diplobacilos aparecem em pares 
após a divisão, e os estreptobacilos, em 
cadeias. 
 
As formas espiraladas não possuem um 
arranjo concreto. 
 
Propriedades gerais do procarioto 
 Ausência de membrana nuclear 
 DNA de forma circular 
 Transcrição e tradução acoplada 
 Ribossomos diferente de eucariotos 
 Presença de parede celular 
 Transcrição policistrônica 
- A diferença estrutural é que o RNAm 
de bactérias frequentemente codifica 
para várias proteínas, sendo chamado 
de policistrônico, enquanto o RNAm de 
eucariontes, na maioria dos casos, 
codifica para apenas uma cadeia 
polipeptídica, sendo 
chamado monocistrônico. 
 
Citologia 
 
Estruturas essenciais 
 Parede celular 
 Membrana citoplasmática 
 Citoplasma 
 
 
 
Estruturas não essenciais 
 Fímbrias 
 Flagelos 
 Cápsula 
 
Parede celular 
 
Estrutura 
- Composta de peptideoglicano 
(polissacarídeo complexo), um polímero de 
açúcares mistos e aminoácidos. 
- Bastante rígida, compacta; 
- Exposta externamente protegendo a 
membrana (que é menos resistente); 
 
Funções 
- Garante a forma da bactéria; 
- Responsável pelo controle da pressão 
osmótica bacteriana; 
- Suporte de antígenos bacterianos; 
 
Coloração 
O padrão de coloração da parede celular é o 
que diferencia devido a sua estrutura, 
podendo ser classificada em uma bactéria 
gram-positiva ou gram-negativa. 
 
Há duas formas de estruturas de paredes 
celulares: uma parede fina que cerca a 
membrana celular e que retém o corante 
cristal violeta (bactéria Gram-positiva) ou 
uma parede fina colocada entre duas 
membranas fosfolipídicas (bactéria Gram-
negativa). 
 
Gram-positiva 
 Possuem parede celular com uma 
única e espessa camada de 
peptidoglicanos e com presença de 
ácido teicoico (que funciona como 
antígeno de superfície, favorecendo a 
aderência de outras bactérias); 
 Essa espessa camada de 
peptideoglicanos confere maior 
resistência à bactéria; 
 A fixação com cristal violeta, cora a 
célula na cor púrpura ou azul, porque 
retêm esse corante, mesmo sendo 
exposta ao álcool. 
 
Gram-negativa 
 Possuem parede celular com duas 
camadas de membrana: uma interna, 
mais delgada, constituída por 
peptidoglicanos e a outra externa, de 
origem lipídica; 
 O espaço entre as membranas é 
chamado deespaço periplasmático. 
 Pela membrana externa ser mais 
permissível (delgada), 
consequentemente a bactéria será 
mais virolenta. 
 Essa característica confere, 
portanto, menor resistência à 
bactéria; 
 No processo de coloração, o lipídeo é 
dissolvido pelo álcool e libera o 
primeiro corante, cristal violeta; 
 Ao término da coloração, essas 
células são visualizadas com a 
tonalidade avermelhada do segundo 
corante. 
 
Membrana citoplasmática 
Composição: fosfolipídios, proteínas, 
carboidratos e hopanoides (esteroide 
diferente do eucarionte). 
 
Funções 
 Barreira seletiva de substâncias 
(potencial de membrana); 
 Separa a parede celular do 
citoplasma; 
 Força próton-motiva: transporte, 
motilidade e biossíntese de ATP. 
 
Estruturas essenciais 
 Citoplasma 
- Área citoplasmática: citoplasma, 
ribossomo, grânulos de reserva 
(armazena moléculas necessárias para 
geração de energia, como grânulos de 
enxofre, nitrogênio, amônia, glicogênio e 
moléculas essenciais como aminoácidos). 
- Área nuclear: nucleóide e plasmídeo. 
 
Estruturas não essenciais 
 Cápsula 
- Camadas superficiais externas de 
polissacarídeos; 
- Auxiliam na ligação dos microrganismos 
às superfícies sólidas; 
- Formação de colônias bacterianas 
- Forma a camada de biofilme nas células, 
“capa bacteriana”. 
- Mantém um fator de virulência – escape 
da fagocitose; 
- Prevenção da desidratação das células 
em ambientes menos hidratados; 
 Esporo 
- Comum nos gêneros Bacillus e 
Clostridium; 
- Parede celular espessa (ácido 
dipicolínico); 
- Resistente a agentes físicos e 
químicos; 
- As bactérias podem adquirir essa 
característica em ambientes mais 
inóspitos (maior taxa de radiação, 
variação de temperatura); 
- Estrutura proteica de dupla membrana 
que mantém estruturas essenciais; 
 Flagelo 
- Estruturas alongadas e delgadas; 
- Podem ser classificados em: 
monotríquia (flagelo único em um dos 
polos), lofotríquia (um agregado de 
flagelos em um dos polos), anfitríquia 
(flagelos em polos opostos) e peritríquia 
(fragmentos de flagelo distribuídos por 
toda bactéria); 
- Constituído de flagelina; 
- Proporcionam um movimento rotacional; 
- O movimento é diferente do observado 
em eucariontes, assim como sua 
estrutura; 
- Se divide em três partes: filamento, 
gancho e corpo basal; 
 
 Fímbrias 
- São estruturas mais curtas e delicadas 
que os flagelos; 
-Prolongamentos de proteínas 
filamentosas; 
- Mais comuns em bactérias gram-
negativas 
- Funções: troca de material genético, 
aderência bacteriana, deslocamento e 
comunicação entre bactérias. 
- Pode fazer reconhecimento com 
proteínas receptoras ou células do 
hospedeiro, desencadeando uma 
sinalização celular. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Metabolismo microbiano 
 
Química e nutrição celular 
Organismos diferentes necessitam de 
complementos nutricionais distintos, e nem 
todos os nutrientes são exigidos na mesma 
quantidade. Alguns nutrientes, denominados 
macronutrientes, são necessários em 
grandes quantidades, enquanto outros, 
denominados micronutrientes, são 
necessários apenas em pequenas 
quantidades. 
 
Composição química de uma célula 
Todos os nutrientes microbianos são 
originados dos elementos químicos. Contudo, 
somente alguns poucos elementos dominam 
os sistemas vivos e são essenciais: 
hidrogênio (H), oxigênio (O), carbono (C), 
nitrogênio (N), fósforo (P), enxofre (S) e 
selênio (Se). 
 
Macronutrientes 
Carbono: a maioria dos procariotos precisam 
de compostos orgânicos (que contem 
carbono). Além disso, alguns microrganismos 
são capazes de produzir as suas próprias 
estruturas celulares a partir do dióxido de 
carbono (CO2), que são os seres 
autotróficos. 
 
Nitrogênio: uma célula bacteriana é 
composta de 13% de nitrogênio e 
praticamente todos os procariotos são 
capazes de utilizar o NH3 (amônia) como sua 
fonte de nitrogênio. 
 
Seguindo C, N e O e H (da água, H2O), muitos 
outros macronutrientes são necessários às 
células, mas geralmente em quantidades 
menores, como os seguintes compostos: 
 
Fósforo: requerido pela célula para síntese 
de ácidos nucleicos e fosfolipídios. 
 
Enxofre: é fornecido à célula na forma de 
sulfato (SO42-). 
 
Potássio (K): é necessário para a atividade 
de diversas enzimas. 
 
Magnésio (Mg): é necessário para a 
estabilização dos ribossomos, membranas e 
ácidos nucleicos, sendo também necessário à 
atividade de muitas enzimas. 
 
Cálcio (Ca) e Sódio (Na): são nutrientes 
essenciais para apenas alguns organismos, o 
sódio em particular para os microrganismos 
marinhos. 
 
Micronutrientes 
Os microrganismos utilizam de vários metais 
em pequenas quantidades para o crescimento 
e o principal deles a ser citado é o ferro. 
 
O ferro desempenha um papel importante na 
respiração celular e é um componente 
essencial de citocromos e proteínas que 
contêm ferro e enxofre envolvidos nas 
reações de transporte de elétrons. 
 
Além do ferro, vários outros metais são 
necessários ou metabolizados pelos 
microrganismos. Coletivamente, esses 
micronutrientes são denominados elementos-
traço ou metais-traço. Os elementos-traço, 
normalmente, desempenham o papel de 
cofatores para enzimas. 
 
 
 
Fatores de crescimento 
São micronutrientes orgânicos. Os fatores 
de crescimento comuns incluem as vitaminas, 
porém aminoácidos, purinas, pirimidinas ou 
diversas outras moléculas orgânicas também 
podem ser fatores de crescimento para um 
ou outro organismo. 
 
A maioria das vitaminas vão ser utilizadas 
como coenzimas, que são componentes 
proteicos das enzimas. 
 
Meios de cultura 
Um meio de cultura é uma solução nutriente 
utilizada para promover o crescimento de 
microrganismos. 
 
Cultivo laboratorial 
Uma vez que um meio de cultura tenha sido 
preparado e esterilizado, organismos podem 
ser inoculados e permitir o seu crescimento. 
 
Dois tipos de meio de cultura podem ser 
inoculados no laboratório: meio de cultura 
líquido ou sólido. 
 
Meios de cultura líquidos: são solidificados 
com ágar, normalmente de 1 a 2%. 
Meios de cultura sólidos: imobilizam as 
células, permitindo que elas cresçam e 
originem massas isoladas e visíveis, 
denominadas colônias. 
 As colônias bacterianas podem exibir 
várias formas e tamanhos diferentes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Classes do meio de cultura 
 Meios definidos: quantidades precisas 
de compostos químicos inorgânicos ou 
orgânicos à agua destilada. 
 Meios complexos: empregam 
componentes de produtos microbianos, 
animais ou vegetais, como a caseína, 
carne, soja, células de leveduras ou 
várias outras substâncias altamente 
nutritivas. 
 Meio enriquecido: utilizado na cultura 
de microrganismos nutricionalmente 
exigentes, em que muitos dos quais 
são patógenos. 
 Meio seletivo: contém compostos que 
inibem seletivamente o crescimento de 
alguns microrganismos, mas não o de 
outros. 
 Meio diferencial: corresponde àquele 
ao qual um indicador, normalmente um 
corante, é adicionado, revelando por 
meio de uma mudança de coloração se 
uma reação metabólica em particular 
ocorreu durante o crescimento. 
- São bastante úteis na distinção de 
espécies bacterianas e no diagnostico 
clinico. 
Os meios de cultura precisam ser 
esterilizados antes do uso, e o processo de 
esterilização é obtido pelo aquecimento do 
meio em uma autoclave. As manipulações 
dessas culturas precisam ser assertivas e 
requer de técnicas assépticas, uma série de 
etapas que visam prevenir a contaminação 
durante a manipulação de culturas. 
Classes energéticas dos 
microrganismos 
 
Quimiorganotróficos e quimiolitotróficos 
A conservação de energia entre os 
microrganismos pode ser denominada em: 
 
Quimiotróficos: são organismos que 
conservam a energia a partir de compostosquímicos. 
Quimiorganotróficos: utilizam de compostos 
químicos orgânicos. 
Quimiolitotrofia: é a utilização da energia 
por meio da oxidação de compostos 
inorgânicos. 
 
Em praticamente todos os casos a energia é 
obtida a partir da oxidação do composto 
orgânico. 
 
Meios de obtenção da energia: 
Aérobicos: utilizam o oxigênio para obter 
energia; 
Anaeróbicos: extraem a energia somente na 
ausência de oxigênio; 
Anaeróbicos facultativos: podem 
metabolizar tanto na presença ou ausência 
de oxigênio. 
Autotróficos: usam, como fonte de carbono, 
um composto inorgânico (dióxido de carbono, 
monóxido de carbono). 
Heterotróficos: os que usam matéria 
orgânica como fonte de carbono. 
 Fotoheterotróficos: são organismos 
que utilizam a energia luminosa na 
síntese de matéria orgânica. 
 
Fototróficos: contêm pigmentos que os 
permitem converter a energia luminosa em 
energia química e, portanto, não necessitam 
de compostos químicos como fonte de 
energia. 
 
Possui duas formas principais: 
 Fotossíntese oxigênica ou 
Fotoautróficos 
- Há produção de oxigênio e é 
característica das cianobactérias 
(procariotos) e algas (eucariotos). 
 Fotossíntese anoxigênica ou 
Fotoautróficos anoxigênicos 
- É realizada por bactérias púrpuras e 
verdes e pelas heliobactérias (todas 
as bactérias), e não resulta na 
produção de O2.

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