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Geriatria Síndromes Demenciais

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@NOVAIISVITORIA VITÓRIA NOVAIS – MEDICINA UFJF 
 
1 GERIATRIA E GERONTOLOGIA 
SÍNDROMES DEMENCIAIS: 
Do latim, (DE) falta/diminuição de (MENS) 
mente. 
 Demência, conceitualmente, é definida como o 
comprometimento adquirido da memória 
associado a um prejuízo em pelo menos uma 
das outras funções cognitivas da linguagem, 
gnosias (reconhecer objetos), praxias (executar 
atividades motoras) ou funções executivas 
(planejar, organizar), que interferem na 
capacidade funcional, desempenho social ou 
profissional do indivíduo. 
EPIDEMIOLOGIA: 
 Prevalência: 
o Acima de 65 anos: 3 a 11% 
o Acima de 85 anos: 25 a 47% 
Dessa forma, o gráfico acima ilustra que quanto 
maior a idade, maiores as chances de 
desenvolvimento de demência. 
DIAGNÓSTICO: 
 Assim como o Delirium, a Demência também é 
diagnosticada com base nos critérios do DSM-IV 
e DSM-5  descritos no cap. de Delirium 
 Distúrbio Cognitivo Menor  NÃO interfere sem 
suas atividades de vida diária, profissional ou 
social 
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS DSM-IV-TR: 
A. Desenvolvimento de múltiplos déficits 
cognitivos manifestados tanto por (1) quanto 
por (2): 
1. Comprometimento da memória – 
capacidade prejudicada de aprender 
novas informações ou recordar 
informações anteriormente aprendidas 
2. Uma (ou mais) das seguintes 
perturbações cognitivas: 
a) Afasia: perturbação da linguagem 
b) Apraxia: capacidade prejudicada de 
executar atividades motoras, apesar 
de um funcionamento motor intacto 
c) Agnosia: incapacidade de 
reconhecer ou identificar objetos, 
apesar de um funcionamento 
sensorial intacto 
d) Perturbação do funcionamento 
executivo: isto é, planejamento, 
organização, sequenciamento, 
abstração 
B. Os Déficits Cognitivos nos critérios A.1 e A.2 
causam, cada qual, prejuízo significativo no 
funcionamento social ou ocupacional e 
representam um declínio significativo em 
relação a um nível anteriormente superior de 
funcionamento. 
C. Os déficits não ocorrem exclusivamente 
durante o curso de um Delirium. 
D. Um ou vários fatores orgânicos julgados 
etiologicamente responsáveis pelos 
transtornos são evidenciados pela 
anamnese, exame psíquico ou exames 
complementares. Na ausência dessas 
evidências, pode-se presumir que um fator 
orgânico originou a síndrome se um 
transtorno mental não orgânico pode 
explicar os sintomas, como, por exemplo, 
uma depressão maior. 
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS DSM-5: 
 
o que mudou?
DSM-IV TR
Seção 
Distúrbios 
Neurocog.
Demência
Apêndice
Dist.Cogniti
vo Menor
DSM-5
Seção Distúrbios 
Neurocognitivos
Distúrbio 
Neurocog 
Menor
Dist. 
Neurocog 
Maior 
(Demência)
 
 
@NOVAIISVITORIA VITÓRIA NOVAIS – MEDICINA UFJF 
 
2 GERIATRIA E GERONTOLOGIA 
A. Evidência de um declínio cognitivo significante 
em relação a um nível prévio de performance 
em um (ou mais) domínios cognitivos (atenção 
complexa, função executiva, aprendizado e 
memória, linguagem, cognição social ou 
perceptual-motora) baseada em: 
1. Preocupação do próprio indivíduo, ou 
referido por um informante ou por um médico 
de que houve uma queda significativa da 
função cognitiva; e 
2. Prejuízo substancial na performance 
cognitiva, preferencialmente documentada 
por um teste neuropsicológico ou uma 
avaliação clínica. 
3. Os déficits cognitivos devem interferir com a 
independência para atividades de vida 
diária 
4. Os déficits cognitivos não devem ocorrer 
exclusivamente no contexto de delirium 
5. Os déficits cognitivos não são melhor 
explicados por outras doenças psiquiátricas 
(depressão, esquizofrenia...) 
DOMÍNIOS COGNITIVOS DSM-5: 
 Atenção Complexa: paciente com dificuldade 
em ambientes com múltiplos estímulos (TV, rádio, 
conversação). Possui dificuldade em fixar novas 
informações (lembrar números de telefone ou 
endereços que acabaram de ser dados, ou de 
relatar o que foi dito) 
 Função Executiva: paciente não é capaz de 
fazer projetos complexos. Necessita de outras 
pessoas para planejar atividades instrumentais 
de vida diária ou tomar decisões. 
 Aprendizado e memória: paciente torna-se 
repetitivo em conversas, não fixa pequenas listas 
de itens quando faz compras ou planeja o dia. 
Necessita de lembretes frequentes para orientar 
a tarefa que vai fazer. 
 Linguagem: pcte possui dificuldades 
significativas em expressão da fala e repetição. 
Frequentemente utiliza frases como ”aquela 
coisa” ou “você sabe o que”. Em casos mais 
avançados pode não lembrar de nomes de 
amigos próximos e familiares. 
 Perceptual – Motora: dificuldades para 
atividades antes rotineiras como dirigir, usar 
ferramentas, andar por locais conhecidos. 
TIPOS MAIS COMUNS DE DEMÊNCIA:
 
 
 
@NOVAIISVITORIA VITÓRIA NOVAIS – MEDICINA UFJF 
 
3 GERIATRIA E GERONTOLOGIA 
 
Dentro da prevalência das demências Irreversíveis temos:
 
Doença por Corpos de Lewy 
 
 
 
@NOVAIISVITORIA VITÓRIA NOVAIS – MEDICINA UFJF 
 
4 GERIATRIA E GERONTOLOGIA 
DEMÊNCIA VASCULAR: 
 Causada pelas Doenças Cerebrovasculares 
 Início agudo intercalado por períodos de 
estabilidade  como se a evolução fosse “em 
escada” 
 Diferenciar a DV da DA (Doença de Alzheimar) 
 Demência Vascular deve haver história prévia de 
AVE, sintomas neurológicos focais (hemiparesia, 
ataxia, hemianopsia e/ou alterações como afasia 
e heminegligência) 
 Fatores de risco: HAS, dislipidemia, tabagismo, 
obesidade 
DEMÊNCIA POR CORPOS DE LEWY: 
 Caracterizada por quadros em que ocorrem: 
o Flutuações dos déficits cognitivos em 
questão de minutos ou horas 
o Alucinações visuais bem detalhadas ou 
claras, vívidas e recorrentes 
o Sintomas parkinsonianos leves – não 
apresenta tremor, mas apresenta rigidez, 
distúrbio de marcha... 
 Não respondem bem à medicação 
antiparkinsoniana 
 Não toleram bem o uso de neurolépticos piora 
 Para ter diagnóstico provável de Demência por 
copos de Lewy são necessários dois dos três 
sintomas acima 
DEMÊNCIA FRONTOTEMPORAL: 
 Caracterizada por uma síndrome 
neuropsicológica marcada pela disfunção dos 
lobos frontais e temporais, associada geralmente 
à atrofia destas estruturas e com uma parcial 
preservação das regiões cerebral posterior 
 Costuma ocorrer antes dos 65 anos 
 Início insidioso e caráter progressivo, com um 
discreto comprometimento da memória 
episódica, mas com importantes alterações 
comportamentais, de personalidade e alterações 
na linguagem 
 Alterações comportamentais: 
o Isolamento social 
o Apatia 
o Perda de crítica 
o Desinibição 
o Impulsividade 
o Irritabilidade 
o Inflexibilidade mental 
o Sinais de hiperoralidade 
o Descuido da higiene corporal 
o Sintomas depressivos 
o Estereotipias motoras 
o Exploração incontida de objetos do 
ambiente[distrabilidade 
DEMÊNCIA ASSOCIADA A DOENÇA DE 
PARKINSON: 
A doença de Parkinson possui 4 componentes 
básicos: 
1. Acinesia 
2. Rigidez 
3. Tremor 
4. Instabilidade postural 
 Pelo menos 2 destes componentes são 
necessários para a caracterização da síndrome 
 O quadro demencial na DP instala-se em fases 
mais adiantadas da evolução da moléstia e tem 
como principais características a lentificação 
do processo cognitivo, a apatia, o 
comprometimento da memória e das funções 
executivas frontais. 
DOENÇA DE ALZHEIMER: 
 Corresponde a aproximadamente 50% das 
demências 
 É um diagnóstico de exclusão 
 Paciente precisa preencher os critérios para 
Distúrbio Neurocognitivo Maior, ou seja, para 
demência 
 Começo insidioso e progressão gradual de 
déficit em um ou mais domínios cognitivos 
 É dividida em: 
o Provável DA: se qualquer um dos abaixo 
estiver presente 
o Possível DA: se não estiver presente 
1. Evidência de mutação genética familiar 
ou por meio de testagem genética 
2. Todos os 3 presentes: 
a) Evidência clara de declínio da 
memoria e aprendizagem e, pelo 
menos mais um domínio cognitivo 
b) Progressivo e gradual declínioda 
memória sem platô 
c) Sem evidência de etiologia mista 
 
 
@NOVAIISVITORIA VITÓRIA NOVAIS – MEDICINA UFJF 
 
5 GERIATRIA E GERONTOLOGIA 
FATORES DE RISCO PARA DA: 
 Parentes de primeiro grau que tiveram DA 
 Genótipo E4/E4  presença do alelo E4 da 
apolipoproteína E – ApoE 
 Síndrome de Down 
 Baixo nível de escolaridade 
 Fatores para doenças cardiovasculares  HAS, DM, 
Dislipidemia 
 Traumatismo craniano 
 Acidente vascular cerebral 
 História de Depressão Maior 
 Transtorno Cognitivo Leve, Delirium, Inatividade 
física 
CLASSIFICAÇÃO DA DOENÇA DE ALZHEIMER: 
 Definitiva: diagnóstico clínico + confirmação 
histológica 
 Provável: diagnóstico clínico sem confirmação 
histológica 
 Possível: sintomas atípicos sem outro diagnóstico 
aparente e sem confirmação histológica 
 
A confirmação histológica nada mais é que uma 
biópsia e, devido aos riscos de se realizar uma biopsia 
cerebral, na grande maioria das vezes este exame não 
é feito e a classificação fica entre possível e provável 
DA. A confirmação definitiva costuma ser feita apenas 
na necropsia do paciente. 
 
TODO PROBLEMA DE 
MEMÓRIA É DEMÊNCIA? 
NÃO! A “alteração de memória” pode ser decorrente 
de outros fatores/quadros como: 
 Depressão 
 Estresse 
 Distração 
 Desatenção 
 
Nesses casos, os testes de memória são normais e não 
existem prejuízos sociais. 
 
 Alteração cognitiva, déficit cognitivo abaixo da 
média (geralmente memória), não relacionados a 
outros quadros. Sem prejuízo social ou profissional 
 
 comprometimento cognitivo leve – taxa de 
conversão para DA de 10 1 15% ao ano 
 
Em casos como este, o médico deve prosseguir da 
seguinte forma: 
 
Testes Pré-diagnósticos: 
 Objetivo: avaliar diagnósticos diferenciais e 
doenças associadas 
 Fatores de risco 
 Testes laboratoriais e de imagem 
o NÃO existe recomendação para aferição 
de proteína tau ou AB1-42 no LCR (líquor) 
1
•Testes Pré-diagnósticos
2
•Acessar Performance Cognitiva
3
•Acessar Atividades de Vida Diária
4
•Acessar Sintomas Comportamentais
5
•Avaliar o cuidador
 
 
@NOVAIISVITORIA VITÓRIA NOVAIS – MEDICINA UFJF 
 
6 GERIATRIA E GERONTOLOGIA 
 
o Com relação à RM Funcional e PET Amiloide, 
não existem evidências que corroborem sua 
indicação 
o TC e RM ajudam em diagnósticos diferenciais 
estruturais  recomendação para TODOS os 
pacientes (Academias Brasileira e Americana 
de Neurologia) ou só em casos atípicos – 
declínio rápido, trauma, <60 anos... (Consenso 
Canadense) 
o Visam excluir causas potencialmente 
reversíveis 
 
 Fase que se pensa nos diagnósticos diferenciais  
delirium, demências reversíveis... 
 
Acessar Performance Cognitiva: 
 Dezenas de instrumentos disponíveis para teste da 
função cognitiva  nenhum se provou melhor, 
portanto, seus usos dependem do contexto e se 
complementam em muitos casos 
 CERAD (lista de palavras) 
 AD8 
 Mini-Cog 
 Mini-Mental 
 Relógio 
 ADAS-Cog 
 Fluência Verbal 
 MOCA 
 
Acessar Atividades de Vida Diária: 
 Atividades básicas de vida diária – relacionadas 
ao autocuidado: 
o Alimentar-se 
o Banhar-se 
o Vestir-se 
o Mobilizar-se 
o Manter controle sobre suas eliminações 
 Atividades Instrumentais de Vida Diária – 
capacidade do indivíduo de levar uma vida 
independente dentro da comunidade onde 
vive: 
o Capacidade de preparar refeições 
o Realizar compras 
o Utilizar transporte 
o Cuidar da casa 
o Utilizar o telefone 
o Administrar as próprias finanças 
o Tomar seus medicamentos 
 
Acessar Sintomas Comportamentais e 
Psicológicos: 
 Apatia 
 Depressão 
 Agitação 
 Agressividade 
 Irritabilidade 
 Alteração do sono 
 Ansiedade 
 
Avaliar o Cuidador: 
 Identificar os cuidadores principais 
 Avaliar o estado físico e emocional do 
cuidador 
 Estabelecer parcerias com o cuidador 
FASES DA DOENÇA DE ALZHEIMER: 
 
 
@NOVAIISVITORIA VITÓRIA NOVAIS – MEDICINA UFJF 
 
7 GERIATRIA E GERONTOLOGIA 
 A imagem acima ilustra o avançar da DA 
através da sequencia de autorretratos do 
pintor William Utermohlen diagnosticado com 
DA em 1996  a sequência demonstra como 
o próprio paciente vai perdendo sua 
identidade 
 Pequenos esquecimentos 
 Esquecimentos mais importantes 
 Confusão, agressividade, não 
reconhecimento de familiares 
 Dependência total 
 Se inicia o acúmulo de emaranhados 
neurofibrilares ou Proteína TAU no Hipocampo e, 
por isso, se manifesta incialmente como perda de 
memoria recente. Com o avançar da doença, 
esse acumulo vai se expandindo para outras 
áreas, levando à alterações de comportamento 
e alterações motoras. 
FASE INICIAL: 
 Distração 
 Dificuldade de lembrar nomes e palavras 
 Esquecimento progressivo (crescente) 
 Dificuldade para aprender novas informações 
 Desorientação em ambientes familiares 
 Lapsos pequenos, mas não característicos de 
julgamento e comportamento 
 Redução das atividades sociais dentro e fora de 
casa 
FASE INTERMEDIÁRIA: 
 Perda marcante da memoria e da atividade 
cognitiva 
 Deteriorização das habilidades verbais, 
diminuição do conteúdo e da variação da fala 
 Apresenta mais alterações de 
comportamento: 
o Frustração 
o Impaciência 
o Agressão verbal e física 
 Alucinações e delírios 
 Incapacidade para convívio social autônomo 
 Perde-se com facilidade, tendência a fugir ou 
perambular pela casa 
 Inicia a perda do controle da bexiga 
 Fase mais comum de se fazer o diagnóstico 
FASE AVANÇADA: 
 Fala torna-se monossilábica e, mais tarde, 
desaparece 
 Continua delirando 
 Transtornos emocionais e de comportamento 
 Perda do controle da bexiga e do intestino 
 Piora da marcha, tendendo a ficar mais 
assentado ou no leito 
 Enrijecimento das articulações 
 Dificuldade para engolir alimentos (disfagia)  
evoluindo para uso de sonsa enteral ou 
gastrostomia 
 morte 
TRATAMENTO: 
 Diagnóstico correto e precoce  primeira etapa 
e muito importante 
 Informações ao paciente  maioria dos pctes 
e/ou cuidadores quer ter informações 
detalhadas sobre o quadro 
 Abordar os assuntos médicos-legais: interdição, 
direção de automóveis... 
 Avaliar o estado do cuidador  precisa estar 
bem para cuidado do idoso com DA 
 Prevenção Primária: prevenção da demência 
em pacientes com cognição normal  prevenir 
fatores cardiovasculares 
o Não existem recomendações até o momento 
para prevenção primária (estatinas, 
estrogênio+progesterona, vitaminas, controle 
da HAS foi o único que se mostrou mais 
promissor) 
 Prevenção Secundária: prevenção de 
demência em indivíduos com algum grau de 
comprometimento cognitivo, mas não 
 
 
@NOVAIISVITORIA VITÓRIA NOVAIS – MEDICINA UFJF 
 
8 GERIATRIA E GERONTOLOGIA 
 demenciados  tratamento dos fatores de 
risco, estimulação... 
o Não existem recomendações até o momento 
para prevenção secundária – impedir a 
evolução do comprometimento cognitivo 
leve para DA 
 Anticolinesterásicos 
 Aspirina 
 Vitamina E 
 Anti-inflamatórios 
 Gingko Biloba 
 Reabilitação ou Estimulação Cognitiva: estudos 
preliminares mostraram bons resultados e pode 
ser utilizado em casos leves a moderados 
 Terapia Ocupacional: pode melhorar a função 
do paciente e diminuir os cuidados informais 
 
 Tratamento dos aspectos comportamentais: 
deve começar avaliando fatores que 
desencadeiam ou exacerbam os sintomas 
comportamentais como: 
o Problemas físicos: infecção, constipação 
o Medicamentos 
o Depressão 
o Psicose 
o Delirium 
 
 Inicialmente, pode-se realizar um tratamento 
não farmacológico: 
o Educação 
o Exercício físico 
o Estimulação sensória 
o Música 
o Aromaterapia 
 
 AchE: benefícios têm evidências fracas 
 Memantina: controverso 
 Neuroléticos típicos e atípicos: usados para 
casos mais graves em baizas doses  preferir 
os atípicos (mais estudos para Risperidona) 
 ISRS: usadopara depressão 
 Valproato: estudos foram negativos  não 
usar 
 Carbazepina: ajuda no controle da 
agressividade 
TRATAMENTO FARMACOLÓGICO: 
1. Anticolinesterásicos: 
 fortes evidencias de eficácia para DA leve e 
moderada 
 na DA leva a moderada: melhora a função 
cognitiva, desfechos gerais e melhora funcional 
 na DA grave existem evidencias de benefícios 
 quando retirar? 
o Em pacientes já acamados, podemos 
tentar retirar e se não houver alteração do 
comportamento não há porque manter a 
medicação (o AchE ajuda no controle do 
comportamento – às vezes mantido em 
pctes acamados por esse motivo) 
 Eranz  donepezila 
 Reminyl  galantamina 
 Exelon  rivastigmina 
 Memantina (uso associado  é um antagonista 
não competitivo de baixa afinidade ao 
receptor N-metil-D-aspartato(NMDA) 
o DA moderada a grave: efeito cognitivo, 
desfechos gerais, AVDs e comportamento 
o 1x ao dia foi tão eficaz e segura quanto a 
dose padrão de 2x/dia 
o Benefícios de associar AchE com 
Memantina na fase leve ainda não são 
totalmente claros 
 São bem tolerados, mas podem levar a efeitos 
gastrointestinais como diarreia, náusea e 
vômitos 
 Rivastigmina transdérmica: mesma eficácia, 
mas menos efeitos colaterais 
 Vitamina E, Complexo B, Gingko Biloba, 
Piracetam, 6-cerebrolisina, Selegilina, 
Pentoxifilina, Estatinas, Egb 761  NÃO 
demonstram grandes efeitos 
 
 
@NOVAIISVITORIA VITÓRIA NOVAIS – MEDICINA UFJF 
 
9 GERIATRIA E GERONTOLOGIA 
PROGNÓSTICO: 
 
 
Diante do tratamento, nota-se que: 
 
 1/3 dos pacientes melhoram, apresentam um 
platô e voltam a progredir 
 1/3 não responde ao tratamento, mas tem 
redução da progressão da doença 
 1/3 não melhora a progressão e não estabiliza 
 
Dessa forma, não é possível sabermos em qual 
“grupo” o pcte irá se encaixar e, por isso, o 
tratamento deve ser feito em todos. 
CONCLUSÕES: 
 Síndromes demenciais são muito comuns em 
idosos 
 A identificação muitas vezes não é feita de 
forma precoce tanto pelo médico quanto pelo 
familiar 
 Deve-se afastar causas potencialmente 
reversíveis 
 O tratamento apesar de não ser curativo pode 
postergar o declínio cognitivo 
 O apoio a família e ao cuidador é essencial para 
o tratamento mais adequado.

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