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Síndrome Demencial: Causas e Diagnóstico

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Demencia - Sindromes Demenciais
SÍNDROME DEMENCIAL: 
Condição adquirida, caracterizada por declínio cognitivo e com 
comprometimento das funções sociais e funcionais. O declínio é 
relativo à condição cognitiva prévia. 
- Costuma ter início insidioso, evolução lenta e progressiva. 
- DSM-V: define demência como distúrbio cognitivo maior. 
Envolve 1 ou + domínios cognitivos: 
- Aprendizagem e memória 
- Linguagem 
- Função executiva 
- Atenção 
- Habilidades visuais, de percepção, de construção 
- Cognição social 
No DSM-V: o declínio cognitivo pode ser de qualquer um dos 
domínios.
COMPROMETIMENTO COGNITIVO LEVE (CCL): 
Leve declínio do desempenho cognitivo, mas sem perda da autonomia funcional. O desempenho é inferior ao esperado para a idade e 
nível de escolaridade em testes de avaliação cognitiva. 
Critérios clínicos CCL: queixa de mudança cognitiva pelo paciente, pelo informante ou observação médica; testagem cognitiva deficitária 
(uma ou mais - memória, função executiva, atenção, linguagem, visuoespacial); preservação de atividade visuoespacial; sem evidência de 
comprometimento social ou de funcionamento ocupacional. 
O CCL é uma entidade heterogênea quanto à apresentação clínica, etiologia, prognóstico e prevalência. É uma condição de alto risco 
de evolução para demência, com taxas varáveis por ano, mas com risco 3x maior em 4, 5 anos. 
O CCL amnéstico é classicamente um risco para evolução p/ Alzheimer.
abordagem 
Não há tratamento específico. Afastar causas 
reversíveis de declínio cognitivo (psiquiátricas, 
metaból icas, infecciosas, endocr inológicas, 
hematológicas, medicamentosas).
ETIOLOGIAS 
• Doença de Alzheimer (DA) 
• Comprometimento cognitivo vascular (Demência vascular 
-DM) 
• Demência mista (DA + DV) 
• Demência com Corpos de Lewy (DCL) 
• Demência na doença de Parkinson 
• Degeneração lobar fronto-temporal (DLFT) 
• Variante comportamental 
• Afasias progressivas 
• Hidrocefalia de pressão normal 
• Outros (HIV, priônicas, Huntington)


EPIDEMIOLOGIA DAS SD DEMENCIAIS 
Prevalência: aumenta com idade (dobra a cada 5-10 anos após os 
60 anos) → 1/2% aos 65 anos, 10/15% aos 80 anos e até 40% 
aos 90 anos. 
Varia com nível de escolaridade e socioeconômico. 
FR: HAS, DM 2, hipercolesterolemia, tabagismo. 
DA é a sd demencial mais comum (60-80%). Muitas vezes 
associada à DV. 
Brasil: prevalência de 7,1% de sd demencial na população idosa, 
sendo 55% DA.
OBJETIVOS ABORDAGEM CLÍNICA 
- paciente com queixa de Esquecimento; 
→ Determinar se há um quadro demencial 
→ Caracterizar o declínio nos diferentes campos cognitivos 
→ A gravidade do declínio 
→ Consequências funcionais 
→ Etiologia do quadro demencia: 
DIAGNÓSTICO 
Geralmente, uma consulta isolada não é suficiente para estabelecer o dgx. 
→ História clínica é essencial: geralmente o início é insidioso, piora lenta e progressiva. 
É comum o paciente não reconhecer a perda de memória ou o declínio em outros campos: anosognosia. É essencial um informante que 
conheça a rotina do paciente. 
→ Alterações leves de memória, ↓ velocidade de processamento de informação, dificuldades em realizar tarefas simultâneas: comum e 
fisiológico no envelhecimento, mas não são progressivas e não têm grande impacto nas atividades de vida diária. 
→As queixas subjetivas não estão relacionadas à risco aumentado de demência. 
→ Relatos objetivos de perda de memória, relatados por acompanhantes têm maior valor preditivo no risco do quadro demencial. 
Em geral, tanto o paciente quanto o acompanhante não conseguem precisar o momento exato do início dos sintomas. 
QUADRO CLÍNICO: Podem ter dificuldades em 1 ou + dos seguintes: 
→ Retenção de novas informações 
→ Lidar com tarefas mais complexas 
→ Raciocínio (ex: incapacidade de lidar com eventos inesperados) 
→ Habilidades espaciais e orientação (ex: perder-se em locais familiares) 
→ Linguagem (dificuldade para encontrar palavras) 
→ Alterações comportamentais
SEMPRE PERGUNTAR OBJETIVAMENTE: importante estabelecer o início aproximado dos primeiros sintomas e a evolução cronológica) 
1. há dificuldade para lembrar de datas, eventos, compromissos? 
2. há dificuldade em encontrar palavras? 
3. dificuldades em atividades de vida diária instrumentais (fazer uma compra, lidar com finanças, dirigir, cozinhar) 
4. perde objetos frequentemente? 
5. já se perdeu em locais familiares? 
6. precisa de ajuda para tomar medicamentos de uso contínuo? 
7. consegue realizar atividades de vida diária básicas (tomar banho sem ajuda, escolher as roupas, alimentar-se, higiene pessoal, controle 
esfincteriano); 
8. tem alterações neuropsíquicas? (alucinações, delírios, apatia, alteração ciclo sono-vigília, humor depressivo, ansiedade, alteração no 
paladar, alt no controle de impulsos: hiperfagia, hiperssexualidade, desinibição) 
9. alterações motoras (lentificação, quedas, rigidez, desequilíbrios, tremores, alterações na marcha).
HPP 
Doenças neurológicas: AVEs, TCEs, epilepsias, encefalites, hemorragias intracranianas, neurocirurgias. 
Doenças psiquiátricas: depressão, ansiedade, esquizofrenia, bipolaridade. 
Doenças sistêmicas: tireoidopatias, cardiopatias, arritmias, vasculopatias, hepatopatias, vasculites, doenças reumatológicas, IR, neoplasias, 
desnutrição, cirurgias TGI. 
Doenças infecciosas: HIV, sífilis. 
Consumo de álcool: atual ou prévio; carga etanólica
MEDICAMENTOS EM USO (SEMPRE perguntar!) 
ADT: amitriptilina, nortriptilina 
Benzodiazepínicos: clonazepam, diazepam 
Antivertiginosos: cinarizina (os antivertiginosos nunca têm indicação de uso contínuo) 
Anticolinérgicos: amantadina, oxibutinina, biperideno 
Anticonvulsivantes: fenobarbital, topiramato, ác. valpróico, fenitoína. 
Neurolépticos: haloperidol. levomepromazina, clorpromazina, atípicos 
Opiódes: morfina, codeína, tramadol 
Anti-histamínicos: dexclorfeniramina, dimenidrinato 
→ Sempre checar medicamentos manipulados!!!


HISTÓRIA FAMILIAR 
- Casos de QC semelhantes na família ou casos de demência 
(principalmente de início precoce) 
HISTÓRIA SOCIAL 
- Escolaridade e nível intelectual prévio (perguntar o que a 
pessoa fazia diariamente, para estimar)
AVALIAÇÃO DA PERDA COGNITIVA 
1) MEEM: avaliação cognitiva + usada, de fácil aplicação. É uma 
triagem, mas tem utilidade diagnóstica. Avalia a orientação no 
tempo/espaço, registro, atenção, cálculo, evocação, linguagem e 
praxia contrucional. Interessante repetir com certa frequência. 
Pontua de 0-30 pontos. → < 24: altamente sugestivo de quadro 
demencial (sensibilidade de 87% e especificidade de 82%) 
→ Pcte c/ escolaridade elevada, nota de corte pode ser 28, p/ 
aumento de sensibilidade em casos iniciais. 
→ Analfabetos: considerar normal > 18. 
Normal > 27 pontos 
Demência: < ou igual a 24 pontos; em caso de < 4 anos de 
escolaridade, o ponto de corte cai para 17.
2) Bateria cognitiva breve: testes das figuras → mostra 10 figuras 
e pede para o paciente nomeá-las. Esconde as figuras e pergunta 
quais lembra (máx 60 segundos); depois, mostra as figuras 
novamente por 30 segundos, pedindo para o paciente memorizá-
las; esconda as figuras pergunte quais eram os objetos (máx 60 
segundos), sempre anotando a ordem de recordação na folha de 
resposta); mostre novamente as figuras por 30 segundos, 
pedindo para memorizá-las e depois esconde e pede para falar 
os objetos, também anotando a ordem no papel. 
3) Teste da Fluência Verbal: Pede para o paciente falar todos os 
animais que se lembre em 1 minuto (enfatizar que qualquer animal 
é válido). Se falar: boi, vaca e bezerro → apenas 1 animal. SE 8 
anos de escolaridade, normal >9. Se mais anos de escolaridade, 
normal > 12. 
- Pacientes com demência: tendem a ter escores mais baixos e 
interromper a geração de palavras após 20s do teste. 
- Pacientes deprimidos podem ter escores mais baixos, mas 
geram palavras durante todo o minuto)
4) Teste do Relógio: dê um papel e pede que 
o paciente desenhe um círculo e coloque os 
números dentro, como um relógio, e depois 
colocar o ponteiro marcando 2 horase 45 
minutos. 
Depois, retorna ao teste das figuras e pede pro 
paciente lembrar quais eram os objetos. 
Evocação tardia: “que figuras eu lhe mostrei há 
5 minutos?” 
Reconhecimento: mostram a folha com 20 
figuras e pede para ele mostrar apenas os 10 
que viu. 
Interpretação: em geral, espera-se melhora 
progressiva. Memória incidental > memória 
imediata > aprendizado 
Resultado + significativo: > ou igual a 6 na 
memór ia de 5 minutos (mesmo em 
analfabetos).
PROPEDÊUTICA 
Exames de imagem: preferencialmente RM de encéfalo; TC se dificuldade em fazer RM. São importantes para avaliar causas secundárias 
de piora cognitiva (hidrocefalia de pressão normal, hematoma subdural crônico) e achados comuns de diferentes quadros demenciais (ex: 
atrofia global, microangiopatia/leucoaraidose, sequelas de isquemia ou outras lesões antigas). 
Exames de neuroimagem funcional (PET-CT, SPECT): muito usados em estudos; aplicação clínica limitada, restrita a casos mais 
complexos.


SD DEMENCIAIS ESPECÍFICAS 
DOENÇA DE ALZHEIMER: é a mais comum em idosos. Aumento exponencial com idade. 
A maioria tem ocorrência esporádica. A transmissão autossômica dominante perfaz 5% dos casos. 
FR: HAS, obesidade, DM2, LDL elevado, HDL↓, hiperhomocisteinemia, tabagismo, TCE prévio, ↓ escolaridade. 
Fatores protetivos: alta escolaridade/atividade intelectual; atividade física, fatores alimentares (dieta mediterrânea). 
QC: raro antes dos 60 anos. Início insidioso, com evolução lenta e progressiva. Principal característica inicial: déficit de memória episódica. 
Também comum: déficits na memória semântica e operacional (↓fluência verbal e dificuldades de nomeação). Esses déficits causam 
impacto nas atividades de vida diária. Comum: ANOSOGNOSIA (paciente não reconhece os déficits). 
Comum perder-se em locais conhecidos, dificuldades de julgamento e discernimento. 
Alt neuropsiquiátricas são comuns: depressão, ansiedade, apatia, perambulação, agitação. alucinações, delírios. 
Gradual aumento da dependência. Alt ciclo sono-vigília. 
Tratamento: sintomático! Não há fármacos que regridam ou estabilizam a evolução. 
→ Inibidores da colinesterase: aumentam a quantidade de Acth nas sinapses. EC: náuseas, vômitos, diarréia, hipotensão postural. Prefere-
se administrar junto com alimentos. Demandam titulação lenta. 
→ Antagonistas de receptor glutamatérgico NMDA: memantina. Indicado apenas em fase moderada/avançada. Pode ser associado ao 
IChe. 
→ Sintomas comportamentais: inibidores de colinesterase e memantina melhoram também. Se houver piora rápida: buscar infecções ou 
medicamentos. Tratar transtorno depressivo ou ansiedade (evitar ADT e benzodiazepínicos!). 
Laboratorial: essencial afastar causas metabólicas/sistêmicas de declínio cognitivo; 
Indicados: 
1. Hemograma completo, coagulograma 
2. Creatinina 
3. TSH/T4 livre 
4. Albumina 
5. Transaminases hepáticas 
6. Vitamina B12, ácido fólico 
7. Cálcio 
8. VDRL 
9. <60 anos ou com sintomas atípicos: sorologia para HIV. 
Exames de neuroimagem funcional (PET-CT, SPECT): muito usados em estudos; aplicação clínica limitada, restrita a casos mais complexos 
Exame LCR: indicado em: 
- Medida de pressão de abertura, em suspeita de hidrocefalia de pressão normal. 
- Demência pré-senil 
- Apresentação o curso clínico atípicos. 
- Se suspeita de doenças inflamatórias, infecciosas, priônicas. 
P/ DA: níveis aumentados de proteína tau e tau hiperfosforilada, associados a níveis ↓ de proteína B-amilóide → altamente sensíveis e 
específicos, mesmo se pré-clínico. Utilizado cada vez + em casos duvidosos. Não são solicitados em rotina.
demência vascular/ mista: 
- A demência vascular CLÁSSICA: é a 
subcortical. Início lento, insidioso. As 
lesões provocam interrupção dos 
circuitos subcorticais e frontais e o 
domínio cognitivo mais acometido é a 
função executiva. 
Tratamento: sintomático! Não há fármacos que regridam ou estabilizam a 
evolução. 
→ Inibidores da colinesterase: aumentam a quantidade de Acth nas 
sinapses. EC: náuseas, vômitos, diarréia, hipotensão postural. Prefere-se 
administrar junto com alimentos. Demandam titulação lenta. 
→ Antagonistas de receptor glutamatérgico NMDA: memantina. Indicado 
apenas em fase moderada/avançada. Pode ser associado ao IChe. 
→ Sintomas comportamentais: inibidores de colinesterase e memantina 
melhoram também. Se houver piora rápida: buscar infecções ou 
medicamentos. Tratar transtorno depressivo ou ansiedade (evitar ADT e 
benzodiazepínicos!).
demência vascular/ mista: 
- 2a causa mais comum. Decorre ou é associada à doença cerebrovascular. Mais comum: disfunção cognitiva e apraxia. A dificuldade de 
memória não é o mais comum. QC varia de acordo com o território vascular acometido. Pode ter início agudo (pós icto/AVE) ou lento 
e progressivo. Pode também ter evolução “em saltos”. Comum: alucinação, delírio, alterações de marcha, alterações esfincterianas 
precoces. 
Neuroimagem mostra sinais de pequenas áreas de isquemia em regiões subcorticais, que se acumulam e causam a piora clínica. 
Tratamento: não há tto específico. Focar na profilaxia secundária: AAS, estatinas, controle glicêmico, lipídico, cessar tabagismo → 
prevenção de novos eventos, porém sem ação sobre o declínio cognitivo. 
A revascularização carotídea, seja endovascular ou endarterectomia, não tem benefícios cognitivos. 
Galantamina: pode ser usada em quadros de demências mistas, tendo melhores resultados nos quadros de doença subcortical. 
demência DE CORPOS DE LEWY (DCL): 
Mais comum em pacientes mais idosos. 
2o tipo mais comum de demência degenerativa; 
Caracterizada por: declínio cognitivo, principalmente nos domínios de atenção, função vísuo-espacial e funções executivas. A memória é 
afetada tardiamente. Quadro iniciado com relação próxima a quadro de parkinsonismo atípico em até 1 ano (rigidez, bradicinesia, tremor 
discreto ou até ausente). Comum: flutuação acentuada do nível de atenção/alerta, durando minutos-horas. 
Alucinações visuais são recorrentes no início. Sensibilidade aumentada aos neurolépticos: mesmo doses baixas podem desencadear ou 
acentuar o parkinsonismo. Alterações no sono REM. Com quedas frequentes no início do quadro. 
A diferença com Parkinson: o quadro demencial é tardio no parkinson. Na DCL, o parkinsonismo surge antes ou concomitante (até 1 ano) 
com o quadro cognitivo. 
Tratamento: abolir neurolépticos. Se absolutamente necessário: quetiapina (atípicos). 
IChe: são a base do tto. Podem trazer melhora cognitiva e das alucinações. Os sintomas de parkinsonismo devem ser tratados com 
levodopa. A resposta é menos satisfatória do que na doença de parkinson. 
DEGENERAÇÃO LOBAR FRONTO-TEMPORAL: 
Degeneração lobar fronto-temporal: é uma sd clínica que engloba diferentes doenças que decorrem da disfunção dos lobos frontais e/
ou temporais. Associada a fatores genéticos. Principais formas: variante comportamental; afasia progressiva primária e variantes. 
Variante comportamental: início em meia idade, insidioso, com alt comportamentais e prejuízo da cognição social, embotamento afetivo, 
comportamento social inapropriado sem insight, mudanças acentuadas dos hábitos alimentares, com predileção por doces. Acometimento 
dos lobos frontais. Relativa preservação da memória. Pensar neste caso ex: dgx de esquizofrenia aos 40 anos (muito tardio). Com relativa 
preservação de memória. Muito confundidas com quadros psiquiátricos. 
Afasia progressiva primária: fala espontânea não fluente, com agramatismos, parafrasias fonêmicas e/ou anomia. Sintomas iniciam com 
redução na produção de palavras, no comprimento das frases, dificuldades de articulação. Paciente se mantém independente e funcional 
por anos, até desenvolver quadros neurodegenerativos mistos. 
Tratamento e prognóstico: sem tto específico. Trazodona pode melhorar padrão de sono e comportamental; outro ISRS podem ser 
usados. 
Neurolépticos: cuidado! preferir quetiapina. Sem evidências de melhora com IChE. 
Memantina → sem eficácia 
Suporte socialHIDROCEFALIA DE PRESSÃO NORMAL: Hidrocefalia compensada, não obstrutiva. Alargamento importante dos ventrículos por alteração da 
dinâmica do fluxo liquórico. Tríade clínica: 
1. Alteração marcha (magnética ou apráxica), subaguda ou crônica. 
2. Alterações urinárias - principal: incontinência. 
3. Declínio cognitivo: surge após as anteriores; caráter subcortical: esquecimentos, inércia, apatia, bradifrenia, lentificação da velocidade 
de processamento, disfunção executiva. Pode ser leve - grave. 
Neuroimagem fundamental: ventrículo alargados. 
Tap-test: punção lombar com medida de pressão de abertura (deve estar norma) → drenagem de 30-50ml de líquor. Esperada 
melhora acentuada da marcha após 30-60min. 
Tratamento definitivo: colocação de uma derivação ventrículo-peritoneal. Indicação deve ser cuidadosa (complicações com índice não 
desprezível). Melhora a marcha; a melhora na cognição não é notável.

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