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S5 - sistema digestório

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DRGE 
 Sintomas Típicos: Pirose e Regurgitação 
Obs: 2 sintomas associados chance de 
DRGE > 90%. 
 Sintomas Atípicos: Esôfago (Globo 
histérico (bolo alimentar na garganta 
causado pelo acumulo de muco que 
gera tosse), Dor torácica; Pulmão (Sibilos, 
Tosse crônica, PNM de repetição ...); 
Otorrino (OMA, Sinusite, Úlceras, Pólipos, 
Rouquidão, Neoplásias); Boca (Halitose, 
Aftas, Dentes mal preservados) 
EXAMES DE IMAGEM: 
 Endoscopia digestivas alta (EDA): 
Identificar esofagite e descartar 
gravidade; Seguimento 
 
 PHmetria: caracterizar DRGE e a relação 
da dor com o refluxo. É o exame padrão 
ouro para diagnóstico, mas pouco usado 
por ser caro e muito desconfortável. O 
exame dura 24h e por meio de uma sonda 
nasal é implantado um sensor de pH que 
fará a medição. É importante jejum de 6h 
para evitar enjoos e o paciente volta para 
casa e anota a hora e o que comeu em 
cada refeição, assim como monitora o 
valor do pH (15 – 30min) 
 Manometria: mostra a gravidade da 
hipotonia do EEI (< 6mmhg) e diagnosticar 
disturbios da motilidade primários ou 
secundários. (esclerodermia, diábetes, 
etc).Passa-se uma sonda com um sensor 
de pressão que avalia a pressão do EEI. 
 
 
 Estudo contrastado Esôfago: 
 Exame reed: a radiografia contrastada do 
esôfago, estômago e duodeno avalia a 
morfologia do trata e tempo de trânsito. 
Muito usado em crianças para avaliar 
falhas estruturais como atresia e estenose. 
 
ALTERAÇÕES NAS IMAGENS 
DE ESTÔMAGO 
 
Síndrome dispépticas 
 Avalia úlceras e gastrite. 
 Se o paciente possui dor em jejum (acidez 
estomacal agride mucosa) é ulcera 
 SE o paciente tem dor com o consumo de 
determinados alimentos é gastrite 
 
o Dor epigástrica 
o Queimação 
o Ritmicidade 
o Clocking ( despertar noturno ) 
o Relação de melhora ou piora com 
determinados alimentos 
o Náuseas, Vômitos, plenitude, etc... 
 
DIAGNÓSTICO: 
 Endoscopia Digestiva Alta é padrão ouro 
o Vantagens: Visualização morfológica; 
Biópsia Teciduais; Controle Clínico de 
Cicatrização. Ela faz ao mesmo tempo 
a identificação da lesão e pesquisa a H. 
pylori 
o Indicações: Idade acima de 40 anos; 
Sintomas Constitucionais; História 
Familiar; Falha no tratamento clínico 
 
Úlcera com exsudato úlcera inicial 
 
 
Úlcera com necrose + exsudato (+ risco de 
haver perfuração) e sangramentos (friável) 
 Na gastrite a mucosa fica toda 
avermelhada 
 Pesquisa de H. Pylori 
o Métodos Diretos: pesquisa histológica; 
Atividade da Urease; Cultura 
(Invasivos); 
o Métodos Indiretos: Teste respiratório 
com uréia; antígeno fecal; sorologia 
(IgG e IgM) (não invasivos) 
 
ATIVIDADE DA UREASE 
 Na endoscopia se coleta de 3 a 4 
fragmentos que deverão ser alocados em 
frascos que contém ureia e então forma-
se uma reação química. 
 
 Positivo (rosa): quando a bactéria que 
possui a enzima urease consegue 
degradar a ureia, dando origem à amônia 
e bicarbonato, sendo essa reação 
percebida por meio da alteração da cor 
do meio, que passa de amarela para 
rosa/ vermelho porque o bicarbonato 
liberado torna o meio mais básico. 
 Negativo (amarelo): quando não há 
mudança na cor do meio, indicando que 
a bactéria não possui a enzima. 
 
TESTE RESPIRATÓRIO COM URÉIA 
 
 
CANCER GASTRICO - EDA 
 Padrão-ouro 
 Lesão expansiva com risco de 
sangramentos. Pode haver hemorragias e 
por isso anemias podem ser comuns 
(menos hemoglobina) 
 As biópsias são feitas com pelo menos dez 
fragmentos retirados de diferentes locais 
do estomago. 
 
 
 
Ultrassonografia endoscópica 
 Tem como objetivos o estudo da parede 
gástrica, avaliação de adenomegalias e 
invasão de estruturas adjacentes 
 Com a sonda usada na endoscopia o 
ultrassom chega até a parte interna do 
estomago, permitindo avaliar 
internamente a parede. 
 No caso abixo temos um carcinoma que 
pode ser identificado pela 
descontinuação da parede do estomago; 
 
ROTEIRO DA PRÁTICA 
L.R.L, sexo feminino, 20 anos, parda, 
estudante, natural e procedente de Salvador. 
Paciente encaminhada ao ambulatório de 
gastroenterologia com história de queimação 
retroesternal há 5 anos. Anteriormente o 
sintoma se apresentava de forma 
esporádica, mas nos últimos 6 meses, a 
frequência e a intensidade dos episódios 
aumentaram. Atualmente apresenta 
episódios todos os dias da semana com piora 
após refeições volumosas e após deitar-se, 
além de ser acompanhada de regurgitação; 
sem fator de melhora. Refere que associado 
a esses sintomas, apresenta tosse seca e 
rouquidão. Nega náuseas, vômitos, diarreia, 
odinofagia, disfagia, hematêmese, perda 
ponderal e halitose. Nega uso de 
medicamentos contínuos e alergias. Nega 
tabagismo e etilismo. Refere que possui uma 
alimentação bem desregulada, abusando de 
pães, fast food e comidas processadas. 
Ao exame físico, a paciente encontrava-se 
em bom estado geral, lúcida e orientada em 
tempo e espaço, vigil, sem 
linfadenomegalias, afebril (36,3ºC), corada, 
hidratada, anictérica, acianótica, 
normopneica (12 irp), normocárdica (78 bpm) 
e normotensa (120×80 mmHg). Peso: 53 kg. 
Altura: 1,61m. IMC: 20,4. Exame de cabeça e 
pescoço apresenta erosão do esmalte 
dentário e irritação na faringe. Aparelho 
respiratório com expansibilidade preservada, 
FTV preservado, murmúrio vesticular bem 
distribuído sem ruídos adventícios. No 
aparelho cardiovascular, apresenta ictus 
visível e palpável no 5º EIC na linha 
hemiclavicular esquerda, com bulhas rítmicas 
e normofonéticas, sem sopros. No exame 
abdominal, apresenta abdômen plano RHA 
normais, timpânico, espaço de Traube livre, 
hepatimetria sem alterações, indolor à 
palpação. 
 Com base no quadro clínico da paciente, 
qual hipótese diagnóstica devemos 
considerar para essa paciente? DRGE 
(DOENÇA DO REFLUXO 
GASTROESOFÁGICO) 
 Qual exame é considerado padrão-ouro 
para confirmar o diagnóstico dessa 
paciente? pHmetria 
 
1. Identifique o exame de imagem, as 
estruturas apontadas nas setas e descreva 
uma indicação para a realização deste 
exame: O exame é uma endoscopia 
digestiva alta que destaca o esôfago 
(parece que desce – buraco negro - pode 
haver pregas). Ela é indicada para afastar 
gravidade associado ao quadro de DRGE. 
 
 
2. Identifique o exame de imagem, as 
estruturas apontadas nas setas e descreva 
uma indicação para a realização deste 
exame: Acima temos o estômago e a seta 
mais inferior o duodeno. Esse exame é o 
reed (radiografia do estômago, esôfago e 
duodeno). Ele avalia a morfologia 
esofágica e o tempo de transito com a 
utilização de contrastes 
 
3. Identifique o exame de imagem, as 
estruturas apontadas nas setas e descreva 
uma indicação para a realização deste 
exame: a seta indica o estômago em uma 
USG endoscópica. Ela permite o estudo 
da parede gástrica, avalia 
adenomegalias e invasão. 
 
4. Identifique o exame de imagem, as 
estruturas apontadas nas setas e descreva 
uma indicação para a realização deste 
exame: o órgão é o estomago (sua 
margem é elevada, parece que está 
saindo – o orifício tende a ser menor pois 
identificamos o intestino) em uma 
endoscopia digestiva alta. Ela permite 
realizar biópsia gástrica e pesquisa 
H.pylori. 
 
 
 
 
 O trato gastrointestinal é um tubo oco 
composto pelo esôfago, estômago, 
intestino delgado, colon, reto e ânus. 
Cada região tem funções exclusivas, 
complementares e altamente integradas, 
que juntas servem para regular a ingestão, 
o processamento e a absorção dos 
nutrientes ingeridos e a eliminação de 
residuos. 
 O esofago desenvolve-se a partir da 
porção craniana do intestino anterior. É 
um tubo muscular altamente distensível 
oco que se estende da epiglote à junção 
gastroesofágica, localizado logo acima 
do diafragma. Doenças adquiridas do 
esofago variam desde cânceres letais até 
"azia”, com manifestações clinicas que 
variam dedoença crônica e 
incapacitante até um mero 
aborrecimento. 
 O estômago é dividido em quatro grandes 
regiões anatômicas: cardia, fundo, corpo 
e antro. A cárdia está revestida 
principalmente por células foveolares 
secretoras de mucina que formam 
glândulas superficiais. As glândulas antrais 
são semelhantes, mas também contêm 
células endócrinas, como células G, que 
liberam gastrina para estimular a secreção 
de ácido luminal pelas células parietais 
dentro do fundo gástrico e do corpo. As 
glândulas bem desenvolvidas do corpo e 
fundo também contêm células principais 
que produzem e secretam enzimas 
digestivas como a pepsina. Os problemas 
de estômago são causa frequente de 
doença clínica, com lesões inflamatórias e 
neoplásicas sendo particularmente 
comuns. 
1) A doença do refluxo gastroesofágico 
(DRGE) é a condição que se desenvolve 
quando o conteúdo do estômago retorna ao 
esôfago e provoca sintomas desagradáveis 
e/ou complicações. É um dos diagnósticos 
mais comuns na gastroenterologia, pois se 
trata de uma afecção que afeta cerca de 
12% a 20% da população brasileira. 
a) O epitélio escamoso estratificado do 
esôfago não é resistente ao ácido. As 
glândulas submucosas do esofago 
proximal e distal contribuem para a 
proteção da mucosa pela secreção de 
mucina e bicarbonato. 
b) O tônus constante do esfincter esofágico 
inferior impede o refluxo do conteúdo 
gástrico ácido. 
c) O uso de tabaco é a principal condição 
que aumenta a pressão abdominal, 
contribuindo para DRGE. Na gastrite 
temos uso de AINES 
d) O esofago de Barrett é uma complicação 
de DRGE crônica que resulta em 
adenocarcinoma (tumor maligno) 
esofágico. 
 
A gastrite por Helicobacter pylori é a forma 
mais frequente e tratável de gastrite, afetando 
mais da metade da população mundial. 
 O padrão histológico mais comum de 
gastrite crônica por H. pylori é o infiltrado 
inflamatório com linfócitos e monócitos na 
mucosa gástrica. 
 A maioria dos pacientes é assintomática 
ou tem sintomas dispépticos leves 
autolimitados, mas alguns apresentam dor 
abdominal com ou sem úlcera péptica; 
 Os organismos H. pylori são Gram 
negativos, em forma de hélice ou espiral e 
flagelados 
 Os testes diagnósticos incluem testes 
invasivos, como teste de uréase e 
histologia. Testes não invasivos, como teste 
respiratório de ureia, teste de antígeno 
fecal e sorologia. 
 
ESÔFAGO 
 Tubo oco com uma luz, diâmetro variável, 
circundado por parede com camadas: 
 MUCOSA: Epitélio, lâmina própria, 
muscular da mucosa (músculo liso); 
 SUBMUCOSA: Tecido conj. denso não 
modelado, glândulas (esôfago e 
Duodeno), plexo nervoso submucoso; 
 MUSCULAR: (músculo liso, exceto no 
esôfago). Atividade peristáltica (duas 
 
camadas de músculo –circular interna e 
externa), plexo nervoso entre elas; 
 SEROSA ou ADVENTÍCIA: a adventícia é 
formada exclusivamente de tecido 
conjuntivo. Se o Tecido conjuntivo for 
externamente delimitado por um epitélio 
pavimentoso simples: túnica serosa; 
 
 
Esôfago 
 Constituído por epitélio escamoso 
estratificado: resistente à abrasão de 
alimentos, mas sensível ao ácido; 
 As glândulas submucosas do esôfago 
proximal e distal contribuem para a 
proteção da mucosa pela secreção de 
mucina e bicarbonato; 
 O tônus constante do esfíncter esofágico 
inferior (EEI) impede o refluxo do conteúdo 
gástrico ácido. 
 
DRGE 
 O refluxo do suco gástrico é central para 
o desenvolvimento de lesão da mucosa 
na doença do refluxo gastroesofágico 
(DRGE): 
o Condições que diminuem o tônus de 
EEI; 
o Condições que aumentam a pressão 
abdominal: uso de álcool e tabaco, 
obesidade, gravidez, esvaziamento 
gástrico retardado e aumento do 
volume gástrico. Em muitos casos, não 
se identifica nenhuma causa definitiva. 
o Complicações: ulceração do esôfago, 
hematêmese, melena, e esôfago de 
Barrett. 
Esôfago de Barrett 
 Identificado endoscopicamente pela 
presença de mucosa glandular no 
esôfago tubular acima da junção 
esofagogástrica; 
 Histologicamente: substituição do epitélio 
escamoso estratificado por epitélio 
colunar especializado com células 
caliciformes, expresso como metaplasia 
intestinal. 
 
 
 
Esôfago normal 
 
 
Esôfago de Barret caracterizado por células 
caliciformes – forma de barril ou circulares com 
tonalidade citoplasmática azulada; 
Tumores do Esôfago 
 6ª causa de tumor em Homens (INCA, 
2020): 
o Adenocarcinoma de esôfago 
geralmente ocorre no terço distal do 
esôfago e pode invadir a cárdia 
gástrica adjacente; 
o Carcinoma nos terços médio e superior; 
 O adenocarcinoma de esôfago 
geralmente surge em um fundo de 
esôfago de Barrett e DRGE de longa data. 
O risco de adenocarcinoma é maior em 
pacientes com displasia documentada e 
ainda maior pelo uso de tabaco, 
obesidade e radioterapia anterior. 
 Acometimento local, proliferando para o 
interior do esôfago, invadindo órgãos ao 
redor, disseminando para gânglios 
linfáticos ao redor da lesão ou se 
disseminando para outros órgãos a 
distância (metástase). 
 Rastreamento: Não há uma justificativa 
para realização de endoscopia em 
pacientes assintomáticos, entretanto a 
sua realização em pacientes com doença 
do refluxo gastro-esofágico pode ser 
importante para detecção de tumores 
iniciais ou mesmo lesões pré-malignas. 
 A histologia permite pesquisar a H.pylori e 
analisar o nível da inflamação sendo o 
exame mais específico e sensível. 
 
CASO CLÍNICO 
A.R.C, sexo feminino, 26 anos foi 
encaminhada ao ambulatório de 
gastroenterologia com história de pirose 
retroesternal há 5 anos. Anteriormente o 
sintoma se apresentava de forma 
esporádica, mas nos últimos 6 meses, a 
frequência e a intensidade dos episódios 
aumentaram. Atualmente apresenta 
episódios todos os dias da semana com piora 
após refeições volumosas e após deitar-se, 
além de ser acompanhada de regurgitação; 
sem fator de melhora. Refere que associado 
a esses sintomas, apresenta tosse seca e 
rouquidão. 
Ao exame físico, a paciente encontrava-se 
em bom estado geral, lúcida e orientada em 
tempo e espaço, sem linfadenomegalias, 
afebril, corada, hidratada, anictérica, 
acianótica, normopneica, normocárdica e 
normotensa. Peso: 53 kg. Altura: 1,61m. IMC: 
20,4. 
O gastroenterologista apontou como 
principal suspeita a Doença do Refluxo 
Gastroesofágico e solicitou Endoscopia 
Digestiva Alta com biópsia. Após um mês, a 
paciente retornou ao consultório médico 
com os resultados dos exames. A Endoscopia 
 
Digestiva Alta apresentou esofagite erosiva e 
esôfago de Barrett. 
 O que é Doença do Refluxo 
Gastroesofágico (DRGE)? É uma 
patologia ocasionada pelo retorno do 
conteúdo gástrico através do esôfago 
oriunda de algum problema de 
mobilidade do esfíncter esofágico inferior. 
 Qual a relação da DRGE com o esofago 
de Barrett? O esôfago de Barret é uma 
complicação da DRGE, uma vez que 
como o refluxo manda para o esôfago 
conteúdo gástrico este tenta se proteger 
alterando o seu epitélio. 
 Histologicamente como se caracteriza o 
esôfago de Barrett? Qual importância 
dessa patologia? O epítileo natural do 
esôfago é estratificado escamoso, porém 
com o esôfago de barret ele se torna 
colunar simples para se proteger do ácido 
atrases dessa metaplasia. No entanto, 
com a progressão da doença essa 
diferenciação celular pode gerar 
mutações (as displasias) que acabam 
originando uma neoplasia que é o 
adenocarcinoma. A morfologia do 
esôfago de barret fica semelhante ao do 
intestino, inclusive apresentando células 
caliciformes (bolinhas brancas) 
 
ESTÔMAGO 
 Identificadas 3 regiões histologicamente: 
o Cárdia; 
o Fundo e Corpo - estrutura microscópica 
idêntica; 
o Piloro (ou antro). 
 
Histologia 
 Epitélio superficial: cilíndrico (colunar) 
simples, forma numerosas invaginações 
minúsculas, ou fovéolas gástricas- 
secreção de mucinas neutras; 
 Corpo/fundo: 
o Células Parietais: HCl e fator intrínseco; 
o Células mucinosas: secreção de muco 
(efeito protetor da mucosa); 
o Células Principais: pepsinogênio; 
 Antro/piloro: 
o Glândulas; 
o Células G: gastrina - estimular a 
secreção de ácido luminal ; 
o Células D: somatostatina. 
 
 
Glândulas mais compactas, células parietais 
eosinofílicas predominam na parte superior. 
 
Glândulas fracamente compactas, ocupam 
cerca metade da espessura da mucosa; as 
foveolas são invaginações 
 
Gastrites 
 Termo usado popular e indevidamente 
para queixas como indisposição ou dor 
epigástrica, melhor designadas 
dispepsias; 
 Processo inflamatório da mucosa gástrica 
em proporção variável, de evolução 
aguda ou crônica, acompanhado ou não 
de sintomas clínicos; 
 Fundamental: interação clínico/ 
endoscopista/ patologista; 
 Dispepsia: queixa clínica. 
AGUDA: 
 processo inflamatório agudo, geralmente 
transitório da mucosa gástrica; 
 Etiologia: AINES, álcool, tabagismo, 
ingestão de ácidos e álcalis fortes, 
intoxicação alimentar, uremia, stress 
severo (grandes cirurgias, queimaduras, 
trauma ou choque), infecção aguda pelo 
H.pylori; 
 Histologia: infiltrado inflamatório 
polimorfonuclear; 
CRÔNICA: 
 associada principalmente ao H.pylori 
 Histologia: infiltrado inflamatório 
mononuclear; 
 Com atividade: presença 
polimorfonucleares; 
 Ativa e erosiva: destruição glândula. 
 
 
 
 
H.pylori: Normalmente revestindo a mucosa. 
Mais comum na região antro; (parecem 
acentos agudos meio rosados) 
 
Nessa imagem ela é encontrada no meio da 
glândula e em outros pontos corada de azul 
 
 
 
 
Região de corpo/fundo 
 
infiltrado inflamatório presente. Tanto o monocelular 
(linfócitos) como o policelular (neutrófilos  nesse 
caso eles estão tentando se infiltrar na parte mais 
inferior da glândula, onde vemos células diferentes 
das demais). 
 
Presença de H. pylori na glândula da região do 
antro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 A infecção por Helicobacter pylori, um 
tipo de bactéria, é a causa mais comum 
de gastrite e úlcera péptica em todo o 
mundo. A infecção é muito comum e 
aumenta com a idade. Até os 60 anos de 
idade, cerca de 50% das pessoas são 
infectadas. Contudo, estudos recentes 
demonstram que a bactéria H. pylori vem 
infectando um número cada vez menor 
de pessoas jovens. A bactéria H. pylori 
desenvolve-se na camada mucosa 
protetora do revestimento gástrico, local 
em que se encontra menos exposta aos 
sucos altamente ácidos produzidos pelo 
estômago. Além disso, o H. pylori produz 
amônia, que ajuda a protegê-lo do ácido 
gástrico e lhe permite romper e penetrar a 
camada mucosa. 
 A grande "Novidade "do Quarto Consenso 
Brasileiro de Infecção pelo H. Pylori na 
parte de terapêutica, foi a determinação 
de aumentar o tempo de duração do 
esquema triplice anti H.Pylori 
convencional (IBP + Amoxicilina + 
Claritromicina) de 7 para 14 dias. Houve 
um ganho de quase 10% na Taxa de 
Erradicação no tratamento por 14 dias 
(81,9 %) em relação ao esquema de sete 
dias (72,9 %). 
 
PRÉ-TESTE: 
A infecção por Helicobacter pylori é 
reconhecida como a causa mais frequente 
de gastrite crônica em adultos e crianças. Seu 
diagnóstico é realizado com métodos 
invasivos em fragmentos de mucosa gástrica 
obtidos com pinça endoscópica e os não-
invasivos são os que independem de 
endoscopia para sua realização. Sobre a 
infecção pelo Helicobacter pylori analise as 
afirmativas abaixo e assinale a alternativa 
correta. 
a) Para o tratamento do Helicobacter pylori 
é comum utilizar como protocolo 
terapêutico o uso de antimicrobianos e 
inibidores da bomba de prótons. 
b) Teste rápido da urease: é baseado na 
liberação de amônia que se forma pela 
atuação da urease produzida pelo H. 
pylori sobre a ureia (hidrólise). Os 
indicadores de cor, pela mudança de pH. 
A sensibilidade do método é muito boa. É 
um método não invasivo. F 
c) Teste de sorologia quantifica anticorpo da 
classe IgM contra H. pylori, indicando 
infecção ativa pelo microrganismo. 
 
 Para fazer o diagnóstico da infecção 
causada pela bactéria H. pylori, e então 
poder começar o tratamento, médico e 
paciente podem recorrer a vários exames 
diferentes. Existem tanto testes não 
invasivos quanto métodos invasivos. 
 Quais são os testes não invasivos e 
invasivos para detecção da bactéria H. 
Pylori? 
o Não invasivos: teste respiratório de 
ureia; sorologia; antígeno fecal 
o Invasivos: teste de uréase; 
histopatológico e cultura 
 Paciente chega ao consultório e após 
avaliação clínica é solicitado o exame de 
sorologia IGG e IGM para H. Pylori, 
apresentando o resultado: O IgM é um 
anticorpo marcador de fase aguda, assim 
o paciente o apresenta elevado 
indicando que enfrenta uma infecção 
ativa. O teste sorológico é indireto e 
apesar de ser sensível não é muito 
específico podendo dar falsos 
diagnósticos, assim ele não deve ser 
usado como confirmador de diagnóstico. 
 
FARMACOLOGIA 
 A infecção pelo Helicobacter pylori (HP) é 
causa de diversas patologias, incluindo 
gastrite crônica, úlcera péptica e câncer 
gástrico. O aumento crescente na 
resistência aos antimicrobianos utilizados 
no seu tratamento, justificaram a 
realização do IV Consenso Brasileiro sobre 
o H. pylori, realizado em agosto de 2017. 
 Fármacos para tratamento de distúrbios 
gasttointestinais: 
o Redutores de acidez gástrica: 
 
 Antiácidos 
 Antagonistas de receptores de H2 
(histamina) 
 Inibidores de bomba de H+ 
o Protetores da mucosa gástrica 
 Sucralfato 
 Compostos de bismuto 
 Análagos das prostaglandinas 
o Antimicrobianos 
 Amoxicilina 
 Compostos de bismuto 
 Claritromicina 
 Metronidazol 
 Tetraciclina 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Declarações sobre o tratamento, retiradas do 
IV Consenso Brasileiro sobre o H. Pylori: 
o Declaração 24: Apesar dos niveis de 
resistência crescentes à Claritromicina 
e às Fluoroquinolonas no Brasil, o seu uso 
ainda é recomendado no tratamento 
do HP. Apesar da alta resistência in vitro 
aosnitroimidazolicos, estas drogas 
podem ser prescritas em situações, 
doses e períodos específicos; 
o Declaração 25: A duração da terapia 
de erradicação do HP deve ser de 14 
dias, especialmente para a terapia 
tripla padrão, afim de alcançar uma 
alta taxa de erradicação; 
o Declaração 27: Terapia tripla 
consistindo na combinação de IBP, 
Amoxicilina e Claritromicina por 14 dias 
recomendada como tratamento de 
primeira linha. Alternativas incluem 
terapia quádrupla com Bismuto por 10 
a 14 dias e terapia concomitante por 14 
dias; 
 
 Quais mecanismos de ação destes 
medicamentos: antimicrobianos irão 
eliminar as bactérias (destruindo suas 
paredes celulares) e os IBP por inibirem a 
liberação de prótons torna o meio menos 
ácido, controlando o pH e permitindo a 
cicatrização das lesões já existentes. 
 Explique como funciona o esquema de 
tratamento? Terapia tripla consistindo na 
combinação de IBP, Amoxicilina e 
Claritromicina. A duração da terapia de 
erradicação do HP deve ser de 14 dias 
com uso dos fármacos a cada 12h 
 Quais as vantagens da associação entre 
IBP e antimicrobianos? permite a 
eliminação da bactéria aliado com a 
solução das lesões. 


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