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(IN) INCLUSÃO DE PESSOAS COM NECESSIDADES ESPECIAIS NA EDUCAÇÃO FÍSICA

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Sistema de Ensino A DISTÂNCIA
CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA
Teresópolis - RJ
FÁBIO MARCELO DE SOUZA BRAGA
INCLUSÃO DE PESSOAS COM NECESSIDADES ESPECIAIS NA EDUCAÇÃO FÍSICA
Teresópolis-RJ
2018
FABIO MARCELO DE SOUZA BRAGA
INCLUSÃO DE PESSOAS COM NECESSIDADES ESPECIAIS NA EDUCAÇÃO FÍSICA
Projeto de Ensino apresentado à Unopar, como requisito parcial à conclusão do Curso de Educação Física.
Orientadores: Prof. Raphael Gustavo Testa, Eraldo Pedro da Silva, Márcio Fragoso de Oliveira.
Teresópolis
2018
BRAGA, Fabio Marcelo de Souza. INCLUSÃO DE PESSOAS COM NECESSIDADES ESPECIAIS NA EDUCAÇÃO FÍSICA 2018. 16 páginas. Projeto de Ensino (Graduação em Educação Física) – Centro de Ciências Exatas e Tecnologia. Universidade Norte do Paraná, Teresópolis, 2018.
RESUMO 
O estudo se apresenta numa perspectiva onde a Educação Física não visa preparar os homens para defender a nação, fortalecer o trabalhador, formar atletas para representar o país internacionalmente, mas sim, junto com as outras disciplinas que compõem a grade curricular, formar o cidadão. A inclusão de crianças com necessidades especiais nas aulas de Educação Física escolar é um desafio a ser vencido pela escola, pois promove, além da integração e socialização, o respeito as diferenças. Para proporcionar um ensino de qualidade é relevante que se conheça as deficiências, e para que haja inclusão, é preciso adaptar as atividades como forma de benefício aos todos. A Educação Física contribui para o processo inclusivo nas escolas regulares, e permite a relação entre crianças, estabelecendo a troca de experiências. Objetivo: O presente estudo tem o objetivo de abordar aspectos da inclusão de alunos com necessidades especiais nas aulas de Educação Física, disciplina esta que contribui para o desenvolvimento integral da criança. Materiais e métodos: o estudo foi realizado através de uma pesquisa de natureza exploratória em livros e artigos, logo após a leitura exploratória foi realizada leitura seletiva, analítica, e finalizada com leitura interpretativa. Revisão de literatura: deficiência é caracterizada como ausência ou dano estrutural de aspectos psíquicos, físicos e anatômicos, provisório ou definitivo (ANIRALIAN, et. al., 2000). Existem vários direitos que beneficiam deficientes, mas é lento o processo inclusivo nas escolas (MENDES, 2006). Conclusão: Alguns fatores como falta de estrutura das escolas, falha na formação de professores, falta de informação são norteadores no processo de inclusão. 
PALAVRAS-CHAVE: Educação inclusiva. Educação Física. Aluno com deficiência.
SUMÁRIO
1	INTRODUÇÃO	6
1.1	TEMA DO PROJETO	8
1.2	JUSTIFICATIVA	8
1.3	SÉRIE/ANO PARA O QUAL O PROJETO SE DESTINA	8
1.4	PROBLEMATIZAÇÃO	9
1.5	OBJETIVOS	9
2	REVISÃO DE LITERATURA	10
3	DESENVOLVIMENTO (METODOLOGIA)	11
4	TEMPO PARA A REALIZAÇÃO DO PROJETO - CRONOGRAMA	14
5	CONSIDERAÇÕES FINAIS	15
6	REFERÊNCIAS	16
1- INTRODUÇÃO
Este artigo teve como objetivo analisar as possibilidades de inclusão dos portadores de necessidades educativas especiais na escola e nas aulas de Educação Física. Inicialmente, para contextualização da temática, realizou-se um resgate histórico da legislação sobre Educação Especial. Posteriormente, analisou-se as vantagens e desvantagens da inclusão das pessoas portadoras de necessidades educativas especiais na escola comum, o preparo das escolas e profissionais para a inclusão e a ação da Educação Física. 
A Educação Física é caracterizada como uma área onde, fazendo-se pequenas adaptações, a participação de todos é possível e, independente das limitações apresentadas pelo aluno com deficiência, proporciona a interação entre os alunos e, consequentemente, a inclusão (DUTRA; SILVA; ROCHA, 2006).
 Concordamos com os autores acerca das possibilidades de adaptações que a Educação Física oferece, no entanto, quando um aluno com deficiência física está presente na aula, seu corpo é colocado em movimento, movimento este que poderá evidenciar sua deficiência e, com isso, suas dificuldades. Esta exposição é o que causa o grande impacto que a deficiência física apresenta comparada às demais deficiências
No entanto, a inclusão escolar não é um processo rápido, automático, é sim um desafio a ser enfrentado devido a vários motivos, principalmente, a falta de professores habilitados e de estruturas físicas adequadas aos alunos portadores de deficiências.
 Salientamos ainda que a inclusão do deficiente deve ser responsabilidade de toda a comunidade escolar que deve sentir-se comprometida facilitando assim a plena integração do deficiente.
Para Venturini et. al. (2010) a Educação Física contribui para o desenvolvimento do afetivo, social, e intelectual de alunos com deficiência, pois o incentivo à inclusão torna a autoestima e a auto confiança mais evidente e assim não há desigualdade. A adequação correta da Educação Física para alunos deficientes evidencia a compreensão de limitações e capacidades, estimulando o desempenho do aluno. É essencial que o professor conheça seu aluno e sua necessidade educacional especial, se houver, pois atualmente está disciplina não trabalha apenas com alunos ditos normais, mas também frisa a importância da pratica inclusiva de alunos especiais em suas aulas.
A diversidade humana é muito ampla, mesmo assim, existem pessoas que ainda não compreenderam, muito bem, as diferenças e as deficiências que todos possuem, gerando estigmas, preconceitos e impondo rotulações como é o caso das pessoas portadoras de necessidades educativas especiais.
Os autores colocam ainda que diante dessa perspectiva de inclusão, são concordantes com a posição de que as mudanças da sociedade podem contribuir para que a fração populacional constituída por portadores de necessidades educativas especiais (tornando-se como parâmetro os indicadores que definem a normalidade) tenha condições físico-psíquicas-sociais para superar a identidade sociocultural historicamente construída. Avanços vem sendo conquistados em termos de luta por direitos civis e sociais que tem implicado em tentativas de mudanças nas instituições socioeducativas.
Ressalta-se que o presente estudo pretende buscar informações na abordagem que compreende o princípio de inclusão como a participação indiferenciada de todos os alunos, independentemente de suas prévias capacidades físicas ou intelectuais, raça ou gênero. Aqui estaremos falando também de alunos sem limitações neurológicas, sensitivas ou físicas, congênitas ou adquiridas. Suas diferenças estariam nas suas capacidades em lidar com os conteúdos da Educação Física, ou porque não foram socializados com este universo, ou porque não foram devidamente estimulados, ou ainda, porque não gostam mesmo da disciplina e têm todo o direito de não gostar. Pode ser considerada tarefa da educação e, consequentemente, da Educação Física: 
[...] ensinar a conviver. A vida é convivência com uma fantástica variedade de seres, humanos, velhos, adultos, crianças, das mais variadas raças, das mais variadas culturas, das mais variadas línguas, animais, plantas, estrelas... Conviver é viver bem em meio a essa diversidade. E parte dessa diversidade são as pessoas portadoras de alguma deficiência ou diferença. Elas fazem parte do nosso mundo. Elas têm direito de estar aqui. (ALVES, 2003:14)
Neste caso o objetivo deste estudo foi abordar aspectos que beneficiam ou não para a inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais nas aulas de Educação Física, disciplina tal que contribui para o desenvolvimento integral dos alunos. 
1.1 TEMA DO PROJETO:
INCLUSÃO DE PESSOAS COM NECESSIDADES ESPECIAIS NA EDUCAÇÃO FÍSICA
1.2 JUSTIFICATIVA:
Esse trabalho tem como objetivo mostrar uma percepção de conceitos e novas ideais, relatar as vivências de especialistas no assunto para adaptação de professores perante a necessidades dos alunos especiais em suas aulas. Vimos que nosso sistema de ensino ainda é meio obsoleto e não busca capacitação dos profissionais que trabalham com tal público, mas espera-se queas experiências de sucesso e de empenho, apresentadas em meio científico possam ajudar para que se busquem novas visões de ensino, para disseminar a educação e a interação de todos em um ambiente escolar mais saudável e menos discriminatório na sociedade, visando sempre em primeiro lugar o ser humano e o respeito entre todos.
A inclusão implica uma mudança de paradigma educacional, que gera uma reorganização das práticas escolares: planejamentos, formação de turmas, currículo, avaliação, gestão do processo educativo. (MANTOAN, 2008).
1.3	SÉRIE/ANO PARA O QUAL O PROJETO SE DESTINA:
Inclusão é um tema que precisa ser trabalhado em todos os anos e séries da educação básica (educação infantil, séries iniciais e finais do ensino fundamental e ensino médio), porém este projeto se destina aos alunos do 9° ano do ensino fundamental.
1.3 PROBLEMATIZAÇÃO:
A inclusão escolar é uma situação atual, muito diferente das concepções históricas acerca das necessidades especiais. As insuficiências corporais, além de modificarem as relações do ser humano com o mundo, se manifestam no comportamento diferenciado nas relações com as pessoas. Desde o meio familiar, a criança com necessidades especiais é tratada de maneira que se diferencia do habitual pela atenção e cuidados.
Durante os períodos, principalmente nas experiências que cada aluno teve nos estágios, podendo conhecer melhor algumas escolas (públicas e privadas), podemos perceber a dificuldade encontrada tanto pelos profissionais de educação física, como com as escolas que não tem preparo para receber os alunos que necessitam de uma “atenção” melhor. As dificuldades são marcadas pelos profissionais, pelas escolas, e também pelos alunos, pois os mesmos não conseguem interagir com os demais alunos.
O problema das deficiências e do processo educativo se configura por não fazer parte somente do passado, mas do futuro, o que significa que esse problema é agora uma necessidade do presente. No terreno da educação, as deficiências requisitam um ambiente novo e criativo, um modo de vida escolar com organização de novas formas especiais de se envolver o aprendizado respeitando as características especiais.
1.5	OBJETIVOS:
Compreender como vem se dando o processo de Inclusão na Educação Física Escolar dos estudantes com necessidades especiais, incluídos (as) na Educação Básica.
2	REVISÃO DE LITERATURA:
INCLUSÃO NA EDUCAÇÃO FÍSICA 
 
Os meios usados pelas políticas públicas para tornar mais amplo o contexto da inclusão seria um caminho para chegar-se a uma sociedade inclusiva. Para dar consistência a ideia de uma educação inclusiva o estado deve projetar uma política pública que forme uma comunidade a qual respeite a diversidade e garanta o direito de todos à educação, O conceito de Inclusão se firma na diversidade, diferença, universalização de indivíduos dentro do mesmo espaço, neste contexto, a escola (PAULON et al, 2005). 
 De acordo com Aniralian et al (2000) um indivíduo com necessidades educacionais especiais ou deficiente é caracterizado como ausência ou dano estrutural dos aspectos psíquicos, físicos ou anatômicos, provisório ou definitivo. Anormalidades como ausência de um membro ou até funções mentais constituem deficiência. 
 Há vários direitos que beneficiam pessoas com necessidades especiais e esses direitos vêm ganhado destaque apesar do lento processo para se conquistar o acesso à educação dessas pessoas (MENDES, 2006). 
A inclusão de deficientes na educação regular é constada na LDBEN 4.024/ 61, no Art. 2° a qual diz que todos têm direito a educação. Desta forma pessoas com necessidades especiais não deveriam estar vetadas ao processo educativo regular. Porém, no Art. 88 há uma condicional, ou seja, apenas “se houver” possibilidade deve-se inserir um deficiente na rede regular de ensino, para que ele seja incluso na sociedade (BRASIL, 1961). 
 A proteção dos direitos de um cidadão à educação independe de vários fatores, mas torna-se um desafio, pois na realidade, nem todos tem acesso a mesma. Para a resolução deste e de outros problemas, o governo vem promovendo programas educacionais a fim de priorizar o ensino de qualidade que é de extrema importância na formação de um cidadão critico, participo na sociedade, digno e respeitoso (ROJO, 2000). 
 De acordo com a LDB 9394/ 96, Art. 58°, 1°, a educação especial é compreendida como um modelo educacional disponibilizado opcionalmente pela escola, para alunos que tenham algum tipo de limitação. No Art. 59°, III, da mesma Lei, os professores devem obter uma especialização própria para trabalhar com pessoas especiais e se tornarem capazes de serem mediadores da inclusão desses alunos no contexto escolar (Brasil, 1996). 
 De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), a diversidade no âmbito escolar é importante pois garante o acesso à escola visando o ensino de qualidade. A escola tem o papel de tornar mais forte o respeito à diversidade, e a não aceitação da desigualdade, pois as diferenças devem ser vistas como um incentivo para que se cumpra uma educação de qualidade. Os PCNs também têm importante papel no processo de inclusão, pois foram criados com o objetivo de obter um vínculo entre escola e sociedade, além de ser um fator de extrema importância para a educação. No século atual, há uma expectativa que a escola forme cidadãos críticos, que participe das atividades dentro da sociedade, e que respeite as diferenças (BRASIL, 1998).
Portando sabe-se que a educação inclusiva é um grande desafio para todos os profissionais de educação e instituições de ensino, onde todos devem buscar melhorias para o aluno especial, e buscar sempre se especializar nesse ensino inclusivo.
3	DESENVOLVIMENTO: (METODOLOGIA)
O presente estudo foi realizado por meio de uma revisão bibliográfica de artigos, o método utilizado para a realização deste estudo foi primeiramente uma leitura exploratória de materiais bibliográficos como artigos relacionados com a Educação Física Inclusiva. Após a leitura exploratória foi realizada uma leitura seletiva verificando a relevância dos achados. Em seguida a leitura seletiva foi realizada uma leitura analítica que consiste em ler e analisar os materiais selecionados na leitura anterior. A finalização foi realizada por meio da leitura interpretativa que consiste em relacionar os artigos com o tema proposto. 
A Educação Física adaptada enfatiza a normalidade da diversidade, das diferenças e salienta a adaptação de atividades fundamentais no desenvolvimento da criança num todo. Uma educação eficaz de crianças com necessidades especiais não é obrigação somente da escola, mas da família, sociedade, política, todos trabalhando em conjunto para se obter uma educação inclusiva de qualidade (ESPANHA, 1994).
No quadro a seguir encontram-se as patologias mais frequentes no âmbito escolar, conceito e qual deve ser a intervenção do professor de Educação física para incluir esse aluno às aulas. 
Quadro1- Patologias frequentes encontradas no ensino regular
	
DEFICIÊNCIA
	
CONCEITO
	
INTERVENÇÃO DO PROFESSOR
	Auditiva
	Limitação ou perda total de alguns sons que correspondem ao aparelho auditivo.
	Comunicação com o aluno através de expressões corporais, gestos, mímicas, se não houver conhecimento de LIBRAS
	Visual
	Possibilidade visual reduzida ou ausente, imutavelmente nos dois olhos sem alternativa de melhora, com ou sem lentes ou intervenção medica.
	*Adequar os recursos pedagógicos de modo que a criança cega ou com pouca visão os compreenda.
*Disponibilizar a criança todos os materiais e equipamentos específicos de que ela necessite;
	Mental
	Nível intelectual restrito, em níveis leve, moderado, inflexível ou complexo, ajuste no comportamento inadequado, independendo do estágio de comprometimento.
	Necessário mais a prática e menos teoria; O ensino deve ser fragmentado em pequenas etapas. Deve ser repetitivo, interativo, associação de linguagem e ação, fator importante é a motivação
 Fontes:
 1. Revista Benjamim Constant (2005)
 2. BATTISTELLA (2004) Secretariade Estado de Direitos da Pessoa com Deficiência, Governo de São Paulo. 
Precisa-se analisar se a estrutura da escola favorece a inclusão de alunos com necessidades especiais e se a comunidade escolar está disposta a trabalhar com alunos especiais. Para existir integração entre a parte docente da escola e o aluno é fundamental saber tudo sobre a deficiência, isto se dá através de sua formação. É papel de todos na escola priorizar a inclusão social e depois inclusão escolar (MACIEL, 2000). 
 No Brasil, a realidade é completamente diferente, tanto escolas quanto a comunidade escolar estão despreparadas para receber pessoas com necessidades especiais. Vários problemas familiares podem nortear a procura dos pais por escolas inclusivas, e um ensino de qualidade (PRADO; MOROSTEGA, 2001). 
 A maneira de lidar com deficientes torna-se desapropriada pela falta de conhecimento e preconceito da sociedade. Com o objetivo de apresentar atendimento especial, os que necessitam de prioridade, são privados do convívio com a comunidade (OMOTE, 1999).
Para Leonardo (2008), um sistema de ensino de qualidade que não exclua ninguém. Incluir alguém excluído não é só adaptar um local para recebê-los, mas proporcionar uma educação que seja satisfatória. O sistema brasileiro de ensino público tem enfrentado grande adversidade, pois até crianças sem deficiência tem sofrido déficit no aprendizado, o que torna o este sistema vergonhoso, também pelo baixo investimento dado pelo governo. 
 As escolas precisam elaborar projetos que deem preferência ao pedagógico, evidenciando a educação inclusiva; oriente todos os funcionários da escola e também a comunidade no trabalho com alunos deficientes; designar recursos para a formação de professores aptos do ensino pedagógico e prontos para lidar com eventuais problemas que podem surgir com seus alunos. É necessário adaptar a escola por meio de algumas medidas, facilitando o deslocamento de tais alunos (MELO; MARTINS, 2007). 
A formação de professores deve- se dar a partir de cursos capacitastes com constantes avaliações, e não somente envolvimento em cursos, pois, sendo um procedimento continuo o professor deve ter um pensamento crítico para que saber e entender sobre o processo de inclusão e assim aperfeiçoar o conhecimento passado aos alunos em sala de aula (SADALLA, 1997).
A Educação Física Adaptada nada mais é do que a adequação de metodologia, adaptação de materiais e técnicas que venham atender as diferenças individuais de cada portador de deficiência. Entretanto, tais adequações, devem ser baseadas nos tipos e características das deficiências para que possa oportunizar a todos a participação no maior número de atividades possíveis, visando, assim, sua melhora ao nível motor, afetivo, cognitivo, assim como a interação e integração com as demais pessoas (Nogueira, 2000).
Para Aviz (1998) a atividade física e/ou esporte pode significar para o portador de deficiência, o desenvolvimento da autoestima, a melhoria da sua autoimagem, o estímulo à independência, a integração com outras pessoas, uma experiência enriquecedora com seu próprio corpo, (...) além de uma oportunidade de testar suas possibilidades, prevenir-se contra deficiências secundárias e integrar-se consigo mesmo e com a sociedade.
Deve-se considerar também o interesse em particular de atividades físicas ou esportes seja em busca de prazer, diversão, competição ou busca de uma melhor qualidade de vida.
4 TEMPO PARA A REALIZAÇÃO DO PROJETO – CRONOGRAMA
O projeto será aplicado aos alunos do ensino fundamental, tendo início na primeira semana de aula, até a primeira semana de março, totalizando em média 06 aulas.
5	CONSIDERAÇÕES FINAIS:
 Este estudo aponta que apesar dos problemas que o processo de inclusão vem enfrentando para ser adquirido pela escola, o ambiente escolar, mais certamente as aulas de Educação Física tem propiciado a acessibilidade de deficientes nas aulas através de atividades adaptadas. 
 Para se desfrutar da inclusão escolar é necessário que haja mudanças na sociedade, para que deficientes sejam vistos como cidadãos normais. Fatores como reestruturação no sistema de ensino, formação de profissionais competentes, interdisciplinaridades, são determinantes na ação da inclusão. A educação física escolar auxilia na inclusão, porém é necessário que haja uma transformação no geral para que o aspecto da inclusão seja reconhecido. 
 Diante de todos os desafios encontrados pelos professores de Educação Física, frente à inclusão de alunos com deficiência, observou que é necessário que os professores busquem se preparar para o processo da Inclusão de alunos com deficiência, assim como as escolas precisam buscar meios de melhorias para trabalhar com esses alunos, já que é uma realidade encontrada nos dias atuais. Para finalizar, sugere-se que esse estudo seja ampliado para um número maior de professores de Educação Física, a fim de que os resultados obtidos identifiquem as necessidades dos alunos com deficiência frente ao processo de ensino e aprendizagem.
6	REFERÊNCIAS:
AMIRALIAN, M.L.T., PINTO, E.B., GIRAIDI, M.I.G., LICHTIG, Ilda. MISSINI, F.S., PASQUALIN, Luiz. Conceituando deficiência. Revista de Saúde Pública, vol. 34, n° 1, São Paulo, 2000.
AVIZ, C.C. A criança portadora de necessidades educativas especiais e sua inclusão no ensino regular nas aulas de Educação Física. Brasília: Faculdade de Educação Física / Universidade de Brasília, 1998. Monografia de Especialização.
BATTISTELLA, L.R. Secretaria de estado de direitos da pessoa com deficiência. São Paulo. 2004.
BRASIL. Presidência da República. Lei n. 4.024 de 20 de Dezembro de 1961. Dispõe sobre a Lei de Diretrizes e Bases. São Paulo. 1961.
BRASIL. Presidência da República. Lei 9394 de 20 de Dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. São Paulo, 1996.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: Educação Física, Brasília, 1998
DUTRA, R. S.; SILVA, S. S. M.; ROCHA, R. C. S. A educação inclusiva como projeto da escola: O lugar da educação física. Revista Adapta, Ano II, nº 1. Rio Claro: UNESP, 2006.
ESPANHA. Ministério da Educação. Declaração de Salamanca. Espanha, 1994.
LEONARDO, T.S.N. Inclusão escolar: um estudo acerca da implantação da proposta em escolas públicas. Revista Semestral da Associação Brasileira de Psicologia Escolas Educacionais, vol. 12, n° 2, 2008.
MACIEL, M.R.C. Portadores de deficiência: a questão da inclusão social. Revista Scielo, São Paulo, vol. 14, n° 2, 2000.
MELO, V.L.R.F., MARTINS, R.A.L. Acolhendo e atuando com alunos que apresentam paralisia cerebral nas classes regulares: A organização da escola. Revista Brasileira de Educação Especial, São Paulo, 2007
MENDES, E.G. A radicalização do debate sobre inclusão escolar no Brasil. Revista Brasileira de Educação, vol. 11, n° 33, 2006.
NOGUEIRA, R.H.U. Educação Física: um espaço facilitador na integração do aluno portador de deficiência em classes comuns. Santa Maria: Centro de Educação / Universidade Federal de Santa Maria, 2000. Monografia de Especialização.
OMOTE, S. Normalização, integração, inclusão. Revista Brasileira de Educação Especial, Florianópolis, vol.1, n° 1, 1999.
PAULON, S.M., FREITAS, L.B.L., PINHO, G.S. Ministério da Educação, Secretaria de Educação especial, Brasília, 2005.
PRADO, A.M.C.C., MOROSTEGA, V.L. A inclusão do portador de necessidades especiais em âmbito social e escolar. Revista Educação Especial, n° 17, 2001.
SADALLA, A.M. Com a palavra a professora: suas crenças, suas ações. Tese de doutorado, programa de pós graduação em Educação, Campinas, 1997
ROJO, Roxane. A pratica de linguagem em sala de aula: praticando os PCNs. São Paulo, 2000.

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