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TCC EDUCAÇÃO ESPECIAL NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA

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EDUCAÇÃO ESPECIAL NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA
UNIVERSIDADE NORTE DO PARANÁ
EDUCAÇÃO FÍSICA LICENCIATURA
 (
EDUCAÇÃO ESPECIAL NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA
)
Thiago Ciafrino
CAMPOS DOS GOYTACAZES - RJ
2021
 (
Thiago Ciafrino
)
 (
EDUCAÇÃO ESPECIAL NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA
)
 (
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito parcial para a obtenção do título de 
Licenciatura
 em Educação Física.
Orientador: Prof
ª
. Andressa Magalhães Sampaio da
 
Silva;
 Lucas. 
)
 (
Campos dos Goytacazes - RJ
2021
)
 (
“Dedico este trabalho a Deus. Sem ele nada seria possível, causa primordial de todas as coisas. Agradeço, pois Ele quem me deu forças para concluir este projeto de forma satisfatória.”
)
agradecimentos
Peça a Deus que abençoe seus planos e eles darão certos (Provérbios 16:3).
Gratidão, essa seria a palavra que eu resumiria tudo que sinto agora. Gratidão a Deus, pois me permitiu realizar um sonho, por todos os livramentos e pela proteção. Agradeço a todos que de alguma forma me incentivaram e não deixaram desistir do meu sonho, sei que sozinho eu não chegaria até aqui. 
O apoio da minha mãe e amigos foi essencial, um muito obrigado a vocês que não desacreditaram de mim, que sempre estiveram do meu lado quando eu mais precisei, que Deus na sua infinita bondade venha abençoar cada um de vocês que me ajudaram, que sonharam comigo, agradeço ao apostolo Carvalho que me ensinou que longe é onde não queremos ir, e difícil é o que não queremos fazer, que tudo em nossa vida é questão de decisão, que se quisermos só depende de nós para conquistar, tudo depende de dar o primeiro passo, se temos um sonho, corra atrás dele, pois foi Deus quem fez esse sonho nascer, e tudo que Deus coloca em nossos corações, ele da a proteção para ser realizado.
Apenas tenha fé e acredite no melhor de Deus para sua vida. Se você quer ter o que nunca teve, faça o que nunca fez.
CIAFRINO, Thiago. Educação Especial nas aulas de Educação Física. 2021. 32 folhas. Trabalho de Conclusão de Curso Graduação em Educação Física – Faculdades Integradas Norte do Paraná - UNOPAR, Campos dos Goytacazes, 2021.
RESUMO
O projeto de trabalho de ensino apresenta, através de um estudo bibliográfico, a importância da inclusão no cenário educacional. A Educação Física é um dos componentes curriculares e precisa contribuir para a efetivação de diálogos e reflexão sobre o tema da inclusão educacional. Os professores necessitam, então, encontrar meios e métodos para trabalhar questões ligadas à inclusão. Assim, o debate do trabalho girará em torno do vislumbre de que é preciso articular os processos educativos ocorridos dentro das aulas de EF, considerando as diferenças e necessidades especiais dos alunos. A EF não é só um momento de descontração, de lazer na escola, ela precisa ser uma disciplina que faz parte da formação cidadã dos alunos, promovendo práticas voltadas nesse campo de atuação. Nesse sentido, conclui-se que é indispensável uma ação pedagógica por parte dos professores e envolvidos no processo educacional, que a Educação Física seja planejada com o intuito, inclusive, de incentivar o respeito e a convivência com o diferente. 
Palavras-chave: Educação Física. Inclusão. Professores. Alunos.
CIAFRINO, Thiago. Educação Especial nas aulas de Educação Física. 2021. 32 folhas. Trabalho de Conclusão de Curso Graduação em Educação Física – Faculdades Integradas Norte do Paraná - UNOPAR, Campos dos Goytacazes, 2021.
ABSTRACT
The teaching work project presents, through a bibliographic study, the importance of inclusion in the educational scenario. Physical Education is one of the curricular components and needs to contribute to the realization of dialogues and reflection on the topic of educational inclusion. Teachers then need to find ways and methods to work on issues related to inclusion. Thus, the work debate will revolve around the glimpse that it is necessary to articulate the educational processes that took place within PE classes, considering the differences and special needs of the students. EF is not just a moment of relaxation, leisure at school, it needs to be a discipline that is part of the citizens' education of students, promoting practices aimed at this field of action. In this sense, it is concluded that a pedagogical action on the part of teachers and those involved in the educational process is essential, that Physical Education be planned with the intention, also, of encouraging respect and living with the different.
Key-words: Education Physics. Inclusion. Teachers. Students.
SUMÁRIO
1.	INTRODUÇÃO	14
2.	JUSTIFICATIVA	15
3.	OBJETIVOS	16
3.1	GERAL	16
3.1	ESPECÍFICOS	16
4.	REVISÃO BIBLIOGRÁFICA	17
4.1	EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR INCLUSIVA E ATIVIDADE FÍSICA	22
4.1.1. O que é inclusão........................................................................................23
4.1.2. Qual é a política federal sobre educação física escolar inclusiva e atividade física? .......................................................................................................23
4.1.3.	Habilidades de ensino inclusivas............................................................24
4.2	APOIANDO ALUNOS COM DEFICIÊNCIAS	25
5.	METODOLOGIA DA PESQUISA	26
6.	RESULTADOS E DISCUSSÕES	27
CONCLUSÃO	30
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS	31
INTRODUÇÃO 
O projeto de ensino tem como tema as possibilidades e desafios dentro da Educação Especial em se tratando da inclusão de alunos portadores de necessidades especiais nas aulas de Educação Física. A escolha do tema se deu pelo fato de que a Educação Especial, aquela voltada para aluno com algum tipo de objetivo a valorização do múltiplo, das diversidades, sejam elas físicas ou culturais. 
A escola inclusiva necessita ser plurissignificativa, construir um currículo contextualizado, que seja amplo e flexível. Uma escola, quando adere à inclusão e trabalha esse princípio acolhe a todas, sem fazer acepções, pois abrange a todos. Por meio da Educação Especial, os alunos com necessidades e com dificuldades de aprendizagem são integrados à rede regular de ensino, pois o acesso à educação é um direito de todos, sem exceção.
A prática educacional deve ser entendida como ato que se estende a todos, sem exceção e que todos os alunos, em algum momento do processo de ensino e aprendizagem, podem apresentar algum tipo de dificuldade que necessitará de um olhar mais apurado do professor para ser trabalhada. Como descrevem os PCNs, “a educação dos alunos com necessidades educacionais especiais deve contemplar as diferenças individuais" (BRASIL, 1998, p. 18). 
Assim, os portadores de necessidades especiais puderam ter acesso à escola de ensino regular, tanto pública como particular, sem problemas de acepção ou rejeição por parte das instituições. O assunto a ser tratado girará em torno da razão, sensibilidade e surgimento da Educação Especial Inclusiva, bem como os desafios que se encontram dentro do ensino de Educação Física para incluir alunos que possuem algum tipo de deficiência, os chamados portadores de necessidades especiais. 
Entende-se, então, que a Educação Física deve abordar todos os alunos. Assim, é necessário se pensar em aulas que promovam a igualdade de oportunidades, que promovam a inclusão educacional. 
A linha de pesquisa seguirá dentro da linha de Educação Física e/ou áreas associadas (Educação Física e Inclusão). O tema do projeto enfatiza como ações inclusivas precisam e devem estar presentes nas aulas de Educação Física.
32
JUSTIFICATIVA
Para que haja um desenvolvimento global dos alunos portadores de necessidades especiais, a escola precisa levar a sério o processo de inclusão. A inclusão é muito mais do que a simples aceitação das pessoas portadoras de necessidades especiais. Segundo Santos e Paulino (2008, p. 11) afirmam:
Acreditamos que está na educação, sem dúvida, a principal ferramenta para a transformação social verdadeira que tanto almejamos. Nos dias de hoje as desigualdades sociaise o desrespeito às diferenças são banalizados em nosso cotidiano, e a escola, sem dúvida, reflete e reproduz estas relações. 
A função primordial da educação é preparar os indivíduos para atuarem com competência e responsabilidade nas mais diversas instâncias sociais. Sendo assim, a escola passa a se constituir como um elemento mediador entre o indivíduo e a sociedade. 
Dessa forma, todas as disciplinas precisam trabalhar em conjunto para que a inclusão se instale dentro do ambiente escolar. Nesse sentido, segundo Rodrigues (2003, p. 77): 
[...] a EF seria uma área curricular mais facilmente inclusiva devido à flexibilidade inerente aos seus conteúdos o que conduziria a uma maior facilidade de diferenciação curricular. [...] A EF é julgada uma área importante de inclusão dado que permite uma ampla participação mesmo de alunos que evidenciam dificuldades.
Os alunos com necessidades especiais, assim como os demais, anseiam por participar das atividades de Educação Física, mas, nem sempre isso é possível, pelo fato de que os professores da disciplina acabam por traçar planejamentos que contemplem só os alunos que não possuem certo tipo de necessidade ou deficiência. 
Assim, justifica-se o projeto de ensino como forma de apontar alternativas e reflexões sobre como o professor de EF pode elaborar aulas, pensar em estratégias para que haja, verdadeiramente, a inclusão nas aulas. 
OBJETIVOS
GERAL 
Analisar e apontar ações pedagógicas que possam contribuir para que a inclusão seja uma realidade nas aulas de Educação Física. 
1. ESPECÍFICOS 
Explorar conceitos de educação inclusiva e inclusão educacional; 
Analisar como é possível que a inclusão aconteça dentro das aulas de Educação Física; 
Descrever a importância e contribuição da Educação Física para a inclusão educacional.
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
	Um dos grandes desafios da educação brasileira, atualmente, denomina-se educação especial inclusiva. A história e seus elementos sempre demonstraram a necessidade de uma política voltada para a promoção dos portadores de necessidades especiais ou de deficiência, como se dizia no passado ao convívio social, familiar e educacional. 
	Essas necessidades Especiais levou à necessidade de implementação e a formulação de políticas públicas, com base em preceitos legais, com a finalidade de dar aos indivíduos com algum tipo de necessidade especial oportunidades de acesso iguais às dos não portadores de necessidades especiais. 
	Trabalhar com educação especial, atualmente é trabalhar com a multiplicidade, sempre mostrando aos alunos que todos são diferentes, pois as pessoas podem ser parecidas em alguns aspectos, mas não iguais. E essas diferenças exigem respeito.
	A inclusão de alunos com deficiência nas escolas regulares ainda é um desafio para os professores, principalmente pela insegurança gerada pela falta de confiança na formação profissional e pela falta de estrutura de apoio.
	Promover um ensino de qualidade estendido a todos, sem distinção não é uma tarefa fácil. A inclusão requer uma postura diferente de todos, principalmente dos professores, que devem ser os primeiros a aceitarem as diferenças e prontificarem-se na realização de um trabalho que valorize a inclusão educacional (SILVA; ARAÚJO, 2004).
	A educação especial tem o foco não mais no aluno que apresenta algum tipo de síndrome, mas remete a todos os alunos que em alguma ocasião necessitam de um atendimento mais especializado devido a algum tipo de dificuldade que possa apresentar dentro do processo de ensino e aprendizagem, mesmo que essa dificuldade seja passageira. 
	A educação especial inclusiva traz como fundamental o pensamento de se trabalhar com os alunos elementos indispensáveis à vida em sociedade, como: a cooperação, o respeito, a solidariedade, o amor e a amizade. Mas, é preciso ter cuidado, pois somente colocar o aluno portador de necessidade especial dentro de uma sala de aula de ensino regular não é promover inclusão. 
A inclusão é o resultado da soma de oportunidades bem sucedidas que são possibilitadas a qualquer cidadão e não somente dos decretos, sem oportunizar o real acesso às oportunidades e aos meios para superar os desafios que promovam o seu desenvolvimento (ARAÚJO, 2003 apud SILVA; ARAÚJO, 2004, p. 1).
	Para oferecer oportunidades bem sucedidas a todos, indistintamente, é preciso que a escola se estruture para isso, tenha um currículo de caráter inclusivo e professores capacitados para promoverem verdadeiramente um processo de ensino que alcance a todos. E a educação especial inclusiva é uma forma de ofertar oportunidade de aprendizagem de maneira igualitária. Ela veio para demonstrar que não é possível haver ensino de forma homogênea, porque cada aluno é um ser único, com potencialidades e individualidades que a escola deve respeitar. 
	A Educação Física é uma das disciplinas que pode contribuir para a valorização do outro, para instauração de ações voltadas para a inclusão. Por meio de planejamentos adequados e visão correta dos professores sobre a importância de se trabalhar o aspectos inclusivos, é possível proporcionar aos alunos. 
	Faz-se indispensável à valorização da diferença, no sentido de haver reconhecimento e afirmação positiva de que nem todos são iguais, todos possuem limitações e potencial. E isso precisa ser explorado nas aulas de Educação Física.
	Inserir uma criança com necessidades especiais no ensino regular é dar-lhe as mesmas oportunidades que as outras crianças possuem de desenvolver as áreas cognitivas e sócio-afetivas. A inclusão dessas crianças, inclusive nas aulas de Educação Física, requer que professores e escola não olhem para a síndrome ou para a deficiência, mas, sim, que haja uma pedagogia baseada, nas habilidades da pessoa. 
	O processo de inclusão educacional dentro das aulas de Educação Física pode ajudar a ampliar o desenvolvimento e aprendizagem das crianças com necessidades especiais. Por isso, incluir é de fato essencial para o portador de tal síndrome e também um direito.
	Vygotsky (1987), em seus estudos, descobriu que a socialização é essencial para o desenvolvimento cognitivo. Assim, as aulas de Educação Física, quando planejadas para atender a todos os alunos, criarão esses momentos de socialização, de interação entre os portadores de necessidades especiais e seus pares. Oliveira (2002, p. 33) descreve que:
A exclusão de alunos com necessidades especiais no âmbito social é evidente tornando-os esquecidos. Nas aulas de Educação Física os professores, com a desculpa de preservar os alunos, acabam não desenvolvendo potencialidades destes alunos. Muitas vezes o próprio professor ao invés de incentivar o aluno fique bastante constrangido, quando o desejo dele na maioria das vezes é participar das aulas juntamente com os outros alunos.
	A inclusão de crianças com necessidades especiais requer que professores e escola não olhem para a deficiência, mas, sim, que haja uma pedagogia baseada, nas habilidades da pessoa. 
	A relevância principal de incluir, no contexto educacional, portadores de síndrome e outras necessidades especiais está no valor social que existe nessa ação. Através da inclusão, a criança com necessidades especiais passa a se sentir parte do grupo e com as mesmas condições de aprendizagem, respeitando sempre o ritmo dela. Facilitar a inclusão é um processo que requer criatividade, elevação da auto-estima do professor e dos alunos, em geral, a necessidade e o desejo de mudar para incluir e o redimensionamento da prática e métodos pedagógicos. E essa valorização perpassa pelas aulas de Educação Física, que não podem ser excludentes, mas, sim ferramentas para que a inclusão seja construída no ambiente escolar.
	A Educação pode contribuir para efetivação de uma educação voltada para a inclusão, em especial dentro da cultura do esporte e do lazer, por meio de uma estruturação de ensino adequada, sem que haja barreiras atitudinais e sociais no planejamento das aulas que impeçam os alunos a participarem das atividades desenvolvidas e organizadaspelo professor de Educação Física. 
	Para que o processo de inclusão seja realmente possível nas aulas de Educação Física, o professor da disciplina precisa buscar formação para saber lidar com questões voltadas à inclusão escolar. Muitos professores de Educação Física não fazem um trabalho voltado para a inclusão de portadores de necessidades especiais porque não possuem embasamento, conhecimento sobre o assunto para pensar em soluções e propostas adequadas a esse público-alvo. Como descreve Lopes e Valdéz (2003 apud COSTA, 2010, p. 891):
[...] entende-se que é necessário desencadear estudos que possam contribuir para uma formação complementar especial do professor de Educação Física que atenda às necessidades educacionais especiais tanto do aluno deficiente auditivo como de outras deficiências, favorecendo uma inclusão de qualidade. E quando se fala em processo de inclusão, já é um motivo que leva ao aprimoramento da formação profissional dos professores, constituindo um motivo para que a escola se modernize em prol de uma sociedade a qual não deverá haver espaços para preconceitos, discriminação, barreiras sociais e/ou culturais.
	Sem informação adequada e sem saber como usar a informação sobre a inclusão para que o conhecimento vire ação voltada para a inclusão, nada mudará nas aulas de Educação Física e elas correrão o risco de serem excludentes e não inclusivas. Por isso, o professor deve ter consciência, competências e habilidades para ajudar a promover uma escola, uma educação e um processo de ensino para todos, sem distinção.
A Conferência Mundial da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) sobre Necessidades Educacionais Especiais, realizada em 1994, resultou na elaboração da Declaração de Salamanca, a qual pontuou que os países signatários se comprometeram em empreender esforços sentido de tornar real o movimento de inclusão escolar (SILVA; LLERENNA JÚNIOR; CARDOSO, 2002) Nesse sentido, mudanças no âmbito legislativo e na organização escolar têm sido desencadeadas no Brasil desde então com o intuito de melhorar a formação profissional e garantir o acesso amplo de todos os alunos à escola comum. No entanto, avanços têm sido observados, uma formação de professores ainda é um desafio, uma vez que uma simples oferta de disciplinas obrigatórias nos cursos de graduação não é capaz de garantir qualidade na atuação docente (BAUMEL; CASTRO, 2002).
	Ao longo do tempo, a forma como professores de Educação Física escolar percebem a ativação com alunos deficiência tem se modificado de maneira profunda. Há pouco mais de duas décadas, trabalhar com atividades físicas para essa população era visto como uma tarefa exclusiva de fisioterapeutas ou terapeutas ocupacionais. Mesmo os cursos de Educação Física no ensino superior só passaram a conhecimentos específicos sobre pessoas com deficiência no início dos anos de 1980 (PEDRINELLI; VERENGUER, 2013).
Segundo Rodrigues (2003), a Educação Física mostra-se à margem das funções sobre o movimento de inclusão, dominantes em nosso país desde a década de 1990. Embora muitas crianças com deficiência até consigam o acesso à escola regular, em alguns casos são dispensadas das aulas de Educação Física, normalmente pela insegurança por parte do professor. Para o autor, a Educação Física na escola deve ser assegurada como um direito do aluno e não colocada como uma opção a ser descartada. Assim sendo, nenhum aluno pode ser dispensado da disciplina, ainda que de seu aspecto teórico. Ressalta-se ainda a questão da formação dos profissionais de Educação Física que atuarão na escola, visto que, muitas vezes, estes não obtêm informações sobre as deficiências relacionadas pelos alunos, assim como suas reais limitações e possibilidades. Nesse sentido, Beyer (2003) destaca que a valorização da Educação Física escolar, com uma formação continuada e o apoio da equipe multidisciplinar, pode contribuir para torná-la uma área estratégica na educação inclusiva, constituindo-se um campo privilegiado de experimentação, inovação e melhoria da qualidade pedagógica na escola.
	Para Doulkeridou et al. (2011) , a mudança de atitudes por parte dos professores é fundamental para que estes possam desenvolver comportamentos mais favoráveis ​​no sentido da inclusão de alunos com deficiência. Segundo os autores, uma atitude indica uma predisposição de aderir ou evitar alguma situação. Assim, as atitudes positivas por parte dos professores podem conduzir fortemente uma abordagem positiva em relação à inclusão escolar, tornando o processo mais benéfico e enriquecedor. Ainda Greguol e Rose Junior (2009) pontuam que algumas variáveis ​​podem interferir na atitude dos professores de Educação Física para os alunos com deficiência, tais como uma preparação acadêmica e a experiência prévia no atendimento a essa população. Além disso, professores do sexo feminino e mais jovens exibiriam em geral atitudes mais positivas em relação ao processo inclusivo (HUTZLER, 2003; GREGUOL; GOBBI; CARRARO, 2013).
Ao analisarem as concepções dos professores de Educação Física em relação à inclusão de alunos com deficiência, Fiorini e Mazini (2015) verificaram as dificuldades em adaptar a educação, sendo, em muitos casos, narrado mais predomínio de atividades individuais com esses alunos em detrimento das coletivas. Como maiores dificuldades, foram citadas e falta de materiais de apoio, de assistentes para auxiliar nas aulas e de mais experiência na atuação com alunos com deficiência.
As características da deficiência dos alunos também podem ser interpretadas como fatores que gerem atitudes negativas por parte do professor. De um modo geral, quanto maior a severidade da condição, mais negativa e pessimista a percepção do professor sobre a possibilidade de inclusão do aluno nas aulas de Educação Física (FIORINI; MANZINI, 2015, 2016; HODGE et al., 2017). Além disso, casos mais graves de deficiência intelectual e autismo (HODGE et al., 2017 ) ou de paralisia cerebral (AN; MEANEY, 2015 ; HUTZLER; BARAK, 2017) tendem a ser encarados de forma mais negativa pelo professor, quer seja pela falta de materiais pedagógicos de apoio, assistência profissional ou de espaços roubados, quer seja pelo desconhecimento da condição apresentada.
Embora seja observada, de um modo geral, uma tendência otimista dos professores a respeito dos benefícios da inclusão escolar, algumas dificuldades pessoais (falta de conhecimento e de experiência), administrativa (acesso precário ao laudo e às informações sobre a deficiência do aluno, falta de materiais e de profissional de apoio), disponibilização (espaço físico com acessibilidade precária) e outras relacionadas ao aluno (tipo e gravidade da deficiência, elevado índice de absenteísmo nas aulas e falta de motivação em participação das atividades) são relatadas como fatores que podem dificultar ou até mesmo inviabilizar o processo de inclusão escolar (FIORINI; MANZINI, 2014; HODGE et al., 2017 ; HUTZLER; BARAK, 2017) No entanto, também é reconhecido que mudanças na forma de organização da formação inicial e continuada, bem como uma melhor estrutura escolar administrativa, podem ser fatores que contribuem para que as atitudes mais positivas possam ser desenvolvidas por parte dos professores, favorecendo, dessa forma, a criação de um ambiente inclusivo (TALIAFERRO; HAMMOND; WYANT, 2015 ; SALERNO; ARAÚJO, 2016).
4.1 Educação Física Escolar Inclusiva e Atividade Física
Todos os alunos, independentemente da capacidade, devem obter os 60 minutos ou mais recomendados de atividade física diária. As escolas podem ajudar todos os alunos a cumprir esta recomendação, oferecendo oportunidades iguais para os alunos com deficiências (LDB 9394/96). Criar uma cultura inclusiva para educação física e atividade física ajuda cada aluno a aprender a ter um estilo de vida saudável e ativo.
1.1.1. O que é inclusão
Inclusão significa que, “Todas as crianças, independentemente da capacidade ou deficiência, têm o direito de ser respeitadas e apreciadas como membros valiosos da comunidadeescolar, participar plenamente em todas as atividades escolares e interagir com colegas de todos os níveis de habilidade com oportunidades de desenvolver amizades” (CARVALHO, 1997).
A Educação física inclusiva e atividade física incluem alunos com deficiência em aulas regulares de educação física. Especificamente, estratégias de ensino, equipamentos, ambientes e avaliações foram adaptadas para atender às necessidades de todos os alunos.
Oferece suporte a alunos com deficiência que desejam participar de outras atividades físicas antes, durante e depois das aulas.
Incentiva os alunos com deficiência a ter os mesmos papéis e experiências que seus colegas que não têm deficiência durante a educação física e outras atividades físicas. 
1.1.2. Qual é a política federal sobre educação física escolar inclusiva e atividade física?
Em 20 de dezembro de 1996 foi sancionada pelo presidente Fernando Henrique Cardoso a Lei de Diretrizes e Bases Nacionais para a Educação Brasileira (LDBN) de nº 9.394, a qual subentende-se que todos os estabelecimentos de ensino do país devem cumprir e fazer cumprir, trazendo em seu conteúdo o desafio da inclusão de alunos com necessidades especiais nas escolas de ensino regular, independente de seu âmbito.
De acordo com Carvalho (2002), vários projetos referente a educação foram apresentados e discutidos para chegar a conclusão da Lei Nº 9394/96, chamada Lei Darcy Ribeiro. Considerada pela autora um importante mandamento legal da educação, respeitando o direito e o processo de aprendizagem das pessoas com deficiências, a qual demorou oito anos para sua aprovação.
A LDB estabelece em seu conteúdo, no Capitulo V, artigos 58, 59 e 60 que a Educação Especial é entendida como modalidade de educação escolar, portanto, oferecida na rede regular de ensino, salvo, quando este necessitar de serviços específicos e/ou especializados e não houver condições para sua inclusão.
O processo de inclusão nas escolas está assegurado desde 1988 pela Constituição da República Federativa do Brasil sancionada, neste período, e seguida da LDB Nº 9394/96. Porém, instituindo novos aspectos no agir e no pensar dos segmentos envolvidos com a formação acadêmica, moral e ética do ser humano.
Observa-se nos respectivos artigos desta lei, que ambos fazem referência a educação como um direito de todos, incluindo as pessoas com deficiências, considerando, também, o componente curricular de Educação Física como grande ferramenta, desde a educação infantil, na construção da aprendizagem dos educandos
1.1.3. Habilidades de ensino inclusivas
Em uma revisão da literatura sobre inclusão na EF (1975-2015), Broer et al., 2005 sugerem que a EF inclusiva é moldada por treinamento profissional, colaboração colegial e um currículo que pode ser facilmente adaptado à atividade física e à participação esportiva para pessoas com deficiência. Atividades de aprendizagem que promovam a colaboração e reduzam os jogos competitivos excludentes são importantes para que os alunos se sintam engajados e socialmente bem-sucedidos na EF (GIANGRECO et al., 2010). 
Aprendizagem cooperativa, referindo-se aos métodos de instrução onde os alunos trabalham juntos em pequenos grupos para aprender e ajudar os outros a aprender (GIANGRECO et al., 2010), foi implementada com sucesso em salas de aula de EF inclusiva (HAYCOCK & SMITH, 2010). Objetivos do grupo (interação e diálogos reflexivos), habilidades interpessoais e de pequenos grupos (tomada de decisão compartilhada e escuta, assumindo responsabilidade, dando feedback e encorajando uns aos outros) e responsabilidade individual (para completar tarefas) (HAYCOCK & SMITH, 2010) são elementos-chave para o sucesso desse modelo. 
Em um estudo de caso incluindo um aluno com deficiência em EF regular, estratégias de ensino bem-sucedidas envolveram evitar a competição e uma mudança em direção à aprendizagem motora, socializar e usar a cooperação de pares para progredir e controlar metas individualmente estabelecidas (CONROY et al., 2004). Uma revisão da literatura conclui que os resultados positivos da aprendizagem cooperativa em EF incluem ganhos no desempenho físico, compreensão cognitiva (desempenho acadêmico), habilidades interativas e participação significativa (aprendizagem social), bem como o aumento dos conceitos do aluno sobre si mesmo e sua aprendizagem (aprendizagem afetiva). Embora os métodos de pequenos grupos possam ter efeitos positivos potenciais sobre o desempenho dos alunos, o grau de aprendizagem também pode depender de tarefas, dinâmicas de grupo, por exemplo, participação desigual de grupo ou incapacidade dos indivíduos de buscar ajuda (CONROY et al., 2004).
4.2 Apoiando Alunos com Deficiências
	As estratégias de proximidade do professor são usadas para redirecionar o comportamento problemático, tornando as transições de atividades suaves e aumentando os comportamentos dos alunos na tarefa (SCHERER, 2018). Estudos sobre a proximidade de educadores a alunos com deficiência sugerem resultados inconclusivos (BROER et al., 2005). O envolvimento acadêmico aumentou quando os educadores estavam a menos de um metro dos alunos com deficiências substanciais (WERTS et al., 2001). Um estudo determinou que os comportamentos durante a tarefa de alunos com autismo aumentaram e os comportamentos perturbadores diminuíram quando o professor estava por perto, em comparação com a ausência de proximidade do professor (CONROY et al., 2004) Embora os educadores possam apoiar o aprendizado do aluno e a interação positiva com os colegas, a proximidade excessiva dos educadores também pode ter um impacto negativo. Os alunos com deficiência podem estar, ou sentir-se separados dos colegas de classe, com maior risco de perda de controle pessoal e participação social com os colegas (GIANGRECO et al., 2010). Na verdade, os alunos com deficiência são freqüentemente assistidos individualmente por professores assistentes não qualificados em EF, em atividades separadas de um ambiente de EF escolar regular (HAYCOCK & SMITH, 2010). Uma vez que a proximidade do professor afeta os comportamentos apropriados e inadequados dos alunos, é um aspecto que requer uma investigação mais aprofundada (CONROY et al., 2004). 
METODOLOGIA DA PESQUISA 
Para realização do TCC as metodologias escolhidas foram à pesquisa de campo e pesquisa bibliográfica. A pesquisa bibliográfica é a etapa em que se investigam teorias relacionadas ao tema escolhido. É um trabalho que requer tempo, atenção e dedicação por parte de quem deseja realizá-la (PIZZANI et al., 2012) . 
A investigação teve como principal ferramenta a busca de artigos por meio da rede mundial de computadores. Usou-se a base de dados Scielo para a procura de periódicos (artigos, monografias, teses, dissertações, Anais, simpósios, congressos) que tivessem relação com o tema escolhido. Para realização da pesquisa, os descritores usados foram: inclusão educacional, inclusão e Educação Física e Educação Física e o trabalho com portadores de necessidades especiais.
Para a realização do estudo, foram selecionados aleatoriamente 4 professores de Educação Física de 1 escola públicas da cidade de Campos dos Goytacazes - RJ. Os professores, 2 mulheres e 2 homens, tinham pelo menos seis meses de experiência em Educação Física escolar e idade média de 35 anos. 
Todos os participantes possuíam pelo menos um aluno com algum tipo de deficiência sensorial, motora, intelectual ou múltipla e ministravam suas aulas para alunos do 7º ao 8º ano do Ensino Fundamental. 
O questionário foi enviado por e-mail e cada professor respondeu individualmente. O questionário é do tipo escala Likert com 12 afirmações, onde existem quatro níveis possíveis de resposta: 1 - Concordo totalmente; 2 - Concordo parcialmente; 3 - Discordo parcialmente; e 4 - Discordo totalmente. As informações do questionário eram as seguintes: 
1. Sinto que tenho experiência para lidar com as necessidades educacionais dos alunos com deficiência.
2. Eu sinto que as crianças com deficiência se beneficiarão da interação resultante de suacolocação em uma sala de aula regular.
3. Eu sinto que as crianças sem deficiência se beneficiarão da integração com os alunos com deficiência na sala de aula regular.
4. Eu sinto que as crianças com deficiência são socialmente aceitas por seus pares sem deficiência.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
Esta pesquisa teve como objetivo analisar as atitudes de professores de Educação Física frente à inclusão de alunos com deficiência nas aulas regulares. Segundo Doulkeridou, Evaggelinou, Mouratidou, Koidou, & Kudlacek (2011), é a atitude que indica a predisposição para aderir ou evitar várias situações, que seriam formadas a partir de experiências pessoais, observação de outras pessoas e processos emocionais (RAE, & MCKENZIE, 2010). Uma mudança de atitude por parte dos professores é fundamental para que possam ter comportamentos mais favoráveis ​​à inclusão de alunos com deficiência. Assim, atitudes positivas podem influenciar fortemente uma abordagem positiva da inclusão, tornando o processo mais benéfico e enriquecedor. No entanto, é imprescindível valorizar a formação docente, a melhoria das condições de trabalho, bem como a equipe de apoio multiprofissional, os recursos materiais e salariais, dado o papel político e social que esses profissionais desempenham (GREGUOL, GOBBI, & CARRARO, 2013). Além disso, atitudes mais positivas por parte do professor podem afetar todo o ambiente escolar, atingindo outros alunos e a comunidade envolvida.
Tabela 1: Sinto que tenho experiência para lidar com as necessidades educacionais dos alunos com deficiência.
	1 - Concordo totalmente
	0%
	2 - Concordo parcialmente
	100%
	3 - Discordo parcialmente
	0%
	4 - Discordo totalmente
	0%
Fonte: Elaborado pelo autor
Tabela 2: Eu sinto que as crianças com deficiência se beneficiarão da interação resultante de sua colocação em uma sala de aula regular.
	1 - Concordo totalmente
	100%
	2 - Concordo parcialmente
	0%
	3 - Discordo parcialmente
	0%
	4 - Discordo totalmente
	0%
Fonte: Elaborado pelo autor
Tabela 3: Eu sinto que as crianças sem deficiência se beneficiarão da integração com os alunos com deficiência na sala de aula regular.	
	1 - Concordo totalmente
	100%
	2 - Concordo parcialmente
	0%
	3 - Discordo parcialmente
	0%
	4 - Discordo totalmente
	0%
Fonte: Elaborado pelo autor
Tabela 4: Eu sinto que as crianças com deficiência são socialmente aceitas por seus pares sem deficiência.
	1 - Concordo totalmente
	0%
	2 - Concordo parcialmente
	20%
	3 - Discordo parcialmente
	80%
	4 - Discordo totalmente
	0%
Fonte: Elaborado pelo autor
Na categoria experiência (Tabela 1), que trata de como o professor percebe sua capacidade de lidar com a inclusão de alunos com deficiência, alguns estudos relatam que os professores são mais otimistas neste sentido quando a condição apresentada é menos grave e permite movimentação independente e bom entendimento por parte do aluno (TALIAFERRO et al., 2015 ; HUTZLER, & BARAK, 2017). 
Em relação aos Benefícios da inclusão, embora este item seja geralmente bem recebido pelos professores de Educação Física, pode ser negativamente influenciada pela falta de experiência e falta de uma estrutura escolar adequada (AN, & MEANEY, 2015).
Os resultados mostraram que os professores geralmente estão otimistas quanto ao sentir que as crianças sem deficiência e com deficiência (Tabela 2 e 3) se beneficiarão da integração com os alunos com deficiência e vice e versa na sala de aula regular. Neste item, que trata de como os professores sentem que as crianças se beneficiarão, todos os participante indicaram a pontuação máxima, revelando satisfação com este item. 
O item aceitação e beneficiarão foi o que recebeu proporcionalmente a maior pontuação por parte dos professores pesquisados, enfatizando que eles percebem que os alunos com deficiência são bem aceitos pelos demais colegas. Doulkeridou et al. (2011) enfatiza que a boa aceitação de alunos com deficiência por pares sem deficiência pode ser reflexo de atitudes positivas dos professores, expressas em comportamentos favoráveis ​​de recepção durante as aulas.
A falta de formação profissional adequada, tanto nos cursos de graduação quanto na formação continuada, é vista como um grande entrave ao processo de inclusão escolar (SILVEIRA, ENUMO, & ROSA, 2012; HODGE et al., 2017 ). Além disso, cursos extracurriculares (na forma de extensão ou pós-graduação) que tratam de temas relacionados à Educação Especial ou Educação Física adaptada podem favorecer o aprimoramento da competência percebida pelos professores para lidar com as situações surgidas no processo (TALIAFERRO et al., 2015). Assim, os cursos de formação na área da deficiência são vistos como uma parte fundamental da formação continuada de professores e podem ter um efeito positivo na forma como eles percebem sua competência para lidar com alunos com deficiência em situações inclusivas (FLORIAN, 2012).
CONCLUSÃO
A inclusão requer uma transformação integrada das escolas regulares, tendo sempre por perspectiva uma educação de qualidade. É relevante que todas as pessoas sejam “educadas” para perceber, incorporar e trabalhar os múltiplos desafios que se fazem presentes na luta por uma educação democrática. 
O professor, peça fundamental a essa realidade, precisa ressignificar sua prática, ampliando parâmetros pedagógicos. São necessárias que o docente conheça a família de seu aluno, suas condições sociais, econômicas e culturais como também o seu próprio aluno, suas necessidades e dificuldades educativas. Junto a isso, deve estar em constante aperfeiçoamento profissional, tendo um imenso prazer na sua escolha de trabalho.
O docente deve dar uma atenção individualizada para o aluno PNEE (Portador de Necessidades Especiais Educacionais), sem esquecer os demais. Assim, a criação de diferentes situações para que todos possam participar e relacionarem-se é muito importante. Para que o processo de inclusão educacional realmente aconteça e o portador de necessidades especiais seja, realmente, considerado como um aluno ativo no processo de ensino, as escolas e os professores devem mudar suas mentalidades e buscar conhecimentos e capacitação para trabalhar com as diferenças. 
Saber conviver e respeitar as diferenças é a maior contribuição que o processo inclusivo pode oferecer à sociedade, já que, atualmente, aceitar o que parece diferente nem sempre é fácil para algumas pessoas.
Nesse quesito, as aulas de Educação Física e os seus respectivos professores precisam e devem contribuir para que o aluno se sinta parte do processo educativo, tenha seu potencial explorado e suas devidas capacidades valorizadas e respeitadas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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