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APG 17- Laringe e Faringe

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Laringe e Faringe 
ANALISAR A ANATOMIA E FISIOLOGIA DA FARINGE E LARINGE 
ENTENDER OS ÓRGÃOS LINFOIDES NA LARINGE E FARINGE 
COMPREENDER A FORMAÇÃO DA VOZ E COMO ELA SE PROPAGA 
LARINGE 
CARTILAGENS 
IMPARES 
Tireóide: é a maior e mais anterior cartilagem da laringe e funciona como um escudo protetor preservando todas as demais estruturas daquela região. Ele possui duas lâminas (direita e esquerda), retangulares e em formato de V e o encontro delas forma a proeminência laríngea (“Pomo de Adão”), como podemos observar na imagem da vista anterior da laringe, logo abaixo. Essa proeminência é mais evidente nos homens por formar um ângulo menor em relação às mulheres, um dos fatores que os faz ter uma voz mais grave, ao causar alteração no tamanho das pregas vocais. Na cartilagem tireoide também podemos observar quatro cornos que se localizam lateralmente, sendo dois superiores e dois inferiores. Também conseguimos observar uma elevação em cada lâmina que caracteriza a linha oblíqua, elas funcionam como ponto de inserção para os m.m. inferiores da faringe, esternotireóideo e tireo-hióideo.
Cricóide: é a cartilagem mais inferior e funciona como uma base de sustentação para a laringe, se articulando superiormente com as cartilagens tireoide e aritenoides, e inferiormente com o primeiro anel traqueal pelo ligamento cricotraqueal. Possui um arco, mais anterior, e lâmina, situado posteriormente, região onde se localiza dois pares de cartilagem, as aritenoides.
 Epiglótica: Lembra na forma, uma folha peciolada. Está posteriormente ao corpo do osso hioide, à raiz da língua e à cartilagem tireoide e anteriormente ao ádito da laringe, e sua extremidade inferior alongada, liga-se à cartilagem tireoide. É a cartilagem ímpar mais móvel da laringe e sua função primordial é proteger as vias aéreas inferiores com seu movimento de abaixar e fechar a entrada da laringe permitindo que o bolo alimentar deslize para a laringofaringe e esôfago posteriormente.
PARES 
Aritenóide: Se localizam posteriormente, acima da cartilagem cricoide e são consideradas a unidade funcional da laringe permitindo abertura e fechamento da mesma para a passagem do ar, essenciais para fonação e respiração. Ela possui um processo vocal, que dá inserção ao ligamento vocal, e um processo muscular, que é lateral e dá inserção aos mm. tireo-aritenóideo e crico-aritenóideos lateral e posterior. Sua superfície posterior dá inserção ao m. aritenóideo transverso. A superfície lateral dá inserção ao m. vocal e ligamento tireo-aritenóideo e ao ligamento vestibular e tireo-hióideo mediano.
Corniculada: Têm formato cônico e se localizam no ápice das cartilagens aritenóides, no interior das pregas ari-epiglóticas da mucosa. É considerada uma cartilagen acessória.
Cuneiformes e tritíceas: Ambas são inconstantes. As corniculadas se encontram nas pregas ari-epiglóticas, acima e anteriores às corniculadas e as trtícias se encontram dispersas nos ligamentos tireohioideo laterais.
A laringe é um órgão ímpar, tubular, composto por cartilagens, músculos, membrana e ligamentos, localizado no plano mediano e anterior do pescoço na altura das vértebras C3 e C7, inferior ao osso hioide. Ele se relaciona com o sistema respiratório permitindo a passagem do ar da faringe para a traqueia, sendo essencial para a fonação. Além disso, ele protege as vias aéreas inferiores ao fechar o ádito da laringe no momento da deglutição.
Une a parte inferior da faringe (laringofaringe) à Traqueia.
Apresenta cerca de 5 cm nos adultos;
As cartilagens são as estruturas responsáveis por dar a forma, proteger e sustentar a laringe. Elas são um grupo de 3 cartilagens ímpares (tireoide, cricóidea e epiglote) e 4 pares de cartilagens (aritenóidea, corniculada, cuneiforme e tritícea).
Articulações laríngeas
Cricotireóideas: articulações sinoviais esferoides. Através delas os cornos inferiores se articulam com as faces laterais da cartilagem cricóidea. Essas articulações promovem mudança de comprimento das pregas vocais, por meio dos movimentos de rotação e deslizamento da cartilagem tireóidea.
Cricoaritenóidea: são articulações do tipo sinovial selar. Situam-se entre as bases das cartilagens aritenóideas e as faces supero-laterias da lâmina da cartilagem cricóidea. Permitem que as cartilagens aritenóideas se aproximem ou se afastem uma da outra.
Músculos estão relacionados à laringe
A laringe possui músculos que são intrínsecos (origem e inserção na laringe) e extrínsecos (apenas uma das inserções na laringe). Os intrínsecos são inervados pelos ramos laríngeo superior e recorrente do nervo vago e recebem nome de acordo com a cartilagem que estão se originando e se inserindo. Eles são divididos em grupos de acordo com a sua função.
Adutor interno ou esfincteriano: são responsáveis pelo fechamento da glote. São eles: cricoaritenoideo lateral, aritenoideo transverso e oblíquo, vocal, tireoaritenoideo e tireoepiglótico.
Adutor externo ou tensor: fecham a glote e tensiona as pregas vocais: m. cricotireoideo.
Abdutor interno ou dilatador: m. cricoaritenoideo posterior (CAP), único responsável pela abertura da glote e considerado músculo da vida, permitindo a passagem do ar para os pulmões.
Músculos que fecham o ádito: m.m. ariepiglótico e aritenoideo oblíquo
Membranas e ligamentos da laringe
A membrana e os ligamentos são responsáveis por conectarem uma cartilagem à outra. Assim como os músculos, eles também recebem nomes de acordo com a cartilagem que estão se inserindo e se originando, com a diferença que eles também podem se conectar ao osso hioide.
A única membrana da laringe é a tireohiodeia, conectando-se ao osso hioide e a tireoide e sendo maior que todos os ligamentos. Nele podemos encontrar os ligamentos tireohioideos mediano e laterais, nesse último, onde encontramos a cartilagem tritícea.
Espaços na região
No interior da laringe, conseguimos perceber as pregas vestibulares, conhecidas como pregas falsas e as pregas vocais, essas que ficam mais abaixo, que são as pregas verdadeiras. Entre essas pregas, de cada lado, existe um espaço denominado ventrículo da laringe. O espaço entre cada par de pregas é a glote, o que está acima da glote, chama-se espaço vestibular e abaixo das pregas, infraglote.
VASCULARIZAÇÃO 
A irrigação da laringe é feita principalmente pelas aa. laríngeas superior e inferior. A artéria laríngea superior é um ramo da a. tireóidea superior e juntamente com o nervo laríngeo interno penetra na membrana tireo-hioidea para irrigar a região anterior da laringe, a região mucosa e submucosa da laringe. A a. laríngea inferior é ramo da a. tireóidea inferior e acompanha o nervo laríngeo recorrente, é responsável pela irrigação da região posterior da laringe, dos músculos encontrados nessa região e também da região mucosa e submucosa, pode haver também a anastomose entre as aa. laríngeas superior e inferior.
A drenagem da laringe é feita pelas veias laríngeas superiores e inferiores, as quais são ramos das veias tireóideas superiores e inferiores, respectivamente, as quais acompanham as artérias em seus trajetos e drenam o sangue venoso para a veia jugular interna.
A drenagem linfática da laringe é feita pelos linfonodos cervicais profundos.
INERVAÇÃO 
A inervação motora da laringe é feita principalmente pelo nervo laríngeo recorrente mas também ocorre a atuação do nervo laríngeo superior, ambos ramos do nervo vago (X par). O nervo laríngeo recorrente esquerdo faz uma alça em torno do arco da aorta enquanto o nervo laríngeo recorrente direito faz uma alça em torno da artéria subclávia direita. O nervo laríngeo recorrente é responsável principalmente pela inervação dos músculos intrínsecos da laringe, com exceção do músculo cricotireóideo.
O nervo laríngeo superior é um nervo misto que irá emitir dois ramos: um ramo interno (nervo laríngeo interno) e um ramo externo. O seu ramo externo é motor e será responsável pela inervação do músculo cricotireóideo.
O ramo interno do nervo laríngeo superior perfura a membrana tireóidea, acompanhado pela a. laríngea superior eé responsável pela inervação sensitiva da cartilagem epiglote até as pregas vocais da laringe, concedendo também a propriocepção dessa região, sendo assim, também responsável pelo reflexo de tosse. A inervação sensitiva da mucosa laríngea abaixo das pregas vocais é feita pelo nervo laríngeo recorrente.
FARINGE 
Função da faringe - facilitar a passagem de ar, sólidos e líquidos do nariz e da boca. Assim, as funções da faringe são tanto relacionadas ao sistema digestivo quanto ao respiratório. Os músculos ainda ajudam no peristaltismo (constritores), bem como na deglutição e na fala (músculos longitudinais).
A faringe é um tubo muscular que conecta a cavidade oral e nasal à laringe e ao esôfago.
Começa na base do crânio e termina na borda inferior da cartilagem cricóide (C6). A faringe é composta por três partes (superior a inferior):
•Nasofaringe;
•Orofaringe;
•Laringofaringe.
Orofaringe
A orofaringe é a parte média da faringe, localizada entre o palato mole e a borda superior da epiglote.
Ele contém as seguintes estruturas:
•Um terço posterior da língua;
•Amígdalas linguais – tecido linfóide na base da língua;
•Amígdalas palatinas – tecido linfóide localizado na fossa tonsilar (entre os arcos palatoglosso e palatofaríngeo da cavidade oral);
•Superior constrictor muscle
O anel de Waldeyer é o anel de tecido linfóide na naso e orofaringe formado pelas tonsilas palatinas pareadas, tonsilas adenoides e tonsila lingual.
A orofaringe está envolvida nas fases voluntária e involuntária da deglutição.
Laringofaringe
A parte mais distal da faringe, a laringofaringe, está localizada entre a borda superior da epiglote e a borda inferior da cartilagem cricóide (C6). É contínuo inferiormente com o esôfago.
Encontra-se posteriormente à laringe e comunica-se com ela através da entrada laríngea, lateral à qual se encontram as fossas piriformes.
A laringofaringe contém os constritores médio e inferior da faringe.
Nasofaringe
A nasofaringe é encontrada entre a base do crânio e o palato mole. Ele é contínuo com a cavidade nasal e desempenha uma função respiratória condicionando o ar inspirado e propagando-o para a laringe.
Esta parte da faringe é revestida com epitélio respiratório; epitélio colunar pseudoestratificado ciliado com células caliciformes.
A nasofaringe póstero-superior contém as amígdalas adenoides, que aumentam entre 3-8 anos de idade e depois regridem.
Músculos
Existem dois grupos principais de músculos faríngeos; longitudinais e circulares.
Os músculos da faringe são principalmente inervados pelo nervo vago – a única exceção é o estilofaríngeo (nervo glossofaríngeo).
Circular
Existem três músculos constritores circulares da faringe; constritores superior, médio e inferior da faringe. Eles são empilhados como óculos, que formam um círculo muscular incompleto à medida que se prendem anteriormente às estruturas do pescoço.
Os músculos circulares se contraem sequencialmente de superior para inferior para contrair o lúmen e impulsionar o bolo alimentar inferiormente para o esôfago.
Constritor superior da faringe – o constritor superior da faringe. Está localizado na orofaringe.
•Origina-se do ligamento pterigomandibular, processo alveolar da mandíbula e lâmina pterigóide medial e hâmulo pterigóide do osso esfenóide.
•Insere-se posteriormente no tubérculo faríngeo do occipital e na rafe faríngea mediana.
Constritor médio da faringe – localizado na laringofaringe.
•Origina-se do ligamento estilo-hióideo e dos cornos do osso hióide.
•Insere-se posteriormente na rafe faríngea.
Constritor inferior da faringe – localizado na laringofaringe. Possui dois componentes:
•O componente superior (tireofaríngeo) possui fibras oblíquas que se ligam à cartilagem tireóidea.
•O componente inferior (cricofaríngeo) possui fibras horizontais que se ligam à cartilagem cricóide.
Todos os constritores da faringe são inervados pelo nervo vago (NC X).
Sensorial
A faringe recebe inervação sensorial do nervo glossofaríngeo. Além disso:
•A face anterior e superior da nasofaringe é inervada pelo nervo maxilar (NC V2)
•A face inferior da laringofaringe (que circunda o início da laringe) é inervada pelo ramo interno do nervo vago.
Motor
Todos os músculos da faringe são inervados pelo nervo vago (NC X), exceto o estilofaríngeo, que é inervado pelo nervo glossofaríngeo (NC IX).
Vasculatura
O suprimento arterial para a faringe é feito por ramos da artéria carótida externa:
•Artéria faríngea ascendente
•Ramos da artéria facial
•Ramos das artérias lingual e maxilar.
A drenagem venosa é realizada pelo plexo venoso faríngeo, que drena para a veia jugular interna.
Inervação
A inervação motora e sensorial da maior parte da faringe (exceto nasofaringe) é alcançada pelo plexo faríngeo.
O plexo faríngeo, que recobre o constritor médio da faringe, é formado por:
•Ramos faríngeos do nervo glossofaríngeo (NC IX);
•Ramo faríngeo do nervo vago (NC X);
•Ramos do nervo laríngeo externo;
•Fibras simpáticas do gânglio cervical superior.
Longitudinal
Os músculos longitudinais são o estilofaríngeo, palatofaríngeo e salpingofaríngeo. Eles agem para encurtar e alargar a faringe e elevar a laringe durante a deglutição.
Estilofaríngeo – origina-se do processo estiloide do osso temporal, insere-se na faringe.
•Ao contrário dos outros músculos faríngeos, é inervado pelo nervo glossofaríngeo (NC IX).
Palatofaríngeo – surge do palato duro da cavidade oral, insere-se na faringe.
•Inervado pelo nervo vago (NC X).
Salpingofaríngeo – origina-se da trompa de Eustáquio, insere-se na faringe.
•Inervado pelo nervo vago (NC X).
•Além de contribuir para a deglutição, também abre a trompa de Eustáquio para equalizar a pressão no ouvido médio.
Tonsilas palatinas (amígdalas)
As tonsilas palatinas, popularmente conhecidas como amígdalas, estão localizadas na fossa tonsilar, um espaço formado pelo istmo das fauces, que é uma cavidade delimitada anteriormente pelo músculo constritor superior da faringe e pela fáscia faringobasilar. O istmo das fauces é delimitado anteriormente pelo arco palatoglosso e posteriormente pelo arco palatofaríngeo. Lateralmente, as tonsilas palatinas estão fixas à parede orofaríngea por uma cápsula fibrosa e são revestidas por um epitélio escamoso estratificado no lado faríngeo. As tonsilas possuem 15-20 criptas formadas por invaginações da mucosa. O lúmen das criptas contém linfócitos, bactérias e células epiteliais do tipo não queratinizadas.
As tonsilas palatinas são irrigadas pelos ramos tonsilares de cinco artérias:
Ramo palatino ascendente da artéria facial 
Ramo tonsilar da artéria facial
Ramo faríngeo ascendente da artéria carótida externa 
Ramo dorsal da artéria lingual 
Ramo palatino menor da artéria palatina descendente
A drenagem venosa é feita para a veia jugular interna, através do plexo peritonsilar das veias lingual e faríngea
A inervação das tonsilas palatinas é feita pela divisão maxilar do nervo trigêmeo (NC V2), assim como pelos ramos tonsilares do nervo glossofaríngeo (NC IX). O nervo glossofaríngeo também fornece a inervação sensitiva responsável pela sensibilidade e pelo paladar do terço posterior da língua.
As tonsilas são agregados de tecido linfoide localizadas na entrada dos tratos respiratório e digestivo. Elas são a primeira linha de defesa contra os patógenos ingeridos ou inalados, configurando uma parte importante do nosso sistema imune. Há quatro tipos de tonsilas que formam um anel circundando a faringe (orofaringe e nasofaringe), conhecido como anel de Waldeyer ou anel circunfaríngeo:
Tonsilas palatinas, popularmente conhecidas como amígdalas;
Tonsilas faríngeas, popularmente conhecida como adenoides;
Tonsilas linguais
Tonsilas tubárias
Tonsila faríngea (adenoides)
As tonsilas faríngeas, também conhecidas como adenoides, são as tonsilas mais superiores, encontradas na região superior da nasofaringe. Estão presas ao periósteo do osso esfenoide através de tecido conjuntivo. As adenoides não possuem criptas e são revestidas por epitélio pseudoestratificado ciliado, que possui células ciliadas, célulasbasais e células caliciformes.
A cápsula de revestimento das tonsilas faríngeas é mais fina do que a cápsula das tonsilas palatinas. A lâmina própria contém uma massa de tecido linfático com numerosos nódulos linfáticos, que originam pregas mucosas recobertas pelo epitélio.
As tonsilas faríngeas recebem irrigação sanguínea de diversos vasos:
Artéria palatina ascendente
Artéria faríngea ascendente (ramo da artéria carótida externa)
Ramo faríngeo da artéria maxilar
Artéria do canal pterigóideo
Artéria basiesfenoidal
Ramo tonsilar da artéria facial
A drenagem venosa é realizada por numerosas veias que drenam para o plexo venoso faríngeo.
A inervação das tonsilas faríngeas é originada a partir de fibras nervosas dos nervos vago (NC X) e glossofaríngeo (NC IX).
Tonsilas tubárias
As tonsilas tubárias estão localizadas imediatamente posteriores à abertura da tuba auditiva (trompa de Eustáquio) na nasofaringe, uma região conhecida por toro tubário. Elas são recobertas por epitélio pseudoestratificado ciliado.
A irrigação arterial dessas tonsilas é feita principalmente pela artéria faríngea ascendente. A drenagem venosa, assim como nas tonsilas faríngeas, é feita através do plexo venoso faríngeo.
As tonsilas tubárias são inervadas pelos nervos maxilar (CN V2) e glossofaríngeo (CN IX).
Histologia
As tonsilas são parte do tecido linfoide associado às mucosas, denominado MALT (do inglês mucosa associated lymphoid tissue), que também é encontrado nas placas de Peyer do intestino. Microscopicamente, as tonsilas são agregados de folículos linfoides suportados por uma rede de tecido conjuntivo. O centro de cada um destes folículos é densamente povoado por linfócitos, e chama-se centro germinativo. As criptas tonsilares (que só não estão presentes nas tonsilas faríngeas) penetram desde a superfície, quase até ao centro do folículo da tonsila. As superfícies luminais das tonsilas são revestidas por um epitélio escamoso estratificado não queratinizado, que é o mesmo da orofaringe circundante.
As tonsilas têm células apresentadoras de antígenos na sua superfície que ativam as células B e T subjacentes, constituintes do sistema imune adaptativo. Além disso, as células B produzem anticorpos, principalmente IgA, que são responsáveis pela resposta imune nas mucosas do corpo humano.
Tonsilas linguais
As tonsilas linguais são pequenas elevações redondas próximas à região mais posterior da base da língua. Elas são consideradas um agregado de tecido linfoide e têm grande variação na sua forma e tamanho. As tonsilas linguais são revestidas por um epitélio escamoso estratificado que se invagina formando uma cripta única.
A irrigação dessas tonsilas é feita pela artéria lingual, pelo ramo tonsilar da artéria facial e pelo ramo faríngeo ascendente da artéria carótida externa.
A drenagem venosa das tonsilas linguais é realizada pelo ramo dorsal da veia lingual.
A sua inervação vem dos ramos tonsilares do nervo glossofaríngeo (NC IX).
PRODUÇÃO DA VOZ 
Para a voz ser gerada, utilizamos órgãos dos sistemas respiratório e alimentar, os quais, após a fala, voltam para as suas funções básicas. Isso acontece porque no corpo não existem órgãos com a única função de emitir sons. Assim, ao longo da evolução humana, o corpo foi se ajustando para se comunicar e criar palavras.
Quando decidimos falar, acionamos a respiração: o ar entra pelas cavidades nasal e oral; então, as pregas vocais – músculos revestidos com uma mucosa parecida com a saliva, localizados no pescoço -, se fecham e abrem de novo com a expiração. Depois disso, o som vai para a garganta, a boca e o nariz, e nós mexemos os lábios, a língua e a úvula – campainha – de acordo com as palavras que queremos formar.
FORMA DE PROPAGAÇÃO 
O som produzido nas pregas vocais passa por um ''alto-falante'' natural formado pela faringe, boca e nariz. Estas estruturas são denominadas cavidades de ressonância. Os sons da fala são articulados na cavidade da boca, através de movimentos da língua, lábios, mandíbula, dentes e palato, modificando o ar vindo dos pulmões. Estas estruturas modificam o som produzindo a fala.
REFERENCIAS 
NETTER, Frank Henry. Atlas de anatomia humana. 6. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2015.
TEIXEIRA, L.M.S.; REHER, P.; REHER, V.G.S. Anatomia Aplicada a Odontologia. 2ª. Ed. Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 2008.
MOORE , K. L.; DALLEY, A. F. Anatomia orientada para a clínica, 5º Ed. – Rio de Janeiro, Guanabara Koogan, 2006.
SOUZA, Lourdes Bernadete Rocha de. Atuação fonoaudiológica em voz , 1ª Ed. Revinter, 2010.
9 fatos curiosos sobre sua voz- revista arco UFSM- 2019	
Tonsilas- Beatriz la Féria- 2022

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