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ASPECTOS DISCURSIVOS TEXTUAIS DA LÍNGUA PORTUGUESA - Unidade 2

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06/04/2022 10:17 SU_BL4_EDU_ADILIP_20_E2
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Aspectos discursivos textuais
da língua portuguesa
Unidade 2 - Texto
Autora: Elisabete Ana da Silva
06/04/2022 10:17 SU_BL4_EDU_ADILIP_20_E2
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Autora: Elisabete Ana da Silva
Revisor técnico: Ieda Silva
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Introdução
A busca de uma competência textual é algo que deve ser uma preocupação de todo
estudante e, tendo como foco a participação de ambientes pro�ssionais que
envolvem corporações e a elaboração de textos com a desenvoltura que a esfera
corporativa exige, faz-se necessário que alguns aspectos desse tipo de produção
sejam evidenciados.
Desta forma, esta unidade abordará conceitos relativos a texto e suas formas de
organização, considerando as tipologias textuais e os conceitos relativos a gêneros
textuais e, especi�camente, gêneros textuais da esfera corporativa e da era digital.
Também, estudaremos aspectos gramaticais que contribuem para a coesão e a
coerência dos textos, ressaltando o papel e o uso dos conectores.
Vamos iniciar nossos estudos?
1. Texto
Um texto não se organiza com a utilização de orações e frases colocadas de forma
aleatória, ou seja, de qualquer modo, acidentalmente, pois só poderá ser chamado
de texto se houver textualidade.
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Isso quer dizer que a reunião das orações, das frases e dos períodos precisa ter um
encadeamento de ordem semântica, ou seja, uma ligação de signi�cados, garantida
por coesão textual.
Por esse motivo, tratamos o texto como um tecido, uma rede de ligações entre as
palavras e as ideias, trabalhando mecanismos de recuperação de informações, de
lançamento de informações novas e escolhendo elementos linguísticos que
proporcionam essas relações.
Ainda, segundo Antônio Suárez Abreu (2004, p. 11), “a criação de um texto envolve
uma intenção, e seu entendimento envolve não apenas o conteúdo semântico –
aquilo que o texto diz – mas a interpretação da intenção de quem o produziu”.
Abreu, dessa forma, deixa em evidência que todo texto é elaborado de acordo com
o objetivo, a intenção, de um enunciador, devendo atender a algumas
características para que possa cumprir esse papel.
Por outro lado, não há garantia de que a intenção tenha sucesso, pois ocorre uma
dependência quanto à interpretação do interlocutor, isto é, o receptor da mensagem
enviada com o texto pode compreender essa mensagem de acordo com a intenção
do enunciador ou não.
Por esse motivo, o emissor deve acrescentar algumas marcas de enunciação que
ajudem o receptor quanto à decodi�cação do texto. Algumas dessas marcas
permitem que estabeleçamos os tipos textuais, a saber, argumentativos, narrativos,
descritivos, injuntivos e expositivos.
Conseguimos diferenciar os tipos textuais a partir de suas sequências especí�cas,
isto é, de algumas marcas distintivas, observe:
a) Texto argumentativo:
b) Texto narrativo:
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e) Texto expositivo:
Como pôde perceber, os tipos textuais têm um número limitado; o mesmo não
ocorre com quando falamos de gêneros textuais, esses estão relacionados à nossa
cultura e à nossa sociedade e, dentro de um gênero textual, podem ocorrer
diferentes tipos textuais.
Vamos conhecer esses conceitos?
1.1 Diferentes gêneros textuais
A quantidade de gêneros textuais é praticamente in�nita e, como participante de
uma situação comunicativa, o emissor escolhe um determinado gênero, de acordo
com sua intenção, pensando naquele que melhor atende aos seus objetivos.
“Mikhail Bakhtin, um dos maiores estudiosos da �loso�a da linguagem, foi o
primeiro a empregar a palavra gênero com um sentido mais amplo, referindo-se
também aos textos que utilizamos nas situações cotidianas de comunicação”,
conforme menciona Valle (2013 p. 79), anteriormente, o termo era usado apenas
com sentido exclusivamente literário.
Hoje, entendemos gêneros textuais como conjuntos de textos que apresentam
características em comum. No entanto, cada gênero textual possui suas
características particulares e distintivas, considerando o conteúdo, a estrutura e o
estilo de cada um. Alguns exemplos são a carta pessoal, o romance, o bilhete, a
carta comercial, a aula expositiva, o artigo, o editorial, a notícia, a crônica, a
c) Texto descritivo:
d) Texto injuntivo:
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anedota, a novela, o conto maravilhoso, a fábula, entre muitos outros.
Com o passar do tempo, atendendo às necessidades dos interlocutores, alguns
gêneros sofrem alterações, chegam até a desaparecer completamente, e outros são
criados; hoje, observamos, por exemplo, que a tecnologia fez despontar gêneros
como o blog , enquanto a carta pessoal e o telegrama são exemplos de gêneros que
caíram em desuso.
Para Marcuschi ( In DIONÍSIO, 2002, p. 25), “gêneros são entidades comunicativas,
resultantes de processos de interação”; assim, os gêneros textuais trabalham em
benefício da comunicação, em favor da cultura e da sociedade em que emissor e
receptor estão inseridos.
Abreu cita os chamados domínios discursivos , para ele:
são as diversas instâncias de uma culta que abrangem uma série de discursos especí�cos.
Podemos falar, assim, em domínio discursivo jornalístico, que abrange gêneros como
reportagens, editoriais, crônicas, anúncios classi�cados etc.; em domínio discursivo jurídico, que
abrange gêneros como petição, contestação, sentença, libelo etc (2004, p. 55 ).
Podemos dizer, então, que existem gêneros textuais especí�cos que são usados em
determinadas atividades humanas, ou seja, em determinadas esferas de atividades,
apresentando estruturas previamente de�nidas, assim como linguagens que são
consideradas adequadas aos contextos em que esses gêneros são utilizados.
As instituições corporativas também apresentam gêneros textuais e linguagem
avaliados como apropriados para os �ns desejados. Vamos observar alguns deles.
Você sabia
Muitas vezes, os estudantes reclamam das inúmeras “regras” que são
estabelecidas e que devem ser seguidas quando queremos nos expressar de
acordo com o padrão culto da língua portuguesa. Alguns reclamam e
questionam: “Mas não dá pra entender assim? Por que tenho que fazer desse
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questionam: Mas não dá pra entender assim? Por que tenho que fazer desse
jeito? Por que não pode ser do meu?”. 
A falta de experiência ou o despreparo podem ser a origem desses
questionamentos. Quando falamos em gêneros textuais, por exemplo, o
conhecimento dos padrões que devem ser observados e sua exploração
demonstram que o pro�ssional está melhor preparado para exercer suas
funções que um outro que os desconhece ou menospreza a necessidade de
observá-los. 
Trata-se de uma espécie de “vestimenta” do texto. Imagine que um rapaz tenha
sido convidado para uma situação que trouxesse a orientação para o uso de
traje social completo, estaria adequado comparecer usando camiseta sem
mangas, bermuda e chinelos usados rotineiramente em casa? O
constrangimento, com certeza, também estaria presente! 
2. Gêneros textuais da esfera
corporativa
Uma corporação, segundo o dicionário (HOUAISS, 2004, p. 194), trata-se de uma
associação de pessoas, frequentemente da mesma pro�ssão, sujeitas a um mesmo
regulamento,visando a um �m comum; uma empresa ou grupo de empresas de
grande porte
Aquilo que é corporativo, portanto, apresenta um caráter pro�ssional, está
organizado ou baseado segundo os interesses de uma corporação, infere-se, então,
que deve atender aos interesses dela.
O indivíduo que faz parte de uma corporação deve estar atendo às características
esperadas para os textos que elabora, pertencentes aos gêneros textuais da esfera
corporativa, ou seja, apresentam um contexto antecipadamente determinado;
lembrando que cada gênero possui suas particularidades e que, desta forma, é
preciso conhecê-las.
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p
Figura 1: Representação da esfera corporativa. Fonte: PIxabay. 2020
Os aspectos textuais dos gêneros da esfera corporativa valem-se também do usual
dentro da tipologia textual apresentando sequência argumentativa, narrativa,
descritiva ou injuntiva. Além disso, podemos ver como exploram da melhor forma
  as potencialidades contidas nestes tipos textuais visando corresponder às
intenções e objetivos colocadas a cada texto no interior desta esfera da
comunicação humana.
Fazem parte do grupo dos gêneros textuais da esfera corporativa relatórios, cartas
comerciais, ofícios, requerimentos, atestados, declarações, memorandos, atas,
procurações, currículos, alvarás, apostilas, atestados, autos, circulares, correios
eletrônicos, despachos, instruções normativas, mensagens, ordens de serviços,
pareceres, portarias; sendo que alguns desses exemplos representam redações
o�ciais e suas produções seguem normatizações.
Como pode perceber, abre-se um leque sempre que falamos sobre gêneros textuais;
cabendo ao emissor buscar as informações sobre as estruturas e demais
características das produções que necessita fazer em seu cotidiano pro�ssional.
Porém, podem ser ressaltadas as preocupações mais signi�cativas que devem
envolver os estudos dos gêneros textuais escritos. Vamos a elas!
2.1 Gêneros textuais: escrita
Você já deve ter percebido que, em determinadas situações comunicativas,
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precisamos fazer adequações quanto à linguagem e quanto aos contextos
discursivos nos quais se encontra; isto é, precisamos escolher o tipo de linguagem
para cada situação em que se coloca.
Isso ocorre naturalmente, dado ao caráter social da língua, por isso todas elas
apresentam variações e, dependendo das intenções comunicativas, é preciso
observar o conteúdo da mensagem, a quem é destinada e em quais situações os
interlocutores se encontram, sentindo que essas adaptações são exigidas.
Desse modo, de acordo com o que o emissor deseja conseguir, de acordo com o
tema, ou seja, o conteúdo de sua mensagem; o estilo , ou seja, a linguagem que
será empregada; e a estrutura de sua produção escrita, isto é, a forma de seu texto,
esse emissor faz opção por um gênero ou outro.
Além disso, reconhecemos que há modelos que são mais prestigiados socialmente,
são mais valorizados e, consequentemente, seus usuários também assim são, e
precisamos empregá-los em situações formais, como em uma entrevista de
emprego, por exemplo, e em textos escritos.
Como falantes, podemos, então, escolher e fazer uso da linguagem de acordo com
os contextos em que nos encontramos, considerando os interlocutores e nossas
intenções comunicativas. Isto é, podemos explorar diferentes níveis de linguagem
ou níveis de fala.
O registro coloquial predomina em situações informais do nosso cotidiano, com
características mais descontraídas, entre amigos e familiares; já o registro formal,
considerado o registro culto, segue a gramática normativa e predomina na escrita e
em situações de menor descontração.
Nesse último caso, a formação do emissor da mensagem e seu grau de
escolaridade podem interferir no processo de sua escolha, pois o uso do padrão
culto exige aprendizagem nos bancos escolares.
Conforme Leila Lauar Sarmento (2012, p. 48 - adaptado), outros fatores também
interferem nas escolhas do emissor, tais como regionais ou sociais, envolvendo
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faixas etárias, ambientes pro�ssionais e grupos de interesses comuns.
Buscar adaptar e moldar nossa comunicação dentro de cenários e contextos
diversos dentro de nossa comunidade linguística muitas vezes é realizar uma
verdadeira tradução dentro de nossa própria língua para dialogar com
interlocutores e transmitir nossas mensagens e ideias. É inegável que saber ler e
escrever com desembaraço, conseguindo interpretar e produzir textos pertencentes
aos diferentes e mais utilizados gêneros que encontramos em nosso cotidiano,
torna-se cada vez mais importante para nossa participação em sociedade.
É importante também evidenciar que, nos ambientes pro�ssionais, a escrita ganha
importância também signi�cativa, por isso passaremos a observar as principais
características da escrita dentro das corporações.
2.1.1 Escrita corporativa
A escrita corporativa exige uma atitude que evidencia que o emissor do texto
representa uma corporação, isto é, representa uma instituição e, por esse motivo,
evidencia-se o grau de formalidade, de objetividade e de impessoalidade, com
predomínio de uso de termos caracterizados pela denotação.
Isso quer dizer que a linguagem usa o sentido próprio das palavras, aquele que
encontramos nos dicionários, sem aspectos subjetivos que permitam outras
interpretações, distinguindo-se de um texto literário, que geralmente apresenta
conotação.
Os aspectos mais importantes da escrita corporativa residem na precisão das
informações, com escolha de estruturas simples, na elaboração clara e objetiva dos
textos, seguindo o padrão culto da língua, mas sem rebuscamentos, pois o
importante é a comunicação de qualidade e e�cácia.
Normalmente, os objetivos a serem alcançados com a comunicação corporativa
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escrita são bastante especí�cos. O emissor do texto, através dele, muitas vezes
transmite uma imagem da instituição que representa, por isso se torna central
manter a compostura, despendendo grande preocupação m apresentar textos que
não correspondam às expectativas normativas em gramática dentro desse contexto,
assim como um uso adequado de vocabulário; além de estruturas textuais que
tragam clareza e objetividade à mensagem.
Pensando na formação que melhor atenda a essa demanda, estudaremos recursos
linguísticos oferecidos pela gramática normativa; entretanto, antes, observaremos
alguns aspectos dos gêneros textuais da era digital, pois eles se tornaram
ferramenta constante no mundo corporativo de nossos dias.
2.2 Gêneros textuais da era digital
A criatividade vai, de época em época, gerando novos gêneros, explorando as novas
formas de comunicação e adaptando-as às nossas necessidades e às mais
diferentes realidades comunicacionais. Os falantes vão colocando esses elementos
a serviço do envio de suas diferentes mensagens. No entanto, mesmo com esse
contínuo de inovações, padronizações continuam a serem exigidas.
A tecnologia tem contribuído cada vez mais para que nossa comunicação seja mais
rápida a cada instante; hoje, temos a oportunidade de trocar informações em tempo
real com diversos lugares do planeta.
A linguagem humana, assim, ganhou novas ferramentas, conforme a sua
comunicação foi naturalmente sofrendo transformações. Ainda que, como já
tivemos oportunidade de estudar, os tipos textuais sejam limitados, ou seja,
argumentativo, narrativo, descritivo,expositivo e injuntivo, o número de gêneros
textuais disponível é expressivo
Segundo MARCUSCHI (2002, p. 20):
Os gêneros caracterizam-se como eventos textuais altamente maleáveis, dinâmicos e plásticos.
Surgem emparelhados a necessidades e atividade socioculturais, bem como na relação com
inovações tecnológicas, o que é facilmente perceptível ao se considerar a quantidade de gêneros
textuais hoje existentes em relação a sociedades anteriores à comunicação escrita.  Os gêneros
textuais surgem situam se e integram se funcionalmente nas culturas em que se desenvolvem
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textuais surgem, situam-se e integram-se funcionalmente nas culturas em que se desenvolvem.
Caracterizam-se muito mais por suas funções comunicativas, cognitivas e institucionais do que
por suas peculiaridades linguísticas e estruturais.
Tais funções podem ser substituídas ou eliminadas com o passar do tempo e da
forma de envio de uma mensagem, mas uma base permanece. Por exemplo,
di�cilmente temos a elaboração e o envio de cartas pessoais, em alguns casos, até
mesmo de cartas comerciais, pois muitas foram substituídas por mensagens
instantâneas de aplicativos celulares ou pelos e-mails .
No entanto, as estruturas dos gêneros atuais são semelhantes às estruturas dos
gêneros anteriores que foram ou estão sendo trocados ou adaptados, porque as
formas de diálogo entre os interlocutores continuam com as mesmas bases e
explorando os mesmos elementos da comunicação: emissor, receptor, mensagem,
referente, código e canal.
Ao longo das transformações culturais, de tempos em tempos, a comunicação
demanda a modernização em vários aspectos das maneiras de apresentação e
construção de um texto. No entanto, muitas vezes, observamos que permanecem os
tipos textuais e os modelos, isto é, as estruturas e as bases de elaboração dos
gêneros anteriores, mesmo que tenham passado por mudanças ou adaptações.
Igualmente, torna-se constante a necessidade de observarmos a alteração das
características de nossos interlocutores para que, assim, realizemos a adequação da
mensagem. Devendo, ainda, ter em vista outros elementos da comunicação, isto é,
nossas intenções comunicativas, os veículos dos quais dispomos para o envio de
informações e o contexto nos quais estamos inseridos, ou seja, nesse caso, o meio
corporativo.
Como falantes, sabemos que não podemos dizer qualquer coisa em qualquer
situação, de qualquer forma, sob pena de sofrermos depreciação ou outros modos
de represálias por nossos descuidos durante o ato de comunicação. Isso quer dizer
que temos consciência de que há diferentes níveis de linguagem, envolvendo
formalidade ou informalidade, mesmo em situações que envolvem os ambientes
virtuais.
Dessa forma, tendo acesso à tecnologia (computadores e celulares), e conectados à
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g p
internet, podemos fazer uso de gêneros como e-mail; chat em aberto, reservado,
agendado ou privado, entrevista etc., e é perceptível que, pelo caráter social que o
meio virtual manifesta, em muitos momentos, colocando a rapidez da comunicação
como necessidade primeira, a comunicação, mesmo escrita, tende à informalidade.
Você sabia
Johannes Gens�eisch zur Laden zum Gutenberg, ou simplesmente Johannes
Gutenberg (1396-1468), foi um importante inventor alemão; ele foi o primeiro a
usar a prensa e os tipos móveis de metal, criando a imprensa. 
Figura 2: Representação de Gutemberg e sua invenção.Fonte: Pixabay. 2020 
A invenção de Gutenberg facilitou a produção de conhecimento a partir de
então, estabelecendo um grande intercâmbio cultural na Europa. Sua criação
passou a proporcionar uma democratização do conhecimento que,
anteriormente, era relegado a poucos, dado �carem reservados a conventos e
bibliotecas inacessíveis. 
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Figura 3: Impressão de livro – Gutemberg. Fonte: Pixabay. 2020 
Pensar que hoje muitos podem acessar qualquer tipo de informação em
segundos por meio de seus celulares é realmente incrível. Então, será que não
devemos fazer melhor uso dessas ferramentas que a tecnologia nos
proporciona em benefício de nosso desenvolvimento, buscando informações
em fontes con�áveis (CAMPEDELLI, S. e SOUZA. J. B., 2003. p. 95 – adaptado). 
3. Coesão, coerência e os
sentidos do texto
Durante qualquer ato comunicativo, procuramos entender as informações que nos
são passadas. Ao realizarmos a leitura de um texto que explore qualquer tipo de
linguagem, seja verbal ou não verbal, ao dialogarmos com qualquer outra pessoa,
seja no ambiente de trabalho ou em outro contexto, tentamos compreender o que
nos é passado, ou seja, buscamos um sentido nas mensagens.
A cada enunciação recebida, tentamos interpretar e identi�car quais os signi�cados
envolvidos e as intenções dos emissores dos textos com os quais temos contato.
Quando recebemos qualquer mensagem, passamos por dois processos cognitivos,
que correspondem à apreensão e à compreensão de sentidos, respectivamente.
A apreensão equivale ao momento da decodi�cação de sentidos de um texto, ou
seja, acontece a percepção do signi�cado que aparece na superfície do texto,
reconhecendo o sentido das palavras, das orações, das frases, como foram
organizadas e como foram combinadas.
Nesse ponto, é essencial o conhecimento do código usado na mensagem, seja
verbal ou não verbal, e como acontece a sua organização; o desconhecimento do
signi�cado de uma palavra, por exemplo, pode comprometer esse processo.
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Já o momento da compreensão de sentido leva ao uso dos elementos percebidos
durante a apreensão, aliados às informações que temos reservadas em nosso
repertório, ou seja, aquilo que conhecemos e guardamos sobre o mundo em nossa
bagagem de conhecimentos adquiridos.
Segundo Koch e Elias (2006, p. 21), “A leitura e a produção de sentidos são atividades
orientadas por nossa bagagem sociocognitiva: conhecimentos da língua e das
coisas do mundo”. Isso quer dizer que, se houver algum desvio durante a
apreensão, ou se uma informação necessária não constar no repertório do receptor,
a interpretação do texto pode �car comprometida, levando à falta de entendimento
ou ao entendimento equivocado.
De acordo com Santos, Riche e Teixeira (2012, p. 42 – adaptado), para a construção
de sentidos dos textos, acionamos conhecimentos prévios, ou seja, nos momentos
de interação, o que ocorre se assemelha a apertarmos um determinado botão,
ativando determinado conhecimento que guardamos durante a vida.
Desse modo, as autoras elencam:
a) conhecimentos textuais:
b) conhecimentos linguísticos:
c) conhecimentos enciclopédicos (ou de mundo):
d) conhecimentos intertextuais:
e) conhecimentos contextuais:
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Figura 4: Conforme SANTOS, RICHE e TEIXEIRA (2012, p. 42 – adaptado).  Fonte: Elaborado pela
autora. 2020
Evidenciamos, nesse momento, os itens “conhecimentos textuais” e “conhecimentos
linguísticos”, visto que o estudo das formas e dos mecanismos gramaticais que
auxiliam a elaboração de textos é extremamente importante; saber fazer uso desses
traz como re�exo maior e�cácia no que se refere à nossa comunicação e aos
processos de interação social nos quais nos envolvemos.
Apropriar-se do conhecimento dessas formas e desses mecanismosleva à
competência de interpretar o papel de cada um na construção dos sentidos;
ampliando, em consequência, a capacidade de interpretação e de produção de
textos de qualquer tipologia.
Nesse aspecto, compreender e reconhecer as características das tipologias textuais
e os objetivos que se deseja alcançar com sua utilização, quer narrando,
descrevendo, expondo, argumentando, quer explorando a injunção, levam à
percepção de pistas que nos auxiliam no que se refere à compreensão dos
enunciados.
Esses processos, interligados, ajudam os receptores à elaboração de uma espécie
de diálogo interior com os emissores dos textos, que podem permitir a
compreensão dos textos; isso quer dizer que, nesse momento, o leitor vê sentido na
mensagem que recebe e, para ele, o texto apresenta coerência.
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A coesão textual tem papel relevante na somatória desses conceitos, contribuindo
para coerência textual, que é o nosso próximo tópico de estudo.
3.1 Coerência
Segundo SANTOS, RICHE e TEIXEIRA:
O texto é considerado elemento de interação, marcado pela coesão entre seus elementos e pela
sua coerência interna/externa. Uma sequência de frases não pode, portanto, ser chamada de
texto se não houver uma relação de signi�cado entre elas ( 2012, p. 17 ).
As autoras trazem a questão da necessidade de termos frases que possuam uma
unidade de sentido, isto é, suas partes relacionam-se e estão ligadas sem que
ocorra contradição entre as informações que são apresentadas no texto.
Um trecho do texto não pode estar desconectado dos demais, caso isso ocorra, há
um prejuízo no sentido global da produção; por exemplo, em um texto que traz uma
sequência narrativa, não pode ser mencionado o evento de uma forte chuva, se há
uma sequência descritiva anteriormente fornecida que dizia que o céu não
apresentava nuvens.
Ainda, conforme Abbagnano (1999), “coerência é muito mais que a simples
compatibilidade entre os elementos de um sistema; implica, com efeito, não só a
ausência de contradição, como também a presença de relações positivas que se
estabelecem uma harmonia entre os elementos do sistema”.
Nesse sentido, podemos mencionar diferentes tipos de coerência:
a) coerência interna:
b) coerência externa:
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Sendo assim, é evidente que, em qualquer produção textual, você deve realizar
várias leituras, numa atitude constante de atenção aos detalhes mencionados, a �m
de que perceba se colocou qualquer informação que possa entrar em contradição
com outra mencionada ou que necessite de uma comprovação dentro da realidade.
Essa é uma recomendação que poderá garantir que seu texto tenha sentido para o
receptor e, portanto, tenha coerência. E qual é o papel desempenhado pela coesão
em favor da coerência textual? Vamos estudar isso?
3.2. Coesão
A coesão favorece a legibilidade do texto. Ainda assim, são tantos elementos
presentes na comunicação, que outros fatores podem fazer com que um texto que
não aparente ser estritamente coeso, pode ser coerente para um leitor.
Por exemplo, alguém que não foi plenamente alfabetizado pode elaborar um
pequeno texto e esse ser compreendido por outro indivíduo, ocorrendo, portanto,
comunicação, embora não ofereça os elementos de coesão textual conforme
recomenda a gramática normativa.
c) coerência narrativa:
d) coerência argumentativa:
e) coerência descritiva
Você quer ler
Ricardo Ramos, ou Ricardo Medeiros Ramos (1929 – 1992), foi um escritor,
d d j li b il i �lh d G ili l b
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Esses elementos são marcadores linguísticos que denotam a correlação entre os
enunciados do texto, colaborando para a coerência textual. Coesão e coerência
estão sempre relacionadas; entretanto, a coesão é processada por meio de
instrumentos linguísticos presentes materialmente nos textos. Já a coerência se
constrói pela inter-relação dos sentidos presentes no texto, com uma tessitura
ordenada de ideias.
Isso quer dizer que há palavras, termos, expressões que podemos destacar e que
cumprem o papel de fazer ligações entre outras palavras, termos e expressões,
fazendo retomadas quanto às informações apresentadas, abrindo espaço para a
inclusão de novos dados.
Observe o exemplo:
A criança estava brincando no parque. Ela estava muito animada, mas sua mãe chamou-
a para jantar e a brincadeira acabou!
A palavra “criança” apareceu apenas uma vez no texto, mas foi retomada pelo
pronome pessoal “ela”, pelo pronome possessivo “sua” e pelo pronome pessoal “a”.
Essas retomadas garantem a continuidade das informações do texto.
No entanto, se as frases fossem alteradas:
A criança estava brincando no parque. Eles estavam muito animados [...].
Observe que não houve a retomada do termo “criança” de modo adequado, de
maneiro que o leitor pudesse acompanhar as informações e o texto perdeu a
coerência.
advogado e jornalista brasileiro - �lho de Graciliano Ramos - que elaborou um
interessante texto que brinca com a ausência de elementos de coesão textual;
sob o título de “Circuito fechado”, conhecemos um dia com a rotina de um
publicitário. O início do texto: “Chinelos, vaso, descarga. Pia, sabonete. Água.
Escova, creme dental [...]”. Pesquise a respeito! 
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Existem mecanismos de referenciação que concorrem para organizar melhor as
ideias de um texto, concatená-las. Quando utilizamos elementos de coesão -
pronomes, por exemplo - que são apresentados no enunciado após palavras que
queremos resgatar ou nos referenciar, nos valemos da anáfora. Quando os
elementos de coesão aparecem no enunciado antes das palavras a que estão
relacionados, para enfatizá-las, por exemplo, empregamos a catáfora.
Existem ainda outras formas que dão maior economia ao texto, favorecendo a
coesão e, portanto, a leitura e compreensão do texto. Temos a elipse, por exemplo,
que se trata da supressão de um termo que já apareceu no texto e, portanto, pode a
referência a ela pode ser inferida pelo contexto. Ou ainda podemos explorar a
disponibilidade lexical da língua, usando palavras que pertençam a um mesmo
campo semântico daquela a que nos gostaríamos de referenciar. Veja:
a) anáfora : Maria estava contente, quando eu a encontrei. 
b) catáfora : Eles chegaram! Fortes ventos agitam as praias. 
c) elipse : O garoto comprou doces, deixou alguns com o amigo e os outros como
irmão. (Em “deixou alguns...”, entendendo que quem praticou a ação foi “o garoto”). 
d) lexical : Aquela era uma mulher alta, inteligente e esforçada.
O uso de conectores incompatíveis com as informações fornecidas no texto pode
levar à incompreensão, à falta de sentido e, portanto, à incoerência textual.
Assim, esse será nosso próximo estudo!
4. Expressão escrita: uso de
conectores
Você já deve ter ouvido, ou mesmo perguntado a alguém: “Está conectado à
internet?”, e sabe que, sem conexão, não poderá fazer uso dessa importante rede
que liga computadores em todo o mundo, possibilitando acesso a toda espécie de
informação.
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No dicionário Houaiss (2004, p. 178), encontramos o termo “conectar”  como aquilo
que estabelece conexão entre, que liga; assim, um “conectivo” é aquilo que
estabelece a conexão e, nos estudos da língua portuguesa, é um termo que liga
palavras ou orações; seu usocontribui para a coesão textual.
Abordaremos duas classes gramaticais em especial, a preposição e a conjunção
que, além de cumprimento desse papel, ainda estabelecem relações semânticas,
isto é, de sentido.
No caso das preposições, ocorre em um mecanismo chamado de “regência”, que
pode acontecer entre nomes e entre verbos, classi�cado, respectivamente, como
regência nominal e regência verbal. A regência indica a relação de subordinação, de
dependência, de uma palavra em relação a outra, ou seja, há uma ligação entre elas,
e a classe gramatical que realiza esse elo é a preposição.
Observe:
I. Ele tem amor por seu jardim. 
“amor” – termo regente             “jardim” – termo regido 
(Quem tem amor, tem amor por algo ou por alguém)
No exemplo I, o substantivo “jardim” está ligado ao substantivo “amor” com o auxílio
da preposição “por”.
II. Ela gosta de �ores. 
“gosta” – termo regente             “�ores” – termo regido 
(Quem gosta, gosta de algo ou de alguém)
No exemplo II, o substantivo “�ores” está ligado ao verbo “gosta” com o auxílio da
preposição “de”.
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As preposições são conectivos, pois fazem a “ligação” entre os termos. Outras
preposições:
a) essenciais : a, ante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para, per,
perante, por, sem, sob, sobre, trás;
b) acidentais (podem funcionar como preposições): afora, como, conforme,
consoante, durante, exceto, mediante, menos, salvo, segundo, visto etc.
Temos ainda as locuções prepositivas, quando duas ou mais palavras cumprem o
papel de uma preposição: abaixo de, acima de, a �m de, além de, antes de, até a,
depois de, ao invés de, ao lado de, em que pese a, à custa de, em via de, à volta
com, defronte de, a par de, perto de, por causa de, através de, etc.
As preposições também apresentam valores semânticos, ou seja, carregam
signi�cados, como de lugar, meio, modo, tempo, distância, causa, instrumento e
�nalidade. Veja:
A vizinha chegou de Minas Gerais. (preposição que indica lugar)
A outra importante classe gramatical, quando se fala em coesão textual é a
conjunção. Vamos a ela?
4.1 Conjunção
A conjunção é a classe gramatical que tem a função de unir termos de mesma
função gramatical e, com base em Valle (2013, p. 90 e 91 - adaptado), temos os
exemplos:
I. A professora estava contente e animada. 
A conjunção “e” liga os adjetivos “contente” e “animada”.
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II. O pai e a �lha estavam na praça. 
A conjunção “e” liga os substantivos “pai” e “�lha”.
Também, pode unir orações de sentido independente, coordenadas entre si:
I. As garotas foram ao cinema, mas não assistiram ao �lme. 
A conjunção “mas” liga as orações “as garotas foram ao cinema” e “assistiram ao
�lme”, que têm sentido completo, não dependo da outra.
II. Aquele rapaz trabalha durante o dia e estuda à noite. 
A conjunção “e” liga as orações “aquele rapaz trabalha durante o dia” e “estuda à
noite”, que têm sentido independente.
Encontramos a conjunção ligando orações que têm uma relação de dependência em
relação a outras:
I. A garota disse que chegaria tarde.
Nesse exemplo, temos duas orações interligadas, uma é chamada de principal e
outra de subordinada, pois exerce uma função sintática em relação à principal; no
exemplo, função de objeto direto, pois completa o sentido do verbo “disse”, sem o
auxílio de uma preposição.   Iniciando a oração subordinada, temos a conjunção
integrante “que”, outra conjunção que exerce o mesmo papel é a conjunção “se”.
Excluindo as integrantes, as conjunções estabelecem relações de sentido. Observe
os exemplos:
I. Se chover, não faremos o passeio. (sentido de condição) 
II. Os jovens estudam para que possam progredir. (sentido de �nalidade) 
III. Desejava passear, mas desistiu. (sentido de oposição, de ideia contrária) 
IV. É muito inteligente; portanto, tem capacidade para estudar. (sentido de
conclusão) 
V. A chuva foi tão intensa que alagou a região. (sentido de consequência) 
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q g g q
VI. A criança chora ou faz birra. (sentido de opção, de escolha) 
VII. A mãe trabalha fora de casa e cuida dos �lhos. (sentido de adição de acréscimo)
Ainda, segundo Bezerra (2017), podemos classi�car as conjunções quanto à forma
em “simples”, quando formadas por um único vocábulo (se, e, mas, quando,
enquanto etc.); e “locucionais” (locuções conjuntivas), quando formadas por mais de
um vocábulo (uma vez que, à medida que, para que etc.).
O autor determina que a principal classi�cação das conjunções leva em
consideração o signi�cado da conjunção e a possibilidade de ela estabelecer
“coordenação” ou “subordinação”.
Por esse critério, ressalta que as conjunções são classi�cadas em:
a) conjunções coordenativas, classi�cadas de acordo com ideia que estabelecem
entre as orações de sentido independente em: aditivas, adversativas, alternativas,
conclusivas e explicativas;
b) conjunções subordinativas, classi�cadas de acordo com a ideia que estabelecem
entre o conteúdo das orações principais e as orações subordinadas em: causais,
comparativas, concessivas, condicionais, conformativas, consecutivas, �nais,
proporcionais, temporais;
c) conjunções integrantes, que introduzem orações que funcionam como
substantivos: que e se.
As conjunções são palavras invariáveis, isto quer dizer que elas não sofrem �exões
de gênero (masculino ou feminino), de grau (aumentativo ou diminutivo) ou de
número (singular ou plural), permanecendo sempre da mesma forma.
As locuções conjuntivas são aquelas que, formadas por mais de uma palavra,
exercem a mesma função de uma conjunção, ligando termos de mesma classe
gramatical ou orações.
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Desse modo, ao redigir qualquer tipo de texto, tente explorar os recursos
estudados, seu desenvolvimento virá aos poucos e trará resultados satisfatórios!
Bons estudos!
Síntese
Nesta unidade, abordamos conceitos cujo estudo contribui para a melhoria de sua
interpretação de textos, principalmente, escritos e de sua produção textual.
Desde os conceitos de texto e textualidade, considerando características dos tipos
textuais que apresentam sequências narrativas, descritivas, argumentativas,
expositivas ou injuntivas, fomos levados a observar cada vez mais que a língua
oferece diferentes recursos para que o emissor de mensagens, orais ou escritas,
atinja seus objetivos com sucesso.
Estudando gêneros textuais e aqueles ligados à esfera corporativa, vimos que as
diferentes atividades humanas necessitam de gêneros com características
especí�cas para a veiculação de suas informações.
Ainda, à procura de textos coerentes e que evidenciam o trabalho de coesão textual,
veri�camos o papel das preposições e das conjunções, além de suas relações de
sentido.
Desta forma, entre outros enfoques, você teve a oportunidade de estudar conceitos
relativos a:
anáfora;
apreensão de sentido;
catáfora;
coerência;
coesão;
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compreensão de sentido;
conjunção;
elipse;
escrita corporativa;
gêneros da escrita;
gêneros da esfera corporativa;
gêneros textuais da era digital;
gêneros textuais;
níveis de linguagem;
preposição;
preposição;
texto;
textualidade;
tipos textuais.
Assim, buscamos a competência textual; no entanto, ainda há bastantea enfocar.
Na próxima unidade, estudaremos conceitos que nem sempre carregam facilidade
de aplicação, mas vale a pena o esforço, para que consiga utilizá-los para a
expressão de suas ideias e argumentos.
Download do PDF da unidade
Bibliografia
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https://pixabay.com/pt/photos/papel-neg%C3%B3cios-finan%C3%A7as-documento-3213924/
06/04/2022 10:17 SU_BL4_EDU_ADILIP_20_E2
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Figura 2: Banco de imagens: Representação de Gutemberg e sua invenção .
 Disponível em: < https://pixabay.c 
om/pt/illustrations/retro- 
imprensa-de-impress%C3%A3o-2319509/ > Acesso em 28/01/2020 
Figura 3: Banco de imagens: Impressão de livro – Gutemberg . Disponível em: <
https://pixabay.com/pt/photos/fonte-levar-o-conjunto-705667/ > Acesso em
28/01/2020. 
Figura 4: SANTOS, L. W.; RICHE, R. C.; TEIXEIRA, C. S. Análise e produção de textos.
São Paulo: Contexto, 2012, p. 42 – adaptado. 
https://pixabay.com/pt/illustrations/retro-imprensa-de-impress%C3%A3o-2319509/
https://pixabay.com/pt/photos/fonte-levar-o-conjunto-705667/

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