Buscar

MÓDULO 1 - NASCIMENTO DA PSICANÁLISE PRIMÓRDIOS DA PSICANÁLISE

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

13/02/2022 16:58 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 1/14
TEORIA PSICANALÍTICA 
 
MÓDULO 1
O nascimento da Psicanálise e a constituição de seu objeto de estudo.
A insuficiência do modelo médico no tratamento da histeria.
Os primórdios da psicanálise – do trauma à fantasia, da hipnose à associação livre e da catarse à elaboração
psíquica.
 
 Bibligrafia:
BRENNER, C. Duas hipóteses fundamentais. In: Noções Básicas de Psicanálise. Rio de Janeiro: Ed. Imago, 1975.
FREUD, S. História do Movimento Psicanalítico (1914). In: Obras Completas de S. Freud. (volume XIV) Rio de Janeiro:
Imago Editora Ltda, 1969.
______. Cinco Lições de Psicanálise: Primeira Lição (1912). In: Obras Completas de S. Freud (volume XI), Rio de
Janeiro: Imago Editora Ltda.GAY, P. Freud, uma vida para nosso tempo. São Paulo: Companhia das Letras, 1989.
QUINODOZ, J. M. Ler Freud: guia de leitura da obra de S. Freud. Porto Alegre: Artmed, 2007.
ROUDINESCO, E.; PLON, M. Dicionário de Psicanálise. Rio de Janeiro: Ed. Jorge Zahar, 1998.
______. A sociedade depressiva. In: Por que a psicanálise? São Paulo: Jorge Zahar Editor, 2000.
 
 
A Psicanálise constitui-se como um método de investigação dos processos inconscientes e foi criada no final do
século XIX por Sigmund Freud. A construção, história e percurso desta teoria se mantêm ligada à vida de Freud, já
que foi este neurologista austríaco o responsável por sua invenção e desenvolvimento (QUINODOZ, 2007).
Sua origem é decorrente de um momento histórico e social em que as circunstâncias permitiram o surgimento de
uma teoria e de uma prática que tentasse abarcar os aspectos especificamente psicológicos de determinados
fenômenos, dada a insuficiência de outras tentativas para explicá-los, ou seja, os fenômenos da conversão histérica
representavam um desafio à ciência, já que a medicina não conseguia explicar sua origem, sendo de extrema
importância compreender e tratar os fenômenos psicopatológicos. 
 
E, se estamos aqui fazendo uma constante ligação entre fenômenos históricos, sociais, culturais e psicológicos,
há que se tomar como ponto pacífico o fato de a histeria, ou mesmo qualquer afecção, não ser considerada como
um suposto mau funcionamento de um organismo, tomado isoladamente (é justamente de uma perspectiva
organicista que se pretende distanciar-se). As oposições ou divergências entre um mundo interno (objeto de estudo
da Psicanálise) e um externo não se restringem a buscar um argumento que justifique e comprove a supremacia de
um sobre o outro, como em certas disputas estéreis sobre o que determinaria a vida humana: o dado objetivo ou o
subjetivo.
O que se propõe aqui para pensar a questão da constituição de um conhecimento (investigação e tratamento) que
tem como objeto o mundo interno será talvez algo mais próximo de uma constante reflexão, dado que no que diz
13/02/2022 16:58 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 2/14
respeito à condição humana o objeto, ao ser apreendido pela percepção, é transformado em realidade vivida
subjetivamente e seria necessário elucidar que processos e elementos psíquicos estão em jogo nesta
transformação. O que se coloca como ponto de partida para as investigações psicanalíticas é a ausência de uma
compreensão dos aspectos especificamente psíquicos que permeiam a relação sujeito/objeto (ROUDINESCO,
2000).
 
A histeria faz parte de um grupo de acepções que estão diretamente ligadas ao nascimento da Psicanálise, pois a
investigação e o tratamento deste tipo de neurose, a partir de uma compreensão dos fatores psíquicos, foi o ponto
de partida de Freud na construção de um arcabouço teórico que permitisse escutar as histéricas para além dos
sintomas que tanto alarde causavam. Pela escuta das histéricas, Freud criou a psicanálise e desenvolveu a teoria
que a sustenta, por meio de uma prática clínica que vai delineando seu método terapêutico e, assim, define sua
ética.
 
Ao pensar a questão do mundo interno estamos às voltas com o problema da dicotomia sujeito/objeto, que é tema
ainda de discussões em diversas disciplinas, desde o século XVI com Descartes. 
A perspectiva científica que pretende colocar seus objetos de estudo como tendo uma realidade em si mesmos,
constituídos como objetos da natureza, pensará o sujeito como aquele que é dotado de uma consciência e de uma
razão que lhe conferem o poder de dominar e controlar (consciente e racionalmente) a Natureza e seus objetos e
inclusive a si mesmo.
No entanto, como explicar quando este sujeito mostra falhas, justamente, nesta capacidade de dominar e controlar
a realidade externa e a si mesmo? E mais: o que fazer quando os recursos científicos disponíveis (físico-químicos e
anátomo-patológicos) não conseguem nem oferecer uma explicação, nem uma ação condizente com os problemas
surgidos da relação de um dado sujeito com o mundo externo?
Será a partir de uma preocupação com os conflitos e sofrimentos que adquiriram uma conotação patológica que
surgirá a Psicanálise, enquanto uma terapêutica e uma teorização capazes de oferecer uma nova visão sobre o
homem, seu psiquismo e suas relações com o mundo externo.
 
A Psicanálise se colocará como um campo de conhecimento dedicado exclusivamente aos fenômenos psíquicos
(o que não exclui as relações deste com o mundo externo), asseverando sempre a importância de se buscar uma
explicação para aquelas manifestações propriamente humanas – comportamentos, afetos e pensamentos – que
pareciam contradizer certa noção de homem como ser racional, capaz de dominar a si mesmo e ao mundo única e
exclusivamente através da consciência (ROUDINESCO, 2000).
 
É deste confronto entre uma concepção de homem dono e senhor de si mesmo e o que a experiência clínica com
as histéricas mostrava sobre a fragilidade da condição humana, que tem origem o primeiro dos alicerces da teoria
psicanalítica: o conceito de inconsciente.
Com isto, Freud lança uma das primeiras polêmicas que a Psicanálise terá com o mundo científico e filosófico,
pois aquilo sobre o que se julgava ter domínio, os próprios pensamentos, idéias e comportamentos e que serviam
como instrumento para controlar o incontrolável – os afetos, afinal de contas, estaria determinado pelo
inconsciente, por algo fora do controle consciente.
Assim o psíquico não coincide, para a Psicanálise, com o consciente; a vida mental ou o mundo interno ganham
uma nova acepção e uma nova dimensão, que exigiu uma teorização e abordagem dos fenômenos psicológicos
específicas.
As idéias de Freud, desenvolvidas entre final do século 19 e início do século 20 marcaram o pensamento
contemporâneo.
13/02/2022 16:58 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 3/14
 
 
EXERCÍCIO
O trecho abaixo foi retirado do livro “Por que a Psicanálise?” de Elisabeth Roudinesco (2000): 
“Os cientistas sempre consideraram a psicanálise uma hermenêutica. Longe de
construir um modelo do comportamento humano, a doutrina freudiana seria, a
acreditarmos neles, apenas um sistema de interpretação literária dos afetos e dos
desejos. Conviria, portanto, quer excluí-la do campo da ciência, junto com as outras
disciplinas que não dependem da experimentação, quer repensar a organização de
todos esses campos (antropologia, sociologia, história, lingüística, etc.) em função de
uma “ciência cognitiva”, a única capaz de fazê-los entrar na categoria de “ciência
verdadeira” (ROUDINESCO, 2000; P. 113)
 
Podemos dizer que a psicanálise:
A. É uma especialidade da medicina, uma vez que surgiu como tratamento alternativo para a cura da histeria.
B. É uma especialidade da psicologia, uma vez que surgiu como uma das técnicas possíveis de psicoterapia
na área da psicologia clínica.
C. É uma teoria e uma prática sem caráter científico, uma vez queseus pressupostos não são comprováveis
por pesquisas.
4. É uma teoria e uma prática que só poderá ser confiável quando seus pressupostos forem comprovados por
pesquisas que incluam um número significativo de sujeitos.
5. É uma teoria construída a partir da experiência clínica e, ao mesmo tempo, uma prática de investigação e
uma terapêutica, que encontra também um lugar como um saber que pode ser útil na leitura do social. 
 
Resposta E.
 
 
A Psicanálise é a primeira teoria sobre o psiquismo que se originou diretamente da prática clínica, fazendo coincidir
investigação e tratamento. Foi com a descoberta da linguagem como instrumento primordial para a abordagem dos
conflitos psíquicos e seus sintomas que dá à Psicanálise mais este caráter inovador na compreensão dos
fenômenos psíquicos: ao oferecer a possibilidade de dar palavras ao afeto e, com isto, propondo que os sintomas
poderiam ser substituídos por outras saídas, a Psicanálise propicia o surgimento de um novo objeto e campo de
atuação para a Psicologia: o mundo interno e o trato com sofrimento psicológico, a partir de uma perspectiva
estritamente psicológica sem intermediação de quaisquer recursos objetivos, contando explicitamente com as
interações psíquicas humanas (GAY, 1989).
 Isto ocorre a partir de 1882 quando Freud estimulado pelo trabalho de Breuer interessa-se pela sugestão e hipnose
no tratamento da sintomatologia atribuída à histeria. Joseph Breuer teve um papel fundamental no nascimento da
psicanálise e forneceu a Freud a técnica que este utilizaria em sua clientela. Contudo, o espírito investigativo de
Freud, fez com que logo se afastasse desta técnica, bem como do método catártico, substituindo-as pela técnica
de associação livre.
Os “Estudos sobre a histeria” (1895) é o resultado de 10 anos de trabalhos clínicos desenvolvidos de Freud e
Breuer; neste trabalho os autores fazem descrição detalhada do tratamento de cinco pacientes. Com esta
publicação encerra-se colaboração entre estes autores, em que o fator precipitante para o encerramento da
13/02/2022 16:58 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 4/14
parceria foi a discordância de Breuer em relação a Freud, já que este último insistia na importância de fatores
sexuais na etiologia da histeria (QUINODOZ, 2007). 
 
O que contribuiu, em grande parte para que a Psicanálise pudesse ser compreendida como um instrumento que
pode explicar fenômenos psicológicos ditos normais foi o trabalho de análise dos sonhos. É com a “Interpretação
dos sonhos”, publicada em 1900, que Freud com a sua Psicanálise pode pensar em chamar a atenção de pessoas
interessadas não mais só em tratar neuroses, mas de todos que tivessem algum interesse na alma humana, agora
vista sob uma perspectiva dos fenômenos psíquicos enquanto um campo aberto à investigação científica. Nesta
obra Freud promove uma grande ruptura na forma de abordar e compreender o homem, pois a ciência apenas se
preocupava com o homem em sua dimensão consciente. O próprio Freud refere o conceito de inconsciente e a
formulação de que “o homem não é senhor em sua própria morada” equiparando-a às quebras paradigmáticas
decorrentes da mudança do teocentrismo ao heliocentrismo e ao choque da teoria evolucionista darwiniana.
Um conceito central e seu correlato no campo da prática clínica - a transferência - junto com o conceito
psicanalítico que articula num só termo o psíquico e o somático - a pulsão - formam as bases do pensamento
freudiano que se construiu ao longo de quarenta anos de produção e sempre reconhecendo a necessidade de
constantes revisões e ampliações. Podemos dizer que Freud descortinou um horizonte a partir do qual puderam
surgir outras teorias psicológicas que, em diferentes graus, procuraram rever, ampliar e mesmo modificar
radicalmente (a ponto de não mais poderem ser designadas como psicanálise) os pressupostos teóricos e as
técnicas que deles podem surgir. Os oponentes ou dissidentes da Psicanálise podem ser agrupados como aqueles
que romperam formalmente com um ou mais dos alicerces da Psicanálise (inconsciente, transferência e pulsão),
no entanto buscavam e ainda buscam confirmar a existência de um mundo interno, passível de investigação e
intervenção.
 
Como podemos depreender de nossas afirmações, ao tomarmos o enfoque teórico psicanalítico enveredamos à
investigação do fenômeno psicológico em profundidade, indo além das explicações físico-químicas ou anátomo-
patológicas para os fenômenos psíquicos, pelo reconhecimento de uma dimensão específica - a de mundo interno
– desconhecido do próprio homem e não idêntica a si mesmo, em constante interação com o mundo externo, de
forma que sujeito e objeto não mais se constituem isolados, mas suplementares. 
 
 
EXERCÍCIO
Anna O. era uma jovem de 21 anos, com altos dotes intelectuais, manifestou no curso de sua doença, que durou
mais de dois anos, uma série de perturbações físicas e psíquicas mais ou menos graves, entre eles:- paralisia
espástica de ambas as extremidades do lado direito; perturbações dos movimentos oculares e várias alterações da
visão; tosse nervosa intensa; repugnância pelos alimentos e impossibilidade de beber durante várias semanas;
redução da faculdade de expressão verbal, que chegou a impedi-la de falar ou entender a língua materna; e
estados de “absence” (ausência), estados confusionais, delírios e alteração total da personalidade.
O quadro histérico de Anna O. (Breuer, 1895) abriu caminhos para uma nova compreensão da histeria, pois por
meio de seu quadro observou-se que:- 
I. O quadro mórbido encontrado em Anna O. revelava que os órgãos vitais internos (coração, rins etc.) tinham
um funcionamento anormal, conseguindo ser detectados em exames objetivos.
II. A sintomatologia apresentada por Anna O. não mantinha correspondência a qualquer anormalidade orgânica,
mas relacionava-se aos violentos abalos emocionais que vivera.
III. Breuer observa que depois de relatar certo número de fantasias a paciente experimentara sentimentos de
alívio e se reconduzia à vida normal.
13/02/2022 16:58 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 5/14
IV. A hipnose e o método catártico impediram Breuer de melhorar sua compreensão a cerca do quadro de
Anna O.
V. O saber médico torna-se fundamental na compreensão e estudo das lesões cerebrais orgânicas, mas
diante da histeria o médico não sabe o que fazer, pois seu método objetivo, assentado em bases biológicas,
carece de recursos para compreender e tratar tais quadros.
 
ASSINALE A ALTERNATIVA CORRETA 
A. São corretas as afirmações I, II e IV.
B. São corretas as afirmações I, II, III e IV.
C. São corretas as afirmações II, III e V.
D. São corretas as afirmações II, III e IV.
E. São corretas as afirmações I, II, III e V.
 
Resposta C.
 
Apesar de sua evolução, a psicanálise tinha em sua construção e desenvolvimento uma tendência transgressora,
que comportava em sua natureza uma inevitável e sofrida oposição, já que feria os preconceitos da humanidade
civilizada em alguns pontos especificamente sensíveis. (FREUD, 1924)
 
Em termos geográficos, a Psicanálise expandiu seus domínios e isto não se faz sem que, ao mesmo tempo em
que produza modificações na concepção de homem, de relações e de tratamento para males psíquicos nos lugares
onde é (ou parece ser) aceita, também “sofre” modificações, pois é um conhecimento dependente das
possibilidades que cada cultura oferece em termos de assimilação de uma teoria que toca num dos pontos
nevrálgicos da imagem “ilibada” que a humanidade pretende ter de si mesma: a sexualidade. Este ponto de apoio
da teoria psicanalítica é tanto mal compreendido quanto rejeitado. 
Mal compreendido porque se toma o termo sexual como sinônimo de genital, dando importância e ênfase ao
aspecto puramente biológico, como se para o homem a sexualidade estivesse presaà anatomia, sendo que esta é
justamente a subversão fundamental da Psicanálise: o sexual é redefinido como uma disposição psíquica
propriamente humana, desligada de seu fundamento biológico ou anatômico. E, para pensar esta nova concepção
de sexualidade, e de toda atividade humana a ela ligada, são construídos conceitos e teorias que irão representar
esta realidade: a pulsão, a libido, o apoio e a bissexualidade.
Freud não inventou uma terminologia particular para distinguir os dois grandes campos da sexualidade: a
determinação anatômica, por um lado, e a representação social ou subjetiva, por outro. Não obstante, por sua nova
concepção, ele mostrou que a sexualidade tanto era uma representação ou uma construção mental, quanto o lugar
de uma diferença anatômica. Em conseqüência disso, sua doutrina transformou totalmente a visão que a sociedade
ocidental tinha da sexualidade e da história da sexualidade em geral. (ROUDINESCO, 1998).
A rejeição tanto produziu movimentos dissidentes dentro da Psicanálise (Adler, Jung), quanto produziu uma
infinidade de leituras distorcidas pelos preconceitos que tentavam minimizar a importância do conceito-chave – o
inconsciente, supervalorizando o ego em função de seu papel de mediador entre o mundo externo e o interno, em
detrimento das outras regiões do psiquismo (id e superego). É uma leitura da teoria psicanalítica que se mantém
fiel às necessidades do homem de controle dos próprios conflitos, buscando meios de adaptá-lo à realidade
externa. O mais curioso é buscar isto numa teoria que tem como objetivo expresso a confrontação do sujeito (do
13/02/2022 16:58 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 6/14
inconsciente) com seu desejo, com sua falta, com a necessidade imposta a cada um de resolver a interdição do
incesto, tema representado na conceituação do complexo de Édipo.
Se, num primeiro momento, o inconsciente surge como uma abertura para as ciências psicológicas, encabeçada
pela Psicanálise, a partir das décadas de 30-40 do século XX, com sua expansão geográfica, principalmente para
os Estados Unidos, este mesmo conceito passará a ser um divisor de águas entre a Psicanálise e as Psicologias
da Consciência. Estas, mobilizadas pela necessidade de fortalecer o “pobre” ego diante das exigências do mundo
externo e do mundo interno, colocando como meta do tratamento a busca de uma relação harmônica, não
conflituosa com o meio, do qual o terapeuta/analista seria a figura exemplar, criaram um novo campo de
conhecimento, com novas teorias sobre o mundo interno, já não mais vinculado à idéia de inconsciente, com novas
técnicas, agora mais atentos ao trabalho com os afetos, com a comunicação não-verbal, através de uma prática
clínica em que a relação dual, interpessoal (não mais transferencial) entre paciente e terapeuta seria o norte do
trabalho, o terapeuta buscando sempre uma aliança com o lado saudável do paciente para ajudá-lo a integrar-se
psíquica e socialmente. 
Lembrando que, se para a Psicanálise o psíquico só ganha consistência de mundo interno a partir da noção de
inconsciente, que mantém relação com as três instâncias – id, ego e superego – em maior ou menor grau; para as
Psicologias da Consciência o importante será como a pessoa, identificada ao seu ego, centro de
sua personalidade, já destituído de qualquer conotação inconsciente, enfrentará a luta pelo controle e dissolução de
seus conflitos. A Psicanálise também espera que o ego possa ser um aliado na luta contra a neurose, no entanto
isto não estaria a serviço de uma adaptação ao contexto social, só porque este coloca a “doença mental” como um
desvio que não coincide com seus desígnios. A idéia principal é recolocar a noção de doença mental no âmago da
condição humana e não fora dela, buscando responder antes quem é este que sofre e adoece, e esperando que a
noção de mundo interno, que não precisa ser psicanalítica, possa oferecer um espaço de liberdade para o homem
na sua relação com o mundo externo. 
 
EXERCÍCIO
Freud ao dissertar sobre a História do Movimento Psicanalítico comenta:- 
“Considerava minhas descobertas contribuições normais à ciência e esperava que
fossem recebidas com esse mesmo espírito. Mas o silêncio provocado pelas minhas
comunicações, o vazio que se formou em torno de mim, as insinuações que me foram
dirigidas, pouco a pouco me fizeram compreender que as afirmações sobre o papel da
sexualidade na etiologia das neuroses não podem contar com o mesmo tipo de
tratamento dado ao comum das comunicações. Compreendi que daquele momento
em diante eu passara a fazer parte do grupo daqueles que “perturbaram o sono do
mundo”, como diz Hebbel e que não poderia contar com objetividade e tolerância.”
(FREUD, 1914; p.31)
 
A frase destacada em negrito, representa que: 
 A. O autor ficou isolado por muito tempo, e as reações às suas descobertas estavam permeadas por pré-
conceitos. 
B. Os opositores do autor ergueram severas resistências internas ao contato com as ideias apresentadas. 
C. O autor tem consciência da força de suas palavras, leva em consideração a opinião externa, adequando-
se ao meio no qual se encontrava. 
D. O autor estaria sendo punido por ousar contradizer aquilo que, até então, era inquestionável. 
E. O autor sempre foi apoiado por ousar contradizer aquilo que, até então, era inquestionável.
 
13/02/2022 16:58 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 7/14
Resposta C.
 
A hipnose teve grande importância no início da psicanálise, pois pelo uso da hipnose Breuer favorecia a revivência
de algumas cenas que estavam esquecidas pelo paciente, esta revivência provoca a "ab-reação", que consistia
numa descarga afetiva emocional (reações com expressão de grande comoção, choro, lágrimas e sentimentos
intensos) e desta forma inaugura o método catártico ou catarse.
Para condução do método catártico Breuer supõe a ideia da ocorrência de um evento de grande força e impacto
emocional, não manifesto em ações ou comportamentos verbais, que por fim eclodiria no trauma psíquico, este
trauma desencadeia o mal psíquico (sintoma), originando-se da emoção reprimida, presente no inconsciente, sem
o conhecimento consciente do sujeito sobre o evento traumático e, para lembrá-lo, conduz-se o paciente à hipnose.
Anna O. a famosa paciente de Breuer denominou este método de trabalho como chimney sweeping ("limpeza de
chaminé") ou talk ing cure ("cura pela fala"). Resumidamente, método catártico ou catarse é o processo em que o
paciente em estado hipnótico, fala tudo que lhe vem à mente e obtém grande alívio emocional.
 
A hipnose desperta o interesse de Freud por meio de um relato de Breuer, mas é com Charcot que busca melhorar
seu aprendizado. Sua incredulidade com os métodos científicos o impulsionaram ao emprego da hipnose com suas
pacientes histéricas, considerando a hipótese da sedução sexual. Pelo fato de ser um mau hipnotizador resolveu
experimentar que a mesma liberdade em associar ideias, obtidas pela hipnose acontecesse com os pacientes
despertos. A paciente Elizabeth Von R. foi a paciente que solicitou a Freud a liberdade para associar livremente,
sem pressão, permitindo-lhe compreender que as barreiras contra o recordar provinham de forças mais profundas.
Freud no início da construção da psicanálise concebe a ocorrência do trauma sexual real acontecendo nos
primórdios da infância, como uma forma de abuso sexual e que se mantinha reprimido no inconsciente. Aos
poucos o autor vai se convencendo de que havia distorções importantes no relato de suas histéricas, que seriam
decorrentes de suas “fantasias inconscientes”. Desta forma, na medida em que a “teoria do trauma” não dava conta
de explicar a complexidade do sofrimento neurótico, Freud envereda para a teoria inicial da sedução e da
importância das fantasias na produção do adoecimento psíquico.
 
 
O questionamentode Freud às dificuldades decorrentes da hipnose e método catártico faz entrar em cena a
elaboração psíquica. Elaboração psíquica consiste no trabalho de integração das experiências vividas,
independente de sua origem (excitações somáticas, estímulos externos ou informações, aspectos do mundo
mental). O trabalho de elaboração possibilita a transformação da energia livre em energia ligada, abrindo caminho
para o processo secundário e, consequentemente, o adiamento da descarga da tensão. Se o evento traumático
supera a capacidade de assimilação e integração deste à mente, o processo de elaboração possibilita a
“compreensão” interna que integra à vida do sujeito, contribuindo para integrar o que antes se mantinha dissociado,
fora da consciência. 
 
 
 
 
Exercício 1:
13/02/2022 16:58 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 8/14
A parceria entre Freud e Breuer contribuiu muito para os estudos da histeria e para a posterior criação
da psicanálise, mesmo tendo havido divergências entre os autores. 
Em relação ao pensamento/prática desses autores pode-se afirmar que
I Breuer sugestionava a paciente durante a hipnose para inibir a ocorrência de catarse.
II Freud considerava o sintoma histérico como recurso “anormal” de redução do excesso de excitação na
tentativa do organismo de restabelecer o equilíbrio da tensão emocional, ainda que tal processo não
fosse conhecido pela consciência.
III Breuer considerava o “estado hipnoide” como o agente que predispõe à produção da histeria,
independentemente do acontecimento.
IV Freud considerava como agente desencadeador o valor emocional e afetivo do acontecimento.
 
Está incorreto somente o afirmado em
A)
II.
B)
III.
C)
IV. 
D)
I. 
E)
I, III e IV. 
Comentários:
Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários
Exercício 2:
Desde o início da psicanálise, Freud teve por hipótese que a sexualidade estava diretamente envolvida
nos adoecimentos histéricos. Posteriormente constatou que as crianças não são assexuadas e que a
sexualidade infantil cumpre papel decisivo na construção da personalidade normal (ou anormal) do
sujeito. 
Em relação à teoria freudiana da sexualidade é possível afirmar que
A)
13/02/2022 16:58 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 9/14
Freud considerava que a primeira fase do desenvolvimento sexual infantil não envolve um objeto, mas
sim, partes do próprio corpo, caracterizando um processo de autoerotismo.
B)
a sexualidade infantil, que se manifesta desde os primeiros dias de vida do bebê, tem a mesma finalidade
de sua manifestação nos adultos: visa acima de tudo a procriação.
C)
Freud teve por hipótese que a diferenciação entre os sexos acontece nos primeiros anos da infância,
período durante o qual a criança tem uma disposição heterossexual.
D)
a satisfação sexual infantil advém das múltiplas zonas erógenas do corpo e no processo de escolha
objetal infantil a criança toma a si mesma como primeiro objeto de amor.
E)
a sexualidade infantil se expressa nas vivências e experiências da sexualidade com características de
pureza. Por isso, características perverso-polimorfas não são próprias da vida sexual infantil.
Comentários:
Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários
Exercício 3:
Quando Freud referiu a psicanálise como a terceira grande ferida narcísica sofrida pelo saber ocidental
por produzir um descentramento da razão e da consciência, nos convidou a refletir sobre o lugar da
psicanálise como saber fascinante, transgressor e revolucionário, cuja teoria e prática romperam com a
psiquiatria, a neurologia e a psicologia do século XIX.
Com base na afirmação acima, podemos considerar como essência da psicanálise o fato de ela ser 
A)
um método de investigação que consiste essencialmente em evidenciar o significado inconsciente das
palavras, das ações, das produções imaginárias (sonhos, fantasias, delírios) dos sujeitos.
B)
um método psicoterápico baseado na investigação de fenômenos psíquicos inconscientes que,
demandam constatação, mensuração e categorização, independentemente da singularidade de cada
sujeito.
C)
13/02/2022 16:58 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 10/14
um método de pesquisa que visa obter conhecimento por meio da prática e da avaliação estatística dos
casos surgidos na clínica.
D)
resultante de uma prática clínica que buscava o significado consciente das palavras, das ações, das
produções imaginárias (sonhos, fantasias, delírios) dos sujeitos.
E)
constituir-se como um conjunto de procedimentos utilizado para a investigação de processos mentais,
que necessitam ser mensurados e categorizados num padrão universal.
Comentários:
Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários
Exercício 4:
Joana tem apresentado frequentes acessos de raiva, descontrolando-se com frequência, a ponto de, no
ambiente de trabalho ter sido orientada por sua supervisora a buscar auxílio psicológico. Muito
contrariada, mas para não perder o emprego, ligou para um analista e falou de sua necessidade de ser
atendida. O horário foi agendado e sua primeira fala foi sobre sua urgência de melhorar e se estabilizar,
não pretendendo, no entanto, permanecer por muito tempo em tratamento.
O relato descreve uma pessoa que não parece disposta a perseguir os objetivos de uma análise porque
uma análise tem por objetivo principal
A)
regular o humor instável característico da neurose ou da psicose, trazendo equilíbrio emocional ao
paciente. 
B)
livrar o paciente de seus conflitos psíquicos para adequá-lo às demandas a que está sujeito.
C)
tornar o paciente mais feliz e adaptado às demandas sociais contemporâneas, ajudando-o a
compreender a dinâmica psicológica das pessoas. 
D)
fazer com que o paciente diferencie melhor fantasia de realidade para não cair em ilusões propiciadoras
de sofrimento, o que exige do analista o mapeamento do discurso do paciente para ajudá-lo a diferenciar
entre fato e fantasia.
E)
13/02/2022 16:58 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 11/14
escutar e observar como o paciente se coloca na relação transferencial, viabilizando, por meio da
interpretação, a reestruturação de sua economia psíquica. 
Comentários:
Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários
Exercício 5:
Em seus textos Freud geralmente dialoga com o leitor:
“O leitor é visto como um adversário com quem se trava uma luta e Freud avança como se quisesse
arrancar fora suas convicções e encontrar nele algum espaço para as ideias que está lançando.” ...
“O confronto com o outro vai sendo articulado dentro da fala, e parece reproduzir, ao lado das
resistências dos ouvintes, a resistência de um objeto de estudo que escapa a uma descrição e precisa
sempre ser explicado a partir de um novo material.”
CARONE, A. M. A lucidez imperfeita: ensaio sobre Freud como escritor. 157f. Tese (Doutorado em Filosofia).
Departamento de Filosofia e Metodologia das Ciências, Universidade Federal de São Carlos, São Carlos: UFSCar. 2008.
De acordo com essas citações, pode-se afirmar que
I Freud descreve o mais objetivamente possível os seus objetos de estudo.
II Freud conta com a subjetividade de seus interlocutores, seus desejos e resistências para que
compreendam seu objeto de estudo
III o objeto de estudo da psicanálise não é diretamente observável. A mesma luta travada pelo paciente
para conhecer seu inconsciente, tem de ser travada pelo pesquisador, a quem o objeto sempre escapa,
e pelo leitor que resiste ao conhecimento psicanalítico.
IV a obra de Freud é meramente literária e artística, pois visa produzir efeitos no interlocutor e não
descrever um objeto de estudo científico.
 
Está correto somenteo afirmado em
A)
I, II e III.
B)
II, III e IV.
C)
I e III.
D)
II e IV.
E)
13/02/2022 16:58 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 12/14
II e III.
Comentários:
Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários
Exercício 6:
Leia atentamente o excerto abaixo, parte da Introdução de Freud em seus textos metapsicológicos.
Não é raro ouvirmos a exigência de que a ciência deve ser edificada sobre conceitos fundamentais claros
e bem definidos. Na realidade, nenhuma ciência começa com tais definições, nem as mais exatas. O
verdadeiro início da atividade científica está na descrição de fenômenos, que depois são agrupados,
ordenados e relacionados entre si. Já na descrição é inevitável que apliquemos ao material certas ideias
abstratas, tomadas daqui e dali, certamente não só da nova experiência. Ainda mais indispensáveis são
essas ideias – os futuros conceitos fundamentais da ciência – na elaboração posterior da matéria.
Primeiro elas têm de comportar certo grau de indeterminação; é impossível falar de uma clara delimitação
de seu conteúdo. Enquanto se acham neste estado, entramos em acordo quanto ao seu significado,
remetendo continuamente ao material de que parecem extraídas, mas que na verdade lhes é
subordinado. Portanto, a rigor, elas possuem o caráter de convenções, embora a questão seja que de
fato não são escolhidas arbitrariamente, mas determinadas por meio de significativas relações com o
material empírico – relações que acreditamos adivinhar, ainda antes que possamos reconhecer e
demonstrar. Apenas depois de uma exploração mais radical desse âmbito de fenômenos podemos
apreender seus conceitos científicos fundamentais de maneira mais nítida e modificá-los
progressivamente, tornando-os utilizáveis em larga medida e ao mesmo tempo livres de contradição.
Então pode ser o momento de encerrá-los em definições. Mas o progresso do conhecimento também não
tolera definições rígidas ... Um conceito básico convencional, provisoriamente ainda um tanto obscuro,
mas que não podemos dispensar na psicologia, é o instinto [Trieb]. (FREUD, 1915; p. 163)
FREUD, S. Os instintos e seus destinos. In FREUD, S. Introdução ao narcisismo: ensaios de metapsicologia e outros
textos (1914-1916). Tradução Paulo César de Souza, São Paulo: Companhia das Letras, 2010.
Tendo em vista a citação acima, pode-se dizer que para Freud
A)
a ciência não tem qualquer valor, o que confirma a vertente romântica e anticientífica de sua obra.
B)
a teoria é uma generalização do conhecimento adquirido pela observação do material empírico,
comprovado em uma experimentação. Freud tem a mesma concepção de ciência que têm os positivistas.
C)
a fundamentação teórica de uma ciência nunca está ausente durante a observação do material empírico.
Mas não deve ser rígida, para poder permanecer sempre próxima do material empírico e poder assinalar
as significativas relações estabelecidas no objeto observado.
D)
na medida em que a teoria antecipa o material empírico, ela opera como um dogma que determina a
leitura do cientista. Assim, a ciência está baseada na crença irracional e dogmática.
13/02/2022 16:58 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 13/14
E)
a teoria é uma convenção, uma interpretação, que cria fatos e material empírico. Freud concorda com
Nietzsche quando este pensador diz que não existem fatos, mas apenas interpretações.
Comentários:
Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários
Exercício 7:
Com o abandono da técnica hipnótica, Freud acabou descobrindo que mesmo em estado consciente o
paciente pode acessar material psíquico do próprio inconsciente por outras vias. 
Podemos afirmar que
A)
a associação livre, surgida como um dos métodos de investigação da psicanálise, acha-se diretamente
relacionada a conteúdos conscientes, cujo processo é orientado somente pela consciência.
B)
os processos de deslocamento e condensação que atuam na formação dos sonhos contribuem
diretamente para o caráter incompreensível e muitas vezes absurdo com que o sonho se apresenta.
C)
o sonho também foi considerado por Freud como caminho legítimo de acesso ao inconsciente. Ao
interpretarmos um sonho, devemos nos ater a seu conteúdo manifesto. 
D)
pela regra da associação livre, o paciente deve fazer um esforço consciente de percepção, orientando-se
apenas para as ideias que lhe pareçam importantes.
E)
chamamos de atos falhos aquelas pequenas falhas comuns, às quais não costumamos dar importância,
mas que, se analisadas com mais cautela durante o processo analítico, expressam questões que,
embora conscientes, estavam esquecidas, não sendo, pois, necessariamente inconscientes.
Comentários:
Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários
Exercício 8:
13/02/2022 16:58 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 14/14
As descobertas de Breuer a partir de seu trabalho com Anna O. influenciaram significativamente as
posteriores postulações de Freud. Apesar da complexidade adquirida pela teoria freudiana desde o
método catártico, alguns pontos de influência foram fundamentais para a criação do método
psicanalítico. 
Diz respeito a tais pontos de influência
 
I a ideia de que a fala e a escuta têm papel fundamental no processo analítico.
II o uso da hipnose como principal técnica da psicanálise.
III a ideia de que o paciente se encontra alienado daquilo que o faz sofrer. 
IV a ideia de que a análise é uma forma moderna de confessionário, por meio da qual o paciente busca
aliviar suas culpas.
V a ideia de que a fala é uma via importante para a elaboração psíquica.
 
Está correto somente o afirmado em
A)
I, III e V.
B)
I.
C)
II.
D)
III e V.
E)
I, III e IV.
Comentários:
Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários

Outros materiais