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Ancilostomose em cães e gatos

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@veterinariando_ 
 
Espécies e hospedeiros 
• Ancylostoma caninum – cães e 
raposas 
• Ancylostoma tubaeforme – gato 
• Ancylostoma braziliense – cão e gato 
 
Distribuição 
 Parasito distribuído por regiões 
tropicais e temperadas quentes 
 Outros países – em cães importados 
de regiões endêmicas 
 
Morfologia 
• São parasitos que possuem de 1 a 
2cm de comprimento 
• Normalmente permanecem em 
posição de gancho 
• Sua cápsula bucal é grande e possui 
dentes marginais (3 pares em A. 
caninum e A. tubaeforme e 2 pares 
em A. braziliense) 
• Os machos possuem bolsa copuladora 
com 2 espículos 
Ciclo biológico 
 É um ciclo monoxênico (direto), 
podendo ser ou não migratório 
 
I. O ovo (com mórula) é eliminado pelas 
fezes do hospedeiro parasitado 
II. No ambiente com as condições 
adequadas há o desenvolvimento da 
larva L1 dentro do ovo 
III. L1 sai do ovo e no ambiente sofre 
muda até L3 (forma infectante) 
IV. A L3 pode ser ingerida (via oral) ou 
percutânea 
V. No hospedeiro a larva L3 completa 
seu ciclo, de L3 para L4 e de L4 para 
L5 (adulto jovem) e logo se tornam 
adultos 
VI. Período pré patente: de 14 a 21 dias 
VII. Ponta de entrada: via oral, 
percutânea, transmamária e 
transplacentária 
VIII. As espécies A. tubaeforme e A. 
braziliense não possuem 
transmissão transmamária 
IX. As fêmeas são ovíparas 
X. Os ovos são elípticos, com casca 
dupla e fina e morulados 
 
Patogenia 
• A ancilostomose é mais 
frequente em cães menores de 1 
ano de idade 
• A perda de sangue se inicia com 
cerca de 8 dias após a infecção 
(L5 desenvolve a cápsula bucal 
com dentes) 
• Os parasitos são capazes de 
causar anemia aguda (cada 
verme suga cerca de 0,1ml por 
dia) 
• A. braziliense não é hematófaga, 
mas pode causar 
hipoalbuminemia pelo 
extravasamento intestinal de 
plasma 
• Nos cães adultos geralmente a 
perda de sangue tende a ser 
compensada pela resposta 
medular, posteriormente o 
animal pode se tornar deficiente 
em ferro e desenvolver uma 
anemia 
• Pode ocorrer ulcerações na pele 
nos locais de penetração das L3 
• Cães previamente sensibilizados 
podem desenvolver reações 
cutâneas, como eczema úmido 
 
 L3 faz passagem pelo parênquima 
pulmonar, causando petéquias 
 L3 por penetração cutânea pode causar 
pododermatites, além disso podem 
provocar reações dermoalérgicas 
provocando o eczema úmido 
 L5 e adultos no epitélio intestinal, devido 
a fixação com os dentes podem provocar 
hemorragias que consequentemente 
levam a quadros de anemia e melena. 
Além disso há alteração na mucosa 
intestinal levando a enterite, provocando 
diarreia e hipoalbuminemia 
 
Sinais clínicos 
 Anemia, fadiga, dispneia devido à 
lesão das larvas nos pulmões ou aos 
efeitos anóxicos da anemia 
 Animais jovens geralmente 
apresentam anemia grave, diarreia 
que pode conter sangue ou muco 
 Infecções crônicas causam perda de 
peso, alterações do pelame, hiporexia 
ou depravação do apetite, pode 
ocorrer dispneia, lesões cutâneas e 
claudicação 
 
Epidemiologia 
• Áreas endêmicas, a doença é mais 
comum em cães com menos de 1 ano 
de idade 
• Em cães mais velhos a imunidade é 
despertada por infecções subclínicas 
sucessivas 
• A infecção transmamária pode 
desencadear a doença em filhotes 
lactentes criados em ambiente 
descontaminado e amamentados por 
uma cadela que pode ter sido 
tratada com um anti-helmíntico e 
tem uma contagem de ovos nas fezes 
negativa 
• Áreas com terra ou gramados, que 
oferecem umidade e proteção contra 
a luz solar, são locais em que as 
larvas podem sobreviver por várias 
semanas, o mesmo pode ocorrer em 
canis mal higienizados 
Diagnóstico 
o Histórico clínico + 
sintomatologia 
o Moradia, tipo de 
manejo, área de 
terra/areia 
o Exame 
coproparasitológico 
– técnicas de 
concentração de 
ovos por flutuação 
o Necropsia – 
helmintos adultos 
in situ 
o Hematológico 
 
 Lembrar que filhotes lactentes 
podem apresentar sintomatologia 
clínica grave antes que sejam 
detectados ovos nas fezes 
 A presente de alguns ovos de 
ancilóstomos nas fezes pode indicar 
infecção, mas não necessariamente 
que possível sinais clínicos sejam 
ocasionados pelos vermes (condição 
comum de portador) 
 
Tratamento 
• Mebendazol, fembendazol, diclorvos, 
nitroscanato (matam adultos e 
estágios larvais em desenvolvimento 
no intestino) 
• Ferro (via parenteral) + dieta rica 
em proteínas – em casos graves 
• Animais jovens podem necessitar de 
transfusão sanguínea 
 
 
Controle 
• Terapia anti-helmíntica regular a 
cada 3 meses + medidas de higiene 
• Cadelas prenhes – tratar durante a 
prenhez 
• Ninhadas lactentes – tratar com 1 a 
2 semanas de idade e repetir após 2 
semanas 
• Canis – não devem ter frestas, camas 
devem ser trocadas diariamente, 
piso deve ser impermeável e limpo 
• Em caso de surto, deve-se tratar as 
áreas de terra com borato de sódio 
(fatal para as larvas) 
 
Zoonose 
 Larva migrans cutânea 
 Síndrome causada pela penetração 
da larva do Ancylostoma por meio da 
pele do humano 
 No ponto de entrada da larva pode 
haver reações cutâneas acentuadas 
com presença de eritema e pápula, 
principalmente em pessoas já 
sensibilizadas 
 A L3 percorre entre a derme e a 
epiderme 2 a 3cm por dia, formando 
uma linha vermelha em seu trajeto 
 O solo contaminado com as larvas é a 
via de transmissão da doença, na 
praia a infecção ocorre em áreas 
longe do mar, pois o sal é deletério 
para as larvas

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