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Diarreia e Constipação Intestinal Introdução No cólon ascendente, ocorrem movimentos antiperistálticos, que seguram o conteúdo que passa a válvula ileocecal para o cólon direito. No cólon transverso e descendente, ocorrem contrações segmentares, que, lentamente, movimentam o conteúdo colônico em direção ao reto e em direção proximal. Movimento de massa: move o conteúdo do cólon por distâncias maiores -> pode ser associado com a alimentação Em jejum, o intestino delgado tem movimentos periódicos que ocorrem em direção caudal, o que é conhecido como complexo migrante. O mecanismo da defecação é controlado pelo sistema nervoso central. Para aumentar a pressão abdominal, é preciso: Fechar a glote Abaixar o diafragma Contrair a musculatura abdominal e do assoalho pélvico No reto ocorre o relaxamento dos esfíncteres e contração peristáltica da parede do reto. Funções do cólon: Reabsorção de água Manutenção de grande população de bactéria intraluminal Controle da eliminação de fezes Se ocorre qualquer distúrbio na função do cólon, o hábito intestinal é alterado Diarreia Diarreia: mudança no hábito intestinal que implica em aumento do peso das fezes, da quantidade da parte líquida e da frequência das evacuações Ocorre quando há excesso de fluido nas fezes, por anormalidades na secreção ou na absorção Diarreia Osmótica: presença de grande quantidade de moléculas hidrossolúveis no lumen intestinal, levando à retenção osmótica da água. Causa frequente: uso de laxativos e má absorção intestinal de carboidratos Diarreia Secretória: ocorre quando a mucosa intestinal secreta fluidos isotônicos em excesso devido ao estímulo de vírus, bactérias (E. coli), neoplasias que produzem hormônios gastro-intestinais (VIP) etc. Diarreia Exsudativa: ocorre aumento do volume fecal devido à exsudação de proteínas do soro, sangue, muco ou pus, a partir de áreas inflamadas, de doenças ulcerativas ou infiltrativas. Estão incluídas doenças inflamatórias intestinais, neoplasias intestinais, a colite induzida por antibióticos e as parasitoses (giardíase) Diarreia Motora: acontece devido ao trânsito acelerado do conteúdo intestinal, causando inadequada mistura do alimento com as enzimas digestivas e pouco contato com a superfície absortiva, por ressecção intestinal ou fístulas enteroentéricas. Informações necessárias para detectar a causa da diarreia: Duração do sintoma Associação com outras manifestações Idade Sexo Diarreia Alta: causada por doença no intestino delgado. É caracterizada por: Volume grande em cada evacuação Frequência pequena Cessa com jejum Tem restos alimentares digeríveis nas fezes Pode haver esteatorreia Diarreia Baixa: causada por doença no intestino grosso. É caracterizada por: Volume pequeno em cada evacuação Frequência alta Ocorre tenesmo (espasmo doloroso no esfíncter anal ou vesical com desejo urgente de defecar ou urinar e com eliminação de quantidade mínima de fezes na urina) pode haver eliminação de muco e desinteria Pode haver características de diarreia alta e baixa no mesmo paciente. A diarreia pode ser funcional (não há comprometimento sistêmico) ou orgânica. Evidência de diarreia orgânica: Ocorrência durante a noite Presença de sangue nas fezes Hipotrofia muscular Esteatorreia Queixa de dor abdominal Emagrecimento Febre Anemia Adenomegalia Massas pálpaveis no abdome Sintomas carenciais Redução do subcutâneo Itens que devem ser esclarecidos na história do paciente com diarreia: Características do início -> congênita, abrupta ou gradual Padrão de diarreia -> contínua ou intermitente Duração do sintoma Fatores epidemiológicos -> viagens, alimentação, água contaminada, histórico familiar Características das fezes -> aquosas, sanguinolentas ou esteatorreia Presença ou ausência de incontinência fecal Presença ou ausência de dor abdominal e suas características Perda de peso -> se for acentuada, pode indicar má absorção, neoplasia ou isquemia Fatores agravantes Fatores de melhora Resultados de exames já realizados Fatores iatrogênicos Diarreia factícia, provocada pela ingestão de laxantes Presença de doença sintêmica, como hipertireoidismo, diabetes melito, doenças do colágeno, doenlas inflamatórias, neoplasias ou HIV. O mais importante no exame físico é caracterizar a desidratação e a desnutrição, se estiverem presentes. Causas da Diarreia Aguda: Infecções -> bacterianas, parasitas, vírus e fungos. Alimentos contaminados e Medicações Ingestão recente de açúcares não absorvíveis Isquemia intestinal Impactação fecal Inflamação pélvica Causas da Diarreia Crônica: Síndrome do intestino irritável Doença inflamatória intestinal Isquemia do intestino Infecção crônica Parasitose Infecção por fungos Enterite por radiação Síndrome de má-absorção Medicação e Álcool Adenoma viloso Diverticulite Operações prévias gastrointestinais Doenças endócrinas Impactação fecal Envenenamento por metais pesados Abuso de laxativos Incontinência anal Colite microscópica Diarreia crônica idiopática Amiloidase Alergia a alimentos Constipação Intestinal É mais frequente nas mulheres e idosos Idosos tem menor ingestão alimentar, perda de mobilidade, fraqueza das musculaturas abdominais e pélvica, além do uso de medicações Está associada à falta de resíduos no cólon, perda de sensibilidade dos órgãos que desencadeiam os mecanismos da defecação, perda das contrações dos músculos da defecação e obstrução mecânica. Menos de três evacuações por semana é considerado constipação O paciente relata: Dificuldade para evacuar Fezes duras Urgência sem conseguir evacuar Baixa frequência de evacuação Sensação de evacuação incompleta Indivíduo normal evacua entra 6 e 72 horas. Deve ser perguntado o que ouve no início do sintoma e sua evolução É importante conhecer: início do sintoma, história alimentar, volume, ingestão de fibras e volume de água consumido por dia É indispensável compara o hábito por dia intestinal atual e remoto, além do atual uso de drogas.
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