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1 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO 
ESCOLA DE MINAS 
DEPARTAMENTO DE ARQUITETURA E URBANISMO 
 
 
 
 
 
TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO II 
 
 
 
 
 
PROPOSTA DE IMPLANTAÇÃO DE OPEN MALL NA CIDADE DE UBÁ 
 
 
 
 
 
 
 
 
LAILA RODRIGUES RESKALLA 
 
 
 
 
Ouro Preto, MG 
2019 
 
 
Laila Rodrigues Reskalla 
 
 
 
 
 
 
 
Proposta de implantação de Open Mall na cidade de Ubá 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ouro Preto - MG 
2019 
 
Trabalho Final de Graduação (2ª Etapa) apresentado ao 
Curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade 
Federal de Ouro Preto, como requisito para a obtenção 
do grau de Bacharela em Arquitetura e Urbanismo. 
Orientador: Prof. Dra. Alice Viana de Araújo 
 
 
 
 
RESUMO 
Este trabalho surge da observação de praças com pouco ou nenhum uso na 
cidade de Ubá que não possui espaços democráticos de lazer, descanso e 
convívio. Vê-se também que há demanda por esses espaços, visto que a 
população se dirige à outras cidades à procura de shoppings, cinemas, praças 
de alimentação, grandes lojas, entre outros serviços. Levando em consideração 
a necessidade da população e o potencial da cidade, o trabalho propõe como 
principal objetivo a implantação de um open mall, o qual se fundamenta em um 
complexo semipúblico que conecta duas das principais vias de comércio da 
cidade por meio de áreas livres humanizadas e oferece espaços de lazer – ativo 
e passivo – e convívio para toda a população. No mais, esta edificação mista 
apresenta ambientes para instalação de comércio, praça de alimentação e 
outros serviços privados. Para desenvolver o trabalho da melhor maneira 
possível, houve uma análise da infraestrutura de lazer da área central e 
pericentral da cidade, do entorno do terreno e do próprio terreno em questão. 
Além disso, estudos de legislações e de artigos sobre alguns conceitos 
norteadores foram fundamentais para realizar um embasamento teórico e 
respaldar para que o projeto qualifique o ambiente ao redor e se adeque à 
implantação. A análise de obras análogas também foi efetuada para 
complementar o desenvolvimento da proposta. O resultado consiste na 
elaboração de um empreendimento semipúblico com espaços de lazer, consumo 
e convívio, tendo como prioridades criar um ambiente com qualidade e 
segurança, reduzindo a necessidade da população de se deslocar para outras 
cidades em busca de tais experiências. 
 
Palavras-chave: Empreendimento; Convívio; Consumo; Lazer; Open mall. 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE ILUSTRAÇÕES 
Fig. 1: Mapa de localização do município de Ubá. ............................................. 7 
Fig. 2: Pirâmide etária da cidade de Ubá. .......................................................... 7 
Fig. 3: Tabela de classificação socioeconômica ................................................. 8 
Fig. 4: Avenida Comendador Jacinto Soares de Souza Lima. ........................... 9 
Fig. 5: Mapa da cidade de Ubá e os espaços analisados. Sem escala. ........... 11 
Fig. 6: Praça São Januário. Vista ao fundo da Prefeitura Municipal. ................ 12 
Fig. 7: Praça São Januário. Vista da Igreja de São Januário. .......................... 13 
Fig. 8: Praça da Independência. ....................................................................... 13 
Fig. 9: Praça da Independência ........................................................................ 14 
Fig. 10: Projeto de restauração da Praça Agenor Barbosa. Sem escala. ........ 15 
Fig. 11: Boate Lótus. ........................................................................................ 16 
Fig. 12: Academia do Clube Tabajara, vista da área da piscina....................... 16 
Fig. 13: Piscina mais nova do Mangueiras Country Club. ................................ 17 
Fig. 14: Projeto da Praça de Alimentação do Mangueiras Country Club. ......... 18 
Fig. 15: Praça Guido Marliére. .......................................................................... 19 
Fig. 16: Praça Guido Marliére. Casarões históricos. ........................................ 19 
Fig. 17: Praça Guido Marliére após reforma..................................................... 20 
Fig. 18: Praça do Rosário. ................................................................................ 21 
Fig. 19: Igreja do Rosário. ................................................................................ 21 
Fig. 20: Praça das Mercês................................................................................ 22 
Fig. 21: Praça das Mercês ............................................................................... 22 
Fig. 22: Praça Gladstone Faria Alvim. .............................................................. 23 
Fig. 23: Início do Calçadão da Rua São José. ................................................. 24 
Fig. 24: Galeria Francisco Láurea. ................................................................... 24 
Fig. 25: Final do Calçadão da Rua São José e sua pequena praça................. 25 
Fig. 26: Vista da Avenida Cristiano Roças ....................................................... 26 
Fig. 27: Principais magazines da Avenida Cristiano Roças. ............................ 26 
Fig. 28: Localização ......................................................................................... 27 
Fig. 29: Representação do terreno. .................................................................. 28 
Fig. 30:Vista da fachada da Avenida Cristiano Roças. ..................................... 29 
Fig. 31: Vista do terreno pela Avenida Cristiano Roças. .................................. 29 
Fig. 32: Vista do desnível existente, desconsiderado em projeto ..................... 30 
 
Fig. 33: Vista do terreno pela Rua São José. ................................................... 30 
Fig. 34: Ilustração de fachada ativa .................................................................. 32 
Fig. 35: Exemplo de Fruição Pública. ............................................................... 34 
Fig. 36: Exemplo de Fruição Pública. ............................................................... 34 
Fig. 37: Ilustração da fruição pública ................................................................ 35 
Fig. 38: Shopping Viva Open Mall - Porto Alegre ............................................. 37 
Fig. 39: Open Mall The Square - Granja Vianna .............................................. 38 
Fig. 40: Open Mall - Lagoa Santa ..................................................................... 38 
Fig. 41: Perspectiva do Open Mall ................................................................... 40 
Fig. 42: Fachada da Avenida Cristiano Roças ................................................. 41 
Fig. 43: Fachada da Rua São José .................................................................. 42 
Fig. 44: Planta humanizada do nível do terreno ............................................... 42 
Fig. 45: Vista do pergolado para o muro verde ................................................ 43 
Fig. 46: Vista do pergolado para o interior do empreendimento ....................... 43 
Fig. 47: Representação humanizada dos pisos................................................ 44 
Fig. 48: Vista do recuo em frente a cafeteria .................................................... 44 
Fig. 49: Vista do espaço para crianças, a partir do interior do restaurante ...... 45 
Fig. 50: Planta humanizada do pavimento 1 .................................................... 45 
Fig. 51: Vista a partir da passarela do primeiro pavimento .............................. 46 
Fig. 52: Vista do restaurante, passarelas e escadas ........................................ 47 
Fig. 53: Diagrama humanizado de cobertura ................................................... 48 
 
 
 
SUMÁRIO 
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................ 5 
2.A CIDADE DE UBÁ ..................................................................................... 6 
2.1 Espaços de lazer em Ubá ............................................................................ 9 
2.2 Entorno imediato ........................................................................................ 23 
2.3 Terreno ....................................................................................................... 27 
3. CONCEITOS NORTEADORES ................................................................. 31 
3.1 Espaços de transição ................................................................................. 31 
3.2 Fachadas ativas ......................................................................................... 32 
3.3 Fruição pública ........................................................................................... 33 
3.4 Lazer nos espaços públicos ....................................................................... 35 
3.5 Obras análogas .......................................................................................... 36 
4. CONDICIONANTES LEGAIS .................................................................... 39 
5. APRESENTAÇÃO DO PROJETO ............................................................ 39 
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................... 49 
REFERÊNCIAS ................................................................................................ 50 
 
 
 
5 
 
1. INTRODUÇÃO 
Um dos problemas identificados nas cidades contemporâneas é a presença de 
espaços públicos residuais que são utilizados apenas para passagem e que não 
qualificam a vida da população, contraposto pela carência de espaços de lazer. 
Outro problema perceptível consiste na falta de segurança e na forma 
contraditória de defesa. A população busca por “proteção” cercando suas casas 
com muros altos mas torna o espaço público da rua pouco movimentado, visto 
e, consequentemente, pouco seguro. Esses dois contratempos urbanos podem 
ser identificados na cidade de Ubá, que é afetada por questões de falta de 
segurança e também apresenta grande demanda e pouca oferta de espaços de 
lazer, principalmente para o público jovem. 
Para realizar o projeto, foi necessário realizar uma breve caracterização da 
cidade de Ubá e análise da infraestrutura de lazer da área central e pericentral 
da cidade para entender o entorno e identificar os possíveis terrenos na área 
desejada. Além disso, o estudo de legislações municipais, de artigos sobre 
conceitos norteadores – como espaços de transição, fachadas ativas e fruição 
pública –, e de obras análogas foram fundamentais para embasar o conteúdo e 
justificar as decisões tomadas durante o projeto. 
Este trabalho propõe o projeto de um shopping aberto – ou open mall – em um 
terreno central da cidade de Ubá que conecta duas das principais vias comerciais 
do município. O objetivo geral do trabalho consiste em proporcionar ambientes 
semipúblicos de consumo, convívio e lazer ativo e passivo, elaborando uma 
edificação mista com estabelecimento de comércios, serviços, praça de 
alimentação e estacionamento. O projeto também tem como proposta a criação 
de um espaço semipúblico que conecte as duas ruas através de uma passagem 
de pedestres que não vincule o uso do espaço às atividades comerciais 
exclusivamente. Além disso, espaços de transição – entre a passagem pedonal 
e o interior dos ambientes privados do empreendimento – são propostos para 
favorecer o convívio dos usuários, aumentar a sensação de segurança local e 
fornecer maior visibilidade aos comerciantes. 
 
 
2. A CIDADE DE UBÁ 
Em meados dos séculos XVIII e XIX, várias famílias deixaram cidades como 
Mariana, Ouro Preto e Guarapiranga para se instalarem em terras férteis, 
fundando várias fazendas em torno dos rios Turvo, Chopotó, Pomba e Ubá. Em 
07 de abril de 1841, com o crescimento do arraial, a capela foi elevada à 
Paróquia de São Januário e o povoado foi desenvolvido em seu redor, recebendo 
o nome de São Januário de Ubá. Com o desenvolvimento do café, em 1854 o 
povoado foi elevado à Vila e em 1857 recebeu o foro de cidade, com o nome de 
Ubá. Mais tarde, a partir das características do parcelamento do solo, o latifúndio 
e a monocultura do café perdem força e são substituídos por policulturas como 
a do fumo, cereais, cebola, batata, pimentões e tomates. Futuramente, a 
principal atividade econômica da cidade passou a ser do setor secundário, 
principalmente a indústria moveleira, que até hoje é dominante (UBÁ, 2010). 
Atualmente é a segunda maior cidade da Zona da Mata e o terceiro polo 
moveleiro do país, composto por 8 cidades que contem cerca de 400 empresas 
de mobiliário em madeira, aço, tubulares e colchões. 
Durante a evolução da história e modificações na divisão político-administrativa, 
instalou-se a divisão territorial em quatro distritos: Ubá, Miragaia (12,5km de 
distância), Diamante de Ubá (18km) e Ubari (32,5km). A cidade polariza a 
população de cidades menores do seu entorno imediato principalmente 
Tocantins (13km), Rodeiro (18km), Guidoval (20km) e Visconde do Rio Branco 
(22km), oferecendo serviços de saúde, educação e consumo. Contudo, também 
é polarizada por outras cidades como Viçosa (66km), Juiz de Fora (110km), Belo 
Horizonte (280km) e Rio de Janeiro (311 km), uma vez que sua infraestrutura 
não é suficiente para atender as demandas da população local por serviços mais 
especializados ou alternativas mais variadas de lazer. 
Conforme dados do IBGE/2008, a cidade faz parte da unidade federativa de 
Minas Gerais, mesorregião da Zona da Mata e microrregião de Ubá, além de 
possuir área territorial de 407,452 km². Como características físicas, a cidade se 
encontra a 338 metros de altitude e apresenta clima tropical, sendo quente e 
seco durante grande parte do ano. Tais informações são necessárias para 
justificar o emprego de técnicas arquitetônicas, bem como a escolha adequada 
 
de materiais de construção, que qualifiquem o ambiente e proporcionem bem-
estar aos usuários 
Fig. 1: Mapa de localização do município de Ubá.1 
 
Ainda em conformidade com o IBGE, a maior parte da população de Ubá é 
constituída por homens e mulheres de 20 a 29 anos, conforme apresentado na 
pirâmide etária a seguir. 
Fig. 2: Pirâmide etária da cidade de Ubá.2 
 
A pesquisa complementa que em 2016 o salário médio mensal era de 1.7 
salários mínimos e que a proporção de pessoas ocupadas em relação à 
população total era de 26.3%, sendo as principais fontes de trabalho o comércio 
 
1 Disponível em: http://www.uba.mg.gov.br/detalhe-da-materia/info/localizacao/6492. Acesso 
em: 01/10/2018. 
2 Disponível em: https://cidades.ibge.gov.br/brasil/mg/uba/panorama. Acesso em 01/10/2018. 
http://www.uba.mg.gov.br/detalhe-da-materia/info/localizacao/6492
https://cidades.ibge.gov.br/brasil/mg/uba/panorama
 
e indústria moveleira. Para compreender a relevância desses dados 
econômicos, é necessário integrar-se sobre as classificações socioeconômicas 
de acordo com a faixa salarial, conforme reproduzido na tabela a seguir: 
Fig. 3: Tabela de classificação socioeconômica3 
 
Ou seja, tais informações demonstram que grande parte da população se 
encaixa na classe baixa ou classe média/baixa, justificando a necessidade de 
espaços públicos e/ou semipúblicos que ofereçam lazer e descanso para toda a 
população, independentemente da situação financeira. Contudo, é comum que 
a população, majoritariamente de classe média e média/alta, se locomova para 
cidades vizinhas – principalmente Juiz de Fora – para usufruírem dos shoppings 
presentes na cidade, uma vez que Ubá não apresenta nada semelhante. 
De acordo com o Censo de 2010, a densidade demográfica da cidade era de 
249,16 hab/km², possuía população de 101.519 pessoas e estimou-separa 2018 
uma população de 114.265 pessoas. Entretanto, a presença de duas faculdades 
particulares – e especialmente a instalação do curso de Medicina em uma delas 
em 2014 – tende a aumentar o número de jovens na cidade e a demanda por 
espaços de lazer e/ou encontros. 
Grande parte da cidade é cortada pelo Rio Ubá, o qual é circundado pela Avenida 
Comendador Jacinto Soares de Souza Lima – ou Beira Rio, como popularmente 
conhecida – caracterizada por suas largas calçadas à margem do rio que são 
 
3 Disponível em: http://www.actafisiatrica.org.br/detalhe_artigo.asp?id=26. Acesso em 
12/11/2018. 
http://www.actafisiatrica.org.br/detalhe_artigo.asp?id=26
 
amplamente utilizadas pela população para caminhadas e corridas, sendo uma 
das únicas opções gratuitas de distração. 
Fig. 4: Avenida Comendador Jacinto Soares de Souza Lima.4 
 
A cidade não apresenta um sistema de transporte público eficiente que conecte 
as diversas regiões, fazendo com que a maioria da população utilize transportes 
individuais para locomoção. Como grande parte das indústrias moveleiras se 
encontram distantes dos centros urbanos, é comum que os funcionários optem 
pela utilização de motocicletas devido ao baixo custo de aquisição e 
manutenção. Funcionários de fábricas mais próximas ao perímetro urbano 
também utilizam as bicicletas para lomocoção. Com isso, a cidade apresenta 
trânsito intenso em horários de pico e os estacionamentos das ruas não 
comportam a quantidade de veículos, criando a necessidade de 
estacionamentos privados. 
2.1 Espaços de lazer em Ubá 
O diagnóstico realizado demonstra que a cidade possui poucos pontos de lazer 
e descanso, enquanto algumas praças não são muito utilizadas pela população. 
Além disso, vê-se que os principais locais de lazer se encontram em torno da 
Praça São Januário, até mesmo devido ao fator histórico de ocupação da cidade. 
 
4 Disponível em: https://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=1595118. Acesso em: 
15/10/2018. 
https://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=1595118
 
O mapa abaixo ilustra a quantidade e a localização dos principais espaços de 
lazer da cidade e representa alguns locais residuais que possuem potencial para 
serem usufruídos pela população, os quais serão analisados posteriormente. 
 
 
 
Fig. 5: Mapa da cidade de Ubá e os espaços analisados. Sem escala.5 
 
 
5 Disponível em: 
http://www.uba.mg.gov.br/abrir_arquivo.aspx/Mapa_de__Uba_e_Distritos?cdLocal=2&arquivo=
{BD6D8584-EBBB-8A5A-58ED-ABBD138088B1}.pdf#search=mapa. Modificado por Laila 
Rodrigues Reskalla. Acesso em 25/09/2018. 
http://www.uba.mg.gov.br/abrir_arquivo.aspx/Mapa_de__Uba_e_Distritos?cdLocal=2&arquivo=%7bBD6D8584-EBBB-8A5A-58ED-ABBD138088B1%7d.pdf#search=mapa
http://www.uba.mg.gov.br/abrir_arquivo.aspx/Mapa_de__Uba_e_Distritos?cdLocal=2&arquivo=%7bBD6D8584-EBBB-8A5A-58ED-ABBD138088B1%7d.pdf#search=mapa
 
Para qualificar o entendimento e justificar a finalidade do trabalho, analisa-se 
brevemente os espaços ilustrados no mapa anterior. 
Praça São Januário: Localizada na região central da cidade, é margeada pelas 
ruas Padre Gailhac e Treze de Maio. É o local que apresenta os principais bares 
e restaurantes, as escolas particulares mais conceituadas e a prefeitura 
municipal. É o principal espaço de recreação, encontro e descanso para 
crianças, jovens e idosos. A única diversão para os adultos consiste em 
estabelecimentos alimentícios que se encontram ao redor desta praça, sendo 
eles a Sorveteria Sol e Neve, Subway, os restaurantes Empório Central, Parrilla 
Grill, Pit Stop Premium, Braúnas, Pane Chopp e Papão Lanches 
Fig. 6: Praça São Januário. Vista ao fundo da Prefeitura Municipal.6 
 
 
6 Disponível em: https://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=1595118. Acesso em: 
15/10/2018. 
 
Fig. 7: Praça São Januário. Vista da Igreja de São Januário.7 
 
Praça da Independência: Localizada na região central da cidade, é margeada 
pelas ruas Cel. Carlos Brandão e Rua Matilde Rocha Balbi. Possui as principais 
farmácias e comércios da cidade, além de estar muito próxima aos bancos. É 
mais utilizada por idosos que se acomodam nos bancos para descansar e no 
final do ano apresenta decoração natalina com um Papai Noel que atrai o público 
infantil. 
Fig. 8: Praça da Independência.8 
 
 
7 Disponível em: http://g1.globo.com/mg/zona-da-mata/noticia/2014/04/integracao-cidade-vai-
uba-mg.html. Acesso em: 15/10/2018. 
8 Acervo pessoal. Laila Rodrigues Reskalla. Data: 17/11/2018. 
http://g1.globo.com/mg/zona-da-mata/noticia/2014/04/integracao-cidade-vai-uba-mg.html
http://g1.globo.com/mg/zona-da-mata/noticia/2014/04/integracao-cidade-vai-uba-mg.html
 
Fig. 9: Praça da Independência9 
 
Praça Agenor Barbosa: Também conhecida como Praça do Espetinho, fica 
localizada no bairro Jardim Glória, entre a avenida Beira Rio e as ruas José 
Campomizi e Agostinho M. Oliveira. Há muito tempo é famosa pelos bares que 
comporta, sendo muito utilizada pelo público adulto como ponto de encontro 
noturno, ficando praticamente sem uso durante o dia. 
Em 2017, a prefeitura realizou uma reforma na praça com o intuito de promover 
lazer e turismo, qualificando o espaço tornando-o acessível e agradável à 
comunidade. Para isso, foram propostos serviços de instalações hidráulica e 
elétrica – como pontos de irrigação das plantas, postes automatizados para que 
as luzes acendam ou apagam de acordo com a luminosidade do ambiente e 
iluminação para destacar as árvores –, pavimentação, mobiliários, paisagismo e 
acessibilidade. Além disso, o projeto apresenta uma banca de jornal, um 
quiosque de alimentação, dois banheiros adaptados e lixeiras de metal, 
conforme ilustra a imagem a seguir: 
 
 
9 Acervo pessoal. Laila Rodrigues Reskalla. Data: 17/11/2018. 
 
 
Fig. 10: Projeto de restauração da Praça Agenor Barbosa. Sem escala.10 
 
 
 
10 Disponível em: http://www.uba.mg.gov.br/detalhe-da-materia/info/prefeitura-inicia-reforma-da-praca-agenor-barbosa/101374. Acesso em: 
01/11/2018. 
http://www.uba.mg.gov.br/detalhe-da-materia/info/prefeitura-inicia-reforma-da-praca-agenor-barbosa/101374
 
Boate Lótus: Espaço privado de entretenimento noturno localizado no centro de 
Ubá, próximo à Praça São Januário. Inaugurado no final de 2014, o espaço 
consiste em um galpão com um bom isolamento acústico e é mais utilizado para 
festas e shows, geralmente realizados às sextas-feiras. Tem capacidade para 
700 pessoas, e a maioria do público frequentador tem entre 18 e 30 anos. 
Fig. 11: Boate Lótus.11 
 
Tabajara Esporte Club: Localizado no Centro, entre a rua José Campomizi e 
Avenida Beira Rio, trata-se de um clube privado utilizado por conter, 
principalmente, piscina e academia. Não apresenta áreas verdes nem 
estacionamento e, por ser privado, não abrange grande parte da população. 
Fig. 12: Academia do Clube Tabajara, vista da área da piscina.12 
 
 
11 Acervo pessoal. Laila Rodrigues Reskalla. Data: 17/11/2018. 
12 Disponível em: http://ubanoticias.blogspot.com/2018/07/uba-noticias-postagem-n2108-ano-
8.html. Acesso em: 16/10/2018. 
http://ubanoticias.blogspot.com/2018/07/uba-noticias-postagem-n2108-ano-8.html
http://ubanoticias.blogspot.com/2018/07/uba-noticias-postagem-n2108-ano-8.html
 
Mangueiras Country Club: Clube privado mais distante do Centro, no bairro 
Peluso, foi fundado em 1969 e trata-se de um complexo amplo, com área 
aproximada de 190.000m² que apresenta área verde, parque aquático com cinco 
piscinas, salãode festas, restaurante/lanchonete, quadras esportivas, quadras 
de tênis, de bocha, academia, sala de sinuca, sala de atividades físicas e saunas 
feminina e masculina, além de lagoa e um amplo estacionamento para os 
associados. 
Fig. 13: Piscina mais nova do Mangueiras Country Club.13 
 
Em 2018, iniciou-se a construção de um novo projeto de praça de alimentação 
representado na imagem a seguir: 
 
13 Disponível em: http://www.gsconstrutorauba.com.br/obras. Acesso em: 16/10/2018. 
http://www.gsconstrutorauba.com.br/obras
 
Fig. 14: Projeto da Praça de Alimentação do Mangueiras Country Club.14 
 
Praça Guido Marliére: Localizada no Centro, bem próximo à Rua São José e à 
Avenida Cristiano Roças, esta praça é considerada um dos pontos importantes 
da cidade, principalmente por possuir construções históricas como a Estação 
Ferroviária – inaugurada por volta de 1879 – o Torreão e o Grande Hotel. 
Contudo, o local é alvo constante de reclamações da população local devido a 
degradação do ambiente que acomoda bares geralmente frequentados por 
populares que muitas vezes são mal vistos pela população em geral, seja devido 
a diferença de poder econômico ou pelas atividades praticadas no local, 
vinculadas ao tráfico, uso de drogas e prostituição. 
 
14 Disponível em: http://mangueirasclube.com.br/?aspx=Not%EDcias. Acesso em 01/11/2018. 
 
http://mangueirasclube.com.br/?aspx=Not%EDcias
 
Fig. 15: Praça Guido Marliére.15 
 
Fig. 16: Praça Guido Marliére. Casarões históricos.16 
 
Recentemente, por volta de 2010, a prefeitura realizou uma reforma da praça e 
a demolição das casas que eram utilizadas para prostituição para tentar qualificar 
o ambiente, mas ainda não obteve muito sucesso. 
 
15 Disponível em: https://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=1595118. Acesso em 
15/10/2018. 
16 Disponível em: https://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=1595118. Acesso em: 
16/10/2018. 
 
https://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=1595118
https://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=1595118
 
Fig. 17: Praça Guido Marliére após reforma.17 
 
Conforme publicação do site da Prefeitura, em 2017 iniciou-se um projeto de 
recuperação/revitalização denominado Projeto Viva Guido, o qual propõe a 
implementação de cinco frentes de trabalho, sendo elas abordagem social, 
fiscalização, mutirão, Estação/Centro Cultural e reocupação coletiva/circuito 
turístico, com a intenção de realizar, entre outros fatores, a limpeza, pintura, 
recuperação dos bancos e outros bens da praça. O prefeito Edson Chartuni e o 
vice-prefeito Vinícius Samôr ressaltaram que não se deve recuperar apenas o 
espaço público, mas também é necessário olhar pela população, conforme 
esclarecem em entrevista cedida ao site da Prefeitura Municipal de Ubá (2017): 
“De nada adianta termos iluminação, limpeza, local adequado, se as 
pessoas não ocuparem o espaço, não legitimarem essa ocupação 
saudável”, destacou Vinícius em relação à quinta frente de trabalho, 
que consiste na reocupação coletiva e criação de condições para a 
instalação de um circuito turístico. Prefeito e Vice anunciaram a 
instalação de uma feira de antiguidades na Praça, além de brinquedos 
para crianças (através da abertura de concorrência pública aos 
interessados) e realização de eventos. “Queremos as famílias na Praça 
Guido, e vamos criar coletivamente as melhores condições para que 
isso se torne realidade’”, ressaltou Edson. 
Praça do Rosário: Localizada no Centro, próximo à praça São Januário, Praça 
Independência e Avenida Cristiano Roças, esta praça se situa entre o Cemitério 
Municipal e a Igreja do Rosário, a qual foi inaugurada em meados de 1920. 
Possui algumas árvores e bancos, mas, por não ser diretamente circundada por 
 
17 Disponível em: http://www.uba.mg.gov.br/detalhe-da-materia/info/predios-do-calcadao-e-
praca-guido-receberao-pintura-nova/18440. Acesso em: 15/10/2018. 
 
comércios, não é comumente utilizada como ponto de lazer ou descanso além 
das pessoas que frequentam a igreja e, principalmente, o cemitério. 
Fig. 18: Praça do Rosário.18 
 
Fig. 19: Igreja do Rosário.19 
 
 
18 Disponível em: https://olhandodajaneladotrem.blogspot.com/2017/04/uba-minas-gerais-
cidade-carinho-eh-um.html. Acesso em: 10/11/2018. 
19 Disponível em: https://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=1595118. Acesso em: 
15/10/2018. 
https://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=1595118
 
Praça das Mercês: Localizada entre a Avenida Governador Valadares e 
Avenida Raul Soares, apesar de estar em local muito movimentado, não é muito 
utilizada pela população, nem para lazer nem para descanso. Não possui 
comércios atrativos, apenas comércios locais utilizados pela população do 
bairro, assim como a igreja localizada em frente à praça. 
Fig. 20: Praça das Mercês.20 
 
Fig. 21: Praça das Mercês21 
 
Praça Gladstone Faria Alvim: Localizada no bairro Caxangá, consiste em uma 
rotatória que se comporta como uma pequena praça em frente à Escola 
Municipal Irmã Ana Maria Teixeira Costa. Não apresenta áreas verdes nem 
muitos locais para sentar e, consequentemente, não é muito utilizada pela 
população – no máximo pelas crianças que saem da escola e seus pais. 
 
20 Acervo pessoal. Laila Rodrigues Reskalla. Data: 17/11/2018. 
21 Acervo pessoal. Laila Rodrigues Reskalla. Data: 17/11/2018. 
 
Fig. 22: Praça Gladstone Faria Alvim.22 
 
2.2 Entorno imediato 
Calçadão da Rua São José: 
O Calçadão da Rua São José, agora denominado Calçadão Deputado Ibrahim 
Jacob, é a principal rua de comércio local da cidade. Possui uma galeria – 
também predominantemente comercial, denominada Galeria Francisco Láurea 
– que o conecta à Avenida Cristiano Roças. Em 2014, a prefeitura, em parceria 
com outros órgãos como Sebrae, a Associação Comercial e Industrial de Ubá, a 
Polícia Militar (PM) e a Agência de Desenvolvimento da cidade, criou o projeto de 
“shopping a céu aberto” para beneficiar 140 lojistas da região, revitalizando a rua 
com a melhoria da infraestrutura e da gestão do comércio local. As duas 
extremidades possuem pequenas praças com alguns bancos, servindo apenas 
para descanso e não como lazer ou recreação, além de não possuírem áreas 
verdes. 
 
22 Acervo pessoal. Laila Rodrigues Reskalla. Data: 17/11/2018. 
 
Fig. 23: Início do Calçadão da Rua São José.23 
 
Fig. 24: Galeria Francisco Láurea.24 
 
 
23 Disponível em: https://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=1595118. Acesso em: 
15/10/2018. 
24 Acervo pessoal. Laila Rodrigues Reskalla. Data: 17/11/2018. 
https://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=1595118
 
Fig. 25: Final do Calçadão da Rua São José e sua pequena praça.25 
 
 
Avenida Cristiano Roças 
Localizada no Centro, paralela ao Calçadão, é outra importante rua comercial. 
Ao contrário do Calçadão, que apresenta comércios locais menores, a Avenida 
Cristiano Roças conta com lojas maiores e grandes magazines como Casas 
Bahia, Ponto Frio e Ricardo Eletro. Não possui área verde e nenhum local para 
descanso, sendo o mais próximo à Praça Guido Marliére e a pequena praça do 
Calçadão, já que possui uma galeria que interliga as duas vias. 
 
25 Disponível em: https://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=1595118. Acesso em: 
15/10/2018. 
https://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=1595118
 
Fig. 26: Vista da Avenida Cristiano Roças26 
 
Fig. 27: Principais magazines da Avenida Cristiano Roças.2726 Acervo pessoal. Laila Rodrigues Reskalla. Data: 17/11/2018. 
27 Disponível em: https://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=1595118. Acesso em: 
15/10/2018. 
https://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=1595118
 
2.3 Terreno 
Localizado no centro da cidade de Ubá, o terreno possui uma testada na Rua 
São José com 20,86 metros e outra na Avenida Cristiano Roças com 20,20 
metros. Em seus 1676 m² (conforme escritura de 1992), a fachada voltada para 
a Avenida Cristiano Roças permite acesso a um estacionamento e três lojas, 
enquanto a fachada da Rua São José conecta uma residência e quatro lojas ao 
logradouro público. Possui uma divisa lateral com 88,70 metros e outra com 
90,30 metros. A topografia é praticamente plana, possuindo três pequenas 
rampas que a desnivelam. Contudo, como o proprietário do imóvel não possui 
levantamento topográfico e os registros estaduais capturam curvas de níveis 
maiores que o desnível existente, adotou-se o terreno como plano. 
Para introduzir a apresentação do terreno, vê-se abaixo uma imagem de satélite 
para relacionar o terreno à cidade e uma planta esquemática da região. 
Fig. 28: Localização28 
 
 
 
28 Localização do terreno. Imagem de satélite. Disponível em: 
https://www.google.com/maps/place/R.+Cristiano+Rocas,+206,+Ub%C3%A1+-+MG,+36500-
000/@-21.1201869,-
42.9398256,642m/data=!3m1!1e3!4m5!3m4!1s0xa3195990ec9e39:0xcb8cdb5d9adf5fb4!8m2!3
d-21.1201869!4d-42.9376369. Acesso em 05/05/2019. 
 
Fig. 29: Representação do terreno.29 
 
 
29 Sem escala. Disponível em: 
http://www.uba.mg.gov.br/abrir_arquivo.aspx/Mapa_de__Uba_e_Distritos?cdLocal=2&arquivo=
{BD6D8584-EBBB-8A5A-58ED-ABBD138088B1}.pdf#search=mapa. Modificado por Laila 
Rodrigues Reskalla. Acesso em 25/09/2018. 
http://www.uba.mg.gov.br/abrir_arquivo.aspx/Mapa_de__Uba_e_Distritos?cdLocal=2&arquivo=%7bBD6D8584-EBBB-8A5A-58ED-ABBD138088B1%7d.pdf#search=mapa
http://www.uba.mg.gov.br/abrir_arquivo.aspx/Mapa_de__Uba_e_Distritos?cdLocal=2&arquivo=%7bBD6D8584-EBBB-8A5A-58ED-ABBD138088B1%7d.pdf#search=mapa
 
Fig. 30:Vista da fachada da Avenida Cristiano Roças.30 
 
Fig. 31: Vista do terreno pela Avenida Cristiano Roças.31 
 
 
30 Acervo pessoal. Laila Rodrigues Reskalla. Data: 10/09/2018. 
31 Acervo pessoal. Laila Rodrigues Reskalla. Data: 08/05/2019. 
 
Fig. 32: Vista do desnível existente, desconsiderado em projeto32 
 
Fig. 33: Vista do terreno pela Rua São José.33
 
 
 
 
 
 
32 Acervo pessoal. Laila Rodrigues Reskalla. Data: 08/05/2019. 
33 Capturada por Laila Rodrigues Reskalla. Data: 10/09/2018. 
 
3. CONCEITOS NORTEADORES 
A análise das características/demandas da cidade e do entorno do terreno 
justifica a necessidade de um espaço que ofereça ambientes de consumo e 
convívio à população. Contudo, como o terreno está localizado entre duas 
importantes ruas comerciais da cidade, este trabalho propõe um 
empreendimento que apresenta em seu térreo uma área semipública, ou seja, 
com espaços de transição que conecta os logradouros públicos aos setores 
privados do empreendimento. Para embasar corretamente a realização desse 
projeto, deve-se entender alguns conceitos norteadores, apresentados a seguir. 
3.1 Espaços de transição 
É notório que, durante muito tempo, os elementos de transição entre espaços 
públicos e privados não foram devidamente valorizados pela arquitetura nem 
pela população. Contudo, há uma crescente qualificação nesses espaços, 
principalmente nas zonas de passagem e circulação, os quais podem 
proporcionar grandes melhorias aos espaços públicos, privados e aos seus 
usuários. 
Atualmente as zonas de transição podem ser fundamentais para amenizar as 
diferenças – como poluição ambiental, visual e sonora, diferença de temperatura 
e privacidade – entre a sociedade conturbada do exterior e o interior de 
ambientes que necessitam de calma e tranquilidade, como residências, 
escritórios, centros religiosos e ambientes hospitalares, melhorando a qualidade 
de vida dos usuários. A separação do interior e exterior com muros ou paredes 
consiste em uma solução eficiente de privacidade e segurança, pois obstrui a 
passagem de pessoas e pode ser uma boa barreira acústica e visual, quando 
constituída por materiais adequados. Porém, esse método de exclusão dos 
fluxos também proporciona certa vulnerabilidade tanto para o interior, quanto 
para o exterior, uma vez que um lado não consegue visualizar o que acontece 
no outro. Uma alternativa para solucionar este problema consiste em diminuir a 
discrepância dos tradicionais muros e paredes substituindo-os por espaços de 
transição como corredores ativos, pátios, antecâmara ou até mesmo uma grande 
porta que transformem espaços residuais em locais de convívio, de lazer e de 
permanência, estimulando o comércio e favorecendo a segurança de ambos os 
lados. 
 
3.2 Fachadas ativas 
Na arquitetura, o projeto de um edifício não pode ser pensado individualmente e 
deve-se considerar o seu entorno para planejar um espaço que se adeque e 
tente ao máximo beneficiar o local de implantação. Desta forma, deve-se analisar 
a implantação do edifício e o contato deste com a calçada, uma vez que o 
pavimento térreo está ao nível dos olhos dos pedestres e possibilita a conexão 
entre ambos, garantindo melhor segurança no interior da edificação, conforme 
representa a imagem a seguir: 
Fig. 34: Ilustração de fachada ativa34 
 
O conceito de fachadas ativas fundamenta-se na utilização dos andares térreos 
das edificações para comércios, serviços ou equipamentos, com o objetivo de 
permear física e/ou visualmente a interação da rua com o interior da edificação, 
humanizando as calçadas. 
Por se tratar de um elemento de transição, as fachadas ativas fazem o elo entre 
arquitetura e cidade, integrando o espaço público e o privado. A implantação das 
fachadas ativas – juntamente aos espaços livres da fruição pública – no referido 
terreno atrai a população e beneficia o comércio instalado, aumentando o fluxo 
de pedestres e, consequentemente, a segurança de todos os frequentadores da 
região. 
 
34 Disponível em: http://gbcengenharia.com.br/blog/tag/fruicao-publica/. Acesso 30/10/2018 
 
3.3 Fruição pública 
Para compreender o significado de fruição pública, deve-se, primeiramente, 
entender o conceito de “espaços públicos”, “espaços de vida pública” e “espaços 
livres”. Conforme Queiroga (2014) explica, o termo “Espaços públicos” consiste 
em espaços de propriedade pública; “Espaços de vida pública” se referem a 
espaços públicos ou privados apropriados pela população, podendo obter uso 
público ou fruição pública e “Espaços livres” se baseiam em locais não edificados 
e/ou não urbanizados 
O termo “fruição pública” consiste na destinação de uma área de dentro do lote 
privado para espaços de vida pública e geralmente baseia-se em aberturas no 
térreo do edifício. Isso prioriza a circulação de pedestres e possibilita a criação 
de espaços livres que qualificam as atividades sociais, culturais e econômicas, 
características fundamentais para a realização deste trabalho que propõe a 
implementação de espaços públicos para lazer, descanso e convívio. 
Para a aplicação deste conceito, o poder público deve fornecer critérios 
embasados nas leis municipais, nos planos diretores, nas leis de zoneamento, 
etc, para beneficiar a utilização do espaço público. Contudo, entidades privadas 
devem reconhecer a importância desta política pública para melhoria dos 
espaços urbanos. 
 
 
Fig. 35: Exemplo de Fruição Pública.35 
 
Fig. 36: Exemplo de Fruição Pública.36 
 
A imagem a seguir representa como a fruição pública pode ser utilizada noprojeto a ser elaborado neste trabalho. Percebe-se que, além de fornecer 
espaços livres e possibilitar a passagem de pedestres entre os logradouros, essa 
medida também pode beneficiar a iluminação e ventilação dos ambientes 
internos devido ao afastamento entre as edificações. 
 
 
35 Disponível em: http://arqfuturo.com.br/post/promovendo-uma-cidade-melhor. Acesso em: 
23/11/2018 
36 Disponível em: http://reurb.blogspot.com/2014/06/pocket-parks-conheca-esta-iniciativa-
em.html. Acesso em: 23/11/2018. 
http://arqfuturo.com.br/post/promovendo-uma-cidade-melhor
http://reurb.blogspot.com/2014/06/pocket-parks-conheca-esta-iniciativa-em.html
http://reurb.blogspot.com/2014/06/pocket-parks-conheca-esta-iniciativa-em.html
 
 
Fig. 37: Ilustração da fruição pública37 
 
Nota-se também que os espaços livres da fruição pública possibilitam maior 
permeabilidade do solo, drenando as águas pluviais e evitando alagamentos em 
períodos chuvosos. 
Além disso, a implementação desta medida – assim como o uso de fachadas 
ativas – também proporciona um aumento no fluxo de pessoas, beneficiando os 
comerciantes do empreendimento e aumentando a segurança local. 
3.4 Lazer nos espaços públicos 
Silva (2003) analisa que a maioria das cidades contemporâneas foram marcadas 
pelo avanço acelerado da tecnologia e pelo adensamento desordenado e 
desqualificado. Os estudos da autora no artigo “Lazer nos espaços urbanos” 
afirmam que meios urbanos sem alternativas públicas de lazer agravam os 
quadros de conturbações populacionais como excesso de trabalho, estresse, 
violência e vandalismo. Pontua-se também que locais que predominam 
população de alta renda apresenta mais espaços públicos de lazer e descanso. 
Em contrapartida, regiões com menor poder aquisitivo apresentam menos 
espaços de lazer e isso se deve a dois principais fatores: falta de interesse 
político – visto que não é do interesse dos governantes investir gastos públicos 
 
37 Disponível em: http://gbcengenharia.com.br/blog/tag/fruicao-publica/. Acesso em: 30/10/2018. 
 
nestes locais – e econômico, uma vez que empreendedores também não visam 
tais áreas para instalação de espaços privados de lazer como clubes, cinemas, 
casas noturnas, entre outros. SILVA (2003, p. 07) ainda desenvolve: 
As camadas mais populares vêem como opções e encontros, às vezes, 
como migrantes dispersos no cotidiano pela cidade. É o lugar da 
paquera, da festa. Onde se dão os programas culturais populares ou 
aqueles promovidos pelas autoridades políticas. [...] 
Os espaços urbanos sejam parques, praças, logradouros, lagos e 
lagoas urbanizados, são também lugar dos excluídos e de atividades 
ilícitas: ponto de prostituição, lugar de repouso de andarilhos ou 
mendigos; tráfico e consumo de drogas; ponto de arregimentação e 
aliciamento de trabalhadores desocupados ou disponíveis; circuito das 
migrações temporárias. Enfim, o espaço de lazer urbano é democrático 
e tem significação social múltipla, cada qual com sua peculiaridade. 
Contudo, os espaços de lazer nos centros urbanos não estão apenas 
relacionados à economia e à política, mas também podem humanizar locais 
residuais como praças, calçadas e áreas sem edificações que são pouco ou 
parcialmente utilizadas. Tais espaços devem ser democráticos e acessíveis a 
toda população para proporcionar maior troca de relações interpessoais e 
garantir cultura, cidadania e qualidade de vida aos usuários. Nota-se que a 
população pode e deve ocupar qualquer espaço público residual para realizar 
atividades de lazer e reivindicar que autoridades forneçam infraestrutura para 
qualificar tais atividades. Contudo, iniciativas privadas também podem 
proporcionar lazer à população de todas as classes sociais, como será proposto 
neste trabalho. 
3.5 Obras análogas 
O desenvolvimento das cidades e a demanda da população por espaços de lazer 
e/ou consumo gera a necessidade da instalação de grandes centros comerciais 
– ou shoppings centers – que oferecem diversos serviços para suprir tais 
carências. Contudo, esses espaços geralmente são planejados visando apenas 
as questões financeiras oriundas do consumo produzido e acabam segregando 
a população, visto que não são todos que têm condições financeiras para usufruir 
os comércios disponíveis. Além disso, percebe-se que as cidades apresentam 
áreas residuais desqualificadas e poucas áreas verdes, demonstrando carência 
de espaços públicos humanizados que atendam a toda população. 
 
O shopping aberto – ou open mall – consiste em um espaço multifuncional que 
integre os setores privados às áreas públicas e proporcione uma relação direta 
do usuário com seu entorno. Esses espaços são mais populares nos Estados 
Unidos e estão, aos poucos, adquirindo força no Brasil. Apresentam 
características consistentes como espaços mais abertos que conectam o 
comércio a áreas verdes humanizadas, utilização de técnicas para melhorar a 
eficiência energética – como energia solar, espelhos d’água e brises – 
relacionando a edificação com preceitos de sustentabilidade e agregando valor 
a todo o entorno e até mesmo à cidade, dependendo da escala. 
Para demonstrar como este conceito pode ser empregado no projeto a ser 
desenvolvido, analisa-se as seguintes obras análogas: 
Shopping Viva Open Mall, Porto Alegre. Obra de responsabilidade da Phorbis 
Empreendimentos, o Jornal Via Norte aponta sobre este Open Mall: 
O Shopping foi desenvolvido a partir de pesquisas que apontaram para 
o desejo das pessoas em valorizarem mais o estar na rua, ao ar livre, 
convivendo com um ambiente mais aberto, como se estivesse em um 
a rua de passeio, enquanto utilizam os serviços, o lazer e a 
gastronomia. (JORNAL VIA NORTE, 2015) 
O mix é outro ponto que diferencia o Viva Open Mall, com foco em serviço, 
conveniência, lazer e alimentação. Possui estacionamento, bicicletário, 
chimarródromo, pet friendly, espaços kids, para família, para trabalhar, para 
shows, saúde, para torcer e programação de eventos. 
Fig. 38: Shopping Viva Open Mall - Porto Alegre38 
 
 
 
 
38 Disponível em: https://portoimagem.wordpress.com/2015/02/25/inaugura-na-quinta-feira-26-
o-viva-open-mall/. Acesso em: 02/09/2018. 
 
Open Mall The Square – Granja Vianna, Cotia. Conforme disponível no site oficial 
do empreendimento, vê-se que: 
O The Square é um empreendimento com conceito open mall, que une 
a conexão com a natureza, a praticidade de um shopping center, 
contando com marcas renomadas, gastronomia, serviços e 
entretenimento. Em seu mix o The Square conta com Academia Cia 
Atletica, Livraria Nobel, Burger King, Hering, Kopenhagen, Jacques 
Janine, Cacau Show, CVC, Mr Beer, Fran' s Café, Swift Mercado da 
Carne, além de bancos e outros serviços. (OPEN MALL THE SQUARE, 
2015) 
 
Fig. 39: Open Mall The Square - Granja Vianna39 
 
 
Open Mall, Lagoa Santa. Martins Salomão. O website Coletivo Roda apresenta 
a seguinte descrição do empreendimento: 
"O Open Mall aposta em uma nova experiência de consumo. O 
diferencial é a liberdade de aproveitar um atraente espaço de comércio 
a céu aberto, em um dos pontos mais belos e agradáveis de Lagoa 
Santa. É um projeto integrado a Lagoa Central, principal ponto de 
atração da área urbana de Lagoa Santa e será um centro de 
conveniência completo focado nos serviços, lazer, alimentação e, 
principalmente em um estilo de vida mais saudável." (COLETIVO 
RODA, 2018) 
 
Fig. 40: Open Mall - Lagoa Santa40 
 
 
 
39 Disponível em: https://www.galeriadaarquitetura.com.br/projeto/gkalili-arquitetura_/open-mall-
the-square-granja-viana/114. Acesso em: 08/09/2018. 
40 Disponível em: http://www.martinssalomao.com.br/beta/obras/open-mall/. Acesso em: 
02/09/2018. 
https://www.galeriadaarquitetura.com.br/projeto/gkalili-arquitetura_/open-mall-the-square-granja-viana/114https://www.galeriadaarquitetura.com.br/projeto/gkalili-arquitetura_/open-mall-the-square-granja-viana/114
http://www.martinssalomao.com.br/beta/obras/open-mall/
 
4. CONDICIONANTES LEGAIS 
De acordo com os dados cedidos pela Prefeitura Municipal de Ubá, o terreno em 
questão possui Coeficiente de Aproveitamento (CA) igual a 5, Taxa de Ocupação 
de 80% e Taxa de Permeabilidade de 20%, a qual pode ser reduzida para 10% 
com sistema de reaproveitamento de água. A calçada deve possuir largura de 
2,0 metros, o afastamento frontal de 3,0 metros e os afastamentos laterais e 
posterior devem ser de 1,5 ou de 2,5 metros, caso a edificação tenha até dois 
pavimentos ou acima de dois pavimentos, respectivamente. Caso as demais 
edificações da rua sejam anteriores à lei e não apresentem os afastamentos 
exigidos, a nova edificação pode seguir o afastamento predominante. 
Portanto, o CA municipal permite a construção de até 8760 metros quadrados e 
o empreendimento em questão conta com as seguintes áreas construídas: 
garagem subterrânea de 1689,83 m², térreo com 909,34 m², pavimento 1 com 
754,53 m², pavimentos 2 e 3 com 713,28 m² cada, pavimento 4 com 539,33 m², 
cobertura 1 com 429,29 m² e cobertura 2 com 54,96 m². Logo, conclui-se que o 
projeto apresenta 5803,84 metros quadrados edificados e taxa de ocupação de 
55%, ambos respeitando os parâmetros exigidos. 
5. APRESENTAÇÃO DO PROJETO 
Localizado entre as duas principais vias de comércio da cidade, o terreno de 
1752,08 metros quadrados recebeu a proposta de open mall, espaço 
semipúblico de lazer e consumo para atender as necessidades da população da 
cidade. 
 
 
 
 
 
 
 
Fig. 41: Perspectiva do Open Mall41 
 
A volumetria retilínea da edificação foi elaborada para permitir o fluxo de 
pedestres entre os logradouros e oferecer espaços de permanência para que as 
pessoas possam desfrutar de áreas de convívio a céu aberto conjugadas com 
espaços de consumo alimentício. A opção de construir apenas de um lado e 
manter um corredor livre também transmite permeabilidade visual, integrando os 
ambientes e aumentando a sensação de segurança dos usuários. A proposta da 
volumetria em blocos e suas formas retas garantem a contemporaneidade da 
edificação. 
 
41 Elaborada por Laila Rodrigues Reskalla. Data: 28/06/2019. 
 
Fig. 42: Fachada da Avenida Cristiano Roças42 
 
Como a avenida Cristiano roças possui maior fluxo de automóveis, e o mesmo é 
proibido na rua São José, a fachada sul conta com um pórtico com portões de 
grades verticais que dá acesso à edificação e outro portão de acesso ao 
estacionamento subterrâneo. As esquadrias em grade foram uma alternativa 
para garantir a permeabilidade visual mesmo quando estiverem fechadas. 
O pórtico da avenida Cristiano roças é coberto por uma floreira para criar uma 
entrada atrativa que convide as pessoas a desfrutar do local. Ao acessar esse 
pórtico tem-se uma recepção que dá acesso às salas dos pavimentos superiores 
e ao subsolo por elevadores e escadas enclausuradas. 
A fachada norte, localizada na rua São José, apresenta pórtico de entrada 
semelhante ao da avenida Cristiano roças e dois ambientes comerciais flexíveis 
que podem ser transformados em um único espaço. A opção de comércio nesta 
testada tem o intuito de oferecer maior visibilidade para o mesmo, uma vez que 
poderia ficar escondido no interior do terreno, o que não favorecia esse tipo de 
atividade 
 
42 Elaborada por Laila Rodrigues Reskalla. Data: 28/06/2019. 
 
Fig. 43: Fachada da Rua São José43 
 
 
Fig. 44: Planta humanizada do nível do terreno44 
 
Esse espaço conta com a com a cobertura de um pergolado para diminuir a 
incidência do sol e oferecer mais conforto aos usuários. 
 
43 Elaborada por Laila Rodrigues Reskalla. Data: 28/06/2019. 
44 Elaborada por Laila Rodrigues Reskalla. Data: 28/06/2019. 
O pavimento térreo foi elaborado para receber 
estabelecimentos alimentícios e criar uma praça de 
alimentação utilizando o interior e exterior da edificação. A 
proposta apresenta uma cafeteria, uma sorveteria, um 
restaurante e um bar. A volumetria do bar, localizado atrás 
dos comércios, cria um recuo que poderia ser ocupado com 
mesas e que, aproveitando a permeabilidade do portão de 
grade, atrairia o público para um ambiente agradável. 
 
Fig. 45: Vista do pergolado para o muro verde45 
 
Fig. 46: Vista do pergolado para o interior do empreendimento46 
 
Além disso, o térreo também possui dois acessos distintos aos demais 
pavimentos, dois ambientes comerciais, uma recepção, dois banheiros 
acessíveis e dois vestiários acessíveis destinados aos funcionários do 
empreendimento. 
O desenho do piso foi elaborado a partir do prolongamento e interseção de 
algumas linhas principais da volumetria inicial. Optou-se por revestimento em 
madeira plástica para destacar o caminho principal de acesso a cada 
estabelecimento, piso intertravado para obter um pouco mais de permeabilidade 
 
45 Elaborada por Laila Rodrigues Reskalla. Data: 28/06/2019. 
46 Elaborada por Laila Rodrigues Reskalla. Data: 28/06/2019. 
 
e canteiros em grama, os quais apresentam forrações, espécies pendentes e 
árvores. 
Fig. 47: Representação humanizada dos pisos47 
 
As floreiras – situadas acimas dos pórticos e acima do restaurante – podem ser 
forradas com Moreia branca (Dietes Iridioides), Liríope (Liriope spicata) e Jasmim 
dos açores (Jasminum azoricum). Abaixo do pergolado pode-se criar um muro 
verde com Pinheiro de buda (Podocarpus macrophyllus), enquanto espécies 
como Fórmio (Phormium tenax), Yucca Elephantipes e Papiro (Cyperus 
giganteus) podem ser plantadas em vasos para complementar a ornamentação. 
Como os canteiros são estreitos, pode-se plantar Palmeira princesa 
(Dictyosperma Album) e Palmeira raphis (Rhapis excelsa), espécies longas e 
sem copa muito larga para não avançar ao terreno do vizinho. Além disso, a cor 
amarela do Ipê (Tabebuia alba) oferece destaque à parede do vestiário e se 
estende até o jardim do pavimento um. 
Fig. 48: Vista do recuo em frente a cafeteria48 
 
 
 
47 Elaborada por Laila Rodrigues Reskalla. Data: 28/06/2019. 
48 Elaborada por Laila Rodrigues Reskalla. Data: 28/06/2019. 
Alguns recuos foram criados 
entre os estabelecimentos 
alimentícios, os quais podem 
conter mesas externas para 
integrar o interior com o exterior. 
 
Fig. 49: Vista do espaço para crianças, a partir do interior do restaurante49 
 
O empreendimento possui duas caixas de circulação vertical. As escadas da 
porção sul são enclausuradas conforme as exigências, enquanto as escadas da 
porção norte não são enclausuradas e possuem vedação em gradis metálicos, 
dialogando com as esquadrias dos portões de acesso. 
Fig. 50: Planta humanizada do pavimento 150 
 
 
49 Elaborada por Laila Rodrigues Reskalla. Data: 28/06/2019. 
50 Elaborada por Laila Rodrigues Reskalla. Data: 28/06/2019. 
Pensando na relação dos 
usuários com os ambientes, o 
recuo entre a sorveteria e o 
restaurante destina um espaço 
de lazer seguro e agradável 
tanto para as crianças, quanto 
para seus responsáveis. 
Os pavimentos superiores contam com salas comerciais 
que podem ter diversos tipos de serviços, como: salão de 
beleza, xerox, escritórios, consultórios, etc. Essa dinâmica 
tem o intuito de atrair a população e aumentar o fluxo de 
pessoas no empreendimento, independentemente do 
funcionamento dos estabelecimentos do térreo. 
 
As salas estão divididas nos pavimentos superiores de maneira a conformar dois 
diferentes blocos, interligados por largas passarelas que também podemser 
utilizadas como locais de convívio e descanso. 
Fig. 51: Vista a partir da passarela do primeiro pavimento51 
 
Os tamanhos das salas variam entre 17 e 96 metros quadrados e também podem 
ser conectadas ou separadas para criar outros ambientes. Optou-se por não 
adicionar lavabos nestes espaços de serviço devido à grande proximidade aos 
banheiros coletivos do empreendimento, os quais são amplos, acessíveis e 
suficientes para atender as demandas. 
As paredes cortinas de vidro permitem iluminação e ventilação desses 
ambientes de serviços. Contudo, como a cidade possui clima quente e os vidros 
absorvem muito calor, a disposição da volumetria foi desenvolvida com análise 
do estudo solar, evitando que a maioria das paredes cortinas sejam direcionadas 
para fachadas que incidem muito sol, como a oeste. Além disso, duas cascatas 
com lâminas d’água, as vegetações e fachadas recobertas com jardins verticais 
auxiliam no conforto térmico da edificação. 
 
51 Elaborada por Laila Rodrigues Reskalla. Data: 28/06/2019. 
 
Fig. 52: Vista do restaurante, passarelas e escadas52 
 
A análise das soluções técnicas utilizadas finaliza a descrição do projeto. O 
sistema estrutural utilizado consiste em pilares de concreto armado de 15x40cm 
e vigas metálicas, cujas alturas obedecem a relação de 5% do vão, e sapatas 
retangulares de 1.50 x 2.0 metros. O estacionamento subterrâneo e os banheiros 
possuem ventilação mecânica. 
 
 
52 Elaborada por Laila Rodrigues Reskalla. Data: 28/06/2019. 
 
Fig. 53: Diagrama humanizado de 
cobertura53
 
Para pré-dimensionar a caixa d’água, estipulou-se que o empreendimento tenha 
capacidade para abrigar aproximadamente 420 pessoas, considerando o 
tamanho e flexibilidade de cada ambiente. Utilizou-se um consumo médio de 30 
litros por pessoa por dia e, devido a problemas frequentes de falta de água na 
cidade, calculou-se a capacidade necessária para atender a edificação por três 
dias. Com isso, o empreendimento possui três caixas de 3000 litros no bloco da 
porção mais ao sul do terreno, enquanto a porção norte abriga duas caixas de 
10000 litros e duas caixas de 5000 litros para atender tal demanda. 
 
 
 
53 Elaborada por Laila Rodrigues Reskalla. Data: 28/06/2019. 
A cobertura é composta por telhado 
embutido com telhas de fibrocimento e 
inclinação de 10% e por laje plana 
impermeabilizada, com inclinação de 2%. 
 
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Como foi analisado ao longo da pesquisa, a população de Ubá necessita de 
espaços de lazer e convívio e o município apresenta grande potencialidade para 
receber a edificação proposta. Para embasar a fundamentação teórica 
pertinente, foi necessário estudar algumas práticas contemporâneas de 
integração entre o público e o privado e como elas podem ser aplicadas no 
projeto desenvolvido na segunda etapa deste Trabalho Final de Graduação. 
Logo, o TFG 2 consistiu na elaboração de um empreendimento semi-público com 
setores privados – como ambientes para comércios/serviços, praça de 
alimentação e estacionamento subterrâneo – e espaço livre que viabiliza a 
passagem de pedestre entre as duas vias paralelas ao terreno, oferecendo locais 
de consumo, convívio e lazer que podem ser ocupados mesmo sem utilizar os 
setores privados. 
 
 
 
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aberto pode chegar ao Brasil e modificar as atividades no setor. 2014. 
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cidades? Disponível em: https://bsa.com.br/blog/o-que-e-fruicao-publica.html. 
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privacidade e estímulo do contato social. 2010. Disponível em: 
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aberto.html>. Acesso em: 15 out. 2018. 
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