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HISTÓRIA DA PSICOLOGIA - resumo

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HISTÓRIA DA PSICOLOGIA
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RESUMO
	A psicologia teve origem de fato, como campo de conhecimento autônomo, em 1879, em Leipzig, Alemanha, com o primeiro laboratório dedicado às pesquisas psicológicas - Instituto de Psicologia Experimental - fundada por Wilhelm Wundt. De encontro a isso, podemos afirmar que a psicologia é uma área derivada da Filosofia, tendo em vista os questionamentos de estudiosos como Alcmeão de Crotona, Hipócrates, Sócrates, Platão, Aristóteles e outros. Sendo assim, a psicologia é conhecida, além de sua vasta área de atuação, pela sua fragmentação e pelas disputas teóricas. Posto assim, esse artigo visa esclarecer a história da psicologia, bem como suas teorias. 
1. Psicologia e a Filosofia
	A psicologia, como dito, se iniciou como um ramo da filosofia, partindo da curiosidade dos estudiosos da cosmologia - vertente da astronomia que é focada em estudar a origem, a evolução, a composição e a estrutura do Universo – em entender sobre as atividades pessoais, assim como os acontecimentos, tais como o comportamento e experiências sociais.
	Em primeira linha temos Alcmeão de Crotona que, por volta de 500 a.C, por meio das dissecções, obteve as primeiras descrições acerca dos corpos humanos baseadas em observações. Segundo Alcmeão “ a saúde e a doença eram produtos dos respectivos equilíbrio e desequilíbrio dos sistemas corporais”, sendo assim, a saúde era proveniente da homeostase harmoniosa do corpo.
	Hipócrates, sucessor de Alcmeão, categorizou as pessoas em 4 nichos - sanguíneo, colérico, melancólico e fleumático - de acordo com sua teoria humoral. Essa teoria, ainda defendida nos dias atuais, explicita a ideia de que o corpo humano é composto por quatro substâncias denominadas “humores”. Sendo assim, essas substâncias devem manter um perfeito equilíbrio, do contrário, surgiria então, doenças espirituais e corporais. 
	Sócrates, por sua vez, tem inúmeras contribuições na área das ciências psicológicas. O filósofo se destacou por focar no campo da ética e moral, o que levou a observar o comportamento da sociedade, bem como a formação dos padrões, das atitudes e dos valores sociais. Ele, percursor do método indutivo, também desenvolveu o método socrático, mais conhecido como diálogo socrático. Esse método, muito utilizado nas terapias, se caracteriza na realização de perguntas indutivas, onde o terapeuta realiza inúmeras perguntas, a fim de elucidar e trazer uma reflexão a partir de seu paciente. Além disso, Sócrates, juntamente com seu discípulo Platão, refletiram sobre a existência da psique e o que era considerado alma para ambos.
	Seguidor de Sócrates, temos Platão que, progenitor do dualismo na psicologia, considerava corpo e a mente como dois princípios independentes e antagônicos. Sendo assim, habitantes de diferentes seres, indicando serem independentes. Contudo, Aristóteles discordava desse dualismo. Ele afirmava que o corpo e a mente, além de estarem dentro de um mesmo ser, ele indica que elas são dependentes, de tal modo que a mente séria uma das várias funções básicas do corpo. 
	Muitos anos depois, Rene Descartes - filósofo, físico e matemático francês - postula sobre a existência da alma, como uma entidade separada, sendo independente do corpo.
	À vista disso, podemos afirmar que, o início da psicologia, assim como muitas outras áreas de estudo, teve início na filosofia, na curiosidade em saber a origem das coisas, bem como a origem do pensamento, consciência, e entender sobre atividades pessoais, assim como os acontecimentos - o comportamento e experiências sociais.
2. Wundt e o mito do surgimento da psicologia
Seguindo a linha de que a psicologia se originou na curiosidade, com os antigos filósofos, a psicologia é reconhecida como campo de conhecimento autônomo, desde 1879, com a criação do primeiro laboratório dedicado às pesquisas psicológicas, o Instituto de Psicologia Experimental, fundada por Wilhelm Wundt, em Leipzig, Alemanha.
Wilhelm Maximilian Wundt foi um médico, filósofo e psicólogo alemão, nascido em 16 de agosto de 1832, em Mannheim, Alemanha. Tendo como membros da família historiador, economista, médicos, entre outros. Por assim então, ele possui, segundo estudiosos, família com grande intelectual e produção.
Em sua vida acadêmica, Wundt, no que chamamos de ensino médio, apresentava notas abaixo da média. Sendo assim, após a morte de seu pai, restando à mãe o sustento da casa, devido suas notas, o impossibilitou de ir à faculdade com preço integral e arrumar uma boa de estudos. Por influência de seu tio, médico, ingressou na faculdade de medicina, profissão formada com maestria. 
Wundt, após anos de estudo com mestres da área, como Hermann Von Helmhotltz, acreditava que “ a linguagem, os mitos, a estética, a religião e os costumes sociais são reflexos de nosso processos mentais superiores”, entretanto “ esses processos não podem ser manipulados ou controlados” não podendo assim serem estudados de forma experimental, apenas estudados em forma de pesquisa, por meio de registros históricos e observações naturalistas.
O médico, além de criar o ponto de partida da psicologia científica, conceituar o método científico para estudar os processos psicológicos superiores, salientou que a introspecção poderia ser usada para estudar os estados mentais com experiências laboratoriais replicáveis.
3. Edward Titchener e o Estruturalismo
Edward Bradford Titchener, nascido em 11 de janeiro de 1867, na cidade de Chichester, Inglaterra, se dizia um fiel discípulo de Wundt. Entretanto, essa história “caiu por terra” em 1892 - após estudar no instituto fundado por Wundt, e retornar ao Reino Unido – com a falha divulgação da nova psicologia, pois a mesma não fora aceita pelos filósofos da época. O levando aos Estados Unidos, onde alunos de todo o país iam ouvir e estudar sua inovadora psicologia.
A nova psicologia criada por Titchener, se baseia no estudo dos elementos ou conteúdos mentais, além da sua conexão mecânica, através do processo de associação, descartando a ideia de que a percepção tenha participação no processo.
Seu fundamento de estudos se concentrava nos elementos propriamente ditos, e acreditava que a Psicologia deveria procurar descobrir a natureza das experiências conscientes elementares, para determinar sua estrutura, por meio da análise das partes que a formam.
Esta experiência consciente, segundo ele é dependente do indivíduo que a vivência, diferindo da estudada por cientistas de outras áreas. 
4. Funcionalismo 
William James, nascido em 11 de janeiro de 1842 - Nova Iorque, Estados Unidos – foi um dos criadores da escola filosófica conhecida como “pragmatismo”, além de seu pioneirismo da Psicologia funcional.
O funcionalismo, criado 20 anos após a fundação do estruturalismo, foi formado por incontentes psicólogos com a metodologia de Titchener, sendo assim, seu oposto radical. Ele foi a primeira escola primordialmente americana, influenciada pelas ideias de Darwin, naturalismo de Rousseau e outros.
Essa escola considerava que o objetivo da psicologia seria a harmonia do organismo às demandas do ambiente em que está inserido. Posto isso, o estudo da psicologia deveria se voltas às funções adaptativas do comportamento e processos mentais, adicionais à sua estrutura e composição.
5. Behaviorismo
Os fisiólogos russos Vladimir Mikhailovich Bechterev e Ivan Petrovich Pavlov foram os precursores do que podemos chamar de comportamentalismo. A partir de suas teorias, em 1913, o psicólogo estadunidense John Broadus Watson, conhecido com o pai do behaviorismo clássico, criou o manifesto “A Psicologia como um comportamentista a vê”, onde defendeu o conceito de que a psicologia deveria estudar o comportamento, uma vez que esse era passível de observação. 
Com origem no termo em inglês behavior, comportamento, o behaviorismo é originado de teorias que explicam a conduta por meio da observação e análise experimental do comportamento, sendoo objetivo a previsão e o controle de condutas.
Os principais tipos de behaviorismo são: Behaviorismo Metodológico, de Watson e o Behaviorismo Radical de Skinner.
O behaviorismo proposto por Watson, o metodológico, estuda o comportamento em si mesmo, opondo-se ao mentalismo e ignorando a consciência, sentimentos e estados mentais. Ele adere ao evolucionismo biológico e estuda tanto o comportamento humano como o animal, além de adotar o determinismo. Watson se baseia no comportamento reflexo ou respondente (S-R) - sujeito isolado e o cão - além da afirmação de que o comportamento é produzido por estímulos do ambiente.
Em oposição ao behaviorismo de Watson, temos o behaviorismo radical de Skinner. Essa teoria considera que os comportamentos observáveis eram manifestações externas de processos mentais invisíveis, como o autocontrole, o pensamento, e outros. Entretanto, defende que era mais conveniente estudar os comportamentos observáveis. Posto isso, ele afirma que as emoções não dão origem à nossa conduta, pois também fazem parte do modo de agir. Ou seja, o comportamento não é consequência do livre arbítrio, mas sim das consequências dos seus atos, sejam positivos ou negativos. Com isso, ele nega radicalmente a mente, apesar de aceitar estudar os fenômenos internos, aceita todos os fenômenos comportamentais. Assim sendo, se baseia no comportamento operante ( R-S) – premiação – além de dizer que o comportamento atua sobre o ambiente.
6. Freud e a Psicanálise
Sigmund Schlomo Freud Freiberg in Mähren, mais conhecido como Freud, nasceu em 6 de maio de 1856 e foi um médico neurologista e psiquiatra, criador da psicanálise.
Em sua vida acadêmica, Freud estudou medicina na Universidade de Viena, com orientação do médico Ernest Brucke – 1876 a 1881. Em 1885, conseguiu uma bolsa de estudo para trabalhar com Jean-Martin Charcot que, compartilhando as mesmas ideias, se ofereceu para traduzir suas conferências para alemão. Freud assim, se impressiona com as ideias que Charcot tem a respeito da histeria.
Em relação aos casos “clínicos” havia uma jovem de 21 anos, Anna O., extremamente bonita e inteligente que apresentava um quadro histérico com vários sintomas: não andava, os músculos paralisavam, sendo necessário o uso de cadeira de rodas, não conseguia engolir alimentos ou líquidos, não conseguia falar senão numa mistura de vários idiomas, até mesmo a emudecer por algumas semanas e não enxergar. Breuer então a submeteu à hipnose e descobriu que seus sintomas estavam relacionados ao pai. Ela havia cuidado do genitor parte de sua infância até sua morte. Após seu falecimento, seus sintomas histéricos aparecerem. A partir de sua fala, quando encontra a origem de seus conflitos, produziu-se um efeito catártico, resultando na melhora dos seus sintomas.
Em relação à hipnose, apesar de Freud ter obtido sucesso no tratamento de seus pacientes por esse método, ele pôde observar que esse método não era de fácil indução, além de que os resultados não eram definitivos. Após Freud conhecer Berhein e ele lhe apresentar uma técnica em que a amnésia de um paciente havia sido removida sem que ele entrasse em processo hipnótico, Freud resolveu que iria utilizar desse mesmo procedimento, remover a amnesia histérica sem utilizar da hipnotização. A partir desse encontro o neurologista desenvolveu a técnica psicanalítica, onde o meio é a comunicação. Chamada de associação livre, o paciente dirige ao psicanalista que deverá ouvir sem censura, todos os seus pensamentos.
	Portanto, fica evidente assim que Freud, além de perceber uma falta no método hipnótico, que mais tarde ele associará a comunicação, para ele, esse processo era algo demorado e parcialmente inafetivo, a vista que que os resultados não eram absolutos. Assim, ele desenvolve seu próprio método em que ele não utiliza mais da hipnose e sim a linguagem verbal.
7. Terapia Cognitivo Comportamental
A popular Terapia Cognitiva Comportamento, também chamada de TCC, foi fundamentada por Aaron Beck, professor assistente de psiquiatria na Universidade da Pensilvânia, Estados Unidos. Essa terapia era de curta duração, com ênfase no presente e direcionada além da solução de problemas, com a modificação de pensamentos e atitudes “problemáticas”. 
O tratamento na TCC era adaptativo de acordo com a necessidade dos pacientes – transtornos e problemas. Apesar dessas adaptações terem o foco, as técnicas e a duração do tratamento, o embasamento era o mesmo em todas as formas te terapia.
A terapia proposta por Beck tem como estruturação na avaliação e diagnostico, a adaptação em decorrência as queixas do paciente e as intervenções feitas pelo psicólogo.
Sendo assim, após estudos feitos, é mostrado que a TCC é uma terapia a se levar em consideração quando se desrespeita à vantagens à longo prazo, apresentando menor recaída.
8. Conclusão
À vista do tema proposto, história da psicologia, fica fundamentado sua linha do tempo no que desrespeita desde à Grécia antiga, seu reconhecimento como área científica, à criação das divergentes abordagens. 
9. Referências
BECK, Judith s. Terapia Cognitivo-Comportamental. 2ª edição. P. 21-37 ( março 2013)
HOTHERSALL, David. História da Psicologia. 4ª edição. P 1-445
ABIB, José Antônio Damásio. Epistemologia pluralizada e história da psicologia. Junho 2009

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