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1 Trauma Cranioencefálico | Larissa Gomes de Oliveira. ➔ Escala de coma de Glasgow. Existe um Glasgow P, que é mais recente e é extraído ponto de acordo com a resposta pupilar do paciente. Nesse caso, é feito a escala de Glasgow normal e depois é observado a resposta pupilar do paciente e a depender pode ser retirado de 0-2 pontos da escala de Glasgow do paciente. ▪ Se tiver: Duas pupilas reativas: 0 pontos Uma pupila reativa: 1 ponto Duas pupilas não reativas: 2 pontos Glasgow P = Glasgow – resposta pupilar FRATURA DE BASE DE CRÂNIO Existe alguns sinais que ajudam a identificar fraturas de base de crânio, e um deles é o sinal de Battle: que é uma equimose na região retroauricular (atras da orelha) E o sinal clássico, é o sinal do guaxinim, em que ao redor dos olhos fica roxo (com equimose ao redor dos olhos. Os dois olhos ficam com machucado, as vezes um mais e outro menos). Além disso, pacientes com fratura em base de crânio pode apresentar hemotípano (Hemorragia no ouvido médio (caixa do tímpano), geralmente por traumatismo), rinorreia (corrimento excessivo de muco nasal), otorreia (presença de qualquer tipo de secreção do conduto auditivo externo). Se houver sinais de trauma de base crânio, nunca deve ser passado nada pelo nariz do paciente (nunca intubação naso, nem cateter nasogástrico). Porque pode acontecer desse cateter ficar na região nasocerebral. As lesões cerebrais podem ser divididas em dois tipos: lesão cerebral difusa e focal. LESÃO CEREBRAL DIFUSA Quando se fala em lesão cerebral difusa, há dois subtipos: a concussão cerebral e a Lesão Axonal Difusa (LAD). CONCUSSÃO CEREBRAL: A fisiopatologia da concussão: é uma desaceleração súbita, como acontece num nocaute. Quando há o trauma, o córtex bate contra a calota craniana, quando isso acontece, é como se houvesse um curto circuito e há uma perda imediata da função cerebral, só que essa perda é temporária. Nesse caso, o paciente pode apresentar uma serie de sintomas e sinais, mas geralmente da uma apagada. As vezes não apaga, fica zonzo, esquecido... temporariamente (segundos a minutos, por definição pode ser até 6 horas, mas na pratica, dura menos). O paciente pode evoluir com confusão mental e com convulsão. E a conduta nesse caso, é basicamente não deixar ter outra concussão. CLÍNICA: ▪ perda da consciência < 6h. ▪ amnesia, confusão ▪ convulsão 2 Trauma Cranioencefálico | Larissa Gomes de Oliveira. INDICAÇÃO DE TC NA CONCUSSÃO SE: → Glasgow < 15 após 2h. → Fraturas de crânio. → Se tiver 2 episodios ou mais → Se a idade é > que 65 anos (isso varia de literatura → Amnesia maior ou igual a 30 min. → Ou se o paciente tiver Mecanismos Perigosos: ejeção de veículos atropelamento queda > 1m de altura. OBS: a TC é feita se tiver esses fatores, não para fazer diagnóstico de concussão, mas para ver se tem algo a mais, algum agravante. Porque esses fatores, pode indicar algo além, como hematoma. LAD (LESÃO AXONAL DIFUSA) A fisiopatologia é a mesma, só que agora a desaceleração acontece com um fator chamado de cisalhamento. Nesse caso, há a pancada e um giro do córtex, com isso, axônios são rompidos, por isso, lesão axonal difusa. Do ponto de vista clinico, há perda imediata da função neurológica, e nesse caso é duradoura, mas pode ser revestida. OBS: tanto a concussão, como a LAD, se não houver hematoma, contusão, vai aparecer uma TC normal. Porque a LAD, o sangramento é microscópico, e na concussão não há sangramento, a não ser que tenha uma contusão associada. O Glasgow do paciente que tem LAD, normalmente é bem pior do que o que teve uma concussão simples. Geralmente há coma > 6h, com Glasgow baixo e TC inocente. LESÃO CEREBRAL FOCAL. Quando tem lesão focal, há: ou o Hematoma subdural, ou o hematoma extradural. ANATOMIA De fora pra dentro há: primeiro a calota craniana, e aderido a calota tem a Dura Mater. Entre a calota e a Dura Mater, é chamado de espaço extra ou epidural. Esse espaço epidural tem um vaso muito importante que é a artéria meníngea media. E quando tem um hematoma epidural ou extradural, é por conta de sangramento arterial. Abaixo da Dura Mater, há um outro folheto que é o Aracnoide. Entre a Dura Mater e o Aracnoide, há um espaço chamado de espaço Subardural que também vasos extremamente importantes, que são as veias ponto. Então quando há um hematoma Sub dural, o sangramento é venoso. Abaixo da aracnoide, há a Pia Mater. E entre a aracnoide e a pia mater, há um espaço, chamado de Subaracnoide, que é onde fica o liquor (LCR). Quando há um sangramento no espaço subaracnoide, o sangue se mistura com o liquido cefalorraquidiano. (O sangre se mistura com o liquor). Essa anatomia ajuda a entender a clinica que o paciente terá, a depender de onde é o local do hematoma. 3 Trauma Cranioencefálico | Larissa Gomes de Oliveira. HEMATOMA SUBDURAL. É o mais comum, porque nesse caso, o vaso atingido, são as veias ponte, que são vasos mais finos e mais fáceis de ser rompidos. Fator de risco: a atrofia cortical, em que as veias ponte acabam ficando esticadas e com isso, ficam mais fáceis de ser rompidos. Mais comum em idoso, alcoólatra. Clinica: a clinica é mais progressiva do que quando é com acometimento de artéria. A TC mostra uma imagem mais branca, porque é sangue (hiperdensa) em que p sangue vai acompanhando o espaço da calota craniana, a curvatura da calota craniana e córtex. É indicado cirurgia: quando o desvio da linha média é maior ou igual a 5 mm. HEMATOMA EXTRA/EPIDURAL. É mais raro. O vaso acometido é a artéria meníngea media. O principal fator de risco: por aa artéria meníngea ser mais superficializada na região do osso temporal, um dos principais fatores de risco seria uma pancada na região lateral da cabeça, podendo fraturar osso temporal e acometer a artéria meníngea. CLÍNICA: como a pancada na cabeça é forte, ocorre também concussão. Mas nesse caso, como há lesão de artéria e começa a sangrar, começa a ter desvio da linha média, e ao invés do paciente acordar como na concussão, ele pode acordar, mas apaga novamente e pode ir a óbito. OBS: Existe um momento em que o paciente fica lucido entre um intervalo de tempo, e isso é chamado de Intervalo Lúcido, que é quando ele acorda da concussão, mas apaga de novo devido ao sangramento que está ocorrendo e desviando a linha média. Esse intervalo não é tão comum, ocorre em mais ou menos 60% dos casos. Na TC vai ser observada uma imagem HIPERDENSA (porque é sangue). So que a DURA é grudada em alguns pontos da calota craniana, e com isso, a TC não mostra um sangue em crescimento crescente acompanhando a calota, forma uma imagem biconvexa de sangue, em que fica preso em alguns pontos da calota. A cirurgia também é indicada quando há desvio da linha media maior ou igual a 5 mm.
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