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Cuidados iniciais e principais enfermidades do Neonato Ruminante

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Cuidados iniciais e principais enfermidades do 
Neonato Ruminante 
Neonato = filhote (até 28 dias) 
Bezerro = até mais ou menos 80 dias quando 
desmama 
4 doenças que mais vão acontecer nessa fase 
neonatal, são base para que outras doenças 
aconteçam = combo neonato 
 
*Considerar se o animal é ou não prematuro levando-
se em conta, também, o seu desenvolvimento, e não 
apenas a idade gestacional da mãe 
*Prematuros em ruminantes tem uma dificuldade 
grande de sobreviver (dificuldade em mamar, respirar e 
etc) 
Sinais de prematuridade: 
→ Os ruminantes são seres de luz por serem 
presas e nascem de olho aberto, então se 
houver um animal neonato com o olho fechado, 
ele é prematuro; 
→ Gengiva cobrindo os incisivos 
→ Ausência de pelo; ou pouco pelo e finos 
*Inanição (hipoglicemia) e hipotermia matam = 
complexo inanição e hipotermia 
→ Os ruminantes têm uma película/gel na ponta 
do casco para proteger o útero da mãe, e 
descola assim que o animal nasce, em caso de 
animais prematuras ela nasce maior e demora 
para cair. 
Mecônio: primeira “fezes” do animal; assim que nascer 
tem que ser eliminado, se não for eliminado pode 
ressecar e obstruir o ânus do animal 
• Sofrimento fetal: passa do tempo de 
nascimento e o mecônio é liberado dentro da 
placenta, o animal nasce mais amarelado 
Assim que nasce: liberar o mecônio, fazer xixi pelo 
lugar certo, andar e mamar (reflexo de sucção) 
Mortalidade bezerros – 
De acordo com as observações de Gonçalves et al. 
(1993) e Benesi (1996), as taxas de mortalidade de 
bezerros no Brasil podem chegar a 25 % 
especialmente aquelas causadas pelas diarreias e 
pelas afecções do sistema respiratório. 
 
Fatores – 
• Tamanho do rebanho (rebanhos grandes tem 
dificuldade de controlar os nascimentos sem 
mão de obra) 
• Tipo de criação 
• Variação sazonal 
• Indução de parto prematuro (ex: em um 
prolapso de vagina) 
• Distocia (fetal ou maternal); maternal = sem 
dilatação; não ter contração; fetal = posição 
inadequada;) 
• Colostragem 
Doenças de neonatos – 
→ Asfixia Neonatal 
→ Falha de Transferência de Imunidade Passiva 
(FTIP) 
→ Afecções Umbilicais 
→ Diarreia 
 
Asfixia neonatal – 
Definição: 
⤷Complexo caraterizado por acidose mista 
➢ Respiratória e metabólica 
⤷Exteriorizada por alteração respiratória e diminuição 
da vitalidade 
⤷Alta morte perinatal ou sobreviventes com alta 
frequência de doenças 
 
Mamada de colostro por bezerros com boa vitalidade e 
com asfixia durante as primeiras 18 horas de vida 
Tipos: 
PRECOCE TARDIA 
•Distocia 
 •Oclusão mecânica 
ou ruptura precoce do 
cordão umbilical 
•↓ PO2 e ↑ PCO2 
→Acidose respiratória 
•Glicolise anaeróbica 
→Acidose metabólica 
•1 hora pós parto 
•Imaturidade pulmonar 
 •Deficiência de 
surfactante 
 •Bovinos com 
gestação < 260dias 
 
 
Manifestações clínicas: 
•Respiração ausente ou alterada (estertores secos-
sibilo, gemido expiratório) 
•Vitalidade 
✓ Mucosas azuladas ou esbranquiçadas 
✓ Apatia 
Diagnóstico: 
•Histórico 
✓ Parto 
•Imaturidade 
✓ Tempo gestacional 
✓ Pelos mais curtos e finos 
✓ Incisivos cobertos por gengiva 
 
•Avaliação da vitalidade 
✓ Sistema APGAR modificado (Born, 1981) 
•Diagnóstico de acidose 
✓ pH <7,2 
 
 
A soma dos pontos indica o grau de vitalidade e 
acidose, identificando como animais sadios ou com boa 
vitalidade/sem acidose aqueles com 7 a 8 pontos; 
como deprimidos ou com vitalidade diminuída/acidose 
leve a moderada os com pontuação entre 4 e 6 pontos 
e com pouca vitalidade/acidose intensa ou inviáveis, os 
com pontuação entre 0 e 3. 
 
Tratamento: 
Estimular a respiração 
•Limpeza das vias respiratórias 
• Decúbito esternal 
• Suspender pelos membros posteriores (máx 
90s) 
•Estimulação mecânica 
• Fricção de toalhas na cabeça e lombo 
•Água fria 
•Respiração artificial 
• Decúbito lateral suspende e abaixa os 
membros anteriores 
•Estimulação farmacolágica 
• Doxapram 
Tratamento da acidose 
• Soluções alcalinas 
 
Falha de Transferência de Imunidade Passiva (FTIP) – 
Definição: 
⤷Importância da imunidade passiva 
➢ Tipo de placenta 
➢ Dependente de imunidade colostral 
-Imunidade não ativa até 5 semanas 
-Risco relativo 2x > na 1a semana de vida 
-↓ IgG1 = ↑ taxa mortalidade (diretamente relacionado) 
-↑ taxa morbidade e mortalidade 
-↓ ganho de peso/dia até e após o desmame; 
-↓ produção de leite durante a primeira lactação. 
Fatores que influenciam na transmissão da imunidade 
passiva: 
•Qualidade do colostro (IgG> 50g/L) – nas primeiras 
horas o bezerro preciso de 100g de IgG, então o 
colostro precisa ser de boa qualidade 
• Composição (depende da mãe) 
o Imunoglobulinas 
o Leucócitos 
o Fatores inespecíficos 
o Nutrientes 
• Raça 
• Idade da mãe 
• Nutrição da mãe 
• Tempo de ordenha do colostro (qualidade do 
colostro melhor na primeira ordenha; a partir da 
quarta ordenha já é um leite de transição, que 
 
serve como fonte de alimento para os 
bezerros) 
•Quantidade 
• Bezerros: 100g IgG 
• 10 –12% P.V. 
•Absorção 
• Tempo 
➔ ótima – 4hrs pós-parto 
• Presença da mãe 
• Bactérias no colostro 
Diagnóstico: 
•Diagnóstico laboratorial 
→ Imunoglobulinas 
•< 600mg/dL – FTIP 
•600 – 1600mg/dL – FTIP parcial 
•> 1600 mg/dL – normal 
•Enzima Gamaglutamiltransferase (GGT) 
→ ↑ conc. no colostro 
•Proteínas totais 
➢ >5,5g/dL (transferência boa) 
➢ BRIX >8,4% (Deelenet al, 2014) 
•Sulfato de zinco 
 
Tratamento: 
•Soro ou Plasma da mãe (não é hiperimune) ➔ 20 – 
40mL/Kg I.V. 
Profilaxia: 
•Ingestão adequada de colostro ➔ Banco de colostro 
(não pode congelar de novo e tem que descongelar em 
banho maria à 56°C) 
Colostragem: 
 
 
Consequências: 
•Aumento da morbidade e mortalidade 
❖ Bacteremia 
❖ Doenças neonatais comuns 
•Broncopneumonia 
•Artrite séptica 
•Diarréia 
•Onfalite 
 
Afecções Umbilicais – 
→ Inflamações umbilicais e complicações 
→ Hérnias 
→ Persistência do úraco 
Inflamações umbilicais 
•CONCEITO 
➞Processo inflamatório que ocorre geralmente por 
infecção durante ou imediatamente pós-parto em 
bezerros 
➞Processo inflamatório restrito umbigo e 
componentes ou ganham sistema, determinando 
complicações 
 
 
✓ Onfalites: inflamação ou infecção no umbigo 
(consequência = poliartrite) 
 
✓ Onfaloflebites: umbigo + veia 
 
✓ Onfaloarterites: umbigo + artéria 
 
 
 
 
 
✓ Onfalouraquites: umbigo + úraco 
 
 
✓ Panvasculites: todas as estruturas afetadas 
 
Diagnóstico: palpação; sondagem; US 
Fatores predisponentes: 
➢ Ausência ou incorreta desinfecção do coto 
umbilical logo após o nascimento 
➢ Falta de higiene no bezerreiro 
➢ Umidade 
➢ Macrossomia 
Manifestações Clínicas: 
•Forma aguda 
→ Alterações do estado geral: 
-anorexia, hipertermia 
-arqueamento coluna 
→ Região umbilical/abdômen 
-volume 
-avermelhado 
-aglutinação pelos (exsudatos) 
 
→ Sensibilidade 
→ Cordão-espessamento 
→ Flutuação 
→ Tensão abdominal 
→ Cordão e massas intra-abdominais 
-eliminação urina pelo umbigo 
Complicações: 
▶Poliartrite 
-aumento de volume nas articulações 
▶Broncopneumonia 
-alterações respiratórias 
▶Meningite 
-ataxia 
-paresia 
▶Septicemia 
-sinais endotóxicos 
-febre 
-decúbito 
-morte 
Diagnóstico: 
•Inspeção 
•Palpação 
•Inspeção indireta (Sondas, US, Termografia) 
Diferencial: dá pra fazer o diferencial pela idade 
•Hérnias 
•Persistência de Úraco 
Cirúrgico 
Tratamento: 
→ Onfalites 
•Drenagem 
•Limpeza 
•Desinfecção (iodo 2 a 10%) 
•Antibioticoterapia (5-7 dias) 
•Antinflamatório 
•Nos casos mais graves: cirúrgico 
(debridamento de tecido necrótico) 
Prevenção: 
•Desinfecção do coto umbilical logo após o nascimento. 
•Continuar por no mínimo 3 dias!! 
•Colostragem 
•Limpeza do ambiente do parto 
 
Diarreia – 
Síndrome diarreia: quadro de afeta mais de um sistema 
CONCEITO 
➢ Complexo patológico multifatorial 
➢ Caracterização-disfunção gastrointestinal (diarreia – fezes < 
12-15% MS) 
-perda estado geral / desidratação 
-desequilíbrio eletrolítico e ácido-básico 
(quadro de acidose; perde bicarbonato pelas 
fezes) 
-multifatorial 
 
•Diarreia neonatal aguda 
-Rotavírus, coronavírus, E. coli,outros; 
-50%: 1ª semana de vida; 
-15% após a 2ª semana de vida; 
-Rotavírus: > prevalência 2–4 semanas de vida; 
-Bacteremia ↑ risco diarreia grave e morte; 
-50% das mortes. 
• Grandes prejuízos 
•mortalidade / doença – tratamento / 
desenvolvimento retardado 
Fatores Determinantes Infecciosos: 
Bactérias – 
•E. coli 
•Enterotoxigênica – mais comum 
•Enteropatogênica – septicemia (não são tão 
comuns) 
•Enteroinvasiva – hemorrágica 
Até 5 dias, diarreia profusa e aquosa 
•Salmonela 
•1 semana a 1 mês, endotoxemia, inflamação e 
necrose de ID pode causar septicemia 
 
-Até 5 dias de idade (evolução aguda): Curso branco 
(diarreia com coloração branca por conta da 
alimentação) 
→ Escherichia coli enterotoxigênica; infecção 
intestinal sem septicemia 
→ Brasil: ±40% dos casos 
 
Fatores Determinantes Infecciosos: 
•Clostridium perfringens 
• 10 dias a 2 meses de idade 
• Enterite hemorrágica 
• Morte súbita 
•Virais 
• Rotavírus - 4 a 14 dias 
• Coronavírus – 4 a 30 dias (grave) 
 
•Protozoários 
• Criptosporidium - 1 a 4 semanas 
• Coccidios – 2 semanas a 8 meses -
sanguinolenta 
-Entre 5 –14 dias de idade: 
→ Rotavírus: ↑ mortalidade, Isolados em 29% de 
amostras de fezes diarréicas 
→ Coronavírus: Evolução: + severa que a 
rotavirose 
→ Salmonella spp, e Cryptosporidium parvum. 
 
-≥15 dias de idade e próximo ao desmame: 
-Escherichia coli, Salmonella, Eimeria sp.e Giardia sp. 
 
 
Fatores Determinantes Não Infecciosos: 
•Erro de Manejo 
• Higiene dos utensílios 
•Alimentar/Dietética 
• Sucedâneo 
• Excesso de Leite 
 
 
Etiologia - NI 
•Animais com dieta racionada 
> incidência de erros de alimentação e de diarreias 
•Erros 
❖ Temperatura do colostro / leite (40ºC) 
❖ Volume inadequado 
❖ Intervalo entre oferecimento 
❖ Leite alterado: 
-acidez 
-inadequada preparação (sucedâneos) e 
composição 
❖ Falha na formação da goteira esofágica 
 
 
 
Sintomas – Infeccioso e não infeccioso 
•Desidratação 
→ Pregueamento de pele 
→ Enoftalmia 
→ Mucosas secas 
•Alterações de equilíbrio ácido-básico 
→ Acidose – não mama

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