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APG 16 - Neoplasias Pulmonares

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Objetivos 
 
OBJETIVO 1: Compreender a fisiopatologia do cancer de pulmão e seus principais tipos
OBJETIVO 2: Entender a epidemiologia do cancer de pulmão e seus fatores de risco 
OBJETIVO 3: Entender como ocorre a dependência do tabaco
Câncer de Pulmão 
CARACTERÍSTICAS GERAIS: 
Definição: condição em que há crescimento de um 
tecido novo, anormal, autônomo, sem função e com 
crescimento descontrolado. 
As neoplasias são divididas em benignas e malignas e se 
diferem pela capacidade de causar metástases. 
FISIOPATOLOGIA: 
O câncer surge a partir do epitélio pulmonar normal, que vai 
se tronando displásico (célula começa a sofrer alterações na 
sua morfologia - formato e funcionamento – e o sistema 
responsável pela correção desses erros (ciclo celular) no 
organismo vai diminuindo de acordo com o tempo. 
Logo essas displasias celulares continuam até o aparecimento 
de células neoplásicas, desenvolvendo assim o tumor, que 
pode evoluir para metástases 
 
 
CLASSIFICAÇÃO HISTOLÓGICA: 
TUMORES CENTRAIS: 
→ Carcinoma de pequenas células e carcinoma 
epidermoide 
→ Próximos a região hilar, neste caso, realiza-se biopsia 
endoscópica 
→ Carcinomas de pequenas células respondem a 
quimioterapia e em geral não são tratáveis por remoção 
cirúrgica 
TUMORES PERIFÉRICOS: 
→ adenocarcinoma e carcinoma de grandes 
células 
→ lesões localizadas longe dos brônquios principais, ou seja, 
estão mais próximos da pleura. Neste caso realiza-se a 
biopsia transtorácica por agulha 
CARCINOMA DE CÉLULAS PEQUENAS: 
• É o mais agressivo dentre as neoplasias pulmonares 
• Se associa intimamente com o tabagismo 
• Corresponde a 20% dos canceres de pulmão 
• Histologicamente possui células pequenas de citoplasma 
praticamente ausente e núcleo hiper cromático 
• É considerado o pior prognóstico, pois é inoperável 
mesmo em tumores muito pequenos 
• Pode ser identificado por cultura de escarro 
• Apresenta boa resposta a radioterapia 
• É comum manifestar-se clinicamente através das 
síndromes neoplásicas já que esse tumor é uma massa 
de células que sintetizam grandes quantidades de 
hormônios 
• A maioria dos diagnósticos são realizados quando já há 
presença de metástases 
CARCINOMA EPIDERMOIDE/CÉLULAS ESCAMOSA 
• Também chamado de escamoso ou espinocelular 
• Fortemente associado ao tabagismo 
• Mais frequente em países subdesenvolvidos 
Neoplasias Pulmonares 
 
• Pode se manifestar em exames de imagens por meio de 
cavitações 
• Localização é central e dentre as neoplasias pulmonares 
é a mais fácil de ser identificada em cultura de escarro 
• Focos hemorrágicos 
• Produção de queratina – perolas de queratina 
ADENOCARCINOMA: 
• Tumor de localização periférica com diferenciação 
glandular 
• Tipo de neoplasia mais comum em não fumantes 
• São mutações dos pneumócitos que começam a se 
multiplicar e podem encher os alvéolos mas sem invadir 
sua membrana basal. 
CARCINOMA DE GRANDES CÉLULAS: 
• Corresponde a 10% das neoplasias pulmonares 
• É o tipo menos comum 
• Células pouco diferenciadas 
FATORES DE RISCO: 
• Principal é o tabagismo (incluindo tabagismo passivo) 
• História familiar positiva para câncer de pulmão 
• Infecções pulmonares de repetição 
• Exposição à fumaça proveniente da combustão de lenha 
no domicílio 
• Doenças pulmonares prévias (DPOC), enfisema etc. 
• Atividades ocupacionais que envolvam metais, contato 
direto com fumaça 
• Poluição ambiental 
• Exposição ao radônio 
• Idade avançada 
EPIDEMIOLOGIA: 
• A principal causa de mortalidade entre todos os tipos de 
cânceres. 
• Em relação a incidência ocupa o 2º lugar no sexo 
masculino e 4º lugar no sexo feminino 
• Câncer mais comum no Brasil, em 2018 2,1 milhões de 
pacientes acometidas e 1,8 milhão de mortes 
• A maioria dos pacientes quando diagnosticados já 
possuem metástases 
 
QUADRO CLÍNICO: 
A maioria são assintomáticos 
Os sintomáticos podem ter: 
• Tosse seca 
• Perda ponderal (peso) 
• Dispneia 
• Dor torácica 
• Hemoptise 
• Dor óssea 
• Rouquidão 
SÍNDROMES NEOPLÁSICAS: 
São síndromes endócrinas que ocorrem concomitantemente 
com as neoplasias, seja por produção hormonal ou pela 
compressão gerada pelo crescimento do tumor 
Síndrome de Horner 
Sintomas: ptose palpebral (queda da pálpebra superior), 
miose, anidrose (ausência de suor), enoftalmia (olhos 
aprofundados) 
Os sintomas são causados pela compressão pelo tumor no 
tronco simpático 
Síndrome de Pancoast 
Sintomas: dor no ombro e parestesia 
Causados por um tumor que atinge o plexo braquial 
Causada por carcinoma broncogênico 
Síndrome de Veia Cava Superior (VCS) 
Sintomas: edema em faces e membros superiores, 
turgência jugular, dispneia que se agrava ao se deitar ou se 
inclinar 
Causada pelo crescimento do tumor que leva a obstrução da 
veia cava 
Causados por carcinoma broncogênico principalmente 
NICOTINA E SUA DEPENDÊNCIA: 
A nicotina é uma substância encontrada em todos os 
derivados do tabaco (cigarro, charuto, cachimbo, etc) e é uma 
droga que causa dependência 
Essa substância psicoativa produz a sensação de prazer, o que 
pode induzir ao abuso e à dependência 
Quando presente no SNC, a nicotina exerce seus efeitos 
interagindo com receptores colinérgicos nicotínicos 
(localizados nos terminais pré-sinápticos localizados nos 
terminais dos axônios. Essa ligação induz a abertura de canais 
iônicos, promovendo o influxo de sódio e cálcio (Na+ Ca+). A 
estimulação dos receptores colinérgicos nicotínicos (nAchRs) 
resulta no aumento da liberação de vários neurotransmissores. 
A nicotina libera acetilcolina, noradrenalina, vasopressina, 
dopamina e serotonina, essas ações aumentam o estado de 
atenção e a sensação de prazer e bem-estar 
 
Com a inalação contínua o cérebro passa a precisar de doses 
cada vez maiores para manter o mesmo nível de satisfação 
inicial. Esse efeito é chamado de tolerância à droga, pois 
com o passar do tempo o fumante tem a necessidade de 
consumir cada vez mais nicotina. 
Referências: 
• Bases neurofisiológicas da dependência do tabaco 
- Cleopatra S. PlanetaFábio C. Cruz - 
https://www.scielo.br/j/rpc/a/MS9HGYmvmGWN
DdNCWMXM8bT/?lang=pt#:~:text=No%20SNC%2
C%20a%20nicotina%20exerce,et%20al.%2C%2020
00). 
• Gould MK, Donington J, Lynch WR, et al. Avaliação 
de indivíduos com nódulos pulmonares: quando é 
câncer de pulmão? Diagnóstico e tratamento do 
câncer de pulmão, 3a ed: diretrizesda prática 
clínica baseada em evidências do American College 
of Chest Physicians. Chest 2013; 
• Instituto Nacional do Câncer (INCA) - 
https://www.inca.gov.br/estimativa/sintese-de-
resultados-e-
comentarios#:~:text=C%C3%A2ncer%20de%20pul
m%C3%A3o-
,Para%20o%20Brasil%2C%20estimam%2Dse%2C%
20para%20cada%20ano%20do,mil%20mulheres%
20(Tabela%201). 
https://www.scielo.br/j/rpc/a/MS9HGYmvmGWNDdNCWMXM8bT/?lang=pt#:~:text=No%20SNC%2C%20a%20nicotina%20exerce,et%20al.%2C%202000
https://www.scielo.br/j/rpc/a/MS9HGYmvmGWNDdNCWMXM8bT/?lang=pt#:~:text=No%20SNC%2C%20a%20nicotina%20exerce,et%20al.%2C%202000
https://www.scielo.br/j/rpc/a/MS9HGYmvmGWNDdNCWMXM8bT/?lang=pt#:~:text=No%20SNC%2C%20a%20nicotina%20exerce,et%20al.%2C%202000
https://www.scielo.br/j/rpc/a/MS9HGYmvmGWNDdNCWMXM8bT/?lang=pt#:~:text=No%20SNC%2C%20a%20nicotina%20exerce,et%20al.%2C%202000