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ASSISTÊNCIA AO TRATAMENTO INTENSIVO UTI INTRODUÇÃO Professora Érica G. CONCEITO Unidade complexa dotada de sistema de monitorização contínua que admite pacientes potencialmente graves ou com risco de vida na qual com o suporte e tratamento intensivos tenham possibilidade de se recuperar. HISTÓRIA DA UTI 1854 – Florence Nightingale idealizadora da Unidade de Monitorização durante a guerra da Criméia. 1920 – Neurocirurgião Walter Dandy, criador da primeira UTI neurológica com 6 leitos em 1926. 1950 – Peter Safar foi o primeiro médico intensivista, preconizando o atendimento de urgência e emergência, ABC primário além de elaborar projetos da UTI móvel. HISTÓRIA DA UTI Florence também classificou os doentes de acordo com o grau de dependência nas enfermarias, dispondo-os de tal maneira que os mais graves ficassem próximos à área de trabalho nas enfermarias, para maior vigilância e melhor atendimento. E este é o principio das Unidades de Terapia Intensiva até hoje: maior assistência aos pacientes mais graves. HISTÓRIA DA UTI Surgiram da necessidade de oferecer um suporte avançado aos paciente agudamente doentes. As Unidades de Terapia Intensiva são originárias das unidades de recuperação pós anestésica (URPA) ou Sala de Recuperação Pós anestésica (SRPA) onde os pacientes submetidos a procedimentos cirúrgicos tinham suas funções vitais monitoradas sendo instituídas medidas de suporte até o término dos efeitos dos agentes anestésicos. Pulmão de Aço – 1950 Fonte: Medicina Intensiva Hospital em 1890 Fonte: Medicina Intensiva UTI Covid-19 Fonte: Google imagens Hospital em 1890 Fonte: Medicina Intensiva SALA DE RECUPERAÇÃO PÓS ANESTÉSICA PACIENTE CRÍTICO Define-se como paciente crítico ou gravemente enfermo aquele que apresenta instabilidade ou risco de instabilidade de sistema vital com risco de morte. Esses pacientes podem sofrer deterioração de uma ou mais funções dos órgãos vitais, apresentando instabilidade cardiovascular, respiratória, neurológica, renal, metabólica ou patologias que possam levar à instabilidade desses sistemas. Fonte: Resolução nº 2.271, de 14 de fevereiro de 2020 Conselho Federal de Medicina. UTI As unidades de Terapia Intensiva são setores hospitalares complexos com objetivo de prestar assistência à pacientes potencialmente graves e de risco, contando com equipamentos e recurso humano especializado ininterruptos. Pacientes com instabilidade clínica; Cuidado pós-operatório; Monitoramento 24 horas; Equipe multiprofissional: médicos, enfermeiros, fisioterapeuta, técnicos de enfermagem e profissionais de apoio ( auxiliar administrativo, nutricionistas e psicólogos) CONCEITOS Unidade de Tratamento Semi Intensivo: destinada ao atendimento de pacientes, em processo de estabilização mas que ainda requerem cuidados intensivos. Centro de Tratamento Intensivo : agrupamento, numa mesma área física, de duas ou mais UTIs. Serviço de Tratamento Intensivo Móvel: frota de veículos devidamente projetados e equipados, destinados a garantir suporte avançado de vida durante o transporte de pacientes graves ou de risco, no atendimento pré-hospitalar e no transporte inter hospitalar. CLASSIFICAÇÃO Neonatal: idade entre 0 e 28 dias. Pediátrica: idade de 29 dias a 14 ou 18 anos, sendo este limite definido de acordo com as rotinas da instituição. Fonte: Google imagens CLASSIFICAÇÃO UTI Adulto: idade igual ou superior a 18 anos, podendo admitir pacientes de 15 a 17 anos, se definido nas normas da instituição. Mista: pediatra e neonatal. UTI Especializada: voltadas para pacientes atendidos por determinada especialidade ou pertencentes a grupo específico de doenças como coronariana, neurológicas, cirúrgicas, entre outras. Portaria GM/MS nº 3432 de 12 de agosto de 1998. NÍVEIS DE CUIDADOS Nível de atenção I (médio-baixo): risco de desenvolver uma ou mais falências agudas de órgãos ou que estão se recuperando de condições críticas, mas cuja condição ainda requer cuidado. Nível de atenção II (alto): necessitam de monitoramento e/ou suporte de menor complexidade mas contínuo. Nível de atenção III (muito alto): pacientes com múltiplas falências agudas de órgãos vitais ou em risco de desenvolvê-las. ESTRUTURA FÍSICA RDC nº7 de 25 de fevereiro de 2010: Estabelecer padrões mínimos para o funcionamento das UTI, visando a redução de riscos aos pacientes, visitantes, profissionais e meio ambiente. Organização Recursos físicos Recursos humanos Recursos materiais Procedimentos ORGANIZAÇÃO A unidade deve dispor de registro das normas institucionais e das rotinas dos procedimentos assistenciais e administrativos realizados na unidade, as quais devem ser: Aprovadas e assinadas pelo Responsável Técnico e pelos coordenadores de enfermagem e de fisioterapia; Revisadas anualmente ou sempre que houver a incorporação de novas tecnologias; Disponibilizadas para todos os profissionais da unidade. ORGANIZAÇÃO Localização deve ser em área distinta dentro do hospital Acesso direto e próximo: Elevador, Serviço de emergência, Sala recuperação pós-anestésica, Unidades terapia semi-intensiva, Serviço de laboratório e radiologia. Salas exclusivas com acesso controlado, sem trânsito para outros setores evitando assim trânsito de pessoas e consequente risco de infecção hospitalar RECURSOS FÍSICOS Sala exclusiva com acesso controlado; Planta física de 9 a 10 m2 por leito (mínima de 7,5m²suficiente para conter todos os equipamentos e permitir livre movimentação da equipe para atender às necessidades de terapia do paciente); Box no mínimo 3 metros de largura; Leitos com mínimo 2 metros de distância com separação móvel; RECURSOS FÍSICOS Iluminação adequada com um gerador próprio; Ambiente climatizado; Lavatório a cada 5 leitos no geral; Paredes laváveis; Relógio de parede; Banheiro para pacientes; Sanitário para público; Sala de espera para acompanhantes e visitantes; Quarto de isolamento RECURSOS FÍSICOS Posto de enfermagem e área para prescrição médica Sala administrativa Sala de preparo de equipamentos/material Depósito de equipamentos/materiais Sanitário com vestiário para funcionários Copa Rouparia Quarto de plantão RECURSOS FÍSICOS Sistema de ar condicionado Temperatura: 24 a 26ºC Energia Elétrica: Mínimo de 11 tomadas por leito sendo desejável 16 (110 e 220V) aterradas a 1 m de altura do piso. Lavatórios: Para o posto de enfermagem Na entrada da unidade para visitantes É desejável que haja abastecimento de água quente e fria, não apenas para cuidados com cliente, mas também para os profissionais RECURSOS FÍSICOS Régua de gases e vácuo: Oxigênio, ar comprimido e vácuo (mínimo de 2 saídas de O2, 01 de Ar comprimido e 2 pontos de vácuo por leito) Teto: Capacidade de absorção acústica Contínuo e resistente aos processos de limpeza Pisos: Laváveis Coloração que facilite a identificação de sujidade QUANTIDADE DE LEITOS É obrigatória a existência de UTI em todo hospital com capacidade igual ou superior a 100 leitos. O número de leitos de UTI deve ser de 6% a 10% do total de leitos existentes no hospital. Sendo: 5% de leitos Adulto – Hospitais Gerais; 5% de leitos Pediátricos (em relação ao total de leitos pediátricos do hospital); QUANTIDADE DE LEITOS 5% de leitos de Neonatal (em relação ao número de leitos obstétricos do hospital); 10% de leitos Especializada (hospitais gerais que realizem cirurgias complexas e que atendam trauma e queimados)RECURSOS HUMANOS A equipe de enfermagem precisa ser apta a manter constante observação e estar pronta para reconhecer e notificar alterações nas condições vitais dos pacientes Médico diarista especialista em terapia intensiva Médico plantonista por turno exclusivo da unidade Enfermeiro assistencial por turno e diarista Fisioterapeuta por turno Fonoaudiólogo e ou terapeuta ocupacional para a unidade Psicólogo para a unidade Técnico de enfermagem por turno Funcionário exclusivo responsável pela limpeza Administrativo POSTO DE ENFERMAGEM RECURSOS HUMANOS A equipe da UTI deve participar de um programa de educação continuada, contemplando, no mínimo: I - normas e rotinas técnicas da unidade; II - incorporação de novas tecnologias; III - gerenciamento dos riscos inerentes às atividades desenvolvidas na unidade e segurança de pacientes e profissionais. IV - prevenção e controle de infecções relacionadas à assistência à saúde e capacitação contínua. SERVIÇO ASSISTENCIAL DE APOIO Banco de Sangue 24 horas Laboratório 24 horas Serviço Social Centro de Diagnóstico de Imagem. CCIH –Comissão de Controle de IH. REFERÊNCIAS História da UTI. Medicina Intensiva. Disponível em: http://www.medicinaintensiva.com.br/history.htm O que é uma UTI. IESPE. Disponível em: https://www.iespe.com.br/blog/o-que-e-unidade-de-terapia- intensiva/ Paciente Crítico. Senac. Disponível em: https://www.cursosead.sp.senac.br/enfermagem_pacientecri tico/ Resolução nº 7, de 24 de fevereiro de 2010. Ministério da Saúde. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2010/res0 007_24_02_2010.html Resolução 2.271. Diário Oficial da União. Disponível em: https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/resolucao-n-2.271-de-14- de-fevereiro-de-2020- 253606068#:~:text=As%20UTI%2FUCI%20Adulto%20deve m,com%20mais%20de%2012%20anos.
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