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GRUPO SER EDUCACIONAL FACULDADE UNINASSAU DISCIPLINA: PARASITOLOGIA PROFESSOR: DR. ANDREY SACRAMENTO Giárdia lamblia Belém, 2022 Descrição da doença Em alguns casos não apresenta sintomas, mas as pessoas podem ter: • Dores locais: no abdômen • No aparelho gastrointestinal: diarreia, arroto, gordura nas fezes, inchaço, indigestão, náusea, vômito, flatulência ou quantidades excessivas de gases • No corpo: desnutrição, fadiga, mal-estar ou perda de apetite • Também é comum: cólicas, fezes com odor fétido, incapacidade de se desenvolver ou perda de peso Agente etiológico • O gênero Giárdia inclui protozoários parasitos do intestino delgado do homem, além de mamíferos, aves, répteis e anfíbios. • Giárdia lamblia (G. duodenalis ou G. intestinalis), pode ser encontrado em superfícies, no solo e em comidas ou água contaminadas por fezes de animais ou humanos contaminados. Taxonomia • Reino: Protista • Sub-reino: Protozoa • Filo: Sarcomastigophora • Sub-filo: Mastigophora • Classe: Zoomastigophorea • Ordem: Diplomonadida • Subordem: Diplomonadina • Família: Hexamitidae • Gênero: Giardia Epidemiologia • Cosmopolita • No Brasil varia de 4% a 30% • 20 a 60% crianças entre 1 a 4 anos (creche) • Alta prevalência em regiões de clima tropical e subtropical • OMS: 500 mil novos casos/ano • Maior incidência em crianças de 8 meses a 12 anos • Infecta humanos e outros animais; Formas evolutivas Trofozoíto Cisto Trofozoíto • Habitat: duodeno e parte do jejuno. • Mergulhados nas criptas • Aderidos mucosa - disco adesivo • Metabolismo: anaeróbio • Nutrição: membrana e pinocitose • Locomoção: Deslocamento rápido - flagelos • Reprodução: divisão binária longitudinal • Cultivável Cisto • Ovoides com parede cística (quitina) • 4 núcleos (duplas estruturas internas) • Eliminados com as fezes formadas • Forma de resistência • Água: 2 meses • Encistamento: colón • Desencistamento: Passagem pelo estômago - eclosão intestino delgado • 1 cisto - 2 trofozoítas Transmissão • Ingestão de água contaminada; • Consumo de alimentos contaminados, como vegetais crus ou mal lavados; • De pessoa para pessoa, através do contato com mãos contaminadas; • Contato íntimo anal. Mecanismo de infecção • Ingestão de cistos - eliminados nas fezes formadas água ou alimento contaminado. • Trofozoítos - eliminados nas fezes diarreicas. • Não resistem ao ambiente externo. Cistos na água podem sobreviver por 2 ou mais meses Desincistam após exposição a 37º C e pH 2 Presença de suco pancreático aumenta a taxa de desincistamento CICLO DE EVOLUTIVO TROFOZOÍTAS vivem no duodeno e jejuno Aderem mucosa – formando revestimento Interferir na absorção de gorduras e vitaminas Alimentam-se através da membrana Reproduzem-se por divisão binária São eliminadas pelas fezes líquidas (trofozoítos) Fezes formadas (cistos) Patologia e Sintomatologia Variável: • Enterite branda e autolimitada • Diarreias crônicas e debilitantes • Incubação: 12-20 dias • Assintomática • Sintomática (agudo-crônico) • Aguda, intermitente e auto limitante • Dores abdominais (cólicas) • Diarreia (líquida) - muco + gordura - ausência de hemácias • Mal absorção intestinal Mecanismo de patogenicidade • Processo mecânico • Parasitos em grande quantidade aderem e recobrem a parede do duodeno - “tapete” • “Impression prints” - marcas deixadas quando o parasito descola, arrancando as micro vilosidades Mecanismo de patogenicidade • Não ocorre invasão da mucosa • O revestimento da parede do duodeno dificulta a absorção intestinal – diarreia • Grande número de trofozoítos é eliminado Relação parasito-hospedeiro • Resposta do hospedeiro • Aguda: neutrófilos e eosinófilos • Crônica: inflamação - atrofia das micro vilosidades Relação parasito-hospedeiro • Mecanismos de Escape • Variação antigênica • VASPs - antígenos de superfície • Evasão do sistema imune • Sobrevivência a diferentes condições intestinais Diagnóstico • Parasitológico de fezes • Cistos em fezes sólidas • Trofozoítos em fezes líquidas ou aspirado de duodeno • Pode requerer exames repetidos (3 amostras) • Imunológico • ELISA - pesquisa de antígenos nas fezes • Biomolecular • PCR - pesquisa de DNA Profilaxia • Saneamento básico (água) • Higiene - creches, asilos • Cuidados com alimentos • Tratamento dos doentes • Tratamento dos portadores assintomáticos - muito importante • Animais doméstico (cães e gatos) são reservatórios Tratamento •Nitroimidazólicos • O principal representante deste grupo de drogas é o metronidazol. • Um bactericida potente, com excelente atividade contra bactérias anaeróbicas estritas e certos protozoários como amebíase, tricomoníase e giardíase. • Vacina para giardíase canina*
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